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�PAGE \* MERGEFORMAT�11� CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA - SEP I NOTAS DE AULA I.3 PERDAS POR EFEITO CORONA Prof. José Celso Borges de Andrade – 2012 SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I - SEP I. PUC Minas - Enga. Elétrica. PERDAS POR EFEITO CORONA O Efeito Corona: Os corpos chamados condutores possuem elevado número de elétrons livres. O ar, considerado dielétrico, não os deveria possuir. Na realidade, existem sempre alguns elétrons livres no ar e, também, íons positivos, produzidos por ações várias. Quando existe um campo elétrico, os elétrons livres se põem em movimento, com força atuante proporcional ao gradiente de potencial. Havendo íons positivos eles se movimentam em sentido oposto. As partículas em movimento colidem com as moléculas dos gases presentes. Atingida uma certa energia cinética suficiente, arrancam-lhes elétrons que dão origem a outros tantos íons. O fenômeno é cumulativo e o ambiente gasoso fica altamente ionizado. Uma parte da corrente pode deixar o condutor e escoar-se pela camada ionizada do ar. O fenômeno ocorre quando o gradiente de potencial junto à superfície do condutor ultrapassa o “gradiente disruptivo crítico” do ar: 21,1 kV/ cm (eficaz), à t = 25o C, 75 cm de Hg, ar puro. Etapas do Efeito Corona (experimental): I)-Aumentando-se lentamente a tensão de uma L.T., estando a linha sem carga, as perdas aumentam pouco, praticamente, até um determinado valor da tensão. Acima deste valor há um aumento brusco da mesma, coincidindo com o aparecimento de um zumbido característico e com o desprendimento de ozônio. Esta tensão é a “Tensão Disruptiva Crítica” (Vd). II)-Continuando-se a elevar a tensão da L.T. verifica-se a formação, ao redor dos condutores, de um tubo luminescente, ou coroa, devido à maior ionização do ar. O valor da tensão é chamado, agora, de “Tensão Visual Crítica” (Vv). A coroa se dá, inicialmente, sobre a superfície do condutor, onde o gradiente é máximo. Caso haja uma elevação suplementar da tensão, a ação cumulativa se propagará, expandindo-se no sentido radial do condutor, podendo haver descarga (faíscas) entre os condutores vizinhos. III)-O valor da tensão para o qual se dá uma descarga direta entre dois condutores é a “Tensão de Centelhamento”. Pode haver centelhamento, sem que previamente tenha havido as duas primeiras etapas, se a distância entre os condutores for pequena. Há casos em que o centelhamento se dá ao mesmo tempo que o Corona. Cálculo de Perdas por Efeito Corona (eflúvios): -As perdas de potência por Efeito Corona se manifestam nas formas: sonora, calorífica, luminosa e propagação eletromagnética (interferência em circuitos de telecomunicação, pela produção de harmônicos de alta freqüência). Com o aparecimento de ozônio e, a existência de óxido de azoto, na presença de umidade, há uma fabricação rápida de ácido nítrico e ácido nitroso na superfície dos condutores. Estes últimos são atacados e têm sua vida útil diminuída. Nas subestações, o efeito é mais pronunciado visto que, geralmente, as distâncias entre os condutores são menores. As fórmulas são empíricas: Peek Jr., Petersen, Ryan, Whitehead, Carrol, Rockwell, etc. ] Altitude média da L.T. (metros) e pressão: Altitude média da L.T. (m) 0 500 1000 1500 2000 b = pressão em cm de Hg 76 71,3 67,0 62,9 59,1 a)-CÁLCULO DA “TENSÃO DISRUPTIVA CRÍTICA”, Vd: b)-CÁLCULO DAS PERDAS DE POTÊNCIA: -21,1 kV/cm (eficaz) é o “gradiente disruptivo crítico do ar”, para t = 25oC, b = 76 cm/Hg, ar puro. Casos Especiais: Consultar Westinghouse, “Transmission and Distribution Reference Book”. Função Corona F Vn/Vd Exemplo 1: L.T., trifásica, de 161 kV, Condutores CAA (ACSR), 336,4 MCM, 26/7, LINNET, Disposição Simétrica, D = 229,56´´, Altitude média = 500 m, t = 40o.C Solução: 1)-Características do condutor: n = 16, r = 0,36´´, ri = 0,057´´, m = 0,87 2)- Cálculo da densidade relativa do ar: 3)- Cálculo do valor de C: 4)- Cálculo de: 5)- Substituindo os valores calculados na fórmula de Vd: 6)-Cálculo das perdas por condutor /km: pois, para Vn/Vd =1,23 F ( 0,1 7)-Perdas totais da L.T.: Pc = 0,14 x 3 = 0,42 kW/ km Exemplo 2: L.T. de 345 kV, Condutores CAA (ACSR), 2 x 795 MCM, 26/7, DRAKE; Cabos Geminados (Bundle Conductors); d = 45 cm; espaçamento plano, Dab = 417,323´´; H = 500 m; t = 40oC. -O processo de cálculo é o mesmo; -Calcula-se a perda de potência por Efeito Corona para um condutor singelo, a uma tensão 1,4 vezes menor e, multiplica-se a perda por 2; -Sendo a disposição horizontal, ou em um mesmo plano, considera-se Vd diminuído de 4%, para o condutor central e aumentado de 6% para os condutores laterais. Características do condutor: n = no. de fios da última coroa = 16; r = 0,554´´; ri = 0, 087´´; m = 0,87 Cálculo da densidade relativa do ar: 3)-Cálculo de C: 4)-Cálculo de: 5) Cálculo de Vd: 6)-Cálculo das perdas / km: -para o condutor central: V´d = 0,96 Vd = 0,96 x 116,6 = 112,0 kV -para os condutores laterais: V´d = 1,06 x 116,6 = 123,4 kV /neutro -perdas totais por km: Pc = (2 x 0,208 + 0,311) x 2 = 1,45 kW / km CÁLCULO DA “TENSÃO VISUAL CRÍTICA”: Vv > Vd -Com base na fórmula de Peek Jr.: Ryan, H.J. verificou que não seriam obtidos resultados aceitáveis quando se tratasse do aparecimento da coroa luminosa. Sabendo que: e que apareceria o Efeito Corona Luminoso quando ocorresse o gradiente citado, a uma distância x da superfície do condutor, ele determinou x, empiricamente. (V x Resultado: -através de: -chega-se a: mv = 0,93 a 1,0 para fios mv = 0,72 para cabos (corona local) mv = 0,82 para cabos (corona generalizado) TENSÃO DE CENTELHAMENTO: Estudos experimentais levaram à fórmula: -quando: d/r < 30 pode haver centelhamento, sem que tenha havido corona d/r = 30 o centelhamento se produzirá ao mesmo tempo que o corona d/r > 30 é o que ocorre praticamente nas L.T.s aéreas. O centelhamento se produzirá excepcionalmente. Conclusões: -Para se obter baixas perdas Pc, por Efeito Corona, pode-se atuar em três fatores: a)-Fator de irregularidade m da superfície: difícil de ser controlado; b)-Aumento do espaçamento D: é uma solução antieconômica aumentar-se a distância entre os condutores, além de ter-se um aumento indesejável de XL (reatância indutiva da L.T.); c)-Aumento do raio do condutor: em geral, é a solução mais econômica e que dá melhores resultados (condutores com alma de aço -CAA, cabos geminados, etc.). d)-para L.T.s de V < 60 kV, as perdas podem ser consideradas desprezíveis. Código Bitola RMG-60Hz (m) R a 25 º C ohms/cond./km R a 50 º C ohms/cond./km Imáx 60Hz (A) aproxim Alum: camadas, n º de fios (diâm-pol) Aço: n º de fios (diâm-pol) MCM mm2-Al Diâmetro mm cc 60 Hz cc 60 Hz CAA-com multi camadas de Alumínio Bluebird 2156,0 1092 44,755 0.01792 0,02648 0,0289 ? 0,0314 1870 4 84x0.1602/19x0.0961 Falcon 1590,0 805 39,243 0,01584 0,03648 0,0367 0,04014 0,0425 1380 3 54x0.1716/19x0.1030 Parrot 1510,5 765 38,252 0,01545 0,03840 0,0386 0,04226 0,0447 1340 3 54x0.1672/19x0.1003 Plover 1431,0 725 37,2110,01502 0,04052 0,0407 0,04462 0,0472 1300 3 54x0.1628/19x0.0977 Martin 1321,5 684 36,169 0,01459 0,04294 0,0431 0,04729 0,0499 1250 3 54x0.1582/19x0.0949 Pheasant 1272,0 644 35,102 0,01417 0,04561 0,0458 0,05021 0,0528 1200 3 54x0.1535/19x0.0921 Grackle 1192,5 604 33,985 0,01371 0,04866 0,0489 0,05537 0,0563 1160 3 54x0.1486/19x0.0892 Finch 1113,0 563 32,842 0,01325 0,05214 0,0524 0,05742 0,0602 1110 3 54x0.1436/19x0.0862 Curlew 1033,5 523 31,648 0,01280 0,05612 0,0564 0,06177 0,0643 1060 3 54x0.1383/07x0.1383 Cardinal 954,0 483 30,378 0,01228 0,06084 0,0610 0,06699 0,0701 1010 3 54x0.1329/07x0.1329 Canary 900,0 456 29,514 0,01191 0,06463 0,0646 0,07116 0,0736 970 3 54x0.1291/07x0.1291 Crane 874,5 443 29,108 0,01176 0,06650 0,0671 0,07321 0,0763 950 3 54x0.1273/07x0.1273 Condor 795,0 402 27,762 0,01121 0,07271 0,0739 0,08004 0,0856 900 3 54x0.1213/07x0.1213 Drake 795,0 402 28,143 0,01143 0,07271 0,0727 0,08004 0,0800 900 2 26x0.1749/07x0.1360 Mallard 795,0 402 28,956 0,01197 0,07271 0,0727 0,08004 0,0800 910 2 30x0.1628/19x0.0977 Crow 715,5 362 26,314 0,01063 0,08141 0,0820 0,08962 0,0921 830 3 54x0.1151/07x0.1151 Starling 715,5 362 26,695 0,01082 0,08141 0,0814 0,08962 0,0896 840 2 26x0.1659/07x0.1290 Redwing 715,5 362 27,457 0,01133 0,08141 0,0814 0,08962 0,0896 840 2 30x0.1544/19x0.0926 Gull 666,6 337 25,400 0,01027 0,08701 0,0876 0,09577 0,0955 800 3 54x0.1111/07x0.1111 Goose 636,0 322 24,815 0,01002 0,09136 0,0919 0,10055 0,1049 770 3 54x0.1085/07x0.1085 Grosbeak 636,0 322 25,146 0,01021 0,09136 0,0913 0,10055 0,1005 780 2 26x0.1564/07x0,1216 Egret 636,0 322 25,882 0,01069 0,09136 0,0913 0,10055 0,1005 780 2 30x0.1456/19x0.0874 Duck 605,0 306 24,206 0,00978 0,09571 0,0963 0,10534 0,1103 750 3 54x0.1095/07x0.1059 Squab 605,0 306 24,536 0,00996 0,09571 0,0957 0,10565 0,1068 760 2 26x0.1525/07x0.1186 Dove 556,5 281 23,545 0,00954 0,10411 0,1044 0,11491 0,1155 730 2 26x0.1463/07x0.1138 Eagle 556,5 281 24,206 0,00999 0,10411 0,1044 0,11491 0,1155 730 2 30x0.1362/07x0.1362 Hawk 477,0 241 21,793 0,00883 0,12181 0,1218 0,13424 0,1348 670 2 26x0.1354/07x0.1053 Hen 477,0 241 22,428 0,00926 0,12181 0,1218 0,13424 0,1349 670 2 30x0.1261/07x0.1261 Ibis 397,5 201 19,888 0,00807 0,14605 0,1471 0,16096 0,1616 590 2 26x0.1236/07x0.0961 Lark 397,5 201 20,472 0,00847 0,14605 0,1473 0,16096 0,1619 600 2 30x0.1151/07x0.1151 Linnet 336,4 170 18,313 0,00743 0,17277 0,1738 0,19017 0,1909 530 2 26x0.1137/07x0.0884 Oriole 336,4 170 18,821 0,00777 0,17277 0,1740 0,19017 0,1909 530 2 30x0.1059/07x0.1059 Ostrich 300,0 152 17,272 0,00701 0,19328 0,1948 0,21255 0,2143 490 2 26x0.1074/07x0.0835 Piper 300,0 152 17,780 0,00734 0,19328 0,1951 0,21255 0,2143 500 2 30x0.1000/07x0.1000 Partridge 266,8 135 16,306 0,00661 0,21864 0,2189 ? 0,2289 460 2 26x0.1013/07x0.0788 CAA- com uma só camada de Alumínio Penguin 4/0 107 14,300 0,00248 0,27408 0,2765 0,30142 0,3679 340 6x0.1878/1x0.1878 Pigeon 3/0 85 12,750 0,00182 0,34555 0,3480 0,38035 0,4493 300 6x0.1672/1x0.1672 Quail 2/0 67 11,553 0,00155 0,43629 0,4387 0,48041 0,5562 270 6x0.1489/1x0.1489 Raven 1/0 53 10,109 0,00135 0,55002 0,5518 0,60534 0,6960 230 6x0.1327/1x0.1327 Robin #1 42,4 9,017 0,00127 0,69608 0,6960 0,76444 0,8576 200 6x0.1181/1x0.1181 Sparrow #2 26,7 3,137 0,00127 0,87631 0,8763 0,96332 1,0503 180 6x0.1052/1x0.1052 Swan #4 21,1 6,350 0,00133 1,39216 1,3921 1,53510 1,5972 140 6x0.0834/1x0.0834 Turkey #6 13,3 5,029 0,00120 2,21245 2,2125 2,43628 2,4735 100 6x0.0661/1x0.0661 -Para Reatâncias Indutivas e Capacitivas: Tabelas A1, A2 e A3 do Stevenson Preparado por: Prof. Dr. José Celso Borges de Andrade: Disciplina: Sistemas Elétricos de Potência I - Curso de Engenharia Elétrica PUC Mina – TDEE Curso de Engenharia da Energia / 2011. Teste de Corona em um suporte de LT de 500 kV Vn/ Vd F 0,6 0,012 0,8 0,018 1,0 0,050 1,2 0.080 1,4 0,300 1,5 1,000 1,8 3,500 2,0 6,000 2,2 8,000 100 10 1 10 1 0,1 4 6 8 10 12 14 16 18 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,4 � EMBED Equation.3 ��� 06 Al / 01 Steel 07 Al / 01 Steel 54 Al / 07 Steel 12 Al / 07 Steel Camadas Steel Camadas Alumínio 54 Al/ 19 Steel 30 Al / 19 Steel 30 Al / 07 Steel 26 Al / 07 Steel _1181476944.unknown _1236081880.unknown _1244641184.unknown _1296641472.unknown _1236083514.unknown _1236083602.unknown _1236082225.unknown _1181477755.unknown _1181479322.unknown _1181479355.unknown _1181478370.unknown _1181477571.unknown _1181392105.unknown _1181392780.unknown _1181473388.unknown _1181392107.unknown _1181392113.unknown _1181392068.unknown _1181392071.unknown _1181390368.unknown _1181391416.unknown _1181391436.unknown _1181391375.unknown _1181388935.unknown
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