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PR CoCO Maturação e Ativação de Linfócitos T RESUMO C O N T E Ú D O T R A N S C R I T O D E : I M U N O L O G I A C E L U L A R E M O L E C U L A R , 7 ª E D I Ç Ã O . A B U L K . A B B A S Página 1 DESENVOLVIMENTO DE LINFÓCITOS Os linfócitos B e T originam-se de um percussor comum derivado da medula óssea, que se compromete com a linhagem linfocitária. A maturação das células B prossegue na medula óssea, enquanto os progenitores iniciais das células T migram para o timo, onde completam a sua maturação. A maturação inicial caracteriza-se por proliferação celular induzida por citocinas, principalmente a IL-7, levando a uma expansão do número de linfócitos que acabaram de se comprometer com linhagens individuais. Os sinais extracelulares induzem a ativação de fatores de transcrição, que estimulam a expressão de genes específicos de linhagem e abrem loci gênicos de receptores de antígenos específicos no nível de acessibilidade da cromatina. O desenvolvimento das células B e T envolve o rearranjo somático de segmentos gênicos dos receptores de antígenos e a expressão inicial da proteína mu da cadeia pesada das Igs nos percussores das células B e moléculas beta do TCR nos percussores das células T. A expressão inicial dos pré-receptores de antígenos são essenciais para a sobrevida, a expansão e a maturação dos linfócitos em desenvolvimento, bem como para os processos de seleção que levam a um repertório diverso de especificidades antigênicas úteis. A diversidade de repertórios de anticorpos e de TCR é gerada pelas associações combinatórias de múltiplos genes V, D e J da linhagem germinativa, enquanto a diversidade juncional é gerada pela adição ou remoção aleatória de nucleotídeos nos locais de recombinação. A maturação das células T no timo progride em estágios, que se distinguem pelo padrão de expressão dos genes de receptores de antígenos, pelas moléculas dos correceptores CD4 e CD8 e pela sua localização no timo. Os primeiros imigrantes da linhagem T para o timo não expressam TCR nem moléculas CD4 ou CD8. As células T em desenvolvimento no timo, denominadas timócitos, ocupam inicialmente a porção externa do córtex, onde sofrem proliferação, rearranjo dos genes TCR e expressão das moléculas CD3, TCR, CD4 e CD9 na superfície. À medida que as células amadurecem, migram do córtex para a medula. No estágio de célula pré-T, os timócitos permanecem duplo-negativos. Os processos de seleção impulsionam a maturação dos timócitos duplo-positivos que expressam TCR e formatam o repertório de células T para a restrição pelo MHC próprio e autotolerância. A seleção positiva dos timócitos CD4CD8 TCR exige o reconhecimento de complexos de peptídio-MHC com baixa afinidade nas células epiteliais do timo, levando a um resgate das células da morte programada. À medida que os timócitos TCR amadurecem, eles migram para a medula e transformam-se em células ou CD4 ou CD8. A seleção negativa dos timócitos duplo- positivos ocorre quando essas células reconhecem com alta afinidade antígenos presentes no timo. Esse processo é responsável pela tolerância a muitos antígenos próprios. Os timócitos da medula óssea continuam sendo selecionados de modo negativo, e as células que não sofrem deleção PR CoCO Maturação e Ativação de Linfócitos T RESUMO C O N T E Ú D O T R A N S C R I T O D E : I M U N O L O G I A C E L U L A R E M O L E C U L A R , 7 ª E D I Ç Ã O . A B U L K . A B B A S Página 2 clonal adquirem a capacidade de se diferenciar em células ou CD4 ou CD8 virgens, e finalmente, migram para os tecidos periféricos. ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS T As respostas das células T são iniciadas por sinais gerados pelo reconhecimento dos complexos peptídicos-MHC na superfície de uma APC e através de sinais fornecidos ao mesmo tempo por coestimuladores expressados pelas APCs. Os coestimuladores mais bem definidos são os membros da família B7, que são reconhecidos polos receptores da família CD28 expressados nas células T. A expressão dos coestimuladores B7 nas APCs é elevada pelo encontro com os micro-organismos, fornecendo um mecanismo capaz de gerar respostas ideais contra patógenos. Alguns membros da família CD28 inibem as respostas as respostas das células T e o resultado do reconhecimento do antígeno da célula T é determinado pelo equilíbrio entre o acoplamento de receptores ativadores e inibidores dessa família. As respostas das células T ao antígeno e aos coestimuladores incluem alterações na expressão das moléculas de superfície, síntese de citocinas, proliferação celular e diferenciação em células efetoras e de memória. As moléculas de superfície cuja expressão é induzida seguindo a ativação da célula T incluem proteínas que estão envolvidas na retenção das células T nos órgãos linfoides, fatores de crescimento, moléculas efetoras e reguladoras e moléculas que influenciam a migração das células T. Logo depois da ativação, as células T produzem a citocina IL-2 e expressam altos níveis dos receptores de alta afinidade para a IL-2. A IL-2 induz a proliferação das células, que pode resultar na expansão acentuada dos clones específicos ao antígeno. Os linfócitos T CD4 auxiliares podem se diferenciar em células Th1 efetoras especializadas que secretam IFN-gama, que medeia a defesa contra os micro- organismos intracelulares, ou em células Th2 que secretam IL-4 e IL-5, as quais favorecem reações de imunidade mediadas por IgE, e reações imunes mediadas por eosinófilos e mastócitos contra os helmintos ou em células Th17, que promovem inflamação e medeiam a defesa contra fungos e bactérias extracelulares. A diferenciação das células T CD4 virgens em subtipos é induzida pelas citocinas produzidas pelas APCs e pela própria célula T. O programa de diferenciação é governado por fatores que promovem a expressão de gene de citocina nas células T e por laterações epigenéticas no loci do gene da citocina. Cada subtipo produz citocinas que amplificam o seu próprio desenvolvimento e inibem o desenvolvimento dos outros, levando a uma polarização. PR CoCO Maturação e Ativação de Linfócitos T RESUMO C O N T E Ú D O T R A N S C R I T O D E : I M U N O L O G I A C E L U L A R E M O L E C U L A R , 7 ª E D I Ç Ã O . A B U L K . A B B A S Página 3 As células T CD8 proliferam e se diferenciam em linfócitos T citotóxicos (CTLs) que expressam os grânulos citotóxicos que podem matar as células infectadas. Algumas células T ativadas podem se diferenciar em células de memória, que sobrevivem por longos períodos e respondem rapidamente ao desafio antigênico. A manutenção dessas células é dependente de citocinas como IL-7, que promovem a expressão de proteínas antiapopitóticas e estimulam o ciclo celular em baixo nível. MECANISMOS EFETORES Células Th1 CD4 reconhecem antígenos de microorganismos que foram ingeridos pelos fagócitos e os ativam para matar os micro-organismos. A ativação dos macrófagos pelas células Th1 é mediada pelo IFN-gama e pelas interações CD40L- CD40. Os macrófagos ativados matam os micro-organismos fagocitados ingeridos nos fagolisossomos pelas ações de espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio e enzimas. Os macrófagos ativados também estimulam a inflamaçãoe podem lesionar os tecidos. As células Th2 CD4 reconhecem os antígenos produzidos por helmintos e outros micro-organismos, assim como os antígenos ambientais associados às alergias. A IL-4 secretada por estas células ativadas, promove a mudança de isótipo da célula B e a produção de IgE, que pode revestir os helmintos e mediar à desregulação e inflamações por mastócitos. A Il-5 secretada ativa os eosinófilos para liberarem o conteúdo dos grânulos que destrói os helmintos, mas também pode lesionar os tecidos do hospedeiro. A IL-4 e a IL-3, juntas, oferecem proteção nas barreiras epiteliais e induzem uma maneira alternativa de ativação de macrófagos que gera macrófagos que medeiam o reparo dos tecidos e a fibrose (cicatrização). Os linfócitos T CD8 matam as células que expressam peptídeos derivados dos antígenos citosólicos que são apresentados por MHC I. A morte por CTL é mediada principalmente por exocitose dos grânulos, que liberam granzimas e perforina. A perforina facilita a entrada da granzima no citoplasma das células-alvo, e as granzimas iniciam várias vias de apoptose. Os linfócitos CTLs também secretam IFN-gama e, portanto, podem participar na defesa contra micro- organismos que são fagocitados.
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