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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS 
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE DE ENSINO 12 
 
 
TRANSFORMADORES DE CORRENTE (TC’s). 
 
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS 
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
1 – CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS TC’s 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
• Os sistemas de medição de grandezas elétricas e de proteção estão normalmente 
conectados ao secundário dos chamados “Transformadores para Instrumentos”; 
• Tais transformadores estão relacionados a duas exigências principais: SEGURANÇA 
no espaço e PRECISÃO dos parâmetros requeridos; 
• No caso dos parâmetros que se relacionam com as correntes elétricas, os dispositivos 
que realizam tais conexões são denominados “Transformadores de Corrente”. 
 
CONCEITUAÇÃO 
 
• Um Transformador de Corrente, ou simplesmente “TC” é um transformador destinado 
a reproduzir no seu circuito secundário, a corrente do seu circuito primário, com sua 
posição fasorial substancialmente mantida, em uma proporção definida, conhecida e 
adequada para o uso com instrumentos de medição, controle e proteção. 
 
TRANSFORMADOR DE CORRENTE IDEAL 
 
• É aquele no qual, caso seu secundário seja curto-circuitado, a tensão nos terminais 
secundário será zero e a corrente de magnetização desprezível. Para tal, é válida a 
relação: 
 
= Corrente primária e secundária
= nº de voltas das espiras primária e secundária
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS TC’s 
 
Os TC’s podem ser classificados de duas formas: 
• TC´s para serviço de medição 
• TC´s para serviço de proteção 
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS 
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
 
TC´s PARA SERVIÇO DE MEDIÇÃO
 
 
• Usualmente são utilizados nos sistemas elétricos para medição de correntes em Médias 
e Altas Tensões; 
• Apresentam boa precisão quanto ao erro; 
• Possuem baixa corrente de saturação (cerca de 4 vezes a corrente nominal). 
 
TC´s PARA SERVIÇO DE PROTEÇÃO
 
 
• Da mesma forma que os TC’s para medição, são normalmente utilizados nos sistemas 
elétricos para circuitos de Médias e Altas tensões; 
• São caracterizados por uma baixa precisão quanto ao seu erro e elevada corrente de 
saturação (cerca de 20 vezes a corrente nominal); 
• Seus núcleos são fabricados com materiais que não possuem a mesma permeabilidade 
magnética dos núcleos para TC’s de medição. 
 
CURVAS COMPARATIVAS DE SATURAÇÃO ENTRE OS TC’s DESTINADOS A 
MEDIÇÃO E A PROTEÇÃO 
 
 
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS 
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
2- FUNÇÕES PRINCIPAIS DOS TC’s 
 
PODE-SE AFIRMAR QUE AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS TC’s SE RESUMEM EM: 
 
• Reduzir ou, em alguns casos, elevar a corrente da rede elétrica que se pretenda 
monitorar (medir parâmetros tais como a corrente, a potência e outros, ou acionar um 
relé de proteção por exemplo) para valores fáceis de serem manipulados. 
• Isolar a rede elétrica que opera em alta tensão (ou mesmo em baixa tensão) dos 
instrumentos de medição e proteção, garantindo a segurança pessoal no trabalho com 
os referidos instrumentos. 
 
 
 
 
• Garantir a padronização dos instrumentos de medição e proteção, tornando-os mais 
econômicos e, portanto, mais acessíveis. A padronização dos instrumentos de medição 
e proteção é conseguida na prática estabelecendo-se uma corrente nominal secundária 
padrão. Praticamente em todos os países, são padronizadas as correntes secundárias 
nominais de 5A e 1A. 
• Reduzir ou elevar a corrente a ser medida, com um erro aceitável, tanto no valor 
(módulo) da corrente reproduzida, quanto em ângulo (ângulo entre a corrente no 
instrumento e a corrente na rede). 
 
3- TECNOLOGIAS DE FABRICAÇÃO DOS TC’s 
 
• Atualmente são disponíveis basicamente duas tecnologias para a fabricação dos TC’s: 
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ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
Utilizando circuitos 
eletromagnéticos
• Tecnologia mais antiga;
• Caracterizada pelos TC’s 
ferromagnéticos
Utilizando circuitos 
não eletromagnéticos
• Transformadores óticos
• Bobinas de Rogowsi, etc.
 
 
TC’s COM TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO NÃO MAGNÉTICA 
 
• Apresentam ótima linearidade em 
ampla faixa de corrente primária; 
• Fornecem sinais muito baixos nos 
instrumentos (satisfatórios, 
portanto, para os do tipo digital, 
microprocessados etc.); 
• Aplicação restrita em função de seu 
elevado custo; 
• Justificam-se apenas para utilização 
em redes de EHV e UHV em 
função de serem imunes às 
interferências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
 
 
 
CONFIGURAÇÃO BÁSICA DE UM TC ÓPTICO 
 
 
 
 
 
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ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
 
TC’s COM TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO FERROMAGNÉTICA 
 
• Tradicional tecnologia com os seguintes componentes Principais: 
� Um enrolamento primário, transportando a corrente primária I1, que deve ser 
necessariamente conectado em série com a linha; 
� Um enrolamento secundário, transportando a corrente secundária I2, conectado 
(também em série) aos instrumentos que constituem sua carga nominal e 
� Um núcleo magnético de acoplamento entre os enrolamentos primários e secundários. 
 
 
 
 
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ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
CONFIGURAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
• Da figura apresentada podemos concluir que: 
� Os TC’s devem ser necessariamente monofásicos, de modo que sejam conectados em 
ligação série em cada fase da rede de alimentação e com as cargas; 
� Como a ligação é série, a corrente primária do TC é determinada pela carga, sendo que 
o mesmo não tem como modificá-la a menos que o enrolamento primário seja 
acidentalmente interrompido; 
� Deve ser ressaltado que, ao contrário dos TC’s, os TP’s (tanto o primário quanto o 
secundário) são ligados em derivação com a rede elétrica; 
� Conclusão: nos TC’s a corrente secundária é obtida a partir da corrente primária, ao 
contrário dos TP’s onde a corrente primária é quem depende da corrente secundária 
(carga). 
• A interrupção da corrente secundária dos TC’s não anula a corrente primária, porém esta 
condição é extremamente perigosa para as pessoas e instrumentos associados ao lado 
secundário, como se verá adiante. Nos TP’s, ao contrário, a interrupção da corrente 
secundária praticamente anula a corrente primária, restando tão somente a corrente de 
magnetização – ou de excitação (Ie) – que representa um percentual muito pequeno da 
corrente primária e não resulta em maiores problemas; 
• Em muitas situações, é necessário se conhecer o sentido instantâneo da corrente nos 
instrumentos conectados ao secundário dos TC’s, em relação ao sentido instantâneo da 
corrente circulando no lado primário. Esta condição é conhecida como “polaridade” (a 
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ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
qual, segundo as normas, pode ser subtrativaou aditiva) entre os terminais primário e 
secundário, como também se verá adiante. 
• Em princípio não é necessário o aterramento do lado secundário dos TC’s e nem do 
núcleo magnético. No entanto, esta prática é recomendável pois, caso ocorra um curto-
circuito φ-T no lado primário, é obrigatória a atuação da proteção. Com o aterramento, 
estarão protegidas as pessoas e os instrumentos, além do que o TC funcionará 
corretamente. 
 
 
COMENTÁRIOS SOBRE AS TECNOLOGIAS DE FABRICAÇÃO DOS TC’s 
FERROMAGNÉTICOS 
 
• Os TC’s ferromagnéticos são dispositivos para operar essencialmente em VCA e, como 
qualquer tipo de transformador, seguem as leis de Faraday e Lenz; 
• Devemos, portanto, recordar que a Lei de Faraday fornece o valor da tensão ou corrente 
induzida (em módulo) e a Lei de Lenz fornece seu sentido (direção). 
 
4- SIMBOLOGIA E REPRESENTAÇÃO DOS TC’s 
 
• De acordo com a Norma Brasileira ABNT NBR-6856, os TC’s são representados das 
seguintes formas: 
P – TERMINAL DO ENROLAMENTO PRIMÁRIO
S – TERMINAL DO ENROLAMENTO SECUNDÁRIO
 
 
A – MARCAÇÃO DOS TERMINAIS 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
De relação dupla, com o primário 
composto de duas seções, as 
quais são destinadas a ligações 
série-paralelo
De relação única
ESQUEMADENOMINAÇÃO
MARCAÇÃO DOS TERMINAIS DOS TC’s
De relação dupla, com o primário 
composto de duas seções, as 
quais são destinadas a ligações 
série-paralelo
De relação única
ESQUEMADENOMINAÇÃO
MARCAÇÃO DOS TERMINAIS DOS TC’s
 
 
De duas relações, obtidas a partir 
de derivações no primário
De relação múltipla, com o 
primário composto de várias 
seções, as quais são destinadas a 
ligações série-paralelo
ESQUEMADENOMINAÇÃO
MARCAÇÃO DOS TERMINAIS DOS TC’s (cont.)
De duas relações, obtidas a partir 
de derivações no primário
De relação múltipla, com o 
primário composto de várias 
seções, as quais são destinadas a 
ligações série-paralelo
ESQUEMADENOMINAÇÃO
MARCAÇÃO DOS TERMINAIS DOS TC’s (cont.)
 
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ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 
 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
De dois enrolamentos primários
De dois enrolamentos secundários
De várias relações, obtidas a 
partir de derivações no secundário
ESQUEMADENOMINAÇÃO
MARCAÇÃO DOS TERMINAIS DOS TC’s (cont.)
De dois enrolamentos primários
De dois enrolamentos secundários
De várias relações, obtidas a 
partir de derivações no secundário
ESQUEMADENOMINAÇÃO
MARCAÇÃO DOS TERMINAIS DOS TC’s (cont.)
 
 
B – DADOS DA PLACA QUE DEVEM CONTER NA IDENTIFICAÇÃO DOS TC’s 
(ABNT NBR-6856) 
 
N1 (Nível de Isolamento) kV
Diagrama de LigaçõesTensão Máxima do Equipamento (kV)
Norma Aplicável/anoCorrentes Primária (Ip) e Secundária (Is) A (*)
Tipo de Isolante e Massa (Kg)Uso: interior e exterior
Massa Total (Kg)Número do Manual de Instruções
Valor de Crista da Corrente 
Suportável (Id)Tipo/modelo
Corrente Suportável Nominal 
de Curta Duração (It)Número de Série
Classe e Carga (exatidão) (*)Ano de Fabricação
Ft (Fator Térmico Nominal) Nome do Fabricante (*)
f (Freqüência Nominal) Hz (*)A expressão “Transformador de Corrente”(*)
N1 (Nível de Isolamento) kV
Diagrama de LigaçõesTensão Máxima do Equipamento (kV)
Norma Aplicável/anoCorrentes Primária (Ip) e Secundária (Is) A (*)
Tipo de Isolante e Massa (Kg)Uso: interior e exterior
Massa Total (Kg)Número do Manual de Instruções
Valor de Crista da Corrente 
Suportável (Id)Tipo/modelo
Corrente Suportável Nominal 
de Curta Duração (It)Número de Série
Classe e Carga (exatidão) (*)Ano de Fabricação
Ft (Fator Térmico Nominal) Nome do Fabricante (*)
f (Freqüência Nominal) Hz (*)A expressão “Transformador de Corrente”(*)
(*) – Para os TC’s tipo bucha são necessários somente esses itens, sendo que no primeiro item 
a expressão deverá ser “Transformador de corrente tipo Bucha”.
 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
5 – PRINCIPAIS TIPOS CONSTRUTIVOS DE TC’s 
 
Atualmente, na maioria dos TC’s de A.T., a parte ativa (núcleo e enrolamentos) é instalada 
imersa em óleo isolante mineral podendo também possuir o isolamento do tipo sólido (resina). 
Os tipos construtivos principais são: 
 
TIPO TANQUE (Tank Type) ou HAIR PIN
TIPO NÚCLEO INVERTIDO (Top-core)
TIPO OLHO (Eye Bolt)
 
 
TIPO TANQUE (Tank Type) ou HAIR PIN 
 
• O(s) núcleo(s) se situa(m) na parte inferior do TC, próximo(s) ao potencial de terra; 
• O isolamento envolve praticamente todo enrolamento primário, o qual se apresenta em 
forma de U (Hair Pin). 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
TIPO NÚCLEO INVERTIDO (Top-core) 
 
• O núcleo se situa na parte superior do TC. 
• O isolamento envolve praticamente todo 
enrolamento secundário. 
• O enrolamento primário é usualmente em 
forma de um único condutor (barra). 
 
 
 
 
 
 
 
TIPO OLHO (Eye Bolt) 
 
• O núcleo se situa na parte central do TC. 
• O isolamento, tanto do primário quanto do secundário estão divididos uniformemente. 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
6- O CIRCUITO EQUIVALENTE DOS TC’s 
 
• O conhecimento do circuito elétrico de um TC, aliado às considerações sobre o seu 
circuito magnético, fornece uma melhor compreensão para se dimensionar e operar este 
equipamento; 
• No diagrama elétrico a seguir está representado, de forma simplificada, o circuito 
equivalente de um TC: 
 
 
SIMBOLOGIA UTILIZADA NO CIRCUITO EQUIVALENTE DOS TC’s 
 
Sendo:
• I1= valor eficaz da corrente primária;
• I2= valor eficaz da corrente secundária;
• N2/N1 = N = relação entre espiras secundárias e primárias;
• Z2= Impedância de dispersão do enrolamento secundário;
• Z1= Impedância de dispersão do enrolamento primário referida ao secundário;
• Zc= Impedância da carga;
• Ie = Corrente de excitação (ou magnetização) secundária;
• Ze = Impedância de excitação (ou magnetização) secundária;
• E2 = Tensão de excitação (F.E.M.) secundária;
• VS = Tensão nos terminais da carga;
• I’1 = I1/N = corrente primária referida ao secundário
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
COMENTÁRIOS SOBRE O CIRCUITO EQUIVALENTE DOS TC’s 
 
• Quando referida ao secundário, a impedância de dispersão do enrolamento primário (Z1) 
é modificada pelo quadrado da relação entre o número de espiras secundários e 
primários (N²) ou seja, torna-se (N².Z1); 
• Os componentes das perdas no núcleo e de excitação são representados no ramo da 
impedância de dispersão secundária (Z2). 
• Para a maioria dos TC’s, a impedância de dispersão do enrolamento primário referida ao 
secundário (N²Z1) pode ser desprezada, uma vez que o número reduzido de espiras do 
primário possui baixa resistência e pouca dispersão. 
 
• A corrente primária (I1) é transformada, sem erro de relação ou erro de ângulo de fase 
na corrente (I’1), conhecida como “corrente primária referida ao secundário”; 
• Parte de (I’1) é consumida como corrente de excitação do núcleo (Ie) ou ”corrente de 
excitação secundária”; 
• A diferença entre (I’1) e (Ie) é a corrente secundária verdadeira (ou real)x I2; 
• A corrente de excitação (Ie) é função da tensão de excitação secundária (E2) e da 
impedância de excitação (Z2). 
• A tensão de excitação secundária (E2) é função da corrente de excitação (Ie) e das 
impedâncias (Z2) e (Zc); 
• A impedância de dispersão do enrolamento secundário (Z2) normalmente é apenas 
resistiva. 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
DIAGRAMA VETORIAL COMPLETO DE UM TC 
 
 
 
CURVA DE EXCITAÇÃO SECUNDÁRIA DOS TC’s 
 
• A curva (log-log) que relaciona a tensão de excitação secundária (E2) em Volts com a 
corrente de excitação (ou magnetização) (Ie) é chamada “curva de excitação secundária” 
conforme mostrado a seguir: 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
Esta curva é fundamental para se verificar a saturação do TC, pois ela permite determinar 
a tensão secundária a partir da qual o TC começa a saturar (ponto de joelho)
 
 
7 – ERRO DE RELAÇÃO NA OPERAÇÃO DOS TC’s 
 
ERRO PERCENTUAL DE RELAÇÃO (ERRO DE TRANSFORMAÇÃO OU DE 
CORRENTE) 
 
• Como visto, apenas uma parte da corrente primária (I1) do TC é transformada no seu 
lado secundário, sendo a outra parte necessária para para se criar o fluxo magnético 
mútuo (corrente Ie de excitação ou de magnetização); 
• Assim, o “erro percentual de relação” é definido como sendo a relação percentual (%) 
entre o módulo da corrente primária que não é transformada para o lado secundário e a 
própria corrente primária. 
 
EM OUTRAS PALAVRAS, O ERRO PERCENTUAL DE RELAÇÃO NADA 
MAIS É DO QUE A IMPRECISÃO NA QUAL A CORRENTE SECUNDÁRIA É
TRANSMITIDA A PARTIR DA CORRENTE PRIMÁRIA. 
ε% = (I1 – I’1) / I1 .100 ; como
(I1 – I’1) = I2 , tem-se que:
ε% = I2 / I1 . 100
Obs.: Os valores de corrente são considerados em módulo
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
• Obs: outra forma de se determinar o erro de relação (de transformação ou de corrente) do 
TC é em função da diferença percentual entre as relações nominal e efetiva (real), ou seja: 
 
 
 
• O erro percentual de relação em um TC é totalmente devido à corrente de 
magnetização (excitação) do núcleo, ou seja, quanto maior for a componente da 
excitação, maior será o erro da relação. 
• Como esta corrente deve sempre existir (para cumprir na função de excitação do 
núcleo), pode-se concluir que é impossível construir um TC ferromagnético sem 
erro na sua relação de transformação. 
• Além de influenciar o erro de relação, a corrente de magnetização causa um “erro de 
fase” entre as correntes primária e secundária”. 
• Isto em geral não leva a conseqüências as medições de corrente, mas é importante 
quando o TC é utilizado em circuitos com medição de grandezas nas quais o fator de 
potência é considerado (p. ex.: Kw, Kwh, KvAr, etc). 
 
8 – CLASSIFICAÇÃO DOS TC’s PARA PROTEÇÃO QUANTO À SUA 
IMPEDÂNCIA INTERNA 
 
• Quanto à sua impedância interna os TC’s para proteção podem ser classificados das 
seguintes formas: 
 
TC’s CLASSE “A” (ALTA IMPEDÂNCIA)
TC’s CLASSE “B” (BAIXA IMPEDÂNCIA)
OU
 
 
 
 
 
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TC’s CLASSE “A” (ALTA IMPEDÂNCIA)
 
 
CONCEITUAÇÃO 
 
• Segundo a ABNT (NBR 6856), o TC classe “A” é aquele que possui alta impedância 
interna. Em outras palavras, é aquele cuja resistência de dispersão do enrolamento 
secundário (Z2) possui valor apreciável em relação à impedância total do circuito 
secundário, quando este alimenta a sua carga nominal (Zc). 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A OPERACIONALIDADE DOS TC’s CLASSE “A” 
 
• Os enrolamentos primários e secundário estão em “colunas” diferentes do núcleo. 
 
 
• O número de espiras primárias é superior à unidade 
(N>1), o que significa que a resistência do primário não 
é desprezível; 
• Existem fluxos de dispersão tanto no primário como no 
secundário, o que significa que existem reatâncias de 
dispersão primária e secundária; 
• Esses dispositivos caracterizam na prática os TC’s do 
tipo “enrolado”. 
 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
TC’s CLASSE “B” (BAIXA IMPEDÂNCIA)
 
 
CONCEITUAÇÃO 
 
• Segundo a ABNT (6856) o TC “B” é aquele que possui baixa impedância interna, isto 
é, aquele cuja reatância de dispersão do enrolamento secundário (Z2) possui valor 
desprezível em relação à impedância total do circuito secundário (Zc) quando este 
alimenta a sua carga nominal. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A OPERACIONALIDADE DOS TC’s CLASSE “B” 
 
• Os enrolamentos primários e secundário são uniformemente distribuídos em relação 
ao núcleo. 
 
 
 
• Os fluxos de dispersão dos enrolamentos primário e 
secundário praticamente se anulam (e praticamente 
desaparecem as reatâncias de dispersão primária (X1) e 
secundária (X2) correspondentes; 
• Esses dispositivos caracterizam-se na prática os TC’s do 
tipo “toroidal”. 
 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
TC’s CLASSES “A” E “B” SEGUNDO AS NORMAS AMERICANAS 
 
Observação importante deve ser feita para os tipos TC’s quanto à sua impedância quando 
referidos às Normas Americanas: 
 
C (CALCULATED)T (TESTED)ANSI C.57.13(ATUAL)
L (LOW)H (HIGH)ASA C.57.13 (ANTIGA)
BAIXA IMPEDÂNCIAALTA IMPEDÂNCIANORMA
C (CALCULATED)T (TESTED)ANSI C.57.13(ATUAL)
L (LOW)H (HIGH)ASA C.57.13 (ANTIGA)
BAIXA IMPEDÂNCIAALTA IMPEDÂNCIANORMA
 
 
APLICAÇÕES PARA OS TIPOS “A” E “B” 
 
Buchas de Transformadores / 
Disjuntores, Cabos Isolados em Quadros 
de Manobras.
A tensão de saturação varia com a 
corrente nominal do TC. (*)
TC enrolado Tipo B 
(Com uma única espira primária)
Pátios de SE’s e Quadros de Manobras 
(*)
TC enrolado Tipo B 
(Com mais de uma espira primária)
Pátios de SE’s e Quadros de Manobras
TC enrolado Tipo A
APLICAÇÃOTIPO
Buchas de Transformadores / 
Disjuntores, Cabos Isolados em Quadros 
de Manobras.
A tensão de saturação varia com a 
corrente nominal do TC. (*)
TC enrolado Tipo B 
(Com uma única espira primária)
Pátios de SE’s e Quadros de Manobras 
(*)
TC enrolado Tipo B 
(Com mais de uma espira primária)
Pátios de SE’s e Quadros de Manobras
TC enrolado Tipo A
APLICAÇÃOTIPO
Inp < 50A, Vsaturação > 10V
Inp ≥ 10A
(*) O TC enrolado Tipo B, com mais de uma espira primária, pode ser fabricado com tensão de 
saturação superior à do TC enrolado Tipo B com uma única espira primária, de mesma relação.
 
 
 
 
 
 
 
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9 – CLASSIFICAÇÃO DOS TC’s QUANTO À SUA FORMA CONSTRUTIVA 
 
TIPOS CONSTRUTIVOS DOS TC’s 
 
• De acordo com a ABNT (NBR 6856) a construção dos TC’s é mais comumente 
efetuada sob as seguintes formas: 
 
BARRA
BUCHA
JANELA (TOROIDAL)
NÚCLEO DIVIDIDO (BI-PARTIDO)
MAIS DE UM NÚCLEO
MAIS DE UM ENROLAMENTO PRIMÁRIO (*)
ENROLADO
TIPOS:
BARRA
BUCHA
JANELA (TOROIDAL)
NÚCLEO DIVIDIDO (BI-PARTIDO)
MAIS DE UM NÚCLEO
MAIS DE UM ENROLAMENTO PRIMÁRIO (*)
ENROLADO
TIPOS:
(*) Na prática, oenrolamento primário é único (ligação ou circuito série), porém pode ser 
repartido e conectado em série, paralelo ou série-paralelo.
 
 
COMENTÁRIOS SOBRE OS TIPOS CONSTRUTIVOS DOS TC’s 
 
TIPO ENROLADO 
 
• Utilizado para baixas e altas correntes nominais 
com potências elevadas; 
• Sua isolação é limitada, sendo empregados, 
portanto, até a classe 36kV; 
• Neste tipo, o enrolamento primário é constituído 
de mais espiras envolvendo o núcleo. 
 
 
 
 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
TIPO BARRA 
 
• O enrolamento primário é constituído por uma barra, a qual atravessa o núcleo do 
transformador; 
• O primário deve ser, portanto, isolado com a mesma classe de tensão do sistema em 
que o TC irá operar. 
 
 
TIPO BUCHA 
 
• A espira primária é a própria bucha do 
equipamento que atravessa o núcleo 
(normalmente em forma de toróide); 
• A bucha já possui isolamento compatível com 
a tensão de trabalho do TC; 
• Não são recomendados para correntes 
primárias inferiores a 200A um vez que o erro 
cresce muito. 
• São utilizados nas buchas de transformadores, 
disjuntores etc., podendo ser instalados mais 
de um núcleo por fase. 
• Seu isolamento pode ser feito em resina ou 
simplesmente enfaixados com tecido 
impregnado. 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
TIPO JANELA (TOROIDAL) 
 
• Sua construção é similar à do tipo 
bucha, sendo que o meio isolante entre 
o primário e o secundário é o ar; 
• O enrolamento primário nada mais é 
do que o próprio condutor do circuito 
atravessando o núcleo; 
• O TC é, portanto, fornecido apenas 
com o núcleo e o enrolamento 
secundário; 
• Caso se deseje monitorar a corrente de falta para a terra (componente de seqüência 
zero das correntes de fases), os condutores das três fases devem passar 
simultaneamente pela janela do toróide. 
 
 
TIPO “MAIS DE UM NÚCLEO” 
 
• TC com vários enrolamentos 
secundários isolados separadamente e 
montados cada um deles em seu próprio 
núcleo, formando um conjunto único 
com o primário, cujas espiras enlaçam 
todos os núcleos simultaneamente. 
 
 
 
 
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TIPO NÚCLEO DIVIDIDO (BI-PARTIDO) 
 
• Trata-se de um TC toroidal cujo núcleo pode ser separado em duas partes e, após 
instalado o condutor primário, aparafusadas as duas partes novamente; 
• Trata-se de uma configuração interessante para as instalações existentes, onde os 
condutores primários são de difícil remoção. 
 
 
TIPO MAIS DE UM ENROLAMENTO PRIMÁRIO 
 
• TC com um enrolamento primário seccionado, a partir do qual são conexões série, 
série-paralelo ou paralelo, de modo a se obter uma única ligação primária em cada 
conexão e, conseqüentemente, um maior número de relações nominais para o mesmo 
TC. 
 
10 – PRINCIPAIS PARÂMETROS TÉCNICOS DOS TC’s 
 
CLASSE DE TENSÃO DE ISOLAMENTO
FREQUÊNCIA NOMINAL
FATOR DE SOBRECORRENTE NOMINAL
CLASSE DE EXATIDÃO COM CARGAS NORMALIZADAS
FATOR TÉRMICO NOMINAL
LIMITES DE CORRENTE DE CURTA DURAÇÃO PARA EFEITOS TÉRMICO E DINÂMICO
RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO E RELAÇÃO NOMINAL
CORRENTES NOMINAIS
CLASSE DE TENSÃO DE ISOLAMENTO
FREQUÊNCIA NOMINAL
FATOR DE SOBRECORRENTE NOMINAL
CLASSE DE EXATIDÃO COM CARGAS NORMALIZADAS
FATOR TÉRMICO NOMINAL
LIMITES DE CORRENTE DE CURTA DURAÇÃO PARA EFEITOS TÉRMICO E DINÂMICO
RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO E RELAÇÃO NOMINAL
CORRENTES NOMINAIS
 
 
 
 
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CORRENTES NOMINAIS NORMALIZADAS DOS TC’s 
 
• Corrente secundária normalizada pela Norma ABNT atual (NBR 6856): 5A (ou 1A e 
2A em aplicações especiais); 
• Correntes primárias (A) normalizadas (ABNT): EB-251 (antiga) e NBR 6856 (atual) 
 
250060015030
8000200050010025
600015004007520
500012003006015
400010002505010
3000800200405
250060015030
8000200050010025
600015004007520
500012003006015
400010002505010
3000800200405
 
 
RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO E RELAÇÃO NOMINAL DOS TC’s 
 
• As relações de transformação e nominal de um TC podem ser conceituadas como sendo: 
 
Relação Transformação = Valor da grandeza nominal do primário
Valor da grandeza nominal do secundário
Relação Nominal = Múltiplo da Grandeza Nominal do Primário em 
relação à Grandeza Nominal do Secundário
 
 
Exemplos: 
Relação de Transformação: 600-5A Relação nominal: 120:1 
 
A relação de transformação de um TC pode ser NOMINAL ou EFETIVA. 
 
RELAÇÃO NOMINAL
RELAÇÃO EFETIVA
- AQUELA QUE SE ESPECIFICA
- AQUELA QUE O TC EFETIVAMENTE FORNECE
 
 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
A relação entre a efetiva (real) e a nominal (teórica) é conhecida como “Fator de Correção 
de Relação” (FCR). 
 
FCR = 
Relação Efetiva (real)
Relação Nominal (teórica)
 
 
FORMAS DE SE REPRESENTAR A RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DOS TC’s 
 
• Hífen (-): usado para indicar a separação das relações entre enrolamentos diferentes. Ex.: 
 
• Xis (x): usado na Indicação da Relação na Ligação de Transformação Série – Paralelo: 
Ex.: 100 x 200-5A. 
 
100A
100-5A
100A
5A
100A
200-5A
100A
5A
Conexões do 
primário em série
Conexões do 
primário em paralelo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo da religação do primário de um TC na prática: 
 
 
• Barra (/): usado para indicar correntes obtidas por derivação (TAP’s) dos 
enrolamentos primários ou secundários (caso mais comum). 
 Ex.: Relações Múltiplas até 600-5A 
 
Indicação das Relações nas Ligações por Derivação: 
50/100/150/200/250/300/400/450/500/600-5A
 
 
 
 
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CLASSE DE TENSÃO DE ISOLAMENTO DOS TC’s 
 
• Pode ser conceituada como sendo o poder de resistir (sem se alterar) às altas tensões, 
ou seja, o TC deverá ter seu isolamento compatível com a tensão nominal do circuito 
no qual o mesmo irá operar. 
P.ex.: 
� Tensão Nominal do Sistema = 13,8kV; 
� Classe de Tensão de Isolamento = 15kV. 
 
OBS.: as classes de tensão de isolamento são normalizadas para o Sistema Elétrico Brasileiro 
são definidas por Portaria da ANEEL. 
 
FREQUÊNCIA NOMINAL DO TC 
 
• A variação da freqüência exerce uma influência muito pequena nos TC’s para 
medição e, para efeitos práticos, pode-se admitir que o erro garantido não irá variar 
apreciavelmente, quer o transformador opere em 50Hz ou em 60Hz. 
• Nos TC’s para proteção no entanto o efeito é mais acentuado, em geral, o erro é 
menor em 60Hz e aumenta com a diminuição da freqüência. 
• Ao utilizarmos o TC deve-se portanto sempre verificar a freqüência da rede na qual o 
mesmo irá operar. 
 
CARGA NOMINAL DO TC’s 
 
• A carga nominal de um TC (tanto para medição como para proteção) é o resultado 
do somatório de todas as impedâncias conectadas ao seu secundário, 
considerando-se adicionalmente a carga impostacondutores secundários (trechos de 
ida e volta por se tratar de um circuito série) em “VA”. 
• As Normas Técnicas apresentam as cargas nominais de forma padronizada, uma vez 
que estas influem no erro de transformação (o aumento da carga introduz aumento do 
erro). 
• As Normas Técnicas fornecem adicionalmente as cargas nominais dos TC’s, cada uma 
delas com um valor definido da resistência (RΩ) e de reatância indutiva (XLΩ); 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
• Como reatância indutiva é XL = (2. π .f.L) e considerando-se que a indutância (L) da 
carga é fixa, a reatância (XL) dependerá da freqüência da rede. Com isso, cada carga 
terá valores diferentes (VA) e fatores de potência (Cos ϕ) nas diferentes frequencias 
50Hz ou 60Hz. 
• Cargas nominais dos TC’s padronizadas pela ABNT NBR-6856 (atual) e EB-251 
(antiga) 
(*) C – Indica Transformador de Corrente
2,5 – Indica carga secundária (2,5VA)
 
 
CARGAS NOMINAIS DOS TC’s PADRONIZADOS DE ACORDO COM AS 
NORMAS AMERICANAS ANSI C57.13 (ATUAL) E ASA C57.13 (ANTIGA) 
 
(*) B – (BURDEN em Ω )
0,1 – INDICA CARGA SECUNDÁRIA (0,1Ω)
 
 
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FATOR DE SOBRECORRENTE NOMINAL DOS TC’s (FSN) 
 
• As Normas Técnicas recomendam a utilização de tal fator apenas para os TC’s de 
Proteção, em razão do seguinte: 
� Nos sistemas de proteção devem atuar os relés conectados aos seus respectivos 
secundários, quando no primário circula pela rede elétrica uma elevada 
corrente (curto-circuito). 
� Apesar dos relés requererem uma exatidão apenas grosseira (erro percentual 
em geral 10% ou outras vezes 2,5%), as correntes primárias podem atingir 
valores de até 20 vezes a corrente nominal da rede nas condições de curto-
circuito. 
• Por esta razão é definido para os TC’s destinados à proteção um fator denominado 
“Fator de Sobrecorrente Nominal” (FSN), o qual é expresso pela relação: 
 
FSN = Corrente máxima com a qual o TC deve manter sua exatidão
Corrente Primária Nominal
 
 
• A conclusão é de que o FSN é muito importante para se dimensionar os TC’s para 
proteção, uma vez que os mesmos devem suportar, mantendo-se a sua exatidão, 
valores primários de corrente bastante severos na presença dos curto-circuitos. 
• Valores de FSN padronizados de acordo com as diferentes Normas Técnicas: 
 
20
20
20
20
---ANSI C.57.13 (atual)
---ASA C.57.13 (antiga)
---ABNT-NBR-6856 (atual)
15105ABNT-EB-251 (antiga)
FSNNORMA TÉCNICA
20
20
20
20
---ANSI C.57.13 (atual)
---ASA C.57.13 (antiga)
---ABNT-NBR-6856 (atual)
15105ABNT-EB-251 (antiga)
FSNNORMA TÉCNICA
 
 
 
 
 
 
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CLASSES DE EXATIDÃO DOS TC’s COM BASE NAS SUAS CARGAS NOMINAIS 
PADRONIZADAS 
 
EXATIDÃO PARA MEDIÇÃO 
 
- NORMAS ABNT EB-251 (antiga) e NBR 6856 (atual) 
 
Erro Percentual (%) C Carga Secundária Nominal (VA)
Valores 
padronizados: 
0,3 
0,6 
1,2
Indica 
Transformador 
de Corrente 
para Medição
Valores padronizados da Potência 
Aparente (VA) considerando-se a 
corrente secundária nominal 5A: 
(2,5; 5,0; 12,5; 22,5; 45 ou 50VA 
com F.P.=0,9 e 25; 50; 100 ou 
200VA com F.P.=0,5)
Ex.: 0,6 C50 
 
 
- NORMAS ASA C.57.13 (antiga) e ANSI C57.13 (atual) 
 
Erro Percentual (%) B Impedância Nominal (Ω)
Valores 
padronizados: 
0,3 
0,6 
1,2
Indica Carga 
Secundária Nominal 
(Burden)
Impedância da Carga Secundária 
(0,1; 0,2; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0)
Ex.: 0,6 B 2,0 
 
 
 
 
 
 
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EXATIDÃO PARA PROTEÇÃO 
 
- NORMA ABNT EB-251 (antiga) 
 
Erro 
Percentual 
(%) C
Valores 
padronizados: 
2, 5 
10
Indica 
Transformador 
de Corrente p/ 
Proteção 
Ex.: A 10 F20 C 100 
Carga Secundária 
Nominal (VA)
Valores Padronizados da 
Pot. Aparente (VA) com a 
Corrente Sec.Nominal 5A:
(2,5; 5,0; 12,5; 25; 45; 50; 
100; 200; 400 ou 800VA)
Fator de 
Sobrecorrente
Nominal (FSN)
F5 
F10 
F15
F20
Tipo do TC 
quanto a 
impedância
A 
B 
 
 
- NORMA ABNT NBR 6856 (atual) 
 
Erro Percentual (%)
Valores 
padronizados: 
5,0 
10
Ex.: 10 B 50 
Tensão Secundária 
(Volts)
Tensão Secundária Máx. (V) 
com 20 vezes a Corrente 
Secundária Nominal
(10; 20; 50; 90; 180; 360; 
100; 200; 400; 800V)
Tipo do TC quanto 
a impedância
A (Alta Impedância) 
B (Baixa Impedância) 
Obs.: FSN sempre igual a 20
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- NORMA AMERICANA ASA C.57.13 (ANTIGA) 
 
Erro Percentual (%)
Valores 
padronizados: 
2,5 
10
Ex.: 10 H 200
Tensão Secundária 
(Volts)
Tensão Secundária Máx. 
(V) com 20 vezes a 
Corrente Secundária 
Nominal
(10; 20; 50; 100; 200; 400; 
800VA)
Tipo do TC quanto 
a impedância
Obs.: FSN sempre igual a 20
H – Alta Impedância 
(High)
L – Baixa Impedância 
(Low)
 
 
- NORMA AMERICANA ANSI C.57.13 (atual) 
 
Ex.: C 100
Tensão Secundária 
(Volts)
Tensão Secundária 
Máx. (V) com 20 vezes 
a Corrente Secundária 
Nominal
(10; 20; 50; 100; 
200; 400; 800VA)
Tipo do TC quanto 
a impedância
C ou T (*)
(*) Obs.:
• C: indica que a relação de 
transformação pode ser obtida 
por cálculo (baixa impedância);
• T: indica que a relação de 
transformação somente poderá
ser obtida através de teste 
(alta impedância);
• O FSN é sempre 20;
• O erro percentual é sempre 10%.
 
 
OUTRAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES RELATIVAS À EXATIDÃO DOS 
TC’s PARA PROTEÇÃO 
 
• As seguintes relações são importantes para se determinar a Impedância Nominal (Ω) e 
a Potência Aparente máxima (VA) que pode ser conectada ao secundário do TC de 
proteção, afim de que sua exatidão seja mantida, tudo a partir da tensão nominal 
máxima que pode surgir nos seus terminais secundários: 
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 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 
 
.(VA) .(VA)
 
 
EXEMPLO 1 
 
• Suponhamos que a tensão no secundário do TC seja Vc =10 volts e a corrente 
secundária I2 = 5A. A impedância da carga Zc(ΩΩΩΩ) será: 
 
Obs.: O Fator de Sobrecorrente Nominal (FSN = 20) considera que o TC está
suprindo uma corrente de, no máximo, 20 vezes a corrente sec. nominal (I2).
 
 
EXEMPLO 2 
 
• Suponhamos agora que o TC tenha sido construído conforme a Norma ABNT EB.251 
(antiga) : 
B 10 F20 C 100
 
Isto significa que o mesmo terá como características uma baixa impedância, um erro 
máximo de 10% para um FSN = 20 e uma carga nominal máxima de 100VA. 
A impedância nominal ZC e a queda de tensão máxima VC em seu secundário nestas 
condições serão: 
Pc
Pc = Zc
 
 
• Interpretando agora os resultados deste exemplo: 
• se a tensão no secundário do TC for 400V, o erro máximo de relação será de 10%; 
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• Suponhamos agora este mesmo TC, ao invés de alimentara carga nominal de 4Ω 
passe a alimentar uma carga de 8Ω. 
• A corrente secundária limite para que este TC mantenha a sua exatidão (10%) será: 
 
 
• Suponhamos um TC com religação série-paralelo no primário: 50x100-5A, construído 
segundo a Norma ASA C.57.13 (antiga), com exatidão 10L200. 
• Neste caso, a tensão máxima admissível no secundário do TC (200 Volts) será dada 
para a maior relação (100-5A). Para a menor relação (50-5A) a tensão secundária 
máxima será: 
 
 
 
TC’s COM BASE NA NORMA IEC 60044-1 
 
CONCEITOS E PARÂMETROS PRINCIPAIS 
 
Correntes Primárias Nominais Padronizadas (I1) em (A): 
 10 – 12,5 – 15 – 20 – 25 – 30 – 40 – 50 – 60 – 70A 
 
Correntes Secundárias Nominais Padronizadas (I2) em (A): 
 1 e 5A 
 
Potência de Exatidão Nominal (Pn ) em (A): 
Corresponde à Potência Aparente no secundário do TC à corrente secundária nominal (I2) e à 
carga de exatidão: 
 1 – 2,5 – 5 – 10 – 15 – 30VA 
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FLE (Fator Limite de Exatidão): 
Um TC para proteção deve saturar com um valor suficientemente alto para permitir uma 
corrente de falta para a proteção relativamente precisa. Os fatores definidos (também 
designados Fatores de Sobrecorrente) são os seguintes: 
 5 - 10 - 20 - 30 
 
Classe de Exatidão: 
Define os limites de erro percentual (%) garantidos de relação de transformação (I1/I2) e de 
ângulo, nas condições de potência (VA) e corrente (A) definidas: 
 5P – 10P – PX 
 
Obs.: a classe PX é considerada especial, conforme se demonstrará a seguir: 
 
Classe de Erro Especial PX: 
Com base na curva de saturação (ou de magnetização) do TC - (Vs x Ie), a “tensão de joelho” 
Vk é definida como sendo: 
“o ponto da curva a partir do qual, um aumento de 10% da tensão secundária, provoca um 
acréscimo de 50% na corrente de magnetização”. 
 
 
 
 
 
 
 
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CLASSE DE EXATIDÃO DOS TC’s COM BASE NAS SUAS CARGAS NOMINAIS 
PADRONIZADAS 
 
EXATIDÃO PARA MEDIÇÃO 
 
- NORMA IEC 185 (60044-1) 
 
Pot. de Exatidão 
Nominal (VA)
Valores padronizados: 
2,5 – 5 – 10 – 15 – 30VA
Ex.: 15VA Classe 0,5 
Classe de 
Exatidão (%)
Valores padronizados: 
0,1 – 0,2 – 0,5 – 1 – 1 - 3 – 5% (*)
(*) 0,1 – 0,2 – 0,5 – 1% Para essas classes, os erros de relação e de ângulo não 
deverão exceder os valores da Tab. III da IEC 185, quando 
a carga secundária estiver compreendida entre 25 e 100% 
da carga nominal
3 – 5% Idem, idem, porém Tab. IV da IEC 185, ... entre 50 e 100% 
da carga nominal 
 
 
EXATIDÃO PARA PROTEÇÃO 
 
- NORMA IEC 185 (60044-1) 
 
Pot. de Exatidão 
Nominal (VA)
Valores padronizados: 
1 – 2,5 – 5 – 10 – 15 – 30VA
Ex.: 15VA 5P 10
Classe de 
Exatidão (%)
5P – 10P – PX (especial)
Significa um TC segundo a Norma IEC – 60044-1 que 
pode fornecer uma potência de 15VA ao secundário com 
um erro máximo de 5% (5P), considerando um fator de 
sobrecorrente (FLE) de 10 vezes a corrente nominal. 
Fator Limite de 
Exatidâo (FLE)
Fatores de Sobrecorrente
5 – 10 – 15 – 20 - 30
 
 
 
 
 
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FATOR TÉRMICO NOMINAL DOS TC’s (FTN) 
 
• Fator Térmico Nominal (FTN) de um TC é definido como sendo o múltiplo da 
corrente nominal que pode ser aplicada ao transformador por um tempo indeterminado 
(regime permanente), sem danificá-lo, operando em condições normais, sem exceder 
aos limites de temperatura especificados para a sua classe de isolamento. 
 
 
 
• Os limites de temperatura especificados pela norma ABNT NBR 7034 para os 
materiais isolantes das diversas classes de isolamento são os seguintes: 
 
 
 
 
 
 
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LIMITES DE CORENTES DE CURTA DURAÇÃO PARA EFEITOS TÉRMICOS E 
DINÂMICOS NOS TC’s 
 
LIMITE DE CORENTE DE CURTA DURAÇÃO 
PARA EFEITO TÉRMICO
 
• É definido como sendo o valor eficaz da corrente primária simétrica que o TC pode 
suportar durante o tempo de um (1) seg., tendo o seu enrolamento secundário curto-
circuitado, sem exceder ao limite de elevação de temperatura correspondente à sua 
classe de isolamento. 
 
LIMITE DE CORENTE DE CURTA DURAÇÃO 
PARA EFEITO DINÂMICO
 
 
• É definido como sendo o valor de crista da corrente assimétrica que o TC pode 
suportar durante o 1º ciclo, com o secundário curto-circuitado, sem apresentar danos 
elétricos ou mecânicos devido às forças eletromagnéticas. 
 
COMENTÁRIOS REFERENTES ÀS CORRENTES PARA EFEITO TÉRMICO NOS 
TC’s 
 
• As normas ABNT NBR 6856 e IEC 185 especificam que as condições definidas para 
os efeitos de corrente térmicas são consideradas cumpridas caso a densidade de 
corrente durante o curto-circuito não exceda a 180A/mm2 para os enrolamentos de 
cobre. 
• As correntes para efeito térmico (Ith) dos TC’s podem ser expressas em kA ou 
múltiplos da corrente primária nominal do TC. 
 Ex.: TC – Relação Nominal 200-5A. 
 
• Havendo mais de um enrolamento secundário, sobre nenhum deles deverá incidir uma 
temperatura com elevação acima de sua classe de temperatura de isolamento 
respectiva. 
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COMENTÁRIOS REFERENTES ÀS CORRENTES PARA EFEITO DINÂMICO NOS 
TC’s 
 
• Considera-se, na prática, que a correntes dinâmicas (Idin) dos TC’s sejam: 
 
 
• Havendo mais de um enrolamento secundário, sobre nenhum deles deverá incidir uma 
temperatura com elevação acima de sua classe de temperatura de isolamento 
respectiva. 
• 1,8 – Máxima assimetria da corrente de curto-circuito 
• 2 – Transformação do valor eficaz em valor de crista 
5,228,1 =x 
 
As correntes para efeito dinâmico (Idin) dos TC’s podem ser expressas em kA ou múltiplos da 
corrente primária nominal do TC. Considerando o mesmo TC do exemplo anterior tem-se 
que: 
 
 
 
OUTROS PARÂMETROS TÉCNICOS IMPORTANTES DOS TC’s 
 
Além dos parâmetros já mencionados, outros importantes também merecem ser citados: 
 
• Instalação: abrigada ou ao tempo; 
• Nível de isolamento para impulso (kV); 
• Tipo Aplicação: medição ou proteção; 
• Polaridade: subtrativa (Norma ABNT); 
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• Tipo de Isolamento: seco, resina, óleo isolante mineral, gás SF6; 
• Possibilidade de religação do primário; 
• Instalação > 1000 acima do nível do mar 
 
 
ENTENDENDO A POLARIDADE DOS TC’s 
 
• Para se indicar a direção relativa instantânea das correntes primárias e secundárias, em 
cada TC deve ser marcado um terminal primário e um secundário. 
 
• Esta marcação indica que a corrente I1 está “entrando” no terminal primário marcado 
P1 e a corrente secundária I2 no mesmo instante está “saindo” do terminal secundário 
marcado com S1 
 
 
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• Considerando, portanto, somente a direção da corrente, as conexões podem ser feitas 
supondo que a marca de polaridade no secundário (S1) é uma “continuação” da 
corrente primária entrando no terminal (P1) do TC: 
 
 
Segundo a Norma ABNT NBR-6856: 
• A polaridade padronizada é a “subtrativa” 
(I1 “entrando” e I2 “saindo” instantaneamente). 
 
• A identificação de polaridade deve ser feita: 
� Por emprego de bucha de cor diferente, ou 
� Por meio de marcas permanentes, em alto ou 
baixo relevo, que não possam ser apagadas 
facilmente pela pintura, e suplementadas, se 
desejado, por marcas de cor contrastante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 – POR QUE OS TC’s DEVEM MANTER O SECUNDÁRIO CURTO-
CIRCUITADO QUANDO FORA DE SERVIÇO? 
 
POR QUE CURTO-CIRCUITAR OS TC’s? 
• Ao contrário dos transformadores de potência usuais, o TC, por ter o seu enrolamento 
conectado em série coma linha, não sofre efeitos prejudiciais ao terem seus terminais 
secundários curto-circuitados. 
• Como a corrente secundária depende da corrente primária e da relação de 
transformação, ela não será influenciada pela conexão em curto-circuito, o que 
equivale a aplicarmos uma carga de valor nulo ao secundário do TC. 
• Por outro lado, se abrirmos o secundário do TC (o que equivale a aplicarmos uma 
carga de valor infinito) isto acarretará graves conseqüências. 
 
• EXPLICAÇÃO: Pelo fato de não existirem 
ampéres-espiras secundários para compensar 
os ampéres-espiras primários, toda corrente 
primária atuará como corrente de 
magnetização do núcleo magnético. 
• Nessas condições, a densidade de fluxo no 
núcleo magnético atingirá valores que 
excedem ao nível de sua saturação e, como 
consequencia, surgirá entre os terminais 
secundários uma tensão elevadíssima, a qual 
poderá danificar o TC e ainda colocar em 
risco a segurança pessoal do operador. 
 
POR ESTA RAZÃO OS TC’s NUNCA DEVERÃO SER DESENERGIZADOS 
COM O SEU CIRCUITO SECUNDÁRIO EM ABERTO 
 
 
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12 – PRINCIPAIS COMPONENTES PRESENTES NA CONSTRUÇÃO DE UM TC 
 
A. Isolamento utilizando óleo isolante mineral:
1. Indicador de nível de óleo;
2. Tampa da Membrana;
3. Membrana;
4. Conexão do Terminal Primário;
5. Cabeçote co Tanque Superior;
6. Corpo Isolante;
7. Hastes Centelhadoras;
8. Enrolamento Primário;
9. Enrolamento Secundário;
10. Núcleo Magnético;
11. Terminal de Aterramento do Tanque;
12. Caixa de Terminais Secundários;
13. Tanque Inferior;
14. Base Suporte.
 
 
B. Isolamento utilizando GásSF6:
1. Base Metálica em Liga de Alumínio
2. Caixa de Terminais Secundários
3. Válvula de Enchimento de Gás SF6
4. Manodensostato do Gás SF6
5. Isolador Cerâmico ou Sintético
6. Invólucro em Liga de Alumínio
7. Dispositivo de Alívio de Pressão
8. Barra do Primário
9. Religamento no Primário
10. Terminal Primário
11. Núcleo Magnético
 
 
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13 – CONEXÕES DOS TC’s 
 
• Os TC’s, usualmente monofásicos, são conectados nas seguintes ligações: 
 
CONEXÃO EM TRIÂNGULO (OU DELTA)
CONEXÃO EM ESTRELA ATERRADA
e
 
 
CONEXÃO EM TRIÂNGULO (OU DELTA) 
 
Esta conexão é requerida quando se deseja a eliminação da corrente de seqüência zero (I0). 
Quando se tornar necessária a detecção de I0, deve-se utilizar um TC do tipo janela, conforme 
mostrado na figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONEXÃO EM ESTRELA ATERRADA 
 
Nesta conexão, em condições normais e com cargas balanceadas, deverão existir apenas 
correntes de fase. Se ocorrerem desbalanços, surgirá no ponto comum uma corrente residual ( 
IRES= IA+ IB + IC, ) equivalente a 3.I0, desde que haja caminho para circulação da corrente 
de retorno para a terra. 
 
 
 
14- NORMALIZAÇÃO 
 
PRINCIPAIS NORMAS APLICÁVEIS 
 
� ABNT – NBR – 6856 – TC’s – ESPECIFICAÇÃO 
� ABNT – NBR – 6821 – TC’s – MÉTODOS DE ENSAIO 
� ABNT – EB – 251 – TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS (*) 
� IEEE/ANSI – C.57.13 – INSTRUMENT TRANSFORMERS 
� ASA – C.57.13 – INSTRUMENT TRANSFORMERS (*) 
� IEC – 185/1966 – TRANSFORMATEURS DE COURANTS - 
CARACTERISTIQUES 
 
(*) NORMAS ANTIGAS, JÁ SUBSTITUÍDAS PELAS NORMAS ATUAIS 
 
 
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15 - ALGUNS FABRICANTES NO BRASIL 
 
� ABB; 
� SIEMENS; 
� SCHNEIDER; 
� AREVA; 
� BALTEAU ORTENG; 
� ISOLET; 
� ZILMER.

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