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Inventário de controle de poluição do ar

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC 
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVENTARIO DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR – MORRO DA 
FUMAÇA - SC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2013.
 2 
 
AGDA FELISBERTO 
DEISER DE MENECH SOMARIVA 
GRAZIELA SERAFIM CASAGRANDE 
JULIA FORMENTIN DAJORI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVENTÁRIO DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR – MORRO DA 
FUMAÇA - SC 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Controle de Poluição 
do Ar, da 7ª fase do curso de Engenharia Ambiental, 
ministrada pela professora Paula Tramontin Pavei. 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2013. 
 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1.0 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6 
2.0 OBJETIVOS ..................................................................................................... 7 
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 7 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................................ 7 
3.0 HISTÓRICO ..................................................................................................... 8 
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ........................................ 9 
3.2 RECURSOS HÍDRICOS ....................................................................................... 10 
3.3 GEOMORFOLOGIA............................................................................................. 12 
3.4 VEGETAÇÃO ..................................................................................................... 12 
3.5 ECONOMIA ................................................................................................... 13 
4.0 PRINCIPAIS ATIVIDADES .......................................................................... 14 
4.1 CERÂMICA VERMELHA .......................................................................................... 15 
4.2 PROCESSO PRODUTIVO ............................................................................. 16 
5 INVENTÁRIO DAS FONTES DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS .............. 22 
6 MONITORAMENTO ..................................................................................... 28 
6.2 DADOS METEOROLÓGICOS ............................................................................... 28 
6.3 PLUVIOMETRIA ................................................................................................ 28 
6.4 TEMPERATURA ................................................................................................. 29 
6.5 SELEÇÃO DA ÁREA........................................................................................... 29 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1: Localização do município de Morro da Fumaça, Sul do Estado de Santa Catarina, 
Brasil .......................................................................................................................................09 
Figura 2: Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga.......................................................10 
Figura 3: Cerâmicas apontadas no perímetro urbano de Morro da Fumaça............................13 
Figura 4: Fluxograma do processo produtivo de cerâmica vermelha......................................15 
Figura 5: Etapas de extração mineral em áreas licenciadas pela COOPEMI..........................16 
Figura 6:Caixão alimentador....................................................................................................17 
Figura 7: Equipamento para homogeneização de argila ..........................................................18 
Figura 8: Vista frontal do conjunto maromba e cortador.........................................................19 
Figura 9: Estufa de secagem de tijolos.....................................................................................20 
Figura 10: Imagem frontal do forno em queima.......................................................................21 
Figura 11: Fonte móvel.............................................................................................................23 
Figura 12: Empresa de beneficiamento de arroz......................................................................24 
Figura 13: Chaminé e emissões atmosféricas de uma olaria....................................................25 
Figura 14: Amostrador de grandes volumes............................................................................32 
Figura 15: Módulo seqüencial para amostragem me material particulado..............................32 
Figura 16: Monitor de poluição urbana...................................................................................33 
Figura 17: Estação de monitoramento contínuo....................................................................34 
Figura 18: Representação do primeiro ponto de amostragem................................................36 
Figura 19: Representação do segundo ponto de amostragem...............................................37 
Figura 20: Estação fixa para monitoramento da qualidade do ar...........................................37 
Figura 21: Equipamento para medição de MP10...................................................................38 
Figura 22: Trigás.....................................................................................................................38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 
Tabela 1: Representa o número de associados do SINDICER de acordo com cada 
cidade.......................................................................................................................................15 
Tabela 2: Quantidade de fontes móveis registradas no município............................................23 
Tabela 3: Relação entre atividade e poluente emitido.............................................................24 
Tabela 4: Representa a ocorrência de doenças respiratórias no município de Morro da 
Fumaça....................................................................................................................................29 
Tabela 5: Localização e período de monitoramento dos poluentes........................................34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
A história é o retrato de vida da comunidade. Ela registra fatos e resgata costumes, 
cultura e valores de uma sociedade. (MACCARI, 2005) 
Através de registros, se obtém o passado de uma comunidade, proporcionando 
conhecimentos referentes ao município. Porem, a escassez de material disponível sobre Morro 
da Fumaça tem ocasionado enfraquecimento na construção desse conhecimento. 
Os dados apresentados são resultado de várias fontes de pesquisa e é abordado, num 
primeiro momento, o histórico do município, assim como a origem do nome. Em seguida, é 
realizada uma contextualização da área, com questões geográficas e econômicas. Por fim, é 
levantando um inventário de emissões atmosféricas no município de Morro da Fumaça, com 
uma estação de monitoramento do ar. 
Para iniciar a história de Morro da Fumaça é preciso retornar ao ano de 1900. Ano 
em que se encontravam apenas índios Carijós e mata, até que algumas famílias oriundas de 
Bielo na Rússia chegaram ao município, fugindo da crise européia. 
Dez anos mais tarde muitos italianos começaram a chegar ao sul do estado de Santa 
Catarina, local queacharam ideal para cultivo de lavouras e criação de animais. O local era 
favorável para viver, formando então uma comunidade, construindo casas e igrejas e vivendo 
quase que total da pecuária. 
Morro da Fumaça tornou-se município em 27 de Abril de 1962 deixando assim de 
ser distrito de Urussanga, SC. 
A economia se baseia na indústria cerâmica e de beneficiamento de arroz, além de 
confecções e da mineração de fluorita (IBGE, 2013). Sendo que a base da economia do 
município baseia-se principalmente na indústria de cerâmica vermelha que será o enfoque do 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
2.0 OBJETIVOS 
 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Realizar um inventário das fontes de emissões atmosféricas no município de 
Morro da Fumaça, SC. 
 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
 Identificar as fontes de emissões atmosféricas no município de Morro da Fumaça; 
 Descrever o processo produtivo das olarias consumo de matéria-prima e identificando 
os fatores de emissão de poluentes; 
 Dimensionar uma estação de monitoramento da qualidade do ar na cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
3.0 HISTÓRICO 
 
Era época de crise na Itália, impostos e taxas atingiam os agricultores que eram 
incapazes de sustentar suas famílias. Em contrapartida os jornais divulgavam o sul do Brasil 
como esperança de uma vida melhor. Sendo assim, entre 1876 e 1878, muitos italianos 
migraram da Itália para o Brasil. 
Muitas eram as vantagens oferecidas aos italianos que resolvessem vir para o 
Brasil: moradia, terra e instrumentos necessários para a lavoura, ocupação em serviços 
públicos ate a colheita, para se manter. E mesmo com a vida no sul sendo dura, não era 
possível voltar para a Itália. Assim, os primeiros italianos foram colhendo os produtos de suas 
plantações, construindo os primeiros moinhos para transformar o milho em farinha, e os 
fornos e alambiques para a fabricação de açúcar e cachaça. (MACCARI, 2005) 
O governo imperial garantia a subsistência dos imigrantes até a colheita da 
primeira lavoura. Os italianos que aqui viviam eram privilegiados pelo Governo Imperial, que 
lhes pagava a viagem. Na época o governo ainda vendia terras a preços baixos, sendo que 
estes valores podiam ser parcelados e pagos com a produção. Os italianos eram beneficiados 
pelo governo, por ser a imperatriz Tereza Cristina, esposa do rei Pedro II, contemporânea dos 
italianos. (MARQUES, 1974) 
Morro da Fumaça era uma porção de terra habitada por carijós, até que em 1900, 
famílias vindas da Bielo-Rússia se instalaram, construindo casas e igrejas. Com o tempo, os 
russos resolveram se mudar para as localidades de Braço do Norte e Jaguaruna, vendendo 
suas terras aos italianos. Portanto, em junho de 1910, o casal José Cechinel e Hermínia Sóligo 
Cechinel adquiriu a terra dos russos e mudou-se para Morro da Fumaça. (MACCARI, 2005) 
Segundo Mota, 2009, a primeira indústria de tijolos em Morro da Fumaça foi 
fundada em 1932 pelo Sr. Olívio Cechinel, que fabricava diariamente três mil tijolos com o 
auxilio de três bois, e em pouco tempo o Sr. Gregório Espindola fundou a primeira indústria 
de telhas, tocada por mulas e burros. Dali algum tempo, animais foram trocados por carvão 
vegetal e com isso o aumento da produção foi para 10 mil tijolos por dia e logo veio a energia 
que foi o sinal do progresso de Morro da Fumaça. Em 1960 foi descoberto o minério de 
fluorita e no mesmo ano se instalou a empresa de extração do mineral. 
Em 1964 se instala no município a primeira indústria de cereais devido ao 
crescimento das plantações de arroz, empresa está que funciona até os dias de hoje. (MOTA, 
2009) 
 9 
 
Tornou-se Distrito de Urussanga em 1931, porém a emancipação para município 
se deu em 1962. 
Existem muitas versões para a origem do nome do Município Morro da Fumaça. 
Para Pichetti, (1970) a neblina que se formava no alto do morro onde hoje se encontra o 
Hospital de Caridade São Roque, fenômeno este que decorria das enchentes do Rio 
Urussanga, foi à inspiração para chamar a cidade de Morro da Fumaça. Pichetti também 
descreve a versão de que quando o Rio Urussanga alagava, interrompia o transporte de 
mercadorias na região. Em virtude disso, os comerciantes da época eram obrigados a montar 
um acampamento e acender fogueiras. Este ponto passou a servir de referência de localização 
como o Morro da Fumaça, sendo adotado o nome para o distrito e posteriormente para o 
município. 
Na época, a estrada por onde passavam os comerciantes era conhecida como 
“famoso pique Dom Pedro II”, atualmente denominada Rua Eugênio Pagnan. 
 Segundo o IBGE, duas hipóteses procuram explicar a origem do nome do 
Município. A primeira, conta que em uma colina, onde era feito o embarque de carvão 
proveniente de Criciúma, havia uma extensa área alagadiça que criava densa neblina ao 
amanhecer, cobrindo todo o morro. Já a segunda versão enfatiza a versão de Pichetti, dos 
comerciantes que montavam acampamento na região, acendendo fogueiras e levantando 
fumaça, originando o nome do município. 
 
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
 
 
De acordo com a prefeitura municipal de Morro da Fumaça 2010, o município 
está situado a aproximadamente 180 km da capital Florianópolis, pertencente à microrregião 
de Criciúma e que juntamente com Cocal do Sul, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Lauro 
Muller, Nova Veneza, Orleans, Siderópolis, Treviso e Urussanga faz parte da AMREC – 
Associação dos Municípios da Região Carbonífera. Situado na porção sudeste do Estado de 
Santa Catarina, entre as coordenadas geográficas 280 35' 06" a 280 41' 06" de latitude sul; e 
490 10' 26" e 49021' 28" de longitude oeste, o município de Morro da Fumaça dispõe-se de 
forma mais alongada na direção leste – oeste, numa área de 82,69 km2. Limita-se com os 
municípios de Criciúma e Içara, ao sul; Cocal do Sul e Urussanga, a oeste; Treze de Maio, ao 
norte; Sangão, a nordeste e Jaguaruna, a leste. Integra a parte leste do território que compõe a 
Associação dos Municípios da Região Carbonífera – AMREC Segundo o IBGE, dados de 
 10 
 
2009 apontam que a população é de aproximadamente 16128 habitantes distribuídos em uma 
área de 82,935 Km². 
 
Figura 1: Localização do município de Morro da Fumaça, Sul do Estado de Santa 
Catarina, Brasil. 
 
Fonte: IPAT, 2007. 
 
 
3.2 RECURSOS HÍDRICOS 
 
Em termos regionais pode-se afirmar que o Estado de Santa Catarina é drenado 
por uma série de bacias hidrográficas que divergem para duas grandes vertentes: a Leste onde 
as drenagens vão desaguar no Atlântico e à Oeste, nos domínios do Planalto, onde as 
drenagens são controladas pelos rios da grande Bacia Platina. O sistema de drenagem da 
vertente do Atlântico compreende uma área de aproximadamente 35.298 km2, ou seja, 37% da 
área total do Estado. A vertente do Atlântico conta com diversas bacias hidrográficas, como: a 
do Rio Itajaí, com 15500 km²; Rio Tubarão, com 5100 km²; a do Rio Araranguá, com 3020 
 11 
 
km²; do Rio Itapocú, com 2930 km²; do Rio Mampituba (divisa com o Rio Grande do Sul), 
com 1224 km²; do Rio Urussanga, com 580 km2; do Rio Cubatão (do norte), com 472 km²; do 
Cubatão (do Sul), com 900 km² e a do Rio d'Una, com 540 km². Entre as bacias da vertente 
Leste, merecem destaque na região sul do estado as bacias dos Rios: Tubarão, Urussanga e 
Araranguá. Em se tratando da Região Sul Catarinense, nestas três bacias encontra-se o 
sistema hidrográfico mais degradado de Santa Catarina. Em 1980 esta região foi enquadrada 
como a 14ª Área Crítica Nacional por causa da exploração, beneficiamento e usos do carvão 
mineral que provocaram um impacto ambientalincalculável. A Bacia Hidrográfica do Rio 
Urussanga, que drena a área em estudos, apresenta um dos maiores rios da região, o Rio 
Urussanga, com 1064 km de extensão. Sua nascente encontra-se nas encostas da Serra Geral, 
e suas águas se deslocam até o mar, onde a foz do rio é o limite entre o Município de 
Jaguaruna e o Distrito de Balneário Rincão, Município de Içara. A seguir a figura apresenta a 
bacia Hidrográfica do Rio Urussanga. 
 
Figura 2: Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga. 
Fonte: Secretaria de Obras, Prefeitura Municipal de Morro da Fumaça, SC 2011. 
 
 12 
 
3.3 GEOMORFOLOGIA 
 
A configuração do relevo na região pesquisada pode ser dividida em três grandes 
compartimentos, segundo Almeida (1984): planaltos sedimentares constituídos por rochas 
sedimentares e vulcânicas, assentadas sub-horizontalmente sobre o escudo cristalino na forma 
de altiplanos; planície costeira, formada pelas planícies aluviais, baías, ilhas, deltas e esporões 
de rochas do complexo cristalino, que avançam sobre o mar; e as serras litorâneas, definidas 
pela completa denudação da cobertura sedimentar e pelo escudo cristalino dissecado. Já 
segundo Monteiro (1958), no Estado de Santa Catarina ocorrem três unidades topográficas, 
por ele denominadas de planícies costeiras, serras litorâneas e planalto ocidental, atribuindo 
valores de cotas para cada uma das unidades topográficas, dividindo as mesmas da seguinte 
forma: 
- Planícies Costeiras: compreendem as menores altitudes, entre zero e 200 metros; 
- Serras litorâneas: compreendem altitudes entre 200 e 600 metros, podendo ocorrer morros 
com até 950 metros; 
- Planalto Ocidental: englobam altitudes de 600 a 1.000 metros, incluindo pontos mais 
elevados com cotas de até 1790 metros. 
 
3.4 VEGETAÇÃO 
 
Conforme revisão bibliográfica, a vegetação da região Sul de Santa Catarina, 
incluindo a área de estudo, foi denominada inicialmente Mata Atlântica. Outras designações 
mais comuns são: Floresta Atlântica, Floresta Tropical Atlântica ou Mata Pluvial da Encosta 
Atlântica (KLEIN, 1983). A designação Floresta Ombrófila Densa foi incluída no novo 
sistema de classificação fisionômico-ecológico da vegetação mundial proposto pela UNESCO 
e adotado posteriormente com algumas alterações (KLEIN e LEITE, 1997). Segundo o 
projeto RADAM/BRASIL (IBGE, 1986) a Floresta Ombrófila Densa apresenta diversas 
divisões, sendo que na região de estudo ela é denominada Floresta Ombrófila Densa 
Submontana, pois esta formação encontra-se revestindo desde áreas planas do Quaternário até 
bem acidentadas do Pré-cambriano e Perminiano até o Jurássico, em altitudes que variam de 
30 a 400 metros de altitude. 
 
 
 
 13 
 
3.5 ECONOMIA 
. 
A agricultura é bastante evidente no município, tendo como principais culturas o 
fumo, feijão, mandioca, milho e arroz. Na pecuária, a criação de gados, suínos e aves é 
característica. Além da agricultura, o município conta ainda com extração mineral de fluorita, 
cerâmica vermelha, indústria e comércio. O setor industrial destaca-se pelas indústrias 
cerâmicas - pisos e azulejos, tijolos, telhas e peças especiais para o mercado da construção 
civil. A confecção, facção e beneficiamento de arroz complementam o setor industrial. Os 
principais serviços no município são: hospital, escolas, rádios FM e comunitárias e 
distribuição de energia elétrica. 
A principal economia do município em questão é dada pelas olarias existentes no 
mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
4.0 PRINCIPAIS ATIVIDADES 
 
O município de Morro da Fumaça é um município pequeno e sua principal 
atividade é a produção cerâmica. A agricultura não é muito evidente e a frota no município 
não influencia quantitativamente na qualidade do ar, sendo assim, o enfoque deste inventário 
de emissões atmosféricas é descrever a realidade das fontes emissoras, ou seja, o que está 
sendo emitindo e qual indústria ou atividade emite cada tipo de poluente. A principal fonte 
poluidora será em indústrias de cerâmica vermelha, também conhecida como olaria. 
 
Figura 03: Cerâmicas apontadas no perímetro urbano de Morro da Fumaça - SC. 
Fonte: SINDICER/COOPEMI e Secretaria de Obras de Morro da Fumaça – SC, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
4.1 CERÂMICA VERMELHA 
 
A cerâmica vermelha foi introduzida no Estado de Santa Catarina pelos 
imigrantes europeus. Primeiramente pelos açorianos que chegaram à região litorânea, e mais 
tarde pelos alemães e italianos que levaram esta cultura para outras regiões. 
De acordo com Zaccaron 2013, a produção de telhas e tijolos se iniciou com a 
chegada dos imigrantes Italianos que conheciam as técnicas de produção, já que os países 
europeus possuíam uma indústria ceramista desenvolvida na época. O conhecimento das 
técnicas para a produção de cerâmica utilitária, e a abundância de matéria-prima na região, 
sem dúvida foram os fatores determinantes para o processo de expansão da produção 
ceramista em Morro da Fumaça, destacando-se até hoje, como um dos principais polos em 
cerâmica vermelha do estado. 
A cerâmica vermelha abrange produtos como: tijolos, telhas, pisos, vasos, peças 
decorativas, entre outros, constituindo um grupo de produtos rústicos onde o acabamento 
dificilmente ocorre. 
No estado de Santa Catarina, este segmento desempenha papel, segundo dados da 
Associação Nacional de Indústrias Cerâmicas - ANICER (1997), no Estado de Santa Catarina, 
o setor é constituído por 742 empresas. Destas, mais de 90% são de pequeno porte, 
funcionando com estrutura artesanal, concentrando-se 51,9% na Região Norte do Estado; 
38,8% na Região Sul e, 9,3% na Região Oeste. 
Estas empresas são responsáveis por 11.000 empregos diretos e 3.000 indiretos, 
concentrando sua produção em 62,9% de tijolos; 28,5% de telhas e 8,6% de outros produtos. 
Nos municípios, como Morro da Fumaça e Sangão, o valor da produção total de 
cerâmica vermelha representa mais de 80% da principal atividade econômica (EPS, 2013). 
Segundo SINDICER 2013, existem aproximadamente 59 olarias instaladas no 
município de Morro da Fumaça, sendo de pequeno e médio porte. Vale ressaltar que das 59 
indústrias cerâmicas, 92 estão situadas no perímetro urbano da região causando assim 
problemas respiratórios. A tabela 1 apresenta o número de associados do SINDICER de 
acordo com cada cidade. 
 
Cidades Número de empresas 
Morro da fumaça 59 
Sangão 53 
 16 
 
Criciúma 3 
Jaguaruna 3 
Içara 31 
Fonte: SINDICER, 2013. 
 
 
4.2 PROCESSO PRODUTIVO 
 
De acordo com Cunha, 2013 o processo produtivo básico das olarias definido 
como simples, com pouca variação de uma empresa para outra. O processo produtivo da 
cerâmica vermelha baseia-se nos seguintes processos: entrada de matéria prima, 
beneficiamento, homogeneização, pré-mistura, extrusão, prensagem, secagem, queima e 
estoque, como mostra a figura 4 logo abaixo: 
 
 
 
Figura 4: Fluxograma do processo produtivo de cerâmica vermelha. 
 
 17 
 
Extração da argila: 
 
A matéria prima argilosa é extraída e transportada por retroescavadeiras e 
caminhões caçamba. Após recebimento e conferência, a argila é estocada em galpões ou em 
pilhas a céu aberto. Em condições ideais a estocagem aconselhada de no mínimo dois meses, 
o que aumentaria a plasticidade da argila (cunha, 2003). 
No preparo da matéria prima geralmente é realizado a mistura de dois ou mais 
tipos de argila, reaproveitando material moído de retorno – decorrente das perdas, que são 
moídos e entram novamente no ciclo produtivo, acrescidos à massa argilosa. Na utilização de 
argilas muito compactasé feita a desintegração do material com o misturador. 
Em função de exigências legais, em 2009, a Cooperativa de Exploração Mineral 
da Bacia do Rio Urussanga (COOPEMI), assinou um Termo de Ajuste de Condutas (TAC) 
em comum acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Departamento Nacional de 
Produção Mineral (DNPM), Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA), e 
outras 46 empresas cerâmicas da AMREC e AMUREL, visando à regularização da extração 
de material argiloso, no prazo de um ano (ZACCARON,2013). 
 
Figura 5: Etapas de extração mineral em áreas licenciadas pela COOPEMI. (A e B) 
Escavadeira hidráulica em atividade; (C) Área minerada em morro; (D) Área minerada 
em várzea. 
 
 
A B 
C D 
 18 
 
 
Fonte: ZACCARON, 2013. 
 
 
Caixão alimentador 
 
Consiste em receber a matéria prima estocada, com o auxílio de pás carregadeiras 
ou caminhão caçamba. O material segue para o misturador ou homogeneizador, equipamento 
que fará a homogeneização e umidificação da massa, se necessário. 
Após a homogeneização a massa passa pelo laminador, constituído de um sistema 
de dois cilindros com pequena abertura entre eles. A laminação é para obtenção de um 
refinamento da mistura (SANTA CATARINA, 1990a APUD CUNHA, 2003), com redução 
de torrões de argila. 
Figura 06: Caixão alimentador. Morro da Fumaça/SC. 
 19 
 
 
Fonte: MIRANDA, 2009. 
 
Figura 07: Equipamento para a homogeneização de argila utilizada na produção 
de cerâmica vermelha. Morro da Fumaça/SC. 
 
Fonte: MIRANDA, 2009. 
 
 
 20 
 
 
Maromba ou Extrusora 
 
Esta fase consiste de conformação da massa permitindo dar forma ao produto 
como tijolos ou telhas. Inicia com a passagem da massa pela maromba ou extrusora, composta 
por marteletes, cuja função é compactar e retirar o ar da massa, formando blocos com 
dimensões específicas para tijolo ou telha. Nas olarias que produzem tijolos, um cortador na 
saída do material da maromba secciona a barra formada, seguindo um padrão dimensionado. 
A maromba atua como matriz, especificando a largura e os detalhes internos do tijolo 
(SANTA CATARINA, 1990a APUD CUNHA, 2003). 
 
Figura 08: Vista frontal do conjunto maromba e cortador. Morro da Fumaça/SC. 
 
Fonte: MIRANDA, 2009. 
 
 
Secagem 
 
Nesta fase consiste o processo térmico uma etapa que envolve a secagem e a 
queima das peças em produção. A secagem é processada naturalmente o em estufas. Na 
secagem ao natural as peças são estocadas em prateleiras dispostas em galpões de secagem 
 21 
 
cobertos, que permitam a passagem do ar, e o processo dependerá das condições climáticas. 
Na secagem através de estufas, a fonte térmica é composta de gases quentes provenientes dos 
fornos ou calor gerado em fornalha (CUNHA, 2003). 
 
Figura 09: Estufa de secagem dos tijolos, Morro da Fumaça/SC. 
 
Fonte: CASAGRANDE, 2013. 
 
Queima 
 
A queima dos produtos ocorre em fornos, que podem ser de diversos tipos 
(SANTA CATARINA, 1990a APUD CUNHA, 2003 ). De acordo com o tipo de forno, a 
temperatura pode atingir até 900C e o tempo do ciclo de queima variar. O combustível 
utilizado na queima inclui lenha, cavaco, cepilho, costaneiras (restos de marcenarias), pó de 
serra e outros produtos. 
Após a queima as peças são estocadas para a venda, em galpões cobertos ou a céu 
aberto. 
O transporte das peças no interior das olarias é realizado por carrinhos manuais, 
ou por correias transportadoras. 
 22 
 
Figura 10: Imagem frontal do forno em queima, utilizando como combustível o 
consumo de lenha Morro da Fumaça/SC. 
 
Fonte: CASAGRANDE, 2013. 
 
5 INVENTÁRIO DAS FONTES DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 
De acordo com IEMA 2011, um Inventário de emissões atmosféricas é realizado a 
fim de descrever a realidade das fontes emissoras, ou seja, o que está sendo emitindo, qual 
indústria ou atividade emite cada tipo de poluente. 
De acordo com a resolução do CONAMA No 003 de 22 de agosto de 1990, 
parágrafo 1 define como poluentes atmosféricos como sendo: 
[..] qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, 
concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis 
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: 
I – impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; 
II - inconveniente ao bem-estar público; 
III - danoso aos materiais, à fauna e flora. 
IV - prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades 
normais da comunidade (MMA,1990) 
 23 
 
Sabe-se que existem fontes móveis (tabela 2), que são qualquer fonte não 
estacionária, representada pelos veículos automotores, em conjunto com trens, aviões, 
embarcações marítimas. Além das fontes móveis, existem as fontes fixas que são 
representadas em grande parte pelas indústrias e outras fontes com grande potencial poluidor. 
Neste inventário, deve-se em conta as fontes de poluição fixa, ou seja, as indústrias. 
Tipo de veículos Quantidade 
Automóveis 6031 
Caminhões 838 
Caminhões-trator 205 
Caminhonetes 755 
Microônibus 25 
Motocicletas 3.959 
Motonetas 1603 
Ônibus 28 
Tratores 14 
Total 13458 
Tabela 2: Tipos de veículos e sua quantidade registrada no município de Morro da Fumaça, 
(IBGE,2013). 
 
O número de carros registrados no município é pequeno, porém somado com outras 
fontes de poluição causam sérios danos ao meio ambiente e à população exposta à estes poluentes. 
Os poluentes emitidos pelos veículos (fonte móveis) são CO2, CH4 e N2O sendo que os mesmos 
são gerados quando usamos como combustível a gasolina, etanol, GNV (gás natural veicular) e 
óleo diesel (Figura 11). 
 24 
 
Fonte: SUSTENTABILIDADE, 2013. 
Nas fontes fixas destaca-se a agricultura, mais precisamente a produção de arroz. No 
município em questão existe uma indústria de beneficiamento de arroz (figura 9) que utiliza na 
queima em caldeiras o gás juntamente com a casca de arroz, gerando assim a emissão de cinzas, 
contendo material particulado, dióxido de carbono, óxido de nitrogênio, óxido sulfúrico e COV. 
Além da agricultura, outra fonte fixa também evidente são as olarias. Sendo que os principais 
poluentes emitidos pelas olarias são provenientes da queima de derivados de lenha nos fornos. 
Abaixo segue uma tabela relacionando as principais atividades existentes no município e 
poluentes emitidos pelas mesmas. 
TABELA 3: Relação entre atividade e poluente emitido. 
Atividade Poluentes 
Automóveis CO, CH4 e N2O 
Agricultura MP, CO2, N2O SO e COV 
Olarias MP, SO2, NO2 
 
 
 
 25 
 
Figura 12: Empresa de beneficiamento de arroz em Morro da Fumaça. 
 
Fonte: ZACCARON, 2011. 
Figura 13: Chaminé e emissões atmosféricas de uma olaria. Morro da Fumaça/SC 
 
Fonte: MIRANDA, 2009 
 26 
 
Monóxido de carbono (CO) 
Substância inodora, insípida e incolor, produzido pela combustão incompleta de 
material orgânico ou carbonáceo, é liberado também por fontes naturais como atividade 
vulcânica, descargas elétricas e emissão de gás natural, porém perigosa, pois quando inalado 
chega à corrente sanguínea unindo-se à hemoglobina das hemácias interferindo no suprimento 
de oxigênio no sangue (CETESB, 2013). 
Na atmosfera o composto pode sofrer oxidação por radicais livres formando dióxido 
de carbono. Na água e no solo existem microrganismos capazes de utilizar o composto como 
fonte de energia. 
 
 Óxidos de nitrogênio (NOx) 
Os NOx são a combinação de nitrogênio e oxigênio formados devido a alta 
temperatura de combustão, vale ressaltar que existem dois tipos de NOx – Nox térmico e NOx 
combustível – no primeiro ocorre reações entre o nitrogênio e oxigênio da combustãoem altas 
temperaturas, enquanto que o NOx combustível é a reação entre o nitrogênio do combustível e 
o oxigênio do ar. 
Hidrocarbonetos 
As emissões de hidrocarbonetos (HC) são resultantes da evaporação de combustíveis e 
outros produtos voláteis e do combustível não queimado ou parcialmente queimado, emitidos 
tanto por veículos automotores e de algumas indústrias que utilizam solventes orgânicos 
(BRAGA 2002). 
 Óxidos de Enxofre (SOx) 
Gases sem cor, de odor pungente que são irritantes para o trato respiratório e causador 
da chuva ácida. A principal fonte deste gás é na combustão e incineração de substâncias ou 
materiais com enxofre na composição, particularmente do carvão e óleo combustível. Pode 
ser liberado também por gases vulcânicos e fontes antropogênicas, principalmente atividades 
industriais que processam materiais contendo enxofre. As concentrações médias anuais de 
SO2 no ar atmosférico variam de 20 a 60 µg/m3 (0,007-0,021 ppm), com média diária acima 
 27 
 
de 125 µg/m3 (0,044 ppm). 
Os óxidos de enxofre (SOx) podem reagir com outros compostos presentes na 
atmosfera, formando pequenas partículas que penetram profundamente em partes sensíveis 
dos pulmões, e causar ou agravar doenças respiratórias, como enfisema e bronquite, além de 
agravar doença do coração preexistente podendo levar à morte (CETESB, 2012) 
 
 Material Particulado 
São partículas sólidas e líquidas capazes de permanecer em suspensão no ar como é o 
caso das poeiras, fuligem e das partículas de óleo, além do pólen. O material particulado fino 
é constituído de partículas atmosféricas com diâmetro aerodinâmico menor que 2,5μm 
chamado de MP2,5, tem maior facilidade de se alojar nos bronquíolos, o mesmo não ocorre 
com o material particulado grosso, constituído de partículas grossas, que possuem diâmetro 
aerodinâmico entre 2,5µm e 10µm, ficando retidas no nariz e nasofaringe, e posteriormente 
são eliminadas do sistema respiratório para a atmosfera pelos mecanismos de defesa. 
A fração grossa pode ser originada por varias fontes como partículas de ressuspensão 
do solo, cinzas, fuligem, pólen, entre outros. Os principais elementos encontrados nessa 
fração são de origem mineral, como a sílica, o alumínio, ferro, potássio, cálcio, entre outros 
metais alcalinos. A fração fina tem em sua composição concentrações significativas de íons 
como o sulfato, nitrato e amônio, carbono elementar, compostos orgânicos condensados e 
uma variedade de metais (MAIOLI, 2011). 
As partículas menores que 2,5μm de diâmetro (MP2,5) causam sérios danos à saúde de 
humanos e animais, uma vez que podem se alojar nos bronquíolos. Essas partículas são 
denominadas de respiráveis, pois elas entram no sistema respiratório e se depositam no tecido 
pulmonar. 
 
 
 
 
 28 
 
6 MONITORAMENTO 
 
6.2 DADOS METEOROLÓGICOS 
A região sul apresenta um clima subtropical úmido. As massas de ar tropicais e 
polares, observadas na região, seguem fenômenos que sujeitam estas áreas a bruscas 
mudanças de tempo graças às sucessivas invasões de fenômenos frontogenéticos em qualquer 
época do ano. Como resultado tem-se o surgimento de um clima com dois traços 
característicos: instabilidade do tempo e elevada pluviosidade no decorrer do ano. As 
temperaturas variam bastante, estando a media anual entre 15°C e 20°C, sendo janeiro o mês 
mais quente e julho o mais frio. Segundo o sistema de classificação climático de Köeppen, a 
região se enquadra no clima do grupo C – mesotérmico, tendo em vista que as temperaturas 
médias do mês mais frio estão abaixo dos 18°C e acima de 3°C e neste grupo, ao tipo (f) sem 
estação seca distinta (Cf), pois não há índices pluviométricos mensais inferiores a 60 mm. 
Relacionando esses dados com a altitude da região, o clima se distingue por sub-tipo de verão 
(a) por apresentar temperaturas médias nos meses mais quentes de 28°C (Cfa). 
 
6.3 PLUVIOMETRIA 
 
As medições na Estação Meteorológica de Urussanga refletem uma amplitude 
pluviométrica com valores menores em comparação com outras regiões do Estado. A 
amplitude pluviométrica no estado é de 1.254 mm. No geral a pluviosidade está bem 
distribuída no território catarinense. No litoral Sul, os menores valores refletem as 
modificações locais de circulação atmosférica, determinada pela passagem livre de ventos 
vindos do oceano, que na sua rota do mar até as escarpas da Serra Geral, perdem sua umidade, 
também como da atuação da Corrente Fria das Malvinas. Este fenômeno climatológico 
comum na região são as denominadas chuvas orográficas, produzidas pela presença de relevo 
acidentado que provoca a elevação de grandes massas de ar carregadas de umidade, oriundas 
do litoral e devido ao resfriamento adiabático, há condensação da umidade ocasionando as 
precipitações. 
 
 
 
 
 29 
 
6.4 TEMPERATURA 
 
Quanto à temperatura, evidenciam-se logo as características subtropicais. Os 
valores médios anuais estão na ordem de 19°C. Em um nível regional os valores médios 
anuais definem a mesotermia apresentando valores que variam de 21,8°C no litoral, 13,0°C 
(São Joaquim) no planalto. Deve- se notar, que além da atuação das massas polares, reveladas 
nas amplitudes térmicas, variando entre 10,0°C e 7,0°C tem-se a influência marcante da 
altimetria. Quanto às temperaturas médias em janeiro, a estação de Urussanga registrou 
23,3°C. A influência da topografia é notável no traçado das isotermias. No mês de julho a 
média de 14,4°C se distribui uniformemente no Sul Catarinense, nas terras mais baixas 
próximas ao litoral. 
 
6.5 SELEÇÃO DA ÁREA 
 
De acordo com Milak 1996, as pessoas suscetíveis aos efeitos causados pela 
fumaça oriunda das olarias vivem em um ambiente desagradável. As partículas provenientes 
da combustão da lenha interferem na estética do ambiente e em alguns casos no período 
noturno dificultando a visibilidade. Essas partículas em suspensão chegam com facilidade 
até os pulmões, sendo relativamente pequena para atravessar os alvéolos e penetrar na 
corrente sanguínea. 
Pereira 1994 APUD Milak 1996, afirma que o aumento da prevalência da asma e 
bronquite vem sendo constante no município. As causas para a ocorrência das mesmas 
podem ser genéticas ou decorrentes da poluição atmosférica. . 
A tabela 4 abaixo apresenta a ocorrência de doenças respiratórias no município 
de Morro da Fumaça. 
Idade Quantidade 
Menor que 1 ano 41,7 
De 1 a 4 anos 65 
De 5 a 9 anos 38,7 
De 10 a 14 anos 20,7 
De 15 a 19 anos 18,2 
De 20 a 49 anos 40,3 
 30 
 
De 50 a 64 anos 31,1 
60 ou mais anos 23,4 
65 ou mais anos 22,7 
Fonte: Datasus, 2010. 
O município de Morro da Fumaça foi escolhido por apresentar forte economia 
voltada para a indústria cerâmica vermelha (olarias), além das frequentes reclamações aos 
órgãos públicos (FATMA, Fundação do Meio Ambiente). Em monitoramentos anteriores o 
município de Morro da Fumaça foi o segundo há apresentar quantidades de poluentes 
analisados acima dos padrões estabelecidos nas legislações vigentes. 
 
6.6 EQUIPAMENTOS DE MONITORAMENTO 
 
Segundo LISBOA (2007), a escolha dos monitores de poluição do ar deve se 
levado em consideração, juntamente com os padrões legais, os recursos necessários para a 
aquisição, operação e manutenção dos equipamentos. 
Há diversas metodologias e equipamentos desenvolvidos para detectar a 
quantidade de material particulado e de gases tóxicos presentes no ar atmosférico. 
Alguns equipamentos possuem sensores eletroquímicos que são responsáveis pelo 
monitoramento dos gases tóxicos. Contudo, o equipamento de medição, precisa ter fatores de 
confiabilidade dos valores obtidos dependendo da sensibilidade eda precisão do 
equipamento. Deve-se respeitar o intervalo de calibração para não obter possíveis erros. O 
operador do equipamento deve conhecer o funcionamento do mesmo e ser capaz de perceber 
quando os instrumentos apresentam defeitos e problemas de funcionamento, corrigindo-os 
quando necessário. 
 
7.6 Métodos de Monitoramento 
 Passivos 
 Ativos 
 Automáticos 
 Sensores remotos 
 Bioindicadores 
 
 31 
 
 7.7 Amostradores da Qualidade do Ar 
 
Conforme Resolução nº 3 do CONAMA, de 28/06/90 há hoje no Brasil padrões e 
métodos de referência para os seguintes poluentes atmosféricos: 
 
 Partículas Totais em Suspensão (PTS): Método do amostrador de grande volume 
(AGV) ou equivalente. 
 Fumaça: Método da refletância da luz. Este aparelho serve também para medir 
SO2(pelo método do peróxido de hidrogênio) simultaneamente com a fumaça. Além 
do amostrador, o usuário necessitará de um refletômetro, bem como de calibradores, 
filtros reagentes e vidraria de laboratório. 
 Partículas Inaláveis (MP10): Método de separação inercial/filtração ou equivalente. 
As partículas são medidas com o Amostrador de Grande Volume (AGV) para 
Partículas Inaláveis ou de até 10 mm (MP10). 
 Dióxido de Enxofre: Método da pararrosanilina ou equivalente. Utiliza-se, para a 
medição, um amostrador de Pequeno Volume (APV), modelo TRIGÁS, capaz de 
coletar até 3 gases simultaneamente. Além do amostrador, o usuário precisará adquirir 
também calibradores, filtros, reagentes e vidraria para laboratório. 
 Monóxido de Carbono (CO): Método de infravermelho não dispersivo. 
 
7.8 Equipamentos de Monitoramento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
7.8.1 Amostrador de grandes volumes (figura 14) - Echo HiVol 
 
 
 
 
Fonte: LISBOA, (2007) 
 
Este equipamento é um amostrador de grandes volumes automático para 
monitoramento de micropoluentes presentes no ar ambiente. Atende integralmente a normas 
europeias (ISO18884 e ISO16362) e americanas (USEPATO9 e USEPATO13) 
para amostragem de particulado e gás. É um equipamento leve, robusto, ideal para ser 
instalado em todos os tipos de locais e condições. Possui interface RS232, controle eletrônico 
de vazão, programação com relógio permanente, tempo de amostragem ajustável em até 168 
horas, capacidade de armazenamento de até 60 relatórios, sendo armazenados os parâmetros: 
vazão, volume amostrado, pressão atmosférica, temperatura ambiente e carga do filtro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
7.8.2 Módulo sequencial para amostragem de material particulado (figura 15) - 
Sentinel PM 
 
Fonte: LISBOA, (2007) 
Este módulo permite até 16 amostragens sequenciais de material particulado total, 
PM10, PM2,5, PM1 e metais pesados, conforme a escolha da cabeça de amostragem. 
Acoplado ao amostrador CHARLIE, efetua amostragens sequenciais, conforme 
programação desejada, e sem interrupção. Atende a normas européias (EN 12341) e 
americanas (USEPA 40 CRF parte 50). 
 
7.8.3 Monitor de poluição urbana (figura 16) - Streetbox 
 
 
 
Fonte: REIS, (2010) 
 
Este instrumento foi desenvolvido para avaliação dos efeitos do fluxo do tráfego 
de veículos em cidades. É um instrumento compacto, robusto e de fácil instalação. Permite 
a configuração de 3 sensores eletroquímicos ( a selecionar em combinações: CO, H2S, NO2, 
 34 
 
SO2, NO), monitor de PM10, sensor de velocidade e direção do vento, sensor de ruído. Efetua 
o registro on line dos dados monitorados, os quais podem ser acessados via radio ou GSM. 
Possui alternativa de funcionamento com bateria interna, externa ou ligada à rede. 
Devido a seu custo e facilidade de transporte e instalação, é ideal para estudos de 
tráfego em ambientes urbanos ou avaliação indicativa do impacto da poluição atmosférica 
gerada por empreendimentos. 
 
7.8.4 Estação de monitoramento contínuo (figura 17) 
 
 
 
Fonte: LISBOA, (2007) 
 
Abrigo completo com ar, no-break, micro, manifold, instrumentos contínuos para 
CO, SO2, H2S, NOx, O3, THC, partícula (Mp10 ou PTS), torre metereológica completa, 
calibradores e gerador de ar zero. 
 
 
8 SELEÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO 
 
 
 
 8.1 Históricos de Monitoramento em Morro da Fumaça e Região 
 
 
Os monitoramentos realizados pela Fundação do Meio Ambiental de Morro da 
Fumaça em parceira com a UNESC obtiveram resultados de monitoramento do dióxido de 
enxofre (SO2), partículas totais em suspensão – PTS, e partículas inaláveis - PI. 
 35 
 
 
Tabela 5 - Localização e período de monitoramento dos poluentes. 
 
Local do Ponto Município Ano 
Colégio Princesa Isabel – Centro Morro da Fumaça 1994, 1997, 2001 e 2002 
SINDCER – Centro Morro Da Fumaça 2005, 2006, 2007, 2008 e 
2009 
Rua Manoel Silvano, 834 Sangão 2006, 2007 e 2008 
Fonte: SOUZA, 2010. 
 
O município de Morro da Fumaça foi à região com maior número de 
ultrapassagens do padrão primário nos monitoramentos anteriores, além de ter atingido níveis 
críticos de deterioração da qualidade do ar. 
 
8.2 Ponto de Monitoramento 
 
8.2.1 Ponto 1 de Monitoramento 
 
O Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha - SINDICER de Morro da 
Fumaça é uma entidade representativa do setor cerâmico com mais de 150 empresas 
associadas. Como entidade representativa, realiza diversas atividades com o objetivo de 
fortalecer o setor cerâmico na região sul de Santa Catarina. O Sindicato da Indústria de 
Cerâmica Vermelha (SINDICER) é uma região caracterizada por apresentar uma forte 
economia voltada para a indústria de cerâmica vermelha (olarias) (MORRO DA FUMAÇA, 
2010). 
Essa região foi escolhida para ser monitorada, não apenas pela caracterização das 
atividades econômicas na região, mas também pelo número de reclamações da comunidade 
junto a Fundação do Meio Ambiente (FATMA). Sendo monitorada anteriormente anos de 
2005 a 2009. 
 
Figura 18: Representação do primeiro ponto de amostragem – SINDICER, 
localizado na Av. Celeste Recco, n° 414, Centro, Morro da Fumaça. 
 
 36 
 
 
Fonte: Google Maps, modificado pelos autores (2013). 
 
 
8.2.2 Ponto 2 de Monitoramento 
 
No segundo ponto escolhido para ponte de monitoramento foi na Escola Básica 
Municipal Vicente Guollo, primeiramente por ser ponto próximo a outras empresas com 
potencial poluidor no Município, e também por estar próxima a divisa do município de Morro 
da Fumaça e Sangão. O município de Sangão possui em seu entorno as principais fontes de 
poluição atmosféricas da região, com várias olarias e empresas potencialmente degradadoras. 
 
Figura 19: Representação do segundo ponto de amostragem – Escola Básica 
Municipal Vicente Guollo, localizada na Rua 20 de Maio, Centro, Morro da Fumaça. 
 
 
 37 
 
 
Fonte: Google Maps, modificado pelos autores (2013) 
 
Para a realização de um monitoramento continuo a necessidade de uma estação 
fixa para monitoramento da qualidade do ar (figura 20) nos dois pontos escolhidos no 
município, com equipamentos utilizados para medição de poluentes atmosféricos: Hi-Vol, 
Trigás e Hi-Vol MP10. 
Fonte: LISBOA, (2007). 
 
 38 
 
 
Material particulado Inalável (MP10) – Cabeça de Anderson 
 
Figura 21: Equipamento para medição de MP10 conhecido como cabeça Anderson. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: LISBOA, (2007) 
 
 
 
 Fonte: LISBOA, (2007) 
 
 Figura 22: Trigás Amostrador de pequeno volume utilizado para medição simultânea 
de 3 gases poluentes atmosféricos (SO2, NO2, H2S, NH3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: LISBOA, (2007) 
 398.3 Duração do Monitoramento 
 
 
As durações do monitoramento com os equipamentos devem ser feitas no mínimo 
de 24 horas por dia, a cada 6 dias em cada ponto por semana, para SO2 e PTS e, 
continuamente para monóxido de carbono e oxidantes fotoquímicos (SANTA CATARINA, 
1981). As demais amostras devem ser coletadas no período de 22 horas por dia, por 6 dias por 
semana, respeitando o tempo de calibramento e manutenção dos equipamentos, sendo 
realizado por pessoas especializadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
 
9 CONSIDERAÇÃO FINAL 
 
 
Agda 
 
Como mencionado anteriormente, o município de Morro da Fumaça tem em sua 
economia forte influencia da indústria ceramista, atividade esta que gera poluentes 
atmosféricos de grande consequência para a comunidade entorno. 
Outras atividades contribuem com o lançamento de poluentes, como a agricultura 
e, ainda que em menor aspecto, o lançamento de gases dos automóveis que circulam na 
cidade. 
Portanto, se faz necessário o monitoramento da qualidade do ar, visto que alguns 
estudos já foram realizados para comprovar essa situação. Por meio dos dados levantados, 
puderam-se observar os principais poluentes e através destes, quais os melhores métodos e 
equipamentos para realização do monitoramento na cidade. 
 
Deiser 
 
O município de Morro da Fumaça por muito tempo foi considerado como sendo o 
mais poluído em se tratando de poluição atmosférica no estado de Santa Catarina, esse fato se 
deu, pois o mesmo é um município relativamente pequeno, porém, com muitas empresas 
principalmente de cerâmica vermelha, ou seja, as olarias. Essa realidade vem mudando com o 
avanço das exigências ambientais e também das tecnologias aplicadas ao controle de emissões 
atmosféricas. 
Por ser um município pequeno e com altos níveis de poluição atmosférica, faz-se 
necessário a implantação de um sistema de monitoramento da qualidade do ar no mesmo, com 
o intuito de verificar a que níveis de poluição a população de Morro da Fumaça está exposta. 
Alguns dados foram levados em consideração para a escolha dos locais de monitoramento, 
um dos pontos será localizado no centro do município, mais precisamente no prédio do 
SINDICER por ser um local onde à maior população exposta e também porque há muitas 
reclamações da população junto à fundação do Meio Ambiente do município, o outro local 
proposto foi próximo à divisa com o município de Sangão na Escola Básica Municipal 
Vicente Guollo. O que nos levou a escolher este ponto é o fato de que no município de 
 41 
 
Sangão também a uma quantidade significativa de olarias e devido à direção dos ventos 
favorecerem a dispersão dos poluentes chegarem ao município de Morro da Fumaça. 
 
Graziela 
 
As olarias por muitos anos foi a principal economia do município, a cidade 
cresceu e se desenvolveu a partir delas. Hoje consta-se com 59 empresas, por se tratar de um 
processo produtivo relativamente simples obteve-se muito pouco desenvolvimento e 
qualificação pois não exige uma mão de obra qualificada, as responsabilidades ambientais 
eram insignificante, somente em 2004 com a TAC – termo de ajustamento de condutas, foi 
definido o comprometimento das empresas a não utilizar carvão mineral como combustível, 
as empresas começaram a utilizar lenhas de reflorestamento, que mesmo com seus impactos 
significativos, se não houver o tratamento adequado, mas são bem menores que os impactos 
causados pela queima de carvão mineral. 
A necessidade de um monitoramento na região de Morro da Fumaça segundo 
FATIMA apud SOUZA, 2010 se caracteriza não apenas pela forte economia voltada as 
indústrias cerâmicas, mas também ao grande número de reclamações junto à fundação e um 
elevado número de problemas respiratórios. 
As indústrias geralmente trabalham sem nenhum tipo de filtragem de material. 
Isso significa que tudo que é expelido pelas chaminés vão diretamente para o ar. Sem contar 
com a poeira levantada pelos inúmeros caminhões que trafegam pelo município carregados de 
argila, vale ressaltar as condições precárias de trabalho oferecidas, onde o alto nível de ruídos, 
poeira e entulhos prejudicam os trabalhadores que muitas vezes trabalham sem carteira 
assinada. 
 
Júlia 
 
As condições encontradas nos estudos anteriores podem gerar consequências a 
saúde de toda a população, agravando os sintomas de tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, 
nariz e garganta e ainda apresentar falta de ar e respiração ofegante. Para a população de 
grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem 
apresentar efeitos ainda mais graves à saúde (AIRNOW, 2010). 
 42 
 
Para melhor avaliação da qualidade do ar para os habitantes do município de 
Morro da Fumaça e entorno, sugere-se que haja mais pontos de monitoramentos fixados, não 
havendo alterações de locais, garantindo a confiabilidade dos dados obtidos, incentivando 
para que os mesmos divulgados em boletins periódicos ao público em geral, permitindo que a 
população acompanhe a qualidade do ar na região. 
As reclamações da poluição atmosférica da comunidade junto ao órgão 
fiscalizador têm sido frequentes, a falta de monitoramento contínua implica em falta de dados 
e consequentemente falta de mudanças na legislação necessárias para proteger a saúde da 
população, já que muitos estudos não se mostram conclusivos e havendo relações diretas entre 
a poluição e os casos de doenças respiratórias no Município. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
 
REFERÊNCIAS 
ANTERO. CAPÍTULO V - PROPOSTA DE INDICADORES DE DESEMPENHO DO 
PROCESSO E DO PRODUTO NA CERÂMICA VERMELHA. Disponível em: 
<http://www.eps.ufsc.br/disserta99/antero/cap5.htm>. Acesso em: 08 out. 2013. 
BRAGA, Benedito et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 
2002. 305p. 
 
CAMARA, Vicente Francisco. PANORAMA DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DAS 
OLARIAS DO SUL DE SANTA CATARINA. 2013. 70 f. Trabalho Conclusao de Curso 
(Graduacao) - Curso de Engenharia Sanitaria e Ambiental, Departamento de Engenharia 
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