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Resumo de Fundamentos de Enfermagem

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Resumo: Fundamentos e tecnologias do cuidar em Enfermagem I
Biossegurança: busca prevenir, controlar, reduzir ou eliminar possíveis contaminações
 Precaução padrão: Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções.
Higienização das mãos: lave com água e sabonete ou friccione as mãos com álcool a 70% (se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções.
Uso de luvas: apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o paciente e retire-as logo após o uso.
Uso de óculos, máscara e/ou avental: quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais.
Caixa perfuro-cortante: descarte seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las.
 Precaução por transmissão: Devem ser seguidas em caso de infecção ou colonização por microrganismo multirresistente, varicela, infecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido, etc.
Precaução padrão.
Restrições: equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do paciente. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.
 Precauções para Gotículas: Indicados para meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, etc.
Precaução padrão.
Transporte: deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.
Restrições: Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.
 Precauções para Aerossóis:
Precaução padrão.
Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no quarto. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo.
Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose.
Transporte: deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.
Unidade do paciente: Busca proporcionar ao paciente um ambiente próprio a sua rápida e eficiente recuperação, mantendo o ambiente organizado. 
 Unidade do paciente:É o conjunto de espaços e móveis destinados a cada paciente: seus componentes podem diferir de hospital para hospital, mas basicamente, consta de: cama com colchão; mesa de cabeceira equipada com os pertences do paciente; uma cadeira; campainha; mesa de refeição; escadinha, saída de oxigênio (verde), saída de ar comprimido (cinza) e Vácuo (amarelo).
 Unidade de internação: É o conjunto de elementos destinados a acomodações do paciente internado e que englobam facilidades adequadas à prestação de cuidados necessários a uma assistência de qualidade.
 Áreas físicas: 
Áreas críticas: Área na qual existe risco aumentado para desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução de procedimentos de risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos.
Áreas semicríticas: Área na qual existe risco moderado a baixo para o desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução atividades assistenciais não invasivas em pacientes não-críticos, ocupação por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e não infecciosas. 
Áreas não críticas: Áreas não ocupadas por pacientes, onde não se realizam procedimentos de risco e com menor número de microorganismos.
 Limpeza da unidade do paciente: busca promover conforto, segurança e bem-estar ao paciente; remover microorganismos; Evitar infecção cruzada; Manter a unidade com aspecto limpo e agradável.
Limpeza diária ou concorrente: Entende-se por limpeza concorrente o processo de higienização realizado diariamente em diferentes dependências do hospital: unidade do paciente, piso de quartos e enfermarias, corredores, saguões, instalações sanitárias, áreas administrativas entre outras. A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o dia, pois há acúmulo de partículas existentes no ar ou pela movimentação de pessoas; A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita no período da manhã, durante a higiene do paciente.
Limpeza ou desinfecção Terminal: Entende-se por limpeza terminal a higienização completa das áreas do hospital e, às vezes, a desinfecção para a diminuição da sujidade e redução da população microbiana. A periodicidade depende da área onde a limpeza é realizada, sendo que em quartos e enfermarias, ocorre após a alta, transferência, óbitos ou longa permanência do paciente, ou também pode ser realizada de acordo com uma rotina pré-estabelecida, habitualmente, uma vez por semana ou quando necessário. 
Processamento de resíduos em serviços de saúde:
Grupo A: resíduos biológicos;
Grupo B: resíduos químicos;
Grupo C: rejeitos radioativos;
Grupo D: resíduos comuns;
Grupo E: resíduos perfuro cortantes.
O enfermeiro na manutenção da segurança no ambiente de trabalho: Atuam dentro das organizações tanto no sentido de oferecer cuidados, como principalmente contribuir na prevenção de acidentes de trabalho e doenças laborais o papel do enfermeiro do trabalho tem sido considerado indispensável, uma vez que sua atuação abrange desde a prevenção de doenças laborais e acidentes até o acompanhamento dos que precisam no processo de restabelecimento da saúde
Higienização das mãos: deve ocorrer basicamente nos cinco momentos propostos
Segundo a OMS: Antes do contato com o paciente; Antes da realização de procedimento asséptico; Após a exposição a fluidos corporais; Após o contato com o paciente; Após o contato com ambiente próximo ao paciente.
 Além disso: Entre um paciente e outro; Entre um procedimento e outro no mesmo paciente; Após contato com superfície contaminada; Após a retirada de luvas; Antes de entrar em contato com alimento; Após sair do banheiro.
Sinais Vitais: é um conjunto de observações e monitorações uteis no diagnóstico e acompanhamento da evolução e das condições clínicas do paciente. Assim, eles servem para a coleta de dados e avaliação das condições de saúde da pessoa, instrumentalizando o enfermeiro na tomada de decisões específicas. 
Princípios para aferir os sinais vitais: conhecer a variação normal; conhecer a história clínica do paciente, tratamento e medicamento em uso; controle de fatores ambientais; certificar o equipamento; realizar uma abordagem sistemática e organizada; comunicar e confirmar as alterações.
Quando deve ser usado:
Avaliação intermitente: pós-operatório; evolução na enfermara ou UTI; durante anestesia ou recuperação; antes e após uso de medicamentos; durante procedimento de risco; paciente em estado grave ou instável.
Avaliação inicial ou isolada: na admissão do paciente; consulta de enfermagem; visita a unidade de saúde; visita domiciliar; medida inicial para referencia de base; piora aguda ou intercorrência; antes de qualquer procedimento de risco.
Ainda: sempre que o paciente manifestar quaisquer sintomas inespecíficos de desconforto físico; antes e durante a aplicação de hemocomponentes; uma vez ao dia pelo menos quando o paciente estiver internado; conforme a prescrição.
 Temperatura corporal: é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado pelo centro termorregulador. 
Valores de referência:
Axilar: 35,5°C a 36,9°C
Oral: 36°C a 37,3°C
Retal: 36°C a 37,5°C
Timpânica: 36°C a 37,7°C 
Variações anormais de temperatura:
Hipotermia: abaixo de 35,5°C
Afebril ou normotermia: 35,5°C a 36,9°C
Subfebril: 37°C a 37,7°C
Febre: acima de 37,8°C (moderada = 38 a 39°C / alta = acima d 39°C)
Hipertermia ou febre muitoalta/; acima de 40°C
Materiais usados: AXILAR e ORAL
Termômetro: para checar a temperatura; o bulbo deve estar em contato direto com a pele ou mucosa. Deixar por 5 min, ou até que emita sinal sonoro. 
Recipiente com algodão: para fazer a assepsia 
Alcool a 70%: para fazer a assepsia 
Recipiente para o material usado: para descartar 
Papel toalha: usado para enxugar a axila do paciente (axilar)
RETAL: adiciona-se um lubrificante, cuba rim, pacotes de gaze, luvas de procedimento. Nesse caso, o ambiente deve ser privativo, a posição é específica (de sims).
Fatores que influenciam na variação de temperatura: idade, exercício, influencias hormonais, ritmo circadiano, estresse, ambiente, fatores patológicos.
 Frequência cardíaca: 
Pulso: é o limite palpável de fluxo de sangue percebido em vários pontos do corpo, sendo um indicador do estado circulatório. Pode ser verificado nas artérias: radial, braquial, femoral, pediosa, temporal, carótida, e poplítea. O pulso apical é medido com o estetoscópio.
Limites normais: 
Recém-nascidos (100 a 150 bpm); 
Lactantes (80 a 140 bpm); 
Crianças (80 a 130 bpm); 
Pré-escolares (70 a 120 bpm);
Escolares (70 a 110 bpm); 
Adolescentes (60 a 90 bpm); 
Adultos (60 a 100 bpm).
Taquicardia: Elevada. Acima de 100 bpm
Bradicardia: Abaixo de 60 bpm
Fatores que influenciam: 
Aumentando: Exercícios, febre, ansiedade, dor aguda, hemorragia e calor. 
Diminuindo: A posição deitada e uma dor intensa não aliviada
Ambos: O uso de dorgas podem aumentar ou diminuir. 
 Frequência respiratória: 
Respiração interna: troca de oxigênio e de dióxido de carbono entre o sangue e as células do organismo.
Respiração externa: movimento de ar entre o ambiente e os pulmões 
Ventilação: é composta pela inalação ou inspiração e a exalação ou expiração.
Inspiração: é um movimento ativo, onde ocorre a contração de músculos torácicos e abaixamento do diafragma. Portando, há o aumento da caixa torácica e o ar entra.
Expiração: é um movimento passivo, onde ocorre o relaxamento dos músculos intercostais e elevação do diafragma. Portanto, os pulmões voltam ao volume inicial, diminuição da caixa torácica e há a expulsão de ar.
Valores normais:
Recém-nascidos: 35 a 55 irpm
Lactantes: 30 a 50 irpm
Crianças: 25 a 35 irpm 
Pré-escolares e escolares: 20 a 30 irpm 
Adolescentes: 16 a 20 irpm 
Adultos:12 a 20 irpm
Tipo de respiração:
Apnéia: ausência periódica de respiração
Bradpneia: respiração lenta e regular de igual profundidade
Eupnéia: ritmo e frequência normais
Taquipnéia: respiração rápida
Hiperpnéia: respiração com maior esforço e profundidade
Ortpnéia: respiração facilitada na posição vertical
Dispnéia: sensação subjetiva relatada pelo paciente de falta de ar, ou percebida pelo profissional.
Principais alterações da função respiratória: 
Hiperventilação: pode ser induzida pela ansiedade, esforço intenso, lesões ou infecções do centro respiratório, febre e estímulos químicos. Causando falta de ar, dor torácica, vertigem, diminuição da capacidade de concentração, parestesias, dormência, desorientação.
Hipoventilação: resulta no aumento de CO2 devido a mecanismos fisiopatológicos, administração excessiva de medicamentos, traumatismo no tronco cerebral ou atelectasia maciça. Causando tonturas, cefaleia, sonolência, desorientação, arritmia, convulsões, estado de coma ou até mesmo parada cardíaca.
Hipóxia: é resultado da diminuição da concentração de O2, do nível de hemoglobina, incapacidade dos tecidos de absorver o O2. Causando cianose, palidez, dispneia, desânimo, aumento da PA, apreensão e ansiedade, fadiga, tontura, aumento da frequência cardíaca, aumento da frequência respiratória, baixo nível de consciência.
Fatores que afetam a respiração: estado de saúde do paciente, idade, modo de vida, fatores ambientais.
 Pressão arterial: é a força exercida pelo sangue no interior das artérias.
Pressão máxima: ocorre durante a sístole (contração)
Pressão mínima: ocorre durante a dástole (relaxamento)
Padrão da PA: 
Ótima: máx. maior que 120 mmHg, e mín. maior que 80 mmHg
Normal: máx. maior que 130 mmHg, e mín. maior que 85 mmHg
Limítrofe: máx. 130-139 mmHg, e mín. 85-89 mmHg
Hipetensão estágio I: máx. 140-159 mmHg, e mín. 90-99 mmHg
Hipertensão estágio II: máx.160-179 mmHg, e mín. 100-109 mmHg
Hipetensão estágio III: máx. menor ou igual a 180 mmHg e mín. menor ou igual 110 mmHg
Hipetensão sistólica isolada: máx. menor ou igual 140 mmHg, e mín. maior 90 mmHg
Fatores que alteram a PA: Idade, estresse, ansiedade, etnia, sexo, variação diária, medicamentos, atividade, peso e tabagismo.
 Dor: é um fenômeno multifatorial, que envolve aspectos orgânicos e psicossociais. 
Aguda: deve ser interpretada como um sinal de alerta ou de defesa. Tem curta duração
Crônica: é a dor de longa duração, que excede o tempo de 6 meses, mesmo com o tratamento. 
Caracterização da dor: Localização, intensidade, tipo, extensão, início e evolução, fatores de piora e disfunção.
 Saturação de oxigênio: é o nível de oxigênio mensurado com um oxímetro. 
Registros de Enfermagem/ coleta de dados diretos indiretos: devem ser claros, conciso, objetivo, atual, organizado e legível.
Transporte e mobilização mecânica corporal:
A mecânica refere-se a fomra como usamos o corpo, é ela que nos devemos usar a nosso favor e ensinar ao paciente. Isso porque o repouso continuado no leito pode levar a mudanças metabólicas, distúrbios gastrointestinais, redução da reabsorção de Ca, alterações respiratórias, cardiovasculares, musculo-esqueléticas, tegumentar e na eliminação urinária.
Postura profissional: consiste em manter o peso do paciente mais próximo do corpo possível, colocando o peso do mesmo plano ao de quem levanta e próximo ao centro de gravidade para favorecer o equilíbrio. Quanto maior a base de apoio e o eixo de gravidade, maior a estabilidade.
Princípios da mobilização: conferir a capacidade física do paciente, avaliando o seu grau de resistência e o nível de fadiga, dor ou fatores neurológicos.
Posições do paciente: 
Decúbito dorsal: barriga pra cima 
Decúbito ventral: barriga pra baixo
Decúbito lateral direito ou esquerdo: de lado
Fowler: de barriga pra cima com as costas levantadas em diferentes angulações
Sims: bunda empinada de lado
Trendelemberg: perna pra cima
Alinhamento corporal: são usados para auxiliar em vários objetivos
Contenção: usada para garantir a integridade do paciente e de toda a equipe.
Modelo Teórico das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta: 
Teoria Científica: é definida como um conjunto de conceitos, definições e hipóteses ou proposições sistematizadas que explicam determinado fenômeno. Assim, a teoria de enfermagem constitui-se como importante guia de ação, um guia para coleta de dados, um guia na busca de novos conhecimentos e que explica a natureza da ciência/arte de cuidar. Nesse sentido, são os conteúdos das Teorias de Enfermagem, que representam o saber dos enfermeiros.
As necessidades humanas básicas de Wanda Horta: o ser humano é um agente de mudança, e por isso ele é responsável pelo equilíbrio e desequilíbrio do ambiente. Os desequilíbrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensão consciente e inconsciente que o levam a buscar uma forma de equilíbrio dinâmico no tempo e espaço (saúde). Quando essas necessidades não são atendidas ou são atendidas inadequadamente trazem um desconforto e evoluem para a doença.
Conceitos: 
Enfermagem: é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e de torna-lo independente desta assistência quando possível através do ensino do autocuidado, de recuperar manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais.
Assistir em enfermagem: é fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si mesmo, ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se auto cuidar, orientar ou ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais.
Função específica do enfermeiro: Assistir o serhumano no atendimento de suas necessidades básicas e ensinar o autocuidado.
Função social: Ensino, pesquisa, administração, responsabilidade legal, participação na associação de classe.
Função de Interdependência: Manter, promover e recuperar a saúde.
Hierarquização dos níveis de necessidade: Necessidades psicobiologicas necessidades psicossociais necessidades psicoespirituais 
Psicobiologicas: oxigenação, nutrição, eliminação, sono e repouso exercício e atividade física, sexualidade, abrigo, ambiente, mecânica corporal, motilidade, integridade cutâneo mucosa, integridade física, regulação térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, de crescimento celular, vascular, locomoção, percepção, olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa e dolorosa.
Psicossociais: segurança, amor, liberdade, participação, comunicação, criatividade, conhecimento/aprendizagem, gregária, recreação, lazer, orientação no tempo e espaço, atenção, aceitação, autor realização, autoestima e autoimagem
Psicoespirituais: religiosa ou teológica; ética ou de filosofia de vida.
Processo de Enfermagem: 
SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem
1° Etapa – Investigação: Histórico de enfermagem (Coleta de Dados, Exame Físico, documentação)
Dados primários: coletados diretamente do cliente, por meio da anamnese e do exame físico.
Dados secundários: obtidos por outras fontes como, por exemplo, familiares, amigos, prontuários de saúde, registro de outros profissionais da equipe multidisciplinar, resultados de exames laboratoriais.
Dados subjetivos: São aqueles que são descritos (percepções, sentimentos, sensações, ideias)
Dados objetivos: São aqueles observáveis e mensuráveis pelo entrevistador. As informações são obtidas por meio dos sentidos. Incluem ritmo respiratório, pressão sanguínea, peso, textura da pele.
Dados históricos: São as informações acerca de eventos ocorridos antes do presente, inclui hospitalizações anteriores, padrão de eliminação, doenças crônicas.
Dados atuais: São os acontecimentos atuais (dor pós operatória, vômitos, apetite).
2° Etapa - Diagnóstico de Enfermagem: É a identificação das necessidades básicas do ser humano que precisam de atendimento e, a determinação do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão. O diagnóstico comporta duas dimensões identificar as necessidades e determinar o grau de dependência.
Real: descrevem respostas humanas que existem de fato
De risco: descrevem respostas humanas que podem desenvolver-se
De bem-estar: descreve respostas humanas a níveis de bem-estar, que têm potencial de aumento para um estado mais alto
3° Etapa – Planejamento: Prescrição. É a fase do processo de enfermagem que envolve o desenvolvimento de estratégias, criadas para reforçar reações saudáveis do indivíduo ou da comunidade, para prevenir, minimizar ou corrigir reações não saudáveis identificadas no diagnóstico de enfermagem. 
4° Etapa – Implementação: Refere-se à execução do plano de cuidados. 
5° Etapa – Avaliação: O propósito da avaliação é determinar se os objetivos fixados foram alcançados tanto no tempo como nos dados especificados. Faz-se uma revisão dos objetivos, e determina o procedimento ou critério a ser medido. Ao realizar a avaliação diária, o enfermeiro irá detectando os cuidados que devem ser mantidos, os que devem ser modificados e os que já podem ser finalizados, ou seja aqueles que já supriram as necessidades dos clientes.
Fisiologia do aparelho respiratório:
 Perfusão: é o fluxo de sangue na circulação pulmonar disponível para realizar a troca gasosa. 
 Difusão: É a passagem do ar alveolar através da membrana alvéolo-capilar. É o movimento das moléculas de uma área de alta concentração para uma área de baixa concentração.
Fatores que afetam a oxigenação: 
 Fisiológicos: diminuição da capacidade de transportar O2 (anemia, choque por sangramento); diminuição do O2 inspirado (grandes altitudes, obstrução das vias aéreas; oxigenoterapia incorreta; diminuição do débito cardíaco (insuficiência do ventrículo esquerdo); aumento do metabolismo (diabetes, febre e gravidez); Obesidade; Anomalias anatômicas do tórax ou da coluna vertebral; Traumatismo da parede do tórax; Miopatias; Doenças crônicas; Lesões do sistema nervoso central; Doenças do sistema nervoso
 Do Desenvolvimento: crianças e idosos
 Estilo de vida: Alimentação inadequada resultando em obesidade ou desnutrição/anemia; Exercícios físicos aumentam a oxigenação quando praticados com regularidade; Consumo de cigarros doenças do aparelho respiratório e cardiovascular; Ansiedade aumento da necessidade de O2 ; aumento da frequência e da profundidade dos movimentos respiratórios.
 Ambientais: Substâncias poluentes contidas no ar; Grandes altitudes, levam à diminuição da oxigenação até que o organismo se adapte à pressão atmosférica mais baixa pela necessidade de gradiente de pressão entre a atmosfera e os alvéolos.
Oxigenoterapia: consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior a encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar a deficiência de oxigênio. Aplicados a situações clinicas e crônicas.
 Indicações: Respiração ruidosa; Taquicardia; Batimentos de asa do nariz, Utilização da musculatura acessória; Cianose; Crise de asma brônquica; Fadiga respiratória; Saturação de oxigênio reduzida.
 Formas de administração: 
Sistemas de baixo fluxo: 
Cateter nasal: Introduzido na cavidade nasal distância comprimento entre o nariz e o lóbulo da orelha; removido e substituído a cada 8 horas; Fluxo 1 a 6 L/min.
Cateter tipo óculos: Não há risco de reinalação de CO2; Confortável por longos períodos; Não impede alimentação e fala; fluxo 1 a 6 L/min; Irritação de mucosa nasal.
Máscara facial simples ou macro: Abrange nariz e boca, fluxo 5 a 10L/min.
Máscara facial com reservatório: máscara acoplada a uma bolsa inflável; o fluxo 6 a 10L/min.
Sistema de alto fluxo:
Máscara de venturi: entrega um fluxo ≥ demanda ventilatória; fluxo 4 a 12L/min; reinalação de CO2 não é problema, pois tem orifício de saída no corpo da máscara; necessidade de umidificação nasofaringe não umidifica alto fluxos – O2 entregue diretamente na traqueia.
Sistema de umidificação: Deve manter o umidificador sempre com água até a marca no mínimo de 2/3 de sua capacidade. A água usada no umidificador deve ser esterilizada e deve ser trocada diariamente, realizando a limpeza do recipiente.
Assistência de enfermagem: Observação sistemática do paciente; troca de decúbito; Higiene, principalmente a oral; observar rigorosamente a quantidade de litros de oxigênio prescrito, a sua aplicação e alteração significativa da respiração; Coloração da pele do paciente; presença de tosse e escarro; avaliar o estado geral do paciente, registrar e interferir com ações de enfermagem e comunicar ao médico.
Cuidados de enfermagem: Utilizar a oxigenoterapia somente quando necessário; colocar o cilindro de oxigênio 1,5 metros distantes de fonte elétrica; não fumar perto do cilindro de oxigênio; usar roupas de algodão; extintore sempre perto; para maior segurança do doente e funcionários usar o oxigênio canalizado; o oxigênio em cilindro deve ser amarrado em carrinhos seguros, evitar quedas e esforço físico, e evitar acidentes.
Observações: O cateter nasal tipo óculos deve ser trocado a cada 24 horas; A mascara tipo Venturi e a máscara facial com reservatório e fornecer concentrações de O2 mais elevadas; A máscara facial simples é utilizada na oxigenoterapia a curto prazo; O intermediário é acoplado ao umidificador e à máscara ou cateter, com a finalidade de prolongar o espaço entre estes dois. Deve ser realizado a limpeza periodicamente e pode ser reutilizado desde que sofra esterilização.
Nebulização: A nebulização consiste em acrescentar ao ar inspirado pequenas gotículas de vapor de água ou paroculas de medicamentos através de um gás sob pressão. A finalidade deste tratamento é melhorar a eliminação das secreções pulmonares pela alteração da mucosa traqueobrônquica. Por issoa nebulização é usada na administração de substâncias broncodilatadoras ou mucolíticas.
 Indicações: tratamento de doenças do sistema respiratório; diminui a toxicidade da via oral; ação rápida.
Aspiração: Remoção de secreções por meio de sucção das vias aéreas inferiores e superiores, evitando infecções e garantindo a saturação na oximetria e de concentração de gás carbônico. E é usado para coletar secreção traqueal para fins diagnósticos.
 Indicações: Paciente intubado (a presença da cânula de intubação impede que o paciente faça o mecanismo normal de limpeza das vias aéreas ao tossir); paciente em coma neurológico com perda parcial dos reflexos da tosse; paciente portador de doença pulmonar que desenvolve acúmulo de secreção.
 Riscos associados: Arritmias, microatelectasias, hipoxemia, queda da saturação de oxigênio, bradicardias, taquicardia, broncoespasmos, hipertensão arterial. Aumento da pressão intracraniana, infecções, ansiedade, cianose, broncoconstrição, parada cardíaca, irritação da mucosa nasofaríngea (podendo causar edema).
 Sistemas de aspiração: 
Aberto: a cada aspiração usa-se um novo cateter, desconectando o paciente do ventilador para realizar o procedimento.
Fechado: usa-se o mesmo cateter, mantido e protegido por uma bainha plástica. Nesse caso não desconecta o paciente do ventilador.
Cuidados de enfermagem: Sem aplicar aspiração, introduzir delicadamente o cateter pré-medido em uma das narinas e avançar ao longo do assoalho da cavidade nasal. Se sentir resistência, tracionar a sonda mais ou menos 1 cm; Aspirar e girar delicadamente o cateter enquanto o retira. NÃO ASPIRAR POR MAIS QUE 10 a 15 SEGUNDOS!! Irrigar o cateter com água ou soro fisiológico estéril; repetir a aspiração quando necessário ou conforme tolerância do paciente, permitindo um intervalo de 30 segundos entre cada aspiração. As narinas devem ser alternadas quando é necessário aspirar repetidamente; Lavar o látex entre o vácuo e a sonda de aspiração.
Cateterismo Nasogástrico: Usado para drenar o conteúdo gástrico para descompressão, realizar lavagem do estômago, avaliação e controle de hemorragias digestivas, irrigação e coleta de material gástrico para exame.
 Indicações: descompressão gástrica, remoção de gás e líquidos, diagnóstico de mobilidade intestinal, obtenção de conteúdo gástrico para análise, preparo pré-operatório, lavagem gástrica. A Sonda Nasogástrica pode ainda servir de terapia tópica para aliviar o desconforto abdominal quando causadas por gases ou líquidos, para a lavagem gástrica, que é a remoção de substâncias, tóxicas como a administração incorreta de medicamentos, acidentes com a ingesta imprópria de produtos, ou mesmo para o esvaziamento gástrico como preparação para procedimentos clínicos ou cirúrgicos, ainda para a infusão de substâncias marcadoras ou reativas em exames clínicos.
Sonda Nasogástrica Aberta: Quando o objetivo é drenar líquidos intra-gástrico. 
Sonda Nasogástrica Fechada: Utilizada com finalidade de alimentação, quando por alguma razão o paciente não pode utilizar a boca no processo de digestão.
Cateterismo Nasoentérico: Obter via de acesso para nutrição enteral. Garantir nutrição e hidratação adequada para aqueles pacientes que não possuem condição de deglutir.
 Indicações: para pacientes impossibilitados de deglutir. Administração de medicamentos; Alimentação enteral; Problemas gastrintestinais com a dieta alimentar normal; Presença de neoplasias (tumores) de boca; Presença de neoplasias (tumores) de garganta; Terapias para o câncer (neoplasias); Cuidados na convalescença; Condições hipermetabólicas; Paralisia Orofaríngea/esofagiana; Cirurgia maxilofacial ou cervical.
Gastrotomia: é uma abertura na parede do estomago através de uma incisão abdominal para a obtenção de acesso e exploração do seu interior.
 Indicações: Explorar sangramentos no trato gastrointestinal, realizar biopsia do tecido, remover leões gástricas, retirada de corpos estranhos.
Jejunostomia: é uma operação que consiste em criar uma boca no jejuno para alimentar o paciente com retração do estômago. Através da jejunostomia, se pratica uma abertura artificial, através da parede abdominal, no jejuno.
 Indicações: Via de acesso a nutrição enteral, nas situações de impedimento da utilização das porções altas do tubo digestivo, como nos processos estenosantes do esôfago e do estômago, interrupção alimentar temporária do esôfago após operações extensas sobre os mesmos, descompressão luminal, após a correção cirúrgica de traumatismos que envolvem o confluente biliopancreático-duodenal, recuperação de fístulas de portadores de deiscências em anastomoses gastrintestinais. Tumores gástricos inextirpáveis, carcinoma de esôfago, proteção de suturas gastrintestinais, pancreatite aguda necro-hemorrágica. Opção para a nutrição enteral dependendo da doença e do planejamento operatório. Em pacientes com estenose inflamatória ou neoplásica do esôfago pode-se optar pela jejunostomia em função da possibilidade de utilização do estômago como substituto esofagiano.
Cateterismo Vesical: consiste na introdução de um tubo na bexiga, através da uretra, para o esvaziamento momentâneo da urina. É um procedimento invasivo.
 Indicações: pacientes que não conseguem urinar após 8-12 horas depois de uma cirurgia, paciente com retenção urinária pós trauma; para obtenção de amostra de urina estéril; tratamento de pacientes com lesão na medula; lavagem e irrigação da bexiga; pacientes submetidos a cirurgia de uretra ou das estruturas vizinhas; na presença de obstáculos para urinar; evitar constante umidade do paciente com incontinência. 
 Cateterismo de demora: Sonda vesical de demora é usado quando é necessário que o paciente permaneça com ela longos períodos na bexiga, para controlar o volume urinário, possibilitar a eliminação da urina em pacientes imobilizados, inconscientes ou com obstrução, em pós-operatório de cirurgias urológicas.
 Cateterismo de alívio: Tem por finalidade aliviar a distensão da bexiga, obstrução do trato urinário, retenção urinária ou infecção por paralisia neurogênica de bexiga, monitorização rigorosa do débito urinário, preparar para as cirurgias principalmente abdominais, promover drenagem continua ou intermitente e auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário.
Lavagem Vesical: É a instalação de uma solução para a lavagem contínua da bexiga. Para isso é necessário que o paciente esteja com o cateter de 3 vias. Por que uma via é para drenar a urina, a outra para insuflar o balão, e a terceira para a irrigação contínua.
 Indicações: para prevenir obstruções do trato urinário, removendo coágulos e fragmentos pos-cirurgicos. Introduzir soluções de tratamento de inflamações, irritações na bexiga como também medicações anti-neoplasicas.
Lavagem intestinal: é um procedimento onde se efetua a limpeza das vísceras (intestino grosso) com o objetivo de promover a retirada de resíduos fecais, os quais são fontes de processos intoxicativos do corpo. Promovendo o esvaziamento intestinal para a realização de procedimento diagnóstico ou cirúrgico; evitar distensão abdominal.
Colostomia: é um procedimento cirúrgico que consiste em fazer-se uma abertura na parede abdominal (estoma), temporária ou permanente, e ligar nela uma terminação do intestino, pela qual as fezes e gases passam a ser eliminados. A este estoma acopla-se uma bolsa adesiva, coletora dos produtos intestinais.
Indicações: geralmente tem de ser feita quando há obstruções transitórias ou permanentes do cólon terminal ocasionadas por imperfuração anal, neoplasias, processos inflamatórios, corpos estranhos introduzidos no reto, amputação do reto, fístulas retovaginais, perfurações cólicas, lesões extensas ao redor do ânus ou como paliativo nos casos de neoplasia obstrutiva inoperável. O paciente deve estar ou ser hospitalizado. Sob anestesia geral é feita uma incisão no abdome, à qual o tecido sadio do intestino é preso, constituindo assim um orifício por onde as fezes e os gases passam a serem eliminados, sendo colhidospor uma bolsa adesiva, posicionada em torno dessa abertura e que deve ser esvaziada periodicamente. Atualmente, já existem dispositivos que filtram o volume e odor de gases.
Citostomia: formação de uma abertura temporária ou definitiva na bexiga, us. freq. no passado em casos de retenção urinária.
 Indicações: obstrução de colo vesical, estenose de uretra, pós-uretroplasia, drenagem de infecções vesicais graves, impossibilidade de sondagem ou cateterismo, pos-citoplasias, traumatismos vesicais ou uretrais, com ruptura do trato urinário.
Cuidados de enfermagem: A bolsa coletora deve ser esvaziada a cada 4 ou 6 horas. Deve-se observar a quantidade de material drenado com constância e não permitir que seja preenchida além da sua metade. O preenchimento além desse limite coloca em risco a integridade do Estoma, ocasionando lesões e grande risco de infecção.

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