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1 CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CONTROLE DE ESTOQUE EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FAMILIARES O CASO AUTOPEÇAS SOUZA LEONARDO MORATTO CAPIVARI - SP 2012 II CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CONTROLE DE ESTOQUE EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FAMILIARES O CASO AUTOPEÇAS SOUZA LEONARDO MORATTO CAPIVARI - SP 2012 Projeto de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso apresentado ao curso de Administração da FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Prof. Ms Marco A Armelin III IV AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, fornecer realização de um sonho. Também a minha família que sempre me apoio, no decorrer de toda minha vida, sem ele não seria possível esta realizando este feito. Sou grato à empresa alvo deste estudo de caso, e ao Sr Helio Lourenço de Souza, por ter me concebido a autorização para a realização deste projeto. Agradeço também a minha futura esposa, pelo apoio, consideração de todos esses anos, agradeço por ter ela ao meu lado todos esses anos me ajudando e me dando força para realizar este projeto. Sem a ajuda dela seria impossível de chegar até onde cheguei neste presente momento. Agradeço também a meus amigos, Victor, Thales, Anderson e Rafael, pelo companheirismo ao longo dos quatros anos aqui presente. Obrigado Marco Armelin por ter me orientado ao longo deste ano. Aos colegas da turma dos formandos 2012 em Administração da Faculdade Cenecista de Capivari. A todos, Muito Obrigado V (MORATTO, Leonardo. CONTROLE DE ESTOQUE EM PEQUENA E MEDIAS EMPREAS FAMILIARES: Estudo de caso da empresa Auto Peças Souza. Monografia de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Administração. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 48p, 2012). RESUMO Hoje em dia a grande maioria das médias e pequenas empresas familiares, tem dificuldade em seu controle de estoques, ao longo deste trabalho descrevemos os conceitos básicos para um bom controle de estoque, mostrando técnicas de controle. O estudo de caso foi desenvolvido na empresa alvo, Auto Peças Souza, por se tratar de uma empresa familiar, foi escolhida como objetivo deste estudo. Empresa que se localiza no município de Capivari, São Paulo. O estudo foi dividido em duas partes, a primeira por pesquisas bibliográficas sobre o controle de estoques e suas características, buscando se apoiar nos artigos, livros, e publicações. A segunda parte foi feita via perguntas ao proprietário da empresa alvo do estudo por entrevista. As médias e pequenas empresas familiares no Brasil são grande maioria, e como as mudanças tem sido rápidas nesta sociedade contemporânea, é necessário que essas empresas tomem os devidos cuidados quanto sua administração, principalmente de quando se tratam de empresas familiares. O que é visto por essas empresas é uma desordem em relação aos seus estoques, muitos não sabem quanto tem de capital investido, não tem controle do que entra e saí de seus estoques. A empresa familiar no Brasil é umas das que mais fornecem empregos, essas empresas necessitam ajuda do governo e delas mesmos, sendo necessário que as famílias que dirigem essas empresas entendam e tenham vontade de mudar as regras e a metodologia de como elas são aplicadas, visando atingir seus objetivos rumo ao crescimento. PALAVRAS-CHAVE: 1. CONTROLE 2. ESTOQUE 3. COMPRAS 4.GESTÃO VI ABSTRACT Today the vast majority of medium and small family businesses, have difficulty controlling their inventories, throughout this paper we describe the basics for a good inventory control, showing control techniques. The case study was developed in the target company, Auto Parts Souza, because it is a family business, was chosen as the objective of this study. Company that is located in the municipality of Capivari, São Paulo. The study was divided into two parts, the first for bibliographic searches on inventory control and its features, seeking to rely on articles, books, and publications. The second part was done through questions to the business owner target of the study interview. The medium and small family businesses in Brazil are large majority, and how change has been rapid in this contemporary society, it is necessary for these companies to take due care as its administration, especially when dealing with family businesses. What is seen by these companies is a disorder in relation to their stocks, many do not know is how much capital invested, has no control of what goes in and out of their inventory. The family business in Brazil is one of the fastest provide jobs, these companies need government help them and ourselves, being necessary to the families who run these companies understand and are willing to change the rules and methodology of how they are applied in order to achieve their goals towards growth. KEYWORDS: 1. CONTROL 2. STOCK 3. SHOPPING 4. MANAGEMENT VII SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1 CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ............................................................... 2 1.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................... 2 1.2. JUSTIFICATIVA DESTE TRABALHO ........................................................................... 2 1.3. RELEVÂNCIA DO TRABALHO ..................................................................................... 3 1.4. OBJETIVOS DESTE ESTUDO ........................................................................................ 3 1.4.1. OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................ 4 1.4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 4 1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................................... 5 CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA ....................................................................... 6 2.1 O QUE SÃO ESTOQUES .................................................................................................. 6 2.2 PORQUE TER E PORQUE NÃO TER ESTOQUES ........................................................ 6 2.3 PORQUE EXISTE ESTOQUE ........................................................................................... 7 2.4 TIPOS DE ESTOQUES ...................................................................................................... 7 2.5 DECISÕES DE ESTOQUE ................................................................................................ 8 2.6 CUSTOS DE ESTOQUE .................................................................................................... 9 2.7 MÉTODOS DE PREVISÃO DA DEMANDA................................................................. 112.8 PONTO DE PEDIDO........................................................................................................ 13 2.9 FERRAMENTAS PARA A GESTÃO E CONTROLE DE ESTOQUES ........................ 13 2.9.1 JUST IN TIME ........................................................................................................... 13 2.9.2 SISTEMA KANBAN ................................................................................................. 15 2.9.3 CURVA ABC ............................................................................................................. 15 2.9.4 MRP (MATERIALS REQUIREMENTS PLANNING) ............................................ 16 2.10 ADMINISTRAÇÕES DE MATERIAIS......................................................................... 17 2.11 DEPARTAMENTO DE COMPRA ................................................................................ 18 2.12 ARMAZENAGENS DE MATERIAIS ........................................................................... 19 VIII 2.13 LAYOUT ........................................................................................................................ 19 2.14 LOCALIZAÇÕES DE MATERIAIS .............................................................................. 21 2.15 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS ............................................. 22 2.16 INFORMATIZAÇÕES DE ESTOQUE .......................................................................... 23 2.17 ATUALIZAÇÕES DE REGISTROS DE ESTOQUE .................................................... 24 2.18 GERAÇÕES DE PEDIDOS ............................................................................................ 24 2.19 GERAR REGISTROS DE ESTOQUE ........................................................................... 25 2.20 PREVISÕES ................................................................................................................... 25 2.21 PROBLEMAS EM SISTEMAS DE ESTOQUE ............................................................ 25 2.22 OS ASPECTOS DE UMA EMPRESA FAMILIAR ...................................................... 26 CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................. 29 3.1 METODOLOGIA – CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................... 29 3.2 PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DE DADOS .................................................. 30 CAPÍTULO 4 – CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................ 31 4.1. A EMPRESA ALVO ....................................................................................................... 31 4.2. PRINCIPAIS PRODUTOS .............................................................................................. 31 5. CAPÍTULO - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS ........................................ 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 38 APÊNDICES ............................................................................................................................... 40 APÊNDICE I-QUESTIONÁRIO ................................................................................................ 40 1 INTRODUÇÃO Antes da revolução industrial em meados do século XVIII, os processos de produção eram rudimentares, não atendendo as técnicas de medidas e qualidades, com isso o resultado era sempre inferior em termos de qualidade e quantidade produzida. Geralmente essas técnicas eram passadas de pais para filhos. Após a década de 70, começaram a aparecer conceitos japoneses de gestão, que modificaram a forma de administração da produção. O sistema Just In Time, veio com o objetivo de melhorar o atendimento ao cliente, redução de custos, tempos e estoque. Os estoques representam uma grande importância dentro das organizações, o controle e planejamento são elementos fundamentais para uma boa gestão administrativa dos processos produtivos. O principal objetivo de um bom controle de estoque é fornecer dados atualizados de como está o andamento dos investimentos depositados nos estoques. É adotado o procedimento para registrar, fiscalizar a entrada e saída de mercadorias e produtos da empresa. O devido controle deve ser utilizado tanto para o controle de matérias primas, quanto mercadorias vendidas e produzidas. Cabem aos setores responsáveis, organizar, a realização e controle da disponibilização das necessidades do processo produtivo, envolvendo outros setores da empresa para que trabalhem em harmonia. É indispensável um bom e moderno sistema de informação para o devido controle de um estoque em qualquer organização. Esse sistema deve sempre fornecer a empresa dados para controle de seus estoques, juntamente como proporcionar auxílio a outro departamento como compras e vendas, sendo que essas informações devem sempre buscar alcançar o melhor resultado com o menor custo possível. 2 CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 1.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA Hoje em dia umas das maiores dificuldades encontradas pelas organizações é gerenciar seus estoques, muitas empresas têm um grande custo com materiais perdidos ou danificados em seus depósitos e armazéns, materiais que muitas vezes são adquiridos em quantidades superiores as necessidades reais, muitas vezes por falta de pessoas capacitadas ou mesmo por mau gerenciamento das partes responsáveis. Os setores de compras adquirem grandes quantidades de mercadorias em promoções, muitas vezes as mercadorias não são vendidas a tempo hábil e ficam esquecidas em seus estoques. As maiorias das organizações de pequeno e médio porte ainda encontram dificuldades de gerenciar seus estoques de forma apropriada, muitas vezes por falta de mão-de-obra especializada, locais inadequados, falta de ferramentas operacionais, falta de investimento, entre outros fatores. A função de planejar e controlar estoques, são ações de grande importância para uma administração do processo de produção, seja com finalidades produtivas, que transformam matérias-primas em produtos e processo para a comercialização. A preocupação da empresa não deve ser somente no aspecto financeiro, mas também nos produtos em processo e produtos acabados. Cabe ao setor não somente controlar as quantidades dos produtos estocados, mas também as necessidades de todo o processo produtivo, envolvendo não só os estoques de vendas, mas também os intermediários e os necessários para o desenvolvimento das tarefas diárias das organizações. 1.2. JUSTIFICATIVA DESTE TRABALHO Este trabalho busca não somente o aprimoramento e o aperfeiçoamento do pesquisador sobre o assunto por este abordado, mas, também a busca pelo melhoramento da empresa alvo, oportunizando com isso, trazer melhorias em sua gestão 3 de estoque, bem como conscientizar a mesma sobre a importância do controle de seus estoques. Por se tratar de uma empresa de pequeno porte e ainda administrada de maneira familiar, onde tem muitas pessoas que “mandam”, ou seja, na maioria das vezes as funções não são claramente definidas, encontram-se certas dificuldades na gestão de seus estoques, talvez pela falta de mão de obra especializada, falta de treinamento com seus colaboradores e a falta do uso de software específico e moderno para o controle de seus estoques. Assim como coloca Chambers (2009), “as empresas precisam investir em um sistemade processamento de informações que possa lidar com seus conjuntos particulares de circunstâncias de controle de estoque”. 1.3. RELEVÂNCIA DO TRABALHO A relevância do tema, além da importância acadêmica, busca relatar ações, ferramentas e conceitos para uma boa gestão de estoques de materiais, visa proporcionar ganho de conhecimento por parte do pesquisador, proporcionar a empresa envolvida uma visão do mercado atual e das teorias existentes, buscando trazer à empresa em questão, novas visões sobre seus estoques, buscando mostrar à mesma que é possível, através da aplicação de ferramentas simples e até mesmo ações simples, melhorar o desempenho de sua gestão de estoque e de possível reflexo sobre seus lucros e competitividade no mercado, trazendo sugestões de melhorias em seus estoques e proporcionando um melhor uso de recursos usados para o gerenciamento e controle de seus estoques. 1.4. OBJETIVOS DESTE ESTUDO O objetivo deste trabalho é responder a seguinte pergunta problema: Qual a importância de um controle de estoques em pequenas empresas familiares? 4 1.4.1. OBJETIVOS GERAIS O objetivo principal desta pesquisa é proporcionar a empresa alvo, o conhecimento de como controlar estoques de uma forma mais simplificada e técnica, mostrando como é importante o controle de seus estoques em busca de uma minimização de estoques, e maximização de lucros. 1.4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Além dos objetivos Gerais, como colocadas anteriormente, os objetivos específicos são os seguintes: Levantar se a empresa tem ou não controle de seus estoques; Identificar as ferramentas utilizadas para o controle de estoque, caso ocorram; Apurar quais são as dificuldades encontradas em relação aos seus estoques; Apontar as ações realizadas e/ou planejadas para aprimorar o controle de seus estoques; Levantar a existência de perda de materiais e suas possíveis causas; Analisar o layout da empresa e propor possíveis ajustes; Proporcionar a empresa uma visão atual de métodos de armazenamento de estoques; Mostrar como um bom controle de estoque pode diminuir os custos operacionais e ajudar outros setores da empresa; Auxiliar o setor de compras mostrando quais os itens realmente necessários de serem adquiridos. 5 1.5. Estrutura do trabalho No primeiro capítulo é apresentada a introdução deste trabalho elaborado com informações reais de trabalho. O segundo capítulo traz a revisão bibliográficas referentes ao tema que está sendo estudado. O terceiro capítulo apresenta a metodologia empregada na pesquisa, definindo o procedimento para a coleta dos dados. O quarto é uma breve descrição da empresa alvo. Encerrando o trabalho temos o quinto capítulo os dados apresentados, comparando estes com informações buscadas na literatura e apresentadas no capítulo 2. 6 CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA 2.1 O QUE SÃO ESTOQUES De acordo com SLACK (at.al. 2009), “estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação”. Então estoque nada mais é que o armazenamento de materiais para um uso futuro, sendo que todas as operações mantém estoque de algum tipo, sendo que é muito difícil uma organização se manter sem estoques. Ainda segundo SLACK (at.al. 2009), “estoque só existe porque há uma diferença de ritmo entre fornecimento e demanda”. Se o fornecimento de qualquer produto ocorresse no momento exato de quando fosse demandado, este item nunca necessitaria ser estocado. 2.2 POR QUE TER E POR QUE NÃO TER ESTOQUES? De acordo com Slack (al.at, 2009) a desvantagem de manter estoque é porque eles são custosos, e algumas vezes empatam considerável quantidade de capital. Mantê- los também representa risco porque itens em estoque podem deteriorar-se, tornam-se obsoletos ou perder-se, além disso, ocupam espaço crucial e valioso para a empresa. Já a vantagem de mantê-los é que proporcionam certo nível de segurança em ambientes incertos, uma vez que a empresa pode entregar imediatamente os produtos em estoque, quando seus clientes necessitarem. Ainda segundo o autor, eles facilitam a conciliação entre fornecimento e a demanda, eles só existem porque há uma falha no fornecimento e a demanda. Com a falta de mercadorias em estoque, clientes que precisam dos produtos e não podem esperar procuram outros fornecedores para supri-los, causando a fuga de clientes para a empresa. 7 2.3 POR QUE EXISTE ESTOQUE? Segundo Dias (1995), sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como um amortecedor entre os estágios da produção até a venda final. Para Slack (at.al, 2009) estoque só existe porque há uma diferença de ritmo entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse necessário, o item nunca necessitaria ser mantido em estoque. 2.4 TIPOS DE ESTOQUES De acordo com Slack (at.al, 2009) existem os seguintes tipos de estoque: Estoque de Segurança Também conhecido como estoque ISOLADOR, tem função de compensar as incertezas do fornecimento e da demanda, como o próprio nome já diz “estoque de Segurança” tem a função de manter estoques suficientes caso ocorra algum imprevisto, como quando ocorre o atraso de reabastecimento por parte do fornecedor. Estoque de ciclo Ocorrem quando um ou mais estágios nas operações não podem fornecer simultaneamente todos os itens que necessitam serem produzidos. Ou seja, produzir “bens e lotes e sua quantidade depende de decisões sobre volume”. Estoque de desacoplamento De acordo Slack (at.al, 2009), “Cada lote de estoque de material em processo junta-se a uma fila, esperando sua vez na programação para o próximo estágio de 8 processamento. Isso também permite que cada operação seja estabelecida com a velocidade de processamento ótima (tempo de ciclo)”, então o estoque de desacoplamento tem a principal função de conceber chances para programar o processo independente do seu estágio. Estoque de antecipação Esse estoque é usado com mais frequência quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis, mas eles também podem ser usados quando existem variações de fornecimento. (Slack, al.at, 2009). O estoque de antecipação pode ser usado para lidar com a demanda sazonal, citando um exemplo da época de páscoa, as empresas não podem prever com certeza a demanda do setor para o período, então produzem com antecipação para atender as prováveis demandas futuras. Esses estoques são criados baseados em períodos definidos como: época de pico de vendas, de um programa de promoções, períodos de férias. Com isso, o administrador tem a possibilidade de reforçar por determinado momento os recursos materiais, visando atender à demanda prevista. (ARNOLD, 1999) Estoque de canal de distribuição De acordo com Slack (al.at, 2009) o estoque de canal de distribuição existe porque o material não pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda. 2.5 DECISÕES DE ESTOQUE 9 De acordo com Slack (2009), em cada pondo no sistema de estoque pedido são recebidos dos consumidores internos e externos, eles são despachados, e a demanda vai gradualmente consumir o estoque. Serão necessárias colocações de pedidos para a reposição de estoque.Com isso os gerentes lidaram com dois tipos de decisão: Quanto pedir: Cada vez que um pedido de reabastecimento é colocado, de que tamanho ele dever se? Quando pedir: Em que momento, ou em que nível de estoque, o pedido de reabastecimento deveria ser colocado? 2.6 CUSTOS DE ESTOQUE Para Slack (2009), existem sete seis de custo de estoque: Custo de colocação de pedido: toda vez que um pedido é colocado para reabastecer o estoque, é necessário transações que representam custo para a empresa. Incluindo tarefas de escritório no preparo do pedido já com toda a documentação associada. Custos de desconto de preços: Muitos fornecedores oferecem descontos sobre o preço normal de compra para grandes quantidades, também podem impor custos extras para pequenos pedidos. Custo de falta de estoque: Se errarmos a quantidades de pedido e ficarmos sem estoque, haverá custos incorridos por nós, pela falha no fornecimento os nossos consumidores. Se os consumidores forem externos, poderão trocar de fornecedor; se internos, a falta de estoque 10 pode levar a tempo ocioso no processo seguinte, ineficiências e, eventualmente, outra vez consumidores externos insatisfeitos. Custo de capital de giro: quando colocarmos um pedido de reabastecimento, para os nossos fornecedores, eles vão demandar pagamento de seus produtos. Quando fornecemos para nossos próprios clientes, vamos, por nossa vez demandar recebimentos. Por, todavia, haverá provavelmente um intervalo de tempo entre pagar os fornecedores e receber de nossos clientes. Durante esse tempo, temos que ter fundos para manter os estoques. Os custos associados são os juros que pagamos ao banco por empréstimos, ou custos de oportunidade de não investirmos em outros lugares. Custo de armazenagem: São os custos associados a armazenagem física dos bens, locação, iluminação e climatização do armazém, juntamente com seguro. Custos de obsolescência: Quando escolhemos uma política de pedidos que envolvem pedidos de quantidades muitos grandes, o que significará que os itens estocados permanecerão longos tempos armazenados,incorre no risco de que esses itens possam se tornar obsoletos, ou deteriorar-se, juntamente com a perda por danificação. Já para Ballou (1995), existem três categorias diferentes de custo de administração de estoques: custo de manutenção de estoque, custo de compra e custo de falta de estoque. Custo de manutenção de estoque: são todos os custos necessários para manter certa quantidade de produtos por determinado tempo. 11 Custos de compra: são associados na aquisição de quantidades requeridas para a reposição do estoque. Quanto uma ordem de compra é emitida ao fornecedor incorre uma seria de (1) custos no processamento e preparação do pedido, custo de processar o pedido nos departamentos de compras, faturamento e contabilidade, (2) custo de enviar o pedido ao fornecedor, por correio, ou mídia eletrônica, (3) custo de manuseio ou processamento da recepção. Custo de falta: são aqueles que ocorrem caso haja demanda por itens em falta de estoque. Podem ocorrer dois tipos de falta (1) custo de vendas perdidas e (2) custo de atrasos. Custo de venda perdida: ocorre quando o cliente cancela seu pedido por falta de estoque. Custo de atrasos: quando o cliente aceita atrasar sua compra até que o estoque tenha sido reposto. 2.7 Métodos de Previsão da Demanda De acordo DIAS, (1995) a previsão de consumo estabelece estimativas futuras dos produtos comercializados pela empresa. A previsão dos níveis de demanda é vital para qualquer organização, visando proporciona dois subsídios para o planejamento e controle de todas as áreas. (BALLOU, 2006) Previsão de demanda é prever qual a quantidade de produto que os clientes deverão comprar (BALLOU, 1995). Os gerentes carecem de provisões de curto e longo prazo para tomar decisões estratégicas quanto para responder às questões mais imediatas da empresa. (GAITHER &FRAIZER, 2005). Para Dias (1995), a previsão da demanda estabelece estimativas futuras dos produtos comercializados pela empresa. Estabelece, portanto quais, quando e quanto 12 esses produtos serão comprados pelos clientes. A previsão possui algumas características básicas que são: Ponto de partida de todo o planejamento empresarial; Não é uma meta vendas; e. Sua precisão deve ser compatível com o custo de obtê-la. Ainda segundo esse autor as informações básicas que permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo da demanda dos produtos acabados podem ser classificados em duas categorias: quantitativas e qualitativas. a) Quantitativas Evolução das vendas no passado; Variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente as vendas. Por exemplo: criação e vendas de produtos infantis, área licenciada de construções e vendas futuras de matérias de construção; Variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às vendas (populações, renda, PNB); e, Influência da propaganda. b) Qualitativas Opinião dos gerentes; Opinião dos vendedores; Opinião dos compradores; e, Pesquisas de mercado. As previsões de demanda podem ser classificadas em 3 níveis: curto, médio e longo prazos. Curto são prazos até 4 meses a 1 ano e 11 meses, médio de 2 a 3 anos, e longo acima de 2 anos. 13 Também existem métodos estatísticos baseados em fórmulas matemáticas como o método Delphi. O método Delphi tem sido bastante utilizado para prever cenários prováveis no futuro e tem apresentado bons resultados na identificação de ponto de mudança. (MARTINS, AL.at., 1999) 2.8 PONTO DE PEDIDO De acordo com DIAS, (1995), ponto do pedido ou tempo de reposição é o tempo gasto desde as verificações de que o estoque está precisando ser abastecido, até a chegada da mercadoria ao estoque da empresa. Ainda segundo DIAS, (1995), o ponto do pedido é indicador de quanto o estoque deverá ser reposto, sendo que a quantidade de saldo em estoque suportaria o consumo durante o tempo de reposição. 2.9 FERRAMENTAS PARA A GESTÃO E CONTROLE DE ESTOQUES 2.9.1 JUST IN TIME Segundo Dias, (1995), Just In Time surgiu no Japão na década de 70 em vem sendo assimilada pela indústria ocidental, de forma mais efetiva. O JIT tem sido apresentado através de muitas definições que evoluem na medida de sua aceitação. Uma das definições mais utilizadas a respeito do JIT refere-se como um método de redução de desperdícios nos processos de manufatura. Para Martins, (at.al 1999), pode-se dizer que a técnica foi desenvolvida para combater o desperdício. Toda atividade que consome recurso e não agrega valor ao produto é considerada desperdício. Ainda segundo Martins, (at.al 1999) o JIT hoje, é mais que uma filosofia gerencial, procura não somente eliminar os desperdícios, mas também colocar o componente certo, no lugar e na hora certa, as partes são produzidas a tempo de 14 atenderem as necessidades de produção, ao invés da abordagem tradicional de só produzir nos casos que sejam necessárias. O JIT leva estoques a custos menores, mais baixos e melhor qualidade do que os sistemas convencionais. A implantação correta do sistema de JIT leva a empresa a obter maiores lucros, e melhor retorno sobre o capital investido, decorrente de redução de custos, redução de estoques e melhoria na qualidade. (MARTINS, at.al 1999) Se as necessidades de produtos e os tempos de ressurgimento forem conhecidos com certeza, pode-se evitar o uso de estoques. (BALLOU,1995) Ao invés da abordagem tradicional do sistema de produção que “empurram” os estoques, o JIT tem características de “puxar” a produção ao longo do processo, de acordo com a demanda. As características de “puxar” estoques significa que qualquer movimento de produção liberado na medida certa para a necessidade sinalizada pelo usuário da peça ou componente em fabricação, ou seja, os centros de trabalho não estão autorizados a produzir e “empurrar” os lotes apenas para manter ocupados operários e equipamentos. (Dias, 1995). Ainda segundo Dias, (1995), o conceito de melhoria continua nos processos estimula o reconhecimento dos erros e trabalha no sentido de eliminá-los por completo. Dentro da filosofia JIT, falhas são utilizadas como uma proveitosa fonte de informações para evitar sua repetição. O Just-in-time (JIT) é uma abordagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios. Ele possibilita a produção eficaz em termos de custo, assim como o fornecimento apenas da quantidade correta, no momento e local correto, utilizando o mínimo de instalações, equipamentos, materiais e recursos humanos. O JIT é dependente do equilíbrio entre a flexibilidade do fornecedor e a flexibilidade do usuário. Ele é alcançado por meio da aplicação de elementos que requerem um envolvimento total dos funcionários e trabalho em equipe. Uma filosofia chave do JIT é a simplificação. (SLACK, al.at, 2009). 15 2.9.2 SISTEMA KANBAN O Kanban é um método de autorização da produção e movimentação do material no sistema JIT. (Martins, at.al, 1999) Para Slack (al.at, 2009) o kanban é um método de operacionalizar o sistema de planejamento e controle puxado. Kanban é a palavra japonesa para cartão ou sinal. Ele também é chamado de “correia invisível”, que controla a mudança de material de um estágio para outro. Há diferentes tipos de kanban: O kanban de movimentação ou transporte: usado para avisar o estágio anterior que o material pode ser retirado do estoque e transferido para sua destinação específica. O kanban de produção: é um sinal para o processo produtivo de que ele pode começar a ser produzido, e o item produzido mandado para estoque. O kanban de fornecedor: são usados para avisar ao fornecedor que é necessário enviar material a produção. De acordo com Martins (1999) o objetivo do sistema é assinalar a necessidade de mais material e assegura que tais peças sejam produzidas e entregues a tempo de garantir a fabricação ou montagem subsequentes. 2.9.3 CURVA ABC Para Dias (1995), a curva ABC é uma importante ferramenta para o administrador; tem for finalidade identificar itens que precisam de mais atenção e tratamento adequando quanto à sua administração. A curva ABC obtém-se através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. Segundo Ballou (1995), a curva ABC refere-se ao fato de que, 20% de uma linha de produtos (em números de itens) é responsáveis por 80% das vendas realizadas (em valor). 16 De acordo com Dias (1995), após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, às classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: Classe A: grupo de itens importantes que devem ser tratados com uma atenção bem especial pela administração. Classe B: grupo de itens em situação intermediaria entre as classes A e C. Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração. Para Slack (al.at, 2009), o controle de estoque ABC permite que os gerentes de estoque concentrem seus esforços em controlar os itens mais significativos do estoque: Itens classe A: são aqueles que 20% dos itens de valor alto representam cerca de 80% do valor total do estoque. Itens classe B: são aqueles que o valor médio, usualmente os seguintes 30% de itens que representam cerca de 10% do valor total. Itens classe C: são itens de baixo valor que, apesar de comprometer cerca de 50% do total dos itens estocados, representam somente cerca de 10% do valor total do estoque. 2.9.4 MRP (MATERIALS REQUIREMENTS PLANNING) Originalmente conhecido através de Joseph Orlick, o MRP lida especialmente com suprimento de peças e componentes cujas demandas dependem de determinado produto final. (Dias, 1995) Ainda segundo o autor o MRP é um sistema que estabelece uma série de procedimentos e regras de decisão, de modo a atender as necessidades de produção numa sequência de tempo logicamente determinada para cada item componente do produto final. O sistema de MRP é capaz de planejar as necessidades de materiais a cada alteração na programação de produção, registros de inventários ou composição de produtos. Trata-se de um sistema que define as quantidades necessárias e o tempo exato para utilização dos produtos nas vendas. 17 2.10 ADMINISTRAÇÕES DE MATERIAIS De acordo com Martins at.al (1999) administração de materiais pode assumir diferentes formas, visando sempre a otimização dos processo para a obtenção dos matérias, a rapidez, a satisfação do cliente e a redução dos níveis de estoque. A administração de materiais visa satisfazer as necessidades das vendas, que provem de curvas de demandas dos clientes. Para Ballou (1995), o objetivo a administração de materiais deve ser prover o material certo, no local e no instante correto e em condição utilizável ao custo mínimo. Uns dos principais aspectos de suma importância na gestão de estoque de uma empresa é a disponibilidade de produtos procurados, juntamente com itens mais procurados e preços competitivos. A partir dai que a entra a capacidade de administrar e organizar os itens na loja. Segundo MAIA (2012), o administrador da loja deve se lembrar de que o varejo caracteriza-se principalmente pela prestação de serviço de venda de produtos e, por este motivo, ter o produto no momento em que o cliente solicita ou num curtíssimo espaço de tempo é fundamental para o sucesso da venda. Para Adriana (2012), o gerenciamento do estoque é a alma de qualquer tipo de empresa no varejo. Não ter um produto disponível no estoque e não consegui-lo localizado em tempo hábil, para fornecer ao consumidor pode significar a perda da venda ou até mesmo a perda do cliente, quando ele não encontra o que procura na empresa ele é empurrado para o concorrente, com o risco de não voltar mais. A empresa deverá ter o máximo de cuidado com o seu estoque de mercadorias, pois é nele que há o desvio ou o furto de mercadoria gerando para empresa prejuízos incalculáveis; e é por este motivo e também para manter o estoque em dia com as necessidades do mercado para poder haver vendas diariamente sem que haja falta de mercadorias. (SANTOS, 2012) 18 Com um estoque estável, fica mais fácil ter um diferencial competitivo dos concorrentes, permitindo a empresa disponibilizarem os produtos certos no momento certo e na quantidade correta no momento em que o cliente solicita, sem atrasos atendendo suas necessidades. 2.11 DEPARTAMENTO DE COMPRA Segundo Dias (1995), compras é um segmento essencial do departamento de matérias ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais e serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar, o que foi comprado e providenciar o armazenamento. Portanto, compras é uma operação essencial entre as áreas que compõem o processo de suprimento. Dentro do departamento de compras existem as seguintes atividades: Garantir a descrição completae correta das necessidades Selecionar fontes de reabastecimento Conseguir informações de preços, prazos e entregas. Colocar os pedidos (ordem de compra) Acompanhar (monitorar ) os pedidos Conferir notas fiscais Manter registros e arquivos Manter relacionamento com vendedores e fornecedores. De acordo com Dias (1995), compras não é somente responsável pela quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em preços mais favoráveis possíveis, já que o custo da matéria-prima é um componente fundamental do custo do produto. 19 2.12 ARMAZENAGENS DE MATERIAIS Para Ballou (1995), a armazenagem de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da empresa. Ainda segundo o autor as empresas necessitam de espaço físico, pois a demanda pelos produtos não podem ser conhecidas com exatidão, com isso as empresas usam estoques para melhorar a coordenação entre a oferta e demanda e diminuir os custos totais. Segundo Dias (1995), um método adequado de realização da armazenagem de produtos, permite a diminuição de custos, melhora a qualidade dos produtos e acelera o ritmo do trabalho. Ainda para Dias (1993), o correto sistema de almoxarifado influi no aproveitamento dos produtos e os meios de movimentação. Com isso tende a evitar a perda de mercadorias, por perdas, quedas, impacto e mau manuseio. Os custos indiretos estão ligados, sobretudo à administração. Um sistema que permite diminuir despesas de supervisão, eliminar parte da burocracia e garantir um controle melhor da produção é economicamente satisfatório; pode reduzir diretamente as despesas de operação e aumentar a produção com reflexos no custo por unidade. Ele é alto quando a produção é pequena, diminuindo à medida que ela aumenta, uma vez que as despesas fixas são distribuídas por um maior número de itens. (DIAS, 1993). 2.13 LAYOUT Para Dias (1993), layout é uma posição global inseparável em seus diversos elementos, já que a melhoria das condições de operação, em determinado setor pode ser completamente neutralizada se outro setor dependente não é beneficiado por esta ação. 20 De acordo com Dias (1993) layout é definido como a associação de materiais, desde o manuseio dos equipamentos de movimentação, combinados com características que conferem maior desempenho operacional do ser humano. Layout nada mais que a organização de homem, máquina e materiais. Não existe um critério para se avaliar a adequação de um layout a determinada atividade; tudo depende da meta a ser atingida e dos fatores que influem no fluxograma típico para a atividade considerada. Assim, em alguns casos, pode interessar mais a redução máxima da movimentação interna; em outros, o custo mínimo da estocagem ou, ainda, a estocagem máxima independente do custo, para atender certos picos ou regimes anormais de vendas. (DIAS, 1993) De acordo com Maia (2012), os corredores devem conter espaços apropriados entre as prateleiras, para evitar que as peças caiam, evitando a perda de materiais, também para que os funcionários possam transitar facilmente. É de grande ajuda que exista um profissional responsável por este setor, que possua perfil adequado para este fim. O responsável pelo gerenciamento do estoque precisa ser antes de qualquer coisa, uma pessoa organizada e confiável. Deve também ter conhecimentos sobre técnicas de classificação de estoques, curva ABC, reposição de produtos, organização de almoxarifados, entre outros atributos. “O responsável pelo estoque é como o guardião de um cofre. Afinal estoque é dinheiro”. (MAIA, 2012) Técnicas de estocagem Devem identificar os corredores, prateleiras de forma visível e legível. Peças compridas devem ser armazenadas em locais que possam ser manuseadas. Peças grandes devem ser armazenadas próximas às saídas. Peças de borrachas, plásticos, adesivos, para-choques, e frisos, não podem ser estocados em locais que tomem sol. 21 2.14 LOCALIZAÇÕES DE MATERIAIS Conforme Dias (1995), o objetivo de um sistema de localização de materiais deverá estabelecer os meios necessários à perfeita identificação da localização dos materiais estocados. Utilizando uma codificação normalmente alfanumérica representativa de cada local de estocagem. Conforme o autor as prateleiras devem ser identificadas por letras, cuja sequencia deve ser iniciada em A no sentido de baixo para cima da estante e o escaninho por números no sentido do corredor principal para a parede lateral. Normalmente são usados dois critérios de localização de material: a) sistema de estocagem fixa: nesse sistema é determinado o número de áreas de estocagem para um tipo de material, definindo-se, assim, que somente materiais deste tipo poderão ser armazenados nos locais marcados. b) sistema de estocagem livre: neste sistema não existem locais fixos de armazenagem, a não ser para materiais de estocagem especiais. Os materiais vão ocupar os espaços vazios disponíveis dentro do depósito. Muitas empresas de pequeno porte têm em mente que o estoque ou o espaço atrás do balcão pode ser desorganizado, onde para se achar uma mercadoria é necessário ter experiência e um mapa. Um ambiente de estoque necessita ser organizado como uma biblioteca, a divisão das mercadorias tem que ser mantida de tal forma que qualquer balconista ou estoquista possa encontrá-la sem precisar de um mapa, seria melhor se a localização, o preço e a quantidade em estoque do item pesquisado fossem fornecidos no ato que a peça é consultada num sistema de informação computadorizado. Em grandes organizações isso é feito religiosamente há anos, pequenas empresas ainda não aplicam no seu dia a dia os conceitos básicos de gestão de estoques. Em virtude disto as prateleiras devem ser sempre bem identificadas com placas com o nome dos produtos, características e aplicação, para que não só sejam bem guardadas, mas também para facilitar a vida dos vendedores e estoquista. 22 2.15 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS Para Dias (1995), o objetivo da classificação de materiais é definir uma metodologia de catalogação, simplificação, normalização, padronização, e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa. A necessidade de um sistema de classificação é essencial para qualquer departamento de materiais, pois sem ela não pode existir um controle eficiente dos estoques. Simplificar material é, por exemplo, reduzir a diversidade de um item empregado para o mesmo fim. No caso de haver duas peças com a mesma aplicação de uso, aconselha-se a simplificação, ou seja, a opção pelo uso de uma delas. Ao simplificarmos um material, favorecemos sua normalização, reduzimos as despesas ou evitamos que elas oscilem. (DIAS, 1995) Segundo ainda o autor, a classificação não deve gerar conflito, um produto não deve ser classificado de maneira que seja confundido com outro produto parecido. A classificação dever ser feita de modo que cada tipo de produto seja mantido juntos com sua classificação. Ex. latarias devem ser armazenadas junto com o mesmo tipo de material, lanternas junto com lanternas, etc. Em função de uma boa classificação do material, poderemos partir para a codificação do mesmo, ou seja, representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas por meio de números e ou letras. Os sistemas de codificação mais comuns utilizados são: o alfabético, alfanumérico e numérico,também chamado decimal. (DIAS, 1993) Ou seja, classificação de materiais nada mais é que seguir métodos pré- estabelecidos, associado de acordo com a semelhança, sem causar confusão e dispersão no espaço e alteração na quantidade. 23 2.16 INFORMATIZAÇÕES DE ESTOQUE De acordo com Slack al.at (2009) a maioria dos estoques hoje seja de qualquer tamanho é gerenciado por sistemas computadorizados. É especialmente verdade desde que a coleta de dados passou a ser feita de forma mais conveniente, pelo uso de leitoras de códigos de barras e pontos de venda com registro das transações. Muitos sistemas comerciais de controle de estoque estão disponíveis, apesar de eles terem certas funções em comum. (SLACK AL.AT 2009) A informatização de estoques visa buscar a harmonia e a integração com outros setores da empresa, como faturamento, compras, estoques, contas a pagar, entre outros. De acordo com Costa (2012), controles de estoque informatizado trouxeram para as organizações soluções tecnológicas que antes não existia, o que antes era usado o método de fichas manuais para esse devido controle, hoje é utilizado por cadastros eletrônicos, esses controles eletrônicos revolucionaram vários conceitos da Administração de Materiais trazendo vantagens e melhoria consideráveis como: Melhor escolha e análise de fornecedores Informações de entradas e saídas podem ser processadas ao mesmo tempo. Possibilidade de obter, a qualquer momento, a posição do estoque e das vendas, mesmo com o sistema operando plenamente. Os relatórios gerados permitem traçar, rapidamente, estratégias para administração do estoque, compras e vendas. Para BERTAGLIA (2006), o sistema de informação tem a função de diminuir os gastos com estoque e evitar faltas de produtos, o que, dificilmente, será obtido com a gestão manual, não por falta de eficiência dos gestores, mas pela complexidade das atividades. Portanto, atualmente, para alcançar esses objetivos existem diversos 24 sistemas informatizados como, por exemplo, códigos de barras, troca eletrônica de dados e impressão de etiquetas. Nas últimas três décadas, devido a uma série de aperfeiçoamentos, as empresas deixaram o sistema de estoque manual para adotar os estoques automatizados. Esta mudança acarretou pelo menos cinco grandes vantagens na gestão de estoque: fácil adaptação aos computadores; agilidade no setor de faturamento e cobrança; existência de programas para atender às necessidades; redução no capital investido em estoque e, ao mesmo tempo, melhoria no nível de serviço, e; elaboração de relatórios mais aperfeiçoados (BALLOU, 1993). É necessário ter um controle de mercadorias através de programa adequado para controlar as entradas de mercadorias e as vendas, e verificar o saldo do estoque para não faltar mercadoria para as vendas. É importante manter este controle para a empresa não ser furtada e também atender a clientela (SANTOS 2012). 2.17 ATUALIZAÇÕES DE REGISTROS DE ESTOQUE Para Slack al.at (2009) cada vez que um item é movimentado no estoque, tanto como uma venda ou quanto uma transferência, a posição, o status e o valor do estoque terá sido mudado. Segundo o autor essas informações precisam de registros, de modo que os gerentes de possam determinar a posição do estoque em qualquer momento. 2.18 GERAÇÕES DE PEDIDOS De acordo com Slack al.at (2009) existem duas decisões a serem tomadas pelo sistema informatizado, quanto pedir e quando pedir. 25 A primeira decisão é determinar quanto pedir, a grande maioria dos sistemas calcula automaticamente as quantidades do pedido por meio de fórmulas. Já a decisão de quando pedir é mais um caso de rotina, que os sistemas elaboram, de acordo com a necessidade e a escolha dos gestores. 2.19 GERAR REGISTROS DE ESTOQUE Esses sistemas de controle de estoque geram relatórios constantemente de valor de estoque, para cada item armazenado, esses meios não só podem ajudar como ajudam e muito os gestores a monitorar o desempenho do controle de estoque. Da mesma maneira o sistema informa a falta de estoque e os números de pedidos não entregues a seus consumidores, com isso podendo assim ser monitorado com regularidade. 2.20 PREVISÕES Para SLACK AL. AT (2009) todas as decisões de estoque são baseadas em previsão de demanda futura. O sistema de controle de estoque pode comparar a demanda real com a prevista e ajustar a previsão à luz dos níveis atuais de demanda. 2.21 PROBLEMAS EM SISTEMAS DE ESTOQUE Segundo SLACK AL. AT (2009) devido ao fato que a maior parte dos sistemas computadorizados de gestão de estoque é baseada no que se denomina princípios de estoque perpétuo. Essa ideia simples que os registros de estoque são automaticamente atualizados toda vez que a entrada ou a saída de um item é registrada. Assim nível de estoque inicial + recebimento de itens – saída de itens = novo nível de estoque. Quaisquer erros no registro dessas transações e ou manuseio de estoque físico podem levar a discrepância entre estoque registrado e o estoque real, e esses erros são perpetuados até que sejam feitas 26 checagem no estoque físico (geralmente, bem pouco frequentes). Na prática, existem muitas oportunidades para erros ocorrerem, no mínimo porque são muitas as transações com estoque. Isso significa que é surpreendentemente comum, para a maioria dos registros de estoque, a existência de erro. (SLACK AL. AT, 2009) Alguns erros ocultos; Entrada com o código errado, erros de digitação; Erros na contagem de mercadorias que entram no estoque e saem; Atrasos nas operações e atualizações de registros; Itens roubados em estoques; Estoque danificado; Ainda para Slack al.at (2009) o estoque é frequentemente administrado através de sistemas computadorizados, que tem algumas funções; atualização de pedidos, previsão de demanda e geração de relatórios de condição de estoque. 2.22 OS ASPECTOS DE UMA EMPRESA FAMILIAR 27 No Brasil grande quantidade das pequenas e micro empresas é formada por empresas familiares, ou seja, formadas por empresa da mesma família, como irmãos, tios, avos, primos etc. Como é formada pelas famílias são elas que na grande maioria das vezes dirigem a empresa, muitas vezes essas pessoas não são capacitadas e nem tem o treinamento devido, pois são colocadas para administrar a empresa pelos familiares. Essa falta de preparo por parte dos empresários geralmente colocam as empresas em grandes dificuldades financeiras. Em grande maioria das vezes cabe aos empresários o controle das necessidades da empresa, como controlar as quantidades de produtos estocados, como também o controle de todo o processo produtivo, evolvendo não só os estoques de vendas, mas também os intermediários, tornando-se necessário para o desenvolvimento das tarefas diárias das organizações. As dificuldades encontradas acima se tornam mais intensos e complicados quando se referem a empresas familiares, principalmente pelos aspectos administrativos, como o relacionamento com funcionários, fornecedores e clientes exercidos pela administração das mesmas, sendo assim a administração sempre é da própria família que dirige e governa a empresa, mas há pontos negativos quando a empresa é dirigida por pessoa incapacitada para tal função, que pode levar a empresa a grande dificuldade. Também não podemos deixar de fora os que têm algum conhecimento na área, e procuram administrar de maneira correta, auxiliando no desenvolvimento daempresa., É grande a responsabilidade de estar à frente de uma empresa, por isso muitos empresários não tomam as devidas cautelas, não levando a sério suas obrigações, por necessitar de raciocínio rápido e análise das situações, para tomar decisões. Como vivemos num pais de muitas mudanças rápidas, é necessário que se pense na decisão a ser tomada com cautela, para não gerar graves erros que conduza a empresa à situação de inadimplência ou insolvência. Há alguns aspectos que devem ser tratados com zelo, e que a direção deve ter o máximo de cuidado para evitar prejuízos 28 financeiros na empresa. Seria importante que as famílias trabalhassem em equipe, mas que cada um ocupasse a posição na empresa que lhe conviesse de acordo com a sua capacidade de produção quer seja administrativa ou técnica e financeira. (SANTOS, 2012) Cabe a empresa então manter uma boa gestão de suas tarefas, tanto como administrativa, financeira, organização interna e controle de seus estoques, não deixando para trás áreas como marketing, e vendas, mantendo uma boa qualidade de serviços e produtos, com isso alcançara resultados satisfatórios levando a empresa ao rumo do crescimento. Com a compreensão de todos da família de se reunir para ajudar na mudança da empresa, o objetivo de alcançar o ideal que se é esperado será alcançado. 29 CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1 METODOLOGIA – CONSIDERAÇÕES GERAIS A metodologia é o estudo do processo da pesquisa, utilizada para elaboração de um determinado assunto, os quais respondem como fazê-la de forma eficiente. A metodologia é uma disciplina normativa definida como o estudo sistemático e lógico dos princípios que dirigem a pesquisa científica, desde suposições básicas até técnicas de indagação. Não deve ser confundida com a teoria, pois só se interessa pela validade e não pelo conteúdo, nem pelos procedimentos (métodos e técnicas), à medida que o interesse e o valor destes estão na capacidade de fornecer certos conhecimentos. Segundo Oliveira (1999) método é “uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para explicá- lo”. Problema é “uma indagação, cujas respostas ou explicações só serão possíveis por meio da pesquisa e da experimentação. O bom desenvolvimento da pesquisa e da experimentação dependerá exclusivamente da adequação do método e das técnicas a serem utilizadas”. Pesquisa é um conjunto de ações, onde procura encontrar soluções para um problema, por base de procedimentos racionais e sistemáticos. Para GIL (1999), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Mediante esses esclarecimentos acima foi definido o trabalho como sendo uma pesquisa descritiva tendo como característica o estudo de caso. Define-se também como bibliográfica, devido ao levantamento bibliográfico realizado sobre os assuntos em questão, recolhendo os dados necessários para a efetuação do trabalho através da participação sistemática e observação participante. 30 3.2 Procedimentos para obtenção de Dados Na coleta de dados, foi utilizada a técnica de entrevista. Gil (1996) aponta como principais limitações da entrevista o fornecimento de respostas falsas, determinadas por razões conscientes ou inconscientes e, a influenciar das opiniões pessoais do entrevistador sobre as respostas do entrevistado. Para se evitar a influência citada por Gil (1996), foi utilizado um questionário composto de 10 questões que, foram apresentadas ao entrevistado, o proprietário. Essas questões serviram como base para uma entrevista estruturada e foram apresentadas ao mesmo para que pudesse dar suas respostas e possíveis comentários que achasse necessários. A entrevista foi realizada com base no tema em estudo, com finalidade de demonstrar a armazenagem e o controle de estoque, com a intensão de se conseguir atingir os objetivos propostos pelo trabalho, o qual foi apresentado no primeiro capítulo deste. 31 CAPÍTULO 4 – CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 4.1. A EMPRESA ALVO A empresa estudada foi a AUTOPEÇAS SOUZA, foi fundada no ano de 1986 na cidade de Capivari, pelo atual proprietário. Encontra situada na cidade de Capivari, na Rua Frankelina de Almeida Barros, 234, com um ramo de atuação de vendas no varejo de peças e acessórios em geral. Com grandes variedades de produtos disponíveis para a comercialização. 4.2. PRINCIPAIS PRODUTOS A Auto Peças Souza trabalha com um amplo número de peças e acessórios automotivos, abrangendo todos os sistemas do carro, tais como: motor, freio, injeção eletrônica, suspensão, elétrica, latarias, entre outros. Conta com essa grande variedade, justamente para que o cliente ao levar seu carro para a oficina, para qualquer que for o problema, desde uma simples revisão até uma mais completa possa oferecer a tranquilidade de atendê-lo em todas suas necessidades, sem se preocupar em ir atrás das mercadorias para levar ao mecânico. 32 5. CAPÍTULO - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS Neste capitulo, é apresentada definição dos dados coletados durante todo o processo de estudo deste trabalho, juntamente com a discussão dos resultados obtidos. Buscando associar as respostas coletadas do entrevistado, com teorias colocadas pelos autores, com isso indicar possíveis pontos de melhorias, realizações de novas técnicas de gerenciamento e controle de estoques. Seguem abaixo as perguntas e respostas do proprietário da empresa alvo e responsável pelo gerenciamento de compras/estoque. Na primeira pergunta ao ser questionado se a empresa disponibilizava de controle de seus estoques, a resposta concedida foi que não, a empresa ainda não possui o devido controle de seus estoques, pois como se trata de uma empresa familiar, o gerenciamento de seus estoques era sempre deixado para trás. Associando a resposta obtida pelo entrevistado, com base no referencial teórico segundo Adriana (2012), no capítulo 2 relata que o gerenciamento do estoque é a alma de qualquer tipo de empresa no varejo. Não ter um produto disponível no estoque e não consegui-lo localiza-lo em tempo hábil, para fornecer ao consumidor pode significar a perda da venda ou até mesmo a perda do cliente, quando ele não encontra o que procura na empresa ele é empurrado para o concorrente, com o risco de não voltar mais. Em relação à segunda pergunta feita ao entrevistado, se a empresa contava com algum sistema gerencial para o devido controle de seus estoques conforme a resposta obtida foi constatada que a empresa possui um sistema gerencial informatizado para o controle de seus estoques, porém ainda não é feita a entrada de materiais no estoque, o que podemos interpretar como sendo um aspecto negativo quanto ao desempenho desejado de um sistema de gestão de estoques. Para tanto podemos reviver a citação feita por BALLOU (1993), conforme citado no capítulo 2 deste, que transcreve que nas últimas três décadas, devido a uma série de aperfeiçoamentos, as empresas deixaram o sistema de estoque manual para adotar os estoques automatizados. Esta mudança acarretou pelo menos cinco grandes vantagens na gestão de estoque: fácil adaptação aos computadores;agilidade no setor de faturamento e cobrança; existência de programas para atender às necessidades; redução 33 no capital investido em estoque e, ao mesmo tempo, melhoria no nível de serviço, e; elaboração de relatórios mais aperfeiçoados. Quando foi questionado na terceira pergunta sobre que estava sendo feito para melhorar o controle de seus estoques, o mesmo respondeu que foi contratado um novo sistema mais moderno e eficaz, e ainda, relata que a opção pela mudança, foi à busca por um melhor desempenho no gerenciamento do estoque, pois o novo sistema de gerenciamento, na interpretação do mesmo, atende melhor as necessidades da empresa. Na quarta pergunta se referia se o local de armazenagem da empresa é apropriado para seus produtos, e como era feita essa divisão, o entrevistado afirmou que sim, os produtos são armazenados em locais apropriados para cada tipo de mercadoria. As mercadorias são separadas por tipos e marcas, e suas devidas classificações, ex. óleos lubrificantes são armazenado com o mesmo tipo, peças como latarias, e borrachas tem um setor somente para este fim, etc. Conforme Maia (2012), citado no capítulo 2 os corredores devem conter espaços apropriados entre as prateleiras, para evitar que as peças caiam, evitando a perda de materiais, também para que os funcionários possam transitar facilmente. Quando foi questionado se existia perda de materiais em seu estoque, na quinta pergunta o entrevistado responde que sim, podendo-se destacar que, apesar da resposta obtida sobre o armazenamento do material era adequado, ou seja, na opinião do entrevistado e responsável pelo setor ter considerado que o método e local de armazenagem dos materiais serem adequados, o mesmo em sua resposta seguinte, relata que há perdas de materiais. Quanto ao processo de armazenagem, podemos citar Ballou (1995), que coloca que a armazenagem de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Pois seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da empresa. Ao ser questionado se existe perda de materiais na empresa, e pelo que era causada essa perda, na sexta questão o entrevistado respondeu que existe sim, e que ocorria na grande maioria das vezes pelo mau controle e reabastecimento de seu estoque, é comprado mais do que a empresa necessita no devido período, por não utilizarem de um método de pedido mínimo, com isso causando um grande acúmulo de 34 estoque, o entrevistado respondeu que essa perda existe na maioria das vezes por utilizarem um sistema gerencial mais antigo, e pelo fato que o mesmo não era utilizado até então para este fim. Em relação à sétima pergunta ao ser questionado sobre o que esta sendo feito para que isso não ocorresse mais, a resposta obtida foi que, para os próximos meses estaria entrando em prática um novo sistema gerencial contratado, com isso trabalhando da forma mais correta para o devido controle de seus estoques, também será fornecido treinamento para os funcionários juntamente com os gerentes, com esse novo sistema gerencial, estamos pretendendo colocar em prática o conceito do Just In Time, proporcionando os produtos na hora, no local e no tempo certo. Citando Martins, (at.al, 1999) apresentado no capítulo 2 o JIT hoje, é mais que uma filosofia gerencial, procura não somente eliminar os desperdícios mas também colocar o componente certo, no lugar e na hora certa, as partes são produzidas a tempo de atenderem as necessidades de produção, ao invés da abordagem tradicional de só produzir nos casos que sejam necessárias. O JIT leva estoques a custos menores, mais baixos e melhor qualidade do que os sistemas convencionais. Ao ser questionado na oitava questão sobre sua opinião que um bom controle de estoques pode ocasionar melhorias nas vendas da empresa e no setor de compras, o entrevistado respondeu que sim, pois com um controle de estoques adequado não faltarão nem sobrarão mais estoques, com isso o setor de vendas não ficará sem materiais para ser comercializado, juntamente com o setor de compra que não ficam com o estoque sobrecarregado. Citando Dias (1995), no capítulo 2 compras é um segmento essencial do departamento de materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais e serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar, o que foi comprado e providenciar o armazenamento. Portanto, compras é uma operação essencial entre as áreas que compõem o processo de suprimento. Ao ser entrevistado na nona questão sobre as principais dificuldades enfrentadas no gerenciamento de seus estoques, o mesmo respondeu que, a principal dificuldade encontrada é a falta de profissionais capacitados e com experiência para tal finalidade, o mesmo relatou também que o sistema operacional utilizado não atendia as necessidades da empresa. 35 Quando foi perguntado se estava sendo feita alguma coisa a respeito para a melhoria da resposta acima, o entrevistado relatou, estava sendo controlada uma pessoa capacitada e com experiência no setor, juntamente com treinamento aos funcionários que já lá estavam inseridos. Citando MAIA (2012), no capítulo 2 o responsável pelo gerenciamento do estoque precisa ser antes de qualquer coisa, uma pessoa organizada e confiável. Deve também ter conhecimentos sobre técnicas de classificação de estoques, curva ABC, reposição de produtos, organização de almoxarifados, entre outros atributos. “O responsável pelo estoque é como o guardião de um cofre. Afinal estoque é dinheiro”. 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS Partindo da pergunta problema “Qual a importância de um controle de estoques em pequenas empresas familiares?”, pode-se considerá-la como respondida, pois, a importância da gestão de estoques não somente para uma empresa do ramo de autopeças familiar, mas, também para a maioria das pequenas e médias empresas pode ser percebida, não somente pelas respostas obtidas do entrevistado, mas também pelo que os autores citados no capítulo 2 deste trabalho trazem a respeito do assunto em questão. Considerando também os objetivos específicos relacionados no trabalho, podemos considera-los como atingidos, pois, assim como passamos a revivê-los a seguir: Quanto a Levantar se a empresa tem ou não controle de seus estoques, a resposta do entrevistado foi que NÃO, a empresa não faz o controle de seus estoques; Para SANTOS (2012) a empresa deverá ter o máximo de cuidado com o seu estoque de mercadorias, pois é nele que há o desvio ou o furto de mercadoria gerando para empresa prejuízos incalculáveis; e é por este motivo e também para manter o estoque em dia com as necessidades do mercado para poder haver vendas diariamente sem que haja falta de mercadorias. Quanto à quais as ferramentas utilizadas, o entrevistado responde que se utiliza de um Sistema Gerencial, para tal controle o qual ele considera que fosse uma ferramenta. Talvez por não conhecer ferramentas de controle de estoques como kanban, Just In Time o entrevistado responda que o uso do sistema gerencial é utilizado como ferramenta de controle de estoques. Quanto a apurar quais são as dificuldades encontradas em relação aos seus estoques obteve que as dificuldades encontradas é a falta de profissionais capacitados para tal finalidade De acordo com MAIA (2012), o responsável pelo gerenciamento do estoque precisa ser antes de qualquer coisa, uma pessoa organizada e confiável. 37 Quanto o casode não ter controle de seus estoques e o que estão fazendo para melhorar, o entrevistado respondeu que foi contratado um novo sistema, mais moderno e eficaz, e ainda relatou que optou pela mudança, pois atende melhor as necessidades da empresa. Quanto ao levantar a existência de perda de materiais e suas possíveis causas, a resposta obtida foi que sim, essa perda e gerada na grande maioria por mau controle de seus estoques, com o excesso de produtos estocados, perdas por quebras por mau uso. Seguindo Ballou (1995), que coloca que a armazenagem de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Pois seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da empresa. Portanto, pode se dizer que o controle de estoques em micro e pequenas empresas, principalmente as familiares, hoje é praticamente impossível sobrevive-los sem eles, então cabe aos gestores dessas empresas se adequarem as novas tecnologias e se esforçarem para garantir uma administração eficiente e eficaz. 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADRIANA, Chaves, jornal novo varejo, Ed 214, 19 setembro 2012 p40. ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos- Logística empresarial – 5º Ed- São Paulo: Bookman, 2006. BALLOU, Ronald. Logística empresarial: Transportes, administração de materiais e Distribuição física. São Paulo: Atlas, 1995. BERTAGLIA, Paulo. Logística: E gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. COSTA, Fabio; Introdução á administração de materiais em sistemas informatizados. Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/6582816/26/%E2%80%93-Sistema-de- Controle-de-Estoque-Informatizado >.Acessado em: 27.ago.2012. DIAS, Marco Aurélio P, Administração de Materiais- Ed compacta 4º Ed- São Paulo: Atlas, 1995. DIAS, Marco Aurélio P, Administração de Materiais- Uma Abordagem Logística 4º Ed- São Paulo: Atlas, 1993. GAITHER, N.; FRAIZER, G. Administração da produção e Operações – 8ª Ed – São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. GALVÃO, Prof. Sergio Lima, Administração de Materiais. Disponível em: http://www.portaladm.adm.br/AM/AM16.htm. Acesso em 02/09/ 2012. GIL, Antônio C. “Como elaborar projetos de pesquisa.” 3ª Ed. São Paulo. Atlas, 1996. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. MAIA, Prof. Afrânio, Miglioli, jornal novo varejo, Ed 214, 19 setembro 2012 p40. MARTINS, Petrônio G., LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. São Paulo: Editora Saraiva, 1999. OLIVEIRA, Silvio Luiz de Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 1999. SANTOS, Francisco, de Assis; Como gerir uma empresa familiar. Disponível em: http://www.pesquisedireito.com/artigos/diversos/como-gerir-uma-empr-familiar. Acesso em: 25/09/ 2012. 39 SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. São Paulo: Editora Atlas, 2009. 40 APÊNDICES APÊNDICE I-QUESTIONÁRIO 1. A empresa possui controle de seus estoques? 2. É utilizado algum sistema gerencial para controle de estoque? 3. O que está sendo feito para melhorar o controle de estoque? 4. O local de armazenagem da empresa é apropriado para seus produtos? Como é feita essa divisão? 5. Existe perda de material em seu estoque? 6. Em sua opinião, essa perda é causada pelo que? 7. Em sua opinião que pode ser feito para que isso não ocorra mais? 8. Você acha que um bom controle de estoque pode ocasionar melhorias nas vendas e nas Compras? Por quê? 9. Quais as principais dificuldades enfrentadas no gerenciamento de estoque? E o que está sendo feito para melhorar esta questão? 10. A empresa tem intenção de controlar seus estoques num futuro próximo?
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