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Psicologia e serviço social

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
Unidade Temática – Teoria Política Contemporânea - Profª. Rita Cosenza
Curso Serviço Social
	
Larissa Rodrigues Cruvinel
Nayani Maria dos Santos
Artigo: Estudo da política em Guilherme O’Donnel, Max Weber, Antonio Gramsci, Foucault e Miguel de Cervantes
	A proposta do presente trabalho é de se fazer um estudo sobre a política e democracia analisando as perspectivas dos autores O’Donnel, Max Weber, Antonio Gramsci, Foucault e Miguel de Cervantes, discutidas de formas distintas, mas que trazem uma grande bagagem teórica, levando em consideração suas relações e seus pontos principais. Cuja intenção é de se trazer a relação da democracia e política dos autores para fins de se aumentar o conteúdo entendido sobre democracia e política contemporânea.
	No entanto, para se começar o estudo faz-se necessário saber o que é democracia ligeiramente. Segundo as “más línguas”, democracia seria o governo do povo ou da maioria. Mas porque “más línguas”? Essa colocação foi posta apenas para dizer que não é isso que ocorre na prática, é uma teoria que não sai do papel em nosso país. 
	 Em um regime democrático deve-se haver participação, a maioria deve decidir e controlar todos os “fins” do país. O’Donnel passa anos lendo sobre teoria democrática e todas as democracias existentes, pois era algo que “fadigava”. E este encontrava vários conceitos e discussões acerca do tema, que para ele apresentava ambiguidades e premissas.
“A primeira delas é que existe um corpo suficientemente claro e consistente de teoria democrática; a segunda, que esse “corpus” teórico apenas requer modificações marginais para servir como ferramenta conceitual adequada ao estudo das novas democracias. Estas premissas são muito convenientes, pois nos permitem “navegar” em estudos comparativos sem muita preparação previa ou grandes devidas teóricas.” (O’Donnel, 1999, p.1).
	O’Donnel diante de suas leituras e de seu interesse no fim dos diversos tipos de dominação começou a estudar os novos regimes que haviam surgido. Este se concentrou na America Latina, mas especificamente no sul do continente.
	No entanto, também se despertou pelo o que vinha acontecendo na Europa Meridional, procurou também manter-se razoavelmente informado sobre o que estava ocorrendo nos países da Europa Central e Oriental, e em alguns do Leste Asiático devido suas limitações no conhecimento dos diversos idiomas.
	Ele se aprofundara em diversos conceitos e discussões no decorrer de sua obra, analisaremos as perspectivas de cada autor no que se refere à democracia. Segundo O’Donnel:
“Uma teoria adequada da democracia deveria especificar as condições históricas do surgimento de varias situações concretas, ou, dito de outra forma, deveria incluir uma sociologia política, de orientação histórica, da democracia; Nenhuma teoria sobre qualquer tema social deveria omitir o exame dos usos linguísticos de seu objeto.
A democracia não deveria ser analisada apenas no plano do regime, mas também no do Estado- especialmente do Estado como sistema legal-e de certos aspectos do contexto social geral.” (O’Donnel, 1999, p.3).
	A emergência dos países que se dizem democráticos implantou diversos e importantes desafios ao estudo dos regimes políticos comparativos, incluindo a própria teoria da democracia. Falar que um caso é democrático é uma mera atividade acadêmica, e que tem consequências morais, pois maior parte do mundo refere-se à democracia como sendo um tipo de governo preferível, normativamente. O que traz também consequências praticas, já que no sistema internacional o acesso a benefícios importantes depende da avaliação da condição democrática de determinado país.
	O autor afirma ainda que existam muitas divergências e confusões na maneira de se definir democracia. O’Donnel crê que se passa no conceito de democracia, proliferações de casos relevantes, mas alem disso, outro motivo da confusão, que a ela fazem, é o fato de que a teoria democrática não é, segundo ele, a “sólida âncora conceitual” que costumar afirmar. Dessa maneira, mesmo concordando com algumas definições, estas precisam ser analisadas, revistas e esclarecidas. Pois praticamente, essas definições de democracia são um conjunto de toda a trajetória histórica e da situação de países originários do mesmo.
	O’Donnel aborda a cerca das definições minimalistas, realistas e prescritivas da democracia. Segundo Schumpeter, o arranjo institucional para chegar a decisões políticas pelas quais os indivíduos adquirem o poder de decidir mediante uma competição pelo voto popular é uma definição minimalista. Contudo, esses métodos de Schumpeter são elitistas. Quando são minimalistas a seu estilo, devem supor, pelo menos implicitamente, algumas liberdades simultâneas.
	Essas definições têm a vantagem de serem realistas. Segundo O’Donnel, as definições realistas devem ter características verificadas empiricamente, podendo ser encontradas em qualquer democracia existente.
	O principal problema do processo brasileiro atualmente é o de conseguir o desenvolvimento econômico, com base para a democracia, resultando no rompimento da opressão das camadas mais ricas sobre as camadas mais pobres.
	Contudo, um desenvolvimento não somente envolvendo partes técnicas ou de política econômica, mas também a passagem de uma mentalidade para outra mais evoluída. O ideal seria que essa emersão das camadas mais pobres e suas inúmeras reinvidicações não provocassem um grande susto as classes mais ricas, que pensam que os direitos políticos e principalmente os de interferir no poder são uma pratica absurda e imoral, não pode ocorrer “jamais” as classes relativamente mais pobres.
	O’Donnel envolve as partes voltadas para o lado técnico e político sobre a democracia. Dessa forma as eleições em um regime democrático são competitivas, livres, igualitárias, decisivas e incluentes (ou devem ser). Sendo os que votam os mesmos que tem o direito de serem eleitos (cidadãos políticos). “O direito de votar e de ser votado é outorgado, com poucas exceções, a todos os membros adultos de um país.” (Desconhecido).
	Miguel de Cervantes com a obra Dom Quixote, explicita também fatores políticos e democráticos. Resumidamente, a Mancha, terra de Dom Quixote, é o retrato da decadência do reino, onde o desemprego multiplicava pelos povoados e caminhos ridículos, mendigos, vadios, bandidos, enfim, toda uma classe de marginalizados e excluídos. Todos às margens da sociedade. 
	Em 1605, não havia castelos na Mancha, apenas casebres, albergues, entre os quais trafegariam o cavaleiro e o Sancho Pança, seu fiel escudeiro, opondo-se a todas as instituições do poder: o Estado, a policia, a Igreja e as atividades econômicas.
	Dom Quixote não é apenas um romance, mas também uma sátira inconformista, que faz cair a mascara do império espanhol (imagem do poder naquela época), mostrando que não há heróis nem cavaleiros, soldados indisciplinados, bandidos, camponeses e pastores. O cavaleiro Dom Quixote e Sancho Pança, defendiam as vitimas das injustiças praticadas pelos poderosos e nos alerta para a facilidade com que os nossos olhos “cegos” encaram a realidade: vemos gigantes maldosos onde há apenas moinhos entre outros.
	O cavaleiro é o louco senhor da razão, mas não com a sua loucura, e sim com o seu protesto. Hoje, onde há apenas pequenas indústrias, ele enxerga armas de destruição; onde há apenas famílias trabalhadoras, ele vê terrorista; onde existem somente homens e mulheres praticando sua fé, ele vê loucos fanáticos.
 	Devemos trabalhar na democracia tanto as partes técnicas e políticas, quanto o desenvolvimento de uma mentalidade critica, para termos consciência de nossas ações e problemas, para que assim possamos tomar por diante, nossas próprias decisões, o que nos convém, porém com uma mentalidade e consciência critica e flexível. Ou seja, trabalhar os dois conceitos juntos, pois um complementa o outro, sem eles a democracia se torna desestruturada, incapaz de corresponder ao seusentido de mudança. 
	Para Weber explicar a ciência como vocação, ele trata de vários conceitos necessários para que a vocação aconteça, apareça. No começo de seu texto ele apresenta um quadro comparativo entre a profissão de cientista na Alemanha e nos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, quando um jovem inicia sua carreira de cientista, ele recebe um modesto ordenado fixo. Durante sua juventude ele se vê carregado de trabalho, pois recebe para exercer a profissão. Ele pode, portanto, ser despedido a qualquer momento. Para que isso não aconteça o jovem cientista americano deve corresponder às expectativas da sua instituição. E essas expectativas se resumem em apenas uma regra: “sala cheia”. Só assim ele permanece no cargo.
Já a Alemanha apresenta uma regra diferente. O jovem redige uma tese e é submetido a exames. Se for aceito, tem o direito de ministrar cursos com o assunto que desejar, mas recebe somente a taxa que os alunos pagam. Mas o jovem cientista não consegue dar o tanto de cursos que gostaria – apesar de poder dar quantos cursos queira dentro de sua especialidade. Os grandes cursos são ministrados pelos professores mais velhos, pois, tomar o lugar destes seria considerado um grande desrespeito. Sobram então aos jovens, os cursos secundários.
O sistema universitário alemão, atualmente, se orienta nas bases americanas. Os institutos de ciência e medicina são hoje, grandes empresas de capitalismo estatal. Mas o cientista alemão tem outra preocupação. Mesmo sendo o melhor cientista do mundo, se ele for considerado por seus alunos como um mau professor, isso representa a morte de sua carreira universitária.
Mas Weber desconfia do professor que consegue ter as duas aptidões – pesquisador e professor – bem desenvolvidas. Ele acredita que será mera coincidência se essas duas se encontrarem no mesmo homem.
Atualmente a ciência atingiu um estágio de especialização que antes era desconhecida. E é por esse motivo que podemos falar de uma “vocação científica”.
A primeira coisa que Weber fala sobre a vocação científica é que a paixão e o trabalho andam juntos. Sem a paixão pela ciência, o professor-pesquisador jamais possuirá a vocação para ser cientista. E a única solução para este seria procurar outra profissão. Quando o trabalho e a paixão atuam juntos, fazem com que surja a intuição. E ao contrário do que julgam os pedantes, a intuição não é menos importante na ciência do que na arte ou nos problemas da vida cotidiana.
A ciência demanda devoção por parte do cientista. Só quem se coloca ao serviço da ciência possui personalidade. Aquele que se dedicar de coração a sua obra conseguirá elevar-se à dignidade da causa que deseja servir. Pois o destino e o objetivo dos cientistas é um dia serem ultrapassados.
Para o cientista, é a experimentação que conduz à verdade. Ele tem a missão de provar que não existe nenhum poder misterioso interferindo no mundo.
E qual é a ideia que o jovem americano tem de seu professor? Para ele, o professor é aquele que lhe vendo o conhecimento em troca de dinheiro, assim como o merceeiro vende repolhos a sua mãe. Jamais passa na cabeça desse jovem que seu professor possa “vender-lhe” regras para conduta de vida. Os estudantes alemães rejeitam essa concepção americana.
Mas o que é realmente a ciência como vocação para Weber?
A ciência é, atualmente, uma “vocação” alicerçada na especialização e posta a serviço de uma tomada de consciência de nós mesmo e do conhecimento das relações objetivas. A ciência não é produto de revelações, nem é de graça que um profeta ou um visionário houvesse recebido para assegurar a salvação das almas; não é também porção integrante da meditação de sábios e filósofos que se dedicam a refletir sobre o sentido do mundo. (WEBER, p. 47).
Nenhum progresso científico foi feito até hoje com base somente no fervor e na espera. “É preciso agir de outro modo, entregar-se ao trabalho e responder às exigências de cada dia – tanto no campo da vida comum, como no campo da vocação. Esse trabalho será simples e fácil, se cada qual encontrar e obedecer ao demônio que tece as teias de sua vida” (WEBER, p. 52).
	
Referências
O’DONNEL, Guilherme. Teoria Democrática e Política Comparada, Vol.:42 nº 4, 1999. Rio de Janeiro: HTTP://dx.doi.org/10.1590/S0011-52581999000400001
WEBER, Max. Política como Vocação In: WEBER, Max. Ciência e Política. Duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2004. 
GRAMSCI. A. Maquiavel, a política e o Estado Moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978 (3 a 11; 19 a 27; 41 a 46).
CERVANTES SAAVEDRA, Miguel de. O engenhoso fidalgo D. Quixote de La Mancha. Primeiro livro, edição bilíngue. São Paulo: Ed. 34, 2002.
FOUCAULT, Michel, Em Defesa da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2005 (PP. 27 – 48).
	
UBERABA
2014

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