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Garantias e previlegios do credito tributario

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo Diurno| Disciplina: Direito Tributário 
Data: 18.08.2016 
 
 MATERIAL DE APOIOI 
EXAME DE ORDEM 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
- GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
1) GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
Artigo 183, CTN. 
Crédito tributário passa a ser um valor devido ao fisco em decorrência de uma obrigação tributária 
principal válida. 
Esse valor entra no cofre público e é utilizado para o interesse da coletividade. 
O Crédito tributário é considerado um bem público, logo ele passa a ser um patrimônio indispensável. 
O administrador público é um gestor da res, gestor da coisa pública. 
O crédito tem garantias próprias. As garantias são medidas assecuratórias de cumprimento de crédito. 
 
1.1) Bens atingidos pelo crédito tributário 
O artigo 184, CTN, diz que podem ser atingidos pelo Crédito tributário a totalidade de bens, rendas ou 
direitos do sujeito passivo (o devedor) mesmo os bens gravados com cláusulas de impenhorabilidade e 
inalienabilidade. 
Só tem um tipo de bem que não pode ser atingido pelo Crédito tributário. 
Exceção: são os bens absolutamente impenhoráveis (artigo 833, NCPC). 
Bem de família – se rege pela lei 8009/90, pode ser atingido pelo Crédito tributário? 
Pode. Ele é um bem relativamente impenhorável, caso o bem de família tenha débitos fiscais relativos 
ao próprio imóvel, poderá sofrer penhora, em razão de débitos do próprio imóvel, não da pessoa que 
mora no imóvel. 
 
2) Fraude fiscal 
 
 
 
Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
2 de 5 
 MATERIAL DE APOIO 
XX EXAME DE ORDEM 
 
 
Artigo 185, CTN: diz que se eu tenho o devedor regularmente inscrito em dívida ativa e esse devedor 
realizar a alienação de patrimônio gravação de ônus real sem possuir bens para a total satisfação do 
Crédito tributário, isso se considera fraude fiscal. 
As hipóteses de inexistência de fraude fiscal (quando não tem fraude). 
Quando tenho alienação ou gravação de ônus real: 
 Antes da inscrição em dívida ativa 
 Se ele alienar ou gravar tendo bens suficientes para a total satisfação do crédito. 
 
Efeitos da ocorrência de fraude fiscal 
Um dos principais efeitos da fraude fiscal é a desconstituição de todos os atos e negócios praticados 
pelo devedor após a regular inscrição em dívida ativa. Artigo 116, paragrafo único, CTN. 
 
3) Penhora online em matéria tributária 
Artigo 185 A, CTN 
Tenho um devedor regularmente citado de uma execução fiscal. Esse devedor não efetua o pagamento, 
não indica bens a penhora e não são encontrados bens penhoráveis. 
Nesse caso o juízo competente expedirá ofícios para órgãos de registro que indiquem a existência 
patrimonial. Ex. registro de imóveis, DETRAN, Baden, dentre outros. 
Se vier um dos ofícios indicando patrimônio, o juiz vai determinar a indisponibilidade material 
preferencialmente pelo meio eletrônico da totalidade de bens até a integral insatisfação do Crédito 
tributário. 
Primeiro ele bloqueia, o particular se manifesta, se não tomar providencia nenhuma, o valor é 
transferido para o fisco. 
 
4) Preferencias do crédito tributário 
Imagine que existem vários débitos, o contribuinte não deve só para o fisco, mas também para outros 
órgãos. 
O Crédito tributário prefere a qualquer outro tipo de crédito salvo os créditos trabalhistas e relativos a 
legislação do trabalho. Artigo 186, CTN. 
 
 
 
 
Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
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 MATERIAL DE APOIO 
XX EXAME DE ORDEM 
 
 
4.1) Preferencia do crédito tributário na falência 
Lei 11.101/2005 – trata de falência e recuperação de empresas judicial / extrajudicial. 
Quando se tem a decretação de falência, normalmente tem o prazo de habilitação dos créditos. O 
administrador judicial vai estabelecer uma ordem de pagamento de créditos, ele vai montar o quadro 
geral de credores. 
Nós temos existência de credito que não fazem parte do quadro geral de credores, esses créditos são 
considerados extraconjugais. Ex. remuneração do administrador judicial. 
Quais são os créditos tributários considerados extra concursais, ou seja, que não fazem parte do 
concurso, não entra na ordem do quadro geral. 
São os Crédito tributário cujo fato gerador ocorreu no curso do processo de falência, o fato gerador 
ocorreu quando do início do processo de falência, depois que a falência foi decretada, não entram no 
quadro geral dos credores. 
Os Crédito tributário não precisarão de habilitação em falência, recuperação judicial, inventário e 
arrolamento. Artigo 187, CTN. 
Ordem de pagamento dos créditos na falência: 
1° Créditos trabalhistas e oriundos da legislação do trabalho. 
2° Créditos de garantia real até o limite do bem gravado. 
3° Crédito tributário com exceção das multas. 
As multas tributárias somente terão preferência sobre os créditos subordinados. 
Crédito subordinado – depois que paga todo mundo, o que sobra é crédito subordinado. 
 
4.2) Preferencias de pagamento entre entes federativos 
1° Quem vai receber é a União. 
2° Depois os Estados e se ele tiver devendo para mais de um Estado é feito pro rata (por rateio). 
3° Depois o município se tiver devendo para mais de um munícipio é feito pro rata. 
 
5) Dívida ativa 
Artigo 201, CTN, artigo 2, lei 6830/80 (execução fiscal) 
A dívida ativa é um procedimento administrativo interno no qual o fisco torna o crédito tributário 
exequível, dotando o de presunção de defesa e liquidez. 
 
 
 
Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
4 de 5 
 MATERIAL DE APOIO 
XX EXAME DE ORDEM 
 
 
Com a inscrição em dívida ativa haverá a extração de um título executivo extrajudicial (certidão de 
dívida ativa – CDA) 
Quando o fisco poderá inscrever o crédito tributário em dívida ativa? 
Após a constituição de finitiva do crédito. 
Quando o contribuinte recebe a notificação para o pagamento de um tributo ou de uma multa, abre-se 
o prazo de 30 dias. 
Esse prazo o contribuinte pode resolver e efetuar o pagamento. Caso o pagamento seja efetuado 
acarreta a extinção do crédito tributário. 
Ele pode não ser pago. Caso o contribuinte não pague no prazo de 30 dias, o crédito tributário estará 
definitivamente constituído no 31° dia. A partir do 31° dia o fisco pode escrever em dívida ativa. 
Ou o contribuinte pode apresentar defesa administrativa. Com a apresentação da defesa administrativa 
por não concordar com a notificação, o fisco somente poderá inscrevem em dívida ativa após a decisão 
administrativa irreformável favorável ao fisco. 
Existe a possibilidade de protesto extrajudicial de certidão de dívida ativa. 
 
5.1) Protesto extrajudicial de certidão de dívida ativa 
Artigo 1, paragrafo único, lei 9.492/97. A fazenda está autorizada a apresentar o protesto da certidão 
dívida ativa junto a um tabelionato de protestos. 
 
6) Execução Fiscal 
A execução fiscal se rege por uma lei própria: 6830/80. 
A execução fiscal é a medida judicial ajuizada pelo fisco para a cobrança de seus créditos. 
 
6.1) Defesa do executado 
2 tipos de medida: 
a) Ordinária: se dá por meio de embargos a execução fiscal, artigo 16 da lei 680/80. Os embargos 
só podem ser opostos: 
 No mesmo juízo da execução fiscal; 
 Os embargos serão postos dentro do prazo de 30 dias contados do depósitoda fiança 
bancária que foi apresentada ou da intimação da penhora. 
 
 
 
Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
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 MATERIAL DE APOIO 
XX EXAME DE ORDEM 
 
 
 Os embargos só poderão ser opostos mediante apresentação de garantia do valor total 
da execução fiscal 
 
b) Exceção de pré-executividade 
Possui uma natureza jurídica de petição – artigo 5, XXXIV, a, CF. 
A principal finalidade da exceção de pré-executividade é de arguir uma nulidade absoluta do 
processo executivo ou discutir matérias de ordem pública sem a necessidade de garantia do juízo. 
Nesse caso não existe prazo para arguição da exceção de pré-executividade, normalmente se fala 
que o prazo tem que ser antes da garantia, antes do fisco pegar alguma coisa em garantia. 
Essa peça independe de dilação probatória futura, não cabe provar, logo devo ter um direito líquido 
e certo. 
Da rejeição da exceção de pré-executividade caberá agravo de instrumento porque entende a 
jurisprudência que a decisão que rejeita a exceção de pré-executividade é uma decisão 
interlocutória, não põe fim ao processo executivo. Deve ser feito no prazo dos embargos, porque se 
ele rejeita, você ainda está a tempo de opor embargos.

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