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Ações possessórias III

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Ações possessórias III
Procedimento das ações possessórias, procedimento especial, procedimento ordinário, competência, legitimidade, petição inicial, audiência de justificação, resposta do réu, liminar, sentença e a exceção.
Procedimento das ações possessórias
- Procedimento especial e ordinário
Previsto no artigo 924 do CPC, o que deve ser levado em consideração é o tempo que transcorreu desde o momento em que a posse foi agredida.
Se entrar com a ação no prazo de um ano e um dia a contar da agressão, ela será de forma nova, e seguirá o rito especial. Somente nesse caso poderá o autor postular a liminar possessória, e caso isso ocorra o réu poderá comprovar que o autor não tem capacidade econômica para fazer frente a eventual pedido indenizatório, caso a ação seja julgada improcedente, poderá requerer ao juiz que estipule caução.
Resguardadas as exceções, se passar o prazo de ano e dia, será de força velha, e procedimento ordinário, porém a posse continuará viciosa, nesse caso, se necessário poderá requerer tutela antecipada.
Inicia-se a contagem do prazo de ano e dia do momento em que se consuma a agressão à posse, e conforme o artigo 1.208 do CC, não autoriza a aquisição da posse os atos violentos ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou clandestinidade.
Procedimento especial
Entre outras, é importante observar algumas peculiaridades. A primeira diz respeito à competência, se o bem for imóvel as ações possessórias devem ser propostas no foro de situação do imóvel, conforme artigo 95 do CPC, sendo essa competência absoluta não está sujeita a derrogação das partes.
Caso o objeto da ação possessória for coisas móveis, segue a regra geral, a de competência do domicílio do réu, artigo 94 do CPC.
A segunda peculiaridade diz respeito à legitimidade. É legitimado ativo aquele possuidor que tenha sido esbulhado, turbado ou ameaçado.
Em caso de morte do possuidor tal direito transfere-se aos herdeiros ou sucessores.
É legitimado passivo aquele que perpetrou o esbulho, turbação ou ameaça, e caso tenha falecido, o espólio ou os herdeiros e sucessores. Se houve uma transferência da coisa a terceiros, é imprescindível que se verifique se o adquirente estava, no momento da aquisição, de boa ou má-fé. Nesse último caso poderá ajuizar, com êxito, ação em face dele, porém caso o terceiro estivesse de boa-fé, não terá êxito na ação possessória.
A terceira peculiaridade diz respeito à petição inicial, admite-se que, caso não saiba as qualificações de todos os invasores, possam ser nomeados apenas os invasores que puderam ser identificados, se nenhum dos invasores forem identificados, o polo passivo será ocupado genericamente por todos os invasores do imóvel, sem a necessidade dos respectivos nomes e qualificações.
A quarta peculiaridade é a da audiência de justificação, a sua finalidade é dar oportunidade ao autor demonstrar que preenche os requisitos da liminar, pois, esporadicamente, conseguirá fazê-lo por documentos, tendo assim, necessidade de ouvir testemunhas.
Se for concedida a liminar, caberá agravo sob a forma de instrumento.
A quinta peculiaridade tem relação com a resposta do réu, após a liminar o procedimento será ordinário.
Além de contestar, poderá valer-se das exceções rituais, e até de reconvenção, desde que para formular pedido que não possa ser feito na própria contestação.
Finalmente, o último procedimento especificado é o da sentença e a exceção – se a ação for julgada procedente, o juiz condenará o réu em uma obrigação de entrega de coisa certa, ou condenará a abster-se, seja do prosseguimento nos atos turbativos, seja no de converter a ameaça em ofensa à posse.
Não haverá execução, sendo a sentença executiva lato sensu. Com o trânsito em julgado, ou quando não couber mais recurso com efeito suspensivo, expedir-se-á mandado para cumprimento do que ficou decidido.

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