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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA AULA 15 Proteção Contra Incêndios em Subestações Elétricas CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA PRINCIPAIS NORMAS TÉCNICAS E DE SEGURANÇA APLICÁVEIS ABNT NBR-13231 – Proteção Contra Incêndio em Subestações Elétricas de Geração, Transmissão e Distribuição NR-10 MTE – Segurança em Serviços e Instalações Elétricas NR-23 MTE – Proteção Contra Incêndio ANSI / IEEE 979/94 – Guide for Substation Fire Protection UL 555-2001 – Fire Dampers NFPA 12-2000 – Standard on Carbon Dioxide Extinguishing Systems IT-30 – Subestações Elétricas (Corpo de Bombeiros) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES Significa prover os meios para controlar, durante um certo período de tempo, a intensidade do incêndio. Controle de Propagação de Incêndio Dispositivo que tem como objetivo armazenar o óleo e drenar a água proveniente da chuva e do sistema de combate a incêndio. Caixa Separadora de Óleo Dispositivo destinado a evitar a passagem de gases, chamas ou calor de um local ou instalação para outro vizinho. Barreiras de Proteção Dispositivo constituído de grelha, duto de coleta e dreno preenchido com pedra britada, com a finalidade de coletar vazamentos de óleo isolante. Bacia de Contenção de Óleo Isolante Dispositivo de acionamento automático e desligamento manual, destinado a alertar a existência de um incêndio no risco protegido. Alarme de Incêndio CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES (cont.) Edificação que apresenta as seguintes características: a) estrutura de concreto armado ou de aço, protegido com alvenaria ou materiais refratários; b) teto e piso de concreto; c) paredes de alvenaria; d) cobertura de material incombustível; e) instalação elétrica protegida contra o risco de incêndio; f) forros e pisos falsos incombustíveis; g) acabamentos de materiais classe B conforme NBR-9442. Edificação de Construção Superior CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Gás não-corrosivo, eletricamente não- condutivo, incolor e inodoro nas CNTP, armazenado na forma liquefeita sob pressão, adequado para extinção do fogo por redução da concentração de oxigênio e/ou da fase gasosa do combustível no ar (abafamento) até o ponto que impede ou interrompe a combustão. Descarregado na atmosfera, forma uma nuvem branca de partículas de gelo seco e vapor de água no ar. Gás Carbônico (CO2) Significa apagar um incêndio com o uso apropriado de meios adequadamente dimensionados. Extinção de Incêndio ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Significa prover os meios para evitar que o incêndio venha a ocorrer. Prevenção de Incêndio Dispositivo aplicado na separação de riscos, que serve para impedir a propagação de incêndios de um equipamento ou ambiente e que, se houver necessidade de segurança contra explosão, deve ser projetado para tal. Parede Corta - Fogo Significa prover meios para minimizar, durante um certo período de tempo, a intensidade do incêndio Proteção Contra Exposição Descarga de CO2 através de difusores fixos no interior do recinto que contém o equipamento protegido, de forma a permitir uma atmosfera inerte com uma concentração determinada de gás a ser atingida em tempo determinado. Inundação Total em Sistemas com CO2 ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Sistema de tubulações fixas conectadas a uma fonte confiável de água, equipado com bicos de nebulização, válvulas de dilúvio, instrumentos e dispositivos de comando e sinalização, destinado à proteção contra incêndio por nebulização de água. Sistema de Água Nebulizada Conjunto de dispositivos destinados a detectar calor, chama e fumaça, e a ativar dispositivos de sinalização, alarme e equipamentos de proteção. Sistema Automático de Detecção Válvula de descarga de água sob pressão, abertura total, normalmente fechada, de acionamento manual ou automático, ativada por um sistema automático de detecção, destinada a permitir o fluxo de água para os bicos de nebulização. Sistema de Água Nebulizada (válvulas de dilúvio) ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Recursos que visam separar, fisicamente, edificações ou equipamentos. Podem ser áreas livres, barreiras de proteção, anteparos e/ou paredes de material incombustível, com resistência mínima à exposição de 2 h ao fogo. Separação de Riscos de Incêndio Instalação telecontrolada ou operada localmente por pessoas não permanentes ou não estacionadas. Subestação Não Atendida Instalação operada localmente e que dispõe de pessoas permanentes ou estacionadas. Subestação Atendida ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS • Atender aos aspectos de segurança recomendados pelo MTE (NR-10 e NR-23), regulamentação do Corpo de Bombeiros e Códigos de Obras Municipais; • para efeito de seguro, consultar a Circular SUSEP n°006/92; • antes de qualquer providência, efetuar uma análise de risco de incêndio da subestação, a fim de verificar sua adequação; • para os casos omissos, consultar a Norma ANSI / IEEE 979/94. A. GERAL CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA B. ARRANJO FÍSICO DA SUBESTAÇÃO • Prever separação física: � entre edificações; � entre equipamentos e edificações; � entre equipamentos que apresentem considerável risco de incêndio e explosão; • as edificações de apoio operacional (p. ex.: casa de bombas) devem ser separadas fisicamente do restante da subestação; • Prever vias livres para o acesso das viaturas de combate a incêndio; • Todas as edificações devem ser do tipo “construção superior”. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA • Todas as instalações elétricas nas edificações deverão atender às exigências aplicáveis das Normas ABNT e NR’s (MTE); • quando existirem janelas e portas de vidro, essas deverão ser posicionadas para abrir respectivamente para o exterior e no sentido de saída. B. ARRANJO FÍSICO DA SUBESTAÇÃO (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA B. ARRANJO FÍSICO DA SUBESTAÇÃO (cont.) • as aberturas de passagem de cabos em pisos, paredes e tetos devem ser fechadas com barreiras de proteção incombustível, visando evitar a transferência de gases, calor e chamas de um ambiente para outro. O sistema empregado deve apresentar resistência de 2 h ao fogo, comprovada através de ensaios, ser compatível com o meio onde for instalado, ser moldável e de fácil remoção, isolante térmico e dielétrico e não deteriorar, quando em contato com material isolante dos cabos elétricos. CABO INDIVIDUAL MAIS DE UM CABO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA C. CASA DE CONTROLE - GERAL - • Na casa de controle só devem ser utilizados móveis e utensílios fabricados com materiais incombustíveis ou, no mínimo, autoextingüíveis; • prever instalações de ar condicionado, ventilação, aquecimentoe exaustão sob o ponto de vista de proteção contra incêndio. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA C. CASA DE CONTROLE (cont.) - SALA DE BATERIAS - • Caso se tratar de baterias ácidas, a concentração máxima permitida de H2 no ambiente, gerada em decorrência da recarga das baterias, não deve ser maior que 1% do volume do ar ambiente; • Se existir sistema de exaustão forçada, deve-se prever seu funcionamento ininterrupto e intertravamento com o processo de carga e descarga das baterias. Recomenda-se que o acionamento possa ser feito através de um sistema detector de concentração de H2 no ambiente e alarme indicando a ocorrência; • A instalação elétrica no ambiente da sala de baterias deve atender à NBR-5418. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA C. CASA DE CONTROLE (cont.) - DEMAIS SALAS, GALERIAS, CANALETAS E TÚNEIS DE CABOS - • Vedar a instalação dos cabos isolados, do ponto de vista de propagação de incêndio, de acordo com a NBR-5410; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA C. CASA DE CONTROLE (cont.) - DEMAIS SALAS, GALERIAS, CANALETAS E TÚNEIS DE CABOS - • o pé-direito das salas, galerias e túneis deve ser de, no mínimo, 2 m, considerado entre piso e teto. O arranjo físico deve permitir o acesso de um homem equipado com aparelho de respiração autônoma, a desocupação imediata e a extinção de incêndio via extintores portáteis; • prever ventilação natural complementada por ventilação forçada nos termos da NFPA-90A. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA C. CASA DE CONTROLE (cont.) - ESCRITÓRIO, ALMOXARIFADO, OFICINA E COPA - • As paredes limítrofes desses ambientes devem ser de alvenaria; • o mobiliário deve ser de material incombustível e na quantidade mínima necessária; • existindo materiais ou produtos inflamáveis, esses devem ser mantidos em locais específicos, isolados, protegidos e sinalizados com rotulação adequada; • se for necessária a instalação de gás GLP, prever seu armazenamento em local externo protegido e ventilado. As tubulações do gás devem ser de metal e equipadas com dispositivo para isolamento. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. EDIFICAÇÕES DE APOIO OPERACIONAL - CASA DO GRUPO GERADOR DE EMERGÊNCIA - • Os painéis devem ser instalados de forma a “separar os riscos de incêndio”; • prever canaletas para coleta e drenagem do óleo combustível próximas ao gerador, as quais devem encaminhar os resíduos para uma caixa coletora; • prever ventilação natural do ambiente, podendo ser complementada por ventilação forçada (NFPA-90A), de modo a impedir que a temperatura se eleve a valores altos e que haja o acúmulo de vapores combustíveis; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. EDIFICAÇÕES DE APOIO OPERACIONAL (cont.) - CASA DO GRUPO GERADOR DE EMERGÊNCIA (cont.) - • na sala do gerador e nas casas de bombas com motores a óleo diesel, classificar a área conforme as normas aplicáveis; • a tubulação de descarga dos gases do motor do gerador deve possuir proteção térmica, sendo a descarga realizada para área externa à edificação; • para o banco de baterias da instalação deve ser previsto um local protegido e ventilado, podendo estar situado no próprio compartimento do gerador; • o tanque de óleo combustível do gerador deve ser instalado externamente à edificação, protegido contra intempéries, sinalizado, provido de drenagem, suspiro, aterramento e meios de coleta de resíduos de vazamentos (NBR-7821 e NFPA-37) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. EDIFICAÇÕES DE APOIO OPERACIONAL (cont.) - CASA DE BOMBAS DE INCÊNDIO - • As bombas de incêndio com motores de combustão interna deverão atender aos requisitos exigidos para a sala dos grupos geradores; • os painéis de controle e comando das bombas de incêndio devem ser independentes, situados em locais ventilados e de fácil acesso. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO NOS EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO A. GERAL • Os equipamentos que apresentarem risco potencial de incêndio devem atender às “condições de separação física” e “barreiras de proteção”. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA B. CUBÍCULOS • Os cubículos devem atender aos requisitos de segurança contra explosão e incêndio (NR-10); • os cabos de energia isolados (A.T.) devem ser providos de terminações e emendas a seco por fita ou massa de A.T.; • o ambiente interno dos cubículos deve ser estanque (reter os vazamentos de óleo, se existirem); • as aberturas para passagem de cabos isolados devem ser vedadas. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA C. CANALETAS DE CABOS • Prever meios de isolamento de modo a se evitar a penetração de óleo isolante ou detritos nas canaletas de cabos; • prever canaletas distintas para abrigar cabos e tubulações, sendo utilizados suportes de material e combustível. Admite-se a utilização de “barreiras de proteção”. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA • Os transformadores e reatores de potência devem ser instalados, de preferência, externamente às edificação sobre “bacias de contenção de óleo” e “separados fisicamente de riscos de incêndio”, de modo a impedir que a queima de um equipamento cause risco de incêndio a outros equipamentos ou objetos; • as distâncias mínimas recomendadas para a separação física estão indicadas na tabela seguinte. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 30,530,515,27,6> 20.000 15,215,27,64,6≥ 2.000 e ≤ 20.000H2 7,67,64,61,5< 2.000H1 Óleo Mineral Edificações Combustíveis Edificações Não Combustíveis Edificações Resist. ao Fogo por 2 h Distância Vertical (m) Distância Horizontal (m)Volume de Líquido Isolante (litros) Tipo do Líquido Isolante do Transformador DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEPARAÇÃO ENTRE TRANSFORMADORES E REATORES A EDIFICAÇÕES (*) (*) REF.: TABELA 1 D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) NBR-13231 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEPARAÇÃO ENTRE TRANSFORMADORES E REATORES A EDIFICAÇÕES PLANTA s/ esc. ELEVAÇÃO s/ esc. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA • caso não seja possível atender às distâncias indicadas na tabela, deve ser providenciado o uso de “paredes tipo corta-fogo” D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA • As distâncias mínimas entre os transformadores ou reatores de potência a outros equipamentos devem atender aos valores apresentados na tabela 2 a seguir; D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEPARAÇÃO ENTRE TRANSFORMADORES E REATORES A OUTROS EQUIPAMENTOS (*) (*) REF.: TABELA 2 NBR-13231 15,2> 20.000 7,6≥ 2.000 e ≤ 20.000 1,5< 2.000 Óleo Mineral Distância (m)Volume de Líquido Isolante (litros) Tipo do Líquido Isolante do Transformador D. TRANSFORMADORESE REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA • A passagem de estruturas sobre transformadores ou reatores de potência deve ser restringida àquelas essencialmente necessárias; • as paredes do tipo corta-fogo, de preferência não devem ser utilizadas como meio de suporte de dispositivos, tais como barramentos, isoladores, suportes de pára-raios, etc.; • para instalação dos dispositivos de comando e acionamento contra incêndio, devem ser previstas áreas específicas; • nos transformadores e reatores de potência, podem ser previstos ainda, após análise de cada caso em particular, sistemas fixos automáticos para proteção contra incêndio. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA • Em 1955 a “electricitè de france” desenvolveu um sistema de extinção de fogo em transformadores e reatores de potência, pela introdução com nitrogênio no tanque após iniciado o incêndio. • Nas figuras a seguir está mostrado o princípio de funcionamento desse sistema. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Quando o transformador explode, os gases auto-inflamáveis dão início ao fogo. O nitrogênio é injetado no tanque pela sua parte inferior D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA O nitrogênio previne uma posterior combustão e assegura o resfriamento do óleo. A válvula de drenagem de óleo se abre e impede que o óleo derrame. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Uma vez iniciada a drenagem, o fluxo de óleo entre o conservador e o tanque tem a sua válvula fechada imediatamente. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA DE FECHAMENTO NA TUBULAÇÃO ENTRE O CONSERVADOR E O TANQUE - Sem a válvula de fechamento o volume de óleo do conservador é escoado para o tanque principal, alimentando o incêndio D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Como conseqüência o fogo se estende para os equipamentos e instalações próximas ao transformador D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Com a válvula, esta tubulação se fecha automaticamente durante o incêndio. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA Como conseqüência, o óleo do conservador é impedido de escoar e alimentar ainda mais o incêndio. D. TRANSFORMADORES E REATORES DE POTÊNCIA (cont.) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA SISTEMAS DE PROTEÇÃO DAS EDIFICAÇÕES EM SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS CONTRA INCÊNDIO A. EDIFICAÇÕES EM GERAL • Ambientes como a casa de controle e as edificações de apoio devem ser protegidas contra o risco de incêndio através de extintores (NBR-12693) ou por sistema similar próprio, previsto na instalação; • Podem ser previstas ainda, após análise de cada caso em particular, sistemas de hidrantes para proteção das instalações do pátio ou das edificações da subestação. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA A. EDIFICAÇÕES EM GERAL (cont.) • Em função da análise de risco de incêndio e da importância da subestação no sistema de transmissão, esta poderá vir a ser protegida através de sistemas complementares; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA B. CASA DE CONTROLE • O painel de supervisão e o comando dos sistemas fixos de proteção contra incêndio devem estar localizados na sala de controle ou em área de supervisão contínua. A sinalização luminosa e sonora de funcionamento do referido painel deve ser diferente das demais porventura existentes no local; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA B. CASA DE CONTROLE (cont.) • podem ser previstos ainda, após análise de cada caso em particular, sistema de detecção e alarme de incêndio específico para proteção da edificação. • devem ser previstos meios de comunicação entre a sala de controle e o pátio de equipamentos, bem como a outras subestações próximas, centrais do Corpo de Bombeiros ou outras entidades de atendimento, se disponíveis; • deve ser previsto um sistema fixo de proteção por gases, quando o risco de incêndio na subestação orientar para a sua necessidade; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO A. EXTINTORES DE INCÊNDIO PORTÁTEIS • As edificações de uma subestação devem ser protegidas, preferencialmente, por extintores de incêndio portáteis de gás carbônico (CO2) e pó químico seco à base de bicarbonato de sódio (faixa II de operação) de acordo com a NBR-12693. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA B. EXTINTORES DE INCÊNDIO SOBRE RODAS • Devem ser dimensionados de acordo com a NBR-12693; • transformadores e reatores de potência, reguladores de tensão (inclusive quando se tratarem de unidades individuais), devem ser protegidos através de extintores de incêndio de pó químico com capacidade de 50 kg; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA B. EXTINTORES DE INCÊNDIO SOBRE RODAS (cont.) • tais extintores devem ser equipados com rodas especiais (p. ex.: largura e diâmetro adequados) para se deslocar sobre superfícies irregulares, como por exemplo locais com brita; • a carga de pó químico seco deverá ser à base de bicarbonato de sódio (faixa II de operação) conforme a NBR-10721. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA C. BARREIRAS DE PROTEÇÃO • As “barreiras de proteção” devem ser instaladas para separação de locais onde haja um maior risco de incêndio. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. PAREDES CORTA-FOGO • As “paredes corta-fogo” devem apresentar as seguintes dimensões para separação entre transformadores e reatores de potência: a) para transformadores, a altura deve ser de 0,40 m acima do topo do tanque do conservador de óleo; b) para reatores de potência, a altura deve ser de 0,60 m acima do topo. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. PAREDES CORTA-FOGO (cont.) c) o comprimento total da parede deve, no mínimo, ultrapassar o comprimento total do equipamento protegido em 0,60 m; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. PAREDES CORTA-FOGO (cont.) d) a distância livre mínima de separação física entre a parede e o equipamento protegido deve ser de 0,50 m; e) para edificações e equipamentos quando a distância livre de separação for inferior a 8,0 m, a “parede corta-fogo” deve atender à Norma IEC 61936 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIALELÉTRICA D. PAREDES CORTA-FOGO (cont.) • quando a distância livre de separação física for inferior a 8,0 m, devem ser considerados, ainda, os seguintes critérios: a) A parede, sofrendo colapso estrutural e caindo, parcial ou totalmente, não deve atingir equipamentos, edificações ou vias de trânsito de pessoas; b) A parede não deve permitir a passagem de calor ou chamas para os locais próximos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA D. PAREDES CORTA-FOGO (cont.) • Entre edificações e equipamentos, quando a distância livre de separação física for superior a 15 m, não há necessidade de separá- los com “parede tipo corta-fogo” CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA E. BACIA DE CONTEÇÃO E DRENAGEM DE ÓLEO • Instalar os transformadores e reatores de potência sobre “bacia de contenção de óleo isolante”, com a finalidade de receber o óleo de eventual vazamento do equipamento, bem como das águas pluviais, além das águas do sistema de proteção contra incêndio, se houver; • a bacia de contenção deve ser preenchida com brita nº. 3 (19 a 38 mm); CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA E. BACIA DE CONTEÇÃO E DRENAGEM DE ÓLEO (cont.) • no seu ponto mais baixo, a bacia deve ter uma caixa de captação que permita a saída da mistura água + óleo para a tubulação de coleta da caixa separadora de óleo; • as caixas de captação devem ter em sua parte superior uma grelha que impeça a entrada da pedra britada; • o fluido drenado deve ser encaminhado para um sistema coletor específico, o qual deve permitir separar a água e o óleo isolante; • a bacia deve possuir dimensões que excedam em 0,5 m à projeção do equipamento e o seu volume deve ser igual ao volume do óleo contido no respectivo equipamento. Após a colocação da brita, o volume útil deve ser de, no mínimo, 40% do volume da bacia. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA F. CAIXA SEPARADORA DE ÓLEO • A caixa separadora de óleo objetiva armazenar o óleo e possibilitar a drenagem da água. Para isto, deve possuir as seguintes características construtivas: a) Permitir fácil entrada do óleo isolante drenado; b) permitir a drenagem da água; c) apresentar resistência à corrosão pela água e pelo óleo isolante; d) Possuir meios com proteção que possibilitem a inspeção interna; e) Apresentar capacidade mínima correspondente à vazão do óleo vertido a partir do maior transformador ou reator de potência. • a caixa separadora deve ser instalada em um local específico, independente das outras instalações e equipamentos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA G. SISTEMAS FIXOS AUTOMÁTICOS PARA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS • Quando previstos para proteção de transformadores e reatores de potência, deverão atender à Norma ABNT NBR-13231, seção 1 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA H. SISTEMAS DE HIDRANTES • Sistemas de hidrantes, quando previstos para combate a incêndios em pátio ou edificações da subestação, deverão atender à Norma ABNT NBR-13714. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA I. SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO • Quando previstos para proteção de edificações, deverão atender à Norma ABNT NBR-9441. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES REQUISITOS PARA TRANSFORMAÇÃO DE SUBESTAÇÕES TIPO ATENDIDA PARA NÃO ATENDIDA • Caso o sistema operacional da subestação venha a ser alterado de “subestação atendida” para “subestação não atendida” deverão ser tomadas medidas adicionais no que diz respeito à proteção contra incêndio, tais como: a) aplicação de sistemas para detecção, alarme e extinção de incêndios com a filosofia de automação; b) Supervisão e controle remoto dos sistemas de proteção contra incêndios; c) Monitoração e controle de ambientes sujeitos a incêndios a partir gases explosivos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES ENSAIOS • Todos os ensaios necessários à verificação da operacionalidade dos dispositivos e sistemas de proteção contra incêndios deverão fazer parte integrante das rotinas de manutenção periódicas. Para tal, deverá ser consultada a seção 1 da Norma ABNT NBR-13231.
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