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Impermeabilização

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Impermeabilização
Trecho retirado do manual sobre impermeabilização da VEDACIT
 Desde o dia 17 de outubro de 2010 entrou em vigor, a nova norma ABNT NBR 9575:2010, que estabelece as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização. A nova norma estabelece requisitos mínimos de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem como os requisitos de salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram.
 O projeto básico de impermeabilização deve ser realizado para obras de edificações multifamiliares, comerciais e mistas, industriais, bem como para túneis, barragens e obras de arte, pelo mesmo profissional ou empresa responsável pelo projeto legal de arquitetura, conforme definido na NBR 13532 - Elaboração de Projetos de Edificações - Arquitetura.
 O projeto executivo de impermeabilização, bem como os serviços decorrentes deste projeto, devem ser realizados por profissionais legalmente habilitados no CREA, com qualificação para exercer esta atividade. O responsável técnico pela execução deve obedecer a esse projeto de forma integral. Em todas as peças gráficas e descritivas (projetos básico, executivo e realizado), devem constar os dados do profissional responsável junto ao CREA, bem como a correspondente Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O projeto de impermeabilização deve ser desenvolvido juntamente com o projeto geral e os projetos setoriais, prevendo-se as correspondentes especificações em termos de dimensões, cargas, cargas de testes e detalhes. O projeto deve ser constituído de: memorial descritivo e justificativo, desenhos e detalhes específicos, além das especificações dos materiais e dos serviços a serem empregados e realizados. 
Há muito tempo procuram-se soluções na direção de se prolongar a vida útil dos imóveis, no constante trabalho para resistir às infiltrações. As primeiras impermeabilizações utilizavam óleo de baleia na mistura das argamassas para o assentamento de tijolos e revestimentos das paredes das obras ou utilização de asfalto como uma camada protetora. 
No Brasil, a impermeabilização entendida como item da construção que necessitava de normalização , ganhou especial impulso com as obras do Metrô da cidade de São Paulo, que se iniciaram em 1968. A partir das reuniões para se criar as primeiras normas brasileiras de impermeabilização na ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, por causa das obras do Metrô, este grupo pioneiro, após a publicação da primeira norma brasileira de impermeabilização em 1975, funda neste mesmo ano o IBI - Instituto Brasileiro de Impermeabilização para prosseguir com os trabalhos de normalização e iniciar um processo de divulgação da importância da impermeabilização que prossegue até os dias de hoje.
O tipo de impermeabilização é função da elasticidade, os diferentes sistemas de impermeabilização são divididos em rígidos e flexíveis. A especificação do produto mais adequado para cada caso vai depender de diversos fatores, tais como a solicitação imposta pela água na parte que necessita ser impermeabilizada, a tendência dessa área à movimentação, sua exposição a intempéries, tamanho, interface com os outros sistemas 
Tipo de Impermeabilização
Impermeabilização rígida
O impermeabilizante rígido não atua em conjunto com a estrutura, o que não protege locais expostos às temperaturas variadas, baixas e altas. Por isso, esse tipo de impermeabilização é preferível apenas para áreas que estão isentas de fissuras ou trincas. Dessa forma, a impermeabilização rígida deve ser utilizada, apenas em estrutura pequena isostática, áreas com estrutura estável como reservatórios de água enterrados, poço de elevador, piscina enterrada, piso externo e baldrames de fundação.
As impermeabilizações rígidas têm módulo de elasticidade próximo ao da argamassa ou concreto sobre o qual será executada
Argamassa Polimérica Definição: 
 Impermeabilização industrializada aplicada em substrato de concreto ou alvenaria, cimento e polímeros, formando um revestimento com propriedades impermeabilizantes. 
 O impermeabilizante forma um revestimento impermeável conseqüência da reação do cimento modificado com polímero. 
 O produto é um bi-componente, composto por parte A (cimento, aditivos e agregados minerais) e parte B (copolímero compatível com cimento).
 Para fazer a aplicação a superfície deve estar ligeiramente úmida (não saturada), limpa e isenta de pó. Eventuais trincas devem ser tratadas previamente. 
 Misturar os dois componentes perfeitamente, de preferência com agitador mecânico. Aplicar em uma hora (no máximo) após a mistura. Caso não venha a ser utilizado em uma só vez, misturar os componentes na proporção 1:3 (líquido:pó), em peso. Aplicar entre 2 a 4 demãos cruzadas de Argamassa Polimérica com broxa ou trincha. Obedecer a um intervalo de aproximadamente 6 horas entre a aplicação de cada demão. Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica. 
Tela de poliéster: É aplicada em áreas críticas, como no entorno de ralos, para reforço. A tela deve sempre ser colocada entre camadas de argamassa polimérica.
Argamassa polimérica:
 Impermeabilização aplicada em substrato de concreto ou alvenaria, constituída de cimento, areia, aditivo impermeabilizante e água formando um revestimento com propriedades impermeabilizantes .
 Os aditivos impermeabilizantes reagem com a cal livre do cimento formando sais cálcicos insolúveis (ação química). Age por hidrofugação do sistema capilar.
 Preparo do substrato Eventuais trincas devem ser previamente corrigidas. As cavidades ou ninhos existentes na superfície devem ser preenchidos com argamassa de cimento e areia, traço volumétrico mínimo 1:3. As superfícies a serem revestidas devem ser ásperas, isentas de partículas soltas e materiais estranhos, como pontas de ferro e pedaços de madeira. 
 O substrato deve estar limpo e isento de resíduos de agente de cura, desmoldantes, óleos ou graxas. Os cantos devem ser arredondados, formando meiacana. Os trabalhos de aplicação da argamassa impermeável devem ser precedidos em 24 horas pela aplicação de um chapisco (traço cimento:areia – 1:2 a 1:3). Lembrar que nunca se deve usar aditivo impermeabilizante no chapisco, para não prejudicar a sua aderência. Caso ocorra a presença de filme de água, ele necessita ser eliminado antes da execução da impermeabilização definitiva. 
Argamassa com aditivo impermeabilizante:
Cristalizantes
 São compostos químicos que, ao entrarem em contato com a água de infiltração, cristalizam-se para constituir uma barreira impermeável resistente a pressões negativas. Indicado para impermeabilizações temporárias. Utilizados, sobretudo, para conter infiltrações localizadas e prover impermeabilidade a grandes estruturas em concreto.
 Nessa linha de produtos, existem os cimentos de pega ultrarrápida e alguns produtos líquidos que, misturados ao cimento Portland, têm início de pega em menos de dez segundos. São usados como auxiliares de impermeabilização para tamponamentos em jorros d'água, mas necessitam receber uma posterior impermeabilização com argamassas poliméricas. Também há produtos cristalizantes compostos de cimento, sílica e compostos químicos ativos, que reagem com a umidade do concreto fresco, formando cristais insolúveis que obstruem os poros e capilares da estrutura de concreto. Ainda não há norma especifica para o sistema.
 Há produtos monocomponentes, líquidos ou em pó, que podem ser misturados à água, ao cimento ou aplicados diretamente sobre a infiltração ou demais áreas a serem impermeabilizadas. Também existem produtos bicomponentes.
Poliméricas ou impermeáveis?
A argamassa polimérica possui como vantagem a facilidade de aplicação, já que na maioria dos casos é aplicada na forma de pintura. Porém, como a espessura resultante é pequena, o sistema estará sujeito a danos causados pela queda de materiais pontiagudos na obra. Outro ponto
que requer atenção é o consumo do material, que nem sempre é respeitado na obra, o que impede a formação da camada necessária para o perfeito recobrimento da superfície a ser impermeabilizada. Já a argamassa impermeável atinge maiores espessuras (1,5 cm a 2 cm), mas, por outro lado, requer chapisco prévio de argamassa com cimento, areia, adesivo e água.
Impermeabilização Flexível 
A impermeabilização flexível é aquela formada por materiais como polímeros e asfalto. O sistema flexível de impermeabilização pode ser utilizado nas construções que estão vulneráveis a trincas e fissuras, como os locais expostos à chuva, umidade e a mudanças de temperatura, por exemplo. Para aplicar esse tipo de impermeabilização são utilizadas as membranas, que podem ser moldadas na hora, e as mantas, que são pré-fabricadas.
Materiais como manta asfáltica, que é pré-fabricada, possui espessura definida, e necessitam apenas de uma camada para aplicação. Já a impermeabilização moldada, como bloco de asfalto, pode ser aplicada quente e as soluções e emulsões aplicadas a frio.
Existem dois tipos básicos de sistemas flexíveis:
Sistema flexível pré-fabricado
(mantas asfálticas.)
Aplicação: 
 Preencher as cavidades existentes no concreto com argamassa de cimento, areia, adesivo para argamassa e chapisco e água. A superfície deve estar limpa, isento de poeira, óleo, graxa, partículas soltas, etc. Nos casos de recuperação do concreto, escarificar e lavar com jato de água sob pressão, a fim de remover todas as partículas soltas. Aguardar a secagem. Reavaliar a estrutura e verificar a presença de ferragem oxidada. Em caso positivo, tratar as barras de ferro com “primer” anticorrosivo à base de zinco para metais. Observar a presença de trincas e se estão estabilizadas. 
Se a superfície não tiver caimento ser feita com argamassa impermeável de cimento, areia e aditivo impermeabilizante. A argamassa para caimento deve estar perfeitamente aderida ao substrato. Para isso, é necessário molhar o concreto antes de se colocar a argamassa. Executar o acabamento com desempenadeira de madeira, evitando-se deixar poças ou desníveis. Os cantos e arestas serão arredondados no formato de meia cana, com raio mínimo de 8 cm e nas bordas subir com a manta pelo menos 30 cm e dar o acabamento correto.
- Quanto ao desempenho:
Tipo A – apresentam máximo desempenho e durabilidade; 
Tipo B – apresentam alto desempenho e durabilidade; 
Tipo C – apresentam médio desempenho e durabilidade;
Quanto a resistência a tração:
Tipo I : 80N
Tipo II: 180N 
Tipo III: 400N 
Tipo IV: 550N
Quanto a espessura:
3 mm (área inferior a 100 m²)
4 mm (área superior a 100 m²)
5 mm 
Quanto ao revestimento:
Filme de polietileno: apresenta, em condições normais de utilização, a melhor relação custo benefício, em função do desempenho e o seu valor comercial;
Filme de poliéster: maior resistência à perfuração (efeito de puncionamento), importante para os casos de brotos de capim, raízes de plantas (floreiras em geral);
Manta asfáltica de Alumínio (isolante térmico e acústico): lajes não transitáveis ou inclinadas em geral, telhados em geral (fibrocimento, barro, zinco, telhas ecológicas, etc), calhas e canaletas, marquises, juntas de dilatação – a manta asfáltica aluminizada dispensa a proteção mecânica (contrapiso). Quando utilizada em telhados, deve acompanhar o formato das telhas, moldando-se a elas;
Classificação manta asfáltica
Sistema flexível moldado no local (membranas asfálticas e acrílicas e argamassas poliméricas.) 
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/189/artigo288006-2.aspx
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/115/artigo286356-1.aspx
http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/impermeabilizantes-rigidos-ou-flexiveis-saiba-especificar_9614_0_1
https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-civil-ii-1/manual-sobre-impermeabilizacao
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1873/1/CM_COECI_2012_2_03.pdf

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