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MA 21 – Resolução de Problemas Professor: Sandro Rodrigues Mazorche Grupo: 2 Márcio Eduardo Primo Brasílio Freitas Paulo Geovane Paulo Fernandes Marcelo de Moura Costa Capítulo 1 – Soluções dos Exercícios 1. Uma sacola contém meias cujas cores são branca, preta, amarela e azul. Sem olhar para a sacola, qual é a quantidade mínima de meias que precisamos retirar da mesma para garantir pelo menos um par de meias da mesma cor? Precisamos retirar no mínimo 5 meias. Como o número de meias será maior que o número de cores teremos certeza absoluta que formaremos um par de mesma cor. 2. O pai do padre é filho único de meu pai. O que eu sou do padre? Como o filho único do meu pai sou eu, então, sou o pai do padre. 3. Numa mesa há 5 cartas: Q T 3 4 6 Cada carta tem de um lado um número natural e do outro lado uma letra. João afirma: "Qualquer carta que tenha uma vogal tem um número par do outro lado". Pedro provou que João mente virando somente uma das cartas. Qual das 5 cartas foi a que Pedro virou? Pedro virou a carta 3, mostrando que havia uma vogal escrita no verso. 4. A polícia prende 4 homens, um dos quais é culpado de um furto. Eles fazem as seguintes declarações: _ Arnaldo: Bernaldo é o culpável. _ Bernaldo: Cernaldo é o culpável. _ Dernaldo: eu não sou culpável. _ Cernaldo: Bernaldo mente ao dizer que eu sou culpável. Só uma destas declarações é a verdadeira, quem é culpável pelo furto? Testando cada uma das afirmações, temos que ter todas as outras falsas. Suponha então: (i) Arnaldo fala a verdade. Então: Bernaldo é o culpável. Nesse caso: 1. Benaldo mente. (Falso) 2. Dernaldo fala a verdade. Isso é suficiente para descartar que Arnaldo fale a verdade. (ii) Bernaldo fala a verdade. Então: Cernaldo é o culpável. Nesse caso: 1. Arnaldo mente. (Falso) 2. Dernaldo fala a verdade. Descartamos ser Bernaldo que falou a verdade. (iii) Dernaldo fala a verdade. Então: ele não é culpável. 1. Arnaldo pode estar falando verdade ou não 2. Bernaldo pode estar falando verdade ou não 3. Cernaldo pode estar falando verdade ou não. Porém, se a afirmação de Cernaldo for verdadeira a de Bernaldo é necessariamente falsa e vice versa. Ou seja, uma das duas declarações, de Cernaldo ou Bernaldo também será verdadeira, o que descara a possibilidade de que Dernaldo seja o único que fala a verdade. (iv) Cernaldo fala a verdade. Só restou essa afirmação como possivelmente verdadeira. Nesse caso: Bernaldo mente, e Cernaldo não é culpável. 1. Arnaldo pode estar falando a verdade ou não 2. Bernaldo mente (hipótese de que Cernaldo fale a verdade) 3. Dernaldo pode estar falando a verdade ou não Concluímos que apenas Cernaldo pode ter falado a verdade, restando que todos outros mentem. Quem seria o culpável? Não é Bernaldo e nem Cernaldo, pois Arnaldo e Bernaldo falam mentira. Dernaldo também mente, então necessariamente ele é o culpável. 5. Numa cidade existe uma pessoa X que sempre mente terças, quintas e sábados e é completamente sincera o resto dos dias da semana. Felipe chega um certo dia na cidade e mantém o seguinte diálogo com a pessoa X: _ Felipe: Que dia é hoje? _ X: Sábado. _ Felipe: Que dia será amanhã? _ X: Quarta-feira. Em qual dia da semana foi mantido este diálogo? X necessariamente está no dia de mentir, pois, não é possível hoje ser sábado e amanhã ser quarta-feira, portanto, pode ser terça, quinta ou sábado. Se fosse terça-feira, a afirmação “Que dia será amanhã?” seria verdadeira. Se fosse Sábado a afirmação “Que dia é hoje?” seria verdadeira. Portanto, o diálogo só pode ter acontecido na quinta-feira. 6. Divida o relógio de parede abaixo em 6 partes iguais de forma tal que a soma das horas que ficam em cada parte seja a mesma. A soma dos valores: 1 + 2 + ... + 11 + 12 = 78. Dividindo por 6 temos quociente 13. Portanto devemos ter 6 partes de soma 13. Teremos os pares (12, 1); (11, 2); (10, 3); (9, 4); (8, 5) e (6, 7). Para realizar a divisão em partes iguais deve ser procurada uma disposição geométrica que satisfaça essa condição. 7. João adora Gabriela, que é uma aluna excelente em Matemática. João armou um plano para dar um beijo nela, e descobriu que poderá fazer isso apenas dizendo uma frase. Que frase é essa? "Se gostas de Matemática deves me dar um beijo, mas se não gostas eu a beijarei". 8. No plano se colocam 187 rodas dentadas do mesmo diâmetro, enumeradas de 1 até 187. A roda 1 é acoplada com a roda 2, a 2 com a 3, : : : , a 186 com a 187 e esta última com a roda 1. Pode tal sistema girar? As rodas ímpares giram em um sentido e as rodas pares no sentido contrário. Como a roda 187 será acoplada na roda 1 (ambas ímpares) não será possível que o sistema gire. 9. Um canal, em forma quadrada, de 4 metros de largura rodeia um castelo. A ponte do castelo está fechada e um intruso quer entrar no castelo usando duas pranchas de 3,5 metros de comprimento. Será que o intruso consegue? Sendo: AK = AL temos que AM = 1,75 m Como AB = 24 m MB = 24 – 1,75 3,91 m Como a outra prancha tem 3,5 m não é possível atravessar o fosso. 10. Os números 1, 2, 3, . . . ,99 são escritos no quadro-negro e é permitido realizar a seguinte operação: apagar dois deles e substituí-los pela diferença do maior com o menor. Fazemos esta operação sucessivamente até restar apenas um último número no quadro. Pode o último número que restou ser o zero? Na sequência 1, 2, ... , 99 excluí-se o 1 e subtraí-se os números consecutivos dois a dois, obteremos 50 números 1 (25 pares) que subtraídos dois a dois, resulta zero. 11. Alguém elege dois números, não necessariamente distintos, no conjunto de números naturais 2, ..., 20. O valor da soma destes números é dado somente a Adriano (A) e o valor do produto dos números é dado unicamente a Karla (K). _ Pelo telefone A diz a K: _Não é possível que descubras minha soma. _ Uma hora mais tarde, K diz a A: _Ah! Sabendo disso, já sei quanto vale tua soma! _ Mais tarde A chama outra vez K e lhe informa: _Poxa, agora eu também conheço teu produto! Quais números foram eleitos? Não conseguimos resolver! Na revista EUREKA! no 23 de 2006 foi publicada uma resolução desse problema pelo Professor Cássio Neri do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O artigo tem por título "O Problema Impossível" e cita que a forma original foi proposta por Hans Freudenthal e popularizada por Martin Gardner. Para solucionar, o Professor Cássio usa um algoritmo computacional em linguagem C (disponível em www.labma.ufrj.br/~cassio/f-impossivel.html) e um método não computacional. Após as considerações, em ambos os casos, ele determina que os números eleitos são 4 e 13. 12. É possível cobrir um tabuleiro de xadrez com 31 dominós onde removemos as casas dos vértices superior esquerdo e inferior direito? Não pois as casas retiradas estão na mesma diagonal, são casas de mesma cor. 13. Num saco encontram-se 64 moedas leves e 64 moedas pesadas. É possível separar duas moedas de pesos diferentes com 7 pesagens? Inicialmente dividimos as moedas em dois grupos de 64 moedas. Colocamos cada grupo nos pratos da balança. Na segunda pesagem escolha as 64 moedas do prato mais leve, caso fiquem desequilibrados, ou qualquer grupo se ficaram em equilíbrio e separe em dois grupos de 32 moedas em cada prato da balança. Para realizar a terceira pesagem, proceda como na segunda, separando agora 16 moedas em cada pratoda balança. Na quarta pesagem escolha um dos grupos de 16 e divida-o em dois grupos de 8 moedas para cada prato da balança. Chegando na quinta pesagem divida as oito moedas obtidas na pesagem anterior e divida em dois grupos de quatro moedas para cada prato. Agora na sexta pesagem divida um dos grupos de 4 moedas em dois grupos de 2 moedas para cada prato. Na sétima, e última pesagem, escolha um grupo de 2 moedas da sexta pesagem e coloque uma moeda em cada prato. Se houver desequilíbrio as moedas são as que estão nos pratos. Se houver equilíbrio as moedas de pesos diferentes são as outras duas separadas anteriormente. 14. Quantas vezes precisamos dobrar um papel de 1mm de espessura para que a altura da pilha chegue da Terra à Lua? Cada dobra efetuada nos fornecerá uma nova altura que corresponderá ao dobro da altura anterior. A sequência formada será uma PG de razão 2. Portanto teremos que encontrar um termo na PG que seja igual à distância da Terra à Lua. Seja X a distância, em milímetros, da Terra à Lua teremos então: 12.1 nX 2:2nX nX 2.2 nX 2log).2(log 2log.log2log nX 2log log2log X n 2log log 1 X n 15. Descubra o erro da prova da afirmação abaixo: Afirmação: Três é igual a dois. Seja x um número diferente de zero. Temos que: 3x – 3x = 2x – 2x Colocando x – x em evidência, temos que: 3(x – x) = 2(x – x). Cancelando x – x em ambos os lados, obtemos que 3 = 2. O erro está no cancelamento de x – x. Nessa passagem é efetuada uma divisão por zero. Capítulo 2 – Soluções dos Exercícios 1. Observe as multiplicações a seguir: (a) 12.345.679 x 18 = 222.222.222 (b) 12.345.679 x 27 = 333.333.333 (c) 12.345.679 x 54 = 666.666.666 Para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679 por quanto? Solução: O algarismo que desejo repetir resulta da multiplicação do próprio por 9, ou seja: 12.345.679 x 9.n = nnn.nnn.nnn (com 0 < n < 10, sendo n um número natural) Como desejo repetir o algarismo 9, temos que multiplicar por 81. 2. Outro dia ganhei 250 reais, incluindo o pagamento de horas.extras. O salário (sem horas extras) excede em 200 reais o que recebi pelas horas extras. Qual é o meu salário sem horas extras? Solução: Denominando S = salário e HE = hora extra, teremos: (1) S + HE = 250 (2) S = HE + 200 Substituindo a relação (2) em (1), teremos: 200 + HE + HE = 250 HE = 25 S = 225 O meu salário sem horas extras é de R$225,00. 3. Uma torneira A enche sozinha um tanque em 10 h, uma torneira B enche o mesmo tanque sozinha em 15 h. Em quantas horas as duas torneiras juntas encherão o tanque? Solução: Temos que: ⇒ ⇒ T = 6 horas 4. O dobro de um número, mais a sua terça parte, mais a sua quarta parte somam 31. Determine o número. Solução: Denominando de x o número a ser descoberto: 24x + 4x + 3x = 372 31x = 372 x = 12 5. Uma certa importância deve ser dividida entre 10 pessoas em partes iguais. Se a partilha fosse feita somente entre 8 dessas pessoas, cada uma destas receberia R$5.000,00 a mais. Calcule a importância. Solução: Denominando: P = parte que cada pessoa irá receber; T = total a ser dividido. 4T + 200.000 = 5T T = 200.000 A importância é de R$200.000,00. 6. Roberto disse a Valéria: “Pense um número, dobre esse número, some 12 ao resultado, divida o novo resultado por 2. Quanto deu?” Valéria disse “15” ao Roberto, que imediatamente revelou o número original que Valéria havia pensado. Calcule esse número. Solução: Seja x o número pensado por Valéria, Temos que: 1º) Passo: 2x 2º) Passo: 2x + 12 3º) Passo: 4º) Passo: x + 6 = 15 Logo; x = 9 7. Por 2/3 de um lote de peças iguais, um comerciante pagou R$8.000,00 a mais do que pagaria pelos 2/5 do mesmo lote. Qual o preço do lote todo? Solução: Denominando de x o valor total do lote, teremos: 10x – 120.000 = 6x x = 30.000 O valor total do lote é de R$30.000,00 8. Determine um número real a para que as expressões 3a+6/8 e 2a+10/6 sejam iguais. Solução: 9a +18 = 8a + 40 a = 22 9. Se você multiplicar um número real x por ele mesmo e do resultado subtrair 14, você vai obter o quíntuplo do número x. Qual é esse número? Solução: Temos: { . * + 10. Eu tenho o dobro da idade que tu tinhas quando eu tinha a tua idade. Quando tu tiveres a minha idade, a soma das nossas idades será de 45 anos. Quais são as nossas idades? Solução: Denominando: Minha idade = y Sua idade = x A diferença entre as idades = k Teremos então: (1) y = 2.(x – k) (2) x + k + y + k = 45 Substituindo (1) em (2) 3x = 45 x = 15 Como y = 2x – 2k e y – x = k, teremos y = k + x y = k + 15 k + 15 = 30 – 2k k = 5 y = 5 + 15 = 20 Nossas idades são: eu tenho 20 anos e você 15 anos. 11. Um homem gastou tudo o que tinha no bolso em três lojas. Em cada uma gastou 1 real a mais do que a metade do que tinha ao entrar. Quanto o homem tinha ao entrar na primeira loja? Solução: Denominando de x o valor com o qual o homem tenha entrado no local. Resolvendo o problema de trás para frente, teremos: 3º local: x/2 – 1 = 0, x = 2, logo, ele entrou com R$2,00. 2º local: x/2 – 1 = 2, x = 6, logo, ele entrou com R$6,00. 1º local: x/2 – 1 = 6, x = 14, logo, ele entrou com R$14,00. Ele entrou na primeira loja com R$14,00. 12. Com os algarismos x, y e z formam-se os números de dois algarismos xy e yx, cuja soma é o número de três algarismos zxz. Quanto valem x, y e z? Solução: Os algarismos são xy e yx, e a soma é zxz. Considerando os algarismos como x, y, z Temos que (10x + y) + (10y + x) = 100z + 10x + z e 11x + 11y = 101z + 10x (ou ainda x + 11y = 101z) O número da forma zxz precisa estar entre 101 e 98 + 89 = 187, ou seja 101 < zxz <181. Como o número é 11x + 11y = 11(x + y), temos que o número é um múltiplo de 11. Ou seja, as soluções possíveis são os múltiplos de 11 entre 101 e 181, ou seja: 110, 121, 132, 143, 154, 165, 176. Dentre esses, apenas o 121 tem o algarismo da centena igual ao da unidade. Logo z = 1, x = 2. Precisamos encontrar y. Ora, x + 11y = 101z, como já enunciamos. Fazendo as substituições: 2 + 11y = 101 => 11y = 99 => y = 9 Os algarismos são x = 2, y = 9, z = 1 13. Quantos são os números inteiros de 2 algarismos que são iguais ao dobro do produto de seus algarismos? Solução: Assumindo que os algarismos que compõe o número sejam denominados de x(algarismo das dezenas) e y(algarismo das unidades), teremos: 10x + y = 2xy O dobro do produto dos algarismos implica que o número seja par, logo, o algarismo das unidades só poderá ser: 0,2,4,6 ou 8 Porém podemos excluir y = 0 pois o produto dos algarismos seria zero. Se y = 2, temos que 10x + 2 = 4x, solução descartada. Se y = 4, temos que 10x + 4 = 8x, solução descartada. Se y = 6, temos que 10x + 6 = 12x, então x = 3. Se y = 8, temos que 10x + 8 = 16x, solução descartada. O único número que atende o problema é o 36. 14. Obter dois números consecutivos inteiros cuja soma seja igual a 57. Solução: Denominando um número de x e seu posterior de x + 1, teremos: x + (x + 1) = 57 x = 28 Os números que atendem a solução do problema são 28 e 29.15. Qual é o número que, adicionado ao triplo do seu quadrado, vale 14? Solução: Chamando o número de x, temos: x + 3x2 = 14 x = – 7/3 ou x = 2. 16. O produto de um número positivo pela sua terça parte é igual a 12. Qual é esse número? Solução: Denominando o número de x, teremos: x2 = 36 x = 6, mas como o enunciado diz que o número é positivo, x = 6. 17. Determine dois números consecutivos ímpares cujo produto seja 195. Solução: Denominando um número ímpar por 2x + 1, e seu consecutivo por 2x + 3, teremos: (2x + 1).(2x + 3) = 195 4x2 + 8x – 192 = 0 x' = – 8 ou x’’ = 6, fazendo as devidas substituições teremos: Ou os números são 13 e 15 ou – 15 e – 13. 18. A diferença entre as idades de dois irmãos é 3 anos e o produto de suas idades é 270. Qual é a idade de cada um? Solução: Chamando as idades de x e y, temos duas equações { y2 + 3y – 270 = 0 P = – 270 S = – 3 y = 15 ou y = –18 Como x e y representam idades consideramos apenas o valor positivo. Portanto y = 15 e x = 18. Então as idades dos irmãos são 15 e 18 anos 19. Calcule as dimensões de um retângulo de 16 cm de perímetro e 15 cm2 de área. Solução: Denominando as dimensões de x e y, temos pelo perímetro e pela área que: (pelo perímetro) 2x + 2y = 16 x + y = 8 y = x – 8 (pela área) x.y = 15 (substituindo y) x.(x – 8) = 15 x2 – 8x – 15 = 0 x’ = 5 ou x’’ = – 3 Como estamos tratando de dimensões geométricas, usaremos somente o valor positivo, logo: x = 5 e y = 3 20. A diferença de um número e o seu inverso é 8/3 . Qual é esse número? Solução: Denominando o número de x, teremos: 3x2 – 3 = 8x 3x2 – 8x – 3 = 0 x' = 3 ou x’’ = – 1/3 Questão 21: A soma de dois números é 12 e a soma de seus quadrados é 74. Determine os dois números. Solução: Chamando os dois números de x e y temos: { Da primeira equação, temos que: (x + y)2 = (12)2 x2 + y2 + 2xy = 144 (substituindo pela segunda equação) 74 + 2xy = 144 2xy = 70 xy = 35 x = 35/y (substituindo na primeira equação) 35 + y2 = 12y y2 – 12y + 35 = 0 y’ = 5 ou y’’ = 7 Se y = 5, x = 7 ou se y = 7, x = 5 Os números são 7 e 5. 22. Um pai tinha 30 anos quando seu filho nasceu. Se multiplicarmos as idades que possuem hoje, obtém-se um produto que é igual a três vezes o quadrado da idade do filho. Quais são as suas idades? Solução: Denominando de P = idade do pai, e F = idade do filho, temos que: P – F = 30 PF = 3F2 → P = 3F (substituindo na primeira equação) 3F – F = 30 F = 15 e P = 45 O pai tem 45 anos enquanto que o filho tem 15 anos. 23. Os elefantes de um zoológico estão de dieta juntos. Num período de 10 dias devem comer uma quantidade de cenouras igual ao quadrado da quantidade que um coelho come em 30 dias. Em um dia os elefantes e o coelho comem juntos 1.444 kg de cenoura. Quantos quilos de cenoura os elefantes comem em 1 dia? Solução: Denominando de E = quantidade que os elefantes devem comer em um dia e C = quantidade que um coelho deve comer em um dia, teremos: { ( ) ⇒ { 10C = 14440 – 900C2 90C2 + C – 1444 = 0 C’ = 4 C’’< 0 (descartado) E = 1440 kg Um elefante come 1440 kg de cenoura por dia. Questão 24: Sejam α1 e α2 as raízes do polinômio ax 2 + bx + c, com a ≠ 0. Calcule as seguintes expressões, em função de a, b e c: (a) (b) √ √ (c) √ √ Solução: a) ⇒ b) ( ) √ √ √ √ √ √ c) (√ √ ) √ √ √ √ √ √ √ √ √√ √ √ 25. O número – 3 é a raiz da equação x2 – 7x – 2c = 0. Nessas condições, determine o valor do coeficiente c. Solução: Se –3 é raiz, então: p(– 3) = 0 (– 3)2 – 7.( – 3) – 2.c = 0 c = 15 26. Encontre o polinômio p(x) = 2x4 + bx3 + cx2 + dx+ e que satisfaz a equação p(x) = p(1 - x). Solução: p(x) = 2x4 + bx3 + cx2 + dx+ e p(x – 1) = 2(x – 1)4 + b(x – 1)3 + c(x – 1)2 + d(x – 1)+ e p(x – 1) = 2x4 + (– 8 – b)x3 + (12 + 3b + c)x2 + (– 8 – 3b – 2c – d)x + (2 + b + c + d + e) Pela identidade de polinômios, temos que: p(x) ≡ (p – 1), comparando os coeficientes de mesmo grau iremos concluir que: b = – 4, c = t (t ℝ), d = 2 – t, e ℝ O polinômio procurado será: p(x) = 2x4 – 4x3 + tx2 + (2 – t )x+ e Questão 27: (OBM) Dois meninos jogam o seguinte jogo. O primeiro escolhe dois números inteiros diferentes de zero e o segundo monta uma equação do segundo grau usando como coeficientes os dois números escolhidos pelo primeiro jogador e 1.998, na ordem que quiser (ou seja, se o primeiro jogador escolhe a e b o segundo jogador pode montar a equação 1.998x2 + ax + b = 0 ou ax2 + 1.998x + b = 0 etc.) O primeiro jogador é considerado vencedor se a equação tiver duas raízes racionais diferentes. Mostre que o primeiro jogador pode ganhar sempre. Solução: Inicialmente veja que, se num polinômio p(x) = anx n + … + a1x + a0, tivermos an + … a1 + a0 = 0, teremos p (1) = 0 e 1 é raiz de p. Dessa forma se o primeiro jogador escolhe b = – (1998 + a), 1 será raiz da equação do segundo grau que o seu oponente irá montar. Se um polinômio tem coeficientes inteiros (na verdade vale para coeficientes racionais) e possui uma raiz irracional do tipo a + b r (r não é quadrado perfeito), então a – b r também é raiz. Ou seja, as raizes irracionais vêm aos pares. No caso de uma equação de segundo grau, e coeficientes inteiros, ambas as raizes são irracionais, ou ambas são racionais. No nosso caso, como 1 já é raiz, a outra raiz será racional. Basta ver então, apenas se 1 não é raiz multipla (pois queremos que as raizes sejam distintas). Para isso basta escolher a adequadamente. Se o primeiro jogador escolher os números a = n1998, e b = – (n + 1) 1998, n 2 N, ele ganha. (1 não será raiz múltipla e a equação terá duas raizes racionais distintas.) Obs. É possivel obter soluções com a + b + 1998 0, por exemplo com {a, b} = {2040, – 5478} (solução obtida com o auxílio de um computador.) 28. (OBM) Mostre que a equação x2 + y2 + z2 = 3xyz tem infinitas soluções onde x;y;z são números inteiros. Solução: Escolhemos uma solução para a equação. Tomamos por exemplo o terno (1,1,1) x² + 1² + 1² = 3.x.1.1 ou seja, x=1 ou x= 2 Então, além de (1,1,1), o terno (2,1,1) também é solução da equação. Considerando agora o terno (2,1,1) teremos então por exemplo que 2² + 1² + z² = 3.2.1.z, ou seja z=1 ou z=5. Então além de (2,1,1), o terno (2,1,5) também é solução. De modo geral escolhendo uma terna e escolhendo um dos três valores, sempre acharemos outro valor que satisfaz também a equação. Ou seja de um terno (x0 , y0 , z0) sempre obteremos um outro terno (x1, y1, z1). Escolhendo x0 teremos: x² + y0² + z0 ² = 3.x. y0 .z0 x² - 3.x. y0 .z0 + y0² + z0 ² = 0 Com essa equação do 2º grau, sabemos então que a soma das raízes é dada por s = 3. y0 .z0 Então x1 > x0 se x0 < 3/2 . y0 .z0 e caso contrário x0 > 3/2 . y0 .z0 . Com isso garantimos que a segunda raiz sempre será maior que a primeira que foisubstituída na equação, e consequentemente, existirá infinitas soluções para a equação. 29. (Gazeta Matemática, Romênia) Considere a equação a2x2 (b2 - 2ac)x + c2 = 0; onde a;b e c são números inteiros positivos. Se n é tal que p(n) = 0, mostre que n é um quadrado perfeito. Solução: Temos que: 0)( np 0)2( 2222 cncabna Observe que essa é uma equação do segundo grau na incógnita n . Para resolver essa equação encontremos o seu discriminante: )4(44444])2([ 22242222242222 acbbcabbcacacabbcaacb Daí, podemos concluir que )4( 22 acbb é um quadrado perfeito, pois Nn é raiz de )(xp , ou seja, 0)( np e a , b e c são inteiros positivos o que nos garante que acb 42 também é um quadrado perfeito, já que 2b também o é. Mas acb 42 é o discriminante da equação do segundo grau 02 cxbxa , onde suas raízes a b x 2 ' e a b x 2 " , devido ao valor de , são números racionais. Voltando para a resolução da equação inicial, 0)2( 2222 cncabna , temos que: a c a cabb a b a cabbcab a cabbcab n 2 4 2 42 2 )4(2 2 2 22 2 222 Mas, "' xx a b , "' xx a c , ' 2 42 x a cabb e " 2 42 x a cabb , onde 'x e "x são, como já vimos, as raízes da equação 02 cxbxa . Portanto, fazendo as devidas substituições, temos que: "'"')'("'')"'(' 2 xxxxxxxxxxn 2)'(' xn Ou: "'"')"("'")"'(" 2 xxxxxxxxxxn 2)"(" xn Logo, como n é um número natural que é igual ao quadrado de números racionais, então esses números racionais tem que ser inteiros e n é, portanto, um quadrado perfeito. Questão 30: (Gazeta Matemática, Romênia) Sejam a, b Z. Sabendo que a equação (ax – b)2 + (bx – a)2 = x, tem uma raiz inteira, encontre os valores de suas raízes. Solução: (ax – b)2 + (bx – a)2 = x a2x2 – 2abx + b2 + b2x2 – 2abx + a2 = x (a2 + b2)x2 – (4ab + 1)x + a2 + b2 = 0 Se o produto é igual a 1 e uma as raízes é inteira, então elas são inversas e: 4ab + 1 ≥ 2.(a2 + b2) 2a2 + 2b2 – 4ab ≥ 1 2.(a – b)2 ≥ 1 √ √ ⇒ ⇒ 31. (Gazeta Matemática, Romênia) Resolva a equação: * + Obs.: [x] é o menor inteiro maior ou igual a x. Solução: Por definição de [a], teremos que: x , 2x2 e x2 + 1 . A expressão acima equivale a dizer que x é o quociente da divisão euclidiana de 2x2 por x2 + 1, isto é, equivale a dizer que: r {0, 1, ..., x, ..., x2}, tal que: 2x2 = (x2 + 1).x + r, daí podemos afirmar – x3 + 2x2 – x = r x.( – x2 + 2x – 1) = r mas temos que x | r, então concluímos que r {0, x, 2x, ..., x2}, o que nos permite dizer que r = .x com {0, 1, ..., x}. Segue que x.( – x2 + 2x – 1) = .r x.( – x2 + 2x – (1+)) = 0 Segue daí que x = 0 ou que ( – x2 + 2x – (1+)) = 0. Da segunda igualdade, termos que √ , mas como x e {0, 1, ..., x}, = 0, e daí, termos x = 1 como a segunda solução. 32. Demonstrar que: (a) n4 + 4 não é primo se n > 1; (b) generalize, mostrando que n4 + 4n não é primo, para todo n > 1. a) não é primo se n > 1 Solução: Considere a igualdade de Sophie Germain a4 + 4b4 = (a2 + 2b2 + 2ab)( a2 + 2b2 - 2ab) Tomando a = n e b = 1, temos: n4 + 4 = (n2 + 2 + 2n)( n2 + 2 - 2n), assim, n4 + 4 é composto. b) Generalize, mostrando que n4 + 4n não é primo, para todo n > 1. Solução: Se n for par, segue que n4 e 4n são pares, logo n4 + 4n não é primo. Se n for ímpar, n é da forma 2m + 1, então, substituindo temos: (2m + 1)4 + 42m + 1 (2m + 1)4 + 4 42m (2m + 1)4 + 4 24m (2m + 1)4 + 4 Tomando a = 2m + 1 e b = 2m , o resultado é conseqüência da igualdade de Sophie Germain. Questão 33: Para fazer 12 bolinhos, preciso exatamente de 100 g de açúcar, 50 g de manteiga, meio litro de leite e 400 g de farinha. Qual a maior quantidade desses bolinhos que serei capaz de fazer com 500 g de açúcar, 300 g de manteiga, 4 litros de leite e 5 kg de farinha? Solução: Para fazer 12 bolinhos: 100g de Açúcar 50g de Manteiga 0,5 l de Leite 400g de Farinha. Com: 500g de Açucar conseguimos fazer 60 bolinhos 50g de Manteiga conseguimos fazer 72 bolinhos 0,5l de Leite conseguimos fazer 96 bolinhos 400g de Farinha conseguimos fazer 150 bolinhos Portanto o açúcar é o ingrediente limite e podemos fazer 60 bolinhos no máximo. 34. Dadas as frações qual é maior? Solução: Denominando x = , x +1 = e x + 2 = , teremos uma expressão a qual iremos supor uma afirmação, de que a primeira fração é menor do que a segunda. O que é verdade, logo, a primeira fração é menor do que a segunda! 35. Achar o maior valor inteiro positivo de n tal que n200 < 5300: Solução: Aplicando as propriedades das potências, temos que: ( ) ( ) Como a base é positiva , segue que: n2 < 53 n < √ n < 11,2 Como n , temos que o maior valor inteiro positivo será quando n = 11. 36. Achar o menor valor inteiro positivo de n tal que Solução: 1 + 2 + 3 + ... + n > 55 ( ) n2 + n – 110 > 0 n > 0 (positivo), logo, n = 11. 37. Nove cópias de certas notas custam menos de R$ 10,00 e dez cópias das mesmas notas (com o mesmo preço) custam mais de R$ 11,00. Quanto custa uma cópia das notas? Solução: Denominando de x = valor de uma cópia, teremos que: 9x < 10 → x < 10/9 10x > 11 → x > 11/10 Analisando as desigualdades, x < 1,111... e x > 1,10, iremos concluir que x = 1,11. Uma cópia custa R$1,11. 38. Se enumeram de 1 até n as páginas de um livro. Ao somar estes números, por engano um deles é somado duas vezes, obtendo-se o resultado incorreto: 1.986. Qual é o número da página que foi somado duas vezes? Solução: Considere k o número que foi somado duas vezes. O valor de k é um número natural maior ou igual a 1 e menor ou igual a n. Assim: i) 1986 – (1 + 2 + ... + n) ≥ 1 1986 – [ ( ) - ≥ 1 – n2 – n ≥ 3970 n2 + n – 3970 ≤ 0 Resolvendo a inequação, encontramos: - 63,5 ≤ n ≤ 62,5 ii) 1986 – (1 + 2 + ... + n) ≤ n 1986 – [ ( ) - ≤ n – n2 – n ≤ 3972 n2 + 3n – 3972 ≥ 0 Resolvendo a inequação, encontramos: n ≤ - 64,5 e n ≥ 61,5 As duas inequações apresentam o seguinte conjunto solução para n natural 61,5 ≤ n ≤ 62,5, Segue que o único valor de compreendido nesse intervalo é 62. Assim, o número de páginas do livro é 62 páginas A soma das páginas seria: 1 + 2 + 3 + ... + 62 = ( ) . Como havia somado 1986, logo: 1986 – 1953 = 33. A página somada duas vezes, foi a página 33. 39. Determine os valoresde a para os quais a função quadrática ax2 – ax + 12 é sempre positiva. Solução: Para que a função seja sempre positiva deve obedecer: a > 0 e < 0 = a2 – 4.a.12 < 0 0 < a < 48. Para uma equação ter apenas resultados positivos é necessário que delta seja menor que zero, e o coeficiente do termo quadrático positivo. 40. Ache os valores de x para os quais cada uma das seguintes expressões é positiva: ( ) ( ) ( ) a) Solução: Pelo numerador temos que teremos uma imagem positiva para x > 0 e imagem negativa para x < 0. Enquanto que para o denominador teremos uma imagem positiva para qualquer valor de x (discriminante menor que zero) Fazendo o estudo dos sinais, veremos que o valor que satisfará a condição do problema será: S = { x ℝ / x > 0} b) Solução: Pelo numerador temos que teremos uma imagem positiva para x > 3 e imagem negativa para x < 3. Enquanto que para o denominador teremos uma imagem positiva para x > – 1 e teremos uma imagem negativa para x < – 1. Fazendo o estudo dos sinais, veremos que o valor que satisfará a condição do problema será: S = { x ℝ / x < – 1 ou x > 3} c) Solução: Pelo numerador temos que teremos uma imagem positiva para x < – 1 ou x > 1 e imagem negativa para – 1 < x < 1. Enquanto que para o denominador teremos uma imagem positiva para x < 0 ou x > 3 e teremos uma imagem negativa para 0 < x < 3. Fazendo o estudo dos sinais, veremos que o valor que satisfará a condição do problema será: S = { x ℝ / x < – 1 ou 0 < x < 1 ou x > 3} 41. Resolve r a equação: [x]{x}+ x = 2{x}+ 10, onde [x] denota a parte inteira de x. Por exemplo, [2;46] = 2 e [5;83] = 5. O número {x} é chamado parte fracionária de x e é definido por {x} = x - [x]. Solução: Considere x = [x] + {x} e substituindo na equação, temos: |x|{x} + [x] + {x} = 2{x} + 10 |x|{x} + [x] – {x} = 10 {x} ( [x] – 1) = 10 – [x] {x} = , - , - , da expressão temos que considerar que: i) 0 < {x} ≤ 1, visto que a parte fracionária tem que ser um valor entre 0 e 1. ii) [x] ≤ 10, pelo fato de que, se fosse maior que 10, teríamos uma parte fracionária negativa. iii) 10 – [x] ≤ [x] – 1, isto é, o numerador tem que ser menor ou igual ao denominador. Resolvendo essa inequação temos: – [x] – [x] ≤ – 1 – 10 – 2 [x] ≤ – 11 [x] ≥ 5,5 , mas como [x] tem que ser inteiro, então [x] ≥ 6 Assim, 6 ≤ [x] ≤ 10. Substituindo em {x} = , - , - , obtemos: i) Para [x] = 6 , {x} = iv) Para [x] = 9 , {x} = ii) Para [x] = 7 , {x} = = v) Para [x] = 10 , {x} = iii) Para [x] = 8 , {x} = Assim, a solução é : 6, 8; 7,5; ; 9,125 e 10 42. Mostre que entre os retângulos com um mesmo perímetro, o de maior área é um quadrado. Solução: Considere um retângulo cujos lados medem x e y. Temos que a área, A, desse retângulo é dada por e seu perímetro, p, é dado por . Logo, . / . E mais, . Portanto, para A máximo temos x = y. 43. Entre todos os triângulos isósceles com perímetro p fixado, ache as dimensões dos lados daquele que possui a maior área. Solução: Denominando cada um dos dois lados congruentes de a e o terceiro lado de b e o perímetro de p, teremos que: p = a + a + b p = 2a + b Usando a fórmula de Herón temos que a área de um triângulo com perímetro p é dada pela expressão √ . / . /. / No caso específico do triângulo isósceles, ela ficará √ . / . / . / Analisando uma parte da fórmula: . / . / . /, Temos que MG ≤ MA, logo, √. / . / . / O que nos permite concluir que (√. / . / . / ) ( ) (√. / . / . / ) . / . / . / . / O maior valor da desigualdade que o primeiro membro atingirá será quando ele for igual ao segundo membro, logo, substituindo na fórmula de Herón, teremos: √ √ √ Logo a maior área possível é √ , a qual é atingida quando . / . / ⇔ Ou seja, quando o triângulo for eqüilátero. 44. (OBM Júnior 1993) É dada uma equação do segundo grau x2 + ax + b = 0, com raízes inteiras a1 e b1. Consideramos a equação do segundo grau x2 + a1x + b1 = 0. Se a equação x 2 + a1x + b1 = 0 tem raízes inteiras a2 e b2, consideram s a equação x2 + a2x+ b2 = 0. Se a equação x 2 +a2x+b2 = 0 tem raízes inteiras a3 e b3, consideramos a equação x2 + a3x+ b3 = 0. E assim por diante . Se encontramos uma equação com < 0 ou com raízes que não sejam inteiros, encerramos o processo. Por exemplo, se começamos com a equação x2 = 0 podemos continuar o processo indefinidamente. Pede-se: (a) Determine uma outra equação que, como x2 = 0, nos permita continuar o processo indefinidamente; (b) Determine todas as equações do segundo grau completas a partir das quais possamos continuar o processo indefinidamente. Seja P0(x) = x 2 + a0x + b0 = 0 uma equação com raízes inteiras a1 e b1. Vamos definir a equação Pi(x) = x 2 + aix + bi = 0 como sendo a equação obtida no i-ésimo passo do procedimento descrito pelo enunciado, ou seja, ai e bi são as raízes inteiras da equação Pi – 1(x) = x 2 + ai - 1x + bi - 1 = 0, para i = 1, 2, ... . Responderemos agora os dois itens. a) Solução: Seja P0(x) = x 2 + kx = 0, onde k . Como se vê facilmente, podemos obter a partir de P0(x) = 0 as equações: Pi(x) = x 2 + (– 1)ikx = 0, i = 1, 2, ... . b) Solução: Nosso próximo passo será determinar todas as equações que nos possibilitem continuar o processo indefinidamente. Vimos no item (a) que as equações x2 + kx = 0, k , têm essa propriedade, por isso suponhamos b0 ≠ 0 em P0(x) = x 2 + a0x + b0 = 0. Evidentemente bi - 1 = ai .bi, ou seja, bi divide bi – 1, o que mostra que, para todo i inteiro positivo, bi divide b0. Além disso, b0 possui um número finito de divisores, pois b0 ≠ 0. Daí resulta que, se b0 ≠ 0 e o processo continua indefinidamente, pelo menos um dos divisores bj de b0 deve aparecer infinitas vezes como termo independente das equações do processo. Digamos que bj volte aparecer como termo independente de uma equação Pk(x) = x 2 + akx + bk = 0 para algum k > j. Mas como bi divide bi – 1 para todo i inteiro positivo, temos |bi – 1| ≥ |bi| e daí |bj| ≥ |bj+1|≥ ... ≥ |bk| = |bj|, o que mostra que |bi| = |bj| para i = j + 1, j + 2, ..., k, onde bi { – bj, bj} para todo i > j. Há dois casos a considerar: , ( ) ( ) e , ( ) ( ) No primeiro caso, observemos que é raiz de ( ) , o que implica que a outra raiz é – 1 e ( ) . Se o termo independente de ( ) é , então 1 é raiz de ( ), o que implica que ( ) ⇒ , o que é absurdo pois divide b0. Se o termoindependente de ( ) é , então – 1 é raiz de ( ), o que mostra que ( ) ⇒ ⇒ ( ) ⇒ ( ) , o que é uma equação cujas raízes não são inteiras. Vemos portanto que neste caso não é possível continuar o processo. Uma análise inteiramente análoga a do primeiro caso permite-nos concluir, no segundo caso, ( ) que é uma equação onde uma das raízes é 1 ou – 1. Se a raiz for – 1, então ( ) , o que é absurdo. Se a raiz for 1, então ( ) ⇒ . Logo ( ) , cujas raízes são 1 e – 2. Assim podemos fazer ( ) para i ≥ j + 2, e repetir este procedimento indefinidamente. É imediata a verificação de que ( ) também implica que ( ) para 0 ≤ i ≤ j. Segue que ( ) é a única equação com termo independente não nulo a partir da qual podemos repetir o processo um número arbitrário de vezes. Capítulo 3 – Soluções dos Exercícios 1. Encontre o resto que deixa (a) 2001. 2002 . 2003 . 2004 + 20052 quando é dividido por 7; O produto 2001. 2002 . 2003 . 2004 é divisível por 7 pois 2002 0 mod 7. Como 2005 3 mod 7 temos que 20052 32 mod 7 2 mod 7. Logo o resto será igual a 2. (b) 2100 quando é dividido por 3; Sabemos que 22 1 mod 3 e 502100 22 portanto 2100 150 mod 3 1 mod 3. Então o resto será igual a 1. (c) 2856 3412371 quando é dividido por 111. Sabemos que 12371 50 mod 111; 123712 58 mod 111; 123718 584 mod 111 46 mod 111. Como 111mod16111mod461237112371 77856 . Portanto devemos encontrar o resto da divisão de 2828 503416 por 111. Temos que 111mod58502 ; como 14228 5050 então 111mod5850 1428 . Sendo 111mod34582 logo 111mod345858 77214 . Se 437 34.3434 e 111mod10343 e 111mod7344 então 111mod10.7347 . Portanto temos um resto igual a 70. 2. Provar que o número n5 + 4n é divisível por 5 para qualquer número natural n. Adicionando e subtraindo 5n à expressão n5 + 4n teremos então n5 + 4n + 5n – 5n = n5 – n + 5n. Pelo pequeno teorema de Fermat temos que nn 55 e n55 . Sabemos que se ba e ca então cba . Portanto nn 45 5 . 3. Prove que se n é ímpar (a) n3 – n é divisível por 24; Seja 1..13 nnnnnP um número inteiro com n ímpar. i) Sabemos que o produto de dois números consecutivos é múltiplo de 2, então P é divisível por 2. ii) Sendo n ímpar temos que 1n e 1n são pares então P é divisível por 22. iii) O produto de três números consecutivos é divisível por 3, então P é divisível por 3. iv) Todo número divisível por 2 e 3 é divisível por 6, então P é divisível por 6. v) Se P é múltiplo de 6dee22 então será múltiplo de 24. (b) n2 – 1 é divisível por 8; Seja 1.112 nnnP um número inteiro com n ímpar. Sendo 12 kn , para k Z temos que )1.(422.2112.11212 kkkkkknP . i) Se k é par temos que P = 4k = 8m. ii) Se k é ímpar k + 1 é par então temos P = 8m. Portanto P será sempre múltiplo de 8. (c) n2 + (n + 2)2 + (n + 4)2 + 1 é divisível por 12. Seja 142 222 nnnP um número inteiro com n ímpar. Desenvolvendo temos 116844 222 nnnnnP = 74321123 22 nnnn . Sendo 12 kn , para k Z temos que 7124123 2 kkP 7481443 2 kkkP 121243 2 kkP 3343 2 kkP 3312 2 kkP mP 12 , m Z, logo P é múltiplo de 12. 4. O número 21093 – 2 é divisível por 10932? Como 1093 é primo e 11093,2 , temos, pelo Pequeno Teorema de Fermat, que 221093 1093 . Sabemos que 12.222 10921093 . Da aritmética dos restos temos que 2modmod pbapba pppp , com a, b, p N e p primo. Fazendo p = 1093 temos que 21093109310931093 1093mod1093mod baba . Temos que 1211093.2218737 p logo 1093mod11093.237 pp mod1237 2227 mod123 pp 2214 mod1443 ppp Como 22 mod04 pp então 214 mod143 pp (1) 1115111093.1516384214 p pp mod1115214 22214 mod11152 pp 2228 mod1213302252 ppp 228 mod1213302 pp multiplicando por 32 temos 2282 mod108929702.3 pp . Como 2970p = 1093p + 1876p + p; 1089 = 1093 – 4; 22 mod0 pp e sendo p = 1093 temos: 2282 mod418762.3 pp que dividido por 4 resulta em 2262 mod14692.3 pp 277262 mod14692.3 pp 2718214 mod14692.3 pp Desenvolvendo o binômio e excluindo as congruências 2mod0 p restará: 218214 mod132832.3 pp 218214 mod141093.32.3 ppp 2218214 mod1432.3 ppp 218214 mod142.3 pp (2) Usando as expressões (1) e (2) temos 2182 mod12 p 266182 mod12 p 21092 mod12 p multiplicando por 2 temos que 21093 mod22 p . Logo 221093 1093 . 5. Prove que 19999941234567890 é divisível por 333331. Considere 19999941234567890P . Podemos escrever 1234567889 1 1234567890 999994.19999941999994 k kP . Logo MP k k .999993999994.999993 1234567889 1 , sendo M N. Como 333331.3999993 então SMP .333331.333331.3 , sendo S N. Portanto P é múltiplo de 333331. 6. O número N = 42005 + 20054 é primo? 450142004420054 4.420054.4200542005 N . Fazendo 2005a e 5014b , segue pela desigualdade de Sophie Germain que N é composto. 7. Demonstre que o número zeros2006 001...1000 é composto. 1000...001 = zeros2007 00...1000 + 1 = 1102007 1102007 = 33669 110 Fazendo 33669 110 bea temos que 2233 . bbaababa . Como 2233 . bbaababa é composto então zeros2006 001...1000 também é composto. 8. Utilizando o fato de que o resto de um quadrado quando dividido por 4 só pode ser 0 ou 1, dê uma outra solução para o problema do Exemplo 3.54. Seja P = aabb um número natural quadrado perfeito a {1, 2, ..., 9} e a b. Temos que P = 4q + 0 ou P = 4q + 1. Para P = 4mod0aabb temos que b = 0; b = 4 ou b = 8. Para b = 8, P não é quadrado perfeito, pois nenhum quadrado perfeito termina em 8. Para b = 0, P não é quadrado perfeito, pois teríamos 100.aaP e não existe nenhum quadrado perfeito da forma aa. Para b = 4, P = aa44 temos que 10030 P . Por tentativa temos que 882 = 7744, portanto a = 7. Para P = 4mod1aabb 1114 b , logo b = 3 ou b = 7. Nestes casos P também não é quadrado perfeito, pois nenhum quadrado perfeito termina em 3 ou em 7. 9. Dados três inteiros, x, y, z, tais que x2 + y2 = z2, mostre que x e y não são ambos ímpares e que xy é múltiplo de 6. I) Suponha por absurdo x e y ímpares. Sendo x = 2t + 1 e y = 2v + 1 e {t, v} Z. Como x2 + y2 = z2 então 222 144144 zvvtt 222 24 zvvtt 4m + 2 = z2, mostrando que z2 é par logo z também é par. Seja z= 2u com u Z, então z2 = 4u2. Portanto 4m + 2 = 4u2 dividindo por 2 temos parímparum 2212 o que é um absurdo. II) Mostrar que xy é múltiplo de 3 Suponha x e y não múltiplos de 3. Logo z = 3k, k Z. Seja 2,1,33 212211 rrcomrqyerqx . Como x2 + y2 = z2 temos que 22 222 2 2 2 111 2 1 96969 krrqqrrqq então 2 2 2 13 rr . Como x e y não são ambos ímpares e xy é múltiplo de 3 então xy é múltiplo de 6. 10. Demonstre que o quadrado de um inteiro é da forma 8n ou 8n+1 ou 8n + 4. Seja m um número inteiro. Podemos escrever m = 4k; m = 4k + 1; m = 4k + 2 ou m = 4k + 3. Se m = 4k então m2 = 16k2 = 8(2k2) = 8n. Se m = 4k + 1 então m2 = (4k + 1)2 = 16k2 + 8k + 1 = 8 (2k2 + k) + 1 = 8n + 1. Se m = 4k + 2 então m2 = (4k + 2)2 = 16k2 + 16k + 4 = 8 (2k2 + 2k) + 4 = 8n + 4. Se m = 4k + 3 então m2 = (4k + 3)2 = 16k2 + 24k + 9 = 16k2 + 24k + 8 + 1 = 8(2k2 + 3k + 1) + 1 = 8n + 1. Outra solução: Seja p = 4q + r a divisão de p por 4. Assim 22222 28816 rqrqrqrqp . Logo 8mod22 rp , como r {0, 1, 2, 3} então r2 {0, 1, 4}. Portanto np 82 ou 182 np ou 482 np . 11. Três números primos p; q e r, maiores que 3, formam uma progressão aritmética, ou seja, q = p + d e r = p + 2d. Prove que d é divisível por 6. Para provar que d é divisível por 6, devemos mostrar que 2|d e 3|d. Como todos os primos maiores que 3 são ímpares e, supondo que d seja ímpar, temos que q é par, pois, a soma de dois números ímpares resulta em um número par, o que é um absurdo, pois, q é primo. Assim, d é par, isto é, 2|d. Supondo que d não seja divisível por 3, então d é da forma 3k + 1 ou 3k + 2, com k N. Para d = 3k + 1, verificamos que: p = p q = p + d = p + 3k + 1 r = p + 2(3k + 1) = p + 3(2k) + 2 Para d = 3k + 2, verificamos que: p = p q = p + d = p + 3k + 2 r = p + 2(3k + 2) = p + 3(2k + 1) + 1 Assim, pelo Lema dos restos, na divisão por 3 os valores de q e r são da forma p + 1 e p + 2. Logo, sendo p, q e r três números consecutivos, ou seja, p, p + 1 e p + 2, então, pelo menos um deles é múltiplo de 3, mostrando que 3| d. Portanto, como 2|d e 3|d, então 6|d. 12. Demonstrar que existem infinitos números primos da forma 4m + 3 e da forma 6m + 5, onde m Z. Um número inteiro P qualquer pode ser inscrito como rqP 4 , com r {0, 1, 2, 3}. Se P é primo então r = 1 ou r = 3. Suponha que existam finitos primos na forma 4m + 3 e seja A o conjunto de todos os primos dessa forma, ou seja nppppNmmA ,...,,5,2,14 210 . Observe que o conjunto A é fechado multiplicativamente. Suponhamos, por absurdo, que existam apenas um número finito de primos p1 < ... < pk da forma 34 m , com m > 1. O número P = 4(p1.p2....pk) + 3 não é divisível por nenhum dos números primos 3, p1, ..., pk e, portanto, sua decomposição em fatores primos só pode conter primos da forma 4m + 1, o que é uma contradição, pois P é da forma 4m + 3. Considere um número natural S qualquer. Podemos escrevê-lo na forma rm 6 , 5,...,1,0r . Se o número S é primo então 5,1r . Suponhamos, por absurdo, que existam apenas um número finito de primos p1 < ... < pk da forma 56 m , com m > 1. O número S = 6(p1.p2....pk) + 5 não é divisível por nenhum dos números primos 5, p1, ..., pk e, portanto, sua decomposição em fatores primos só pode conter primos da forma 6m + 1. Como o conjunto B = {6n + 1; nN} é fechado multiplicativamente, então S é da forma 6m + 1, o que é uma contradição. Logo existem infinitos números primos da forma 6m + 5. 13. Encontrar o último dígito dos números (resto da divisão por 10) (a) 19892005 Sabemos que 100222005 1989.19891989 . 10mod91989 e 10mod110mod8110mod91989 22 10mod110mod11989 100210022 . 10mod910mod1.91989.19891989 10022205 Logo o dígito da unidade é 9. (b) 777777 + 250 10mod18134 e 10mod727 10mod7777 10mod710mod1.73.273.33437777 64425632592593777 10mod225 10mod41024222 1010550 Logo 10mod110mod472777 50777 , então o algarismo da unidade é 1. (c) 1 + 22 + 32 + ... + 20052. Sabemos que 10mod11991...21111 ; 10mod21992...22122 , ou seja números de mesmo final possuem mesmos restos mod 10 e sabemos, também, que todo número quadrado só termina em 0, 1, 4, 5, 6 ou 9. Dividindo 2000 em grupos de 10 temos 200 grupos. Portanto temos i) de 1 até 2000 temos 10mod0900045.2000149656941.200 ii) de 2001 até 2005 temos 10mod52554941 Portanto o algarismo da unidade é 5. 14. Prove que a soma dos quadrados de cinco números consecutivos não é um quadrado perfeito. Sejam 2;1;;1;2 nnnnn números naturais consecutivos. Somando os quadrados 22222 2112 nnnnn temos 105 2 n . Se n é par (n = 2k) temos 24 ' k . Se n é ímpar (n = 2k + 1) temos 34 '' k . Como um quadrado perfeito é da forma k4 ou 14 k . Portanto a soma dos quadrados de cinco números consecutivos não é um quadrado perfeito. 15. Prove que 100...000500...0001 100100 zeroszeros não é um cubo perfeito. Se n é inteiro podemos escrever kknqn ,93 3 ou kknqn ,1913 3 ou kknqn ,8923 3 . Seja 100...000500...0001 100100 zeroszeros X então podemos escrever 110.510 101202 X . Pelo lema dos restos temos que 9mod110202 ; 9mod1.510.5 101 e 9mod11 . Logo X deixa resto 1 + 5 + 1 = 7 quando dividido por 9, portanto X não é cubo perfeito. 16. Seja b um inteiro positivo. Enuncie e prove o critério de divisibilidade por b no sistema de numeração de base b. Proposição: Se ZaaaaP bnn 011... com nibai ,...,2,1,0,1,...,2,1,0 , então Pb 00 a . () Seja P um número escrito na base b, logo 01 1 1 ... abababaP n n n n . Podemos escrever 01 2 1 1 )....( aabababP nn n n . Pela proposição 3.3 temos que Pb , logo 01 2 1 1 )....( aabababb nn n n . É fato que )....( 1 2 1 1 abababb nn n n então b também deve dividir 0a . Como 10 0 ba temos necessariamente que 00 a . () Seja bababaP nn n n 1 1 1 ... um número em base b, logo qbabababP nn n n .)....( 1 2 1 1 Pb 17. Prove que os números (a) n n 1 ... 3 1 2 1 1 , com n > 1, Considere p o maior número primo tal que p < n, então, np npnppnpnp n ......321 1......21......11...21.........431......32 Fazendo e logo . Como p não divide npp ...11...321 , que é uma parcela de m, então pk também não divide npp ...11...321 portanto, n não é inteiro. (b) 12 1 ... 5 1 3 1 n n , com n > 0, não são inteiros. Considere p o maior número primo tal que p < n. Então, 12......753 12......3...12...22...53...12......7312......75 np npnppnpnp n Fazendo 1......21......11...21.........431......32 npnppnpnpm nppk ...11...21 pk m n 12......3...12...22...53...12......7312......75 npnppnpnpm e 12...22...753 nppk então pk m n . Como p não divide 12...22...753 npp , que é uma parcela de m, então pk também não divide 12...22...753 npp , portanto, n não é inteiro. 18. Considere o polinômio 0 1 1 ...)( anananp m m m m de grau m > 1 com coeficientes inteiros e nN. Prove que p(n) é um número composto para infinitos valores de n. Sugestão: Use o fato de que existe a N tal que 1)( ap e mostre que divide akp , para todo k Z. Sabemos que )(ap e temos que 0 1 1 ...)( aaaaaap m m m m . Calculando akp em 0 1 1 ...)( anananp m m m m temos: 0 1 1 ...)()()( aakaakaakp m m m m que, após desenvolver os binômios de cada parcela, restará kkkaaaaaakp mmmmmm ......)( 1011. Como a N, a primeira parcela representa )(ap e como k Z, a segunda parcela representa uma soma de potências de que pode ser escrita como .Q , pois é múltiplo de . Então .1.)( TQQakp 19. Dizemos que um conjunto An formado por n inteiros positivos escritos no sistema binário (base 2) é regular se, para qualquer s inteiro não negativo a quantidade de números de An que contemplam 2 s na representação binária é par. Dizemos que An é irregular se, pelo menos para algum s, este número é ímpar. Demonstre que um sistema irregular pode se converter em regular excluindo-se apenas um único elemento do mesmo, e, um sistema regular pode se converter em irregular excluindo-se qualquer um dos seus elementos. 20. Seja n um inteiro positivo. Demonstrar que todos os coeficientes do desenvolvimento do binômio de Newton (a + b)n são ímpares se, e somente se, n é da forma 12 s . 21. Prove que se (x0, y0) é uma solução da equação diofantina linear ax – by = 1, então a área do triângulo cujos vértices são (0, 0), (b, a) e (x0, y0) é 2 1 . Se (x0, y0) é solução da equação ax – by = 1, então ax0 – by0 = 1. Sabemos que a área de uma região triangular, no plano, pode ser dada por DA . 2 1 , sendo D o determinante formado com as coordenadas dos vértices. Então 1 1 100 2 1 00 ab yxA = 00 2 1 byax = 1 2 1 = 2 1 22. Qual é a menor distância possível entre dois pontos (x1, y1) e (x2, y2), com coordenadas inteiras, situados sobre a reta definida pela equação diofantina ax + by = c? Temos que cbyaxcbyax 2211 e Então 2211 byaxbyax logo 2121 xxayyb 2121 xx b a yy . Como a distância entre dois pontos no plano é dada por 221 2 21 yyxxd temos, então que 2 21 2 21 xx b a xxd 2212 2 2 21 xx b a xxd 2 2 2 21 1 b a xxd 2 22 21 b ba xxd . Se (x1, y1) (x2, y2) e as coordenadas são inteiras temos d 0 e 121 xx . A distância mínima ocorre quando 121 xx então 2 22 min b ba d . Capítulo 4- Soluções dos Exercícios 1. Seja C um conjunto formado por cinco pontos de coordenadas inteiras no plano. Prove que o ponto médio de algum dos segmentos com extremos em C tem também coordenadas inteiras. Solução: Seja C = { P1, P2, P3, P4, P5 } o conjuntos dos 5 pontos de coordenadas inteiras no plano. Temos as seguintes possibilidades: P1= { par, par}; P2= { par ímpar}; P3= {ímpar, par} e P4= {ímpar, ímpar}. O ponto médio entre dois pontos A e B é dado por M( xM, yM) , onde: e Observe que para o ponto médio tenha coordenadas inteiras xA e xB, é necessário que sejam ambos pares ou ambos ímpares, o mesmo ocorre com yA e yB. Dessa forma, os pontos P1, P2, P3, P4, P5 representam os pombos, e a paridade de suas coordenadas representam as casas, onde não pode haver outra possibilidade. Pelo P.C.P., P5 terá a paridade de suas coordenadas igual a um dos pontos P1, P2, P3, P4 . Portanto, o ponto médio de algum dos segmentos com extremidades em C tem também coordenadas inteiras. 2. O conjunto dos dígitos 1, 2, ..., 9 é dividido em três grupos. Prove que o produto de alguns dos grupos deve ser maior que 71. Solução: Sejam 1, 2, 3, os produtos dos elementos do grupo 1, do grupo 2 e do grupo 3, respectivamente. Suponha que: 1 ≤71 2 ≤71 3 ≤71 Daí, como 1 > 0, 2 > 0, 3 > 0, temos: 362880 = 1 ∙ 2 ∙ 3 ≤357911 ou seja, 362880 ≤357911 (absurdo!!!) Portanto, o produto de alguns dos grupos deve ser maior que 71. 3. Prove que se N é ímpar então para qualquer bijeção p : IN IN do conjunto IN = {1, 2, ... ,N} o produto P(p) = (1 – p(1))(2 – p(2)) ... (N – p(N)) é necessariamente par. (Dica: O produto de vários fatores é par se, e somente se, um dos fatores é par.) Solução: Se N é ímpar então é da forma N = 2k + 1. Se P(p) fosse ímpar, todos os termos (i – p(i)) seriam ímpares para todo 1 i N. Sendo assim (N – p(N)) = (2k + 1 – p(2k + 1)) = 2k’ + 1 p(2k + 1) = 2(k – k’), o que implica que P(N) é par, logo P(p) não é ímpar. 4. Dado um conjunto de 25 pontos no plano tais que entre quaisquer 3 deles existe um par com distância menor que 1. Prove que existe um círculo de raio 1 que contém pelo menos 13 dos 25 pontos dados. Solução: (i) Inicialmente escolhemos dois pontos P e Q do plano cuja distância de P a Q é maior que 2, traçamos dois círculos C1 e C2 de raio 1 e centros P e Q respectivamente. Se todos os pontos estiverem no interior de um dos dois círculos o problema está resolvido. Caso contrário teríamos um dos pontos exterior aos dois círculos o que contraria o fato de que entre quaisquer 3 deles um par existe um par com distância menor que 1. (ii) Vamos analisar a situação os círculos C1 e C2 possuem intersecção é não vazia, ou seja, C1 e C2 possuem intersecção possui d pontos, com isso, cada círculo tem pelo menos 23 – d pontos. Assim, cada região que não é intersecção entre os dois círculos tem na “pior” das hipóteses com 0 ≤ d ≤ 23. Se d = 0, temos a situação (i), caso contrário, um dos círculos terá pelo menos 13 pontos. . 5. Prove que entre quaisquer 5 pontos escolhidos dentro de um triângulo eqüilátero de lado 1 sempre existe um par destes cuja distância não é maior que 0,5. Solução: Dividindo o triângulo equilátero de lado 1 em quatro triângulos eqüiláteros de lado 1/2 como a figura que se segue. Logo, pelo PCP pelo menos dois pontos devem estar no mesmo triângulo, uma vez que temos 4 triângulos e 5 pontos. Assim, como a maior distância entre dois pontos que estão num triângulo equilátero ocorre quando estes estiverem no vértice do triângulo e como os 4 triângulos menores tem lados ½, então pelo menos dois de seus pontos estão a uma distância de no máximo ½. . 6. Marquemos todos os centros dos 64 quadrinhos de um tabuleiro de xadrez de 8x8. É possível cortar o tabuleiro com 13 linhas retas que não passem pelos pontos marcados e de forma tal que cada pedaço de recorte do tabuleiro tenha no máximo um ponto marcado? Solução: Temos marcados no tabuleiro64 pontos, estando alinhados em 8 linhas e 8 colunas. Para separarmos os 8 pontos pertencentes as 8 colunas são necessárias 7 linhas e para dividirmos os 8 pontos pertencentes as 8 linhas são necessárias 7 linhas, totalizando 14 linhas. Caso sejam usadas 13 linhas poderemos dividir o tabuleiro em 56 espaços, como temos 64 pontos, pelo Princípio da Casa dos Pombos, teremos pelo menos 8 casas com 2 pontos. Logo, não é possível cortar o tabuleiro com 13 linhas retas que não passem pelos pontos marcados e de forma tal que cada pedaço de recorte do tabuleiro tenha no máximo um ponto marcado. 7. Prove que existem duas potências de 3 cuja diferença é divisível por 1997. Solução: Existem 1997 possíveis restos pela divisão por 1997. Considere a sequência das potências de 3: 30, 3¹, 3², 3³, ...,31997. Esta sequência é composta de 1998 números. Portanto, pelo PCP, dois desses, digamos 3n e 3m, com n > m, têm mesmo resto quando divididos por 1997. Logo, a sua diferença 3n– 3m é divisível por 1997. 8. São escolhidos 6 números quaisquer pertencentes ao conjunto A = {1, 2, ...., 10}. Prove que existem dois destes seis números cuja a soma é ímpar. Solução: Sabemos que a soma de dois números naturais é ímpar se, os números não tiverem a mesma paridade, isto é, se um for par e o outro for ímpar. Como o conjunto A tem 5 números pares e 5 números ímpares e devemos escolher 6 números quaisquer, pelo PCP, teremos dentre os seis números escolhidos, pelo menos um número par e um número ímpar escolhido, onde a soma é ímpar. 9. Seja x um número real arbitrário. Prove que entre os números x, 2x, 3x, ..., 101x existe um tal que sua diferença com certo número inteiro é menor 0,011. Solução: Seja x um número real tal que, para certo inteiro se tenha a.x [, +1], para a {1, 2, ..., 101} e x . Considere os conjuntos I = {x0 = 1, x1, x2, ..., x99, x100 = +1} com x1< x2< ...< x99 < x100, e xi – xi – 1 = 0,01, i {1, 2, ..., 100}. Considere os intervalos Ii = [xi – 1, xi] e x = ou 101.x = + 1, nada há a demonstrar. Suponha que x ≠ e 101.x ≠ + 1. Temos # { Ii } = 100 e # { x, 2x, 3x, ..., 101x} = 101. Logo, temos 101 elementos para acomodar em 100 intervalos de comprimento 0,01. Segue que teremos dois números em um único intervalo. Se x > 0, serão 100x e 101x. Se x < 0, serão x e 2x. Em qualquer caso teremos dois números num mesmo intervalo, no qual um dos extremos é inteiro. Logo devemos ter x – < 0,01 < 0,011 ou + 1 – 101x < 0,01 < 0,011. 10. Mostre que entre nove números que não possuem divisores primos maiores que cinco, existem dois cujo produto é um quadrado. Solução: Seja A= {x1, x2, x3, x4, x5, x6, x7, x8, x9} o conjunto de nove números que não possuem divisores primos maiores que cinco. Os números que não possuem divisores primos maiores que cinco são da forma xI = 2.3.5. Para que o produto de dois números xi.xj seja um quadrado, devemos ter xI = 2 .3.5 e xj = 2 ’.3’.5’, com i,j {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}, ou seja, xi.xj = (2.3.5 ).( 2 ’.3’.5’ ) = 2+’.3+’.5+’, onde + ’, + ’ e + ’ necessariamente devem ser pares, temos as seguintes possibilidades: Possibilidades e ’ e ’ e ’ + ’, + ’, + ’ 1ª Pares Pares Pares Pares 2ª Pares Pares Ímpares Pares 3ª Pares Ímpares Pares Pares 4ª Pares Ímpares Ímpares Pares 5ª Ímpares Pares Pares Pares 6ª Ímpares Ímpares Ímpares Pares 7ª Ímpares Pares Ímpares Pares 8ª Ímpares Ímpares Ímpares Pares Então existem 8 possibilidades para que o produto seja quadrado. Pelo P.C.P., as 8 possibilidades são as casas e os 9 elementos de A são os pombos, e consequentemente, dentre os 9 elementos de A, o produto de pelo menos dois deles é um quadrado. 11. Um disco fechado de raio um contém sete pontos, cujas distâncias entre quaisquer dois deles é maior ou igual a um. Prove queo centro do disco é um destes pontos. Solução: 12. Na região delimitada por um retângulo de largura quatro e altura três são marcados seis pontos. Prove que existe ao menos um par destes pontos cuja distância entre eles não é maior que √ . Solução: Dividimos o retângulo em quadrados de lado unitário, como mostra a figura abaixo. Posicionamos 4 destes pontos nos vértices do retângulo maior. Em seguida posicionamos o quinto ponto no centro do retângulo maior (onde do centro aos outros teremos 2,5 > √ ). Ao acrescentarmos o sexto ponto, em qualquer região, ela não será maior que 2 em relação a 2 pontos mais próximos (lembrando que 2 < √ ). 13. Seja a um número irracional. Prove que existem infinitos números racionais r = p/q tais que |a – r| j< 1/q2. Solução: 14. Suponha que cada ponto do reticulado plano é pintado de vermelho ou azul. Mostre que existe algum retângulo com vértices no reticulado e todos da mesma cor. Solução: Se imaginarmos 3 linhas horizontais, as quais possuam 3 ponto de cores alternadas (vermelho ou azul) e alinhados sobre uma reta perpendicular às horizontais; para cada paralela ao alinhamento desses pontos teremos 2x2x2 = 8 possibilidades de disposição de cores aos pontos de intersecção das paralelas com as horizontais. Então, sabemos que após 8 retas paralelas irá repetir algum padrão das 8 possibilidades, e iremos ter o possível retângulo. 15. Um certo livreiro vende pelo menos um livro por dia. Sabendo que o livreiro vendeu 463 livros durante 305 dias consecutivos, mostre que em algum período de dias consecutivos o livreiro vendeu exatamente 144 livros. Solução: A soma de livros vendidos do 1º ao último dia é 463. Considere Sn como a soma dos livros vendidos do 1º dia ao dia n, com 1 305. Temos que: 1 S1 S2 <S3 <S4 < S305 = 463. Note S4- S1 é a quantidade de livros vendidos entre o 1º e o 4º dia. Considere agora 1 p Devemos mostrar que existe p e q tal que Sp- Sq= 144. Observe que a seqüencia abaixo é crescente, pois é vendido por dia pelo menos 1 livro. S1 S2 < S3 < S4 < S305 (I), logo 144+S1 144+S2 <144+S3 <144+S4 < S305 (II) Das sequencias (I) e (II) temos: 305+305= 610 números e 463+144= 607 valores possíveis. Pelo PCB, os números equivalem aos pombos e os possíveis valores as casas, logo Sp seqüencia (I) e Sq+ 144 à seqüencia (II). Portanto em algum período de dias consecutivos o livreiro vendeu exatamente 144 livros. Capítulo 5 – Soluções dos Exercícios 1. De quantas maneiras podemos escolher três números distintos do conjunto I50 = {1, 2, 3, ..., 49, 50 } de modo que sua soma seja a) um múltiplo de 3? Devemos escolher números cujas classes de restos são do tipo 0 – 0 – 0 ou 1 – 1 – 1 ou 0 – 1 – 2 ou 2 – 2 – 2. Classe de resto 0 são 16 números, de resto 1 ou 2 são 17 números cada. Para escolher três números de resto 0 num total de 16 temos 560 3 16 maneiras. Para escolher três números de resto 1 ou 2 num total de 17 temos 1360680.2 3 17 .2 maneiras. Para escolher um número de resto 0, um número de resto 1 e um número de resto 2 temos, pelo principio multiplicativo, 16 . 17 . 17 = 4624 maneiras. Logo teremos 560 + 1360 + 4624 = 6544 maneiras distintas de escolher os três números cuja soma será múltiplo de três. b) um número par? Podemos escolher três números pares num total de 25, ou seja, 2300 3 25 maneiras. Podemos escolher dois números ímpares numtotal de 25, ou seja, 300 2 25 maneiras e um número par num total de 25. Portanto teremos 300 . 25 = 7500 maneiras. Finalmente pelo principio aditivo teremos um total de 2300 + 7500 = 9800 maneiras distintas de escolher os três números cuja soma será par. 2. Considere o conjunto In = {1, 2, 3, ..., n – 1, n}. Diga de quantos modos é possível formar subconjuntos de k elementos nos quais não haja números consecutivos? Considerando um caso particular se o conjunto fosse {1, 2, 3, 4, 5, 6}, teríamos 4 opções para formarmos 3 subconjuntos onde não existiriam números consecutivos. Seriam os seguintes subconjuntos: {1, 3, 5} {1, 3, 6} {1, 4, 6} {2, 4, 6} É lógico que este processo de enumeração é exaustivo e nada prático, então, vamos tentar generalizar. Usaremos o símbolo + para os elementos que farão parte do subconjunto e o símbolo - para os que não farão parte dele. Para o exemplo dado, com um conjunto de 6 elementos e subconjuntos de 3 elementos, teríamos 3 símbolos + e 3 símbolos - que, em cada subconjunto não poderiam estar seguidos. Para o subconjunto {1, 3, 5}, a simbologia seria: + - + - + -. Devemos perceber que, para 6 elementos, ficam definidos 7 posições possíveis (n + 1), conforme figura abaixo. - - - Fixando os 3 lugares que seriam preenchidos pelos elementos que não farão parte do subconjunto, sobrariam 4 posições (n – k +1) para serem escolhidas 3 para serem preenchidas pelos que farão parte do subconjunto. Note que, se temos 3 elementos que não vão participar do subconjunto, temos 3 + 1 (n – k +1) posições para serem ocupadas pelos outros 3 elementos, que farão parte do subconjunto. Logo, em nosso exemplo, temos uma única posição para os não participantes (-) e C4,3 para os participantes (+) do subconjunto. Então, generalizando, teremos para n elementos kknC ,1 . 3. Considere as letras da palavra PERMUTA. Quantos anagramas de 4 letras podem ser formados, onde: a) não há restrições quanto ao número de consoantes ou vogais? b) o anagrama começa e termina por vogal? c) a letra R aparece? d) a letra T aparece e o anagrama termina por vogal? a) 7 . 6 . 5 . 4 = 840 anagramas b) 3 . 5 . 4 . 2 = 120 anagramas c) São 4 posições para colocar a letra R. Depois temos 6 . 5 . 4 = 120 maneiras de escolher as outras três letras. Portanto temos 4 . 120 = 480 anagramas com a letra R. d) São três posições para colocar a letra T. Temos 3 . (5 . 4 . 3) = 180 anagramas com a letra T que terminam em vogal. 4. Calcular a soma de todos os números de 5 algarismos distintos formados com os algarismos 1; 3; 5; 7 e 9. Teremos um total de 120 números todos da forma edcba 10.10.10.10. 234 . Sendo que a, b, c, d, e podem assumir os valores 1, 3, 5, 7 e 9. Somando esses algarismos teremos 1 + 3 + 5 + 7 + 9 = 25 (soma dos valores absolutos que corresponde à soma quando cada um deles estiver em uma ordem fixa). Como são 24 números com os algarismos ocupando uma posição fixa teremos 25 x 24 = 600. Para somar todos os números devemos usar a decomposição do total que será dada por )(10).(10.)(10).(10).( 234 edcbaedcbaedcbaedcbaedcba multiplicado por 24. Como (a + b + c+ d + e) x 24 = 600, temos por soma o produto 110101010.600 1234 = 600 x 11111 = 6666600 5. Quantos números podem ser formados pela multiplicação de alguns ou de todos os números 2; 2; 3; 3; 3; 5; 5; 6; 8; 9; 9? Tais números são do tipo cba 5.3.2 , sendo 0 a 6; 0 b 8 e 0 c 2. Como são 7, 9 e 3 possibilidades para a, b e c, respectivamente, então são 7 . 9 . 3 = 189 possibilidades para cba 5.3.2 . Mas 1, 2, 3 , 5, 8, 38, 38 . 5, 38 . 52 , 26 , 26 . 5 e 26 . 52 não podem ser obtidos como pede o texto. Assim, são 178 desses números. 6. Entre todos os números de sete dígitos, diga quantos possuem exatamente três dígitos 9 e os quatro dígitos restantes todos diferentes? Temos um total de 4,9 3 7 .CP números de sete dígitos com três repetidos, veja figura abaixo. 9 9 9 3 7P 4,9C Mas, devemos excluir os números iniciados em zero, que são em um total de 3,8 3 6 .CP Então teremos 4,9 3 7 .CP - 3,8 3 6 .CP = 126 x 840 – 56 x 120 = 99120 números. 7. De quantas maneiras podemos distribuir 22 livros diferentes entre 5 alunos se 2 deles recebem 5 livros cada e os outros 3 recebem 4 livros cada? Primeiro escolhemos os alunos de 3,32,5 . CC maneiras diferentes. Depois escolhemos os livros de 4,44,84,125,175,22 .... CCCCC maneiras diferentes. O total, pelo principio multiplicativo, será o produto das duas escolhas. Teremos 3,32,5 . CC . 4,44,84,125,175,22 .... CCCCC = !2.!3.!4.!5 !22 3 = 56463835428000 8. Quantos são os números naturais de sete dígitos nos quais o dígito 4 figura exatamente 3 vezes e o dígito 8 figura exatamente 2 vezes? Os números iniciados em 4 são iguais a 8.8...1 2,42,6 CC = 5760 ( 2,6C representa as maneiras de acrescentar os outros dois dígitos 4 e 2,4C representa as maneiras de acrescentar os dois dígitos 8). Os números iniciados em 8 são iguais a 8.8...1 3,51,6 CC = 3840 ( 1,6C representa as maneiras de acrescentar o outro dígito 8 e 3,5C representa as maneiras de acrescentar os três dígitos 4). Os números iniciados em outros dígitos, exceto o zero, são iguais a 8...7 2,33,6 CC = 3360 ( 3,6C representa as maneiras de acrescentar os três dígitos 4 e 2,3C representa as maneiras de acrescentar os dois dígitos 8). Portanto, pelo princípio aditivo, temos a soma 5760 + 3840 + 3360 = 12960 números. 9. De quantas maneiras uma comissão de 4 pessoas pode ser formada, de um grupo de 6 homens e 6 mulheres, se a mesma é composta de um número maior de homens do que de mulheres? Se o número de homens é maior que o número de mulheres então devemos ter 3 homens e 1 mulher ou 4 homens e 0 mulheres. Para 3 homens e 1 mulher temos 120. 1,63,6 CC maneiras de escolher as comissões. Para 4 homens e 0 mulheres temos 154,6 C maneiras de escolher as comissões. Pelo principio aditivo temos 120 + 15 = 135 maneiras de escolher as comissões. 10. O comprimento de uma palavra é a quantidade de caracteres que ela possui. Encontre a quantidade de palavras de comprimento 5 que podemos formar fazendo uso de 10 caracteres distintos, de forma que não existam três caracteres consecutivos idênticos em cada palavra. Usando os 10 caracteres temos 510 maneiras de formar as palavras de comprimento 5. São indesejáveis as palavras cujo formato está mostrada na figura abaixo. A A A B C Grupo único O grupo que repete pode ser contado como 10 . 3! (são 10 caracteres diferentes e temos três itens para permutar AAA, B e C. Para as duas posições que sobram podemos ter 9 . 8 = 72 maneiras de escolha (pois esses caracteres não podem ser iguais). Portanto temos 510 – 8.9.!3.10 = 95680 palavras. 11. Quantos números inteiros existem entre 1 e 10.000 que não são divisíveis por 3; 5 e 7? Obs.: Fiz o exercício sem considerar que fossem múltiplos simultâneos. São 3333 múltiplos de 3, 1999 múltiplos de 5 e 1428 múltiplos de 7. São 666 múltiplos de [3, 5] = 15; 476 múltiplos de [3, 7] = 21 e 285 múltiplos de [5, 7] = 35. São 95 múltiplos de [3, 5, 7] = 105. Pelo princípio da inclusão e exclusão temos 10000 – [3333 + 1999 + 1428 – (666 + 476 + 285) + 105] = 4562 números que não são múltiplos de 3, 5 e 7.
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