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Oclusão
Conceitos Oclusais
	Oclusão vem do latim OCCLUSIONE (ação de fechar, obstrução); OCCLUDERE (cerrar, fechar), ou seja, ato de fechar, cerramento, fechamento; estado daquilo que se encontra fechado. Oclusão é o contato dos dentes no fechamento e em todos os movimentos funcionais e suas relações com o restante do aparelho mastigatório. Compreende todas as relações estáticas e dinâmicas dos dentes derivadas do sistema neuromuscular e é responsável pelo controle da mandíbula e da língua durante as funções do sistema estomatognático.
Sistema Estomatognático
Articulação
Ligamentos 
Ossos
Vasos e nervos
Musculatura
Glândulas 
Dentes 
Ligamento Periodontal
Funções do Sistema Estomatognático:
Mastigação*
Deglutição
Respiração
Expressão facial
Postura
Função dos dentes: *mastigação
Incisivos: cortam os alimentos (tesoura);
Caninos: agem como uma pá;
Pré-molares: trituram os alimentos (martelo);
Molares: terminam a trituração.
Oclusão Ideal
	Quando o paciente apresenta características biológicas e biomecânicas ideais para o funcionamento do sistem estomatognático.
RC coincidente com MI;*
Contatos homogêneos e simultâneos de dentes posteriores;
Dentes anteriores contatam mais levemente;
Forças dirigidas para o longo eixo do dente;
Guia do canino (proporção coroa/raiz favorável, osso denso - bossa canina); 
Protrusão: guia anterior;
Oclusão mutuamente protegida;*
*RC coincidente com MI
Estudos de eletromiografia mostraram que os músculos da mastigação funcionam de forma mais harmônica e com menos intensidade quando os côndilos estão em RC e os dentes em posição de MI.
Relação Central ou Cêntrica: relação maxilo-mandibular em que os côndilos articulam na porção mais delgada dos seus respectivos discos, contra a eminência articular numa posição mais superior e anterior. Essa posição é independente de contatos dentários e é encontrada clinicamente quando a mandíbula é direcionada superiormente e anteriormente. Os movimentos são restritos a rotação sobre o eixo horizontal.
*Oclusão Mutuamente Protegida
Dentes Posteriores: durante o fechamento da mandíbula eles se contactam limitando a aproximação (cargas axiais/verticais); 
Dentes Anteriores: guiam movimentos laterais, protrusivos ou ambos, livrando os dentes posteriores de forças oblíquas e horizontais.
Dentes posteriores protegem anteriores em movimentos cêntricos (abertura e fechamento); 
Dentes anteriores protegem posteriores em movimentos excêntricos (lateralidade e protrusão).
Oclusão Balanceada
	Contatos simultâneos tanto de dentes anteriores quanto posteriores durante movimentos excêntricos da mandíbula.
Oclusão Fisiológica
	Apresenta uma ou mais variações da oclusão ideal, estética e funcionalmente satisfatória contudo, sem presença dos sinais e sintomas de patologias dentárias.
Oclusão Patológica
	Um ou mais desvios da oclusão ideal, e está associado a sinais e sintomas de patologia dentária.
Abfração: perda de substância dental pela ocorrência de microfraturas na região cervical, provocadas pela flexão do dente diante de forças oclusais mal dirigidas. São lesões formadas como sendo em forma de cunha, com bordas bem definidas, podendo se apresentar subgengivalmente em alguns casos.
Mobilidade;
Recessão gengival: deslocamento apical da margem gengival, acompanhada de todos os tecidos que envolvem o periodonto, resultando em aumento da coroa clínica com exposição da superfície radicular.
Desgaste dentário acentuado;
Oclusão Ideal: referência para tratamento; 
Oclusão Fisiológica: não necessita de tratamento;
Oclusão Patológica: necessidade de tratamento.
Articulação Temporomandibular
	As articulações temporomandibulares são as articulações mais acionadas do nosso corpo. É uma articulação sinovial, condiliana, com superfícies fibrocartilaginosas e possui um disco articular.
Compartimentos da articulação temporomandibular
	A ATM é dividida em um compartimento superior e um inferior, separado pelo disco articular.
O compartimento superior é limitado superiormente pela fossa mandibular do osso temporal e inferiormente pelo próprio disco articular. Ele contém 1,2 ml de fluido sinovial, e é responsável pelo movimento de translação da articulação.
	O compartimento inferior tem o disco articular como uma borda superior e o côndilo da mandíbula como uma borda inferior. Ele é ligeiramente menor, com um volume de fluido sinovial médio de 0,9 ml e permite movimentos rotacionais.
Componentes:
Fossa mandibular
Disco articular
Líquido Sinovial
Eminência articular do osso temporal
Cabeça da mandíbula
Cápsula articular
Ligamentos
Disco articular
	É uma estrutura com forma ovalada, fina. Situada entre o côndilo da mandíbula e a fossa mandibular. Divide a articulação em parte superior e inferior. Sua face superior é côncavo-convexa para se ajustar ao tubérculo e a fossa da mandíbula e sua face inferior é côncava para se ajustar ao côndilo da mandíbula. É vascularizado e inervado nas áreas periféricas, e na parte central é avascular e aneural. Está dividido em 3 porções:
Anterior: espessa porção se localiza anteriormente ao processo condilar da mandíbula com a boca fechada;
Intermediária: está localizada ao longo do tubérculo articular com a boca fechada
Posterior: localizada superiormente ao processo condilar da mandíbula com a boca fechada.
Zona bilaminar
	A porção mais posterior da articulação temporomandibular é denominada de zona bilaminar, está formada em um estrato superior, que está sujeito dorsalmente ao processo glenoide, ao conduto auditivo ósseo, à porção cartilaginosa do conduto auditivo e à fáscia da glândula parótida. Já o estrato inferior insere-se na porção posterior do côndilo e é responsável pela estabilização do disco sobre o côndilo. Entre eles encontra-se o plexo vascular da ATM com grande quantidade de vasos, nervos e tecido conjuntivo.
Cápsula articular
	A cápsula articular se origina a partir da borda da fossa mandibular, envolve o tubérculo articular do osso temporal e se insere na mandíbula acima da fóvea pterigoide. É tão solto que a mandíbula pode naturalmente se deslocar anteriormente sem danificar as fibras da cápsula.
Superfície interna ou membrana sinovial
	Recobre o côndilo, a eminência articular e o disco articular. O líquido sinovial confere viscosidade, elasticidade e plasticidade à articulação. As células sinoviais formam o liquido sinovial, que permite a nutrição da cartilagem avascular das superfícies articulares e que tem função de lubrificante para reduzir a fricção. Superfície externa ou fibrosa: formada por tecido conjuntivo denso, fibroso, reforçada na sua superfície lateral, onde se forma o ligamento temporomandibular. A segunda função da cápsula articular é a propriocepção.
Ligamentos
Ligamento Temporomandibular (lateral): é um ligamento com certa espessura na face lateral da cápsula articular e impede o deslocamento lateral e posterior do processo condilar da mandíbula. É composto por duas porções: a parte oblíqua externa e a parte horizontal interna. A parte oblíqua externa é a maior porção, presa ao tubérculo articular, cursa postero-inferiormente para se fixar em uma região imediatamente inferior ao processo condilar da mandíbula, isso limita a abertura da mandíbula. A parte horizontal interna é a menor porção, está presa ao tubérculo articular cursando horizontalmente para se fixar à parte lateral do processo condilar da mandíbula e disco articular, isso limita o movimento posterior do disco articular e do processo condilar.
Ligamento Esfenomandibular: estende-se da espinha do osso esfenoide até a língua da mandíbula. Pode ajudar atuando como eixo da relação à mandíbula através da manutenção da mesma quantidade de tensão durante a abertura e fechamento da boca.
Ligamento Estilomandibular: é um ligamento acessório, composto por um espessamento da fáscia cervical profunda. Estende-se do processo estiloide para a margem posterior do ângulo e ramo da mandíbula. Tem uma função de ajudar a limitar a protusão anterior damandíbula.
Inervação – Nervos: 
Trigêmeo
Nervo auriculotemporal
Nervo massetérico
Temporal profundo posterior
	O nervo mandibular (V3) fornece o suprimento nervoso principal da ATM. A inervação adicional vem do nervo massetérico e nervos temporais profundos. Fibras parassimpáticas do gânglio ótico estimulam a produção sinovial. Neurônios simpáticos do gânglio cervical superior atingem a articulação ao longo dos vasos e desempenham um papel na recepção da dor e o acompanham o volume de sangue.
Suprimento vascular – Artérias (ramos da artéria carótida externa):
Temporal superficial
Auricular posterior
Artéria facial
Timpânica anterior 
Faríngea ascendente
	A suplementação da ATM é dada por três artérias principais. A alimentação principal vem da artéria auricular posterior (a partir da artéria maxilar) e da artéria temporal superficial (um ramo terminal da artéria carótida externa). Além disso, uma parte da suplementação da articulação é fornecida pela artéria timpânica anterior (também um ramo da artéria maxilar). Já os drenos de sangue venoso, são feitos por meio da veia temporal superficial e a veia maxilar.
Músculos
A ATM se relaciona com alguns músculos, que tem função de elevação, protrusão, desvio e outros. Estão nesse grupo:
Pterigoideo Lateral
Pterigoideo Medial
Temporal
Masseter
Pterigoideo Lateral:
Importância na ATM.
Feixe superior: - Origem: asa maior do esfenoide.
 - Inserção: cápsula articular.
Feixe inferior: - Origem: face lateral da lâmina lateral do processo pterigoide do osso esfenoide.
 - Inserção: fóvea pterigoidea da mandíbula.
Função: elevação, protrusão e desvio lateral.
Pterigoideo Medial:
Origem: asa interna do processo pterigoideo.
Inserção: ângulo interno da mandíbula, medialmente a inserção do masséter.
Função: elevação e desvio lateral (unilateral).
Temporal:
Origem: fossa temporal e superfície lateral do crânio.
Inserção: processo coronoide e borda anterior da mandíbula.
Função: elevação da mandíbula.
Masseter:
Origem: arco zigomático.
Inserção: ângulo da mandíbula.
Função: elevação da mandíbula.
RC, MI, MIH
DH: Dimensões horizontais:
RC: Relação cêntrica;
ROC: Relação de oclusão cêntrica;
DHR: Dimensão horizontal de repouso;
DHO: Dimensão horizontal de oclusão;
MI: máxima intercuspidação;
MIH: máxima intercuspidação habitual.
RC = DHR
ROC = DHO
Quem tem MIH, não tem RC coincidente com MI, ou seja, não tem ROC.
	
	A dimensão horizontal da face é determinada pela relação do côndilo com a fossa mandibular do osso temporal em completa harmonia com o disco articular. Quando a mandíbula se encontra sustentada pela posição postural ou de repouso fisiológico dos músculos do aparelho estomatognático. Varia entre a dimensão horizontal de repouso e a dimensão horizontal de oclusão.
	RC, de acordo com Okeson, é a posição mais anterior dos côndilos nas suas fossas com os discos adequadamente interpostos. É a posição articular reproduzível independente de contatos dentários. Posição mais antero-superior dos côndilos em relação à parede posterior da eminência articular com o disco devidamente interposto. É a dimensão horizontal da face determinada pela relação do côndilo com a fossa mandibular do osso temporal em completa harmonia com o disco articular. Posição estável e reproduzível pelo equilíbrio fisiológico dos músculos de sustentação mandibular. Independe da presença de dentes.
	ROC ou DHO é a dimensão horizontal da face determinada pela coincidência das posições de máxima intercuspidação (MI) dos dentes com a relação cêntrica (RC). É a posição ideal de estabilidade mandibular.
	MI e MIH é a posição maxilo-mandibular com maior número de contatos entre dentes antagonistas. É uma posição dentária que independe da posição dos côndilos.
DVO, DVR e EFL
DV: Dimensão vertical – medidas em milímetros:
DVO: Dimensão vertical de oclusão;
DVR: Dimensão vertical de repouso;
EFL: Espaço funcional livre.
	Dimensão vertical é a altura do terço inferior da face ou a relação espacial da mandíbula em relação à maxila no plano vertical. A distância entre o canto do olho até a comissura labial e da espinha nasal até o ponto mais inferior do mento têm que ser iguais, isso é chamado de proporção áurea.
	DVO é a dimensão vertical do paciente quando ele está com os dentes ocluídos. É uma medida que depende dos contatos dentários e pode variar muito durante a vida. Diminui com o bruxismo.
	DVR é a dimensão vertical do paciente quando ele não está com os dentes ocluídos. É uma posição fisiológica muscular que varia minimamente durante a vida. É o estado de repouso (sem toque dos dentes).
EFL é o espaço existente entre a DVR e a DVO. Vai de 2 a 4mm, tendo como média 3mm. Tem por funções a fonação e manter um espaço entre os dentes (sem contato).
DVR – EFL = DVO
DVO + EFL = DVR
Métodos de obtenção:
Métrico: distância do canto do olho ao canto da boca ou comissura labial deve ser igual ao ponto subnasal ou espinha nasal ao gnátio (ponto mais inferior do mento).
Fisiológico: Registrar a altura do terço inferior da face com a mandíbula em repouso, utilizando o compasso de Willis e diminuir 3 a 4mm relativo ao EFL.
Estético: Reconstituição facial para a determinação da DV. Ponto básico de referência é a harmonia do terço inferior da face com as demais partes do rosto.
Fonético: Pronunciação das palavras “mississipe” e “sessenta e seis”.

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