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Direito Penal Aula 02

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OAB INTENSIVO SEMANAL – X EXAME FGV 
DIREITO PENAL - AULA 2 
Material elaborado pelo Auxiliar Pedagógico Fábio H. A de Paula 
Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno 
 
OAB INTENSIVO SEMANAL – X EXAME FGV 
DIREITO PENAL 
AULA 2 
 
 
AULA DIGITADA 
I. ANOTAÇÕES DE AULA 
 
CONTINUAÇÃO DA AULA PASSADA: 
 
Teoria da Norma: 
I. Espécies de norma penal: 
� Lei penal incriminadora – são aquelas que definem crimes e estabelecem penas e está 
prevista na parte especial do CP e nas leis extravagantes. Ex.: Art. 121, 129, etc, CP. 
� Lei penal não incriminadora – é aquela que não prevê crime e não estabelece pena. Po-
de ser dividida em: a) explicativa – define um conceito, explica um instituto. (Ex.: Art. 1º, 
14, CP) ou, b) permissiva - autoriza que o agente atue sem que o fato seja crime (Art. 25, 
CP). 
� Lei penal em branco: é aquela que está incompleta, em branco, e, portanto exige um 
complemento para que possa ser aplicada, interpretada. Seu complemento pode vir tam-
bém de uma lei (lei penal em branco homogênea – Art. 312, CP completada pelo Artigo 
327, CP). Ou ainda complementada por outra espécie de norma, como por exemplo, uma 
portaria, resolução, etc. (Lei penal em branco heterogênea – Art. 33, Lei nº 11.343/06 
complementada por portaria da ANVISA – Ministério da saúde). 
 
 
OAB INTENSIVO SEMANAL – X EXAME FGV 
DIREITO PENAL - AULA 2 
Material elaborado pelo Auxiliar Pedagógico Fábio H. A de Paula 
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Leis Temporárias (art. 3º, CP) 
É aquela que possui um prazo de vigência determinado sendo criada para situações especí-
ficas, ainda possuindo Ultratividade Gravosa “Ultraativo (dali para frente) Gravosa (para punir)”, 
ou seja, permanece produzindo efeitos mesmo após seu término de vigência para fatos praticados 
enquanto ainda estava em vigor, por exemplo, o código eleitoral. 
 
 
OAB INTENSIVO SEMANAL – X EXAME FGV 
DIREITO PENAL - AULA 2 
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ATENÇÃO: Lei Excepcional (art. 3º, CP) – é criada para uma situação diferencia-
da/excepcional, por exemplo, para uma situação de calamidade, estado de emergência, uma a-
normalidade social (uma epidemia, grande seca). O prazo de vigência será até quando durar a 
situação de emergência, está vinculada à situação anormal, ou seja, prazo indeterminado po-
rém condicionado à situação anormal que lhe deu causa. Também se aplica neste caso a 
Ultratividade Gravosa. 
Tempo do Crime (art. 4º, CP) 
Teoria da Atividade – a data do crime é a data da ação, mesmo que outra seja a data de sua 
consumação, exceção, é dos crimes permanentes “crime do gerúndio” está acontecendo (seques-
tro, formação de quadrilha, porte ilegal de arma), para esses crimes essa teoria é relativizada, 
onde a data do crime será data da consumação. 
Em outras palavras: 
Para definir o momento de ocorrência do crime o Código Penal utiliza a Teoria da A-
tividade através da qual se considera praticado o crime no momento da prática da ação ou omis-
são mesmo que outro seja o momento da ocorrência do resultado. 
A única exceção são os crimes permanentes em que o agente atua, o crime se consuma e 
permanece em estado de consumação durante toda a permanência (sequestro art. 148, extorsão 
mediante sequestro art. 159, formação de quadrilha art. 259 “concurso para cometer vários cri-
mes”). 
 
Lei Penal no Espaço (art. 5º e 7º, CP) 
Lugar do Crime (art. 6, CP) 
Teoria da Ubiquidade/Mista – Para definir o local de um crime o Código Penal utiliza a Te-
oria da Ubiquidade, através da qual se pode considerar o lugar do crime aquele em que o agen-
te praticar a ação, mas também aquele onde ocorrer o resultado. 
Lei Penal no Espaço (art. 5º e 7º, CP) 
O CP adota a Teoria da Territorialidade através da qual se aplica a lei penal brasileira, co-
mo regra geral, respeitados os tratados e convenções internacionais para todos os crimes que 
ocorram no território nacional e suas extensões, considera-se extensões: 
1. Espaço aéreo e águas territoriais brasileiras; 
2. Embarcações e Aeronaves brasileiras militares ou a serviço do governo onde quer que 
se encontre; 
3. Embarcações e Aeronaves privadas que estejam em zona neutra (águas ou espaço aé-
reo internacional). 
 
 
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Navios, embarcações e aeronaves privados, de Direito Privado, quando em zona neutra, ou 
seja, águas ou espaço aéreo internacional são considerados extensão do território nacional. 
Através das regras de extraterritorialidade (art. 7º do CP) é possível aplicar a lei brasileira 
para algumas hipóteses em que o crime é cometido no estrangeiro, como por exemplo, quando o 
Brasileiro comete crime no estrangeiro e retorna ao Brasil, sendo aqui detido. Regra da Nacionali-
dade. 
CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES 
1) Quanto ao sujeito ativo: 
a) Crime Comum – pode ser praticado por qualquer pessoa. Ex: estupro, homicídio (art. 121), 
lesão corporal (art. 129), furto (art. 155). 
b) Crime Próprio – são aqueles que o tipo penal exige característica específica do sujeito ativo, ou 
seja, só pode ser praticado por determinada categoria de pessoas. Ex: infanticídio, crimes de fun-
cionário Público (peculato, prevaricação, concussão). 
Obs.: Em face do art. 30 do Código Penal, aquele que não possui a característica exigida 
pelo crime próprio poderá responder por ele, desde que como coautor ou partícipe de quem pos-
sua essa característica, pois nos crimes próprios as condições pessoais do agente são elementa-
res, ou seja, elementos estruturais da definição do próprio crime, podendo então se comunicar a 
todos. 
“Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime.” 
OMISSÃO PRÓPRIA 
Crime omissivo próprio é aquele em que lei prevê uma omissão, um não fazer algo punível, crian-
do assim um dever geral de agir e jamais atribuindo resultados concretos, pois a omissão não 
causa nada (no sentido fático, sem resultado concreto, exemplo do art. 135, CP). 
CRIME OMISSIVO PRÓPRIO - PURO 
CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO – IMPURO 
COMISSIVO POR OMISSÃO 
Lei prevê a omissão Lei prevê ação 
Dever geral de agir Dever específico/especial (GARANTIDORES – 
art. 13, § 2º, CP) 
O agente não responde pelos resultados O agente responde pelos resultados 
Não tem dever de enfrentar perigo Tem dever de enfrentar perigo 
Exemplo da omissão de socorro (art. 135, CP) Exemplo bombeiro, segurança, professorOAB INTENSIVO SEMANAL – X EXAME FGV 
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Crimes Omissivos Impróprios ou Comissivos por Omissão 
Na verdade não se trata de uma classificação para um ou outro crime, mas apenas uma 
forma de se atribuir resultados concretos, previsto na lei através de ação em face da omissão do-
losa ou culposa de certas pessoas (garantidores) que tem dever especial de agir e obrigação es-
pecífica de evitar o resultado. 
São considerados garantidores (art. 13, §2º do código penal): 
“Art. 13 (...) 
§2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resul-
tado. O dever de agir incumbe a quem: 
“a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; “ 
Os Funcionários públicos têm o dever de garantia vinculado ao exercício da função, fora dele pas-
sam a ter o dever geral de agir inerentes aos crimes omissivos próprios (omissão de socorro).
 - 
 
 
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“b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;” 
Engloba todo e qualquer contrato privado (babá, segurança, professora, etc) e também os 
acordos informais (tácito, expresso). 
“c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.” 
Quem de qualquer forma (dolo ou culpa) criar um risco de ocorrência do resultado torna-se 
garantidor tendo que evitá-lo. 
 
ITERCRIMINIS (caminho, percurso, etapas) 
 São as etapas de realização de um crime doloso: 
i. Cogitação: é pensar, imaginar, planejar, elaborar mentalmente a prática de algo. Sendo 
que por não afetar a esfera do bem alheio é etapa impunível, não gerando crime. Pode ser 
etapa psíquica, mental, que não ultrapassa a esfera do próprio agente, é etapa impunível, 
em face da lesividade, no caso, ausência de lesão a bem alheio. 
ii. Preparação ou Atos Preparatórios: são atos concretos no mundo fático, que visam pro-
piciar, instrumentalizar a prática do crime, porém, por não ultrapassar a esfera do próprio 
autor são, em regra, impuníveis. Há situações em que o ato preparatório passa a ser puni-
do, tornando o crime autônomo. Exemplos: formação de quadrilha (art. 288), CP, petre-
chos para falsificar moedas (art. 291, CP). 
 
II. SIMULADOS: 
1. (OAB/Exame Unificado VII). Assinale a alternativa correta. 
A) Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue 
obter porque tal sepultura estava vazia, não pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: 
crime de violação de sepultura. 
B) O crime de infanticídio, por tratar‐se de crime próprio, não admite coautoria. 
C) O homicídio culposo, dada a menor reprovabilidade da conduta, permite a compensação de 
culpas. 
D) Há homicídio privilegiado quando o agente atua sob a influência de violenta emoção. 
 
2. (OAB/Exame Unificado VII). John, cidadão inglês, capitão de uma embarcação parti-
cular de bandeira americana, é assassinado por José, cidadão brasileiro, dentro do alu-
dido barco, que se encontrava atracado no Porto de Santos, no Estado de São Paulo. 
Nesse contexto, é correto afirmar que a lei brasileira 
 
 
OAB INTENSIVO SEMANAL – X EXAME FGV 
DIREITO PENAL - AULA 2 
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A) não é aplicável, uma vez que a embarcação é americana, devendo José ser processado de a-
cordo com a lei estadunidense. 
B) é aplicável, uma vez que a embarcação estrangeira de propriedade privada estava atracada em 
território nacional. 
C) é aplicável, uma vez que o crime, apesar de haver sido cometido em território estrangeiro, foi 
praticado por brasileiro. 
D) não é aplicável, uma vez que, de acordo com a Convenção de Viena, é competência do Tribu-
nal Penal Internacional processar e julgar os crimes praticados em embarcação estrangeira atra-
cada em território de país diverso. 
 
3. CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 
Constitui crime omissivo próprio 
 a) o abandono intelectual. 
 b) a mediação para servir a lascívia de outrem. 
 c) a falsidade de atestado médico. 
 d) o atentado ao pudor mediante fraude. 
 
4. Prova: FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 2 
Acerca da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, assinale a alternativa correta. 
 a) Se um funcionário público a serviço do Brasil na Itália praticar, naquele país, crime de corrup-
ção passiva (art. 317 do Código Penal), ficará sujeito à lei penal brasileira em face do princípio da 
extraterritorialidade. 
 b) O ordenamento jurídico-penal brasileiro prevê a combinação de leis sucessivas sempre que a 
fusão puder beneficiar o réu. 
 c) Na ocorrência de sucessão de leis penais no tempo, não será possível a aplicação da lei penal 
intermediária mesmo se ela configurar a lei mais favorável. 
 d) As leis penais temporárias e excepcionais são dotadas de ultra-atividade. Por tal motivo, são 
aplicáveis a qualquer delito, desde que seus resultados tenham ocorrido durante sua vigência. 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: 1. A; 2. B; 3. A; 4. A;

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