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FACULDADE LEÃO SAMPAIO BIOMEDICINA BIOQUÍMICA METABÓLICA 2015 IMPORTANTE O material aqui apresentado tem o intuito de direcionar o estudo através de roteiros de aulas, não constituindo fonte única de consulta não excluindo outras fontes de pesquisa, portanto, é necessário sempre o auxilio de livros e outras publicações cientificas para o estudo da bioquímica. SUMÁRIO BIOENERGÉTICA 4 VIA GLICOLÍTICA – GLICÓLISE 6 OXIDAÇÃO DO PIRUVATO 9 CICLO DE KREBS 10 CADEIA TRANSPORTADORA DOS ELÉTRONS (CADEIA RESPIRATÓRIA) 12 GLICONEOGÊNESE (NEOGLICOGÊNESE) 15 METABOLISMO DO GLICOGÊNIO 18 METABOLISMO DOS LIPÍDEOS 22 BIOENERGÉTICA BIOENERGÉTICA Bioenergia e suas transformações Fenômenos biológicos Manifestações vitais Qualquer manifestação vital exprime trabalho e reque transformações energéticas Transformações provenientes: Degradação metabólica: transformação bioquímica Vias metabólicas: conjunto de reações bioquímicas interdependentes MOLÉCULAS FONTES DE ENERGIA: - Capazes de liberar energia através do rompimento de ligações; ATP (Adenosinatrifosfato) – principal molécula fornecedora de energia para as atividades; produzida a partir do ADP (Adenosinadifosfato) em processos exergônicos que fosforilam esta molécula METABOLISMO todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou em um organismo vivo série de reações químicas catalisadas enzimaticamente (vias metabólicas) cada passo uma pequena mudança química CATABOLISMO Fase degradativa moléculas orgânicas nutrientes moléculas + simples e menores; liberação de energia livre formação de ATP redução de transportadores de elétrons* (NADH (Adenina Dinucleotideo) e FADH2 (Flavina Dinucleotídeo)) ANABOLISMO Moléculas precursoras pequenas e simples moléculas maiores e + complexas; Necessita de energia: hidrólise do ATP ; oxidação do NADH e FADH2 *Transportadores de elétrons – moléculas capazes de aceptar (redução) ou doar (oxidação) elétrons à molécula em transformação no metabolismo Nutrientes liberadores de energia : carboidratos lipídeos proteínas Macromoléculas celulares : proteínas polissacarídeos lipídeos ácidos nucléicos E nergia química : ATP NAD H P rodutos finais pobres em energia: CO 2 H 2 O NH 3 M oléculas precursoras : aminoácidos açúcares ácidos graxos bases nitrogenadas Catabolismo Anabolismo Reações de óxido-redução – reações de transferências (ganho e perda) de elétrons; Catalisadas em geral pelas enzimas do grupo desidrogenases. Reações de fosforilação e desfosforilação – reações de ganho e perda de grupamento fosfato Catalisadas em geral pelas enzimas do grupo quinases. Reações de isomerização – reações em que os substratos se transformam em um composto isômero, ou seja, de mesma formula química, alterando apenas a organização da sua estrutura molecular. Catalisadas em geral pelas enzimas do grupo isomerases e mutases Reações de transferência de grupamento – saída de grupamentos de um composto a outro; Catalisadas em geral pelas enzimas do grupo transferases. Reações hidrolíticas – ocorrem na presença de água Catalisadas em geral pelas enzimas do grupo hidratases REAÇÕES REVERSÍVEIS: em equilibrio PRODUTO EM EXCESSO: reação na direção dos reagentes REAGENTES EM EXCESSO: reação na direção dos produtos Variação de energia livre próximo do zero Reações longe do equilíbrio são IRREVERSÍVEIS Dão continuidade a via metabólica e regulam as vias metabólicas (pontos de inibição e ativação) VIA GLICOLÍTICA – GLICÓLISE Glycolysis tem a sua origem no Grego em que glyk = Doce + Lysis = Dissolução Sequencia de reações que convertem a Glicose em Piruvato, havendo a produção de energia sob a forma de ATP Ocorre no citoplasma das células REAÇÃO GLOBAL: Glicose + NAD+ + 2ADP + 2Pi → 2Piruvato + NADH + H+ + 2ATP + 2H2O A Glicólise divide-se em duas partes principais: FASE 1: ATIVAÇÃO OU FOSFORILAÇÃO DA GLICOSE Utilização de ATP (2 Moléculas) Formação de duas Moléculas de Triose-Fosfato: Dihidroxicetona Fosfato e Gliceraldeído-3-Fosfato FASE 2: TRANSFORMAÇÃO DO GLICERALDEÍDO EM PIRUVATO Formação de ATP Oxidação da Molécula do Gliceraldeído 3-P Redução do NAD+ Formação do Ácido Pirúvico REAÇÃO 1: Glicose + ATP Glicose-6-Fosfato + ADP ENZIMA: Hexoquinase Depois de entrar na Célula a Glicose é fosforilada produzindo Glicose-6-P pela transferência do Fosfato Terminal do ATP para o grupo Hidroxila da Glicose Reação Endergônica: com gasto de uma molécula de ATP e liberação de ADP Reação irreversível: dá continuidade a via; Reação comum a várias vias. REAÇÃO 2: Glicose-6-Fosfato Frutose -6- Fosfato ENZIMA: Fosfoglicose Isomerase ou Glicose Fosfato Isomerase Conversão da Glicose -6- Fosfato em Frutose-6-Fosfato Reação de Isomerização: ocorre a transfomação estrutural na molécula do composto, mas a fórmula química não se altera, ou seja, o composto se transforma em um isômero REAÇÃO 3: Frutose -6-Fosfato + ATP Frutose 1,6-Bifosfato + ADP ENZIMA: Fosfofrutoquinase A Frutose -6-P é Fosforilada a Frutose -1,6-Bifosfato Reação Endergônica: com gasto de uma molécula de ATP e liberação de ADP Reação irreversível: dá continuidade a via Melhor reação para regular a via, pois é específica da glicólise Ativa por ADP (Modulador Alostérico Positivo) Inibida por ATP e citrato (Modulador Alostérico Negativo) REAÇÃO 4: Frutose 1,6-BiFosfato Gliceraldeído-3-Fosfato + Dihidrocetona Fosfato ENZIMA: Aldolase A Frutose 1,6- Bifosfato é dividida em duas trioses fosfatadas, ficando cada uma com um fosfato As duas trioses são: Gliceraldeído 3-Fosfato e a Dihidroxicetona Fosfato REAÇÃO 5: Dihidrocetona Fosfato Gliceraldeído-3-Fosfato ENZIMA: Isomerase dos fosfatos trioses ou Fosfotrioses Isomerase (TIM) As duas trioses são interconvertíveis por uma reação reversível catalisada pela ISOMERASE DOS FOSFATOS DE TRIOSES OU FOSFOTRIOSES ISOMERASE (TIM) Só o GLICERALDEÍDO é substrato das reações seguintes, desta forma, a reação converte o DIHIDROCETONA em gliceraldeído, já que são compostos isômeros, para que a via continue. Após a conversão a via seguirá com duas moléculas de gliceraldeído, a molécula produzida na quarta reação e com a segunda molécula produzida na quinta reação a partir da conversão do dihidrocetona. A partir da próxima reação a via se duplica ocorrendo simultaneamente com as duas moléculas de GLICERALDEÍDO produzidas anteriormente. REAÇÃO 6: Gliceraldeído 3-Fosfato + NAD+ + Pi 1,3-Bifosfoglicerato + NADH + H+ ENZIMA: Gliceraldeído 3-P Desidrogenase O Gliceraldeído 3-Fosfato é convertido num composto intermédio potencialmente energético O Grupo Fosfato deriva de um Fosfato Inorgânico (adquirido pela ingestão nos alimentos) O NADH intervirá na Formação de ATP na cadeia transportadora dos elétrons REAÇÃO 7: 1,3-Bifosfoglicerato + ADP 3-Fosfoglicerato + ATP ENZIMA: Fosfoglicerato quinase Reação exergônica: há liberação de energia na forma de ATP Fosforilação ao nível do substrato: Transferência direta do grupo fosfato proveniente de um composto de “alta energia” para ADP REAÇÃO 8: 3-Fosfoglicerato 2-Fosfoglicerato ENZIMA: Fosfoglicerato mutase 3-Fosfoglicerato é isomerado a 2-Fosfoglicerato: ocorre uma mudança do grupamento fosfato do carbono 3 ao carbono 2 da molécula. REAÇÃO 9: 2-Fosfoglicerato Fosfoenolpiruvato + H2O ENZIMA: Enolase Há desidratação(perda da molécula de água) e redistribuição da energia (ligações químicas se reorganizam) REAÇÃO 10: Fosfoenolpiruvato + ADP Piruvato + ATP ENZIMA: Piruvato quinase Transferência do Grupo Fosfato do Fosfoenolpiruvato para o ADP, formando ATP Reação exergônica e irreversível CONTROLE DA GLICÓLISE A necessidade glicolítica varia de acordo com os diferentes estados fisiológicos Regulação - satisfazer as necessidadescelulares Ativa degradação - após uma refeição rica em hidratos de carbono (carboidratos) Acentuada redução - durante o Jejum Longo Prazo – fígado promove alterações na quantidade de enzimas glicolíticas. Taxas de síntese e degradação Curto Prazo - alteração alostérica (concentração de produtos) reversível das enzimas e também pela sua fosforilação. As enzimas mais propensas a serem locais de controle são as que catalisam as reações irreversíveis: Hexoquinase Fosfofrutoquinase Piruvato quinase OXIDAÇÃO DO PIRUVATO O Piruvato pode seguir dois caminhos diferentes após a sua formação, dependendo das condições do meio: Em condições Anaeróbias: Formam-se produtos de fermentação: Etanol e CO2 no caso da fermentação Alcoólica; Ácido Lático na Fermentação Lática. Em condições Aeróbias: Forma-se o Acetil-CoA que vai entrar no Ciclo de Krebs FERMENTAÇÃO LÁTICA Ocorre nas células musculares durante atividades físicas vigorosas, nesta situação haverá demanda de ATP alta e suprimento de oxigênio baixo. A molécula de piruvato será reduzida (adição de elétrons) a lactato pela enzima LACTATO DESIDROGENASE, ao mesmo tempo o transportador de elétrons NADH sofrerá oxidação (perda de elétrons), desta forma trata-se de uma reação de oxirredução (transferência de elétrons). FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Nas leveduras, o NAD⁺ (glicólise) é regenerado na conversão de piruvato em etanol e em CO2; Este etanol é utilizado para produção de vinhos e destilados. Na primeira reação, catalisada pela PIRUVATO DESCARBOXILASE, haverá a descarboxilação (saída do grupo carbonila) do piruvato liberando gás carbônico formando o acetaldeído. Na segunda reação, catalisada pela DESIDROGENASE ALCOÓLICA, o acetaldeído sofre uma redução (adição de elétrons) ao mesmo tempo em que há uma oxidação do NADH liberando etanol como produto final. CICLO DE KREBS Em situações aeróbias, ou seja, quando há presença de oxigênio na célula, o piruvato será transformado em Acetil-CoA na mitocôndria e será oxidado completamente pelo Ciclo de Krebs. O piruvato entra na matriz mitocondrial e sofre ação da enzima PIRUVATO DESIDROGENASE; Há formação do grupo acetil (dois carbonos), liberando CO2 e NADH; Ocorre então a combinação do acetil com a Coenzima A formando Acetil-CoA, assim entra no Ciclo de Krebs propriamente dito. CICLO DE KREBS Também chamado de Ciclo do Ácido Tricarboxílico ou Ciclo do Ácido Cítrico. Ocorre na matriz mitocondrial. Via anfibólica -Formação de energia através de processos catabólicos (degradação de substratos). -Fornece componentes para os processos anabólicos (biossíntese). Intermediários do ciclo são usados em vias biossintéticas; portanto, devem ser repostos, pelas chamadas reações anapleróticas. Oxidação e conservação da energia de substratos oriundos de diferentes vias metabólicas. Via cíclica; Oxaloacetato é totalmente oxidado; Ao final formação de nova mol. de oxaloacetato Libera elétrons que são capturados por aceptores (NAD+ e FAD+). Elétrons capturados - Cadeia Transportadora de Elétrons = ATP EQUAÇÃO LÍQUIDA: Acetil CoA + 2H2O + FAD+ + 3NAD+ + GDP + Pi 2CO2 + FADH2 + 3NADH + 3H+ + GTP + CoA REAÇÃO ENZIMA I Acetil-CoA + Oxaloacetato + H2O Citrato + CoA + H+ Citrato Sintase II Citrato (cis-aconitato +H2O) Isocitrato Aconitase III Isocitrato + NAD+ α – cetoglutarato + CO2 + NADH Isocitrato desidrogenase IV α – cetoglutarato + NAD+ + CoA Succinil-CoA + CO2 + NADH α – cetoglutarato desidrogenase V Succinil – CoA + Pi + GDP Succinato +GTP + CoA Succinil-CoA sintetase VI Succinato + FAD Fumarato + FADH2 Succinato desidrogenase VII Fumarato + H2O Malato Fumarase VIII Malato + NAD Oxaloacetato + NADH +H+ Malato desidrogenase REAÇÕES IRREVERSÍVEIS Citrato Sintase Isocitrato Desidrogenase Alfa-cetoglutarato desidrogenase PRINCÍPIO DE LE-CHATELIER Fatores inibidores - ATP e produtos das reações: quando houver um aumento de ATP há menos necessidade de produção de energia e desta forma haverá um redução da atividade do Ciclo de Krebs. Fatores ativadores - ADP e reagentes das reações: quando houver produção de ADP significa uma diminuição de energia celular, já que esta molécula é produzida pela “quebra” do ATP, para repor a energia haverá necessidade de aumentar a intensidade do Ciclo de Krebs. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS REAÇÕES 3ª reação: Formação da primeira molécula de NADH e liberação de CO2; 5ª reação: A única que ocorre formação de GTP (transforma-se rapidamente em ATP) 6ª reação: Única que ocorre nas Cristas mitocondriais, formação do FADH2; Os transportadores de elétrons (NADH e FADH2) produzidos nesta via serão importantes na produção de ATP pela Cadeia Transportadora de Elétrons. Ao final haverá a produção de oxaloacetato recomeçando o ciclo e o acetil-CoA terá sido totalmente oxidado a água e gás carbônico. CADEIA TRANSPORTADORA DOS ELÉTRONS (CADEIA RESPIRATÓRIA) Formada por quatro complexos protéicos que encontram-se nas cristas mitocondriais (membrana interna da mitocôndria) Etapa de maior síntese de ATP Ocorre reoxidação de NADH e FADH em NAD⁺ e FAD⁺. Liberação de grande quantidade elétrons com formação de O2 e H2O. ATIVIDADE DA C.T.E: Os aceptores de elétrons são reoxidados (NADH – complexo I e FADH2 complexo II). Dentro dos complexos os elétrons são transportados pelos pares redoxes que sofrem oxirredução pelas enzimas existentes nos complexos. Os complexos são conectados pela coenzima Q e pelo citocromo C. A coenzima Q transporta os elétrons do complexo I ou II para o complexo III através da UQ H2. O citocromo C transporta elétrons do complexo III para o IV. Ao chegarem ao complexo IV, os elétrons são adicionados ao oxigênio e produzem água. Pares redoxes Elétrons transportados de molécula a molécula a ½ O₂ Reduzidos a uma molécula de H₂O Complexos proteicos Complexo I – 2,5 ATP por molécula de ½ O₂ Complexo II – 1,5 ATP por molécula de ½ O₂ Gradiente de pH Favorece o transporte de elétrons Transporte de íons H⁺ da matriz para o espaço intermembranas (Complexo I, III e IV) Citocromos Proteínas transferidoras de elétrons que possuem Fe e Cu e estão localizadas nas cristas. A energia liberada pelos elétrons com alta energia a partir de uma molécula de glicose pode formar 28 ATP. Quatro complexos enzimáticos: I – NADH-CoQ redutase (FMN / centros Fe-S) II – Succinato-CoQ redutase (FAD / Centros Fe-S / Citocromo b) III – CoQ-citocromo c redutase (Citocromos b e c1 / Centros Fe-S) IV – Citocromo c oxidase (Citocromos a e a3 / Íons de cobre) 2 transportadores de elétrons: Coenzima Q (CoQ) – ubiquinona (não protéico) Conecta complexos I e II ao III Citocromo c Conecta complexo III ao IV Complexo I (NADH-CoQ redutase) Formado por 26 cadeias polipeptídicas Flavina mononucleotídeo (FMN) Capaz de receber 2 prótons e 2 elétrons Reduzido a forma FMNH2 por Fe⁺³ para Fe⁺² Complexo II (Succinato-CoQ redutase) Succinato desidrogenase Enzima da membrana interna mitocondrial Ciclo do ácido cítrico Succinato oxidado à Fumarato Redução de FAD (grupo prostético) à FADH2 Transporte de 2 prótons e 2 elétrons Complexo III – CoQ-citocromo c redutase CoQ Traz elétrons dos Complexos I e II ao III Citocromo c Proteína periférica que transporta elétrons do complexo III para o IV Complexo IV – Citocromo c oxidase Componentes: citocromo c 3 íons cobre Forma oxidada – Cu+2 cúprica Forma reduzida – Cu+ cuprosa FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA: Fosforilação do ADP em ATP utilizando a energia liberada pelas reações de oxirredução da cadeia transportadora de elétrons. Maior concentração de prótons H⁺ no espaço intermembranas em relação à matriz mitocondrial, desta forma haverá necessidade de equilíbrio. Para isto há um redirecionamento de H⁺ através da ATP sintase ocorrendo desta forma, fosforilação do ADP pelo Pi. GLICONEOGÊNESE (NEOGLICOGÊNESE) Ocorre quando houverinsuficiência de Glicose Dieta insuficiente ou ausente, não haverá reposição dos depósitos de glicogênio; glicogênio esgotado no fígado Nessa situação, a glicose será sintetizada a partir de precursores não-glicídicos pela gliconeogênese que ocorre principalmente no fígado e nos rins (em menor grau) Podem ser precursores da gliconeogênese: Produtos da glicólise Lactato e piruvato Intermediários do ciclo do ácido cítrico, como o oxaloacetato (C4) Aminoácidos, com exceção da lisina e leucina, pois são cetogênicos (originam acetil-CoA) Cadeias carbonadas Estes precursores originaram piruvato que será convertido em glicose Reações da glicólise no sentido inverso As enzimas irreversíveis: Hexoquinase, fosfofrutoquinase e piruvato quinase serão substituídas 1ª reação da gliconeogênese – conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato: Inverso da reação catalisada pela piruvato quinase Requer energia Conversão do piruvato a oxaloacetato Descarboxilação do oxaloacetato fornece energia Enzimas: Piruvato carboxilase – converte piruvato em oxaloacetato Fosfoenolpiruvato (PEP) carboxinase – converte oxaloacetato em fosfoenolpiruvato + ADP + Pi ATP BICARBONAT O O PIRUV AT O O OXALOACETATO GT P P GDP CO 2 FOSFOENOLPIRUVATO PIRUVATO CARBOXILASE PEP CARBOXIQUINASE Piruvato Carboxilase (Gliconeogênese) catalisa: piruvato + HCO3- + ATP oxaloacetato + ADP + Pi PEP Carboxiquinase (Gliconeogênese) catalisa: oxaloacetato + GTP PEP + GDP + CO2 PEP Carboxiquinase - GTP-dependente - oxaloacetato PEP. Processado em dois passos: Oxaloacetato é primeiramente descarboxilado e depois Fosforilado – transferência do fosfato do GTP produzindo fosfoenolpiruvato (PEP). OXALOACETATO Precursor da gliconeogênese Intermediário do ciclo do ácido cítrico Acúmulo de acetil-coA leva a ativação de piruvato-carboxilase Atividade do ciclo baixa = aumento do oxaloacetato disponível que entra na via gliconeogênica As demais reações da via glicolitica serão invertidas com as mesmas enzimas utilizadas por esta via. 8ª reação da gliconeogênese – substituição da Fosfofrutoquinase pela frutose – 1,6 bifosfatase FOSFOFRUTOQUINASE (Glicólise) catalisa: fructose-6-P + ATP fructose-1,6-bisP + ADP FRUTOSE-1,6-BIFOSFATASE (Gliconeogenêse) catalisa: frutose-1,6-biP + H2O frutose-6-P + Pi 10ª reação da gliconeogênese – substituição da hexoquinase pela glicose-6-fosfatase HEXOQUINASE (Glícólise) catalisa: glicose + ATP glicose-6-fosfato + ADP GLICOSE-6-FOSFATASE (Gliconeogênese) catalisa: glicose-6-fosfato + H2O glicose + Pi Gliconeogênese significativa durante o exercício Fornecer glicose adicional ao coração e músculo esquelético: Ciclo de Cori Ciclo Glicose – alaninA CICLO DE CORI Lactato liberado pelo músculo ativo é convertido em glicose no fígado, jogada na circulação e captada pelo músculo, que novamente a transforma em lactato e assim por diante. CICLO GLICOSE-ALANINA METABOLISMO DO GLICOGÊNIO Glicose abundante é absorvida pelas células e armazenada na forma de glicogênio; Quando haverá o estimulo da produção de glicogênio; O glicogênio é um polímero de moléculas de glicose; 2h após ingestão de alimentos – menor que 140 mg/dL no sangue A síntese, após refeição, ocorre principalmente no fígado e músculo esquelético; A degradação ocorre com dois objetivos: Fígado: utiliza para controlar glicemia Músculo: utilização exclusiva GLICOGENÓLISE Numa situação de jejum ou dieta insuficiente haverá baixa glicemia que levará ao estímulo das células alfa do pâncreas, liberando glucagon; O glucagon se ligará ao receptor na membrana dos hepatócitos e ativará a Proteína G estimulante; A proteína G por sua vez, ativa a adenilato ciclase que converte o ATP em AMPc; A liberação de AMP ativará a Proteína quinase dependente de AMPc ou PKA; A PKA fará a regulação das vias do metabolismo do glicogênio através de suas enzimas regulatórias, desta forma, inibe a glicogênese e ativa a glicogenólise, através da glicogênio sintase e glicogênio fosforilase, respectivamente. As unidades de glicose são mobilizadas pelas extremidades não-redutoras Requer as enzimas: Glicogênio fosforilase Enzima de desramificação Fosfoglicomutase Glicose-6-fosfatase (presente no retículo endoplasmático) Aumenta a atividade de enzimas que degradam glicogênio GLICOGÊNIO FOSFORILASE Substituição de um grupo fosfato – glicose-1-fosfato Etapa reguladora Regulada por interações alostéricas Inibidores: ATP; Glicose-6-fosfato; Glicose Ativador: AMP (resulta da quebra de ATP) Co-fator: Piridoxal-5’-fosfato (Vitamina B6) ENZIMA DE DESRAMIFICAÇÃO Remove ramificações para acesso da fosforilase Ocorre fosforólise até chegar a “ramificação limite” Produz glicose e glicogênio não ramificado Glicogênio-fosforilase velocidade de reação maior – rápida degradação das ramificações Reação de desramificação – mais lenta – sustentação do esforço por pouco tempo FOSFOGLICOMUTASE Converte Glicose-1-fosfato a Glicose-6-fosfato Transferência de um grupo fosforil Reação de Refosforilação Formação de Glicose-6-fosfato GLICOSE-6-FOSFATASE Disponibilização de Glicose-6-fosfato para tecidos Transporte pela membrana das células pela G6P-translocase e posterior hidrólise pela G6Pase (no Retículo Endoplasmático) A glicose deixa a célula hepática pelo GLUT2 GLICOGÊNESE Síntese do glicogênio; Formado a partir da adição de glicose a uma cadeia de glicogênio pré-existente ou através de uma proteína iniciadora GLICOGENINA (ocorre com maior frequência nos músculos) METABOLISMO DOS LIPÍDEOS 90% dos lipídeos ingeridos são triacilglicerol; 10% são colesterol, estéres de colesteril, fosfolipídeos e ácidos graxos livres; Digestão entre lipídeos e água: Triacilgliceróis são insolúveis em água; Enzimas são hidrossolúveis; Movimentos peristálticos – aumento da interface; Sais biliares – ação emulsificante: moléculas anfipáticas que solubilizam glóbulos de gordura; O processo de emulsificação dos lipídeos ocorre no duodeno; São degradados por ação de enzimas pancreáticas sob ação do controle hormonal. Presença de lipídeos estimula a secreção de hormônios: COLECISTOQUININA: Secreção de bile Secreção de enzimas SECRETINA: Solução de bicarbonato - Neutralização do pH HIDRÓLISE DO TRIACILGLICEROL: As lipases pancreáticas realizam a hidrólise dos triacilglicerois na presença de sódio e potássio, liberando 1,2-diacilglicerol e 2-acilglicerol. Após sofrer hidrólise formam micelas, partículas globulares de gordura, e são absorvidas pelos enterócitos (células intestinais); Estas micelas formam complexos com I-FABP (Intestinal Fatty Acid Binding Protein) (proteína) que tem como função aumentar a solubilidade dos lipídeos e proteger as células do intestino; Após absorção, são transportados pelos quilomícrons aos adipócitos, onde se armazenam na forma de triacilgliceróis. Caso entre em estado de jejum, o organismo iniciará todos os mecanismos que desencadearão a mobilização das reservas de energia. Haverá um aumento da concentração de glucagon, hormônio que regulará a retirada desses lipídeos armazenados dos adipócitos. Após ligar-se aos receptores de membrana o glucagon ativará a proteína G que por sua vez ativará a a enzima adenilato ciclase, esta enzima catalisa a conversão do ATP em AMPc que então ativará a PKA. A PKA irá agir sobre as lipases que mobilizarão os ácidos graxos a partir dos triacilgliceróis armazenados nos adipócitos. Os ácidos graxos mobilizados serão transportados pela albumina pela corrente sanguínea aos tecidos periféricos. Após entrar na célula os ácidos graxos sofrerão ativação e posterior transporte pela membrana mitocondrial interna, e na matriz mitocondrial, passará pela beta oxidação ou ciclo de Lynen. A β oxidação é uma série de reações repetitivas para gerar acetil-CoA pela remoção de carbonos1º ATIVAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS: Ácidos graxos são “preparados” para as reações; Reação de acilação dependente de ATP para formar acil-CoA graxa. Reação catalisada pela acil-CoA sintases ou tioquinases Ácido graxo + CoA + ATP acil-CoA + AMP +PPi 2º TRANSPORTE PELA MEMBRANA MITOCONDRIAL INTERNA 29 O transporte pela membrana mitocondrial ocorre pela Carnitina. A aciltransferase I transfere o grupamento acil para a carnitina que será transportada ao interior da mitocôndria. Já na matriz mitocondrial, a aciltransferase II transfere o grupamento acil da carnitina de volta a coenzima A. Formando acil-CoA que entrará na beta oxidação. 3º β OXIDAÇÃO A molécula de ácido graxo sofrerá sucessivos ciclos passando por quatro etapas: Oxidação; hidratação: oxidação; clivagem, com a liberação ao final de 1FADH2, 1NADH + H+ e 1acetil-CoA a cada ciclo. Quando a molécula possuir 4 carbonos em sua estrutura passará pelo último ciclo liberando duas moléculas de Acetil-CoA. Cada molécula de Acetil-CoA será redirecionada ao Ciclo de Krebs e os aceptores irão para Cadeia Transportadora de Elétrons liberando ATP. CORPOS CETÔNICOS As mitocôndrias das células hepáticas podem desviar o excesso de acetil-CoA para a formação de corpos cetônicos. Esse desvio tem o intuito de fornecer um combustível alternativo para algumas células que dependem de glicose para gerar energia. Essas células irão converter os corpos cetônicos em acetil-CoA e gerar ATP pelo ciclo de Krebs. Os principais corpos cetônicos são: o acetoacetato, 3-hidroxibutirato e acetona. A acetona é eliminada. BIOSSÍNTESE DOS ÁCIDOS GRAXOS Os ácidos graxos utilizados são supridos pela dieta Excesso de proteínas e carboidratos podem ser convertidos em ácidos graxos Ocorre principalmente no fígado e glândulas mamárias Incorpora acetil CoA na cadeia de ácidos graxos em formação; gasto de ATP Acetil CoA é convertido em Malonil CoA Enzima: Acetil CoA carboxilase Mecanismo de regulação Fosforilação reversível Presença de glucagon, enzima é fosforilada e inativa Presença de insulina, enzima é desfosforilada e ativa SÍNTESE DE COLESTEROL HMG – CoA (hidroxi-3-methyl-glutaril-CoA redutase 3) Enzima HMG – CoA redutase Regulação: Inibida por PKA Ciclização a partir do ESQUALENO DEGRADAÇÃO DO COLESTEROL A estrutura não pode ser metabolizada a CO2 e H2O O anel pode ser eliminado: Pela conversão em ácidos biliares que pode ser reabsorvido ou reutilizado Pela secreção do colesterol na bile – transporte ao intestino - eliminação O colesterol da dieta pode ser absorvido pelo intestino fazendo parte dos quilomícrons. LIPOPROTEÍNAS Partículas globulares semelhantes a micelas compostas por: proteínas, fosfolipídeos e colesterol Cinco classes: quilomícrons; VLDL; IDL; LDL; HDL - Locais de síntese das lipoproteínas: Células da mucosa intestinal – quilomícrons Outras lipoproteínas são sintetizadas no fígado (transporte fígado-tecidos) HDL – transporte tecidos-fígado APOLIPOPROTEÍNAS Revestem lipoproteínas Componentes protéicos Apo B 100 (LDL) – hidrofóbica Outras Apo são hidrossolúveis Apo A I – quilomícrons e HDL QUILOMÍCRONS Lipídeos removidos nos capilares dos tecidos periféricos: Aderem ao endotélio capilar (músculo e tec.adiposo) Hidrolisados pela ação da enzima lipoproteína-lipase Tecidos captam glicerois e ácidos graxos Quilomícrons remanescentes – dissociam do endotélio Captados pelo fígado VLDL Transportam triacilglicerois e colesterol endógenos Degradados pelas lipoproteínas-lipases Ácidos graxos liberados são captados pelas células e oxidados VLDL remanescentes -> IDL -> LDL Células captam por endocitose HDL Transporta colesterol dos tecidos ao fígado Montada a partir de componentes da degradação de outras lipoproteínas Extrai colesterol da superfície celular Enzima LCAT Degradação pelo fígado METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS AMINOÁCIDOS Produto da digestão das proteínas Presença de grupo amino Consumo em carência energética extrema (exceto fígado e músculos) Consequências: atrofia muscular e hipoalbuminemia SÍNTESE DA URÉIA Nitrogênio não é utilizado nas vias metabólicas Retirada do grupo amino (-NH3) dos aminoácidos Formação de amônia (NH3) Excreção na forma de URÉIA pelos RINS TRANSAMINAÇÃO TRANSFERÊNCIA DO GRUPO AMINO Enzimas:aminotransferases Co-fator: piridoxal-fosfato (vitamina B6) Transferência para o α-cetoglutarato formando GLUTAMATO Dependendo do aminoácido formará um tipo diferente de cetoácido Alanina = piruvato Aspartato = oxaloacetato ALFA CETOGLURATO Intermediário do ciclo de Krebs (substrato das enzimas); O alfa cetoglutarato sai do ciclo de Krebs quando houver inatividade; Mais ativa via de regeneração do α-cetoglutarato; Após alimentação = AUMENTO DE GLICOSE AUMENTO DE ATP BAIXA ATIVIDADE DO Ciclo de KrebsQuando houver a produção de GTP (ciclo de Krebs voltou a funcionar) INATIVA a transaminação DESAMINAÇÃO RETIRADA DO GRUPO AMINO Etapa Intramitocondrial (tóxica) Enzimas: aminoácido-oxidases (Estimuladas por ATP) Via mais ativa: Glutamato-desidrogenase Requer NAD ou NADP Formação de α-cetoglutarato (transaminação) e amônia (síntese da uréia) TOXICIDADE DA AMÔNIA Não bem elucidada; Amônia em altas concentrações reagem com glutamato e forma glutamina; Para repor glutamato outros aminoácidos reagem com alfa-cetoglutarato; Esgotamento de alfa-cetoglutarato e glutamato: consequências lesivas principalmente a nível cerebral. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Dano no hepatócito – atividade enzimática diminui Aminoácidos desaminados espontaneamente no citoplasma (lenta) Aumento da concentração de amônia plasmática Causa de coma (crônica) SÍNTESE DA URÉIA URÉIA – amônia + carbono (atóxico) Produção de uréia envolve ARGININA (a.a essencial) Cinco fases: Formação da carbamoil-fosfato Formação da citrulina Formação do arginino-succinato Síntese de Arginina Síntese da Uréia REAÇÃO GLOBAL CICLO DA URÉIA Formação da carbamoil-fosfato Hidratação de CO2 e uma NH3 ( - 2 ATP’s) 2. Formação da citrulina Carbomoil doa seu grupamento para ornitina(entrou na mitocôndria) formando citrulina (sai p/ mesmo transportador ) 3. Formação do arginino-succinato Incorporação de aspartato na citrulina (- 1 ATP) 4. Síntese de Arginina Quebra de arginino-succinato formando fumarato (ativa ciclo de Krebs*) + arginina 5. Síntese da Uréia Arginase catalisa síntese da uréia originando ornitina que recomeça o ciclo *BICICLETA DE KREBS Glutamina = Glutamato + amônia (transporte não tóxico) Tecidos extra-hepáticos não podem sintetizar uréia Formação de composto não-tóxico para transporte ao fígado Reguladora do pH – glutaminase converte glutamina a glutamato + amônia NH3 se liga a H – NH4 = excreção de ácido ALANINA (piruvato + amônia) também transporta CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS Apenas 9 dos aminoácidos são verdadeiramentes independentes da dieta Quebra intensa após refeição protéica – gerando cetoácidos Cetogênicos – fenilalanina, tirosina, triptofano, lisina, isoleucina, treonina e leucina – Originam acetil-CoA – ciclo de Krebs (produzir energia) Glutogênicos – podem ser convertidos em glicose - fornecem intermediários do ciclo de Krebs SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS Aminoácidos essenciais são formados a partir do aproveitamento do Nitrogênio (bactérias) Precisam ser ingeridos na dieta Não-essenciais – formados a partir de moléculas precursoras que fazem parte do ciclo de Krebs VITAMINAS Funcionam em uma grande variedade de processos dentro do organismo Cofatores* para as reações enzimáticas Não podem ser sintetizadas pelas células de mamíferos HIDROSSOLÚVEIS Tiamina (B1) Riboflavina (B2) Niacina (B3) Ácido Pantotênico (B5) Piridoxina (B6) Biotina (B7) Cobalamina (B12) Ácido Fólico (B9) Ácido Ascórbico (C). LIPOSSOLÚVEIS vitamina A vitamina D vitamina E vitamina K TIAMINA Convertida em sua forma ativa, tiamina pirofosfato,TPP No cérebro e no fígado pela tiamina difosfotransferase Cofator para as reações catalisadas pela piruvato descarboxilase e pela piruvato e alfa-cetoglutarato desidrogenase deficiência de ingestão - diminuição na capacidade das células em gerar energia VITAMINA B2 – RIBOFLAVINA Precursor para as coenzimas flavina mononucleotídeo (FMN) e flavina e adenina dinucleotídeo (FAD). As enzimas que requerem FMN ou FAD como cofatores são denominadas flavoproteínas. Estão envolvidas em uma grande faixa de reações redox, p.ex. succinato desidrogenase. VITAMINA B3 – NIACINA Durante as reações enzimáticas envolvendo as flavoproteínas as formas reduzidas da FMN e FAD são formadas, FMNH2 e FADH2, respectivamente. Niacina é também conhecida como vitamina B3. Formas ativas da vitamina B3: nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+) e nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADP+). ÁCIDO PANTOTENICO Acido Pantotênico é também conhecido como vitamina B5. O Pantotenato é necessário para a síntese de CoA Necessario para o metabolismo de carboidratos via ciclo do acido cítrico (TCA) e de todas as gorduras e proteínas. PIRIDOXINA Piridoxal, piridoxamina e piridoxina Os três compostos são eficientemente convertidos para a forma biologicamente ativa da vitamina B6, piridoxal fosfato Cofator em enzimas Nas reações de transaminação – metabolismo dos aminoácidos Na glicogenólise como cofator para a glicogênio fosforilase. BIOTINA Cofator necessário de enzimas nas reações de carboxilação, p.ex. acetil-CoA carboxilase e piruvato carboxilase. Encontrada em vários alimentos e também é sintetizada pelas bactérias intestinais. *Tratamento com antibióticos por longo período – deficiência de biotina COBALAMINA Sintetizada exclusivamente por microorganismos e é encontrada no fígado de animais. Existem apenas duas reações que requerem vitamina B12 como cofator. Uma delas ocorre durante o catabolismo dos ácidos graxos (metilmalonil-CoA mutase) e a outra, envolve a conversão da homocisteína em metionina (metionina sintase). ÁCIDO FÓLICO Leveduras e vegetais e de fígado animal. Reduzido dentro das células (principalmente no fígado, onde ele é estocado) para tetrahidrofolato (THF) A função do tetrahidrofolato é carregar e transferir várias formas de unidades de carbono nas reações biossintéticas. Reações de transferência de carbono são necessárias na biossíntese de serina, metionina, glicina, colina e dos nucleotídeos de purina. ACIDO ASCORBICO A forma ativa da vitamina C é o próprio ascorbato. Função do ascorbato - agente redutor em várias reações. Reação mais importante como cofator - hidroxilação de resíduos de prolina no colágeno. Necessária para a manutenção normal do tecido conjuntivo - a cicatrização de feridas; síntese do tecido conjuntivo remodelação do tecido nas feridas. Remodelação dos ossos devido à presença do tecido conjuntivo na matriz orgânica dos ossos. VITAMINA A Consiste de três moléculas biologicamente ativas retinol retinal (retinaldeido) acido retinoico. Derivados de uma molécula precursora, o caroteno (carotenoides) Produzidos pelas plantas (vegetais verdes escuros, vermelhos, alaranjados e amarelos) e são clivados a retinol pelos animais. VITAMINA D Hormônio esteroide. Formas ativas: 1,25 - dihidroxi vitamina D3 e a 1,25 - dihidroxi vitamina D2. Age na regulação da homeostase de cálcio e fosforo. vitamina D3 ativa é derivada do 7- dehidrocholesterol (produzido na pele) Formados pela incidência dos raios ultravioleta sobre o 7-dehidrocolesterol (D3) e ergosterol (D2) Deficiência de vitamina D: crianças – raquitismo adultos - osteomalacia. Raquitismo - mineralização impropria durante o desenvolvimento dos ossos resultando em ossos frágeis Osteomalacia - desmineralização de ossos previamente formados; aumento da fragilidade e susceptibilidade de fraturas. VITAMINA E Mistura de vários compostos tocoferóis. Natureza lipofílica - acumula nas membranas celulares, depósitos de gorduras e outras lipoproteínas circulantes. Sitio de estocagem e o tecido adiposo. Age como um antioxidante natural - captação de radicais livres e oxigênio molecular. VITAMINA K Existe naturalmente como K1 (fitilmenaquinona) nos vegetais verdes e K2 (multiprenilmenaquinona) em bactérias intestinais. A principal função das vitaminas K e na manutenção nos níveis normais de proteínas da coagulação sanguínea, fatores II, VII, IX, X e proteína C e S A conversão da forma inativa para a forma ativa dos fatores de coagulação requer uma modificação de resíduos específicos de glutamato. Essa modificação e uma carboxilação e a enzima responsável requer vitamina K como cofator. vitamina K2 - sintetizada por bactérias intestinais, a deficiência dessa vitamina em adultos e rara. *Tratamentos prolongados com antibióticos O intestino de recém-nascidos é estéril Deficiência de vitamina K na infância - ausente na dieta. Deficiência em criança - síndrome hemorrágica.
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