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INSTITUTAS DO IMPERADOR JUSTINIANO - liv. I

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INSTITUTAS DO IMPERADOR JUSTINIANO
Livro 1
	Título 1: Da justiça e do direito
• Justiça = dar a cada um o que é seu de direito.
• Jurisprudência = é o conhecimento do direito, ou seja, das coisas divinas e humanas e a ciência do justo e do injusto. É a atual doutrina do direito.
• Os preceitos do direito são: viver honestamente, não ofender a outrem, dar a cada um o que é seu.
• O direito divide-se em público e privado. O público trata da República Romana, o privado dos interesses particulares. 
O direito privado é tripartido, pois provém das leis naturais, das gentes e civis.
*Atualmente o dir. público divide-se em: constitucional, administrativo, penal e judiciário. E o dir. privado em: civil e comercial. Há também o dir. público externo, que é o internacional.
Título 2: Do direito natural, das gentes e civil
• O direito natural é comum a todos os seres vivos e é ensinado pela natureza. Dele resulta o matrimônio entre o macho e a fêmea, a criação dos filhos e a sua educação.
• Todos os povos usam do seu próprio direito e parte de um direito comum a todos os povos para reger suas sociedades.
O direito das gentes é esse direito usado por todos os povos;
O direito civil é o direito próprio de uma cidade. Ex: direito romano é o direito usado pelos romanos.
O direito natural diz que todos são livres, mas os costumes e necessidades levaram à criação de institutos. Do direito das gentes originaram-se os contratos de compra e venda, os fundamentos da escravidão, a locação, a sociedade, a troca, etc.
• O direito é escrito (leis, plebiscitos, senatusconsultos, decisões dos príncipes, edictos dos magistrados, respostas dos prudentes) e não-escrito (costume).
• Lei era aquilo constituído pelo povo, proposto por um magistrado senador ou cônsul. 
• Plebiscitos era aquilo constituído pela plebe, propostos por um magistrado plebeu ou tribuno.
*Povo = todos os cidadãos (incluindo patrícios e senadores); 
 Plebe = os cidadãos, excluindo patrícios e senadores;
*Depois de promulgada a Lei Hortênsia, os plebiscitos passaram a ter valor de leis.
• Senatusconsultos é aquilo que o senado manda e constitui. Começou a ser utilizado porque passou a ser difícil convocar o povo para sancionar leis, então consultava-se o senado no ligar do povo.
• Edicto do príncipe é aquilo que o príncipe decretava e tinha valor de lei, pois o príncipe tinha seu império e poder. Suas decisões eram chamadas de CONSTITUIÇÕES. 
• Edictos dos pretores fazem parte do direito honorário e são obra dos magistrados. 
• Respostas dos prudentes são as sentenças daqueles que interpretavam o direito, os jurisconsultos. As sentenças tinham autoridade e o juiz não podia afastar-se das respostas. 
• Costume para ter força de lei deve ser longo, não contraditório, não contrário à lei e não deve ser injusto.
• Os direitos naturais é um direito comum a todos, pois tem providência divina e são imutáveis. Já os direitos de cada nação são mutáveis, devido ao consenso do povo ou da promulgação de uma nova lei.
	Título 3: Do direito das pessoas
• Todo o direito que usamos pertence às pessoas, às coisas ou às ações. Primeiro se estuda o das pessoas, que são os sujeitos ativos das relações jurídicas.
• A palavra pessoa vem de persona, uma máscara usada por atores de teatro, e significa homem em geral, independente da sua condição de sujeito de direito.
• Homem e pessoa não são sinônimos no ponto de vista jurídico. No Direito Romano, havia homens que não eram pessoas (escravos eram objetos); havia pessoas que não eram homens (pessoas jurídicas de direito público e privado).
	*Pessoa jurídica = são as corporações/empresas; são vários seres humanos reunidos formando um novo ‘membro’ independente. 
	*Pessoa física ou natural = os homens que não são escravos e que são considerados sujeitos de direito, ou seja, que tem personalidade jurídica;
Divisão no Direito Romano
Capacidade de direito: aptidão para ser titular de direitos e obrigações;
Capacidade de fato: aptidão para exercer por si mesmo seus direitos, ou seja, ser sujeito de direito.
*Incapacidade absoluta/Incapacidade relativa: menores, mulheres, doentes mentais;
Para ter capacidade de fato/personalidade civil no Dir. Romano, é preciso cumprir com os requisitos:
Naturais: nascer com vida e ter forma humana;
*O nascituro (aquele que irá nascer) não é considerado ser humano, pois ainda não nasceu, mas já tem proteção jurídica quando se trata de vantagens ao seu favor. Ex: como considera-se que ele irá nascer, pode ser instituído como herdeiro num testamento.
3.1.2.1.2 Civis: 
3.1.2.1.2.1 Status Libertatis: livre/escravo; libertos/ingênuos.
3.1.2.1.2.2 Status Civitatis: cidadão romano/peregrino.
	3.1.2.1.2.3 Status Familiae: sui iuris/alieni iuris, isto é, patherfamília/filiusfamília.
• Hoje, o nosso Código Civil afirma que: 1)todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil; 2) a personalidade civil (ter direitos e deveres) começa com o nascimento com vida; a salvo os direitos do nascituro (que está para nascer); 3) são incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: menores, os enfermos ou com deficiência mental, os que por causa transitória não puderam exprimir sua vontade, etc. 
3.1.2.1.2.1 STATUS LIBERTATIS
• Direito Romano: divisão do direito das pessoas: ou se é livre ou se é escravo. 
	Liberdade significa o não impedimento para fazer o que se deseja, desde que não impedido pela força da lei.
	A escravidão é uma instituição do direito das gentes, contra o que a natureza dita, onde alguém está sob domínio de outro.
• Modos de cair na escravidão:
Direito das gentes
Por nascimento: 
- Filho de matrimônio legítimo segue a condição jurídica do pai.
- Filho de matrimônio não-legítimo segue a condição jurídica da mãe.
- Caso um dos pais ou ambos sejam escravos não há justas núpcias nem capacidade das partes.
- Regras:
	1. Havendo justas núpcias (pais livres) os filhos nascem livres.
	2. Sem justas núpcias, mas com os pais livres: os filhos nascem livres.
	3. União de escravo com mulher livre: filho nasce livre.
	4. União de escrava com homem livre: filho nasce escravo.
	5. Se a mãe em algum momento da gestação foi livre (ou o foi quando engravidou), mas no nascimento é escrava: o filho nasce livre. 
Prisioneiro de guerra:
- Ius Postliminio: protegia o cidadão romano o homem romano que foi capturado em guerra e, por isso, tornou-se escravo, se este conseguir sair do cativeiro e retornar à Roma, será considerado livre (como se jamais tivesse sido escravo) e retomará a condição de cidadão romano.
- Lex Cornelia: protegia os bens do cidadão romano o romano capturado que morre no cativeiro é considerado livre, assim seu testamento é válido e executado. 
Direito Civil
- Regras:
	1. Homem livre maior de 20 anos que se deixava vender como se fosse escravo para partilhar o preço com o comparsa.
	2. Mulher livre que mantinha relação com escravo alheio apesar de ser intimada 3 vezes pelo dono do escravo (senatusconsultos Claudianum).
	3. Condenados a penas infamantes: pena de morte, trabalho nas minas, entregue as feras.
	4. Deserção do exército.
5. Aquele que, convocado, não se apresentava ao exército;
	6. Escravidão por dívidas.
	7. Incensus = aquele que não declarava seus bens ao censo. 
	8. O ladrão preso em flagrante.
	9. o filius famílias vendido pelo pater famílias. 
	10. o liberto que fosse ingrato ao seu antigo dono. 
• Condição Jurídica do Escravo:
	- o escravo é visto como objeto de direito, e não como pessoa;
	1. Não podia ser titular de direitos;
	2. Não podia ser patherfamília (não podia ter patrimônio);
	3. Não podia testar (fazer testamento);
	4. Não podia ser parte de uma ação;
	5. Não podia contrair justas núpcias; (a união entre escravos era chamada de CONTUBERNIO e não produzia efeitos jurídicos);
	*Com o tempo, a condição jurídica do escravo vai sendo atenuada.
• Atenuantes:
	- Lex Petronia: Augusto proíbe a possibilidade de entregar escravos a feras;
	- Antonino Pio: trata comohomicidas os assassinos de escravos; (antes não era assim, pois o escravo não era visto como pessoa);
	- Cristianismo;
• Regime dos Bens Adquiridos por escravos:
	- tudo o que o escravo adquiria fazia parte do patrimônio do seu dono;
	- pecúlio e administração;
	- Actiones Adiectitiae Qualitatis = o pretor coloca, na fórmula, o nome do dono do escravo, e não o do escravo. Porque é o dono que responde pelos negócios jurídicos contraídos pelo escravo, uma vez que este não tem patrimônio nem pode ser parte em uma ação. 
• Já os homens livres de dividem em ingênuos e libertos.
	
Título 4: Dos ingênuos
• São os homens livres desde o nascimento e que nunca o deixaram de ser.
• Podem ser filhos de dois ingênuos; de dois libertos; de um ingênuo e um liberto; de um escravo e de um ingênuo ou de mãe livre e pai incerto.
	*Se a mãe se torna escrava durante a gestação, o filho é ingênuo, pois não tem culpa da calamidade materna. Algo semelhante ocorreu no BR Lei do Ventre Livre (filho não tem culpa da situação materna).
Título 5: Dos libertos
• Libertos são os libertados da escravidão (através da manumissão ou por disposição da lei). Nessa condição, adquirem liberdade, cidadania romana e condição de sujeito de direito. Porém, o liberto nunca terá a mesma condição do ingênuo, pois existem uma série de restrições. O liberto também deve ser grato eternamente ao seu antigo dono (isso era o patronado), ou seja, como ele não tinha família civil, precisavam submeter-se a proteção de um patrono, devendo-lhe obrigações. Os filhos do liberto já eram livres dessas obrigações (pois eram considerados ingênuos). 
• A manumissão torna o escravo liberto e o que manumite em patrono.
• Agora as pessoas eram classificadas em: livres, escravos e libertos.
• Manumissão = dação de liberdade (alforria). 
Tipos de Manumissão:
DIREITO CIVIL:
Império da Lei: o magistrado dava a liberdade através da promulgação de uma lei;
Vindicta: era um ritual solene frente ao magistrado em que o escravo tornava-se livre, com o consentimento de seu dono;
Censu: era fonte de escravidão e de libertação; o dono que permitia que o escravo se inscreve no censo, isso o tornava livre;
Testamento: através deste o dono dava liberdade do escravo (liberdade direta; liberdade só se acontecesse algo no futuro ou liberdade fideicomissária = recomendada ao herdeiro que libertasse o escravo);
DIREITO PRETÓRIO: (nele a escrita prevalece sobre a oralidade; são modos mais simplificados e informais)
Epistolam: manumissão através de uma carta, escrita pelo dono, dando a liberdade ao escravo;
Per mensam: o dono permitia que o escravo sentasse à mesa numa refeição = liberdade; 
Inter amicos: quando o dono anuncia aos amigos (testemunhas) a libertação;
In ecclesia: quando o dono anuncia a libertação frente a uma pessoa da igreja.
Limites de Manumitir:
*Havia esses limites porque a libertação não melhorava a condição de vida do ex-escravo, assim muitos escravos libertos se tornava um problema social para Roma.
- Lex Fufia Caninia: limita a manumissão testamentária: quem tivesse 2 escravos podia libertar ambos; quem tivesse até 10 podia libertar metade; até 30, um terço; até 100, um quarto; até 500, um quinto; mas nunca poderia libertar mais que 100 escravos. Essa lei foi revogada, pois impedia a liberdade, era odiosa e desumana.
	- Lex Junia Norbana: os manumitidos pelas formas pretorianas tinham a condição de Latinos Junianos.
	- Lex Aelia Sentia: limitou a idade mínima do manumitente: 20 anos; e do manumitido: 30 anos. Também tornava nula a manumissão concedida por devedor insolvente. Os escravos de má conduta nos cativeiros são considerados dedicticios. 
Essa lei também dispõe que um senhor pode tornar seu escravo livre e seu herdeiro, desde que não haja outros herdeiros. Pois não tendo herdeiros, é preciso que um escravo seja considerado como tal (é chamado de herdeiro necessário) para que possa pagar aos credores ou, não o fazendo, os credores possam vender os bens herdados. É necessário que o escravo instituído livre e herdeiro, e não apenas herdeiro.
• Condição jurídica do manumitido: libertus (inferior a dos ingênuos)
Cidadãos: eram considerados cidadãos, mas não como os ingênuos. Não podiam desempenhar cargos eletivos em Roma exceto com restitutio natalium – ius aureorum annlorum, que restituía a condição de ingênuos. 
Latinos Junianos: (não eram considerados cidadãos romanos) manumitidos pelas formas pretorianas privados de direitos políticos, gozavam do ius commercium, do ius testamente e do ius connubium.
Dedicticios: (escravos com má conduta no cativeiro) carecem de direitos públicos e privados e são proibidos de morar a menos de uma milha de Roma.
• Obrigações do Patronado (vitalícias não transmitidas aos filhos):
	- Obrigações alimentares (recíprocas); (se uma das partes caia na desgraça, a outra deveria fornecer o alimento)
	- Prestação de serviços;
	- Gratidão e respeito;
	- Herança; (se o liberto não tivesse herdeiros, a herança pertencia ao ex-patrão)
	- Curadoria; (o tutor do liberto era o ex-dono)
*Se as obrigações não fossem cumpridas, o ex-escravo corria o risco de voltar a ser escravo.
Título 6: Quem não pode ser manumittido e por que causas? 
• Não pode ser liberto aquele que o quiser fazer por meio de fraude. 
• Dar a liberdade por meio de fraude de credores é:
	- dar a libertação quando ainda não é capaz de quitar a dívida ou
	- aquele que torna-se incapaz de quitar a dívida depois que dá a liberdade; Assim, os bens do manumissor não serão suficientes para os credores (Lex Aelia Sentia). 
• O senhor que contém dívida para pagar pode instituir seu escravo como livre e herdeiro em seu testamento, desde que não tenha outros herdeiros. Pois os insolváveis tinham que, obrigatoriamente, ter um herdeiro que pagasse a dívida após a morte do devedor. Assim os credores tinham o direito de vender os bens que agora pertenciam ao liberto.
	*Todo o escravo que era constituído como herdeiro tornava-se, também, livre. Pois escravos não podiam ter patrimônio. 
• Lex Aelia Sentia definiu como 20 anos a idade mínima para o manumissor. 
• Causas legítimas de manumissão: manumittir alguém a sua mãe ou pai, filho (a), irmã (ão), a ama, o educador, ou o escravo para fazer seu procurador (desde que o escravo tenha mais de 17 anos), ou uma escrava para casar-se com ela (desde que no prazo de 6 meses).
• Uma vez aprovada a causa da manumissão, não se pode voltar atrás.
• Porém, na época aqueles senhores que tinham 14 anos completos já podiam deixar testamentos e herdeiros, mas não podiam libertar escravos antes dos 20. Isso era contraditório, por isso como última vontade os senhores próximos de completar 18 anos podiam dar liberdade aos seus escravos.
STATUS CIVITATIS
• Status Civitatis = dependência de um indivíduo a uma comunidade juridicamente organizada.
• DIREITO DOS CIDADÃOS: eram os habitantes livres de Roma. Tinham direito de votar e eleger magistrados através dos comícios, de ser eleito, de convocar o povo nos comícios para modificar a ordem de um magistrado (pena de morte), de comercializar/negociar, de casar (ter justas núpcias legítimas), de fazer testamento ou receber herança através de testamento (ativo/passivo), de invocar proteção do direito romano.
• DIREITO DOS LATINOS: eram os que habitavam o contorno de Roma; eram os mais antigos que fundaram Roma juntamente com os romanos, por isso eram considerados “irmãos”; tinham direito de comercializar, de casar (legítimo), de votar e eleger magistrados através de comícios, de fazer testamento ou receber herança através de um. 
	*Os latinos, sentindo-se injustiçados, organizaram uma grande guerra social (entre sócios: latinos e romanos), pois queriam o amparo total do direito romano. Essa mobilização levou à criação das leis Lex Plautia Papiria (89 a.C.) e Lex Julia (90 a.C.) que atribuíram cidadania romana a toda a Península Itálica. 
Mais tarde, o Edito Antonino de Caracala (212 d.C.) vai universalizar a cidadania romanapor todo o império. 
• DIREITO DOS LATINOS COLANIARII: eram os que habitavam as colônias que os romanos criavam nos territórios dominados; tinham direito de comercializar; de votar e eleger magistrados, sobre o testamento (2), de invocar proteção do direito romano. 
• DIREITO DOS LATINOS JUNIANOS: a Lex Junia Norbana determinava que eram os libertos através das formas do direito pretório, eram livres mas com muitas restrições sobre a cidadania; tinham o direito de comercializar. 
• PEREGRINOS: eram os estrangeiros que habitavam Roma; apenas os romanos eram protegidos pelo direito romano, ou seja, os peregrinos tinham a proteção apenas do direito das gentes ou do direito do seu local de origem. 
	*Roma não impunha sua religião nem seu direito sob os povos dominados;
	*para os peregrinos foi criado o pretor peregrino, pois eles tinham relações (principalmente comerciais) com os romanos, e precisavam ser amparados, pelo menos em partes, pelo direito romano. Para ter essa proteção, havia as Ações Fictícias = os peregrinos eram julgados como se fossem romanos. 
• PEREGRINOS DEDICTICIOS: eram os ex-escravos com mal comportamento; não tinham direitos e não podiam morar a mais de uma milha de Roma. 
• BÁRBAROS: eram os que não habitavam o Império Romano e eram considerados inimigos. Portanto, se fossem capturados em guerra, tornavam-se escravos dos romanos.
*O direito de comercializar pertencia a quase todos, pois trazia desenvolvimento para as cidades romanas. 
*Para os latinos era fácil “elevar-se” à cidadão romano, através de leis, decretos dos magistrados ou comprovação de corrupção por parte de um magistrado (o “prêmio” era a cidadania). 
• AQUISIÇÃO DA CIDADANIA ROMANA: 
	- por nascimento em justas nupcias;
	- por benefício da lei;
	- por naturalização;
	- por manumissão;
	- por denúncia de corrupção (comprovada) de um magistrado;
• PERDA DA CIDADANIA ROMANA:
	- por naturalização em outro Estado;
	- por escravidão;
	- por condenação a deportação;	
STATUS FAMILIAE
• Indicava a posição de uma pessoa dentro da família romana.
Título 8: Dos que são sui júris ou alieni júris
• As pessoas são:
	- sui iuris/ paterfamília: dentro da sua família é o chefe político/militar, o juiz. É o único da família que pode ter patrimônio, logo os bens adquiridos por seus filhos o pertencem. Pode ser menor ou doente mental, nesses casos terá capacidade de direito, mas não terá capacidade de fato – precisará de um tutor. 
		*Mulheres podem ser sui iuris, mas não podem ser paterfamília. 
		*Quando o paterfamília morre, todos os seus filhos (alieni iuris), independentemente do sexo/idade/estado mental, são elevados a sui iuris e passam a ter capacidade de direito. Porém, quando são menores/mulheres/doentes mentais não tem capacidade de fato, precisando, assim, de um tutor que preencha os requisitos acima. Apenas possuem um título que não produz efeitos jurídicos.
		*O paterfamília não precisava ser pai biológico. Em Roma vigorava o parentesco agnatício (aquele transmitidos pelos homens); o cognatício (laços de sangue) só era levando em conta para a proibição de casamentos).
	- alieni júris/ filiusfamília: estão submetidas ao pátrio poder do sui iuris, pode ser o do pai ou o do senhor.
	*No poder do senhor estão os escravos; esse poder é de direito das gentes, pois se encontra em todas as nações. Mas os senhores não podem maltratá-los, sem motivo legal. Se o fizer, é punido. A crueldade, fome e a injúria intolerável também são punidos, nesse caso o senhor é obrigado a vender seu escravo em boas condições.
	*O pátrio poder é de direito civil; enquanto o poder do senhor sobre o escravo é de direito das gentes.
	Tipos de Família
GENS = famílias da época primitiva; descendentes de um antepassado comum lendário/herói. 
FAMILIA COMUNI IURE = grupo de pessoas ágnatas submetidas à patria potestas de um paterfamília comum.
FAMILIA PROPRIO IURE = grupo de pessoas submetidas ao poder de um paterfamília comum e vivo. 
FAMILIA NATURAL = (em sentido estrito) constituída pelo casamento; grupo de pessoas formado pelo marido, esposa e filhos (família moderna).
FAMILIA COGNATÍCIA = (em sentido estrito) ligados pelo parentesco consangüíneo. 
• Nos interessa o tipo FAMILIA PROPRIO IURE, fundada na potestas do paterfamília. 
	*Patria Potestas = são os poderes que o paterfamília sobre os filiusfamília;
	*Paterfamília = pessoa independente de direitos;
	*Filiusfamília = pessoa dependentes: mulheres, filhos (legítimos/adotivos), noras, netos, etc.
• Tendência:
	- Esgarçamento do poder do paterfamília;
	- Substituição do parentesco agnatício pelo parentesco consangüíneo. 
		*Na família próprio iuri, todos estão ligados pelo parentesco agnatício/civil legítimo, e não ligados, necessariamente, pelo sangue. Ex: esposas e filhos adotivos. 
• Modos de ingressar na família:
Por nascimento de justas núpcias;	
Por manus matiralis: a mulher submete-se a manus do paterfamília através da conventio in manum. O ato jurídico produz efeitos sobre a condição jurídica da mulher (in loco filiae = reduzida à condição de “filha” do marido) e sobre os bens desta (que passam a pertencer ao patrimônio do marido), que se tornava ágnata da família do pater.
A conventio in manum podia ocorrer através dos seguintes atos jurídicos:
	- CONFARREATIO = uma cerimônia em frente ao pontífice máximo estipulava a conventio in manum;
	- COEMPTIO = mulher se “vendia” ao marido;
	- USUS = mulher que passasse 1 ano com o marido, sem se ausentar por mais de 3 noites ocorre a contentio in manum. Trata-se de uma posse que “não é reclama nem interrompida”. 
2.1 Efeitos da Conventio in Manum:
A mulher ingrassa na família do pater como filha. (Qdo a mulher casa, ela passa a ter apenas laços consangüíneos com a sua família original e a ter laços ágnatos com a família do pater). 
A mulher sofre uma capitis deminutio mínima: se é sui iuris passa a ser alieni iuris; se é alieni iuris permanece nessa condição.
O pater passa a ter todos os poderes sobre sua mulher; *é uma das únicas formas de sucessão de bens em vida.
Os bens da mulher sui iuris passa a integrar o patrimônio do pater;
A mulher alieni iuris não tem patrimônio, não transmite bens (o pai dela pode apenas dar dotes).
Sucessão universal inter vivos.
2.2 Extinção da Manus:
Remancipatio: coemptio e usus são desfeitos;
Disfarreatio: se faz uma cerimônia desfazendo-se a confarreatio;
Morte do marido ou da mulher: extinguia o casamento e a manus;
Caso o marido fosse alieni iuris rompia-se o matrimônio pela morte, mas não a manus. Pois os bens pertenciam ao pai do marido, que era o sui iuris. 
Capitis deminutio máxima ou média do marido (alieni iuris) ou da mulher (se o marido é alieni iuris a mulher continuava sob a manus do pater, seu sogro. 
Capitis deminutio máxima por captura do marido (sui iuris) dissolvia o casamento, mas a manus ficava em suspenso readquirindo o marido se conseguisse escapar e retornar (pela lei postliminium).
Adoptio (alieni iuris) ou Adrogatio (sui iuris): ato jurídico através do qual o alieni iuris ou o sui iuris ingressa na família adotante.
*Se o adotado já for sui iuris, ele perde sua condição e volta a ser alieni iuris, todos seus bens vão para o pater.
Legitimação: ato jurídico mediante o qual os filhos nascidos de concubinato são legitimados. 
• Extinção do pátrio poder:
Manumissão – escravo sai do pátrio poder do dono.
Morte do pater; (se o pater for o avô, os netos permanecem alieni iuris)
Filhos de pater que sofre Capitis Deminutio máxima (vira escravo) ou média (perde a cidadania);
Indignidade do pater: por expor seus filhos, abandonar a filha à prostituição, contrair casamento incestuoso.
Se o filho se tornar sacerdote, bispo, cônsul, etc. Ou se a filha tornar-se vestal.
Emancipação: ato jurídico onde o pater liberta o filho do pátrio poder; o pater vende o filho a um amigo em um ato solene 3 vezes, depois esse amigo o manumite 3 vezes (era um acordo). Assim o filho fica livre. O emancipado perdeo direito de receber herança do pater, mas os pretores poderão mudar isso, garantindo o direito da herança mesmo com a emancipação. *Se o pater emancipa o filho, os netos permanecem sob seu poder.
Se o pater for capturada em guerra, tornando-se escravo no estrangeiro, e não conseguir retornar a Roma dentro do prazo de 3 anos Postliminio.
Os filhos do deportado – pois este perde a cidadania.
* Capitis deminutio máxima: perda da liberdade e da cidadania – sai da condição de pessoa para a de coisa (escravo); média: perda da cidadania romana, mas continua livre; mínima: perda sua posição dentro da família. Ex: quando o alieni iuris é emancipado e trona-se sui iuris. 
	*O escravo manumittido não sofre diminuição da capacidade, pois nunca teve capacidade alguma. 
	Título 10: Do casamento
• O casamento ocorre entre livres, cidadãos romanos, sendo os homens púberes (maiores de 14 anos) e as mulheres núbeis (maiores de 12 anos), e pertencentes a uma família [dever ser chefes ou filhos de família (desde que tenham o consentimento da família – o consentimento paterno deve preceder o casamento)].
	*Atualmente só podem casar-se homens maiores de 18 anos e mulheres maiores de 14 anos.
*No caso de pai louco, o filho(a) pode casar sem a intervenção paterna.
• Não podem casar: 
- ascendentes com descendentes (pai com filha, vô com neta, etc). Mesmo que isso seja por adoção, e a pessoa adotada já seja emancipada ou a adoção já tenha sido extinta. Se isso acontecer, o casamento é criminoso e incestuoso. 
- pessoas ligadas por parentesco transversal: entre irmãos (mesmo que só tenham um progenitor em comum); (é mesmo rigorosa).
	*Depois de dissolvido a adoção pela emacipação, o filho pode casar com a irmã adotiva;
	*Para adotar o genro deve-se antes emancipar a filha; para a nora deve-se emancipar o filho;
	- com a filha do irmão (sobrinha) ou neta dos irmãos;
	- com ex-enteada ou nora ou ex-madrasta;
	- com escravos;
	- cristãos com judeus;
	- adultera e seu cúmplice;
	-raptor e raptada;
	- não pode estar casado com dois ao mesmo tempo;
• Podem casar:
	- primos;
- podes casar com a filha da mulher que teu pai adotou, porque não existe parentesco;
- filho do homem (com outra mulher) + filha da mulher (com outro homem. Sendo estes, agora, casados.
• Não pode desposar a sogra e a madrasta, pois então no lugar da mãe, enquanto ainda houver afinidade. 
• Atuais situações que não pode casar: pág. 24.
• Se ocorrer um casamento que não respeita as leis, este não será legítimo e os filhos provenientes dele não estarão sob poder do pai. Os filhos serão considerados “sem pai” ou “de pai incerto”. Os que casaram também sofrem penas.
• Mas esses filhos podem ser legitimados.
• Formas de legitimação no direito romano:
Por subseqüente matrimônio: quando alguém contraia matrimônio com a mulher que havia sido sua concubina e com a qual tinha filhos.
Pelo rescripto do príncipe: quando o príncipe declarava os filhos como legítimos a pedido do pai.
Por testamento: quando o pai declarava em testamento que seus filhos herdariam como filhos legítimos.
Por oblação (dádiva) à cúria: quando o pai destinava seu filho natural a ser decurião, ou quando casava sua filha natural com um decurião. 
*Hoje: a legitimação se dá por casamento subseqüente e a perfilhação por escritura pública. 
Casamento pelo nosso Código Civil:
- homem ou mulher maiores de 16 anos podem casar, mediante a autorização dos pais (são os tutores).
- impedimentos: ascendente com descendente (naturais ou adotivos); parente a fins (genro, sogro, etc.); adotado com adotante/marido-esposa deste/filhos deste; quem já é casado não pode casar novamente.
*Conclusão: nossos impedimentos são semelhantes aos do Direito Romano.
	Título 11: Das adoções
• O adotado fica sobre o pátrio poder, como os filhos legítimos. 
• A adoção pode ocorrer em virtude do rescripto imperial (quando o adotado é sui iuris a adoção é chamada de adrogatio) ou em virtude da autoridade do magistrado (quando o adotado é alieni iuris).
• Como é realizada a adrogatio – pág. 27.
	*Na adrogatio, se o sui iuris adorado já possui filhos sob seu poder, esses filhos também não adotados – tornando-se netos daquele que adota.
• Podem adotar:
- Os que têm mais idade que o que adota. Pois é contra a natureza o pai ser mais novo que o filho.
- Pode ser adotado como neto, bisneto, etc, mesmo que não haja filho. Se o neto for filho de um filho já adotado, este deve consentir a adoção, para que não se tenha herdeiro contra a sua vontade. Entretanto, o avô pode colocar o neto em adoção, sem o consentimento do filho (pátrio poder).
- Os que podem ou não gerar filhos; 
• Não podem adotar:
- Os que são castrados;
- As mulheres, porque não têm pátrio poder. *Através do príncipe, aquelas que perderam seus filhos, por consolo podem adotar.
*Os escravos adotados tornam-se livres. Também são livres aqueles que o senhor, em público, chamou de filho. 
	Título 13: Das Tutelas
• As tutelas só aconteciam sobre as pessoas SUI IURIS, isto é, que tinham capacidade de direito (ser livre, cidadão romano e sui iuris), mas não tinham capacidade de fato (devido a idade, sexo ou estado mental) para defender os seus interesses.
• Os incapazes precisam, então, de tutores ou curadores.
• Fatores que influem na capacidade de fato: 
IDADE: púberes X impúberes: absolutamente incapazes e relativamente capazes.
Infantes: o que não fala. Justiniano decreta, depois, que são aqueles que ou não fala ou não tem compreensão do que fala – até os 7 anos. São absolutamente incapazes.
Indantiae proximi: impúberes mais próximos da infância que da puberdade. Não havia idade-limite, cabendo ao juiz decidir. São relativamente incapazes.
Pubertati proximi: estavam mais próximos da puberdade que da infância. Não havia idade-limite, cabendo ao juiz decidir. São relativamente capazes.
Puberdade: 14 – H; 12 – M: pela maturidade intelectual. São absolutamente capazes. 
*Depois os absolutamente capazes passam a ser apenas os maiores de 25 anos.
SEXO: mulheres eram relativamente incapazes. Após o séc. IV d.C. passam a ser capazes.
*Na época do Principado, a natalidade diminuiu muito por causa das guerras e porque muitas mulheres já não queriam ter muitos filhos. Para estimular a natalidade, toda mulher livre com 3 filhos ou + estava “livre” da tutela.
ALIENAÇÃO MENTAL: furiosos X dementes. 
*Furioso = aquele que tinha intervalos de loucura e lucidez. Quando lúcidos tinham capacidade e podia praticar atos jurídicos. Eram, portanto, relativamente incapazes.
*Dementes = sempre loucos; absolutamente incapazes.
PRODIGALIADE: era aquele que gastava todo seu patrimônio; eram relativamente incapazes – INTERDITADOS.
• A tutela é o poder de autoridade sob a pessoa livre, dado e permitido pelo direito civil para proteger aquele que devido à idade não pode se defender. Tutores = defensores dos menores e seus bens.
• TUTELA: idade (impúberes) e sexo (mulheres) incapazes por causa naturais.
 CURATELA: furiosos, dementes, pródigos e menores de 25 anos incapazes por causa excepcionais; 
• Diferença de tratamento na tutela:
Absolutamente incapaz: o tutor contrai as obrigações em seu nome, pois o patrimônio do pupillo passa para o nome do tutor.
Relativamente incapaz (7-14/12): o pupillo pode praticar atos jurídicos, mas sempre com a assistência do tutor.
• Tipos de Tutela:
- Testamentária: os tutores podem ser dados aos impúberes ou aos que estão para nascer através de testamento.
*Porém, o avô não pode dar tutores aos seus netos se por acaso seu filho ainda estiver vivo, pois com sua morte seu filho se torna o pater dos próprios filhos. 
*Se o pai deixar um tutor para o filho emancipado por testamento, isso deve ser confirmado por sentença do presidente.
- Legítima: a lei determina que o tutor será o ágnato mais próximo.
- Honorária ou dativa (pretor, tribunos, pretor tutelaris, prefeitos, defensores das cidades): ocorria quando não havia nem parentes nem testamento, assimjá citados podia dar um tutor.
• Quem pode ser tutor:
- o escravo liberto (que se torna liberto por ser nomeado tutor); somente pode ser nomeado tutor o escravo próprio;
- o louco nomeado tutor assume a tutela quando sara;
- o menor nomeado tutor assume a tutela quando completa 25 anos;
*A nomeação da tutela pode ter um tempo pré-determinado de início e fim.
*A tutela só pode ser nomeada sobre uma pessoa – não pode o ser sobre uma coisa ou negócio.
*A tutela nomeada a alguém estende-se também aos seus descendentes.
• Tutela dos ágnatos:
- Aqueles que não tiveram a tutela nomeada através de testamento, têm por tutores (segundo a Lei das XII Tábuas) os ágnatos mais próximos (= parentes do lado masculino pelo lado paterno. Ex: irmão do mesmo pai, filho do irmão, etc). 
	*Os parentes do lado materno não são ágnatos, mas apenas parentes por direito natural = apenas parentes cognatos. 
- A tutela dos ágnatos também pode ser dada quando o tutor dado em testamento morre antes do testador.
- O direito de agnação pode se extinguir, pois é garantido pelo direito civil. Já o direito de cognação não se extingue em todos os casos, pois é um direito natural. *A cognação nunca se extingue quando ocorre a capitis deminutio mínima (muda posição na família); mas ela se extingue quando ocorre a máxima ou a média.
• Diminuição de capacidade:
- Máxima: perde a cidadania e a liberdade vira escravo.
- Média: perde a cidadania é deportado.
- Mínima: muda a posição da família de sui iuris vira alieni iuris pela adrogatio. 
*O escravo manumitido não sobre diminuição da capacidade, pois nunca teve capacidade.
*Aquele que muda de dignidade antes do que de estado não sofre diminuição da capacidade. Ex: senadores excluídos do senado.
*A tutela cabe apenas aos ágnatos mais próximos. 
 
• Tutela legítima dos patronos:
- A tutela dos libertos cabe aos patronos e aos seus descendentes. 
- Essa tutela é também chamada de legítima, embora não esteja contida em lei, por ser sido aceita pela interpretação. Pois, uma vez que, a herança dos libertos intestados pertence aos patronos, estes também devem receber a tutela.
• Tutela legítima dos ascendentes:
- Aquele que emancipa, antes da puberdade, seu filho (a), neto(a), etc, será seu tutor legítimo.
• Tutela Fiduciária:
- O ascendente que morre e deixa filhos homens emancipados, estes se tornam tutores fiduciários de seus filhos, irmãos.
- Em caso de morte do patrono, tutor legítimo, seus filhos serão os tutores legítimos.
• Do tutor dado pela lei Julia e Titia
- Lei Atilia: na cidade romana, quando alguém não tinha nenhum tutor-parente, o pretor urbano lhe dava um (estranho). 
- Lei Julia e Titia: nas províncias o tutor era dado pelos presidentes.
*Embora com a existência de um testamento que dava um tutor sob uma condição ou termo, mesmo com a pendência dessa condição ou termo, se podia dar um tutor através dessas leis. Mas a tutela se cessava com a realização da condição.
*Quando um tutor era aprisionado pelo inimigo, essas leis também davam um novo tutor, mas quando o antigo retornasse, a nova tutela se cessava postliminio.
*Depois não usaram-se mais essas leis, pois elas nada diziam sobre a fiança que deve-se exigir dos tutores (para garantir os interesses dos pupillos) nem sobre os meios de obrigar os tutores a administrar a tutela.
*Depois os prefeitos, pretores, presidentes de províncias podiam dar tutores.
*Os tutores tendo administrados os negócios dos menores devem prestar contas depois da puberdade.
• Autoridade dos tutores:
- O tutor só deve interferir quando o pupillo sob sua tutela promete alguma coisa a alguém. E não deve interferir quando alguém promete algo ao seu pupillo.
- Se alguém contrata com o pupillo sem a intervenção do tutor nela, os que contratam com o pupillo se obrigam e o pupillo não fica obrigado com ninguém. O ato praticado pelo pupillo sem a intervenção do tutor é anulável, mas a anulidade só pode ser pedida pelo pupillo. 
	Nos negócios, o tutor deve dar sua autorização quando julgar que será útil ao pupillo. A autorização dada depois do negócio é nula.
*Os tutores NÃO podem:
	- aceitar heranças sem licença de um juiz;
	- demandar a posse de bens;
- Se houver demanda entre o pupillo e o tutor, deve-se nomear um curador para intervir na relação, pois o tutor não pode intervir na sua própria causa. As funções do curador cessam quando termina a relação.
• Fim da tutela:
- quando pupillo atinge a puberdade (idade (H-14; M-12) e exame de corpo);
- se o pupillo é adrogado, deportado ou se torna escravo do inimigo;
- se o tutor sofre capitis deminitio máxima ou média; em caso de mínima extingue-se somente a tutela legítima.
	*Qualquer diminuição de capacidade do pupillo causa o fim da tutela;
- pela morte do pupillo ou do tutor;
- em caso de testamento com tutela sob condição, termina quando ocorre essa condição; ou se o testamento determina um período de tutela, acaba com o fim do período;
- o tutor também pode ser removido da tutela por ser julgado como suspeito ou por ter se dispensado por justa causa.
	Título 23: Das Curatelas
• Era dada aos púberes incapazes – homens e mulheres até os 25 anos; loucos; pródigos; surdos; mudos; enfermos. 
	*Os loucos e os pródigos (aqueles que gastaram todo o patrimônio) permanecem com os curadores mesmo após os 25 anos.
• Os curadores eram nomeados apenas pelos magistrados.
	*A nomeação por testamento só se confirma por decreto de pretor ou de presidente.
• Os adolescentes não recebem curadores contra a sua vontade, a não ser o curador à lide: pode se dar curador por certo negócio especial.
• Quem já tem um tutor pode ter também um curador, quando o tutor legítimo não é adequado/idôneo (mesmo aquele dado por testamento). Só não poder ter 2 tutores.
• Se o tutor, por questões de saúde ou necessidade, ficar impedido de administrar os negócios do pupillo, o pretor ou o presidente da província escolherá e nomeará por decreto um procurador. 
• Fiança dos tutores ou curadores:
- O pretor deve velar a administração dos curadores e tutores, para que o patrimônio dos pupillos não seja consumido ou diminuído existe a fiança. 
*Os tutores nomeado em testamento não são obrigados à fiança, pois sua fidelidade e zelo foram reconhecidas pelo testador.
*Os tutores e curadores nomeados mediante prévia investigação também são isentos da fiança, pois foram escolhidos como idôneos. 
- Se por testamento ou por prévia investigação forem nomeados dois ou mais tutores:
1. um deles pode oferecer como garantia uma fiança para ser “escolhido” para administrar sozinho. A fiança deve ser oferecida, e não dada, para que o contutor escolha aceitar a fiança ou dar outra fiança. 
2. se nenhum oferecer fiança, o que foi designado por testamento assume a tutela.
3. se não foi designado, exerce aquele que a maioria indicar, segundo ordena o edito do pretor.
4. se não houver acordo entre os tutores sobre o exercício da tutela, o pretor deve escolher à sua vontade.
- Os tutores e curadores respondem pelo pupillos na administração de seus negócios e, também, têm ação subsidiária contra os que recebem a fiança em último recurso em caso de insolvabilidade do tutor e seus fiadores, o juiz é subsidiariamente responsável pelo dano se: não exigiu a fiança; admitiu fiança idônea; ou deixou de remover tutor considerado suspeito.
- Se os tutores ou curadores não quiserem dar fiança, deve-se empenhorar seus bens para a garantia.
- Essa ação só pertence aos que costumam exigir fiança.
• Das excusas dos tutores e curadores
- Quando a tutela ou curatela é “dispensada”:
	- de acordo com o número de filhos sob o poder ou emancipados (não se contam os filhos adotivos; nem os netos enquanto os seus filhos estão vivos; nem os filhos mortos (mas contam-se os mortos em guerra devido a glória eterna destes);
	- aquele que administra o fisco pode escusar-se;
	- os ausentes a serviço da República são escusados (mas quando voltam retornam reassumem o cargo);
	- os que estãoempossados a algum poder podem escusar-se, mas não podem largar tutelas começadas;
	- 3 tutelas ou curatelas, não solicitadas, escusam-se durante administração. *A tutela de irmãos conta como uma.
	- o pobre não pode ser tutor/curador; assim como aquele que possui enfermidades;
	- analfabetos;
	- escusa-se aquele que se manteve inimigo do pai do pupillo;
	- escusa-se aquele que sofreu uma contestação por parte do pai do pupillo;
	- o maior de 70 anos podem escusar-se;
	- o marido nomeado curador da mulher pode se escusar;
- Não escusam a tutela:
- Tutores ou curadores não podem escusar-se por demanda com o pupillo ou adulto, salvo se a demanda for sobre todos os bens ou sobre uma herança;
- Mesmo se o pupillo não conhecer o tutor/curador nomeado por seu pai;
- Não podem assumir a tutela:
- Menores de 25 anos não podem, pois eles mesmos precisam desse auxílio;
- Soldados, querendo ou não;
- Os gramáticos, retóricos, médicos são dispensados de exercer a tutela;
- Os que querem se escusar não o fazem por apelação, eles devem se escusar dentro de 50 dias contínuos, contado a partir do dia que souberam da sua nomeação – se estiverem a menos de 100 milhar do local. Se estiverem a mais de 100 milhas, conta-se mais um dia para cada 20 milhas e, além disso, mais 30 dias. *O prazo NUNCA pode ser menor que 50 dias.
- Se alguém com falsas alegações consegue se escusar, não fica isento de suas responsabilidades.
- A nomeação do tutor se considera feita sobre todo o seu patrimônio.
- Aquele que exerceu a tutela de alguém não é obrigado a exercer sua curatela, mesmo que o pai tenha deixado em testamento que a mesma pessoa exerça as duas funções, não se pode obrigá-la.
• Dos tutores ou curadores suspeitos
- Em Roma, o pretor pode remover tutores considerados suspeitos; na província o presidente pode remover;
- Todos os tipos de tutores podem ser acusados: testamentários, tutor legítimo, patrono...
- Todas as pessoas podem “denunciar” o tutor/curador suspeito. *Inclusive as mulheres em alguns casos.
- Os impúberes não podem acusar seus tutores, mas os púberes o podem com a aprovação dos parentes em conselhos. 
- Suspeito = aqueles que administra infielmente a tutela, mesmo que seja solvável. 
- O suspeito removido por dolo é notado de infâmia; não o é removido por culpa.
- Aquele que é acusado como suspeito tem sua administração interditada até o veredito final.
- Se o tutor morrer durante a ação, põe-se lhe termo. 
- Se o tutor não fornecer alimentos ao pupillo, o pupillo pode entrar na posse de seus bens; depois será nomeado um curador ao pupillo e as coisas que se deterioraram poderão sem vendidas.
- Se o tutor não fornecer alimentos ao pupillo alegando pobreza e a alegação for mentirosa, o prefeito da cidade deve punir o tutor.
- O tutor ou curador pobre, sendo honesto e esforçado, não deve ser removido como suspeito. 
- O liberto que administra a tutela dos filhos ou netos de forma fraudulenta também deve ser punido pelo prefeito da cidade.
- Também são considerados suspeitos aqueles que têm costumes suspeitos.

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