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Reparação Conceito: é o processo de cura de uma lesão e compreende a substituição de células e tecido perdido por outros viáveis, visando a recuperação do tecido ou célula. Ocorre logo após o processo de inflamação. A reparação é feita por dois tipos: Regeneração: proliferação de células do parênquima sem deixar vestígios. Fibroplasia: a lesão é preenchida por proliferação de tecido conjuntivo resultando em uma cicatriz (atinge parênquima + estroma). Ex: lagartixa quando perde a cauda. Basicamente o processo de reparação ocorre por hipertrofia e hiperplasia, tendo como exemplo o fígado, que é o órgão que mais se regenera, tendo um processo de hiperplasia compensatória. O processo de reparação ocorre através de estímulos de mediadores químicos, quais vão estimular a multiplicação de células uma ou duas vezes. Essa multiplicação não pode ser descontrolada, pois nesse caso, pode dar início a uma neoplasia maligna. Um ponto importante no processo de reparação, é em relação aos ossos. Pois eles não se cicatrizam, mas sim, se consolidam. Ele é preenchido por neoformação óssea, ocorrendo juntamente com o processo de metaplasia, onde os fibroblastos são substituídos por osteoclastos. Capacidades proliferativas: Células lábeis Células estáveis ou quiescentes Células permanentes I-) São células que se proliferam continuamente repondo as que são perdidas da mesma forma, tendo como exemplo: epitélio, mucosa, útero gravídico. II-) São células que se replicam de forma lenta e apenas ocasionalmente. Ex: células parenquimatosas de quase todos os tecidos. III-) Essas células perderam a capacidade de regeneração após o nascimento. Exemplo: células do SNC, células do musculo esquelético, células cardíacas. Células tronco São células quiescentes de um grupo emergencial, quais mantem certas características embrionárias que lhes conferem a capacidade de se multiplicarem e diferenciarem em vários tecidos. Essas células estão presentes em muitos tecidos, como cérebro e medula óssea. A medicina regenerativa é uma das novas áreas de Medicina e Medicina Veterinária. Fibroplasia Nesse caso, há um “remendo” no local do tecido perdido. Esse remendo é a reparação. Ocorre por três fases: Inflamação Proliferação (granulação e fibroplasia) Remodelação (maturação e contração) É importante lembrar que essas três fases são divididas didaticamente, porém ocorrem ao mesmo tempo. Tecido de granulação É o tecido mais característico e importante evento na reparação por fibroplasia. Ocorre poucas horas depois da lesão. Macroscopicamente é observado um tecido rosado, brilhante, edematoso, exsudativo e levemente granulomatoso. Já microscopicamente, edema, proliferação de fibroblastos, neovascularização e infiltração de células inflamatórias (macrófagos). Contração da lesão Ocorre para obter-se a diminuição do local da cicatriz, onde haverá uma produção de colágeno constante. - Queloide é a continuidade do tecido conjuntivo, após a lesão. Reparação de ferimentos externos Existem três tipos de cicatrização, sendo elas: Cicatrização de primeira intenção / cicatrização primária Cicatrização de segunda intenção / cicatrização secundária Cicatrização de terceira intenção. A cicatrização de primeira intenção, é aquele que ocorre quando a ferida está limpa (livres de grandes números de bactérias), é decorrente de uma incisura, onde as bordas do tecido a ser cicatrização estarão próximas. Além disso, possui recuperação rápida, após 12 horas da sutura os fibroblastos já se interligam. Com 72 horas, é possível observar o tecido de granulação sob a ferida (casquinha). Já na cicatrização de segunda intenção, as bordas não estão tão próximas quanto na primeira, resultado de uma lesão um pouco maior. É diferenciada da primeira por conta da reação inflamatória mais extensa, o tecido de granulação é mais abundante e a extensão da ferida e contração é maior (normalmente, lacerações). Embora não seja um tipo de cicatrização, mas sim uma forma especial de tratamento do ferimento muito contaminado, na cicatrização de terceira intenção o ferimento é mantido aberto e também estarão sobre cuidados até que a infecção e inflamação diminuam, seguindo então de um processo de desbridação e sutura, qual pode ser considerada, cicatrização de primeira intenção. Como nem tudo é perfeito, existem algumas complicações durante a cicatrização (Não muito usado em medicina veterinária): Cicatrização deficiente (deficiência na formação de grânulos e cicatriz) – podendo ocorrer ulceração e deiscência – reação a fio cirúrgico. Excesso de tecido de granulação (deve ser retirado) Queloide (que pode ser por hipersensibilidade) Contraturas pós cicatriciais (miofibroblastos maduros) Um adendo é feito ao lembrar que o que mais influencia na vascularização depende do tipo de sutura, podendo causar até mesmo uma necrose. Fatores que influenciam a recuperação por fibroplasia Idade: quanto mais velho o animal, maior sua dificuldade de cicatrização, pois a mesma ficará mais lenta. Dieta: animais desnutridos, pois a cicatrização ficará mais lenta por conta da baixa síntese de colágeno. Hipoproteinemia: Quanto mais proteinemia, mais lento é processo de cicatrização. Distúrbio hematológico: alta susceptibilidade a infecção bacteriana. Hipovolemia: distúrbio de oxigenação. Diabetes: susceptível infecção bacteriana, porque reduz a quimiotaxia e fagocitose. Antiinflamatórios: Em geral, devem ser utilizados na dosagem correta. Os não esteroidais não interferem na cicatrização, porém os esteroidais inibem a síntese de proteína e colágeno. Dose antineoplasica: não tem especificidade, além de inibir a proliferação celular. Neoplasia: invasão de células neoplásicas, inibe a cicatrização. Uremia: altera sistema enzimático e o metabolismo celular. Infecção: reduz atividade dos fibroblastos. Corpos estranhos: influencia na vascularização, podendo necrosar o tecido. Antissépticos: mata bactérias, porém são letais para fibroblastos e leucócitos, além de comprimirem vasos e inibirem a formação de tecido de granulação, eles diminuem a resistência dos ferimentos.
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