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Ética OAB Revisaço.PDF 3

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2016	-	09	-	13
Reta	final	OAB:	revisão	unificada	-	Edição	2016
1.	ÉTICA	PROFISSIONAL
ATIVIDADE	DE	ADVOCACIA
São	atividades	privativas	do	advogado:
a)	Postulação	em	órgão	do	Poder	Judiciário:
A	postulação	exclusiva	do	advogado	em	juízo	encontra-se	respaldada	no	art.	133	da	CF/1988:
Art.	133.	O	advogado	é	indispensável	à	administração	da	justiça,	sendo	inviolável	por	seus	atos	e	manifestações	no	exercício
da	profissão,	nos	limites	da	lei.
Porém,	convém	lembrar	que	o	texto	original	do	inc.	I	do	art.	1.º	do	Estatuto	da	Advocacia,	ao	estabelecer	como	atividade
privativa	 de	 advocacia	 a	 postulação	 em	 juízo,	 continha	 a	 expressão	 “qualquer”,	 que	 foi	 declarada	 inconstitucional	 com	 o
julgamento	da	ADIn	1.127-8.	Dessa	forma,	em	regra	deve	prevalecer	a	exigência	do	advogado	para	a	postulação	em	órgãos	do
Poder	Judiciário,	devendo	as	exceções	serem	previstas	em	lei	própria,	conforme	descrito	no	quadro	abaixo:
••	Exceções:
art.	1.º,	§	1.º,	da	Lei	8.906/1994 Habeas	Corpus
art.	9.º	da	Lei	9.099/1995 Juizado	Especial	Cível,	nas	causas	de	valores	até	20	salários	mínimos
art.	10,	caput,	da	Lei	10.259/2001 Juizado	Especial	Federal
art.	2.º,	caput,	da	Lei	5.478/1968 Lei	de	Alimentos
Súmula	Vinculante	5	(STF) Defesa	em	processo	administrativo	disciplinar
A	 Consolidação	 das	 Leis	 Trabalhistas	 (CLT)	 também	 é	 uma	 exceção	 da	 postulação	 privativa	 do	 advogado,	 contudo,
necessário	observar	o	entendimento	do	TST	na	Súmula	425.	Vejamos:
b)	Consultoria,	assessoria,	direção	jurídica.
As	 atividades	 de	 consultoria,	 assessoria	 e	 direção	 jurídicas,	 seja	 em	 empresa	 pública	 ou	 privada,	 são	 privativas	 de
advogados,	não	podendo	ser	praticadas	por	bacharéis	em	Direito,	ainda	que	se	trate	de	um	bacharel	já	aprovado	no	Exame
de	Ordem.
Neste	sentido,	vale	lembrar	que	a	aprovação	no	Exame	de	Ordem	é	apenas	um	dos	requisitos	para	se	obter	a	inscrição
como	advogado	junto	a	OAB,	devendo-se	cumprir	com	os	demais	requisitos	previstos	no	art.	8.º	do	Estatuto	da	Advocacia.
••	Contrato	social:	qualquer	ato	constitutivo	de	pessoa	jurídica,	para	ser	levado	a	registro	no	órgão	competente,	deverá
ser	visado	por	advogado,	à	 exceção	das	microempresas	e	 empresas	de	pequeno	porte,	que	 têm	essa	dispensa	prevista	no
Estatuto	Nacional	da	Microempresa	e	da	Empresa	de	Pequeno	Porte	(art.	9.º,	§	2.º,	da	LC	123/2006)
A	exigência	do	visto	do	advogado	nos	atos	e	contratos	constitutivos	de	pessoas	jurídicas	não	deve	ser	interpretada	como
mera	formalidade,	mas	sim	como	uma	responsabilidade	efetiva	do	profissional	que	deverá	analisar,	não	só,	a	 forma,	mas
também	o	conteúdo	do	referido	documento.
••	 Divulgação	 e	 associação	 da	 advocacia	 com	 outra	 atividade:	 não	 se	 admitirá	 a	 divulgação	 da	 advocacia,	 nem	 a
associação	com	qualquer	profissão	ou	atividade,	seja	mercantil,	de	natureza	beneficente,	lucrativa	ou	não	lucrativa.
Dessa	forma,	o	advogado	pode	anunciar	os	seus	serviços	profissionais,	individual	ou	coletivamente,	desde	que	observe	a
discrição	e	a	moderação,	somente	para	finalidade	exclusivamente	informativa,	sendo	vedada	a	divulgação	em	conjunto	com
outra	atividade.
Essa	vedação	procura	evitar	a	mercantilização	da	advocacia,	afastando	a	captação	indevida	de	clientela	e	de	causas,	assim
como	a	concorrência	desleal.
••	Nulidade	dos	atos	praticados:	serão	considerados	nulos	 todos	os	atos	privativos	de	advogado	praticados	por	pessoa
não	inscrita	na	OAB,	sem	prejuízo	das	sanções	civis,	penais	e	administrativas,	assim	como	os	atos	praticados	por	advogado
impedido	 –	 no	 âmbito	 do	 impedimento	 –,	 suspenso,	 licenciado	 ou	 que	 passar	 a	 exercer	 atividade	 incompatível	 com	 a
advocacia.
••	Exercício	da	advocacia:	o	efetivo	exercício	da	atividade	de	advocacia	se	dá	com	a	participação	anual	mínima	em	cinco
atos	privativos	previstos	no	art.	1.º	do	Estatuto,	em	causas	ou	questões	distintas.	Nesse	sentido,	a	prática	de	atos	privativos	de
advocacia,	por	profissionais	e	sociedades	não	inscritos	na	OAB,	constitui	exercício	ilegal	da	profissão.
MANDATO	JUDICIAL
••	Conceito:	é	o	contrato	pelo	qual	o	outorgante	 (cliente)	nomeia	e	constitui	o	outorgado	 (advogado)	para	representá-lo
judicial	ou	extrajudicialmente.
••	Não	 se	 admitirá	 a	 outorga	de	poderes	 para	 a	 sociedade	dos	 advogados,	 sendo	permitida	 somente	 aos	 advogados,	 na
condição	de	pessoa	física.
••	Tipo	de	contrato:	 contrato	 típico	misto	 fusionado,	 tendo	 em	vista	que	o	 contrato	presume,	 além	de	uma	 relação	de
prestação	de	serviços	advocatícios,	uma	fixação	de	honorários.
••	Início	do	mandato	judicial:
a)	 Constituição	 do	 advogado	 pelo	 cliente:	 tem	 início	 o	 mandato	 com	 a	 assinatura	 do	 instrumento	 de	 mandato
(procuração);
b)	Nomeação:
–	ad	hoc:	nomeação	para	ato	específico	e	determinado;
–	 apud	 acta:	 ocorre	 quando	 a	 nomeação	 fica	 registrada	 na	 ata	 de	 audiência.	 Conhecida	 também	 como	mandato	 tácito.
Exemplo:	art.	791,	§	3.º,	da	CLT.
••	Extinção	do	mandato:
a)	Substabelecimento	sem	reserva	de	poderes	(art.	26,	§	1.º,	do	Código	de	Ética	Disciplinar	–	CED);
b)	Revogação	(art.	17	do	CED);
c)	Renúncia	(arts.	15	e	16	do	CED);	e
d)	Arquivamento	dos	autos	ou	conclusão	da	causa	(art.	13	do	CED).
••	Prazos:	o	advogado	postulará,	em	juízo	ou	fora	dele,	 fazendo	prova	 imediata	do	mandato.	Afirmando	urgência,	pode
atuar	sem	procuração,	obrigando-se	a	apresentá-la	no	prazo	de	quinze	dias,	prorrogável	por	igual	período.
A	 urgência	 mencionada	 para	 a	 prorrogação	 do	 prazo	 para	 a	 apresentação	 do	 mandato	 possui	 presunção	 legal	 de
veracidade	a	favor	do	advogado,	bastando	a	sua	alegação,	sem	que	haja	a	necessidade	de	prova.
••	Deveres	do	advogado	com	relação	ao	mandato	judicial:
a)	 O	 advogado	 não	 deve	 aceitar	 procuração	 de	 cliente	 que	 já	 tenha	 patrono	 constituído	 nos	 autos,	 sem	 prévio
conhecimento	deste,	salvo	por	motivo	justo	ou	para	adoção	de	medidas	judiciais	urgentes	e	inadiáveis,	sob	pena	de	infração
ético-disciplinar	punível	com	censura;
b)	O	 advogado	deve	 informar	 o	 cliente,	 de	 forma	 clara	 e	 inequívoca,	 quanto	 a	 eventuais	 riscos	 da	 sua	pretensão	 e	 às
consequências	 que	 poderão	 advir	 da	 demanda;	 deve,	 ainda,	 denunciar,	 a	 quem	 lhe	 solicite	 patrocínio,	 qualquer
circunstância	que	possa	influir	na	resolução	de	submeter-lhe	a	consulta	ou	confiar-lhe	a	causa.
c)	Ao	 fim	do	mandato	 judicial,	 o	advogado	deverá	promover	a	devolução	de	bens,	 valores	e	documentos	 recebidos	no
exercício	 do	 mandato	 e	 pormenorizada	 prestação	 de	 contas,	 não	 excluindo	 outras	 prestações	 solicitadas,	 pelo	 cliente,	 a
qualquer	momento;
d)	O	advogado	não	deve	deixar	ao	abandono	ou	ao	desamparo	as	causas	sob	seu	patrocínio,	 sendo	recomendável	que,
diante	de	dificuldades	ou	inércia	do	cliente	quanto	a	providências	que	lhe	tenham	sido	solicitadas,	renuncie	ao	mandato.
e)	A	renúncia	ao	patrocínio	implica	omissão	do	motivo	e	a	continuidade	da	responsabilidade	profissional	do	advogado	ou
escritório	de	advocacia,	durante	o	prazo	estabelecido	em	lei	(10	dias,	segundo	o	art.	5.º,	§	3.º,	do	EAOAB);	não	fica	excluída,
todavia,	a	responsabilidade	pelos	danos	causados	aos	clientes	ou	a	terceiros;
f)	 Os	 advogados	 integrantes	 da	 mesma	 sociedade	 profissional,	 ou	 reunidos	 em	 caráter	 permanente	 para	 cooperação
recíproca,	não	podem	representar	em	juízo	ou	fora	dele	clientes	com	interesses	opostos;
g)	 Havendo	 conflito	 de	 interesses	 entre	 seus	 constituintes,	 e	 não	 estando	 acordes	 os	 interessados,	 o	 advogado,	 com	 a
devida	prudência	e	discrição,	optará	por	um	dos	mandatos,	renunciando	aos	demais,	resguardado	o	sigilo	profissional;
h)	O	advogado,	ao	postular	em	nome	de	terceiros,	contra	ex-cliente	ou	ex-empregador,	judicial	e	extrajudicialmente,	deve
resguardar	o	sigilo	profissional.
i)	 O	 advogado	 deve	 abster-se	 de	 patrocinar	 causa	 contrária	 à	 validade	 ou	 legitimidade	 de	 atojurídico	 em	 que	 tenha
colaborado	ou	intervindo	de	qualquer	maneira;	da	mesma	forma,	deve	declinar	seu	impedimento	ou	o	da	sociedade	quando
houver	conflito	de	interesses	motivado	por	intervenção	anterior	no	trato	de	assunto	que	se	prenda	ao	patrocínio	solicitado.
j)	O	advogado	não	se	sujeita	à	imposição	de	seu	cliente	que	pretenda	ver	com	ele	atuando	outros	advogados,	nem	aceitar
a	indicação	de	outro	profissional	para	com	ele	trabalhar	no	processo;
l)	É	defeso	ao	advogado	 funcionar	no	mesmo	processo,	 simultaneamente,	 como	patrono	e	preposto	do	empregador	ou
cliente.
m)	O	advogado	não	será	responsabilizado	por	omissão	do	cliente	quanto	a	documento	ou	 informação	que	 lhe	devesse
fornecer	para	a	prática	oportuna	de	ato	processual	do	seu	interesse.
DIREITOS	DO	ADVOGADO
Ao	 se	 estabelecer	 direitos	 aos	 advogados,	 o	 Estatuto	 da	 Advocacia	 procurou	 assegurar	 a	 independência	 do	 advogado
diante	dos	órgãos	e	das	autoridades	públicas,	além	de	assegurar	o	efetivo	exercício	profissional	e	garantir	a	aplicação	da
justiça.
••	Exercer,	com	liberdade,	a	profissão	em	todo	o	território	nacional;
Constitui	direito	do	advogado	exercer,	com	liberdade,	a	profissão	em	todo	o	território	nacional.	No	entanto,	caso	pretenda
atuar	de	forma	habitual	em	Estado	diverso	do	qual	mantém	sua	inscrição	principal,	deverá	promover	inscrição	suplementar
no	Conselho	Seccional	da	OAB	do	referido	Estado.
••	 A	 inviolabilidade	 de	 seu	 escritório	 ou	 local	 de	 trabalho,	 bem	 como	 de	 seus	 instrumentos	 de	 trabalho,	 de	 sua
correspondência	escrita,	eletrônica,	telefônica	e	telemática,	desde	que	relativas	ao	exercício	da	advocacia;
A	 finalidade	 da	 inviolabilidade	 prevista	 no	 Estatuto	 da	 Advocacia	 é	 a	 liberdade	 da	 defesa	 e	 do	 sigilo	 profissional	 do
cliente.
••	Comunicar-se	com	seus	clientes,	pessoal	e	reservadamente,	mesmo	sem	procuração,	quando	estes	se	acharem	presos,
detidos	ou	recolhidos	em	estabelecimentos	civis	ou	militares,	ainda	que	considerados	incomunicáveis;
Essa	 prerrogativa	 tem	 por	 finalidade	 assegurar	 a	 qualquer	 cidadão	 preso	 o	 direito	 de	 ser	 assistido	 por	 advogado,
conforme	determina	o	art.	5.º,	LXIII,	da	CF/1988.
••	Ter	a	presença	de	representante	da	OAB	quando	preso	em	flagrante	por	motivo	ligado	ao	exercício	da	advocacia,	para
lavratura	do	respectivo	auto,	sob	pena	de	nulidade,	e,	nos	demais	casos,	a	comunicação	expressa	à	seccional	da	OAB;
••	Não	 ser	 recolhido	preso	 antes	 de	 sentença	 transitada	 em	 julgado,	 senão	 em	 sala	 de	Estado	Maior,	 com	 instalações	 e
comodidades	condignas,	assim	reconhecidas	pela	OAB,	e,	na	sua	falta,	em	prisão	domiciliar	(O	STF,	no	julgamento	da	ADIn
1.127-8,	declarou	inconstitucional	a	expressão	“assim	reconhecidas	pela	OAB”,	contida	originalmente	no	inciso).
••	Ingressar	livremente:
a)	Nas	salas	de	sessões	dos	tribunais,	mesmo	além	dos	cancelos	que	separam	a	parte	reservada	aos	magistrados;
b)	Nas	salas	e	dependências	de	audiências,	secretarias,	cartórios,	ofícios	de	justiça,	serviços	notariais	e	de	registro,	e,	no
caso	de	delegacias	e	prisões,	mesmo	fora	da	hora	de	expediente	e	independentemente	da	presença	de	seus	titulares;
c)	Em	qualquer	edifício	ou	recinto	em	que	funcione	repartição	judicial	ou	outro	serviço	público	onde	o	advogado	deva
praticar	ato	ou	colher	prova	ou	informação	útil	ao	exercício	da	atividade	profissional,	dentro	do	expediente	ou	fora	dele,	e
ser	atendido,	desde	que	se	ache	presente	qualquer	servidor	ou	empregado;	e
d)	Em	qualquer	assembleia	ou	reunião	de	que	participe	ou	possa	participar	o	 seu	cliente,	ou	perante	a	qual	este	deva
comparecer,	desde	que	munido	de	poderes	especiais;
••	Permanecer	sentado	ou	em	pé	e	retirar-se	de	quaisquer	dos	órgãos	supra	mencionados,	independentemente	de	licença;
••	Dirigir-se	diretamente	aos	magistrados	nas	salas	e	gabinetes	de	trabalho,	independentemente	de	horário	previamente
marcado	ou	outra	condição,	observando-se	a	ordem	de	chegada;
••	Sustentar	oralmente	as	razões	de	qualquer	recurso	ou	processo,	nas	sessões	de	julgamento,	após	o	voto	do	relator,	em
instância	judicial	ou	administrativa,	pelo	prazo	de	quinze	minutos,	salvo	se	prazo	maior	for	concedido;
••	Usar	da	palavra,	pela	ordem,	em	qualquer	juízo	ou	tribunal,	mediante	intervenção	sumária,	para	esclarecer	equívoco	ou
dúvida	surgida	em	relação	a	fatos,	documentos	ou	afirmações	que	influam	no	julgamento,	bem	como	para	replicar	acusação
ou	censura	que	lhe	for	feita;
Procura-se	 através	 desta	 prerrogativa	 impedir	 que	 injustiças	 ocorram	 em	 decorrência	 de	 incorreções	 ou	 equívocos
causados	pelos	magistrados,	além	de	garantir	a	liberdade	de	expressão	do	advogado,	pois	o	uso	da	palavra	é	fundamental
para	o	exercício	da	advocacia.
••	 Reclamar,	 verbalmente	 ou	 por	 escrito,	 perante	 qualquer	 juízo,	 tribunal	 ou	 autoridade,	 contra	 a	 inobservância	 de
preceito	de	lei,	regulamento	ou	regimento;
••	 Falar,	 sentado	 ou	 em	pé,	 em	 juízo,	 tribunal	 ou	 órgão	 de	 deliberação	 coletiva	 da	Administração	 Pública	 ou	 do	 Poder
Legislativo;
••	 Examinar,	 em	 qualquer	 órgão	 dos	 Poderes	 Judiciário	 e	 Legislativo,	 ou	 da	 Administração	 Pública	 em	 geral,	 autos	 de
processos	findos	ou	em	andamento,	mesmo	sem	procuração,	quando	não	estejam	sujeitos	a	sigilo,	assegurada	a	obtenção	de
cópias,	podendo	tomar	apontamentos;
••	Examinar,	em	qualquer	instituição	responsável	por	conduzir	investigação,	mesmo	sem	procuração,	autos	de	flagrante	e
de	investigações	de	qualquer	natureza,	findos	ou	em	andamento,	ainda	que	conclusos	à	autoridade,	podendo	copiar	peças	e
tomar	apontamentos,	em	meio	físico	ou	digital;
Convém	lembrar	que:
1.	Nos	autos	sujeitos	a	sigilo,	deve	o	advogado	apresentar	procuração;
2.	A	autoridade	competente,	diante	de	risco	de	comprometimento	da	eficiência,	eficácia	ou	da	 finalidade	das	diligências,	poderá	delimitar	o
acesso	do	advogado	aos	elementos	de	prova	relacionados	a	diligência	em	andamento	e	ainda	não	documentados	nos	autos;
3.	A	proibição	do	advogado	de	examinar	os	autos	de	flagrante	e	de	investigação,	bem	como	o	fornecimento	incompleto	de	autos	ou	a	retirada	de
peças	já	incluídas	no	caderno	investigatório,	implica	na	responsabilização	criminal	e	funcional	por	abuso	de	autoridade	do	responsável	que
impedir	o	acesso	do	advogado	com	o	intuito	de	prejudicar	o	exercício	da	defesa.
4.	O	impedimento	de	acesso	do	advogado	aos	autos,	determinado	pela	autoridade	responsável,	não	prejudica	o	seu	direito	de	requerimento	ao
juiz	competente	para	que	autorize	o	acesso	negado.
••	Ter	vista	dos	processos	judiciais	ou	administrativos	de	qualquer	natureza,	em	cartório	ou	na	repartição	competente,	ou
retirá-los	pelos	prazos	legais,	exceto	os	processos	sob	regime	de	segredo	de	justiça,	quando	existirem	nos	autos	documentos
originais	 de	 difícil	 restauração	 ou	 quando	 ocorrer	 circunstância	 relevante	 que	 justifique	 a	 permanência	 dos	 autos	 no
cartório,	 secretaria	 ou	 repartição,	 reconhecida	 pela	 autoridade	 em	 despacho	 motivado,	 proferido	 de	 ofício,	 mediante
representação	ou	a	requerimento	da	parte	interessada;
••	Retirar	autos	de	processos	 findos,	mesmo	sem	procuração,	pelo	prazo	de	dez	dias,	exceto	os	processos	sob	regime	de
segredo	de	justiça,	quando	existirem	nos	autos	documentos	originais	de	difícil	restauração	ou	quando	ocorrer	circunstância
relevante	 que	 justifique	 a	 permanência	 dos	 autos	 no	 cartório,	 secretaria	 ou	 repartição,	 reconhecida	 pela	 autoridade	 em
despacho	motivado,	proferido	de	ofício,	mediante	representação	ou	a	requerimento	da	parte	interessada;
••	Ser	publicamente	desagravado,	quando	ofendido	no	exercício	da	profissão	ou	em	razão	dela;
DESAGRAVO	PÚBLICO
Direito: O	inscrito	na	OAB,	quando	ofendido	em	razão	do	exercício	profissional	ou	de	cargo	ou	função	da	OAB,	tem	direito	aodesagravo	público	promovido	pelo	Conselho	competente,	de	ofício,	a	seu	pedido	ou	de	qualquer	pessoa.
DESAGRAVOPÚBLICO
Arquivamento
do	pedido:
O	relator	pode	propor	o	arquivamento	do	pedido	se	a	ofensa:
•	For	pessoal;
•	Se	não	estiver	relacionada	com	o	exercício	profissional;
•	Se	não	estiver	relacionada	com	as	prerrogativas	gerais	do	advogado;
•	Se	configurar	crítica	de	caráter	doutrinário,	político	ou	religioso.
Concordância
do	ofendido:
O	desagravo	público	deve	ser	promovido	a	critério	do	Conselho.
Não	depende	de	concordância	do	ofendido,	que	também	não	pode	dispensá-lo.
Conselho
Federal:
Compete	 ao	 Conselho	 Federal	 promover	 o	 desagravo	 público	 de	 Conselheiro	 Federal	 ou	 de	 Presidente	 de	 Conselho
Seccional,	quando	ofendidos	no	exercício	das	atribuições	de	seus	cargos	e	ainda	quando	a	ofensa	a	advogado	se	revestir	de
relevância	e	grave	violação	às	prerrogativas	profissionais,	com	repercussão	nacional.
••	Usar	os	símbolos	privativos	da	profissão	de	advogado;
Convém	lembrar	que	esta	prerrogativa	autoriza	somente	o	uso	de	símbolos	da	profissão,	não	autorizando	a	utilização	de
símbolos	da	OAB,	como,	por	exemplo,	seu	logotipo.
••	Recusar-se	a	depor	como	testemunha	em	processo	no	qual	funcionou	ou	deva	funcionar,	ou	sobre	fato	relacionado	com
pessoa	de	quem	seja	ou	foi	advogado,	mesmo	quando	autorizado	ou	solicitado	pelo	constituinte,	bem	como	sobre	fato	que
constitua	sigilo	profissional;
Trata-se	 de	 prerrogativa	 extremamente	 importante	 que	 está	 relacionada	 ao	 sigilo	 profissional,	 sendo	 este	 um
direito/dever	do	advogado.	Sob	este	aspecto,	o	advogado,	mesmo	que	intimado	judicialmente	a	depor,	deve	manter	o	sigilo	de
todas	as	informações	obtidas	em	razão	do	exercício	de	sua	atividade.
Note-se	que	o	advogado,	se	intimado,	não	pode	ausentar-se	da	audiência,	devendo	comparecer	e	informar	que	por	força
de	sua	atuação	profissional	encontra-se	impedido	de	prestar	depoimento.
••	Retirar-se	do	recinto	onde	se	encontre	aguardando	pregão	para	ato	judicial,	após	trinta	minutos	do	horário	designado	e
ao	qual	ainda	não	tenha	comparecido	a	autoridade	que	deva	presidir	a	ele,	mediante	comunicação	protocolizada	em	juízo;
Devemos	observar	que	esta	prerrogativa	não	 se	aplica	quando	o	magistrado	encontra-se	atrasado	no	 cumprimento	da
pauta	de	audiências.
••	Assistir	a	 seus	clientes	 investigados	durante	a	apuração	de	 infrações,	sob	pena	de	nulidade	absoluta	do	respectivo
interrogatório	ou	depoimento	e,	subsequentemente,	de	todos	os	elementos	investigatórios	e	probatórios	dele	decorrentes
ou	derivados,	direta	ou	indiretamente,	podendo	apresentar	razões	e	quesitos.
••	O	Presidente	do	Conselho	Federal,	 do	Conselho	 Seccional	 ou	da	 Subseção,	 ao	 tomar	 conhecimento	de	 fato	que	possa
causar,	ou	que	já	tenha	causado,	violação	de	direitos	ou	prerrogativas	da	profissão,	devem	adotar	as	providências	judiciais	e
extrajudiciais	cabíveis	para	prevenir	ou	restaurar	o	império	do	Estatuto,	inclusive	mediante	representação	administrativa.
••	O	advogado	contará	com	a	assistência	de	 representante	da	OAB	nos	 inquéritos	policiais	ou	nas	ações	penais	em	que
figurar	como	indiciado,	acusado	ou	ofendido,	sempre	que	o	fato	a	ele	imputado	decorrer	do	exercício	da	profissão	ou	a	este
vincular-se.
INSCRIÇÃO	NA	ORDEM	DOS	ADVOGADOS	DO	BRASIL
••	Requisitos	para	inscrição	como	advogado	(art.	8.º	do	Estatuto	da	OAB)
a)	Capacidade	civil;
A	maioridade	civil	se	comprova	pelo	documento	de	identidade.	A	sanidade	é	presumida.
b)	Diploma	ou	certidão	de	conclusão	de	curso;
Diante	da	falta	de	diploma	regularmente	registrado,	o	requerente	à	inscrição	pode	apresentar	certidão	de	graduação	em
direito,	acompanhada	de	cópia	autenticada	do	respectivo	histórico	escolar.
c)	Título	de	eleitor	e	quitação	do	serviço	militar,	se	brasileiro;
d)	Aprovação	no	Exame	da	OAB;
e)	Não	exercer	atividade	incompatível	com	a	advocacia	(art.	28	do	Estatuto	da	OAB);
A	incompatibilidade	é	a	proibição	total	para	o	exercício	da	advocacia.
f)	Idoneidade	moral;
Idoneidade	moral:	 é	 requisito	para	 inscrição	na	OAB	e	para	permanência	 como	advogado.	Está	vinculada	à	prática	de
crime	 infamante.	 Qualquer	 pessoa	 pode	 suscitar	 a	 inidoneidade	 moral	 de	 um	 candidato,	 por	 intermédio	 de	 pedido	 de
declaração	de	inidoneidade	moral,	que	não	poderá	ser	anônimo,	terá	caráter	incidental	em	relação	ao	processo	de	inscrição
e	será	julgado	pelo	Conselho	Seccional,	com	exigência	de	quórum	de	2/3	(dois	terços)	para	declaração	positiva.
g)	Compromisso	perante	o	Conselho	Seccional.
O	compromisso	a	ser	prestado	pelo	requerente	à	inscrição	principal	no	quadro	de	advogados	da	OAB	é	indelegável,	por
sua	natureza	solene	e	personalíssima.
••	 Inscrição	 principal:	 deverá	 ser	 realizada	 no	 Conselho	 Seccional	 onde	 o	 advogado	 pretenda	 manter	 seu	 domicílio
profissional,	sendo	este	a	sede	principal	da	atividade	de	advocacia,	prevalecendo,	diante	de	dúvida,	o	domicílio	da	pessoa
física	do	advogado.	O	advogado	só	poderá	ter	uma	inscrição	principal.
••	 Inscrição	suplementar:	 deverá	 ser	 requerida	 caso	 o	 advogado	atue	 em	Conselho	 Seccional	 diverso	daquele	no	qual
mantém	inscrição	principal,	com	habitualidade	(em	mais	de	cinco	causas	por	ano).
••Transferência	de	 inscrição:	 caso	 o	 advogado	mude	 de	 forma	 efetiva	 seu	 domicílio	 profissional	 para	 outro	 Conselho
Seccional,	poderá	requerer	a	transferência	da	inscrição	principal	para	o	Conselho	Seccional	desejado.
••	Licenciamento	de	inscrição:	interrupção	temporária	da	inscrição.	Será	licenciada	a	inscrição	quando	o	advogado:
a)	Requerer,	desde	que	com	motivos	justificados;
b)	Passar	a	exercer,	em	caráter	temporário,	atividade	incompatível	com	o	exercício	da	advocacia;
c)	Sofrer	doença	mental	curável.
••	Cancelamento	de	inscrição:	interrupção	definitiva	da	inscrição.	Será	cancelada	a	inscrição	quando	o	profissional:
a)	Assim	o	requerer;
b)	Sofrer	penalidade	de	exclusão;
c)	Falecer;
d)	Passar	a	exercer,	em	caráter	definitivo,	atividade	incompatível	com	a	advocacia;
e)	Perder	qualquer	um	dos	requisitos	indispensáveis	para	a	inscrição.
••	Advogado	estrangeiro
ADVOGADO	ESTRANGEIRO	QUE	QUEIRA	ATUAR	NO	BRASIL
(sem	requerer	inscrição)
(Provimento	91/2000	do	Conselho	Federal	da	OAB)
ESTRANGEIRO	 FORMADO	 NO
EXTERIOR/BRASILEIRO	 FORMADO	 NO	 EXTERIOR	 QUE
PRETENDA	SER	ADVOGADO	NO	BRASIL
(art.	8.º,	§	2.º,	do	EA)
••	 Poderá	 exercer	 somente	 atividade	 de	 consultoria/assessoria	 no	 direito
estrangeiro	correspondente	ao	seu	país	ou	estado	de	origem.
••	Deverá	 cumprir	 os	 requisitos	de	 inscrição	 (art.	 8.º	 do
EA),	inclusive	a	aprovação	no	Exame	da	OAB	(o	estrangeiro
fica	dispensado	de	juntar	o	título	de	eleitor	e	a	quitação	do
serviço	militar)
••	 É	 vedado	o	 exercício	 do	procuratório	 judicial	 ou	de	 consultoria/assessoria
em	 direito	 brasileiro,	 ainda	 que	 em	 conjunto	 com	 advogado/sociedade	 de
advogados	brasileiros.
••	Para	exercer	assessoria/consultoria	deverá	requerer	ao	Conselho	Seccional
do	 local	 onde	 for	 exercer	 sua	 atividade	 profissional	 uma	 autorização
(equivalente	ao	processo	de	inscrição),	que	terá	duração	de	três	anos,	renovável
a	cada	período	de	três	anos.
••	 Quando	 não	 graduado	 em	 direito	 no	 Brasil,	 deverá
fazer	 prova	 do	 título	 de	 graduação,	 obtido	 em	 instituição
estrangeira,	 devidamente	 revalidado	 por	 órgão	 oficial
brasileiro.
Por	força	do	que	dispõe	o	Provimento	129/2008	do	Conselho	Federal	da	OAB,	o	advogado	de	nacionalidade	portuguesa,	em
situação	regular	na	Ordem	dos	Advogados	Portugueses,	pode	inscrever-se	no	quadro	da	OAB,	sem	a	necessidade	de	prestar
Exame	de	Ordem,	devendo	ser	observado	o	princípio	da	reciprocidade	de	tratamento.
••	Cadastro	Nacional	dos	Advogados	(CNA)	e	Cadastro	Nacional	das	Sociedades	de	Advogados	(CNSA).	Compete	ao
Conselho	Seccional	da	OAB	alimentar,	automaticamente	e	em	tempo	real,	por	via	eletrônica,	o	CNA	e	o	CNSA,	mantendo	as
informações	constantemente	atualizadas.
••	Identidade	Profissional
Para	 a	 inscrição	 suplementar,	 o	 cartãoé	 específico.	 Deve	 indicar	 o	 número	 da	 inscrição	 suplementar	 em	 negrito	 ou
sublinhado.
A	carteira	de	 identidade	do	advogado,	relativa	à	 inscrição	originária,	entre	outras	 informações,	 trás	anotações	da	OAB,
firmadas	pelo	Secretário-Geral	ou	Adjunto,	incluindo:	as	incompatibilidades	e	os	impedimentos;	o	exercício	de	mandatos;	as
designações	para	 comissões;	 as	 funções	na	OAB;	 serviços	 relevantes	 à	 profissão;	 os	 dados	da	 inscrição	 suplementar,	 pelo
Conselho	que	a	deferir.
••	Estágio	profissional
O	estágio	profissional	constitui	requisito	necessário	para	inscrição	no	quadro	de	estagiários	da	OAB	e	é	meio	adequado
para	a	aprendizagem	prática.
Pode	 ser	 oferecido	 por	 instituição	 de	 ensino	 superior	 autorizada	 e	 credenciada,	 em	 convênio	 com	 a	 OAB,
complementando-se	a	carga	horária	do	estágio	curricular	supervisionado	com	atividades	práticas	típicas	de	advogado	e	de
estudo	 do	 Estatuto	 e	 do	 Código	 de	 Ética	 e	 Disciplina,	 observado	 o	 tempo	 conjunto	 mínimo	 de	 300	 (trezentas)	 horas,
distribuído	em	dois	ou	mais	anos,	conforme	art.	27,	§	1.º,	do	Regulamento-Geral	do	Estatuto	da	Advocacia	e	da	OAB.
••	Atos	do	estagiário
Isoladamente	o	estagiário	poderá	praticar	os	seguintes	atos,	sob	a	responsabilidade	do	advogado:
a)	Retirar	e	devolver	autos	em	cartório,	assinando	a	respectiva	carga;
b)	Obter	junto	aos	escrivães	e	chefes	de	secretarias	certidões	de	peças	ou	autos	de	processos	em	curso	ou	findos;
c)	Assinar	petições	de	juntada	de	documentos	a	processos	judiciais	ou	administrativos;	e
d)	Praticar	atos	extrajudiciais,	mediante	autorização	ou	substabelecimento	do	advogado.
SOCIEDADE	DE	ADVOGADOS	E	SOCIEDADE	UNIPESSOAL	DE	ADVOCACIA
••	Tipo	de	sociedade:	Sociedade	simples	de	prestação	de	serviços	de	advocacia	e	sociedade	unipessoal	de	advocacia.	Estão
sujeitas	ao	Estatuto	da	Advocacia,	ao	Código	de	Ética	e	Disciplina	da	OAB	e	ao	Regulamento-Geral	do	Estatuto	da	Advocacia,
não	se	tratando	de	sociedade	empresárias.
••	Regras	gerais	para	sociedade	de	advogados	e	sociedade	unipessoal	de	advocacia:
a)	Registro	de	seus	atos	constitutivos	junto	ao	Conselho	Seccional	da	OAB	em	cuja	base	territorial	tiver	sede;
b)	Nenhum	advogado	pode	integrar	mais	de	uma	sociedade	de	advogados,	constituir	mais	de	uma	sociedade	unipessoal
de	advocacia,	ou	 integrar,	 simultaneamente,	uma	sociedade	de	advogados	e	uma	sociedade	unipessoal	de	advocacia,	 com
sede	ou	filial	na	mesma	área	territorial	do	respectivo	Conselho	Seccional;
c)	O	ato	de	constituição	de	filial	deve	ser	averbado	no	registro	da	sociedade	e	arquivado	junto	ao	Conselho	Seccional	onde
se	instalar,	ficando	os	sócios,	inclusive	o	titular	da	sociedade	unipessoal	de	advocacia,	obrigados	a	inscrição	suplementar;
d)	 Os	 advogados	 sócios	 de	 uma	mesma	 sociedade	 profissional	 não	 podem	 representar	 em	 juízo	 clientes	 de	 interesses
opostos;
e)	A	razão	social	deve	ter,	obrigatoriamente,	o	nome	de,	pelo	menos,	um	advogado	responsável	pela	sociedade,	podendo
permanecer	o	de	sócio	falecido,	desde	que	prevista	tal	possibilidade	no	ato	constitutivo;
f)	 O	 licenciamento	 do	 sócio	 para	 exercer	 atividade	 incompatível	 com	 a	 advocacia	 em	 caráter	 temporário	 deve	 ser
averbado	no	registro	da	sociedade,	não	alterando	sua	constituição;
g)	O	cancelamento	do	sócio	deverá	gerar	alteração	do	contrato	social,	com	a	retirada	do	sócio	cancelado;
h)	Além	da	sociedade,	o	sócio	e	o	titular	da	sociedade	individual	de	advocacia	respondem	subsidiária	e	 ilimitadamente
pelos	 danos	 causados	 aos	 clientespor	 ação	 ou	 omissão	 no	 exercício	 da	 advocacia,	 sem	 prejuízo	 da	 responsabilidade
disciplinar	em	que	possam	incorrer;
i)	 A	 sociedade	 unipessoal	 de	 advocacia	 pode	 resultar	 da	 concentração	 por	 um	 advogado	 das	 quotas	 de	 uma
sociedade	de	advogados,	independentemente	das	razões	que	motivam	tal	concentração
••	Advogados	associados:	As	sociedades	poderão	associar-se	com	advogados,	sem	vínculo	de	emprego,	para	a	participação
nos	resultados.	Os	contratos	de	associação	deverão	ser	averbados	no	contrato	social	da	sociedade	de	advogados.
••	Responsabilidade	civil:	Os	advogados	 sócios	 e	associados	 respondem	subsidiária	 e	 ilimitadamente	pelos	danos	 civis
causados	ao	cliente,	nas	ações	em	que	atuou,	sem	prejuízo	da	responsabilidade	criminal	e	disciplinar	em	que	possa	incorrer.
ADVOGADO	EMPREGADO
••	 Liberdade	profissional:	 Mesmo	 quando	 empregado,	 o	 advogado	mantém	 sua	 independência	 profissional	 e	 isenção
técnica,	prerrogativas	inerentes	ao	exercício	pleno	da	advocacia,	garantindo	o	EAOAB	e	o	RGEAOAB:
a)	 A	 não	 obrigatoriedade	 de	 prestar	 serviços	 profissionais	 de	 interesse	 pessoal	 dos	 empregadores,	 fora	 da	 relação	 de
emprego;
b)	A	jornada	de	trabalho	que	não	exceda	a	duração	diária	de	4	(quatro)	horas	contínuas	e	a	de	20	(vinte)	horas	semanais,
salvo	acordo	ou	convenção	coletiva	ou	em	caso	de	dedicação	exclusiva;
c)	Que	as	horas	extraordinárias	sejam	remuneradas	por	um	adicional	não	inferior	a	100%	sobre	o	valor	da	hora	normal,
mesmo	havendo	contrato	escrito;	e
d)	Que	as	horas	noturnas	sejam	acrescidas	de	25%,	quando	trabalhar	das	20	horas	de	um	dia	até	às	5	(cinco)	horas	do	dia
seguinte.
••	Honorários	de	sucumbência	dos	advogados	empregados:	nas	causas	em	que	for	parte	o	empregador,	ou	pessoa	por
este	representada,	os	honorários	de	sucumbência	são	devidos	aos	advogados	empregados.
Caso	 o	 empregador	 seja	 uma	 sociedade	 de	 advogados,	 os	 honorários	 poderão	 ser	 partilhados	 entre	 o	 advogado
empregado	e	a	empregadora,	ou	ainda,	destinados	exclusivamente	ao	advogado	empregado,	desde	que	represente	a	vontade
dele	e	da	sociedade	empregadora,	segundo	orientação	jurisprudencial	do	STF,	no	julgamento	da	ADIn	1.194-4.
HONORÁRIOS	ADVOCATÍCIOS
O	EAOAB	divide	os	honorários	em	convencionados,	arbitrados	judicialmente	e	sucumbenciais:
••	Honorários	convencionados:	representados	por	contrato	escrito,	ou,	quando	verbal,	que	seja	incontroverso.	O	contrato
escrito	representa	título	executivo	extrajudicial.
Se	o	advogado	 fizer	 juntar	aos	autos	o	seu	contrato	de	honorários	antes	de	expedir-se	o	mandado	de	 levantamento	ou
precatório,	o	juiz	deve	determinar	que	lhe	sejam	pagos	diretamente,	por	dedução	da	quantia	a	ser	recebida	pelo	constituinte,
salvo	se	este	provar	que	já	os	pagou.
Convém	lembrar	que	o	advogado,	ao	estabelecer	o	valor	de	seus	honorários,	deverá	observar	o	valor	mínimo	da	Tabela
de	Honorários	instituída	pelo	respectivo	Conselho	Seccional	onde	for	realizado	o	serviço,	inclusive	quanto	a	diligências,	sob
pena	de	caracterizar-se	aviltamento	de	honorários
Se	 as	 partes	 não	 convencionarem	 a	 ocasião	 para	 o	 pagamento,	 a	 lei	 sugere	 que	 seja	 pago	 1/3	 (um	 terço)	 no	 início	 do
processo,	1/3	(um	terço)	na	decisão	de	primeiro	grau	e	1/3	(um	terço)	no	final	da	demanda.
••	 Honorários	 arbitrados	 judicialmente:	 não	 havendo	 contrato	 escrito	 ou	 sendo	 o	 contrato	 verbal	 controverso,	 o
advogado	demandará	em	juízo	o	arbitramento	de	seus	honorários	profissionais.
Para	fixação	dos	honorários	o	magistrado	deve	se	valer	das	regras	do	CED,	que	indicam	os	critérios	para	fixar	honorários
advocatícios	(a	relevância,	o	vulto,	a	complexidade	e	a	dificuldade	das	questões	versadas;	o	trabalho	e	o	tempo	necessários;	a
dedicação	 exclusiva	 do	 advogado	 para	 a	 causa;	 o	 valor	 da	 causa,	 a	 condição	 econômica	 do	 cliente	 e	 o	 proveito	 para	 ele
resultante	do	serviço	profissional;	o	caráter	da	intervenção	–	avulso,	habitual	ou	permanente;	a	complexidade	da	causa,	o
lugar	da	prestação	dos	serviços,	a	competência	do	profissional	e	a	praxe	do	foro	sobre	os	trabalhos	análogos).
••	 Honorários	 sucumbenciais:	 serão	 devidos	 pela	 parte	 sucumbente	 ao	 advogado	 da	 parte	 vencedora,	 fixados	 pelo
magistrado,	na	sentença,	em	regra	na	variante	de	10%	a	20%	do	valor	da	condenação.
Podem	 ser	 somados	 aos	 honoráriosconvencionados	 ou	 arbitrados	 judicialmente.	 Se	 cada	 demandante	 for	 em	 parte
vencedor	e	vencido,	a	sucumbência	será	recíproca.
Quando	 ocorrer	 o	 substabelecimento,	 a	 verba	 correspondente	 aos	 honorários	 da	 sucumbência	 será	 repartida	 entre	 o
substabelecente	e	o	substabelecido,	proporcionalmente	à	atuação	de	cada	um	no	processo	ou	conforme	haja	sido	entre	eles
ajustado.
••	Contrato	de	honorários	com	cláusulaquota	litis:	na	hipótese	da	adoção	de	cláusula	quota	litis,	os	honorários	devem
ser	 necessariamente	 representados	 por	 pecúnia	 e,	 quando	 acrescidos	 de	 honorários	 da	 sucumbência,	 não	 podem	 ser
superiores	às	vantagens	advindas	a	favor	do	cliente.
••	Emissão	de	duplicata	e	indicação	de	títulos	à	protesto:	o	crédito	por	honorários	advocatícios	não	autoriza	o	saque	de
duplicatas	 ou	qualquer	outro	 título	de	 crédito	de	natureza	mercantil,	 exceto	 a	 emissão	de	 fatura,	 quando	o	 cliente	 assim
pretender,	com	previsão	em	contrato	escrito,	sendo	absolutamente	proibida	a	tiragem	de	protesto.
••	Prescrição	da	pretensão	da	ação	de	cobrança	de	honorários	advocatícios:	prescreve	em	5	(cinco)	anos	a	partir:
a)	do	vencimento	do	contrato,	se	houver;
b)	do	trânsito	em	julgado	da	decisão	que	os	fixar;
c)	da	ultimação	do	serviço	extrajudicial;
d)	da	desistência	ou	transação;	e
e)	da	renúncia	ou	revogação	do	mandato.
ADVOCACIAPRO	BONO
Pode	ser	exercida	em	favor	de	instituições	sociais	sem	fins	econômicos	e	aos	seus	assistidos,	sempre	que	os	beneficiários
não	dispuserem	de	recursos	para	a	contratação	de	profissional.
INCOMPATIBILIDADE	E	IMPEDIMENTO
••	Incompatibilidade:	é	a	proibição	total	do	exercício	da	advocacia.	Serão	incompatíveis	com	o	exercício	da	advocacia,
mesmo	em	causa	própria	(art.	28	do	EAOAB):
a)	Chefe	do	Poder	Executivo	e	seus	substitutos	legais;
b)	Membros	da	mesa	do	Poder	Legislativo	e	seus	substitutos	legais;
c)	Membros	de	órgãos	do	Poder	 Judiciário	 (exceto	o	 juiz	 eleitoral),	do	Ministério	Público,	dos	 tribunais	 e	 conselhos	de
contas,	 dos	 juizados	 especiais,	 da	 justiça	 de	 paz,	 bem	 como	 de	 todos	 que	 exerçam	 função	 de	 julgamento	 em	 órgão	 de
deliberação	coletiva	da	Administração	Pública	direta	ou	indireta;
d)	Ocupantes	de	cargos	ou	funções	de	direção	em	órgãos	da	Administração	Pública	Direta	ou	Indireta,	em	suas	fundações
e	em	suas	empresas	controladas	ou	concessionárias	de	serviço	público;
e)	Ocupantes	de	 cargos	ou	 funções	vinculados	direta	 ou	 indiretamente	 a	qualquer	órgão	do	Poder	 Judiciário	 e	 os	que
exercem	serviços	notariais	e	de	registro;
f)	Ocupantes	de	cargos	ou	funções	vinculados	direta	ou	indiretamente	a	atividade	policial	de	qualquer	natureza;
g)	Militares	de	qualquer	natureza,	na	ativa;
h)	Ocupantes	de	 cargos	ou	 funções	que	 tenham	competência	de	 lançamento,	arrecadação	ou	 fiscalização	de	 tributos	e
contribuições	parafiscais;	e
i)	Ocupantes	de	funções	de	direção	e	gerência	em	instituições	financeiras,	inclusive	privadas.
••	Impedimento:	é	a	proibição	parcial	do	exercício	da	advocacia.	Serão	impedidos	(art.	30	do	EAOAB):
••	Atividade	exclusiva:	Os	Procuradores-Gerais,	Advogados-Gerais,	Defensores-Gerais	e	dirigentes	de	órgãos	jurídicos	da
Administração	 Pública	 direta,	 indireta	 e	 fundacional	 são	 exclusivamente	 legitimados	 para	 o	 exercício	 da	 advocacia
vinculada	à	função	que	exerçam,	durante	o	período	da	investidura.
INFRAÇÕES	E	SANÇÕES	DISCIPLINARES
CENSURA
I	–	 exercer	a	profissão,	quando	 impedido	de	 fazê-lo,	ou	 facilitar,	por	qualquer	meio,	o	 seu	exercício	aos	não	 inscritos,
proibidos	ou	impedidos;
II	–	manter	sociedade	profissional	fora	das	normas	e	preceitos	estabelecidos	no	EAOAB;
III	–	valer-se	de	agenciador	de	causas,	mediante	participação	nos	honorários	a	receber;
IV	–	angariar	ou	captar	causas,	com	ou	sem	a	intervenção	de	terceiros;
V	–	assinar	qualquer	escrito	destinado	a	processo	judicial	ou	para	fim	extrajudicial	que	não	tenha	feito,	ou	em	que	não
tenha	colaborado;
VI	–	advogar	contra	literal	disposição	de	lei,	presumindo-se	a	boa-fé	quando	fundamentado	na	inconstitucionalidade,	na
injustiça	da	lei	ou	em	pronunciamento	judicial	anterior;
VII	–	violar,	sem	justa	causa,	sigilo	profissional;
VIII	–	estabelecer	entendimento	com	a	parte	adversa	sem	autorização	do	cliente	ou	ciência	do	advogado	contrário;
IX	–	prejudicar,	por	culpa	grave,	interesse	confiado	ao	seu	patrocínio;
X	–	acarretar,	conscientemente,	por	ato	próprio,	a	anulação	ou	a	nulidade	do	processo	em	que	funcione;
XI	–	abandonar	a	causa	sem	justo	motivo	ou	antes	de	decorridos	dez	dias	da	comunicação	da	renúncia;
XII	–	 recusar-se	 a	 prestar,	 sem	 justo	motivo,	 assistência	 jurídica,	 quando	 nomeado	 em	 virtude	 de	 impossibilidade	 da
Defensoria	Pública;
XIII	–	fazer	publicar	na	imprensa,	desnecessária	e	habitualmente,	alegações	forenses	ou	relativas	a	causas	pendentes;
XIV	–	deturpar	o	teor	de	dispositivo	de	lei,	de	citação	doutrinária	ou	de	julgado,	bem	como	de	depoimentos,	documentos	e
alegações	da	parte	contrária,	para	confundir	o	adversário	ou	iludir	o	juiz	da	causa;
XV	–	fazer,	em	nome	do	constituinte,	sem	autorização	escrita	deste,	imputação	a	terceiro	de	fato	definido	como	crime;
XVI	–	deixar	de	cumprir,	no	prazo	estabelecido,	determinação	emanada	do	órgão	ou	autoridade	da	Ordem,	em	matéria	da
competência	desta,	depois	de	regularmente	notificado;
XXIX	–	praticar,	o	estagiário,	ato	excedente	de	sua	habilitação.
SUSPENSÃO
XVII	–	prestar	concurso	a	clientes	ou	a	terceiros	para	realização	de	ato	contrário	à	lei	ou	destinado	a	fraudá-la;
XVIII	–	solicitar	ou	receber	de	constituinte	qualquer	importância	para	aplicação	ilícita	ou	desonesta;
XIX	–	receber	valores,	da	parte	contrária	ou	de	terceiro,	relacionados	com	o	objeto	do	mandato,	sem	expressa	autorização
do	constituinte;
XX	–	locupletar-se,	por	qualquer	forma,	à	custa	do	cliente	ou	da	parte	adversa,	por	si	ou	interposta	pessoa;
XXI	–	recusar-se,	injustificadamente,	a	prestar	contas	ao	cliente	de	quantias	recebidas	dele	ou	de	terceiros	por	conta	dele;
XXII	–	reter,	abusivamente,	ou	extraviar	autos	recebidos	com	vista	ou	em	confiança;
XXIII	–	deixar	de	pagar	as	contribuições,	multas	e	preços	de	serviços	devidos	à	OAB,	depois	de	regularmente	notificado	a
fazê-lo;
XXIV	–	incidir	em	erros	reiterados	que	evidenciem	inépcia	profissional;
XXV	 –	 manter	 conduta	 incompatível	 com	 a	 advocacia	 (prática	 reiterada	 de	 jogo	 de	 azar,	 não	 autorizado	 por	 lei;
incontinência	pública	e	escandalosa;	e	embriaguez	ou	toxicomania	habituais).
EXCLUSÃO
XXVI	–	fazer	falsa	prova	de	qualquer	dos	requisitos	para	inscrição	na	OAB;
XXVII	–	tornar-se	moralmente	inidôneo	para	o	exercício	da	advocacia;
XXVIII	–	praticar	crime	infamante.
SANÇÕES	DISCIPLINARES
CENSURA
••	Representa	um	registro	no	prontuário	do	advogado.	Não	é	uma	sanção	pública.
••	Aplica-se:	a)	Incs.	I	a	XVI	e	XXIX	do	art.	34	do	EAOAB;	b)	Violação	ao	CED;	e	c)	Violação	ao	EAOAB,	quando	não	prevista
sanção	mais	grave.
A	censura	poderá	ser	convertida	em	advertência	por	ofício	reservado,	que	não	constará	no	registro	do	prontuário	do
advogado	infrator	quando	estiver	presente	circunstância	atenuante,	como	as	descritas	no	art.	40	do	Estatuto	da	Advocacia:
••	falta	cometida	na	defesa	da	prerrogativa	profissional;
••	primariedade;
••	exercício	assíduo	ou	proficiente	de	mandato	ou	cargo	na	OAB;
••	relevantes	serviços	prestados	à	advocacia	ou	à	causa	pública).
SUSPENSÃO
••	Implicará	na	proibição	do	exercício	profissional	em	todo	o	território	nacional.
••	É	uma	sanção	pública.
••	Aplica-se	a	suspensão:	a)	Incs.	XVII	a	XXV	do	art.	34	do	EAOAB;	b)	Reincidência	em	infração	disciplinar.
••	Prazos	da	suspensão:	a	regra	da	suspensão	é	que	ela	tenha	prazo	mínimo	de	30	dias	e	prazo	máximo	de	12	meses.
••	Há	três	exceções	do	prazo	máximo	da	suspensão:
a)	Art.	34,	XXI,	do	EAOAB	(falta	de	prestação	de	contas):	prazo	mínimode	30	dias	prorrogável	até	a	efetiva	prestação	de
contas;
b)	Art.	 34,	XXIII,	 do	EAOAB	 (falta	de	pagamento	de	 contribuições,	multas	 e	 serviços	à	OAB):	prazo	mínimo	de	30	dias
prorrogável	até	o	efetivo	pagamento,	devidamente	atualizado;	e
c)	Art.	34,	XXIV,	do	EAOAB	(inépcia	profissional):	prazo	mínimo	de	30	dias	prorrogável	até	aprovação	em	novas	provas	de
habilitação.
••	Implicará	no	cancelamento	da	inscrição	do	advogado.
••	É	uma	sanção	pública.
EXCLUSÃO ••	Aplica-se	a	exclusão:	a)	Incs.	XXVI	a	XXVIII	do	art.	34	do	EAOAB;
b)	Aplicação	de	três	suspensões.
••	Na	exclusão	será	necessária	sempre	a	manifestação	favorável	de	2/3	do	Conselho	Seccional.
MULTA
••	É	sanção	acessória	agravante	das	sanções	de	censura	e	suspensão,	quando	houver	circunstâncias	agravantes.
••	Deverá	ser	fixada	em	valor	mínimo	de	uma	anuidade	e	o	máximo	de	seu	décuplo.
••	Será	recolhida	ao	Conselho	Seccional	da	inscrição	principal	do	advogado	infrator.
Dica	para	lembrar	a	sanção	disciplinar:
Artigo	e	incisos Dica	(se	a	infração	tratar	de) Sanção
Art.	34,	I	a	XVI	e	XXIX ATO CENSURA
Art.	34,	XVII	a	XXV $,	CARGA	AUTOS,	INÉPCIA	PROFISSIONAL SUSPENSÃO
Art.	34,	XXVI	a	XXVIII CRIME EXCLUSÃO
-- (agrava	a	censura	e	suspensão) MULTA
••	 Reabilitação:	 o	 advogado	 infrator	 que	 tenha	 sofrido	 qualquer	 sanção	 disciplinar	 poderá	 requerer,	 após	 um	 ano	 do
efetivo	cumprimento	da	pena,	a	reabilitação,	provando	bom	comportamento.	Quando	a	sanção	for	resultado	da	prática	de
um	crime,	a	reabilitação	disciplinar	estará	vinculada	à	reabilitação	criminal.
••	Prescrição:	A	pretensão	punitiva	prescreve	em	5	(cinco)	anos,	a	partir	da	constatação	oficial	dos	fatos.
A	prescrição	intercorrente	ocorrerá	quando	o	processo	ficar	pendente	de	despacho	ou	data	de	julgamento	por	mais	de	3
(três)	anos.
Prescrição	da	Pretensão	Punitiva 5	ANOS Ciência	oficial	dos	fatos
Prescrição	Intercorrente +	de	3	ANOS Processo	disciplinar	pendente	de	despacho	ou	data	de	julgamento
A	prescrição	se	interrompe:
a)	Pela	instauração	do	processo	disciplinar	ou	pela	notificação	regular	do	representado;	e
b)	Pela	decisão	condenatória	recorrível	de	qualquer	órgão	julgador	da	OAB.
ÓRGÃOS	DA	OAB
••	Informações	gerais:
a)	A	OAB	é	serviço	público	federal	independente;
b)	É	dotada	de	personalidade	jurídica	e	forma	federativa;
c)	Tem	natureza	jurídica	de	instituição	públicasui	generis	(ADIn	3.026-6);
O	Supremo	Tribunal	Federal,	ao	 julgar	a	ADIn	3.026/2006,	 se	manifestou	sobre	a	natureza	 jurídica	da	OAB	da	seguinte
forma:	 “A	 OAB	 não	 é	 uma	 entidade	 de	 Administração	 Indireta	 da	 União.	 A	 Ordem	 é	 um	 serviço	 público	 independente,
categoria	impar	no	elenco	das	personalidades	jurídicas	existentes	no	direito	brasileiro.	A	OAB	não	está	incluída	na	categoria
na	 qual	 se	 inserem	 essas	 que	 se	 tem	 referido	 como	 ‘autarquias	 especiais’	 para	 pretender-se	 afirmar	 equivocada
independência	das	hoje	chamadas	 ‘agências’.	Por	não	consubstanciar	uma	entidade	da	Administração	 Indireta,	a	OAB	não
está	sujeita	ao	controle	da	Administração,	nem	a	qualquer	das	suas	partes	está	vinculada.	Essa	não	vinculação	é	 formal	e
materialmente	necessária.	A	OAB	ocupa-se	de	atividades	atinentes	aos	advogados,	que	exercem	função	constitucionalmente
privilegiada,	 na	 medida	 em	 que	 são	 indispensáveis	 à	 administração	 da	 Justiça	 (art.	 133	 da	 CF/1988).	 É	 entidade	 cuja
finalidade	é	afeita	a	atribuições,	interesses	e	seleção	de	advogados.	Não	há	ordem	de	relação	ou	dependência	entre	a	OAB	e
qualquer	órgão	público.	A	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil,	cujas	características	são	autonomia	e	independência,	não	pode
ser	tida	como	congênere	dos	demais	órgãos	de	fiscalização	profissional.	A	OAB	não	está	voltada	exclusivamente	a	finalidades
corporativas.	 Possui	 finalidade	 institucional.	 Embora	 decorra	 de	 determinação	 legal,	 o	 regime	 estatutário	 imposto	 aos
empregados	da	OAB	não	é	compatível	com	a	entidade,	que	é	autônoma	e	independente.”
d)	Não	mantém	vínculo	hierárquico	ou	funcional	com	nenhum	órgão	da	Administração	Pública;
e)	Tem	imunidade	tributária	total	com	relação	a	rendas,	bens	e	serviços;
f)	Tem	competência	para	fixar	e	cobrar	de	seus	inscritos	as	contribuições,	preços	de	serviços	e	multas,	constituindo	título
executivo	extrajudicial	a	certidão	de	dívida	passada	pela	diretoria	do	Conselho	competente;
g)	 O	 pagamento	 da	 contribuição	 anual	 à	 OAB	 isenta	 os	 inscritos	 nos	 seus	 quadros	 do	 pagamento	 obrigatório	 da
contribuição	sindical;
h)	O	cargo	de	conselheiro	ou	de	membro	de	diretoria	de	órgão	da	OAB	é	de	exercício	gratuito	e	obrigatório,	considerado
serviço	público	relevante,	inclusive	para	fins	de	disponibilidade	e	aposentadoria.
••	A	OAB	tem	por	finalidade:
a)	Defender	a	Constituição,	a	ordem	 jurídica	do	Estado	Democrático	de	Direito,	os	direitos	humanos,	a	 justiça	 social,	 e
pugnar	pela	boa	aplicação	das	leis,	pela	rápida	administração	da	justiça	e	pelo	aperfeiçoamento	da	cultura	e	das	instituições
jurídicas;	e,
b)	Promover,	com	exclusividade,	a	representação,	a	defesa,	a	seleção	e	a	disciplina	dos	advogados	em	todo	o	Brasil.
••	Órgãos	da	OAB:
••	Conselho	Federal
O	Conselho	Federal	da	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil	representa	o	seu	órgão	máximo,	com	sede	em	Brasília.	Trata-se	do
último	grau	recursal	da	OAB.
Composição:
a)	Por	três	conselheiros	federais	integrantes	das	delegações	formadas	no	Conselho	Seccional,	que	têm	direito	a	voz	e	voto,
que	será	tomado	por	delegação;
b)	Pelos	ex-presidentes	do	Conselho	Federal,	a	título	honorário	e	vitalício,	com	direito	a	voz;
c)	Pelos	presidentes	dos	Conselhos	Seccionais,	na	condição	de	convidados	das	sessões,	com	direito	a	voz.	O	Presidente	do
Conselho	Federal	terá	direito	apenas	ao	voto	de	qualidade.
Competências	privativas	do	Conselho	Federal:
a)	Dar	cumprimento	efetivo	às	finalidades	da	OAB;
b)	Representar,	em	juízo	ou	fora	dele,	os	interesses	coletivos	ou	individuais	dos	advogados;
c)	Velar	pela	dignidade,	independência,	prerrogativas	e	valorização	da	advocacia;
d)	Representar,	com	exclusividade,	os	advogados	brasileiros	nos	órgãos	e	eventos	internacionais	da	advocacia;
e)	Editar	e	alterar	o	Regulamento-Geral,	o	Código	de	Ética	e	Disciplina,	e	os	Provimentos	que	julgar	necessários;
f)	Adotar	medidas	para	assegurar	o	regular	funcionamento	dos	Conselhos	Seccionais;
g)	Intervir	nos	Conselhos	Seccionais,	onde	e	quando	constatar	grave	violação	do	EAOAB	ou	do	Regulamento-Geral;
h)	Cassar	ou	modificar,	de	ofício	ou	mediante	representação,	qualquer	ato,	de	órgão	ou	autoridade	da	OAB,	contrário	ao
EAOAB,	ao	Regulamento-Geral,	ao	Código	de	Ética	e	Disciplina,	e	aos	Provimentos,	ouvida	a	autoridade	ou	o	órgão	em	causa;
i)	 Julgar,	 em	 grau	 de	 recurso,	 as	 questões	 decididas	 pelos	 Conselhos	 Seccionais,	 nos	 casos	 previstos	 no	 EAOAB	 e	 no
Regulamento-Geral;
j)	Dispor	sobre	a	identificação	dos	inscritos	na	OAB	e	sobre	os	respectivos	símbolos	privativos;
k)	Apreciar	o	relatório	anual	e	deliberar	sobre	o	balanço	e	as	contas	de	sua	diretoria;
l)	Homologar	ou	mandar	suprir	relatório	anual,	o	balanço	e	as	contas	dos	Conselhos	Seccionais;
m)	Elaborar	as	listas	constitucionalmente	previstas,	para	o	preenchimento	dos	cargos	nos	tribunais	judiciários	de	âmbito
nacional	 ou	 interestadual,	 com	 advogados	 que	 estejam	 em	 pleno	 exercício	 da	 profissão,	 vedada	 a	 inclusão	 de	 nome	 de
membro	do	próprio	Conselho	ou	de	outro	órgão	da	OAB;
n)	 Ajuizar	 ação	 direta	 de	 inconstitucionalidade	 de	 normas	 legais	 e	 atos	 normativos,	 ação	 civil	 pública,	 mandado	 de
segurança	coletivo,	mandado	de	injunção	e	demais	ações	cuja	legitimação	lhe	seja	outorgada	por	lei;
o)	Colaborar	com	o	aperfeiçoamento	dos	cursos	 jurídicos,	e	opinar,	previamente,	nos	pedidos	apresentados	aos	órgãos
competentes	para	criação,	reconhecimento	ou	credenciamento	desses	cursos;
p)	Autorizar,	pela	maioria	absoluta	das	delegações,	a	oneração	ou	alienação	de	seusbens	imóveis;
q)	Participar	de	concursos	públicos,	nos	casos	previstos	na	Constituição	e	na	lei,	em	todas	as	suas	fases,	quando	tiverem
abrangência	nacional	ou	interestadual;
r)	Resolver	os	casos	omissos	no	EAOAB.
••	Conselhos	Seccionais
A	jurisdição	de	cada	Conselho	Seccional	corresponde	a	área	territorial	de	seu	respectivo	Estado	ou	ao	Distrito	Federal.
Composição:
a)	 Pelos	 conselheiros	 em	 número	 proporcional	 ao	 dos	 advogados	 nele	 inscritos	 (mínimo	 de	 30	 e	 máximo	 de	 80
conselheiros),	com	direito	a	voz	e	voto;
b)	Pelos	ex-presidentes	do	Conselho	Seccional,	a	título	honorário	e	vitalício,	com	direito	a	voz;	e
c)	Pelo	presidente	do	 Instituto	dos	Advogados,	na	condição	de	membro	honorário,	 somente	com	direito	a	voz.	Quando
presentes	 às	 sessões	 do	 Conselho	 Seccional,	 o	 Presidente	 do	 Conselho	 Federal,	 os	 conselheiros	 federais	 integrantes	 da
respectiva	delegação,	o	Presidente	da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados	e	os	Presidentes	das	Subseções	têm	somente	direito
a	voz,	não	podendo	votar.
Competências	privativas	do	Conselho	Seccional:
a)	Editar	seu	Regimento	Interno	e	Resoluções;
b)	Criar	as	Subseções	e	a	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados;
c)	 Julgar,	 em	 grau	 de	 recurso,	 as	 questões	 decididas	 por	 seu	 Presidente,	 por	 sua	 diretoria,	 pelo	 Tribunal	 de	 Ética	 e
Disciplina,	pelas	diretorias	das	Subseções	e	da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados;
d)	Fiscalizar	a	aplicação	da	receita,	apreciar	o	relatório	anual	e	deliberar	sobre	o	balanço	e	as	contas	de	sua	diretoria,	das
diretorias	das	Subseções	e	da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados;
e)	Fixar	a	tabela	de	honorários,	válida	para	todo	o	território	estadual;
f)	Realizar	o	Exame	de	Ordem;
g)	Decidir	os	pedidos	de	inscrição	nos	quadros	de	advogados	e	estagiários;
h)	Manter	cadastro	de	seus	inscritos;
i)	Fixar,	alterar	e	receber	contribuições	obrigatórias,	preços	de	serviços	e	multas;
j)	Participar	da	elaboração	dos	concursos	públicos,	em	todas	as	suas	fases,	nos	casos	previstos	na	Constituição	e	nas	leis,
no	âmbito	do	seu	território;
k)	Determinar,	com	exclusividade,	critérios	para	o	traje	dos	advogados,	no	exercício	profissional;
l)	Aprovar	e	modificar	seu	orçamento	anual;
m)	Definir	a	composição	e	o	funcionamento	do	Tribunal	de	Ética	e	Disciplina,	e	escolher	seus	membros;
n)	Eleger	as	listas,	constitucionalmente	previstas,	para	preenchimento	dos	cargos	nos	tribunais	judiciários,	no	âmbito	de
sua	competência	e	na	forma	do	Provimento	do	Conselho	Federal,	vedada	a	inclusão	de	membros	do	próprio	Conselho	e	de
qualquer	órgão	da	OAB;
o)	Intervir	nas	Subseções	e	na	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados;	e
p)	Desempenhar	outras	atribuições	previstas	no	Regulamento-Geral.
••	Subseções
As	subseções	são	partes	autônomas	dos	Conselhos	Seccionais,	que	podem	ter	como	área	territorial	a	área	correspondente
a	um	ou	mais	municípios,	ou,	até	mesmo,	partes	de	um	município,	inclusive	da	capital	do	Estado,	desde	que	haja	no	local	o
número	mínimo	de	15	advogados	profissionalmente	domiciliados.
Havendo	mais	de	100	advogados,	a	Subseção	poderá	ser	integrada	por	um	Conselho,	com	número	de	membros	fixado	pelo
Conselho	Seccional.
São	criadas	pelo	Conselho	Seccional,	que	fixará	sua	área	territorial	e	os	limites	de	sua	competência	e	autonomia.	Compete
também	ao	Conselho	Seccional	fixar,	em	seu	orçamento,	dotações	específicas	destinadas	à	manutenção	das	Subseções.
A	Subseção	poderá	sofrer	intervenção	do	Conselho	Seccional,	desde	que	autorizada	por	quórum	de	2/3	de	seus	membros,
diante	de	grave	violação	ao	Estatuto	da	Advocacia	ou	ao	Regimento	interno	do	Conselho.
Competências	das	Subseções
•	Dar	cumprimento	efetivo	às	finalidades	da	OAB.
•	Velar	pela	dignidade,	independência	e	valorização	da	advocacia.
•	Fazer	valer	as	prerrogativas	do	advogado.
•	Representar	a	OAB	perante	os	poderes	constituídos.
•	Desempenhar	as	atribuições	previstas	no	Regulamento-Geral	ou	por	delegação	de	competência	do	Conselho	Seccional.
Competências	do	Conselho	da	Subseção	(quando	houver)
•	Exercer	as	funções	e	atribuições	do	Conselho	Seccional,	na	forma	do	Regimento	interno	deste.
•	Editar	seu	Regimento	interno,	que	deve	ser	referenciado	pelo	Conselho	Seccional.
•	Editar	resoluções,	no	âmbito	de	sua	competência.
•	Instaurar	e	instruir	processos	disciplinares.
•	Receber	pedido	de	inscrição	nos	quadros	de	advogado	e	estagiário,	instruindo	e	emitindo	parecer	prévio,	para	decisão	do	Conselho	Seccional.
••	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados
Destina-se	a	prestar	assistência	aos	advogados	inscritos	no	Conselho	Seccional	a	que	se	vincule.
É	 criada	 pelo	 Conselho	 Seccional	 quando	 este	 contar	 com	 mais	 de	 1.500	 inscritos	 em	 sua	 área	 territorial.	 Adquire
personalidade	jurídica	com	a	aprovação	e	registro	de	seu	Estatuto	pelo	respectivo	Conselho	Seccional	da	OAB.	A	diretoria	da
Caixa	é	composta	de	cinco	membros,	com	atribuições	definidas	no	seu	Regimento	Interno.
Cabe	à	Caixa	a	metade	da	receita	das	anuidades	recebidas	pelo	Conselho	Seccional,	considerado	o	valor	resultante	após	as
deduções	regulamentares	obrigatórias.
Em	 caso	 de	 extinção	 ou	 desativação	 da	 Caixa,	 seu	 patrimônio	 se	 incorpora	 ao	 do	 Conselho	 Seccional	 respectivo.	 O
Conselho	Seccional,	mediante	voto	de	2/3	de	seus	membros,	pode	intervir	na	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados,	no	caso	de
descumprimento	de	suas	finalidades,	designando	diretoria	provisória,	enquanto	durar	a	intervenção.
O	 Conselho	 Federal	 pode	 constituir	 fundos	 nacionais	 de	 seguridade	 e	 assistência	 dos	 advogados,	 coordenados	 pelas
Caixas,	ouvidos	os	Conselhos	Seccionais.
ELEIÇÕES	E	MANDATO
••	Prazo	de	mandato:	o	mandato,	em	qualquer	órgão	da	OAB,	é	de	três	anos,	permitida	a	reeleição.	Nenhum	ocupante	de
cargo	ou	mandato	na	OAB	será	remunerado.
••	 Data	 de	 eleição:	 as	 eleições	 do	 Conselho	 Seccional,	 da	 Subseção	 e	 da	 Caixa	 de	 Assistência	 dos	 Advogados	 serão
realizadas	na	segunda	quinzena	do	mês	de	novembro	do	último	ano	do	mandato	anterior.
No	Conselho	Federal	a	eleição	será	realizada	no	dia	31	de	janeiro	do	ano	seguinte	ao	da	eleição	dos	Conselhos	Seccionais,
às	19hs.
••	Data	de	posse:	os	membros	do	Conselho	Seccional,	da	Diretoria	da	Subseção	e	da	Diretoria	da	Caixa	de	Assistência	dos
Advogados	tomarão	posse	no	primeiro	dia	de	janeiro	do	ano	seguinte	ao	da	eleição.
Os	membros	do	Conselho	Federal	tomarão	posse	no	primeiro	dia	de	fevereiro	do	ano	seguinte	ao	da	eleição.
••	Extinção	do	mandato:	extingue-se	o	mandato	automaticamente,	antes	do	seu	término,	quando:
a)	Ocorrer	qualquer	hipótese	de	cancelamento	de	inscrição	ou	de	licenciamento	do	profissional;
b)	O	titular	sofrer	condenação	disciplinar;
c)	O	titular	faltar,	sem	motivo	justificado,	a	três	reuniões	ordinárias	consecutivas	de	cada	órgão	deliberativo	do	Conselho
ou	da	diretoria	da	Subseção	ou	da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados,	não	podendo	ser	reconduzido	no	mesmo	período	de
mandato.
Extinto	qualquer	mandato	nessas	hipóteses,	cabe	ao	Conselho	Seccional	escolher	o	substituto,	caso	não	haja	suplente.
••	Voto	obrigatório:	o	advogado	regularmente	inscrito	na	OAB,	adimplente	com	sua	anuidade,	será	obrigado	a	votar,	sob
pena	de	multa,	no	importe	de	20%	sobre	o	valor	da	anuidade,	salvo	justo	motivo.
••	Voto	facultativo:	o	advogado	poderá	votar	no	Conselho	Seccional	onde	tiver	inscrição	suplementar.
••	Voto	proibido:	O	advogado	inadimplente	e	o	estagiário	não	poderão	exercer	o	direito	de	voto.
••	Requisitos	de	elegibilidade:
–	Ser	advogado	regularmente	inscrito	na	respectiva	Seccional	da	OAB,	com	inscrição	principal	ou	suplementar;
–	Estar	em	dia	com	as	anuidades;
–	Não	ocupar	cargos	ou	funções	incompatíveis	com	a	advocacia,	em	caráter	permanente	ou	temporário;
–	Não	ocupar	cargos	ou	funções	exoneráveis	ad	nutum;
–	Não	ter	sido	condenado	em	definitivo	por	qualquer	infração	disciplinar,	salvo	se	reabilitado	pela	OAB,	ou	não	tenha
representação	disciplinar	em	curso,	jájulgada	procedente	por	órgão	do	Conselho	Federal;
–	Exercer	efetivamente	a	profissão,	há	mais	de	5	anos,	excluído	o	período	de	estagiário;
–	Não	estar	em	débito	com	a	prestação	de	contas	ao	Conselho	Federal,	na	condição	de	dirigente	do	Conselho	Seccional	ou
da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados,	responsável	pelas	referidas	contas,	ou	não	tenha	tido	prestação	de	contas	rejeitada,
após	apreciação	do	Conselho	Federal,	com	trânsito	em	julgado,	nos	8	anos	seguintes;
–	Não	integrar	listas,	com	processo	em	tramitação,	para	provimento	de	cargos	nos	tribunais	judiciais	ou	administrativos.
••	Composição	da	chapa	do	Conselho	Seccional.	A	chapa	para	o	Conselho	Seccional	deve	ser	composta	dos	candidatos	ao
Conselho	e	à	sua	Diretoria	e,	ainda,	à	delegação	ao	Conselho	Federal	e	à	Diretoria	da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados
para	eleição	conjunta.
••	Eleição	no	Conselho	Federal
a)	Será	admitido	registro,	junto	ao	Conselho	Federal,	de	candidatura	à	presidência,	desde	seis	meses	até	um	mês	antes	da
eleição;
b)	O	requerimento	de	registro	deverá	vir	acompanhado	do	apoio	de,	no	mínimo,	seis	Conselhos	Seccionais;
c)	 Até	 um	mês	 antes	 das	 eleições,	 deverá	 ser	 requerido	 o	 registro	 da	 chapa	 completa,	 sob	 pena	 de	 cancelamento	 da
candidatura	respectiva;
d)	No	dia	31	de	janeiro	do	ano	seguinte	ao	da	eleição,	o	Conselho	Federal	elegerá,	em	reunião	presidida	pelo	conselheiro
mais	antigo,	por	voto	secreto	e	para	mandato	de	3	anos,	sua	diretoria,	que	tomará	posse	no	dia	seguinte;
e)	Será	considerada	eleita	a	chapa	que	obtiver	maioria	simples	dos	votos	dos	Conselheiros	Federais,	presente	a	metade
mais	um	de	seus	membros;
••	Comissão	Eleitoral:
É	formada	de	5	advogados,	sendo	um	Presidente,	que	não	integrem	qualquer	das	chapas	concorrentes.
É	competente	para	designar	as	mesas	eleitorais.
Utiliza	os	serviços	das	Secretarias	do	Conselho	Seccional	e	das	subseções,	com	o	apoio	de	suas	Diretorias,	convocando	ou
atribuindo	tarefas	aos	respectivos	servidores.
Qualquer	advogado	pode	arguir	a	suspeição	de	membro	da	Comissão	Eleitoral,	a	ser	julgada	pelo	Conselho	Seccional.
A	Diretoria	do	Conselho	Seccional	pode	substituir	os	membros	da	Comissão	Eleitoral	quando	não	estejam	cumprindo	suas
atividades,	em	prejuízo	da	organização	e	da	execução	das	eleições.
Convém	destacar	que	das	decisões	da	Comissão	Eleitoral	cabe	recurso	ao	Conselho	Seccional.	No	entanto,	se	a	maioria	dos
membros	 do	 Conselho	 Seccional	 estiver	 concorrendo	 às	 eleições,	 o	 recurso	 contra	 decisão	 da	 Comissão	 Eleitoral	 será
encaminhado	diretamente	ao	Conselho	Federal.
••	Propaganda	Eleitoral
Propaganda	Eleitoral
Finalidade: Apresentar	e	debater	propostas	e	ideias	relacionadas	às	finalidades	da	OAB	e	aos	interesses	da	Advocacia.
Vedações:
Praticar	atos	que	visem	a	exclusiva	promoção	pessoal	de	candidatos;
Abordar	temas	de	modo	a	comprometer	a	dignidade	da	profissão	e	da	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil;
Ofender	a	honra	e	imagem	de	candidatos;
No	período	de	15	dias	antes	da	data	das	eleições,	a	divulgação	de	pesquisa	eleitoral;
No	 período	 de	 30	 dias	 antes	 da	 data	 das	 eleições,	 a	 regularização	 da	 situação	 financeira	 de	 advogado	 perante	 a
Tesouraria	da	OAB	para	torná-lo	apto	a	votar;
No	período	de	60	dias	antes	das	eleições,	a	promoção	pessoal	de	candidatos	na	inauguração	de	obras	e	serviços	da	OAB;
No	período	de	90	dias	antes	da	data	das	eleições,	a	concessão	ou	distribuição,	às	Seccionais	e	Subseções,	por	dirigente,
candidato	 ou	 chapa,	 de	 recursos	 financeiros,	 salvo	 os	 destinados	 ao	 pagamento	 de	 despesas	 de	 pessoal	 e	 de	 custeio	 ou
decorrentes	 de	 obrigações	 e	 de	 projetos	 preexistentes,	 bem	 como	 de	 máquinas,	 equipamentos,	 móveis	 e	 utensílios,
ressalvados	os	casos	de	reposição,	e	a	convolação	de	débitos	em	auxílios	financeiros,	salvo	quanto	a	obrigações	e	a	projetos
preexistentes.
••	Apuração	de	abuso:
PROCESSO	DISCIPLINAR
••	Aplicação	subsidiária:	No	processo	disciplinar	na	OAB,	aplica-se	subsidiariamente	ao	EAOAB	a	 legislação	processual
penal	comum	e,	aos	demais	processos,	a	 legislação	processual	administrativa	comum	e	a	 legislação	processual	civil,	nessa
ordem.
••	Prazos:	todos	os	prazos	do	processo	disciplinar	são	de	15	dias,	exceto:
a)	 A	 sustentação	 oral	 no	 TED,	 que	 será	 de	 15	minutos,	 ocorre	 após	 o	 voto	 do	 relator,	 sendo	 primeiro	 realizada	 pelo
representante	e	em	seguida	pelo	representado;
b)	O	prazo	para	juntada	do	original	de	recurso	interposto	via	fax,	que	será	de	10	dias.
••	Contagem	do	prazo.	Inicia-se	a	contagem	do	prazo:
a)	Quando	por	notificação	pessoal	ao	advogado,	a	partir	do	primeiro	dia	útil	posterior	ao	recebimento	da	notificação;	e
b)	Quando	por	publicação	na	imprensa	oficial,	no	primeiro	dia	útil	seguinte	ao	da	publicação.
••	 Competência	 para	 julgamento:	 o	 poder	 de	 punir	 disciplinarmente	 o	 advogado	 (julgar	 o	 processo)	 é	 do	 Conselho
Seccional	 do	 local	 da	 infração,	 por	 intermédio	 do	 Tribunal	 de	 Ética	 e	 Disciplina	 (TED),	 salvo	 se	 a	 infração	 for	 cometida
perante	o	Conselho	Federal.
Após	o	 julgamento	do	TED,	com	o	trânsito	em	julgado	da	decisão,	o	Conselho	Seccional	será	competente	para	aplicar	a
sanção	disciplinar	ao	advogado	infrator.
COMPETÊNCIA	PARA	O	JULGAMENTO	DO	PROCESSO	DISCIPLINAR	E	PARA	APLICAÇÃO	DA	SANÇÃO	DISCIPLINAR
Regra Julgamento Aplicação
Processo	Disciplinar
TED/Cons.	Sec/Local	dos	Fatos
O	poder	de	punir	disciplinarmente
os	 inscritos	 na	 OAB	 compete
exclusivamente	ao	Conselho	Seccional
em	cuja	base	territorial	tenha	ocorrido
a	infração.
Conselho	Seccional
Após	 o	 trânsito	 em	 julgado	 da	 decisão	 o	 Conselho
Seccional,	 onde	 tramitou	 o	 processo,	 remeterá	 as
informações	 ao	 Conselho	 Seccional	 onde	 o	 sancionado
tenha	sua	inscrição	principal	para	fins	de	registro	em	seus
assentamentos.
Infração	 praticada	 perante	 o
Conselho	Federal
Conselho	Federal
(art.	70,	caput,	EAOAB)
Presidente	Conselho	Federal
(art.	100,	V,	do	RG)
Infração	 praticada	 por
membros	do	Conselho	Federal
Conselho	Federal
(art.	58,	§	5.º,	CED)
Segunda	Câmara
Infração	 praticada	 por
Presidentes	 de	 Conselhos
Seccionais
Conselho	Federal
(art.	58,	§	5.º,	CED)
Segunda	Câmara
Representação	 contra
membros	 da	 diretoria	 do
Conselho	 Federal,	 Membros
Honorários	Vitalícios	e	detentores
da	Medalha	Rui	Barbosa
Conselho	Federal Conselho	Pleno
Dirigente	de	Subseção Conselho	Seccional Conselho	Seccional
Infração	passível	de	Suspensão
Preventiva	(ver	quadro	adiante)
TD/CS/IP
Tribunal	 de	 Ética	 e	 Disciplina	 do
Conselho	 Seccional	 da	 inscrição
principal	do	advogado	infrator.
CS/IP
Conselho	 Seccional	 da	 inscrição	 principal	 do	 advogado
infrator.
••	Limites	do	julgamento:	A	jurisdição	disciplinar	não	exclui	a	comum	e,	quando	o	fato	constituir	crime	ou	contravenção,
deve	ser	comunicado	às	autoridades	competentes.
••	Instauração:	O	processo	disciplinar	poderá	ser	instaurado:
a)	De	ofício	pela	OAB	 (Presidente	do	Conselho	Seccional,	 Presidente	da	Subseção	ou	Presidente	do	TED)	em	 função	do
conhecimento	do	fato	quando	obtido	de	fonte	idônea	ou	em	virtude	de	comunicação	da	autoridade	competente
b)	Representação	da	pessoa	interessada,	não	considerando	fonte	idônea	a	que	consistir	em	denúncia	anônima.
••	Sigilo
O	processo	disciplinar	tramitará	em	sigilo	até	seu	término,	tendo	acesso	aos	autos:
a)	As	partes	litigantes;
b)	Os	advogados	constituídos	nos	autos;	e
c)	A	autoridade	judiciária	competente.
••	Revelia
Se	 o	 representado	 não	 for	 encontrado,	 ou	 for	 revel,	 o	 Presidente	 do	 Conselho	 competente	 ou,	 conforme	 o	 caso,	 o	 do
Tribunal	de	Ética	e	Disciplina	deve	designar-lhe	defensor	dativo.
••	Revisão	do	processo	disciplinar
É	permitida	a	revisão	do	processo	disciplinar	diante	de	erro	de	julgamento	ou	condenação	baseada	em	falsa	prova.
••	Procedimento
Recebida	 a	 representação,o	 Presidente	 do	 Conselho	 Seccional,	 da	 Subseção,	 quando	 esta	 dispuser	 de	 Conselho,	 ou	 do
Tribunal	 de	 Ética	 e	 Disciplina,	 conforme	 disposição	 regimental,	 designa	 relator	 para	 presidir	 a	 instrução	 processual	 e,
atendendo	aos	critérios	de	admissibilidade,	oferecer	parecer	preliminar	a	ser	submetido	ao	Tribunal	de	Ética	e	Disciplina.	Ao
representado	 deve	 ser	 assegurado	 amplo	 direito	 de	 defesa,	 podendo	 acompanhar	 o	 processo	 em	 todos	 os	 termos,
pessoalmente	 ou	 por	 intermédio	 de	 procurador,	 oferecendo	 defesa	 prévia	 após	 ser	 notificado	 (que	 deverá	 estar
acompanhada	de	documentos	e	rol	de	testemunhas	até	o	máximo	de	cinco),	razões	finais	após	a	instrução	e	defesa	oral
perante	o	Tribunal	de	Ética	e	Disciplina,	por	ocasião	do	julgamento.
••	Notificações
A	notificação	 inicial	para	a	apresentação	de	Defesa	Prévia	ou	manifestação	em	processo	administrativo	perante	a	OAB
deverá	ser	feita	através	de	correspondência,	com	aviso	de	recebimento,	enviada	para	o	endereço	constante	do	cadastro	de
inscritos	do	Conselho	Seccional.
No	entanto	frustrada	a	entrega	da	notificação,	via	correspondência	com	aviso	de	recebimento,	será	a	mesma	realizada
através	de	edital	publicado	na	imprensa	oficial	do	Estado.
Observe	que,	em	se	tratando	de	processo	disciplinar,	a	notificação	inicial	feita	através	de	edital	deverá	respeitar	o	sigilo.
Nesse	 caso	 não	 poderá	 constar	 qualquer	 referência	 de	 que	 se	 trate	 de	 matéria	 disciplinar,	 constando	 apenas	 o	 nome
completo	do	advogado,	o	seu	número	de	inscrição	e	a	observação	de	que	ele	deverá	comparecer	à	sede	do	Conselho	Seccional
ou	da	Subseção	para	tratar	de	assunto	de	seu	interesse.
As	 demais	 notificações,	 no	 curso	 do	 processo	 disciplinar,	 serão	 feitas	 através	 de	 correspondência	 com	 aviso	 de
recebimento	ou	através	de	publicação	na	imprensa	oficial	do	Estado	ou	da	União,	quando	se	tratar	de	processo	em	trâmite
perante	 o	 Conselho	 Federal.	 Nessas	 publicações	 o	 nome	 do	 representado	 deverá	 ser	 substituído	 pelas	 suas	 respectivas
iniciais,	 indicando-se	o	nome	completo	do	seu	procurador	ou	o	 seu,	na	condição	de	advogado,	quando	postular	em	causa
própria.
••	Suspensão	preventiva:	O	Tribunal	de	Ética	 e	Disciplina	do	Conselho	onde	o	acusado	 tenha	 inscrição	principal	pode
suspendê-lo	 preventivamente,	 em	 caso	 de	 repercussão	 prejudicial	 à	 dignidade	 da	 advocacia,	 depois	 de	 ouvi-lo	 em	 sessão
especial	para	a	qual	deve	ser	notificado	a	comparecer,	salvo	se	não	atender	à	notificação.	Neste	caso,	o	processo	disciplinar
deve	ser	concluído	no	prazo	máximo	de	90	dias.
Suspensão	preventiva
(art.	70,	§	3.º,	do	EAOAB)
Hipótese	 de
cabimento Infração	capaz	de	gerar	repercussão	negativa	à	dignidade	da	advocacia.
Aplicação Deve	 ser	 aplicada	 logo	 após	 o	 cometimento	 da	 infração	 disciplinar,	 por	 representação	 de	 qualquer	 interessado,	 doPresidente	do	Conselho	Seccional	ou	ex	officio	(TED).
Natureza
jurídica
Pena	cautelar,	devendo	ser	considerados	para	a	aplicação	os	requisitos	fumus	commissi	infractione	 (a	probabilidade	de
que	infração	foi	cometida)	e	o	periculum	libertatis	(o	perigo	na	liberdade	do	advogado	de	reincidir	em	infração	disciplinar,
se	estiver	autorizado	a	advogar).
Competência Tribunal	de	Ética	e	Disciplina	do	Conselho	Seccional	da	inscrição	principal	do	advogado	infrator.
Requisito	 de
aplicação
Notificar	 o	 acusado	 para	 que	 ele	 compareça	 a	 uma	 sessão	 especial	 para	 a	 aplicação	 da	 suspensão	 preventiva.	 Se
comparecer,	 terá	direito	a	apresentar	defesa.	Se	não	 comparecer,	 o	 Presidente	do	Tribunal	 de	Ética	deverá	nomear
defensor	dativo	para	apresentação	da	defesa	(aplicação	do	art.	73,	§	4.º,	do	EAOAB).
Defesa
Será	apresentada	na	sessão	especial,	no	prazo	de	15	minutos,	ou	protocolada	anteriormente	para	ser	juntada	na	sessão,
e	deverá	se	ater	ao	cabimento	ou	não	da	suspensão	preventiva,	não	podendo	adentrar	no	mérito	da	infração	disciplinar
(art.	63	do	CED).
Requisito	 de
manutenção
Aplicada	a	suspensão	preventiva,	o	Tribunal	de	Ética	e	Disciplina/Conselho	Seccional/Inscrição	principal	deverá	julgar	o
processo	disciplinar	no	prazo	máximo	de	90	dias,	sob	pena	de	se	considerar	constrangimento	ilegal	e	ter	de	ser	baixada	a
referida	suspensão.
Provas Serão	produzidas	na	sessão	de	aplicação	da	suspensão	preventiva,	podendo	ser	documentais	ou	testemunhais.
Recurso Caberá	recurso	 contra	a	decisão	que	aplicar	suspensão	preventiva,	que	será	recebido	somente	no	efeito	devolutivo(art.	77	do	EAOAB).	A	suspensão	tem	cumprimento	imediato.
Andamento
processual
Decidida	 a	 questão	 da	 aplicação	 ou	 não	 da	 suspensão,	 o	 Tribunal	 de	 Ética	 e	 Disciplina	 encaminhará	 o	 processo	 ao
Presidente	 do	 Conselho	 Seccional	 ou	 da	 Subseção,	 conforme	 o	 caso,	 para	 designar	 relator	 e	 instruir	 o	 processo,	 na	 sua
primeira	fase,	devendo	retornar	ao	Tribunal	para	fase	de	julgamento.
RECURSOS
••	Competência	e	Legitimidade
DAS	DECISÕES CABE LEGITIMIDADE
RECURSO	AO
••	TED
••	Diretoria	da	Subseção
••	Diretoria	da	C.A.A.
••	Presidente	do	Conselho	Seccional.
Conselho
Seccional Partes	litigantes
••	 Conselho
Seccional
••Não	unânimes;
••Unânimes	 que	 tenham	 ferido	 o	 EAOAB,	 CED,	 RGEAOB,	 portarias,
ementas	e	decisões	do	CF/CS	da	OAB.
Conselho
Federal
Partes	 litigantes	 e	 Pres.
Cons.	Seccional.
••	Prazo
O	prazo	para	a	interposição	de	recurso	na	OAB	é	de	15	dias.
A	 interposição	 de	 recursos	 com	 intuito	 manifestamente	 protelatório	 contrariam	 os	 princípios	 do	 Código	 de	 Ética	 e
Disciplina	da	OAB,	sujeitando	os	responsáveis	à	correspondente	sanção.
••	Efeitos	dos	recursos
Os	recursos	serão	recebidos	no	duplo	efeito:
a)	Devolutivo;
b)	Suspensivo	(exceto	quando	tratarem	de	eleições,	de	suspensão	preventiva	decidida	pelo	Tribunal	de	Ética	e	Disciplina
e	de	cancelamento	da	inscrição	obtida	com	falsa	prova).
••	Processamento
Interposição Devem	ser	interpostos	perante	a	autoridade	ou	órgão	que	proferiu	a	decisão	recorrida	e	dirigidos	ao	órgãojulgador	superior	competente.
Juízo	 de
admissibilidade
É	ao	relator	do	órgão	 julgador	a	quem	se	dirige	o	 recurso.	 A	 autoridade	 ou	 órgão	 recorrido	 não	 podem
rejeitar	o	encaminhamento.
Intempestividade	 e
ausência	 dos
pressupostos	 de
interposição
Diante	 de	 intempestividade	 ou	 ausência	 dos	 pressupostos	 legais	 para	 interposição	 do	 recurso,	 o	 relator
profere	despacho	indicando	ao	Presidente	do	órgão	julgador	o	indeferimento	liminar,	devolvendo-se	o	processo
ao	órgão	recorrido	para	executar	a	decisão.
Da	decisão	do	Presidente	cabe	recurso	voluntário	ao	órgão	julgador.
Embargos	de	Declaração
TRIBUNAIS	DE	ÉTICA	E	DISCIPLINA
••	Composição
Os	 seus	membros,	 inclusive	 os	 Presidentes,	 são	 eleitos	 na	 primeira	 sessão	 ordinária	 após	 a	 posse	 dos	 Conselhos
Seccionais,	dentre	os	seus	integrantes	ou	advogados	de	notável	reputação	ético-profissional.
O	mandato	dos	membros	dos	Tribunais	de	Ética	e	Disciplina	tem	a	duração	de	03	anos.
••	Competências
a)	Julgar,	em	primeiro	grau,	os	processos	disciplinares;
b)	Responder	a	consultas	formuladas,	em	tese,	sobre	matéria	ético-disciplinar;
c)	 Organizar,	 promover	 e	 ministrar	 cursos,	 palestras,	 seminários	 e	 discussões	 a	 respeito	 de	 ética	 profissional	 ou
estabelecer	parcerias	com	as	Escolas	de	Advocacia,	com	o	mesmo	objetivo;
d)	 Aplicar	 suspensão	 preventiva	 ao	 acusado	 em	 caso	 de	 conduta	 suscetível	 de	 acarretar	 repercussão	 prejudicial	 à
advocacia;
e)	 Exercer	 as	 competências	 que	 lhe	 sejam	 conferidas	 pelo	 Regimento	 Interno	 da	 Seccional	 ou	 pelo	 Código	 de	 Ética	 e
Disciplina	para	a	instauração,	instrução	e	julgamento	de	processos	ético-disciplinares;
f)	Mediar	e	conciliar	nas	questões	que	envolvam:
i)	Dúvidas	e	pendências	entre	advogados;
ii)	Partilha	de	honorários	contratados	em	conjunto	ou	mediante	substabelecimento,ou	decorrente	de	sucumbência;	e
iii)	Controvérsias	surgidas	quando	da	dissolução	de	sociedade	de	advogados.
PUBLICIDADE
A	publicidade	da	advocacia	é	matéria	regulamentada	pelo	Código	de	Ética	e	Disciplina,	nos	arts.	39	a	47,	e	 também	no
Provimento	94/2000	do	Conselho	Federal	da	OAB.
A	 regra	diz	que	a	publicidade	é	permitida	desde	que	 tenha	caráter	meramente	 informativo	e	observe	a	discrição,	não
podendo	configurar	captação	de	clientela	ou	mercantilização	da	profissão.
Infrações	ético-disciplinares	que	envolvam	publicidade	de	advocacia	realizada	de	forma	ilegal	serão	punidas	com	sanção
de	censura,	segundo	art.	36,	II,	do	EAOAB.
••	Regras
PUBLICIDADE	DA	ADVOCACIA
sempre	moderada	e	discreta
PODE
Finalidade	exclusivamente	informativa.
Indicar	endereço,	e-mail,	site,	página	eletrônica.
Conter	logotipo	e	fotografia	do	escritório.
Mencionar	horário	e	idiomas	de	atendimento.
Constar	títulos	acadêmicos	e	distinções	honoríficas	relacionadas	à	vida	profissional.
Indicar	especialidades	a	que	se	dedica
Placas,	 painéis	 e	 inscrições	 na	 fachada	 da	 sede	 profissional,	 para	 fins	 de	 identificação	 desde	 que	 observe	 a	 discrição	 e
sobriedade.
Mencionar	instituições	jurídicas	de	que	faça	parte.
NÃO
PODE
Uso	de	denominação	fantasia.
Distribuição	de	panfletos,	mala	direta	ou	formas	assemelhadas	com	intuito	de	captação	de	clientela.
Divulgação	em	conjunto	com	outras	atividades	ou	a	indicação	de	vínculos.
Anúncios	em	rádio,	cinema	e	televisão.
Mencionar	emprego,	cargo	ou	função	ocupado,	atual	ou	pretérito,	em	qualquer	órgão	ou	instituição,	salvo	o	de	professor.
Fornecimento	de	dados	de	contato	em	colunas	ou	artigos	literários,	culturais,	acadêmicos	ou	jurídicos,	publicados	na	imprensa
ou	em	veiculação	de	matérias	pela	internet,	sendo	permitida	a	referência	a	e-mail.
Incluir	fotografias	pessoais	ou	de	terceiros	nos	cartões	de	visitas	do	advogado
Uso	de	outdoors,	painéis	luminosos	ou	formas	assemelhadas
Inscrições	em	muros,	paredes,	veículos,	elevadores	ou	em	qualquer	espaço	público
DEVE
Adotar	idioma	português,	e	quando	em	idioma	estrangeiro,	deve	estar	acompanhado	da	tradução.
Conter	o	nome	do	advogado/sociedade.
Conter	o	número	da	inscrição	na	OAB	do	advogado/sociedade.
••	Mala	direta
É	considerada	imoderada	a	remessa	de	correspondência	indiscriminada,	oferecendo	serviços	advocatícios,	por	parte	do
advogado	 ou	 da	 sociedade	 de	 advogados,	 a	 uma	 coletividade	 de	 pessoas	 que	 ainda	 não	 sejam	 clientes	 ou	 que	 não	 tenha
solicitado	ou	autorizado	previamente.
Correspondências,	comunicados	e	publicações	que	versem	sobre	constituição,	colaboração,	composição	e	qualificação	de
componentes	de	 escritório	 e	 especificação	de	especialidades	profissionais,	 bem	como	boletins	 informativos	 e	 comentários
sobre	 legislação,	 somente	 podem	 ser	 fornecidos	 a	 clientes,	 colegas	 ou	 pessoas	 que	 tenham	 solicitado	 ou	 autorizado
previamente.
••	Advogado	na	mídia
É	vedado	ao	advogado	responder	com	habitualidade	a	consulta	sobre	matéria	jurídica,	nos	meios	de	comunicação	social,
devendo	a	sua	participação	na	mídia	em	geral	(jornais,	revistas,	programas	de	televisão	etc.),	ser	regrada	pelos	elementos	dos
arts.	42	e	43	do	CED	e	do	Provimento	94/2000	do	Conselho	Federal	da	OAB.
Nesse	sentido,	deve	o	advogado:
a)	abster-se	de	debater	causa	sob	o	patrocínio	de	outro	advogado;
b)	abster-se	de	divulgar	ou	deixar	que	sejam	divulgadas	listas	de	clientes	e	demandas;
c)	ter	como	objetivo	a	manifestação	profissional	de	forma	ilustrativa,	educacional	e	instrutiva;
d)	abster-se	de	realizar	promoção	pessoal	ou	profissional,	insinuando-se	para	reportagens	e	declarações	públicas;
e)	abster-se	de	realizar	pronunciamentos	sobre	métodos	de	trabalhos	usados	por	seus	colegas	de	profissão;
f)	abster-se	de	promover	ou	participar	de	debate	sensacionalista;
g)	não	violar	segredo	ou	sigilo	profissional;
h)	abordar	temas	de	forma	a	não	comprometer	a	dignidade	da	profissão	e	da	instituição	que	o	congrega.
••	Publicidade	na	internet	ou	em	outros	meios	eletrônicos
É	permitido	ao	advogado	a	 realização	de	publicidade	na	 internet	 ou	 em	outros	meios	 eletrônicos,	 desde	adote	 caráter
meramente	informativo	e	observe	os	regramentos	éticos	de	discrição	e	sobriedade.
Dessa	 forma,	 a	 telefonia	 e	 a	 internet	 podem	 ser	 utilizadas	 como	 veículo	 de	 publicidade,	 inclusive	 para	 o	 envio	 de
mensagens	a	destinatários	certos,	desde	que	não	impliquem	o	oferecimento	de	serviços	ou	representem	forma	de	captação
de	clientela.
SIGILO	PROFISSIONAL
O	 sigilo	profissional	 é	um	direito-dever	do	advogado	e,	 por	 ser	de	ordem	pública,	 independe	de	 solicitação	do	 cliente.
Dessa	forma,	qualquer	informação	passada	ao	advogado	no	exercício	da	profissão,	independente	do	meio	(telefone,	carta,	e-
mail	etc.)	deverá	ser	considerada	sigilosa.
O	sigilo	profissional	também	deve	ser	observado	em	relação	aos	fatos	que	o	advogado	teve	conhecimento	em	virtude	de
funções	desempenhadas	na	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil.
O	sigilo	profissional	cederá	diante	de	circunstâncias	excepcionais	que	configurem	justa	causa	como,	por	exemplo:	a)
quando	houver	grave	ameaça	ao	direito	à	vida	e	à	honra;	b)	quando	envolva	defesa	própria.
PRINCÍPIOS	FUNDAMENTAIS
O	advogado	é	indispensável	à	administração	da	justiça	sendo	considerado	defensor	do	Estado	Democrático	de	Direito,	dos
direitos	 humanos	 e	 garantias	 fundamentais,	 da	 cidadania,	 da	 moralidade,	 da	 Justiça	 e	 da	 paz	 social,	 de	 forma	 que,	 no
exercício	 da	 advocacia,	 deve	 observar,	 não	 só,	 o	 Estatuto	 da	 Advocacia,	 mas	 também,	 o	 Código	 de	 Ética	 e	 Disciplina,	 o
Regulamento-Geral	do	Estatuto	da	Advocacia,	os	Provimentos	e	os	princípios	da	moral	individual,	social	e	profissional.
Assim,	são	deveres	do	advogado	que	merecem	ser	destacados:
Deveres	do	advogado
••	Preservar,	em	sua	conduta,	a	honra,	a	nobreza	e	a	dignidade	da	profissão,	zelando	pelo	caráter	de	essencialidade	e	 indispensabilidade	da
advocacia.
••	Atuar	com	destemor,	independência,	honestidade,	decoro,	veracidade,	lealdade,	dignidade	e	boa-fé.
••	Velar	por	sua	reputação	pessoal	e	profissional.
••	Empenhar-se,	permanentemente,	em	seu	aperfeiçoamento	pessoal	e	profissional.
••	Contribuir	para	o	aprimoramento	das	instituições,	do	Direito	e	das	leis.
••	Estimular,	a	qualquer	tempo,	a	conciliação	e	a	mediação	entre	os	litigantes,	prevenindo,	sempre	que	possível,	a	instauração	de	litígios.
••	Desaconselhar	lides	temerárias,	a	partir	de	um	juízo	preliminar	de	viabilidade	jurídica.
••	Pugnar	pela	solução	dos	problemas	da	cidadania	e	pela	efetivação	dos	seus	direitos	individuais,	coletivos	e	difusos.
••	Ter	consciência	de	que	o	Direito	é	um	meio	de	mitigar	as	desigualdades	para	o	encontro	de	soluções	justas	e	que	a	lei	é	um	instrumento	para
garantir	a	igualdade	de	todos.
••	Zelar	pela	sua	liberdade	e	independência,	mesmo	quando	vinculado	ao	cliente	ou	constituinte,	mediante	relação	empregatícia	ou	por	contrato
de	prestação	permanente	de	serviços,	ou	como	integrante	de	departamento	jurídico,	ou	de	órgão	de	assessoria	jurídica,	público	ou	privado.
Adotar	conduta	consentânea	com	o	papel	de	elemento	indispensável	à	administração	da	justiça.
Cumprir	os	encargos	assumidos	no	âmbito	da	OAB	ou	na	representação	de	da	classe.
Zelar	pelos	valores	institucionais	da	advocacia.
Ater-se,	quando	no	exercício	da	função	de	defensor	público,	à	defesa	dos	necessitados.
O	advogado	deve	abster-se	de:
••	Utilizar	de	influência	indevida,	em	seu	benefício	ou	do	cliente;
••	Vincular	o	seu	nome	a	empreendimentos	de	cunho	manifestamente	duvidosos;
••	Emprestar	concurso	aos	que	atentem	contra	a	ética,	a	moral,	a	honestidade	e	a	dignidade	da	pessoa	humana;
••	Entender-se	diretamente	com	a	parte	adversa	que	tenha	patrono	constituído,	sem	o	assentimento	deste;
••	Ingressar	ou	atuar	em	pleitos	administrativos	ou	judiciais	perante	autoridades	com	as	quais	tenha

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