Buscar

DIREITO PENAL I - Resumo Avaliação I (Daniela Portugal) OBS.: Inclui Princípios*

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL I
CIÊNCIAS PENAIS
1. Introdução
2. Dogmática Penal
3. Criminologia
4. Política Criminal
INTRODUÇÃO
- As Ciências Penais examinam o fenômeno da violência;
- Existe uma interação entre:
Crime (estudo do crime)-----Criminologia------Dogmática Penal------Política Criminal------Crime
Criminologia Origem/ causas do crime;
Dogmática Penal Decibilidade dos Crimes;
Política Criminal Formas de controle/ combate à violência.
DOGMÁTICA PENAL
Dogma corresponde a uma verdade incontestável. A dogmática jurídica tradicional fixa, nas suas normas, verdades incontestáveis, em especial para sistemas romanos germânicos, no que diz respeito à norma escrita. Modernamente, compreende-se a necessidade da abertura dogmática para outros campos do conhecimento.
CRIMINOLOGIA
CRIMINOLOGIA TRADIONAL/ ETIOLÓGICA POSITIVISTA
Explica que a origem do crime se relaciona a defeitos atávicos de certos indivíduos (Criminoso nato). Para Lombroso, principal expoente teórico, “ser criminoso” é um dado ontológico do qual padecem alguns indivíduos que não teriam evoluído como esperado. Sustenta-se com isso a adoção da medida de segurança, fundada na periculosidade, como fundamento para a antecipação do agir do estado.
OBS: Neurociência e Direito Penal
Moderna perspectiva etiológica é encontrada na relação entre neurociência e o estudo do crime. Benjamin Libet, em experimento, conseguiu identificar a manifestação inconsciente humana, antes da tomada de consciência pelo seu sujeito. Diante disso, passou-se a questionar se o sistema punitivo, fundado no livre arbítrio, não teria perdido seu fundamento legitimador, diante das descobertas deterministas.
CRIMINOLOGIA CRÍTICA 
A Criminologia Crítica foca seu estudo no processo de criminalização. Para tanto, baseia-se na Teoria do “Labelling Aproach”/ Teoria do Etiquetamento, surgida na década de 60 nos EUA, para dizer que “ser crime” não é um atributo do ato (negação do universalismo), mas sim uma qualidade atribuída ao ato; ser desviante não é um atributo do individuo, mas sim uma consequência do processo de criminalização.
Conceitos:
-Criminalização Primária: Corresponde ao processo de tipificação de crimes;
- Criminalização Secundária: Corresponde à ação das autoridades de segurança, no direcionamento da aplicação da norma penal.
-Seletividade Penal: Quando escolhe politicamente seu âmbito de tutela, o estado já seleciona intencionalmente quem irá compor sua clientela, ou seja, quem serão seus criminosos. 
-Cifras Ocultas: Trata-se da margem de criminalidade obscura, que não chega ao conhecimento das instancias sociais de controle.
-Cifras Douradas: Crimes de Colarinho Branco
CRIMINOLOGIA PSICANALÍTICA
Tem precursores como Salo de Carvalho, Amilton Bueno de Carvalho, Jacinto Coutinho e Aury Lopes Jr. Freud é uma das inspirações para esses autores.
Eles não buscam negar a criminologia crítica, mas eles buscam trazer um acréscimo de visão. Eles vão dizer que, embora o crime não seja neutro, acrescentam que ser violento é comum da essência humana, somos egoístas e ruins. As pessoas sentem vontade de cometer crimes e sentem inveja daqueles que cometeram, assim, possuem a necessidade em ver as pessoas pagarem pelo crime cometido. E o processo civilizatório tenta soterrar essas nossas características tão próprias e humanas, levando a Salo a dizer que “o processo civilizatório desumaniza o homem”.
Em suma, a intenção da criminologia psicanalítica não é contestar a criminologia crítica , afinal tem a mesma como base , acrescentando apenas que a violência está na essência humana e o processo civilizatório acaba “soterrando” esta essência.
POLÍTICAS CRIMINAIS
É a ciência de selecionar os bens jurídicos (ou direitos) que devem ser tutelados penalmente, e escolher os caminhos para efetivar a tutela desses bens jurídicos, o que iniludivelmente irá implicar a crítica dos valores e caminhos já eleitos. Orienta-se a busca de formas de controle da violência e combate à criminalidade. Isso se dá através de teorias legitimadoras e deslegitimadoras, que tentam responder “como reduzo a violência? Como eu dou mais segurança à sociedade?”. Enquanto um aponta para o caminho da maior punição e mais severa, o outro aponta para o caminho de se punir pouco e menos severamente. 
TEORIAS DESLEGITIMADORAS 
-Minimalismo
Zaffaroni e Juarez Cirino são os principais nomes dessa vertente.
O Minimalismo busca a diminuição do âmbito de controle penal, pela via da descriminalização de condutas cujos bens tutelados possam ser satisfatoriamente protegidos por outros ramos do direito. Além disso, para as condutas mantidas como criminosas, os minimalistas sustentam, quando possível, a descarceirização. Zaffaroni parte da ideia de que a pena, em todo caso, é irracional, representando uma institucionalização da violência. Assim, a intervenção penal deve ser sempre excepcional e mínima.
-Abolicionismo 
Tem como grande expoente Louk Housman, que parte da crise do sistema penal e o não cumprimento de suas promessas, para defender a abolição, a derrubada de todo esse sistema.
TEORIAS LEGITIMADORAS
- Lei e Ordem
É uma política contextualizada financeiramente, comunicativamente, que criminaliza as consequências da miséria do estado. Adota políticas punitivistas de endurecimento penal.
-Tolerância Zero
Tolerância Zero é o ato de recuar as pequenas patologias criminais a fim de evitar grandes delitos. 
TEORIA DAS PENAS
O objetivo delas é explicar para que serve a pena privativa de liberdade.
TEORIA ABSOLUTA
Inspirada nos pensamentos de Kant e Hegel, e na Teoria da Expiação trabalhada no Direito Canônico, sustenta que a privação da liberdade tem por finalidade a retribuição do mal causado pelo agente, com a imposição de um mal proporcional.
-Kant dizia que a prisão é um Imperativo Categórico 
-Hegel coloca que o crime é uma negação do direito, e a prisão é a negação do crime.
- A pena é um fim em si mesmo (Imperativo Categórico)
- A prisão surge no Direito Canônico Teoria da Expiação: Explicava a prisão para “expiar”/aliviar sua culpa. 
2. TEORIAS RELATIVAS
Criticam a fundamentação da pena como um fim em si mesmo, associando-a ao cumprimento de uma função social: a prevenção de futuros delitos.
 2.1 TEORIAS DE PREVENÇÃO GERAL
Pune-se o criminoso, para que a sociedade não cometa semelhante infração.
 - Prevenção Geral Negativa: A punição do criminoso irá causar temor social e, com isso, o desestimulo à pratica criminosa (Feuerbach).
 - Prevenção Geral Positiva: Defendida modernamente por Günther Jakobs, sustenta que a pena do individuo criminoso é necessária para garantir a vigência da norma violada. 
 - Identifica o direito como um sistema que alimenta de se próprio.
 2.1 TEORIAS DE PREVENÇÃO ESPECIAL 
Raciocínio que fundamenta e legitima a pena, a partir do próprio individuo que sofre a privação de liberdade. 
 -Buscam sanar a crítica de que as Teorias de Prevenção Geral coisificam o homem.
 -Prevenção Especial Negativa (Feuerbach)
 A prevenção ocorre devido à neutralização do individuo criminoso, enquanto ele cumpre a pena.
 - Neutralizar alguém é tornar esse alguém inócuo/ inofensivo (ele não oferece risco enquanto está cumprindo pena).
 
 -Prevenção Especial Positiva (Discurso Moderno)
 Fundamenta a pena justificando que a prisão servirá para a ressocialização do indivíduo encarcerado. 
3. TEORIA ECLÉTICA/ MISTAS
As teorias ecléticas/ mistas reúnem múltiplas justificativas para fundamentar a prisão. Em suma, acredita que a pena tem a função de reprimir (teoria reprimitiva) e prevenir (teoria relativa ou preventiva). Adotada pelo Código Penal Brasileiro em seu art. 59.
-Não responde nenhuma das críticas das teorias anteriores;
-Tem a função de retribuir o crime e prevenir. 
 3.1 TEORIA DA DIALÉTICA UNIFICADORA (Klaus Roxin)
 -Tentou responder as críticas que a Teoria Mista vinha recebendo.
 É uma teoria mista que explica a pena em diferentes etapas, cada etapa sendo ligadaa uma função da pena.
PENA COMINADA:
Intervalo de tempo que existe no crime.
Função: PREVENÇÃO GERAL (é voltada para a sociedade);
Limite: PROPORCIONALIDADE (deve ser proporcional ao crime cometido).
É uma pena em abstrato, a qual tem função de Prevenção Geral, e seu limite é a Proporcionalidade.
PENA APLICADA:
Processo de dosimetria da pena pelo juiz.
Função: PREVENÇÃO GERAL/PREVENÇÃO ESPECIAL (um misto);
*Aqui Roxin é criticado, pois não consegue explicar porque a função não é RETRIBUIÇÃO.
Limite: CULPABILIDADE (Na decisão do Juiz, quanto mais culposo for o sujeito, maior a pena).
Roxin critica a ideia de Retribuição e fundamenta o processo de dosimetria da pena pelo juiz na atribuição de tempo de privação de liberdade, proporcional à culpabilidade do agente (ao grau de censura). Por mais que fundamente esta etapa nas teorias de Prevenção Geral e Especial, é criticado por não conseguir romper satisfatoriamente com a ideia de Retribuição. 
PENA EXECUTADA:
Etapa na qual o indivíduo cumpre a pena (prisão). 
Função: PREVENÇÃO ESPECIAL;
Limite: HUMANIZAÇÃO DAS PENAS (Veda quaisquer penas barbaras).
É o cumprimento da pena em si. Tem função de Prevenção Especial e seu limite é o Princípio de Humanização das Penas.
4. TEORIA AGNÓSTICA (Zaffaroni)
Essa teoria afirma que não há nenhuma explicação que justifique a pena privativa de liberdade, uma vez que todas as outras teorias apresentam falhas.
-Não há nenhuma explicação racional que justifique a pena.
*Para Zaffaroni, a ressocialização é uma grande mentira, pois contem em si, um pressuposto falso. 
PRINCÍPIOS PENAIS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O conceito geral de Legalidade disciplina que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão por virtude de lei ( Art. 5º, II da C.F. de 88). Em matéria de Direito Penal, o princípio assume contornos próprios; não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (Art. 1º do Código Penal).
É o princípio de maior importância no Direito Penal, possuindo três Consectários Lógicos:
RESERVA LEGAL
ANTERIORIDADE 
TAXATIVIDADE 
Luigi Ferrajoli DIR. E RAZÃO
TEORIA DO GARANTISMO PENAL (PESQUISAR SOBRE GARANTISMO)
10 AXIOMAS:
1º Nulla poena sine crimen
2º Nullum crimen sine lege
(...) Pesquisar as demais
RESERVA LEGAL LEI ESTRITA
A lei deve ser estrita, isto é, emanar do poder legislativo mediante processo próprio. Para versar sobre crime, não basta ser lei em sentido material, é preciso ser lei em sentido formal. Lei material e formal é a que emana do poder legislativo, exercendo sua função típica. 
ANTERIORIDADE LEI PRÉVIA
Nos termos da Constituição Federal, a lei penal não retroagira, salvo se for para beneficiar o réu (Art. 5º, XL)
ANDREI ZERKNER: 
- Irretroatividade da lei penal prejudicial 
- Retroatividade da lei penal benéfica
Foto 1
Foto 2
OBS: A Retroatividade Benéfica poderá ocorrer mesmo se o indivíduo já estiver respondendo ao processo, durante ou após o cumprimento de pena. Enquanto for possível extrair algum benefício da lei nova benéfica, esta irá ser aplicada a todos os casos passados.
Foto 3
TAXATIVIDADE LEI CERTA
Princípio da certeza e da determinação. Pela taxatividade, a lei deve descrever de maneira clara e inequívoca, qual conduta irá punir.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
- O Princípio da Insignificância só tem o intuito de fazer com que o Direito Penal só seja aplicado quando o bem jurídico for efetivamente lesionado.
- Uma conduta é formalmente típica quando se enquadra, quando se subsome, ao texto escrito do tipo incriminador. A partir do pensamento de Roxin, para que a conduta seja típica, não basta tipicidade formal, sendo indispensável também tipicidade material (efetiva/ significativa lesão ao bem jurídico), portanto, o Princípio da Insignificância exclui tipicidade (material).
*OBS: O Princípio da Insignificância não tem base escrita.
- REQUISITOS JURISPRUDENCIAIS: 
... que o STF estabelece para que o Princípio da Insignificância seja aplicado.
OBS¹: Não pode ser aplicado para casos de violência ou grave ameaça.
OBS²: Não pode ser aplicado por autoridade policial.
MÍNIMA OFENSIVIDADE
Vai verificar a conduta do sujeito (se há ato de violência ou grave ameaça).
AUSÊNCIA DE PERICULOSIDADE SOCIAL
Analisar se a conduta do agente ofereceu risco à sociedade.
REDUZIDO GRAU DE REPROVABILIDADE
Análise moral/fática da conduta do agente.
OBS: A aplicação do princípio da insignificância para o furto, não exige necessariamente que este seja famélico. A conduta famélica, agressiva ou não, terá em seu favor a aplicação do estado de necessidade como critério de exclusão da ilicitude. 
INEXPRESSIVIDADE DA LESÃO
Analisar se aquela conduta lesionou de maneira expressiva o patrimônio, tendo em vista a realidade da vítima. 
- FURTO QUALIFICADO E REINCIDENCIA: No caso do Furto Qualificado, não se aplica o princípio da insignificância (...)
- ANTIPROJETO DO CPB: transformaria, materialmente, mais segura a aplicação do Princípio da Insignificância.
- COISA INSIGNIFICANTE E FURTO DE PEQUENO VALOR: Furto de pequeno valor é aquele previsto no Código Penal e tangência os furtos de valor econômico de até 1 salário mínimo.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE/OFENSIVIDADE
Com base nesse princípio, o Direito Penal só se legitima quando tutelar lesão ou perigo concreto de lesão a um determinado bem jurídico.
Obs.: O grande problema são os chamados Tipos Penais de Perigo Abstrato, pois neles os tribunais não exigem ao M.P. a prova do perigo concreto, satisfazendo-se com a mera presunção de ocorrência do perigo, presunção essa extraída de uma circunstância fática. E pior, não excluem a impultação, mesmo diante de prova da defesa, da inocorrência real do perigo.
Ex¹: Art. 274 do Código Penal. O perigo/problema está pressuposto na adição de “substancia” não aprovada pelo M.P. Mesmo aprovado que o perigo não existiu, o tipo penal continua mantido.
Ex²: Crime de embriaguez ao volante/ Art.306 do Código de Trânsito. O Art. 306 afirma “com capacidade psicomotora alterada”. No entanto, mesmo que o individuo compovre que, apesar de ter consumido bebida alcoolica, sua capacidade psicomotora não esta alterada e ele está em plenas condições de dirigir, o tipo penal também é mantido.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA/SUBSIDIARIEDADE
Princípio que afirma o Direito Penal com a “Ultima Ratio” para a proteção de bens jurídicos. Significa dizer, que ao tipificar como crime um determinado comportamento, o legislador só poderá fazê-lo quando constatar que os outros ramos do direito não são suficientes para dar, a este bem, proteção satisfatória.
PRINCÍPIO DA FRATERNIDADE
No momento da seleção do conteúdo do Direito Penal, o legislador não poderá escolher para proteger na sua esfera penal, todo e qualquer bem jurídico, mas somente os bens jurídicos de maio relevância. 
Foto 4
PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM
Ele veda a dupla punição e o duplo processamento em virtude de um mesmo fato.
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS
Tem fundamento no Art. 5º da CF/88, no inciso XLVII (47) e no Pacto de São José da Costa Rica.
Não haverá penas de morte, salvo os casos de guerra declarada, também não haverá pena de caráter perpétuo (1), de banimento, de trabalhos forçados, e por fim, não haverá penas de caráter cruéis/degradantes/humilhantes.
OBS¹: É com fundamento nessa redação que o Código Penal, no Art. 75, impõe limite de 30 anos para a pena unificada, em seu cumprimento. 
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA (PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE)
Responsabilidade Subjetiva (1) ≠ Responsabilidade Objetiva (2)
Conduta, Nexo, Resultado, Elemento
Conduta, Nexo, Resultado
SUBJETIVA DOLO / CULPA
Toda e qualquer responsabilização penal requer, necessariamente, o exame do elemento subjetivo do agente, quando se avalia se a conduta derivou de dolo ou de culpa. Condutas dolosas só se enquadram em tipos incriminadores dolosos; Condutas culposas enquadram-se em tipos culposos. Como regra geral, todos os tipos são dolosos, a menos que o legislador faça referenciaexpressa à forma culposa.
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL
Significa dizer que ninguém será responsabilizado, na esfera criminal, por conduta de terceiro.
OBS: Um desdobramento deste princípio é a Intranscendência das Penas, segundo o qual nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo todavia, a obrigação de reparar o dano, se estender aos sucessores até o limite do que lhes foi transferido (Art. 5º, XLV).
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA (GÜNTHER JAKOBS)
Para Jakobs, a função do direito penal é garantir a estabilidade de suas normas, de maneira que a organização da sociedade baseia-se em expectativas de conduta – sendo quebrada a expectativa, viola-se a confiança, impondo-se a intervenção penal.
PRINCÍPIO DA AUTORRESPONSABILIDADE (BERND SCHÜNEMANN)
Para o autor, só é merecedora de proteção, a vítima que se cercou do cuidados para a proteção de seu próprio bem jurídico, de maneira que o comportamento vitimal negligente e arriscado, afastará a tipicidade da conduta lesiva.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Trata-se de garantia em prol do réu, somente podendo ser quebrada em situações excepcionais (hipóteses de sigilo processual). Vale dizer que, mesmo nos casos de sigilo, este não se opera ante as partes envolvidas com relação aos elementos de prova já documentadas.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Ninguém será considerado culpado antes do transito em julgado da sentença penal, portanto, o indivíduo processado é presumidamente inocente, e a duvida necessariamente lhe favorece (“in dubio pro reo”).

Outros materiais