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Aula 09 Habilidades e Competncias no Ensino de Lngua Portuguesa Cont. Met. e Prat. de Ensino da Lngua Portuguesa

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Aula 09 – Habilidades e Competências no Ensino de Língua Portuguesa – Cont. Met. e 
Prat. de Ensino da Língua Portuguesa 
1. Compreender o papel do professor em promover o ensino da produção textual como prática discursiva e 
social; 
2. Compreender a necessidade de elaborar estratégias de pré-escrita; 
3. Perceber a importância de desenvolver o raciocínio lógico-verbal do aluno através de atividades tanto 
orais quanto escritas em sala de aula. 
Introdução 
Nesta aula, vamos chamar a atenção para a prática de produção textual em sala de aula, 
destacando estratégias para o desenvolvimento da habilidade da escrita. Vamos ressaltar 
a questão do conhecimento do assunto, preparação das ideias e sua elaboração. Em 
seguida, analisar o papel do professor na construção do texto pelo aluno e a importância 
da autocorreção das ideias para a sua reescrita. 
“Escrever é escutar a palavra e registrar o que ela nos pede. É a palavra que nos inscreve.” 
(Bartolomeu Campos de Queirós, 2007 – p.53) 
 
Iniciaremos nossa aula assistindo ao vídeo no qual a formadora do Instituto Avisa Lá, 
Beatriz Gouveia, apresenta os conteúdos que a formação continuada deve oferecer ao 
professor que busca desenvolver suas próprias práticas de leitor e escritor, visando 
melhorar suas aulas de produção de texto. Assista-o e reflita. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=L9CNnVs4rO0 Acesso em: 
06/10/2016. 
Quando pensamos na produção textual, muitas vezes, nós professores, temos dúvidas de 
quais seriam as melhores técnicas de ensino, além de atividades que efetivamente 
promovam a prática da escrita dentro do espaço escolar. 
Tal reflexão se percebe no passado quando a produção textual em sala de aula era 
dissociada das práticas discursivas e sociais nas quais o indivíduo estava inserido. A escrita 
que buscávamos ensinar baseava-se nas palavras, frases ou até mesmo em ideias soltas e 
sem sentido da contextualização social e cultural dos alunos. 
Quando destacamos a realidade do aluno, consideramos que qualquer criança ou jovem 
que vivem, de algum modo, as experiências sociais, culturais e históricas de um 
determinado momento, têm o conhecimento necessário, mesmo que para a escola não 
seja o melhor. Para isso, devemos iniciar as práticas de produção textual de modo 
reflexivo, crítico, produtivo e coerente com as suas percepções. Afinal, ninguém escreve 
sem um olhar a partir da perspectiva do mundo no qual está inserido, sem viver as 
experiências que surgem ao seu redor. 
Segundo o escritor Bartolomeu Campos de Queirós (2007) em sua obra Para ler em silencia 
a escrita é uma prática construída a partir da curiosidade: 
“Escrever é imprimir a experiência do espanto de estar no mundo. É estender as dúvidas, 
confessar os labirintos, povoar os desertos. E mais, escrever é dividir sobressaltos, 
explicitar descobertas e abrir-se ao mundo na ilusão de tocar a completude.” (p.12) 
Mas antes mesmo de iniciarmos a experiência de escrever textos simples ou mais 
complexos, é necessário que o professor apresente ao aluno o que faz parte do cotidiano 
dele, aquilo que circula mais intensamente na vida em sociedade conforme afirma 
Almeida (2007), “nos ambientes educativos ou alfabetizadores, tudo se constitui em 
aprendizagem para a leitura e a escrita. Nesses ambientes a escrita tem de estar a serviço 
da comunidade ali envolvida. Escreve-se e lê-se com determinadas finalidades. Uma 
placa, um bilhete, um cartaz avisando para não pisar na grama, uma placa que anuncia 
um show, tudo isso faz com que exista um ambiente alfabetizador, pois a criança vai 
percebendo aos poucos que nesses objetos há informações e que elas podem acessá-las 
quando passarem a possuir as chaves, que são a leitura e a escrita.” (p.29) 
O professor deve apresentar ao aluno a prática da produção escrita da língua como algo 
que se tornará constante em sua vida em razão de nós, seres humanos, termos a 
necessidade de nos comunicar também pela escrita. O registro da língua através da escrita 
se faz necessário pois expande, demarca e constrói uma identidade social, cultural e 
porque não dizer política de uma determinada sociedade. 
Nossa relação com os textos escritos tem sido cada vez mais constante e intensa na vida 
em sociedade. Pois, mesmo com o surgimento das novas tecnologias, com a Internet e 
seus afins (blogs, comunidades sociais, sites de cultura e informação, entre outras), o 
formato texto segue um padrão próprio e específico, que determina sua função, estilo, 
composição e formato do material a ser lido. 
Compreender a relação que a sociedade estabelece com a linguagem escrita e o papel que 
os textos ocupam nessa sociedade torna-se fundamental para a compreensão e o 
desenvolvimento de práticas de ensino e de aprendizagem da escrita em diferentes 
espaços sociais. Assim, quando a escola assume a importância de trabalhar práticas de 
leitura e escrita em sala de aula, devemos nos preocupar com o risco de padronização e 
com a rigidez de modelos estabelecidos na construção do texto pelo aluno. Devemos, 
inicialmente, compreender a escrita como ação social. 
Segundo Marcuschi (2000), 
“A escrita é usada em contextos sociais básicos da vida cotidiana, em paralelo direto com 
a oralidade. Estes contextos são, entre outros: o trabalho, a escola, o dia-a-dia, a família, 
a vida burocrática, a atividade intelectual. Em cada um desses contextos, as ênfases e os 
objetivos do uso da escrita são variados e diversos (...). Seria interessante que a escola 
soubesse algo mais sobre essa questão para enfrentar sua tarefa com maior preparo e 
maleabilidade, servindo até mesmo de orientação na seleção de textos e definição de 
níveis de linguagem a trabalhar.” (p.19) 
Logo, apenas possibilitar a repetição de proposições padronizadas, de textos que seguem 
um ritual, acabam por provocar um esvaziamento da atividade de produção escrita. 
Escrevemos porque existe uma necessidade, um objetivo e se não construirmos isso em 
sala de aula, a produção dos textos torna-se uma mera atividade de exercícios formais da 
escrita. Não devemos executar a produção do texto como um processo regulado por 
normas regidas pela gramática da língua, desconsiderando o sujeito-escritor, a situação 
da escrita e o papel discursivo e social do texto. 
Ao professor cabe estimular uma diversidade de textos que irão despertar no aluno a 
importância e o uso adequado da prática de produção textual. Quando pensamos na 
produção escrita em sala de aula, devemos estabelecer estratégias para o 
desenvolvimento da habilidade da escrita através de situações funcionais. 
Escrevemos para o outro ler, para alguém se identificar com a mensagem, para que um 
grupo social ou a sociedade em geral tome conhecimento de um determinado assunto, 
uma ideia. Escrevemos simplesmente para sair da inércia, do silêncio das palavras, para 
externalizar sensações, sentimentos advindos do interior ou de nosso olhar diante do 
mundo. 
Bartolomeu Campos de Queirós (2007) diz: 
“Escrever é dar às palavras o mesmo tratamento com o qual o pintor seleciona suas cores, 
o pedreiro equilibra seus tijolos. Escrever é desenhar com cuidado as nuances que 
intrigam e instigam o espírito. Escrever é apaziguar o susto de viver em um mundo em 
permanente mudança que o cotidiano comprova. Escrever é fazer carinho em mim, 
abençoando o que ainda não me foi revelado, inclusive o tamanho das veredas. Escrever 
como única maneira de adaptar-se às mutações, sem arranhar o desconhecido absoluto.” 
(p.23-24) 
Devemos cuidar para que a atividade iniciada como prática de produção da escrita não se 
torne um processo de escolarização excessiva apenas apresentando um gênero. A 
atividade deve sempre permear o enquadramento do indivíduo numa situação social, ou 
seja, de produção escrita rotineira. 
Com o advento da Internet, surgiram os e-mails, blogs e comunidades sociais para os quais, 
de algummodo, temos que escrever um tipo de texto. Mesmo que nesse espaço social, 
muitas vezes, a linguagem produzida seja informal, com supressões de palavras, 
expressões e surgimento de gírias cibernéticas, podemos tratar desse espaço como um 
meio de apresentar modos próprios de produção da escrita, além de definir os parâmetros 
com os quais cada texto eletrônico é construído. A partir daí, promovemos aos alunos a 
sua inserção nas formas de estruturação ou configuração dos textos digitais, nas suas 
relações com os comportamentos do leitor. 
Mesmo considerando que os meios eletrônicos quase acabaram com o estilo de produção 
via papel e correios, não se pode negar que ainda continua a produção de cartas, um tipo 
de gênero que resiste em nosso país. Essa permanência se dá por três motivos: 
• Por sermos um país de dimensões continentais, ainda temos lugares sem acesso à 
banda larga, sem a existência de qualquer lan-house para o envio de mensagens. 
• Apenas 10% da população em nosso país dominam o meio eletrônico ou possui acesso 
à Internet, restando apenas a velha e boa produção escrita de cartas para se 
comunicar, sem considerar o uso do telefone. 
• Por fim, os jornais e revistas impressos ou on-line possuem a “seção cartas dos 
leitores”, espaço no qual os leitores podem enviar por e-mail, pelo site ou 
simplesmente por cartas sugestões, reclamações, dicas, ideias, tudo sobre seu 
bairro, sua cidade, seu país a respeito de temas sociais, culturais, políticos ou 
históricos em geral. 
A produção de cartas ainda se faz presente em nossa sociedade, por isso devemos não 
apenas apresentar, como também estimular a construção desse tipo de gênero pelo aluno. 
Mostrar os diversos tipos de cartas, seus fins e níveis de formalidade e informalidade 
conforme a quem se direciona o texto. Fazer com que os alunos produzam um texto a 
partir de uma matéria jornalística e escrever para um colega de outra sala ou até mesmo 
para outro membro da família são exemplos de situações contextualizadas, concretas, 
reais de produção da escrita. 
Veja uma situação interessante de produção textual que pode ser desenvolvida com alunos 
em sala de aula: 
A apresentação de uma carta argumentativa de reclamação e um abaixo-assinado que 
fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa, comunidade ou bairro. Quem nunca fez uma 
reclamação por escrito ao prefeito, ao governador ou aos representantes do poder público 
sobre buracos nas ruas, sinais de trânsito que não funcionam, lixo nas ruas, barulhos de 
casas de festas ou carro de som, ausência ou falta de luz no bairro, falta de água constante 
na rua? 
Você sabia? 
Em diversas situações públicas, o cidadão possui direitos e poder de crítica para reclamar, 
divulgar e exigir, através de uma carta e uma lista de representantes, as mudanças 
necessárias em benefício da comunidade. Trabalhar esse tipo de produção textual com o 
aluno é levá-lo à percepção de que a escrita não apenas se faz presente em nossa 
sociedade, mas também acontece de maneira a registrar, ampliar e construir uma visão 
de mundo necessária ao exercício da cidadania. A produção do texto deve ser trabalhada 
em seu suporte real, e o que deve variar conforme a idade do aluno é o nível de 
complexidade dos textos. 
Os PCNs de Língua Portuguesa apresentam alguns gêneros adequados para o trabalho com 
a linguagem escrita: 
Anúncios, slogans, cartazes, folhetos. Parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas, 
trava-línguas, piadas, contos (de fadas, de assombração, etc.), mitos e lendas populares, 
folhetos de cordel, fábulas e textos teatrais. Relatos históricos, textos de enciclopédia, 
verbetes de dicionário, textos expositivos de diferentes fontes (fascículos, revistas, livros 
de consulta, didáticos, etc.), textos expositivos de outras áreas e textos normativos, tais 
como estatutos, declarações de direitos, etc. 
A escolha de um determinado gênero discursivo depende em grande parte da situação de 
produção, ou seja, da finalidade do texto a ser produzido, de quem são o(s) locutor(es) e 
os intelocutor(es), do meio disponível para veicular o texto, etc. 
Cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões (de aniversário, de Natal, etc.), 
convites, diários (pessoais, da classe, de viagem, etc.); quadrinhos, textos de jornais, 
revistas e suplementos infantis: títulos, lides, notícias, resenhas, classificados, etc. 
Um aspecto muito importante, com relação ao desenvolvimento de habilidade da escrita, 
que não podemos deixar de discutir, diz respeito à apresentação de textos literários e a 
sua produção por parte dos alunos. Nesse caso, a leitura de obras literárias, através dos 
círculos de leitura, a leitura de poesias com os alunos e a interpretação de textos teatrais 
em sala de aula criam possibilidades de escrita pelos alunos de modo rico e criativo. O 
livro literário deve ser fonte de inspiração na produção de textos e não pode ser tratado 
como algo distante, dissociado da realidade social do aluno. Mesmo porque, se o livro 
literário, a poesia não fizerem parte do cotidiano do aluno, compete ao professor inserir 
esse gênero e promover a construção literária também do aluno. 
Para Bartolomeu Campos de Queirós (20007), a escrita literária tem um importante 
significado: “(...) A escrita ordena emoções e torna a fantasia transparente. E a palavra 
escrita, pelo que ela guarda de franjas, confere ao leitor o poder de atribuir inumeráveis 
sentidos à oração. Ler é também escrever. Desconheço exatidão maior que a fantasia. 
Não se escreve sem lapidar o assunto. Lapidar é tomar cuidado com o que se tem a 
registrar. Escrever é um pensar muitas vezes. É costurar, com fio frágil, o real e o 
sonhado. Escrever é deixar vir à tona a resposta que me falta. A literatura, se construída 
de fantasia, é feita do que não temos. Só fantasiamos sobre o que sonhamos. Fantasiar é 
noticiar ao mundo que ainda tenho desejos. Fantasiar é festejar a vida.” (p. 25 e 28) 
ATENÇÃO! 
Devemos sempre pensar na produção textual como um processo de formação da 
inventividade, da criticidade, da autoria e não apenas como uma mera formalização de 
avaliação da escrita do aluno. 
O professor deve promover sempre no aluno a reescrita de seu texto, estimular a reavaliar 
seu texto de modo a ampliar a sua capacidade de coerência e coesão. Analisar 
detalhadamente a forma como os alunos escrevem é a primeira providência para 
determinar os pontos que devem ser trabalhados em sala de aula. 
Fazer com que o aluno perceba o quanto é importante, rever ideias, conceitos e 
organização do texto com o objetivo de tornar o aluno cada vez mais sujeito-autor, 
fazendo com que ele seja capaz de compreender cada vez mais e melhor como funciona 
a produção social da escrita. 
O professor deve apresentar ao aluno algumas questões que seriam oportunas de serem 
identificadas na produção do texto. Questões como: 
� Quem é o sujeito-autor e qual é o espaço social em que se insere; que 
conhecimentos linguísticos e de mundo traz consigo e que expectativas para com a 
escrita apresenta. 
� Que gênero do discurso se pretende construir, que regularidades léxico-sintáticas 
são previstas e reconhecidas para esse gênero e que regularidades composicionais 
se pressupõe na construção do gênero. 
� Qual o objetivo dessa escrita e qual a situação interacional e esfera social em que 
essa prática se insere. 
� Quais são os interlocutores, que familiaridade se tem com o gênero, além de 
atentar para questões de textualização como: situacionalidade, intertextualidade 
e informatividade. 
Os PCNs defendem que o aluno deve ser considerado produtor de texto na sociedade. 
Nesse sentido, os gêneros discursivos são recursos para afirmar os significados sociais, a 
função social, os valores, o ponto de vista de cada indivíduo. A escola tem que ser o espaço 
de estímulo, de produção da linguagem, da escrita, estabelecendoas relações necessárias 
para a construção de um aluno que se posiciona de maneira crítica, responsável pelas 
situações sociais. Dessa forma, ele questiona, formula problemas, utiliza o pensamento 
lógico, a criatividade, a intuição, selecionando procedimentos e verificando a adequação 
da sua produção textual. 
ATENÇÃO! 
Escrever é, simultaneamente, inserir-se não apenas num contexto de atuação social, mas 
também é demarcar um formar particular de escrita que liberta o ser humano da inércia 
do silêncio, da palavra sem vida, sem sentido. Escrever seria o meio pelo qual o ser 
humano registra a sua passagem na sociedade, marcando os seus pensamentos, seus 
desejos. 
Bartolomeu Campos de Queirós (2007) diz que aprendeu a escrever para libertar-se, para 
encontrar o outro: “Eu aprendi a escrever para deixar gravado o tamanho do meu desejo, 
da minha dúvida, do meu medo. Escrever é jamais poder negar o pensado. Escrever é 
afirmar – que a incompletude nos aproxima por nos revelar que o homem é um ser de 
relações.” (p.51) 
EXERCÍCIO 
Leia o texto e responda. 
Haverá um mapa para este tesouro? 
“Diversidade biológica” significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, 
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros 
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo 
ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da 
Convenção sobre Diversidade Biológica). O Brasil, país de dimensões continentais, 
sabidamente possui uma enorme biodiversidade sendo definida como a maior do planeta. 
Possuir muito, e de diferentes fontes, ecoa aos nossos sentidos como ter à disposição, ao 
alcance de todos, um grande tesouro. No entanto, todos sabemos que um grande tesouro 
escondido em locais inacessíveis, ou mesmo localizado sob os nosso olhos, sem que 
tenhamos possibilidade de enxerga-la, significa um grande sonho.... e sonhos não 
costumam tornar-se realidade... podem até evoluir para pesadelos... Assim, fica evidente 
que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial para dar suporte a 
hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e servir de 
partida para projetos que permitam a aplicação racional e sustentada dessa riqueza. 
Todos sabem que a pior atitude é “... matar a galinha dos ovos de ouro...”. Portanto, 
precisamos saber de onde vêm os ovos, e como cuidar da galinha e fazê-la reproduzir para 
que possamos transmitir essa riqueza como herança. Regina Pakelmann Markus e Miguel 
Trefault Rodrigues. Revista Ciência & Cultura. Julho/agosto/setembro 2003. p. 20. 
O trecho “evoluir para pesadelos...” (I. 12) é um argumento para sustentar a ideia 
de que: 
( ) A biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável. 
( x ) A má utilização das riquezas naturais causa graves problemas. 
( ) A reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouros é problemática. 
( ) O maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos. 
( ) O sonho alto das pessoas faz com que sofram muito. 
A fadiga da informação 
(Fragmento) 
Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação. Antes mesmo da internet, o 
problema já era sério, tantos e tão velozes eram os meios de informação existentes, 
trafegando nas assas da eletrônica, da informação, dos satélites. A internet levou o 
processo ao apogeu, criando a espécie dos internautas e estourando os limites da 
capacidade humana de assimilar os conhecimentos e os acontecimentos desse mundo. Pois 
os instrumentos de comunicação se multiplicam, mas o potencial de captação humana – 
do ponto de vista físico, mental e psicológico- continua restrito. Então, diante do 
bombardeio crescente de informações, a reação de muitos tende a tornar-se doentia: 
ficam estressados, perturbam-se e perdem a eficiência no trabalho. 
Já não se trata de imaginar como esse fenômeno possa ocorrer. Na verdade, a síndrome 
da fadiga da informação está em plena evidência, conforme pesquisa recente nos Estados 
Unidos, na Inglaterra e em outros países, junto a ansiedade e das dúvidas, a inclinação 
para decisões equivocadas e até levianas. 
MARZAGÃO, Augusto. In: DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro: cidadania hoje e 
amanhã. São Paulo: Editora Ática, 1999. 
A síndrome da fadiga da informação ocorre porque: 
( ) A internet é muito rígida nas informações que veicula. 
( x ) A captação humana de informação é restrita e a oferta é infinita. 
( ) Os meios de informação geram ansiedade em seus usuários. 
( ) Os instrumentos de comunicação conduzem a decisões erradas. 
( ) A capacidade humana se paralisa dado o volume de conhecimento. 
 
Síntese da Aula 
Neste aula, você: 
• Compreendeu a importância da prática de produção textual em sala de aula como prática discursiva 
e social. 
• Assimilou como realizar estratégias para o desenvolvimento da habilidade da escrita. 
• Percebeu que o professor tem um importante papel na construção do texto pelo aluno, e na sua 
reescrita.

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