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Aula 17 Esquistossomose XEROX

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Schistosoma mansoni 
e 
Esquistossomose
Filo Platyhelminthes
 	Classe Trematoda
		Família Schistosomatidae
			Gênero Schistossoma
S .haematobium Bilharz, 1852 
Esquistossomose vesical 
África e Oriente Médio.
Hospedeiro intermediário
Molusco Bullinus 
S.japonicum Katsurada, 1904
Esquistossomose intestinal 
China, Japão, Ilhas Filipinas e Sudeste Asiático. 
Hospedeiro intermediário
Molusco Ocomelania 
S.mansoni Sambon, 1907 
Esquistossomose intestinal
África, Antilhas, e América do Sul.
Hospedeiro intermediário Molusco
 Biomphalaria glabrata
Biomphalaria tenagophila
Biomphalaria straminea 
MORFOLOGIA 
Forma oval, sendo que na porção mais larga apresenta um espículo voltado para trás. O que caracteriza o ovo maduro é a presença de um miracídio formado,m visível na transparência da casca. O ovo maduro é a forma usualmente encontrada nas fezes. 
MIRACÍDIO
-Forma cilíndrica, apresentando células epidérmicas onde se implantam os cílios (responsáveis pelos movimentos no meio aquático). 
-Apresenta células germinativas (50 a 100), que darão continuidade ao ciclo no caramujo.
Terebratorium ou Papila Apical
Pode se amoldar em forma de ventosa, nessa estrutura encontram-se as terminações das glndulas adesivas e das glândulas de penetração.
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Habitat
	Os vermes adultos vivem no sistema porta, atingindo o fígado. Com a maturação sexual (cerca de 25 dias), migram para os ramos terminais da veia mesentérica inferior, onde se acasalam e em torno do 35° dia, as fêmeas iniciam a postura dos ovos.
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TRANSMISSÃO
 Penetração ativa das cercárias na pele e mucosa. Elas penetram mais freqϋentemente nos pés e nas pernas por serem áreas do corpo que mais ficam em contato com águas contaminadas.
Vistas em maior quantidade na água e em maior atividade entre 10 e 16 h, quando a luz solar e o calor são mais intensos.
Locais mais freqϋentes de transmissão: focos peridomiciliares – valas de irrigação de hortas, açudes, pequenos córregos (onde as lavadeiras e as crianças costumam ir).
Esquistossomose Mansônica Aguda
Fase Pré-Postural (ocorre cerca de 10-35 dias após a infecção)
Sintomas:
forma anaparente ou assintomática 
forma sintomática – mal estar, febre, tosse, dores musculares, desconforto abdominal e um quadro de hepatite aguda.
Fase Aguda (aparece em torno de 50 dias e dura até cerca de 120 			dias após a infecção)
Sintomas:
enterocolite aguda (intestino), formação de granulomas no fígado, febre, sudorese calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, diarréia, disenteria,, cólica, tenesmo, hepatoesplenomegalia discreta, leucocitose com eosinofilia, aumento das globulinas e alterações discretas das funções hepáticas. Pode ocorrer a morte ou evoluir para a forma crônica.
Fase Crônica (de evolução lenta, na maioria dos casos é benígna)
Sintomas:apresenta grandes variações clínicas
Forma intestinal: 
perda de apetite, desconforto abdominal, diarréias e disenteria com presença de catarro e sangue nas fezes. Há também cólicas intestinais, tenesmo retal, emagrecimento e astenia
Forma hepatoesplênica:
 má digestão, sensação de plenitude gástrica, dor abdominal vaga e difusa, azia, eructações, flatulência, desanimo, indisposição geral, inapetência, emagrecimento, irritabilidade e nervosismo. Alguns pacientes apresentam uma tumoração no abdôme. A anemia é agravada pelas hemorragias. Leucopenia e plaquetopenia.
Forma cardiopulmonar: 
tosse seca ou com secreção viscosa com sangue, sinais de bronquite, broncopneumonia e crises asmáticas. Insuficiência circulatória, dispnéia, palpitações e tonturas. Nota-se êxtase nas veias jugulares, congestão hepática e pulmonar, edemas generalizados.
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DIAGNÓSTICO
CLÍNICO: 
clínico-epidemiológico 
diferencial amebíase ou diarréia por outros parasitos 
formas graves devem ser diferenciadas de leishmaniose visceral, 
 febre tifóide, linfoma hepatoma 
LABORATORIAL:
Diagnóstico Parasitológico:
 pesquisa de ovos nas fezes método de Kato-Katz 
 biópsia retal ou hepática apesar de não ser recomendada na rotina 
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO:
Intradermorreação
Imunofluorescência
Reação de fixação do complemento 
ELISA
PCR
IMAGENOLOGIA
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Endemia mundial, ocorrendo em 52 países e territórios, principalmente na América do Sul, África, Caribe e leste do Mediterrâneo.
 No Brasil, é considerada uma endemia em franca expansão e já atinge 19 estados:
-forma endêmica e focal: do Maranhão até Minas Gerais;
 
-focos isolados: Pará, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo,Paraná,
 Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. 
FATORES EPIDEMIOLÓGICOS 
 
 Densidade cercariana no local
 Hora
 Tempo de permanência
 Extensão da superfície corpórea exposta
 Sexo e Raça: baixa incidência de formas graves na raça negra.
 Idade: alta prevalência nos jovens (sistema imune e aspectos
 comportamentais)
Atividade recreativas e profissionais 
Possui baixa letalidade e as principais causas de óbito estão relacionadas às formas clínicas graves .
Vigilância Epidemiológica
Objetivos - Evitar a ocorrência de formas graves; reduzir a prevalência da infecção; e impedir a expansão da endemia.
Notificação - Não é doença de notificação compulsória nacional, mas deve-se observar as normas estaduais e municipais.
Definição de caso: 
Suspeito - Indivíduo residente ou procedente de área endêmica, com quadro clínico sugestivo e história de exposição.
Confirmado - qualquer caso suspeito que apresenta ovos viáveis de S. mansoni nas fezes, ou comprovação através de biópsia retal ou hepática. 
Tratamento
Oxamniquina e Praziquantel – em pacientes com ovos víaveis nas fezes ou na mucosa retal, preferencialmente indivíduos com até 20 anos.
-oxomniquina (aminoalquiltolueno – efeito anticolinérgico, inibição da síntese de ácidos nucléicos) dose oral única, 15mg/kg, em crianças, 2 doses diárias orais de 10mg/kg, após as refeições. 
Praziquantel (isoquinolino-pirazino) – dose oral diária de 60mg/kg 3 dias consecutivos – lesa o tegumento do parasito.
Cuidado com a medicação em indivíduos com alterações neurológicas, mulheres grávidas doenças cardíacas graves e hepatite.
Medidas de controle 
Controle dos portadores:
 Identificação e tratamento dos portadores de S.mansoni;
-Através de inquéritos coproscópicos;
-Quimioterapia específica visando impedir o aparecimento de formas graves e pela redução da carga parasitária dos indivíduos. 
Controle dos hospedeiros intermediários: 
 -Pesquisa de coleções hídricas, para determinação do seu potencial de transmissão;
-Tratamento químico de criadouros de importância epidemiológica.
Notificação permanente das condições de transmissão:
-Educação em saúde, mobilização comunitária e saneamento ambiental nos focos de esquistossomose .
PROFILAXIA: Tratamento da População, Saneamento Básico, Combate aos caramujos transmissores.

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