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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA GEOGRAFIA URBANA E DOS SERVIÇOS HUDSON SILVA ROCHA RESUMO ORWELL, George. A revolução dos bichos: um conto de fadas [tradução Heitor Aquino Ferreira]. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 147 p. Na cidade de Willingdon, interior da Inglaterra, havia uma fazenda, a Granja do Solar, que tinha como dono o Sr. Jones. Lá viviam diversos animais, dentre eles havia um porco, conhecido como Velho Major, com doze anos, um porte majestoso e com um ar de sábio. Tal porco, uma noite, após reunir todos os bichos no celeiro, discursava sobre as más condições na qual os animais eram submetidos: trabalhavam muito e recebiam pouca alimentação. Contou, então sobre um sonho que teve. Uma revolução em que os bichos seriam auto-suficientes, sendo todos iguais. Surgiram os princípios do Animalismo. Começou, então, a germinar um espírito de liberdade nos animais. Três noites depois, o Velho Major faleceu, mas mesmo assim os animais colocaram em prática a idéia do líder. Certo dia, os animais não foram alimentados. Indignados e com muita fome, os animais fugiram das cercas, seguindo direto ao depósito de comida. Sr. Jones e seus homens acordaram nesse momento, pegaram os chicotes e começaram a bater nos bichos. Isso foi a gota d’água para os animais famintos. Os mesmo iniciaram um contra-ataque. Avançaram com coices, amarradas, bicadas. Apavorados, Sr. Jones, sua esposa e seus peões fugiram da fazenda. Assim, a Revolução estava feita. Os animais mal puderam acreditar. A fazenda agora se chamaria Granja dos Bichos. Os porcos, conhecidos por sua inteligência superior, logo se articularam. Aprenderam a ler e a escrever. Naturalmente, ficaram com a tarefa de instruir e organizar os demais. Bola-de-Neve passou a administrar, seguindo os princípios do Animalismo, e mesmo sendo superior (em quesitos de inteligência e cultura) em relação aos outros animais, sempre se considerou igual a todos, não tendo privilégios devido à sua condição. Bola-de-Neve tinha um assistente, Napoleão (porco), que demonstra mais tarde uma ânsia pelo poder. Começam assim a estruturar o processo revolucionista, como forma de dar uma basta nos desmandos e desrespeitos aos direitos dos e passam a administrar a granja de forma a beneficiar a coletividade. Todos os animais, em conjunto, produziam e se apropriavam dessa produção. Mas não por muito tempo. Os animais começaram a murmurar sobre o sumiço do leite e das maçãs. Os porcos logo procuraram esclarecer tal situação. Diziam que, como eram os trabalhadores intelectuais e que a organização da granja era de suas responsabilidades, deveriam ingerir tais alimentos, devido as substâncias existentes nelas, assim, preservariam a saúde. A granja sofre um novo ataque dos homens. Mesmo debilitados os animais conseguem manter a granja em seu poder, não sem um grande derrame de sangue e perda de alguns animais. Batizaram a disputa de Batalha do Estábulo. Começa então uma disputa entre Bola-de-Neve e Napoleão. Napoleão passar a criticar as idéias seu amigo, principalmente, a construção do moinho, o que reduziria o trabalho dos animais. Logo começam as disputas internas, as perseguições e a exploração do bicho pelo bicho. Napoleão trai o amigo e o expulsa, assumindo a administração da Granja. Napoleão mostrou-se competente e justo no começo, mas depois passou a desrespeitar e alterar as idéias animalistas. O porco, em busca de manter e ampliar o poder sobre os demais habitantes da granja, tem a proteção de ferozes cães, e utiliza estes como forma de coibir qualquer oposição as suas ações. O alimento dos animais é reduzido. A exploração fica cada vez mais evidente. Mais tarde, Napoleão apropria-se da idéia de Bola-de-Neve da construção do moinho. Tempo depois o moinho está construído. No entanto, outra vez, os homens invadem a fazenda e detonam explosivos sob moinho. Tudo estava destruído. Com um ódio imenso, os animais avançaram sobre os homens, expulsando-os novamente. Homens e animais morreram e muitos bichos estavam feridos. Essas foram as conseqüências da Batalha do Moinho de Vento. Os animais continuam sendo a cada dia mais explorados pelos porcos, que obtêm certa mordomia em relação aos demais. Passam a morar na sede da fazenda, agir como humanos, ingerir bebidas alcoólicas, comercializar produtos e até andar sobre dois pés; esquecem-se dos ideais iniciais da revolução, bem como dos mandamentos que serviram de base para a mesma. Então, Napoleão proclama a abolição da denominação Granja dos Bichos. A partir daquele momento a fazenda voltaria a chamar-se de Granja do Solar, nome que não deveria ter sido alterado a princípio.
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