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Resumo de Dir. Empresarial II 1º semestre

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DIREITO EMPRESARIAL II – Prof. Simone Lara
TÍTULO DE CRÉDITO
 → Conceito: Os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias, que se distinguem das obrigações na medida em que a representam. 
Obs.: O termo obrigação equivale a assinatura no direito cambial, ou seja, toda vez que um individuo assinar um titulo, está se obrigando a cumpri – lo. 
Art. 887. O titulo de crédito, documento necessário ao exercício de direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
	Esse conceito, formulado por Cesare Vivante e aceito pela unanimidade da doutrina comercialista, sintetiza com clareza os elementos principais da matéria cambial. Nele se encontram referências aos princípios básicos do documento (cartularidade, literalidade e autonomia). 
Obs.: Só pode ter um crédito representando em dinheiro.
Exemplo: Se devedor e credor estiverem de acordo quanto à existência da obrigação e também quanto à sua extensão (o valor da indenização devida), esta pode ser representada por um título de crédito. 
Natureza do título de crédito: É a essencialidade de instrumentos representativos de obrigação, ou seja, para inúmeras situações, enquadram – se diversas espécies de títulos executivos. Dessa forma, uma determinada obrigação pode ser representada por diferentes instrumentos jurídicos.
	O titulo de crédito se distingue dos demais documentos representativos de direitos e obrigações, vez que, ele se refere unicamente a relação creditícias. Não se documenta num titulo de crédito nenhuma outra obrigação, de dar, fazer ou não fazer. 
→ Conceito de crédito: Relação de confiança entre dois sujeitos, sendo o que concede (credor) e o que dele se beneficia (devedor). 
→ Existem duas especificidades que beneficiam o credor por um título de crédito, chamadas de ATRIBUTOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO:
ATRIBUTOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
NEGOCIABILIDADE/CIRCULABILIDADE: Diz respeito à facilidade de circulação do crédito,pois referida circulação ocorre por intermédio do endosso, valendo – se de um giro econômico. 
É relacionada aos preceitos que facilitam, ao credor, encontrar terceiros interessados em antecipar – lhe o valor da obrigação (ou parte deste), em troca da titularidade do crédito. 
Exemplo: Em um negócio jurídico comum, Paulo tem o intuito de comprar uma máquina no importe de R$ 500,00, que até o momento é de posse de Carlos, no entanto, ao invés de pagar diretamente o montante, Paulo (comprador) oferece a Carlos (vendedor) um título de crédito, que por sua vez aceita, diante da relação de confiança entre ambos. Dessa forma, Paulo (comprador) assina o título de crédito em questão e convenciona com Carlos a data de retirada do valor em pecúnia (25/03/2016). Desse negócio jurídico subjacente existem duas possíveis situações: 
Na data de 25/03/2016, Carlos (vendedor) cobra Paulo (comprador) e este quita o título de crédito, razão pela qual, não há razão para ingressar com execução do referido título. 
Carlos, portador do titulo de crédito no importe de R$ 500,00, se interessa por uma joia de posse de Ana (vendedora), que possui o mesmo valor do título de crédito, razão pela qual, Carlos (nessa relação jurídica atuando como comprador) questiona Ana se ela venderia a joia em troca do titulo de crédito. Dessa forma, Carlos endossa o titulo de crédito, entregando – o para Ana, que por sua vez, retirará a pecúnia com Paulo na data de 25/03/2016. 
→ Na data do recebimento do importe, Ana (vendedora – credora) cobra Paulo (devedor principal), porém não obtém a pecúnia, e em seguida, cobra Carlos (devedor secundário), no entanto também não obtém o valor. Nessa situação, Ana pode ingressar com ação de execução de titulo de crédito contra ambos os devedores simultaneamente (litisconsórcio passivo facultativo) ou contra cada um, individualmente. 
Obs.: A transferência do titulo de crédito independe da aceitação do devedor. 
EXECUTORIEDADE/EXECUTIVIDADE: Diz respeito à cobrança judicial de um crédito documentado, ou seja, a facilitação na cobrança conforme artigo 585, I, CPC, deixando o processo mais eficiente e célere. Ingressa - se diretamente com uma ação de execução, dispensando o trâmite do processo de conhecimento, o que proporciona maior segurança de recebimento, possibilitando a execução imediata do valor devido.
Dessa forma, se o credor não dispuser de documento a que a lei processual atribua natureza executória, a cobrança do crédito representado deverá ser feita por meio de ação de conhecimento, normalmente mais morosa que a execução. 
PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO CAMBIÁRIO
Cartularidade, literalidade e autonomia.
CARTULARIDADE:
Títulode crédito é o documento necessário para o exercício do direito, de modo que, o exercício dos direitos representados por um titulo de crédito pressupõe a sua posse. Somente quem exibe a cártula (papel em que se lançaram os atos cambiários constitutivos de crédito) pode pretender a satisfação de uma pretensão relativamente ao direito documento pelo titulo. 
A cartularidade nada mais é do que a posse do documento, da cártula. Por mais que uma pessoa, sabidamente, seja a credora, ela não terá dentro do regime jurídico-cambial, o direito de crédito, caso não esteja de posse do documento (quem não se encontra com o titulo em sua posse, não se presume credor). 
Uma petição inicial, numa ação de execução judicial de um título de crédito, não pode ser ajuizada utilizando-se a fotocópia/xerox autenticada deste, é necessário que o titular apresente o documento original, ou seja, na execução precisa constar a cártula original do título de crédito como garantia de que o exequente é o credor e de que ele não negociou seu crédito. 
Obs.: É possível acostar no processo xerox autenticada do titulo de crédito somente quando o titulo original estiver em outro processo. Nesse caso, não é possível desentranhar a cártula do processo, então cabe tirar xerox dos autos por completo e anexar no processo mais recente. 
Sendo assim, o principio da cartularidade é a garantia de que o sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular, evita enriquecimento indevido de quem, tendo sido credor de um titulo de crédito, o negociou com terceiros. 
Exceções: Duplicata mercantil ou de prestação de serviços. 
A duplicata por ser emitida em papel escrito ou virtual/escritural. Na modalidade escritural, basta digitar as informações necessários do campo digital especifico, e o crédito será comprovado por meio de boleto bancário. 
Protesto por indicações → o credor da duplicata retirada pelo devedor pode protestá – la, apenas fornecendo ao cartório os elementos que a individualizam.
A lei prevê a possibilidade de execução judicial da duplicata mercantil não restituída pelo devedor, desde que protestada por indicações e acompanhada do comprovante da entrega e recebimento das mercadorias. 
LITERALIDADE:
	Segundo, o qual somente produzem efeitos jurídicos-cambiais os atos lançados no próprio titulo de crédito. Dessa forma, o princípio da literalidade diz que, só é válido aquilo que está, literalmente, expresso no título, ou seja, só tem importância para as relações jurídico-cambiais o que se apresenta na cártula, e aqueles não instrumentalizados pelo próprio documento não terão eficácia.
	Atos documentados em instrumentos apartados, ainda que válidos e eficazes entre os sujeitos diretamente envolvidos, não produzirão efeitos perante o portador do titulo, ou seja, a quitação do título, após seu pagamento, precisa estar inscrita no mesmo, caso contrário, não surte o efeito jurídico desejado.
→ O exemplo mais apropriado de observância do principio está na quitação dada em recibo separado. Quem paga parcialmente um titulo de crédito deve pedir a quitação na própria cártula, pois não poderá se exonerar de pagar o valor total, se ela vier a ser transferida a terceiro de boa – fé.
O principio da literalidade projeta consequências favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor. De um lado,nenhum credor pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do título de crédito, isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será obrigado a mais do que o mencionado no documento. De outro lado, o titular do crédito pode exigir todas as obrigações decorrentes das assinaturas constantes da cambial, o que representa, par aos obrigados, o dever de as satisfazer na exata extensão mencionada no titulo. 
Exceções: Duplicata mercantil ou de prestação de serviços. 
No caso da duplicata, é possível dar quitação pelo legitimo portador do titulo, em documento apartado (recibo separado) e este vale para terceiros de boa – fé (novos credores)
AUTONOMIA:
	Trata – se do principio mais importante do direito cambial. Segundo esse principio, quando um único titulo documenta mais de uma obrigação, a eventual invalidade de qualquer delas não prejudica as demais, ou seja, pelo principio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em titulo de crédito, não se estendem ás demais relações abrangidas no mesmo documento. 
	Sendo assim, o princípio da autonomia determina que, as mais diversas obrigações que possam ser representadas por um título de crédito, são independentes entre si. O título pode circular na praça à vontade, passando de mão em mão incontáveis vezes, mas, as mais diversas relações obrigacionais que ele venha a representar, guardarão autonomia entre elas. 
Obs.: Se algumas das obrigações de titulo de crédito for nula ou anulável, eivada de vicio jurídico, tal fato não comprometerá a validade e eficácia das demais obrigações constantes do mesmo título de crédito. 
Exemplo: 
	Trata – se de realização de um negócio jurídico que originou um titulo de crédito, no caso, uma nota promissória, onde Paulo (credor) vendeu uma máquina para Carlos (devedor) pelo montante de R$ 500.000, e entregou o objeto em troca de uma nota promissória com vencimento em 30/04/2016. – O ato de compra será chamado de RELAÇÃO FUNDAMENTAL/NEGÓCIO ORIGINÁRIO/CAUSA SUBJACENTE, porque o título foi emitido com o propósito inicial de o documentar. 
	Em prosseguimento, em 20/03/2016 Ana (credora) encontra – se com Carlos (devedor) para vender a ele uma joia no importe de R$ 500.000, e nesse momento Carlos vê uma oportunidade circular a nota promissória recebida de Paulo. Diante da proposta de Carlos, Ana aceita receber o título de crédito com vencimento em 30/04/2016, contanto que exista a garantia de um devedor avalista inserido no polo do negócio jurídico, razão pela qual, Daniel (amigo de Carlos), aceita ingressar como avalista. 
	No dia 30/04/2016 Ana (credora) diligencia até Paulo (devedor originário) e realiza a cobrança da nota promissória no importe de R$ 500.000, no entanto, o rapaz afirma que não irá realizar a compra pois possui apenas 15 anos, tornando o negócio jurídico nulo e impedindo a cobrança do importe referido. Após o recebimento dessa informação, Ana (credora) diligencia até Carlos (codevedor), onde é notificada que este é pródigo (relativamente incapaz), razão pela qual, o negócio jurídico se torna anulável em relação a ele. Nessa situação, Ana cobrará o montante de R$ 500.000 de Daniel (avalista), haja vista que, ao assinar o título, o mesmo obrigou – se a quita – lo. 
	Posteriormente, é possível ingressar com ação de conhecimento para averiguar a má – fé dos integrantes do negócio jurídico, ou seja, os problemas relacionados com o negócio podem influir na relação jurídica entre os participantes da relação originária do titulo, mas não interferem minimamente com os direitos dos terceiros de boa – fé.
	Nesse caso, existem duas relações jurídicas documentadas numa única nota promissória. Como as obrigações correspondentes são autônomas, umas das outras, eventuais vícios que venham a comprometer qualquer delas não contagiam as demais. 
	Sendo assim, o terceiro descontador não precisa investigar as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu direito maculado. 
Obs.: Em decorrência do principio da autonomia, quem transaciona o crédito com possuidor ilegítima do titulo tem sua boa – fé tutelada pelo direito cambiário. Se há noticia do desapossamento da cambial – furto, roubo ou extravio, quando se encontrava nas mãos de seu legitimo titular – o exequente terá direito ao recebimento, se demonstrar que, sob o ponto de vista formal, os atos cambiais lançadas no documento poderiam validamente ter – lhe transferido o direito creditício. 
→ Dentro da autonomia, encontramos 2 subprincípios: a INOPONIBILIDADE e a ABSTRAÇÃO: 
ABSTRAÇÃO: 
	Pelo subprincípio da abstração, o titulo de crédito, quando posto em circulação, se desvincula da relação fundamental/originário/causa subjacente que lhe deu origem (A partir do momento que o titulo entra em circulação, a causa não interfere mais, mas sim o crédito representado no documento/cártula). 
	Em outros termos, só quando é transferido para terceiros de boa – fé, opera – se o desligamento entre o documento cambial e a relação em que teve origem. A consequência disso é a impossibilidade de o devedor exonerar – se de suas obrigações cambiárias, perante terceiros de boa – fé, em razão de irregularidade, nulidades ou vícios de qualquer ordem que contaminem a relação fundamental. 
	A abstração é uma formulação que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a relação, ato ou fato jurídico que deram origem à obrigação por ela representada. 
INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AOS TERCEIROS DE BOA – FÉ:
	Pelo subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa – fé, o executado em virtude de um titulo de crédito não pode alegar, em seus embargos, matéria de defesa estranha à sua relação direta com o exequente, salvo provando a má-fé dele. São, em outros termos, inoponiveis aos terceiros defesas (exceções) não fundadas no titulo. 
	É uma característica pessoal que delimita as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de crédito executado. O simples conhecimento, pelo terceiro, da existência de fato oponível ao credor anterior do titulo já é suficiente para caracterizar a má-fé. Não se exige, para o afastamento da presunção de boa – fé, a prova da ocorrência conluio entre o exequente e o credor originário da cambial. Basta a ciência do fato oponível, previamente à circulação do titulo. 
	Se o devedor cambial não tem razão em suas alegações, ele deve pagar o portador do titulo, ainda que o ultimo tivesse, ao tempo da circulação, conhecimento da insatisfação dele com a relação fundamental 
CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
	A classificação dos títulos de crédito se faz por quatro critérios principais: Quanto ao modelo, estrutura, hipóteses de emissão e circulação. 
MODELO:Diz respeito ao formato e a aparência dotítulo de crédito. Pode ser modelo livre ou vinculado: 
MODELO LIVRE:Os títulos livresnão possuem um padrão ou norma que determinem como eles devem ser, basta apenas que atendam todos os requisitos essenciais impostos pela leia de nota promissória e letra de câmbio. Dessa forma, o título pode ser manuscrito, datilografado, impresso, adquirido em papelaria ou realizado via internet. 
→ Dentre estes estão:letra de câmbio e a nota promissória.
MODELO VINCULADO: São aqueles que possuem um padrão determinado pela norma, ou seja, o direito definiu um padrão para o preenchimento dos requisitos específicos de cada um. Dessa forma, o título de crédito deverá atender a milimetragem, em cor especifica, impresso apenas por intuições especificas, sendo os bancos responsáveis pela emissão dos cheques e as gráficas responsáveis pela emissão das duplicatas. 
→ Dentre estes estão:cheque e a duplicata mercantil.
HIPÓTESES DE EMISSÃO: A emissão equivale à criação/saque/ assinatura do título de crédito, ou seja, delimita, ou não, as causas que autorizam sua criação.Os títulos decrédito podem ser causais ou não causais (abstratos):
Obs.: O criador do título de crédito sempre precisa assiná-lo. 
CAUSAIS:Um título causal somente pode ser emitido se ocorrer o fato que a lei elegeu como causa possível para sua emissão. 
→ Dentre estes estão:duplicata, sendo a duplicata mercantil (utilizada na compra e venda mercantil) e a duplicata de prestação de serviços (utilizada na efetiva prestação de serviços). 
NÃO CAUSAIS: Um título não causal pode ser criado por qualquer causa, para representar obrigação de qualquer natureza no momento do saque. Frisa – se que é necessária a aceitação do credor. 
→ Dentre estes estão:cheque, nota promissória e letra de câmbio.
Obs.: No Brasil, é proibido utilizar o titulo de crédito letra de câmbio em compra e venda mercantil. 
CIRCULAÇÃO: Diz respeito ao negócio jurídico que opera a transferência da titularidade do crédito apresentado pela cártula. Os títulos de crédito quanto a sua circulação podem ser ao portador ou nominativos:
AO PORTADOR: São aqueles que, por não identificarem o seu credor, são transmissíveis por mera tradição, ou seja, aquele que carrega/porta o título tem o mesmo em sua posse. Frisa – se que sem o nome do credor, desnecessário saber o nome do beneficiário. 
Obs.: Em 1990 o presidente Fernando Collor proibiu no Brasil a circulação de títulos de crédito ao portador, salvo o cheque. 
NOMINATIVOS: São aqueles que identificam o seu credor e, portanto, a sua transferência pressupõe a tradição e a prática de um outro negócio jurídico, ou seja, é obrigatório conter o nome do credor. Os títulos nominativos podem ser:
→ À ORDEM:Quando os títulos de crédito nominativos circulam “à ordem”, precisam da tradição e do endosso;
→ NÃO À ORDEM:os títulos com a cláusula “não à ordem” circulam com a tradição acompanhada de cessão civil de crédito.
ESTRUTURA: Podem ser ordem de pagamento ou promessa de pagamento:
ORDEM DE PAGAMENTO: Quando existe uma ordem de pagamento, o saque cambial faz surgir 3 situações jurídicas distintas: com relação a quem dá a ordem, quem é o destinatário da ordem e quem é o beneficiário da ordem de pagamento.
→ São ordens de pagamento: a letra de câmbio, o cheque e a duplicata mercantil.
PROMESSA DE PAGAMENTO: Quando existe uma promessa de pagamento, nascem 2 situações jurídicas do saque cambial: a de quem promete pagar e a do beneficiário da promessa. 
→ São promessas de pagamentos: nota promissória
Obs.: A promessa de pagamento cria menos situações jurídicas porque o individuo que a realiza se compromete a entregar. 
Importante frisar que osacador criador sempre assina o titulo, portanto, ele será também um obrigado, de modo que, dependendo do título de crédito, poderá ser o devedor principal ou o codevedor (devedor secundário).
O sacadonem sempre será o devedor, a depender do título. Em certa hipótese, o sacado poderá ser o devedor principal, ou mero cumpridor de uma ordem, como ocorre no caso dos cheques, emitidos pelas Instituições Financeiras
OBS.: A OBRIGAÇÃO VARIA DE ACORDO COM O TÍTULO.
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL – TITULOS DE CRÉDITO NO CÓDIGO CIVIL DE 2002
	O Código Civil de 2002 contém normas sobre os títulos de crédito que se aplicam apenas quando compatíveis com as disposições constantes de lei especial ou se inexistentes estas. Só será aplicado se houver lacunas ou omissões. 
→ LETRA DE CÂMBIO: 
1º: Lei uniforme de Genebra (LUG) – Decreto (legistalivo) 57.663/1966.
2º: Decreto Interno 2.044/1908 (DI).
3º: Código Civil 2002 (art. 903).
LINDB (analogia, usos e costumes, princípios gerais do direito, equidade). 
→ NOTA PROMISSÓRIA: 
1º: Lei uniforme de Genebra (LUG) – Decreto (legistalivo) 57.663/1966.
2º: Decreto Interno 2.044/1908 (DI).
3º: Código Civil 2002 (art. 903).
LINDB (analogia, usos e costumes, princípios gerais do direito, equidade). 
Obs.: Reservas → Nos demais países é necessário escrever Nota Promissória no título de crédito, porém, o Brasil fez uma reserva que no país poderá conter apenas “nota” ou “promissória”. 
→ DUPLICATA:
1º: Lei das Duplicatas 5.474/1968
2º: Decreto Interno (DI).
3º: Código Civil 2002 
LINDB (analogia, usos e costumes, princípios gerais do direito, equidade). 
→ CHEQUE:
1º: Lei do Cheque 7.357/1985
2º: Decreto Interno (DI).
3º: Código Civil 2002 
LINDB (analogia, usos e costumes, princípios gerais do direito, equidade). 
Obs.: O Brasil participou da Convenção de Genebra, porém anteriormente possuía um direito cambiário evoluído, representado pelo Decreto nº 2.044/1908. Nesse diploma legislativo de alta qualidade técnica, encontram – se as características da letra de câmbio introduzidas na Europa, menos de meio século antes. Ocorre que o Brasil passou a ter relações comerciais com outros países, razão pela qual, foi criada a Convenção de Genebra para unificar as leis, o que gerou a Lei Uniforme de Genebra. 
Importante frisar que a normas do Código Civil não revogam nem afastam a incidência do disposto na Lei Uniforme de Genebra, Lei do Cheque e Lei das duplicatas. Os decretos e leis originárias apenas são aplicadas subsidiariamente. 
LETRA DE CÂMBIO
	É um titulo de crédito próprio, ou seja, pode – se aplicar todos os institutos cambiários, atributos e princípios. Reconhecido pelo Código de Processo Civil como título executivo extrajudicial, haja vista que, o mesmo é criado por vontade das partes e não em decorrência de decisão judicial. 
	Usualmente, a letra de câmbio origina – se de dois negócios jurídicos distintos, onde o credor de um negócio jurídico é ao mesmo tempo devedor de outro negócio jurídico. 
	Trata-se de uma ordem de pagamento, e ao ser emitido, dá ensejo a três situações distintas: a do sacador, a do sacado e a do tomador. Dessa forma, a mesma pessoa pode ocupar simultaneamente mais de uma situação:
→ O sacador da letra de câmbio é a pessoa que dá a ordem de pagamento. 
→ O sacado é a pessoa para quem a ordem é dada.
→ O tomador é o beneficiário da ordem. 
Obs.: A letra de câmbio é a ordem que o sacador dá ao sacado, no sentido de pagar determinada importância ao tomador. 
Usualmente, a letra de câmbio origina – se de dois negócios jurídicos distintos, onde o credor de um negócio jurídico é ao mesmo tempo devedor de outro negócio jurídico. 
Características da Letra de Câmbio:
→ Letra de câmbio quanto ao modelo:Livre, bastando que possua os requisitos essenciais.
→ Letra de câmbio quanto à emissão: Não causal, podendo ser sacada/criada em qualquer negócio jurídico, salvo compra e venda mercantil. 
→ Letra de câmbio quanto à circulação: Nominativa, de modo que, ao término da circulação, esteja claro o nome do último a receber o montante. Pode ser nominativa à ordem, através do endossou; ou não à ordem, através de cessão civil de crédito. 
→ Letra de câmbio quanto à estrutura: Ordem de pagamento. 
REQUISITOS DA LETRA DE CÂMBIO:
Para que um documento produza os efeitos da letra de câmbio, é necessário que sejam atendidos alguns requisitos legais (sem eles o título não poderá circular, ser protestado ou executado como cambial):
→ Precisa conter as palavras “letra de câmbio”, insertas no próprio texto do título, na língua empregada para a sua redação. Diz respeito a identificação do tipo de titulo de crédito que se pretende gerar, para que exista a presunção de concordância das partes quanto à circulação daquele titulo especifico (letra).
→ Uma ordem incondicionalde pagar quantia determinada, ou seja, o cumprimento da obrigação materializada no título de crédito não pode ficar sujeito a qualquer condição suspensiva ou resolutiva. 
Ex.: Não pode existir uma cláusula como essa: pagará, desde que lhe sejam entregues as mercadorias solicitadas...
Importante frisar que a incondicionalidade da letra de câmbio é pressuposto necessário da circulação do titulo de crédito, justamente por não sujeitar o implemento de condições de negociação do crédito, de modo que, se não houver concordância plena com a letra de câmbio, deve haver a recusa em sua aceitação.Obs.: Quanto ao valor do título, admite – se sempre a cláusula de correção monetária e juros. 
→ Um mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada, sendo que, referida quantia apontada deve ser colocada em numeral e por extenso, haja vista que, havendo conflito entre o a interpretação entre numeral e extenso, vale o que esta por extenso. 
→ O nome da pessoa que deve pagar (sacado). Importante frisar que o sacado não está obrigado ao pagamento senão depois de praticar ato manifestando sua concordância com o atendimento à ordem recebida (aceita). 
O sacado deve ser identificado pelo número do RG, CPF, Título de eleitor ou Carteira profissional e endereço (contendo rua/avenida, nº da residência, com complemento, cidade, estado e CEP). 
→ O nome da pessoa a quem, ou à ordem de quem, deve ser feito o pagamento (tomador). A falta de menção do credor originário do documento causa sua total ineficácia. 
Obs.: Não produz, em decorrência, os efeitos de letra de Câmbio o documento emitido “ao portador”, ainda que presentes os demais requisitos da lei. Se emitido na forma nominativa, o título poderá tornar – se ao portador, por meio do endosso em branco. 
→ A assinatura de quem dá a ordem (sacador). Dessa assinatura decorre a constituição do crédito cambiário, porque o sacador torna – se, com o saque, codevedor da letra. É necessário conter a assinatura de próprio punho ou mandatário com poderes especiais para sacar a letra; sendo que, é necessário o RG, CPF e endereço do sacador ou do mandatário. 
Obs.: É proibido o uso de chancela mecânica em letra de câmbio. 
→ Época do pagamento (vencimento): Vencimento à vista, vencimento com data certa, vencimento a certo termo da data e vencimento a certo termo da vista.
→ A indicação da data e do local do saque, ou seja, quando e onde a letra foi emitida/sacada. 
→ Lugar do pagamento ou menção de um lugar ao lado do nome do sacador. 
→ Lugar do pagamento ou menção de um lugar ao lado do nome do sacado. 
Obs.: Os atos cambiários podem ser praticados por procurador, com poderes especiais. A lei uniforme admite expressamente a hipótese, inclusive para disciplinar a exorbitância dos poderes pelo mandatário. 
→ O titulo que faltar algum dos requisitos, não produzirá efeito da letra, salvo:
A letra que não indicar o vencimento entende – se á vista:
Obs.: Quando o devedor tem a vista do título! Quando o banco tem a vista do título, ele terá que efetuar o pagamento. Formalizando: “ocorre vencimento à vista no momento em que o título é apresentado ao devedor.” Num título com vencimento à vista, não precisamos colocar data. O vencimento é o dia da apresentação, presumidamente. É aquele que não possui data expressa, vencendo quando apresentado diretamente ao sacado (devedor) para pagamento. A vista é aos olhos do devedor. O credor tem o prazo de 1 ano, contados a partir da data de emissão da letra. Qualquer dia durante este período de um ano pode haver a cobrança do devedor. Se o devedor não pagar, ele não se torna obrigado, haja vista que, ainda não assinou a letra de câmbio, razão pela qual, o credor tem direito de executar o sacador (criador do titulo), porém deve – se protestar o título para obter o direito da execução. 
Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do sacado considera – se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera – se como tendo – o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador. 
Saque
	Este instituto somente será encontrado pela emissão de letras de câmbio, já que estas são ordens de pagamento que, por meio do saque, criam três situações jurídicas distintas, sendo estas: a figura do sacador, o qual dá a ordem de pagamento e que determina a quantia que deve ser paga; a figura do sacado, àquele para quem a ordem é dirigida, o qual deve realizar o pagamento dentro das condições estabelecidas; e, por último, o tomador, credor da quantia mencionada no título. 
Conceito de Saque: É o ato de criação, ou seja, da emissão da letra de câmbio. Após esse ato, o tomador pode procurar o sacado para receber do mesmo a quantia devida. Sendo que não tem por única função emitir o título, mas também visa vincular o sacador ao pagamento da letra de câmbio, assim sendo, caso o sacado não pague a dívida ao tomador, este último poderá cobrá-la do próprio sacador, que é o próprio devedor do título. 
Titulo em Branco ou Incompleto:
	A letra de câmbio pode ser emitida e circular validamente, em branco ou incompleta, ou seja, não é preciso que os requisitos essenciais da lei sejam totalmente atendidos no momento em que o sacador assina o documento, ou o entrega ao tomador. Quem assina o titulo de crédito em branco ou incompleto, outorga ao portador mandato para o seu oportuno preenchimento. 
→ A letra de câmbio deve estar perfeita, no sentido de atender aos respectivos requisitos legais, no momento que antecede ao protesto ou à cobrança judicial. 
Obs.: Notável esclarecer que o portador somente se considera mandatário do devedor, enquanto age de boa – fé. Caso venha a exorbitar as instruções recebidas, ou lance dado inverídico, não poderá executar o titulo de crédito. 
ACEITE DA LETRA DE CÂMBIO:
	A letra de câmbio é uma ordem de pagamento que o sacador endereça ao sacado. Este não se encontra obrigado a cumprir a ordem contra a sua vontade, ao contrário, enquanto não manifesta sua concordância, por meio de ato lançado no próprio titulo, o sacado não tem nenhuma obrigação cambial. A referida concordância trata – se do aceite. 
→ Conceito de aceite: Aceite é uma declaração cambial, pela qual uma pessoa física ou jurídica, por meio de sua assinatura de próprio punho ou por mandatário com poderes especiais, aceita pagar uma letra de câmbio nos termos pactuados, tornando – se devedor principal do título de crédito. Passa a ser chamado de aceitante após a assinatura. 
	Por meio do aceite, o sacado se vincula ao pagamento da letra de câmbio e se torna o seu devedor principal. Apenas se ele não pagar, no dia do vencimento, é que os codevedores poderão ser acionados. 
Obs.: O aceite introduz, na letra de câmbio, uma nova situação jurídica, a do aceitante, situação em que se encontra o sacado, após expressar sua concordância com a ordem de pagamento que o sacador lhe endereçou. Importante frisar que, na letra de câmbio o aceite é facultativo (nenhuma hipótese obriga o sacado a aceitar o titulo).
→ Na letra de câmbio, o devedor é o SACADO → Enquanto não assina, trata – se de devedor indicado (em branco), e apenas passa a ser devedor do titulo de crédito após a assinatura (aceite).
	Ao assinar, o sacado recebe uma ordem de pagamento destinando o valor para o TOMADOR (beneficiário). → Após a aceitação, o sacado recebe a nomenclatura de ACEITANTE. 
Estrutura do aceite:
Anverso da letra de câmbio.
Verso da letra de câmbio, desde que identificada a natureza do ato praticado pela expressão “aceito”, ou equivalente. 
→ Na letra de câmbio, como o aceite é sempre facultativo, a recusa do sacado é ato plenamente válido, nada podendo reclamar contra ela o sacador, o tomador ou os demais envolvidos com o titulo. No entanto, a recusa do aceite opera o vencimento antecipado da letra de câmbio, pois torna exigível de imediato o titulo de crédito. 
	Nesse caso, reconhece – se ao tomador o direito de exigir prontamente do sacador a garantia pela ordem que ele havia emitido. Em relação ao sacado da letra de câmbio, a recusa do aceite não opera nenhum efeito. 
Prazo de respiro: Prazo de respiro é o prazo de um dia dado em virtude da primeira apresentação do título para aceite do sacado. De acordo com o art. 24 da LU: "o sacado pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira apresentação" → Sendo assim, a letra de câmbio será apresentada para o SACADO para que este verifique se tem intenção de tornar – se aceitante, dando no mínimo o prazo de 24 horas para que oindividuo reflita. Ressalta – se que o mínimo disposto é 24 horas, mas nada impede que o título de crédito fique por mais tempo em posse do sacado, apesar de não ser aconselhável, tudo dependerá da relação de confiança entre as partes. 
	
Aceite Total: Obriga a aceitante a pagar a letra nos termos contidos nela. 
Recuso Total: Vencimento antecipado da letra de câmbio no valor total, somente contra o SACADOR (criador do titulo), isto porque o sacado não aceitou. 
→ Protesto por falta ou recusa de aceite – só pode ser feito antes do vencimento, de acordo com o artigo 21 § 1° da LP.
O protesto por falta de aceite é facultativo até a data do vencimento e é obrigatório na letra com vencimento a certo termo de vista.
	Mesmo após a recusa, ainda é possível realizar um protesto em cartório, de modo que, o sacado será intimado a comparecer no cartório para assinar a letra de câmbio se quiser (confirmação). 
Recusa Parcial do Aceite:Osacado pode recusar parcialmente também. Existem 2 espécies de recusa parcial:
Aceite Limitativo
Aceite Modificativo
→ Aceite Limitativo: O sacado reduz o valor da obrigação que ele assume. O sacador havia lhe ordenado o pagamento de R$ 100,00 e ele, ao assinar a letra, escreve “aceito até R$ 80,00”. Opera – se com o aceite o vencimento antecipado do titulo, podendo o tomador executá-lo de imediato e pela totalidade convencionada, contra o sacador. Isto é, o sacador deve honrar o cumprimento do título junto ao tomador, mas poderá depois cobrá-lo, em regresso, do aceitante parcial. 
→ Aceite Modificativo: O sacado introduz mudanças nas condições de pagamento da letra de câmbio, postergando o seu vencimento, por exemplo, ou alterando a praça em que deve realiza-lo. Opera – se com o aceite o vencimento antecipado do titulo, podendo o tomador executá-lo de imediato e pela totalidade convencionada, contra o sacador. Isto é, o sacador deve honrar o cumprimento do título junto ao tomador, mas poderá depois cobrá-lo, em regresso, do aceitante parcial.
Obs.: O sacado pode sujeitar a sua obrigação à condição suspensiva ou resolutiva, o que também representa uma espécie de aceite modificativo. Dessa forma, se o sacador sujeita o pagamento à condição de qualquer natureza, o documento simplesmente não produz os efeitos de titulo de crédito, porém se o sacado que não está obrigado a nada antes do aceite, pode perfeitamente introduzir uma condição de pagamento → Opera – se, nesse caso, o vencimento antecipado do titulo contra o sacador e também a vinculação do aceitante nos termos do seu aceite. 
Cláusula não aceitável:
	A recusa do aceite, total ou parcial, produz efeitos contrários ao sacador (e aos demais codevedores da letra de câmbio, se houver). Ele se sujeita a pagar o titulo imediatamente após a recusa, mesmo que o vencimento preestabelecido seja posterior. Para evitar a antecipação, provocada pela recusa do aceite, a lei possibilita ao sacador a introdução da cláusula não aceitável na letra de câmbio, proibindo a sua apresentação ao sacado antes do vencimento.
Obs.: A cláusula “não aceitável” não é exonerativa da responsabilidade do sacador, mas apenas evita o vencimento antecipado → Dessa forma, ela favorece o sacador, fazendo com que a letra de câmbio seja proibida de ser apresentada para aceite, sendo apenas para pagamento no dia do vencimento. 
ENDOSSO DA LETRA DE CÂMBIO:
Conceito: Endosso é o ato pelo qual o credor de um titulo de crédito com a cláusula a ordem transmite os seus direitos a outra pessoa, ou seja, é um declaração cambial que se perfaz por meio de uma assinatura de próprio punho por um credor do titulo que passa, em razão disto, a ser codevedor, transferindo a propriedade e o crédito do titulo para um novo credor. 
	O endosso introduz, na letra de câmbio, duas novas situações jurídicas, sendo que, podem ser pessoas físicas ou juridicas:
Endossante
Endossatário
→ Endossante: Encontra – se o credor do titulo que resolve transferi-lo a outra pessoa. Pelo endosso, o endossante deixa de ser o credor do titulo de crédito, que passa ás mãos do endossatário, ou seja, o endossante é quem assina o titulo, vinculando – se ao pagamento, transferindo – se de posição de credor para codevedor (devedor indireto). 
→ Endossatário: Trata – se de para quem o titulo foi passado. Pelo endosso, o endossante deixa de ser o credor do titulo de crédito, que passa ás mãos do endossatário, ou seja, passa a ser o novo credor do titulo. 
Obs.: Não se trata de ato gratuito, sendo que, o endossante irá receber do endossatário pelo menos uma parte do valor do titulo do crédito → Necessário constar a expressão típica do endosso, como “pague – se”, diante do principio da literalidade.
	O primeiro endossante da letra de câmbio será sempre o tomador, porque a ordem de pagamento é sacada em seu beneficio. 
Exceção: O endosso é ato típico de circulação cambial e apenas não se admite na hipótese de letra com cláusula não à ordem, haja vista que, o ato de transferência do titulo nominativo não a ordem não é endosso, mas sim cessão civil de crédito. 
Obs.: Ao chamar o documento representativo de obrigação por “letra de câmbio”, o emitente já está autorizando a circulação mediante endosso, mesmo que não o explicite. Para que o documento não possa circular sob o regime do direito cambiário, é necessária expressa menção à clausula não à ordem. 
	O endosso normalmente produz 2 efeitos:
Transferência do proprietário do crédito, ou seja, passagem do titulo ao endossatário
Vincula o endossante ao seu pagamento total do titulo. 
→ Isto é, enquanto o endossatário se torna o novo credor da letra de câmbio, o endossante passa a ser um de seus codevedores. 
Obs.: 
→ Quando o devedor principal quita a divida, não caberá ação de regresso, haja vista que, ocorre a liberação de todos os devedores do titulo (extingue as obrigações da letra de câmbio).
→ Quando os codevedores quitam a divida, podem promover ação de regresso contra os codevedores que assinaram anteriormente e contra o devedor principal. 
Espécies de endosso: 
Endosso próprio:
	Vislumbra – se os dois efeitos cumulativamente, ou seja, transfere o próprio crédito para o novo credor endossatário e vincula o endossante ao pagamento integral do titulo. 
Endosso impróprio:
	Os dois efeitos comuns da letra de câmbio (vinculação do endossante ao pagamento e a transferência do crédito) não são cumulativos e podem ser diferentes: 
	Um dos efeitos normais do endosso é a transferência da titularidade do crédito ao endossatário, porém, existem hipóteses em que se faz necessário legitimar a posse que determinada pessoa exerce sobre o documento, sem ter que lhe transferir o crédito. 
	Uma das decorrências do principio da cartularidade é de que o portador do titulo presume – se o seu credor, a menos que o contrário resulte da cadeia de endossos constantes do mesmo titulo. Por essa razão, a transferência da posse do documento normalmente acompanha a transferência da titularidade do crédito. Quando é necessário dissociar – se uma da outra, no sentido de legitimar a posse de alguém sobre o titulo, sem torna – lo o seu credor, deve – se praticar ato que expresse claramente essa circunstância. 
→ O endosso impróprio serve para atender esses aspectos do regime cambiário.
	Por meio do endosso impróprio, lança – se na cambial um ato que torna legitima a posse do endossatário sobre o documento, sem que ele se torne credor. Chama – se impróprio o endosso, exatamente porque um de seus efeitos normais – a transferência da titularidade do crédito – não se opera. Existem 2 modalidades dessa categoria de ato cambial:
Endosso-mandato. 
Endosso-caução
→ Endosso-mandato: 
	O endossatário é investido na condição de mandatário do endossante. O endosso-mandato é o ato apropriado para o endossante imputar à outra pessoa a tarefa de proceder à cobrança do crédito representado pelo titulo, ou seja, outorga para outrem (banco, esposa, advogado, amigo, entre outros) a execução da cobrança.
	Imagina – se que o credor não possa,no dia do vencimento, procurar o devedor da letra de câmbio, para receber o pagamento. Poderá, naturalmente, encarregar um empregado de sua confiança a fazê-lo. Deve, no entanto, praticar na própria letra uma ato pelo qual se legitime a posse do titulo por esse empregado, ou seja, não é válida a procuração realizada de próprio punho no dia, é necessário que seja documentado acostado na letra de câmbio. 
O endosso-mandato se expressa pela assinatura do endossante-mandante sob a expressão “pague-se, por procuração, a X”, ou outra equivalente (principio da literalidade). 
Obs.: O individuo outorgado pode cobrar, protestar, dar quitação total ou parcial, executar, entre outras possibilidades. 
→ Endosso-caução: 
	O endossatário é investido na condição de credor pignoratício do endossante. O endosso-caução é o instrumento adequado para a instituição de penhor sobre o titulo de crédito. Faz – se necessária à entrega da letra de câmbio ao credor (caucionado), sem que se transfira a titularidade do crédito representado pela cambial. 
O ato que viabiliza a constituição da garantia é o endosso-caução, praticado pelo endossante-caucionário em favor do endossatário-caucionado.
Expressa – se pela fórmula “pague – se, em garantia, a X”, ou outra equivalente. 
	O endossatário, no endosso-impróprio, pode exercer todos os direitos emergentes da letra de câmbio, exceto o de transferir a titularidade do crédito. Assim, o procurador do credor poderá protestar o titulo, executá-lo ou mesmo constituir outro mandatário por meio de novo endosso-mandato.
	O portador da letra em decorrência de endosso impróprio, na medida em que não é investido na condição de credor do titulo, não o pode transferir a outra pessoa. 
→ Endosso póstumo ou tardio: 
	Trata – se do endosso que se dá após a morte do titulo, ou seja, que se dá com a prescrição Produz efeitos de cessão civil de crédito. O endossante não se torna co-devedor, mas somente transfere o crédito.
Características:
Insere a assinatura após o protesto para facilitar o pagamento.
Não se pode executar o que transmite, ou seja, o endossatário não poderá executar o endossante. 
Transfere a propriedade e o crédito para o novo credor (endossatário), porém não vincula o endossante.
Necessário ter decorrido o prazo de protesto por falta de pagamento.
Obs.: Se o endossante realizar o endosso durante o prazo do protesto, este se vincula ao titulo de crédito e poderá ser executado integralmente pelo endossatário (atentar – se ao prazo de respiro na contagem dos dias para efetuar o protesto). 
	O endosso pode ser em branco ou em preto.
→ Endosso em branco: Trata – se daquele onde não se conhece o nome do novo credor endossatário.O ato de transferência da titularidade do crédito não identifica o endossatário, ou seja, para quem o crédito foi transferido. Com o endosso em branco, a letra de câmbio se torna um titulo ao portador e passa, por essa razão, a circular por simples tradição. O portador de uma letra endossada em branco pode transferi-la a outras pessoas, sem assiná-la, e consequentemente, sem tornar – se responsável pelo cumprimento da obrigação documentada. Pode ser praticado de duas formas:
A simples assinatura do credor no verso do titulo.
A assinatura do credor no verso ou no anverso, sob a expressão “pague – se”, ou outra equivalente. 
Obs.: Na regra geral, a letra de câmbio não pode circular como titulo ao portador, no entanto, essa condição diz respeito a obrigatoriedade de ter o nome do primeiro e do último credor constantes na letra de câmbio, de modo que, não existe problema em ter um endosso em branco no curso do referido titulo. 
→ Endosso em preto: O ato de transferência da titularidade do crédito identifica o endossatárioouseja, para quem o crédito foi transferido. Pode ser praticado da seguinte forma:
A assinatura do credor, no verso ou no anverso, sob a expressão “pague – se a X”. 
Cláusula liberatória/sem garantia: Trata – se de uma cláusula de exclusão de pagamento do endossante, de modo que, se não for intuito do endossante assumir a responsabilidade pelo pagamento do titulo, e com isso concordar o endossatário, ocorrerá à exoneração (se libera da execução) da responsabilidade pela cláusula “sem garantia”, que apenas o endosso admite. Desse modo, a letra será assinada sob a expressão “pague – se, sem garantia, a X”, o título terá apenas dois devedores, o aceitante e o sacador. 
Endosso parcial: Diz respeito ao endosso limitativo em relação a valores. Referido endosso é proibido e acarreta a NULIDADE do ato por completo. O endossante sempre será responsável pelo valor total (integralidade), e se por ventura, o mesmo colocar um cláusula limitativa de valores, sua parte será totalmente nula, trazendo como conseqüência/efeito a necessidade de interposição de processo de conhecimento para cobrança de seu direito, ou seja, a nulidade impossibilita a execução direta do titulo. 
Endosso condicional: Impõe uma condição futura certa ou incerta. Referido endosso acarreta o tratamento de “clausula não escrita”, ou seja, não anula o endosso, porém funciona como se nada tivesse sido interposto como condição. Nessa situação, anula – se apenas a condição, porém o credor pode ingressar com ação de execução normalmente. 
ENDOSSO E CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO: 
	A cessão de crédito é um instituto do Direito Civil, pela qual o credor de uma obrigação a transfere (cede) a terceiro (cessionário). Aquele que transfere (cedente), responde pela existência do crédito, mas não pela solvência do devedor (cedido). Vale dizer, o cessionário, ao apanhar esse título não terá o cedente como co-garantidor, tal qual ocorreria se fosse um endosso com efeitos cambiários. Sendo uma cessão, o cedente só se responsabiliza pela existência do crédito, mas se o devedor principal não pagar, o cessionário não pode reaver seu dinheiro exigindo do cedente.
	A cessão civil é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula não à ordem transmite os seus direitos à outra pessoa.
	Na cessão civil, quem transfere o título de crédito só responde pela existência do título, mas não responde pelo seu pagamento. Entretanto, o devedor pode alegar contra o cessionário de boa-fé exceções pessoais.
	Para que o titulo não possa circular sob as regras do direito cambiário, é necessária a inclusão expressa da cláusula não à ordem. A cláusula obstativa da circulação cambial inserida pelo endossante proíbe a circulação cambial a partir do endosso que a inseriu (“pague-se a X, não à ordem”). 
Partes da cessão de crédito como documento civil:
→ Cedente:Quem transfere, outorga. 
→ Cessionário: Novo credor, quem recebe. 
	Na cessão se transfere a propriedade e o crédito. O cedente, ao transferir o crédito, não se torna codevedor, ou seja, não tem obrigação. 
	É importante ressaltar que a cláusula não à ordem não impede a circulação do crédito, mas sim opera a mudança do regime jurídico aplicável à circulação, deixando de ser competência do direito cambiário para obter tratamento no direito civil → o titulo não à ordem transfere – se por cessão civil. 
	Prevê a Lei Uniforme, no art. 11, a possibilidade de aposição, por parte do emitente do título, da cláusula ‘não à ordem’, o que significaria uma desautorização, por vontade do emitente, de que aquela cambial fosse endossada, indo parar em mãos de terceiro.
	Em tese esta cláusula proíbe o credor de transferir o título por meio do endosso. Por isso, o "não" indica a impossibilidade de o credor ordenar que o título seja pago pelo devedor a outra pessoa. No entanto, conforme se vê no art. 11, ainda que estiver inserta no título a cláusula ‘não à ordem’, a cambial é transmissível, porém, pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de crédito.
A cláusula ‘não à ordem’ tem a função de preservar o emitente. Por isso sempre que ela é lançada no título (pelo promitente, pelo sacador da letra ou pelo emitente do cheque) deve-se ter em conta que, aquele que a consignou pretende se garantir a possibilidadede opor defesas perante os futuros credores. A cláusula ‘não à ordem’ é um recado do devedor ao credor, de que ele não quer se sujeitar aos princípios da abstração e da inoponibilidade que incidem no momento em que a cambial é posta em circulação.
Sob o efeito de cessão civil de crédito, o devedor poderá opor contra o cessionário (terceiro de boa-fé) todas as defesas que teria para opor contra o credor originário.
Sendo uma cessão civil, aquele que apanha o título na condição de cessionário, não usufrui todas as garantias a que teria acesso se fosse um endosso, pois, no endosso, todos os endossantes são garantes do título.
Obs.: Se mesmo com a cláusula não à ordem, o titulo for transferido, deixa de ser titulo de crédito e se torna cessão civil. Nessa situação, os endossantes se tornam cedentes. 
→ Diferenças entre circulação cambiária e civil:
Enquanto o endossante, em regra, responde pela solvência do devedor, o cedente, em regra, responde apenas pela existência do crédito. 
O devedor não pode alegar contra o endossatário de boa – fé exceções pessoais, mas as pode alegar contra o cessionário. 
AVAL DA LETRA DE CÂMBIO: 
Conceito: O aval é uma declaração cambial que se perfaz por meio de uma assinatura de próprio punho, de pessoa física ou jurídica, denominado avalista, que garante o pagamento do titulo em favor de outro obrigado neste titulo. 
	O aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar titulo de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse titulo (avalizado). Em geral, quando o credor não se considera inteiramente garantido frente a determinado devedor, porque este não possui situação econômica estável ou patrimônio suficiente à satisfação da divida.
→ É comum a exigência de uma garantia suplementar, representada pela obrigação assumida por outra pessoa. 
Partes:
→ Avalista:Garantidor
→ Avalizado: O avalizado será sempre um devedor da letra de câmbio (sacador, aceitante, endossante, outro avalista).
Obs.: O avalista, ao assinar o titulo garantindo o pagamento, se equipara a obrigação de seu avalizado. O avalista sempre seguirá a natureza jurídica de seu avalizado:
Avalista de sacador → Segue a natureza de codevedor. 
Avalista de endossante → Segue a natureza de codevedor.
Avalista de aceitante → Segue a natureza de devedor principal
Avalista de avalista do sacador → Segue a natureza de codevedor.
Avalista de avalista do endossante → Segue a natureza de codevedor.
Avalista de avalista do aceitante → Segue a natureza de devedor principal
Obs.: Se o avalista paga a divida, e ele é codevedor, pode mover ação de regresso contra todos os que assinaram antes, sendo que, é ilegal apresentar demanda de execução contra os que assinaram o titulo de crédito posteriormente. 
Exemplo: Se o devedor é sociedade limitada, de micro, pequeno ou médio porte, o credor normalmente exige que o seu sócio majoritário se comprometa pessoalmente com o pagamento da divida. Assim, além do patrimônio da pessoa jurídica, também o do sócio garante o cumprimento da obrigação. 
	Usualmente o avalista garante todo o valor do titulo, mas a lei admite o aval parcial, conforme prelecionado no artigo 30 da LUG:
→ Aval parcial: Tem caráter limitativo. Garante até X valor. 
→ Aval total: Tem caráter integral. 
Características principais do aval: 
	Duas são as características principais do aval, em relação à obrigação avalizada:
Autonomia
Equivalência 
	O avalista assume, perante o credor do titulo, uma obrigação autônoma, mas equivalente à do avalizado, ou seja, o aval é dotado de autonomia substancial e acessoriedade formal.
	Da autonomia do aval seguem – se importantes consequências. Em primeiro lugar, a sua existência, validade e eficácia não estão condicionadas à da obrigação avalizada. Desse modo, se o credor não puder exercer, por qualquer razão, o direito contra o avalizado, isto não compromete a obrigação do avalista. 
	Todos os que podem exercer o seu direito de crédito contra determinado devedor do titulo também podem fazê-lo contra o avalista dele; assim como todos os que podem ser acionados por determinado devedor, em regresso, também o podem ser pelo respectivo avalista. 
	O avalista pode vir a ser obrigado, perante o credor do titulo, por montante superior àquele que, em regresso, recuperará junto ao avalizado. 
	O credor da cambial poderá executar o avalista pela integralidade do seu valor, mas esse somente poderá exercer o seu direito creditício na recuperação judicial, recebendo o pagamento pelo valor a menor. 
	O aval pratica por uma das seguintes formas:
A assinatura do avalista lançada no anverso do titulo.
A assinatura do avalista, no verso ou anverso, sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo sentido. 
A assinatura do avalista, no verso ou anverso, sob a expressão “por aval Benedito”, ou equivalente. 
	A simples assinatura do avalista não pode ser lançada no verso da letra de câmbio, porque este é, por definição, o local apropriado para o endosso. Registre – se, também, que nas duas primeiras formas, como o avalizado não é identificado, reputa – se o aval em branco. Já na última, o aval é considerado em preto, porque nele se encontra a identificação do avalizado. 
→ Aval em branco: O avalizado/garantido não é identificado. A expressão será transcrita no titulo apenas como “por aval”...... + assinatura do avalista
Obs.: 
Se o aval em branco for feito no verso ou em folha anexa ao titulo, ao invés de garantir o individuo que tem interesse, o avalista garantirá o SACADOR.
Se o aval em branco for feito na frente do titulo, ao invés de garantir o individuo que tem interesse, o avalista garantirá o DEVEDOR PRINCIPAL, e por consequência, responderá com seu patrimônio pelo titulo como equiparado, ou seja, em uma eventual execução de titulo de crédito, o credor terá 3 anos para executar o devedor principal e o avalista de devedor principal, a conta do vencimento do titulo.
→ Aval em preto: Identifica – se o nome do avalizado. A expressão será transcrita no titulo como “por aval a Fábio” + assinatura do avalista.
→ Aval simultâneo: 
	Simultâneo quer dizer “ao mesmo tempo”. O devedor cambial pode ter a sua obrigação garantida por mais de um avalista. É a hipótese de avais simultâneos, ou coavais. Os avalistas são simultâneos, no sentido de que garantem solidariamente o cumprimento da obrigação avalizada. 
	Presumidamente ocorre de uma vez só. É aquele em que duas ou mais pessoas garantem o pagamento em favor do mesmo avalizado, por exemplo, três avalistas distintos que avalizam o mesmo individuo, no caso o sacador da letra de câmbio (codevedor). 
	Sendo assim, mais de um avalista assume responsabilidade solidária entre eles, em favor do mesmo devedor, podendo ser do sacador, do aceitante ou do endossante.
	Caso um dos avalistas simultâneos arque com o pagamento da divida, este tem direito de mover ação de regresso contra os demais avalistas simultâneos do individuo em comum, porém, apenas no que diz respeito a quota parte destes. 
	Dessa forma, se o avalista quiser cobrar os avalistas que são simultâneos a ele, tem que dividir – se o montante integral pela quantidade de avalistas constantes no polo, incluindo o próprio avalista, por exemplo, o montante de 50 mil, onde constam 5 avalistas, de modo que, pode – se cobrar apenas 10 mil de cada avalista simultâneo. Se por ventura não completar o montante total arcado, o avalista deverá cobrar os demais codevedores e o devedor principal constantes na letra de câmbio. 
Obs.:A cobrança em relação aos codevedores, endossantes, devedor principal e avalistas simultâneos que avalizam individuo diferente do “seu” pode ser integral. 
→ O avalista do devedor principal pode entrar com ação de regresso contra o próprio devedor principal/aceitante. 
→ Aval sucessivo:
	Caracteriza – se por uma relação sequencial de avalistas, ou seja, um avalista avaliza outro avalista no titulo, e assim por diante, como um aval de aval. 
	O avalista garante opagamento do titulo em favor de um devedor e tem a sua própria obrigação garantida também por aval. 
	O avalista sucessivo tem direito de cobrar emregresso o valor total que desembolsou dos codevedores ou diretamente do aceitante. 
Aval e Fiança:
→Diferenças entre aval e fiança:
A fiança é dada em contratos e em outras transações cíveis, não existindo no titulo de crédito. Já o aval, é opção exclusiva dos títulos de crédito, não podendo ser utilizados em outros negócios jurídicos não creditícios. Dessa forma, se as expressões forem utilizadas erroneamente, será presumida a troca, adequando – se sempre o aval em titulo de crédito e a fiança nos negócios cíveis. 
O aval é autônomo em relação à obrigação avalizada, ao passo que a fiança é obrigação acessória. Desse modo, se a obrigação do avalizado, por qualquer razão, não puder ser exigida pelo credor, isto não prejudicará os seus direitos em relação ao avalista. Já se a obrigação afiançada é inexigível, a causa macula igualmente a fiança, que sendo acessória, tem a sorte da principal. 
Se o avalista vier a óbito, seu débito poderá ser inserido no inventário, de modo que, primeiramente será pago o credor, e se sobrar algum montante, será destinado aos familiares do falecido, ou seja, a obrigação não se extingue com o falecimento do avalista. Ao contrário, a morte do fiador extingue a obrigação imediatamente, salvo se o fiador já devida enquanto vivo, hipóteses em que o débito é inserido no inventário. 
O beneficio de ordem pode ser evocado pelo fiador, mas não pelo avalista, ou seja, o fiador pode exonerar – se da responsabilidade do prestador da garantia suplementar, em razão da prova da solvência do devedor garantido, isto é, libera – se da obrigação assumida indicando bens do afiançado. O avalista, mesmo que o avalizado tenha bens suficientes ao integral cumprimento da obrigação cambiária, deve honrar o titulo junto ao credor, se acionado, e, depois cobrá-lo em regresso daquele.
DIFERENÇAS ENTRE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA CAMBIAL E OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA CIVIL:
Na solidariedade civil, o devedor que arcou com a divida pode se voltar por meio de ação de regresso contra os devedores, considerando a quota parte respectiva a cada um (incluindo a si mesmo na contagem),
Na solidariedade cambial, a regra é que o devedor que arcou com a divida cobre o valor integral do devedor, salvo no caso de aval simultâneo, onde é cobrado considerando a quota parte de cada codevedor. 
→ O devedor principal que pagou não tem direito de regresso no direito cambial, diferentemente do civil. 
Observações:
Forma objetiva: Existe um fato que iguala ambas as obrigações (cíveis e cambiais), onde o credor pode exigir a totalidade dos valores de qualquer um dos devedores solidários. Quando a divida é solidária, o credor pode cobrar o valor total de qualquer um dos devedores solidários. O que diferencia uma obrigação da outra é que na divida civil, o devedor que pagou deve dividir o valor que pagou pelo número de devedores solidários e todos pagam sua respectiva cota. No direito cambial não existe cota parte em regra, quem pagou o valor total tem direito de cobrar dos devedores anteriores o valor total, a exceção é o caso de avalista simultâneo, onde o devedor que pagou pode cobrar a cota parte.
Na obrigação civil, o devedor que pagou tem direito de regresso contra os outros devedores, incluindo o devedor principal, no direito cambial o devedor principal não tem direito de regresso contra os outros devedores, somente os codevedores podem se beneficiar deste institituto.
VENCIMENTO DA OBRIGAÇÃO CAMBIAL:
	É a ocorrência do fato jurídico que torna possível a cobrança ou a exigência do pagamento do titulo de crédito. Há duas espécies de vencimento da letra de câmbio:
→ VENCIMENTO EXTRAORDINÁRIO: Ocorre fora do esperado, ou seja, fora do previsto. Acontece quando:
O aceite é parcial (modificativo ou limitativo)
OU
Quando nãofoi dado o aceite. 
OU
Quando há falência do aceitante
Obs.: Aceite somente se dá em caso de endosso
	Tais hipóteses antecipam o vencimento do titulo executivo contra o sacador (criador da letra). 
No que diz respeito à FALÊNCIA, importa salientar que esta é uma execução coletiva de procedimento especial movida somente contra empresários com ou sem registro na Junta Comercial, podendo ser empresário individual, sociedade empresária ou Eireli. Se o devedor for a falência, é decretado o vencimento de todos os créditos que esta pessoa ou empresa possuem na praça. O credor poderá averiguar se é melhor se habilitarno processo de falência do aceitante ou executar singularmente os coobrigados (sacador e seus avalistas, e endossantes e seus avalistas). Quando o codevedor tem a falência decretada não antecipa o vencimento contra todos os codevedores, mas sim somente contra o codevedor que faliu. 
→ VENCIMENTO ORDINÁRIO: É o vencimento comum, conforme o previsto. Possui 4 espécies:
Vencimento com data certa (envolve dia, mês e ano). Quando o sacador escolhe uma data certa para o vencimento. “Pague-se dia 30 de abril” é com dia certo. Não gera qualquer dúvida, haja vista que, sabe – se a data exata do pagamento.
Vencimento à vista: Quando o devedor tem a vista do título! Ocorre vencimento à vista no momento em que o título é apresentado ao devedor. Num título com vencimento à vista, não precisa -se colocar data. O vencimento é o dia da apresentação, presumidamente. É aquele que não possui data expressa, vencendo quando apresentado diretamente ao devedor para pagamento. É aquele que não possui data expressa, vencendo quando apresentado diretamente ao sacado (devedor) para pagamento. A vista é aos olhos do devedor. O credor tem o prazo de 1 ano, contados a partir da data de emissão da letra. Qualquer dia durante este período de um ano pode haver a cobrança do devedor. Se o devedor não pagar, ele não se torna obrigado, haja vista que, ainda não assinou a letra de câmbio, razão pela qual, o credor tem direito de executar o sacador (criador do titulo), porém deve – se protestar o título para obter o direito da execução. 
Vencimento a certo termo da vista: Nesta modalidade, o vencimento será marcado com o decurso de prazo determinado pelo sacador cujo início coincide com a data do aceite realizado pelo aceitante. Na letra de câmbio, estará escrito: “pague-se por essa única via da letra de câmbio a 30 dias do aceite.” Talita levou ao Arthur a letra. A partir do aceite, marcamos o termo inicial e começamos a contar o prazo, se for feito nessa modalidade.
Vencimento a certo termo da data: Quando o título também vence com o decurso de tempo, todavia com início coincidente com a data do saque. Na letra de câmbio estará escrito: “pague-se daqui a 45 dias.” Naquele dia ocorrerá o vencimento. 
PAGAMENTO: 
	É o ato realizado pelo devedor, consistente no cumprimento da obrigação creditícia. O pagamento pode ser total ou parcial. 
Obs.: O credor é obrigado a receber o pagamento parcial (caso o devedor não tenha o total para quitar no momento). – No entanto, importante frisar que o credor do titulo não é obrigado a receber antecipado.
	O pagamento da letra de câmbio extingue uma, algumas ou todas as obrigações cambiais nela mencionadas, dependendo de quem paga. 
→ A quitação deve ser dada no próprio titulo, em razão do principio da literalidade; mesmo que seja no caso de parcial pagamento, onde a quitação é dada no titulo expressando a quantia paga até o momento, sendo que, o titulo de crédito permanecerá com o credor, e o devedor que pagou determina quantia receberá recibo apartado.
	Se o devedor principal paga a letra, o ato jurídico correspondente extingue todas as obrigações documentadas no titulo. Se o pagamento é realizado pelo aceitante, assim, opera – se a desconstituição da totalidade dos vínculos creditícios, liberando – se sacador, endossantes e avalistas da letra. 
	Se, contudo, é o codevedor que paga, o pagamento extingue a obrigação de quem pagou e a dos devedores posteriores, e aquele que pagou pode exercer,em regresso, o direito creditício contra os devedores anteriores.
	A cadeia de anterioridade-posterioridade dos devedores cambiais se organiza a partir de três critérios:
O devedor principal é o primeiro
Sacador e endossantes se localizam, pelo critério cronológico.
O avalista é o devedor imediatamente posterior ao seu avalizado. 
	Deve – se ressaltar que a apresentação da letra ao devedor principal para fins de pagamento, é condição inafastável para a exigibilidade do crédito contra os codevedores. Se o credor não tentou o recebimento do crédito, amigavelmente, do principal devedor do titulo, ele não tem, no direito cambiário, condições de ajuizar ação contra os codevedores. A tentativa de cobrança extrajudicial do devedor principal é condição sinequa non da exigibilidade do crédito cambial contra os codevedores. 
	Apresentada a letra para pagamento ao aceitante, se ele não pagar, o credor (depois de providenciar o protesto do titulo), pode escolher qualquer um dos codevedores para, amigável ou judicialmente, exigir o valor do crédito.
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO: 
	A letra deve ser apresentada ao aceitante, para pagamento, no dia do vencimento. Se o titulo vence num dia não útil, a apresentação deve ser feita no primeiro dia útil seguinte. 
→ Para o direito comercial, útil é o dia com expediente bancário regular. 
Obs.: Também compromete a utilidade do dia, para o direito comercial, a anormalidade do expediente, provocada por greve dos bancários ou qualquer outra razão. 
	Somente se admite a apresentação no primeiro dia útil seguinte, se o vencimento recai em dia não útil. Caso o pagamento deva se realizar no exterior, a regra é diferente, porque se admite a apresentação feita também nos dois dias úteis seguintes ao vencimento, independentemente de ter esse recaído em dia útil ou não.
Obs.: A cobrança detitulo de crédito trata – se de uma obrigação quesível, ou seja, quando uma dívida deve ser paga na residência do devedor. Neste caso, a pessoa que tem o crédito deve ir à casa de quem tem a dívida com ele para receber o pagamento, o credor que deverá se locomover para cobrar do devedor principal.
	A inobservância do prazo de apresentação a pagamento, por si só, não traz nenhuma consequência de relevo ao portador da letra de câmbio. O inicio da fluência do prazo para o protesto, cuja desobediência, esta sim, pode ser prejudicial aos direitos do credor. Apenas se a letra contém clausula sem despesas, que dispensa o protesto, a inobservância do prazo de apresentação a pagamento redunda na perda do direito de cobrança. 
Obs.: Quando não há essa clausula, o prazo de apresentação para pagamento apenas serve para definir o de protesto por falta de pagamento. Com efeito, se inadimplida a obrigação cambiária pelo devedor principal, o credor da letra em dia certo deve encaminhá-la ao cartório de protesto nos dois dias úteis seguintes ao que ela é pagável. 
	Se o endossatária desobedece o prazo de apresentação a pagamento, o aceitante ou o codevedor podem proceder ao depósito judicial do valor da cambial, à custa do credor. 
PROTESTO: 
	O protesto é o ato formal e solene, extrajudicial, que é realizado pelo credor de um titulo de crédito, a fim de salvaguardar seus direitos de crédito contra os coobrigados. Referido ato funciona como prova da inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de divida. 
	Na verdade, o protesto deve – se definir como ato praticado pelo credor, perante o competente cartório, para fins de incorporar ao titulo de crédito a prova de fato relevante para as relações cambiais. É o credor quem protesta; o cartório apenas reduz a termo a vontade expressa pelo titular do credito. Por meio desse ato, o credor formaliza a prova de fato jurídico, cuja ocorrência traz implicações às relações creditícias representas pela cambial. 
	Em relação à letra de câmbio, além desses dois tipos (falta de aceite e falta de pagamento), há, ainda, o protesto por falta de data de aceite. Diz respeito à letra a certo termo da vista, em que o sacado aceita o titulo, mas se esquece de mencionar a data em que pratica o ato. Como a letra dessa categoria tem o seu vencimento definido a partir da aceitação da ordem pelo sacado, o portador pode protestá-la para suprir a falta do termo inicial do respectivo prazo. Por evidente, a necessidade do protesto existirá apenas se o aceitante, procurado para escrever a data do aceite no titulo, recusar – se a fazê-lo. Nesse caso, ele será intimado para comparecer no cartório e datar o ato, sob pena de protesto. 
	
→ Protesto por falta de pagamento: 
	Se o aceitante não paga a letra de câmbio, no vencimento, o credor deve protestá-la por falta de pagamento. Quando se trata de titulo com vencimento em dia certo, a providência deve ser adotada 2 dias úteis seguinte a data de vencimento. Dessa forma, o credor poderá executar o devedor principal e os codevedores, endossantes e avalistas. 
O protesto é sempre feito pelo Credor, contra o Devedor principal, mesmo que o intuito seja executar os codevedores. 
Protesto necessário/obrigatório: É o protesto indispensável para executar o sacador, endossante e avalistas. Precisa ser realizado em tempo hábil, sendo 2 dias após o vencimento da letra de câmbio. É necessário realizar o referido protesto, sob pena de não conseguir executar os coobrigados. Se feito no tempo hábil, dá ao credor a possibilidade de executar o devedor principal e seus codevedores até o fim do prazo prescricional de 1 ano. 
Protesto facultativo: Tratando-se de protesto facultativo, o termo final da apresentação a protesto coincide com o do prazo prescricional da respectiva ação cambial, cabível em relação ao aceitante, se for o caso, ou em relação aos avalistas. Sendo assim, de uma forma ou de outra o devedor principal poderá ser executado no prazo prescricional de 3 anos, a partir da data de vencimento do titulo de crédito, independentemente de protesto. 
	Se o credor perder o perder o prazo para a efetivação do protesto, ou seja, para a entrega da cambial no cartório, a consequência será a inexigibilidade do crédito mencionado na letra, contra os codevedores e seus avalistas. Se o endossatário, assim, não obedece o prazo legal para o protesto por falta de pagamento, ele não poderá cobrar a letra do sacador, endossante e seus avalistas. 
Obs.: Continua com o direito creditício contra o aceitante e o avalista do aceitante, devedores perante os quais o desatendimento do prazo não produz efeitos. 
	A cobrança judicial do devedor principal (aceitante) e respectivo avalista, independe de protesto. Sendo que, o credor possui o prazo de 3 anos para ingressar com execução judicial, a contar da data de vencimento do titulo, contra o aceitante. 
Obs.: Na execução coletiva (falência), o protesto cartorário será sempre obrigatório, qualquer que seja o obrigado. Esse protesto é designado protesto especial para fins falimentares, e pode ser tirado a qualquer tempo, desde que o titulo não esteja prescrito e que o obrigado seja empresário, com ou sem registro na Junta Comercial. 
PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DE EXECUÇÃO: 
→ Prescrição contra o devedor principal (Aceitante), e seu avalista – 3 anos a partir do vencimento do titulo.
→ Prescrição contra os codevedores, endossantes e avalistas – 1 ano a partir do protesto realizado por falta de pagamento (protesto obrigatório – emissão de certidão de protesto). 
→ Prazo prescricional para o devedor que pagou a divida (integralmente ou parcialmente), interpor ação de regresso contra os devedores anteriores a ele – 6 meses do pagamento efetivo do termo. 
AÇÃO CAMBIAL: 
	Ação cambial é a de cobrança do direito creditício mencionado em titulo de crédito. Ela se diferencia das demais ações de cobrança unicamente porque apresenta a particularidade de limitar as matérias de defesa do devedor, quando o credor é terceiro de boa – fé.
	Ressalta – se que, sendo o executado codevedor ou avalista de codevedor, o titulo de crédito somente apresenta força executivase acompanhado de instrumento de protesto que ateste ter sido protocolizado no prazo legal, junto ao cartório do lugar do pagamento. Caso não preenchida essa condição, não disporá o portador da letra de titulo hábil à propositura da medida judicial satisfativa. Qualquer direito que pretenda invocar contra o sacador, endossante e seus avalistas, dependerá de ação de conhecimento, sem a natureza cambial. Contra o aceitante e seu avalista, a simples exibição da letra de câmbio, com ou sem protesto, é suficiente para instaura – se a execução. 
	O credor pode executar o titulo de crédito contra todos os devedores, identificando como executados, o devedor principal, os codevedores e avalistas da letra. Normalmente, após obter sucesso na cobrança do crédito contra um dos executados, o credor deve desistir dos demais, ou pedir a suspensão da execução contra eles, de forma a se evitar o enriquecimento indevido.
	A execução da letra de câmbio, assim, deve ser ajuizado contra o devedor principal e seu avalista, em 3 anos, a contar do vencimento; contra os codevedores, em 1 ano, contado do protesto; para o exercício do direito de regresso contra o codevedor, em 6 meses, a partir do pagamento ou do ajuizamento da execução. 
	Prescrita a execução, ninguém poderá ser acionado em virtude da letra de câmbio. No entanto, se a obrigação que se encontrava representada pelo titulo de crédito tina origem extracambial, seu devedor poderá ser demandado por ação de conhecimento, ou por monitória, nas quais a letra serve, apenas, como elemento probatório. 
PRESCRIÇÃO DAS AÇÕES:
 → Execuções
→ Causais
	Se por ventura o titulo executivo prescrever, não será possível ingressar com ação direta de execução, sendo necessário utilizar – se de um dos métodos causais para requerer o direito: 
Ação de conhecimento: 
	O credor do titulo executivo terá que debater o direito levando a pretensão da lide ao conhecimento do juiz. Após encerrada a ação de conhecimento, se entendido como devido, iniciará o processo de execução. 
Ação monitória: 
	Consoante o artigo 1.102a do Código de Processo Civil, “ a ação monitória compete a quem pretender, com base em prove escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.
	Como prova escrita, em relação ao procedimento injuntivo, deve-se entender qualquer documento escrito que não se revista das características de título executivo, como por exemplo: o cheque prescrito, a duplicata sem aceite, a carta confirmando a aprovação do valor do orçamento e a execução dos serviços, carta agradecendo ao destinatário empréstimo em dinheiro, telegrama, fax e etc.
	Como coisa fungível, entende-se a coisa determinada pelo gênero e quantidade, que pode ser substituída por outra da mesma espécie; enquanto a coisa móvel, deve ser interpretada como móvel e determinada , “coisa certa”.
	Existe o prazo prescricional de 5 anos para a ação de monitória, sendo que, só é possível realizar a distribuição da referida ação monitória depois de prescrita a ação de execução, ou seja, depois de 3 anos, quando o titulo executivo não pode mais ser cobrado (concomitante). 
	Dessa forma, discute – se a existência do crédito, não são mais executáveis diretamente, sendo necessário entrar com processo de conhecimento. 
NOTA PROMISSÓRIA
Conceito: É uma promessa de pagamento do subscritor de pagar quantia determinada ao tomador, ou à pessoa a quem esse transferir o titulo. 
→ Em virtude do seu caráter de promessa unilateral, a nota promissória não necessita de aceite por parte do devedor. 
	A nota promissória é uma promessa de pagamento. Seu saque gera, em decorrência, duas situações jurídicas distintas: 
→ A de quem, ao praticar o saque (criação), promete pagar quantiadeterminada pelo tomador, ou a quem ordenar → Quem paga é chamado de SUBSCRITOR (ou sacador, emitente ou promitente). 
Obs.: Na nota promissória é permitido a realização de inúmeros endossos e avais.
→ Do beneficiário da promessa → O beneficiário é chamado de TOMADOR. 
Obs.: Não produzirá efeitos cambiais a nota promissória emitida ao portador, já que o nome do tomador é exigido. 
SUBSCRITOR → é o devedor principal da nota. O devedor principal, mediante saque/criação, concorda em representar sua divida perante o tomador. Ao manifestar esta vontade, o subscritor anui o crédito junto a terceiros, os quais passam a titularizar direito creditício autônomo à relação jurídica primária, de que havia originado a divida. 
Obs.: Sua cobrança não se beneficia da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa – fé. 
Características:
MODELO LIVRE: Os títulos livres não possuem um padrão ou norma que determinem como eles devem ser, basta apenas que atendam todos os requisitos essenciais impostos pela lei de nota promissória. Dessa forma, o título pode ser manuscrito, datilografado, impresso, adquirido em papelaria ou realizado via internet. 
EMISSÃO (criação/saque/ assinatura do título de crédito) da nota promissória é NÃO CAUSAL, ou seja, pode ser criado por qualquer causa, para representar obrigação de qualquer natureza no momento do saque. Frisa – se que é necessária a aceitação do credor. 
CIRCULAÇÃO NOMINATIVA: Diz respeito ao negócio jurídico que opera a transferência da titularidade do crédito apresentado pela cártula. Os nominativos são aqueles que identificam o seu credor e, portanto, a sua transferência pressupõe a tradição e a prática de um outro negócio jurídico, ou seja, é obrigatório conter o nome do credor.
→ Obs.: Após a criação da nota promissória, ela pode circular por endosso, sendo nota promissória a ordem, e por cessão de crédito, sendo nota promissória não á ordem. 
À ORDEM: Quando os títulos de crédito nominativos circulam “à ordem”, precisam da tradição e do endosso;
NÃO À ORDEM: os títulos com a cláusula “não à ordem” circulam com a tradição acompanhada de cessão civil de crédito.
ESTRUTURA DE PROMESSA DE PAGAMENTO: Quando existe uma promessa de pagamento, nascem 2 situações jurídicas do saque cambial: a de quem promete pagar e a do beneficiário da promessa. 
Princípios que regem a nota promissória:
CARTULARIDADE:
A cartularidade nada mais é do que a posse do documento, da cártula. Por mais que uma pessoa seja a credora, ela não terá dentro do regime jurídico-cambial, o direito de crédito, caso não esteja de posse do documento (quem não se encontra com o titulo em sua posse, não se presume credor). 
LITERALIDADE:
	O princípio da literalidade diz que, só é válido aquilo que está, literalmente, expresso no título, ou seja, só tem importância para as relações jurídico-cambiais o que se apresenta na cártula.
	Atos documentados em instrumentos apartados, ainda que válidos e eficazes entre os sujeitos diretamente envolvidos, não produzirão efeitos perante o portador do titulo, ou seja, a quitação do título, após seu pagamento, precisa estar inscrita no mesmo, caso contrário, não surte o efeito jurídico desejado.
Obs.: O principio da literalidade prevê que apenas são válidas as informações inseridas no titulo de crédito, porém, se o referido titulo tratar – se de contrato, e houver aval no mesmo, este será presumidamente considerado como fiança. Em continuação, se concomitantemente a existência de um “aval” no contrato, existir um aval em nota promissória (inserto na cártula), os tribunais estendem o entendimento de aval transcrito na nota promissória para o contrato, não sendo mais fiador e sim avalista em ambos os títulos executivos. 
AUTONOMIA:
	O princípio da autonomia determina que, as mais diversas obrigações que possam ser representadas por um título de crédito, são independentes entre si. O título pode circular na praça à vontade, passando de mão em mão incontáveis vezes, mas, as mais diversas relações obrigacionais que ele venha a representar, guardarão autonomia entre elas. 
Obs.: Se algumas das obrigações de titulo de crédito for nula ou anulável, eivada de vicio jurídico, tal fato não comprometerá

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