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Cultivo do Morango Orgânico em Substrato

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CULTIVO DO MORANGO ORGÂNICO EM SUBSTRATO
NOTA IMPORTANTE
O Sistema de Cultivo em Substrato foi concebido para um formato de utilização de adubos altamente solúveis. A modalidade orgânica para este cultivo é bastante recente e carente de pesquisas. Portanto os apontamentos feitos neste material ainda são bastante incipientes, necessitando de mais testes e aperfeiçoamentos, bem como validação em trabalhos de pesquisa. O objetivo da elaboração deste documento foi unicamente dar algum tipo de suporte a produtores orgânicos que já se anteciparam neste sistema e buscam algum tipo de orientação para viabilização econômica do mesmo.
Sugestão de Receita de Substrato
		- De acordo com a Emater-RS uma mistura para cultivo em substrato do morango é a de 50% de casca de arroz carbonizada (inteira) e 50% de húmus de celulose ou outro material similar (composto orgânico, por ex.).
		- Na região de Rancho Queimado não se dispõe da casca de arroz carbonizada e sim de uma mistura preparada por um fornecedor de Biguaçu, que se compõe de 50% de da casca de arroz queimada, 25% de casca de pinus compostada e 25% de casca de arroz crua.
		- Como em outras regiões dificilmente se irá dispor dos mesmos materiais encontrados em Rancho Queimado, o ideal seria se priorizar a obtenção da casca de arroz carbonizada (50%), fazendo a montagem da outra fração do substrato com materiais disponíveis na região (húmus de celulose, casca de pinus compostada, húmus ou composto orgânico de diversas origens, solo, etc). Recomenda-se que a quantidade de esterco de frango ou peru no substrato não seja maior do que 10% para evitar problemas de queima de raízes e morte das plantas. Também não se recomenda adicionar grandes quantidades de solo no substrato, pois isto vai interferir na drenagem e aeração do material. A sugestão de mistura então é de 50% de casca de arroz carbonizada + 40% de húmus de celulose ou composto orgânico, adicionando 10% de esterco de frango curtido e 4kg por metro cúbico de substrato de Fosfato Natural. Pode-se ainda substituir até 5% do húmus de celulose por alguma fonte de húmus ou composto orgânico da propriedade, bem outros 5% do húmus de celulose por uma mistura de terra arenosa de barranco + terra do mato.
- Esta idéia difere um pouco do raciocínio do slab em sistema convencional. Aqui se parte para cultivo com uma sacola adubada, que permite um bom desenvolvimento e produção iniciais da planta.
Adubação Morango Orgânico
Adubos e Biofertilizantes Utilizados:
1) Chorume de Esterco de Peru ou Frango
- 4 kg de esterco de peru ou frango colocado em um saco poroso em 25 lts dágua. Deixar de molho por alguns dias, agitando de vez em quando. Pode ser preparado em quantidades ou concentrações maiores, dependendo do número de mudas plantadas, mas o ideal é utilizar este material o quanto antes.
2) Supermagro Modificado (morango)
Ingredientes Necessários:
Sulfato de cobre = 300 gramas
Ácido Bórico = 1000 gramas
Sulfato de Manganês = 500 gramas
Sulfato de zinco = 2000 gramas
Molibdato de Sódio = 100 gramas
Sulfato de Cobalto = 50 gramas
Sulfato de Ferro = 1000 gramas
Sulfato de Magnésio = 1000 gramas
Cal Hidratada = 1000 gramas
Fosfato Natural = 2500 gramas
Cinza = 8500 gramas
25 kg de esterco fresco de bovinos
21 Litros de leite fresco
11,2 kg de melado
Modo de Preparar
Misturar todos os ingredientes minerais (2 a 11), menos o sulfato de cobre (1), totalizando 18.000 gramas. Divide-se em 12 porções de 1,5 kg.
No Primeiro Dia:
Em um recipiente de 200 litros, colocar 25 kg de esterco, 50 litros de água, 1,5 litros de leite, 800 gramas de melado. Misturar bem e agitar uma vez por dia, no mínimo.
No Quarto Dia:
Em um balde pequeno, dissolver 1,5 kg da mistura de minerais em 5 litros de água fervente. Quando a mistura estiver morna, colocar no recipiente maior (200 Litros) e misturar bem com o conteúdo deste. Em seguida, dissolver 800 gramas de melado em 1,5 lts de leite e também misturar com o conteúdo do recipiente maior.
Nos Dias: 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28, 31, 34 e 37 repetir o procedimento do quarto dia.
No Dia 40:
Em um balde pequeno, dissolver 300 gramas de sulfato de cobre em 5 litros de água fervente. Quando a mistura estiver morna, colocar no recipiente maior (200 Litros) e misturar bem com o conteúdo deste. Em seguida, dissolver 800 gramas de melado em 1,5 litro de leite e também misturar com o conteúdo do recipiente maior. Completa-se o recipiente grande (200 litros) com água e deixa-se em repouso por 10 a 15 dias, podendo-se coar e utilizar. 
Obs.: Utilizar em pulverizações foliares, em concentrações de 1 a 3%, com intervalos de 7 a 15 dias (os intervalos podem ser maiores se a cultura estiver apresentando bom desenvolvimento produtivo).
3) Pó de Rocha (micronizado)
Adquirido em casas agropecuárias 
4) Biofertilizante Anaeróbio 
	
	
	
Materiais: 1 bombona de 100 litros com tampa de vedação permanente (não pode entrar ar); 1 adaptador de ¹/2 pol. ou ³/8 pol.; 1 garrafa pet transparente; 1 pilão de madeira adequado para misturar ingredientes na bambona; 50 cm de mangueira transparente de ¹/2 pol. ou ³/8 pol.; 1 braçadeira metálica de ¹/2 pol.
Ingredientes: 30 litros de esterco fresco; 1 kg de melado; 2 kg de fosfato natural; 2 kg de pó de rocha (preferencialmente rico em potássio, cálcio e magnésio); 50 a 100 gramas de fermento biológico (acrescentar mais 50 gramas se o esterco não for fresco); 1 a 2 litros de leite cru; 90 litros de água limpa;
Preparação: A tampa da bombona deve ser perfurada para a instalação do adaptador de pressão hermeticamente fechado (não deve entrar ar). Em uma das extremidades, colocar a mangueira de plástico transparente dentro da garrafa pet com água que é suspensa por um aro de arame; os gases produzidos no processo de fermentação saem pela mangueira e fazem borbulhar a água. Nesta etapa percebe-se a eficiência do sistema.
Concluída a etapa construtiva, seguem os procedimentos:
- Misturar energeticamente, dentro da bombona, até que a mistura esteja bem homogênea: Esterco + fosfato natural + pó de rocha + 50 lt de água;
- Dissolver o melado (0,5 kg) em um balde de água quente, quando estiver morna acrescentar o fermento biológico e o leite que se mistura bem e acrescenta-se à bambona;
- Misturar vigorosamente de tal maneira que fique uma mistura bem homogênea, com os ingredientes bem integrados;
- Com relação ao volume ocupado pelo biofertilizante sempre deixar espaço para formação de gases (mínimo 20%);
- Fechar a tampa e instalar o sistema da garrafa pet.
Fermentação: Uma vez instalado o sistema, verificar se está bem fechado e colocar a bombona em local protegido do Sol direto e das chuvas. Durante 30 dias sem retirar a mangueira e observando se há formação de borbulhas na garrafa. Recordando que este processo é anaeróbio, sem a presença de oxigênio. Depois de 30 dias podemos abrir a bombona para observar o fermentado, os odores devem ser agradáveis. Nunca deve ter cheiro de podridão, nem cores azul ou violeta, o que indicaria que a fermentação está com problemas. O mau funcionamento pode ser devido à presença de ar, a erros na instalação do sistema, pela retirada da mangueira da garrafa, por fissuras no adaptador.
Aos 30 dias dissolver em 30 litros de água e adicionar a bombona os seguintes ingredientes:
- 10 kg de Sulfato de Magnésio; 10 gramas de Sulfato de Zinco; 30 gramas de Sulfato de Manganês; 30 gramas de Ácido Bórico; 150 gramas de Sulfato de Ferro; 5 gramas de Sulfato de Cobre; 0,5 kg de melado
Misturar bem e voltar a lacrar o sistema. Aguardar no mínimo 15 dias para abrir novamente a bombona e coar o material (o tempo ideal de fermentação também depende do clima). Após a abertura final pode-se completar o volume da bombona com água aumentando o rendimento do produto.
Nota: Não foi feita ainda uma calibração deste material para bambonade 200 litros. Observar atentamente para que no processo não ocorra entupimento da mangueira transparente.
5) Leite de Cal hidratada
Adquirida em lojas de materiais de construção. Diluir previamente 2,5 kg de cal hidratada em 10 lts de água, coar e armazenar este leite de cal.
Receita de Adubação
Sistema de Cultivo em Substrato orgânico (slabs): 
Para cada 1000 plantas de morango: 
Adicionar o chorume de Esterco de Peru ou Frango, medindo a condutividade gerada pela mistura na caixa de adubação para que fique na faixa de 1,0 a 2,0. Acrescentar na mistura 100 ml de Biofertilizante Anaeróbio e 150 ml da solução de Leite de Cal para cada 1000 plantas. Se disponível utilizar também 50 gr de Pó de Rocha Micronizado. Para 1000 plantas esta mistura deve gerar 100 lt de liquido adubado, realizando a adubação pelo gotejo. Monitorar a condutividade da solução do substrato para que fique em torno de 1,0 (esta medição é feita na próxima irrigação, sem adubar).
Obs.: Esta forma de adubação poderá ser aumentada ou diminuída de acordo com a necessidade. Em tese esta adubação somente se inicia após análise de que a planta já esgotou boa parte da reserva de nutrientes existente no substrato.
Pulverização Foliar: Diluir em 20 litros de água 0,2 a 0,6 litros de Supermagro Modificado + 50 gramas de Pó de Rocha Micronizado (se disponível). Aplicar semanalmente ou quinzenalmente, de acordo com a necessidade da planta. Ampliar este período se as plantas apresentarem bom desenvolvimento ou produção. 
Obs.: Fazer estas pulverizações sempre no momento que houver um intervalo maior para a colheita do morango.
Adaptação deste sistema de adubação para o cultivo em Túnel baixo (75 dias após o plantio): Para 1000 plantas: Aplicar no gotejo 0,75 litro de Biofertilizante anaeróbio + 3 litros de chorume de Esterco de Peru + 0,5 litro da solução de leite de cal + 60 gramas de pó de rocha micronizado. Os intervalos de adubação variam conforme o desenvolvimento da cultura, normalmente de sete a quinze dias, mas em períodos chuvosos e de inverno o intervalo deverá ser maior. Pulverização foliar: seguir a recomendação do cultivo em substrato.
 
 Miguel André Compagnoni
 Engº Agrônomo – Extensionista Rural
Escritório Municipal da Epagri – Pça. Leonardo Sell, 40 Fone: (048) 3665-6388
CEP: 88470-000 – Rancho Queimado, SC
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