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APOSTILA de Exercícios DE PORTUGUËS Exame de Suficiencia

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Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
1 
 
CFC Bacharel – 2011/1 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões 48, 49 e 50. 
 
As Ciências Contábeis inseridas na sustentabilidade 
 
 Rosangela Beckman e Dandara Lima; 
Colaboraram Fabrício Santos e Maria do Carmo Nóbrega. 
 
Em decorrência do progresso crescente, diversos segmentos da sociedade voltaram suas preocupações para uma esfera 
de que até bem pouco tempo não se falava muito: a preservação ambiental e o ônus decorrente dessa expansão 
mundial. Em vista disso, determinados setores da sociedade partiram em busca de estratégias controladoras com a 
finalidade de que fossem produzidas soluções eficazes para o desenvolvimento sustentável. 
A Contabilidade, que é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, enveredou nessa linha 
social e recoloca-se como uma ferramenta gerencial fundamental com vistas a conferir os encargos decorrentes dos 
impactos ambientais deflagrados pelas atuais atividades econômicas. 
Com o objetivo de tornar evidente esse relacionamento entre empresa e meio ambiente, a Contabilidade 
Socioambiental, autenticada como mais um segmento das Ciências Contábeis, que vem ganhando espaço privilegiado 
atualmente na sociedade, foi concebida para fornecer informações e interpretações pontuais a empresas, governos e 
demais usuários a respeito de seu patrimônio ambiental e os respectivos efeitos ocasionados pelos danos ao meio 
ambiente, os quais podem ser mensurados em moeda. 
(Revista Brasileira de Contabilidade. Maio / junho de 2007 – nº 183, p. 20. Com adaptações.) 
 
Questão 48 
 
 Segundo o texto, é INCORRETO afirmar que 
a) a Contabilidade Socioambiental tem como objeto o relacionamento entre entidade e meio ambiente. 
b) encargos relativos ao impacto ambiental são mensuráveis em moeda. 
c) estratégias de controle ambiental levam ao desenvolvimento sustentável. 
d) o progresso mundial implica degradação ambiental. 
 
Questão 49 
 
No texto, é CORRETA a substituição, sem mudança de sentido, de: 
a) “até bem pouco tempo” (linha 2) por a bem pouco tempo atrás. 
b) “de que fossem produzidas” (linha 5) por de que se produza. 
c) “eficazes” (linha 6) por eficientes. 
d) “Em decorrência” (linha 1) por Como resultado. 
 
Questão 50 
 
De acordo com o texto, assinale a descrição gramatical INCORRETA. 
a) O uso de dois pontos, na linha 3, anuncia a identificação sumária do tema pouco discutido. 
b) Para evitar a repetição do pronome relativo, reescreve-se o enunciado das linhas 7 a 8 da seguinte maneira, sem 
mudança de sentido: A Contabilidade, ciência que o objeto de estudo é o patrimônio das entidades, enveredou nessa 
linha social. 
c) A próclise pronominal em “não se falava muito” (linhas 2 e 3) é o resultado da regra de colocação do pronome 
átono precedido de palavra de sentido negativo. 
d) A justificativa para o emprego obrigatório da vírgula, em “danos ao meio ambiente, os quais podem ser mensurados 
em moeda” (linhas 16 e 17), é a natureza explicativa da oração adjetiva. 
 
 
 
 
 
 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
2 
 
CFC Técnico – 2011/1 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões 48, 49 e 50. 
 
Nós falamos mal, mas você pode fazer melhor 
 Jerônimo Teixeira e Daniela Macedo 
 
Mal amparado por escolas que evadem qualquer menção à análise sintática, o brasileiro nem sempre sabe buscar régua 
e compasso para disciplinar a língua que fala. O português é uma entidade dinâmica, continuamente alterada e 
enriquecida por novas gírias, expressões, palavras importadas. Mas essa fluidez não faz dela um território sem leis. As 
gramáticas normativas – como a Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara – cumprem um bom papel 
no esclarecimento de dúvidas sobre o que é ou não correto na escrita. A fala, porém, admite muitas construções que 
seriam aberrantes na página impressa. [...] O que é preciso é achar o equilíbrio, inclusive nas diferenças de registro: 
um adolescente não pode empregar com os avós os mesmos termos que utiliza nas baladas com sua turma. [...] 
Aí se chega a uma recomendação que todo cidadão vem ouvindo desde que se sentou pela primeira vez nos bancos da 
escola: ler é indispensável para quem quer se expressar bem. E ler inclui de Machado de Assis e Graciliano Ramos até 
um blog decente na internet (mas atenção: é preciso ler de tudo – não uma coisa ou outra). Ler mostra as infinitas 
possibilidades de expressão da língua, enriquece o vocabulário (e o bom vocabulário é o melhor amigo da precisão), 
ensina o leitor a organizar seu pensamento e ainda oferece a ele algo de valor inestimável: conteúdo. Ter coisas 
interessantes e pertinentes a dizer é o primeiro passo para falar ou escrever bem. 
(Veja. Editora Abril, ed. 2177 – ano 43 – nº 32, 11 de agosto de 2010. Com adaptações.) 
 
Questão 48 
 
De acordo com o texto, 
 
a) a boa língua portuguesa é a que se expressa nos textos de Machado de Assis e Graciliano Ramos. 
b) a escrita é a reprodução da fala sob forma gráfica. 
c) a leitura variada é a chave para aperfeiçoar a expressão oral e escrita. 
d) as escolas ainda valorizam a análise sintática e as gramáticas normativas, para ensinar o brasileiro a falar e escrever 
bem. 
 
Questão 49 
 
No texto, é INCORRETO substituir 
 
a) “essa fluidez” (linha 4) por essa fluência. 
b) “inclusive” (linha 8) por até mesmo. 
c) “o brasileiro nem sempre sabe buscar régua e compasso” (linhas 1 e 2) por o brasileiro nem sempre sabe buscar 
regras gramaticais. 
d) “você pode fazer melhor” (título) por você pode falar melhor. 
 
Questão 50 
 
 Identifique a descrição gramatical INCORRETA para o uso dos sinais de pontuação. 
 
a) Em “(mas atenção: é preciso ler de tudo – não uma coisa ou outra)” (linha 14), os parênteses assinalam um 
isolamento sintático e semântico dentro do enunciado. 
b) Em “ainda oferece a ele algo de valor inestimável: conteúdo.” (linha 17), os dois pontos apresentam uma explicação 
para o que se disse anteriormente. 
c) Em “As gramáticas normativas – como a Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara – cumprem um 
bom papel no esclarecimento de dúvidas” (linhas 5 e 6), os travessões assinalam uma intercalação. 
d) Em “novas gírias, expressões, palavras importadas” (linhas 3 e 4), a vírgula indica a omissão das formas verbais. 
 
 
 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
3 
 
CFC Bacharel – 2011/2 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões 48, 49 e 50. 
CPC corre para garantir a normatização da convergência 
 Maristela Girotto 
 
 A Lei n.º 11.638/07 foi aprovada no apagar das luzes de 2007 e já era aplicável em 1º de janeiro de 2008, o que gerou 
uma corrida contra o tempo para que as várias mudanças contábeis pudessem ser normatizadas. Apesar do esforço, 
uma pesquisa feita com 90 executivos brasileiros – publicada em dezembro de 2008 num jornal de circulação nacional 
– mostrou que, no final do ano, o processo de migração para o IFRS estava bastante atrasado nas companhias. 
Na opinião do coordenador técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, Edison Arisa Pereira, um processo de 
mudança como o que está sendo vivenciado atualmente é preocupante e requer adequado planejamento e cuidado na 
implementação. “Temos que levar em consideração que estamos falando da maior alteração de práticas contábeis 
desde a edição da Lei n.º 6.404, ou seja, há mais de 30 anos”, afirma. 
Confiante de que o processo será bem-sucedido,Arisa argumenta que a atual mudança, além de técnica, é cultural, por 
isso deverá demandar certo tempo para ser plenamente absorvida por todos os usuários das demonstrações contábeis. 
As normas internacionais de contabilidade, segundo ele, privilegiam a essência sobre a forma e ditam, em geral, o 
princípio a ser seguido, não trazendo uma formulação detalhada de como proceder em cada tipo de transação, o que 
implica maior exercício do julgamento profissional quando da aplicação das novas regras. 
A adaptação às alterações essenciais promovidas pela Lei n.º 11.638/07, que afeta os balanços de 2008, deverá 
produzir, na opinião do coordenador técnico do CPC, um efeito importante na percepção dos executivos sobre a 
relevância de se agilizar o processo de migração plena os IFRS. Para as companhias abertas, instituições financeiras e 
seguradoras, o processo deverá estar concluído até a divulgação dos balanços consolidados de 2010, por força das 
disposições dos reguladores dessas entidades (CVM, Banco Central e Superintendência de Seguros Privados). “Cabe 
ressaltar que para se ter concluído o balanço (consolidado) em IFRS de 2010, necessário se faz elaborar 
demonstrações contábeis comparativas do exercício precedente (2009)”, explica. 
(A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo. In: 
Revista Brasileira de Contabilidade. Janeiro / fevereiro 2009 – nº 175, p. 8.) 
 
Questão 48 
De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que 
a) a alteração de práticas contábeis de tal magnitude, segundo o coordenador técnico do CPC, é processo difícil, 
complexo e inquietante. 
b) as mudanças requerem novas perspectivas técnicas e culturais. 
c) noventa executivos brasileiros, entrevistados em pesquisa jornalística, revelaram o atraso na migração para os novos 
padrões. 
d) o intervalo entre a aprovação da Lei n.º 11.638/07 e sua aplicabilidade impediu que se elaborassem normas para a 
mudança em curto prazo. 
 
Questão 49 
Conforme o texto, 
a) as normas internacionais de contabilidade privilegiam aspectos essenciais e parâmetros, em detrimento dos aspectos 
formais. 
b) o “maior exercício do julgamento profissional quando da aplicação das novas regras” implica a falta de 
“formulação detalhada de como proceder em cada tipo de transação”. 
c) serão necessários mais de trinta anos para a absorção das novas normas. 
d) todas as instituições deverão concluir o processo de migração até o ano em curso. 
 
Questão 50 
Identifique a descrição gramatical INCORRETA no texto. 
a) A expressão “no apagar das luzes” (linha 1) tem sentido figurado correspondente a nos últimos momentos. 
b) A grafia de “bem-sucedido” (linha 13) desobedece aos preceitos da nova ortografia portuguesa. 
c) As vírgulas empregadas em “no final do ano” (linha 5) servem para isolar termo intercalado. 
 d) O emprego do acento grave indicativo de crase, em “A adaptação às alterações” (linha 20), é obrigatório por causa 
da fusão da preposição a com o artigo as. 
 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
4 
 
CFC Técnico – 2011/2 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões 48, 49 e 50. 
 
Gritos que fizeram história 
 Marta Góes 
 
Num passado não muito remoto, quando uma mulher tinha profissão ou emprego, dizia-se que trabalhava fora. O 
trabalho dos homens dispensava explicação – só podia mesmo ser fora. Essa diferença nem tão sutil traduz à perfeição 
o velho modelo da existência feminina: a casa era a regra, o mundo, a exceção, e a atividade doméstica, leve ou 
pesada, não era reconhecida como ocupação. Agora que a mulher representa metade da mão de obra do mundo 
acidental (no Brasil, 42,4%), e que a avalanche de informação por vezes obstrui a visão do caminho percorrido, é bom 
lembrar expressões que envelheceram e saíram de cartaz, ou que entraram em cena, rompendo silêncios seculares. 
Elas nos devolvem imediatamente a consciência do passado. 
“Pai ou responsável”, lia-se sob a linha destinada à assinatura, abaixo das notas, nas cadernetas escolares que as 
crianças levavam para casa todo mês. Se o pai não estivesse, ou não pudesse assinar, o.k., a assinatura da mãe servia. 
[...] 
As mulheres das classes D e E – as pobres, como se dizia no passado – continuam a trabalhar dentro e fora, como 
fizeram suas mães e avós. Entre os raros benefícios conquistados nos últimos anos figuram a aplicação das leis 
trabalhistas às empregadas domésticas e, em alguns lugares do Brasil, como o estado e a cidade de São Paulo, Belo 
Horizonte e Recife, a preferência pela mulher na titularidade de imóveis populares financiados com recursos públicos. 
Programas assistenciais como o Bolsa Escola e o Bolsa Família são registrados prioritariamente em nome da mãe, 
reconhecida como o elemento mais estável no núcleo familiar. As mulheres ganharam mais poder, mas continuam a 
lavar a roupa sozinhas. E, nas tristes estatísticas do trabalho infantil doméstico, as meninas representam a maioria das 
crianças privadas de infância. 
(Veja – edição especial Mulher. Editora Abril, ed. 2166 – ano 43, junho 2010.) 
 
Questão 48 
 
O texto afirma que 
a) a força de trabalho da mulher ocidental correspondia, no passado, a menos da metade do trabalho masculino. 
b) as mulheres em geral continuam a trabalhar dentro e fora de casa. 
c) as mulheres pobres, no passado próximo, só conseguiam trabalhar dentro de casa. 
d) o trabalho doméstico das meninas é significativo na estatística do trabalho infantil. 
 
Questão 49 
 
De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que 
a) a linguagem reflete a condição feminina na sociedade. 
b) as atividades domésticas são desconsideradas como um trabalho das mulheres. 
c) benefícios trabalhistas, títulos de propriedade e vínculos prioritários a programas sociais são conquistas femininas 
da atualidade. 
d) é sutil a diferença entre o trabalho externo dos homens e o das mulheres. 
 
Questão 50 
 
No texto, é CORRETO afirmar que 
a) “a avalanche de informação por vezes obstrui a visão do caminho percorrido” (linhas 7 e 8) é exemplo do tom 
informal predominante. 
b) “mão de obra” (linha 6) é exemplo da nova ortografia portuguesa, com a dispensa do uso do hífen. 
c) “profissão” e “emprego” (linhas 1 e 2) são sinônimos. 
d) o emprego de “como”, em “como fizeram suas mães e avós” (linha 15) e em “como o estado e a cidade de São 
Paulo” (linhas 17 e 18), tem o mesmo valor quanto à significação e à descrição gramatical. 
 
 
 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
5 
 
CFC Bacharel – 2012/1 
Ampersand, Rebolo & Cia 
Fernando Sabino 
 
João Pádua me telefona com uma pergunta desconcertante: 
– Você sabe como se chama aquele sinalzinho que parece um S ao contrário, significando E no nome das 
companhias? 
– Significando o quê? 
Assim são as coisas: passo a vida inteira lendo e escrevendo, sem perceber que jamais soube como designar 
esse sinal sem nome, sempre diante de meus olhos, constante em tudo que é razão social de firma ou companhia. Isso 
mesmo, é esta letrinha &, significando a conjunção E. 
– Pois fique sabendo que tem nome sim – insistiu ele: – Me admira que você não saiba. Chama-se 
AMPURSAND. 
– O quê? 
Teve de soletrar para que eu entendesse: A-M-P-U-R-S-A-N-D. Essa não, João! Você não vai querer que eu 
acredite nisso. 
– Em que língua é essa palavra? 
– Ah, você também já está querendo saber demais. 
No que deixei o telefone, comecei a derrubar dicionários e enciclopédias. 
Nenhum dos que disponho registra essa horrenda palavra, paradesignar um sinal tão bonitinho: &. Corresponde na 
máquina de escrever à parte de cima da tecla 7. Quando eu era menino, gostava de fazer correntinhas de & na velha 
Remington de meu pai: &&&&&&&&&&&&&. 
Como hoje tenho mais o que fazer (talvez nem tanto), passo o assunto para a frente: se algum leitor jamais 
ouviu falar que esse sinalzinho tenha acaso outra designação menos esquisita, agradeço se me informar. Fiquei com 
esse nome atravessado, gostaria de devolver ao João Pádua o ampursand que ele despejou no meu ouvido. [...] 
O leitor gosta mesmo é de brincar. Posso abordar os assuntos mais sérios, do mais alto interesse da Nação, não 
acontece nada. Mas no que escrevi outro dia sobre o ampersand (e não ampursand, como me ensinou o João Pádua), 
desencadeei verdadeira avalanche de manifestações, vindas de toda parte. 
(A volta por cima. In: Obra reunida. V. III. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 554-555.) 
 
Questão 48 
 
Com base no texto, é INCORRETO afirmar que: 
a) A tentativa de correlacionar a denominação e o sinal “&” acabou por trazer à tona recordações da infância. 
b) Na crônica de Fernando Sabino, o tema do texto é a discordância dos amigos quanto ao nome do sinal “&”. 
c) O nome do sinal “&” – “ampersand” – não é palavra da língua portuguesa; por isso, é grafado com itálico. 
d) O sinal “&” é empregado em denominações comerciais com valor semântico aditivo. 
 
Questão 49 
 
Considerando que o texto contém exemplos da linguagem informal, julgue os itens a seguir. 
I. – colocação do pronome átono em relação ao verbo (“Chama-se”, na linha 10, “se me informar”, na linha 23, ou 
“como me ensinou o João Pádua”, na linha 28) 
II. – ocorrência de palavras no diminutivo (“sinalzinho”, na linha 2, “bonitinho”, na linha 18, e “correntinhas”, na 
linha 19) 
III. – uso de expressões da fala (“em tudo que é razão social de firma ou companhia.”, na linha 7, e “Essa não, João!”, 
nas linhas 12-13) 
IV. – o emprego de palavras como “desconcertante”, na linha 1, e “avalanche”, na linha 29. 
 
O item VERDADEIRO é: 
a) I e II são evidências de informalidade. 
b) I e III são evidências de informalidade. 
c) II e III são evidências de informalidade. 
d) II e IV são evidências de informalidade. 
 
 
 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
6 
 
Questão 50 
 
Quanto ao emprego dos sinais de pontuação no texto, identifique o item VERDADEIRO, de acordo com a norma 
culta da língua portuguesa. 
a) O uso da vírgula, em “Fiquei com esse nome atravessado, gostaria de devolver ao João Pádua o ampursand que ele 
despejou no meu ouvido.” (linhas 23 a 25) é obrigatório. 
b) O emprego de parênteses, em “(e não ampursand, como me ensinou o João Pádua)”, na linha 28, isola enunciado 
com sentido aditivo, combinando as conjunções “e” e “não”. 
c) No quinto parágrafo, o enunciado entre travessões duplos (“– insistiu ele: –“) corresponde à fala de João Pádua. 
d) Cinco das oito formas verbais no gerúndio são precedidas de vírgula. 
 
 
 
CFC Técnico – 2012/1 
Cem cruzeiros a mais 
Fernando Sabino 
 
Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros 
a mais. Quis voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila. 
 Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro: 
 – Tenham paciência, mas está na hora do meu café. 
 Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar-
se do guichê antes de encerrar-se o expediente. 
 No dia seguinte era o primeiro da fila: 
 – Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais. 
 – Eu? 
 Só então reparou que o funcionário era outro. 
 – Seu colega, então. Um bigodinho. 
 – O Mafra. 
 – Se o nome dele é Mafra, não sei dizer. 
 – Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. 
Logo... 
 Ele coçou a cabeça, aborrecido: 
 – Está bem, foi o Mafra. E daí? 
 O funcionário lhe explicou com toda urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra: 
 – Isto aqui é uma pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O 
próximo! 
 O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o cotovelo. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou 
conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à recebedoria. 
 – O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou. 
 – Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. 
 Informaram-lhe que não podiam receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? E não de 
pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então? Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de 
quê? 
 – Mil não: cem. A troco de devolução. 
 – Troco de devolução. Entenda-se. 
 – Pois devolvo e acabou-se. 
 – Só com o chefe. O próximo! 
 O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia 
hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício, historiando o fato e devolvendo o dinheiro. 
 – Já que o senhor faz tanta questão de devolver. 
 – Questão absoluta. 
 – Louvo o seu escrúpulo. 
 – Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele. 
 – Quem disse isso? 
 – Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece. 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
7 
 
 – O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que 
falei. O Araújo sempre se metendo a entendido! 
 – Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício. 
 – Impossível: tem de dar entrada no protocolo. 
 Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão 
dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima 
do vidro e foi-se embora. 
(A companheira de viagem. In: Obra reunida, v. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 20-22.) 
 
 
Questão 48 
 
Com base no texto lido, é CORRETO afirmar que: 
a) Apenas dois funcionários trabalhavam na recebedoria. 
b) Nem o encaminhamento à chefia foi suficiente para resolver o impasse. 
c) O episódio que motivou o conjunto de confusões descrito no texto foi o troco a mais recebido pelo narrador. 
d) Somente no fim do dia, o personagem conseguiu falar com outro funcionário para relatar o ocorrido. 
 
 
Questão 49 
 
A leitura do texto NÃO permite afirmar, quanto aos aspectos gramaticais ou semânticos, que: 
a) Em “o funcionário lhe havia dado” (linhas 1 e 2), é correta a colocação do pronome “lhe” em posição enclítica ao 
verbo (havia-lhe dado). 
b) Em “Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.” (linha 16), o vocábulo sublinhado é conjunção integrante. 
c) O emprego do sinal de reticências, em “Logo...” (linha 18), exprime a suspensão do pensamento. 
d) O vocábulo “urbanidade” (linha 21) pode ser substituído por formalidade. 
 
Questão 50 
 
Identifique o item que contém descrição INCORRETA do texto lido. 
a) “Cem cruzeiros a mais” é um texto literário. 
b) O texto narra situações humorísticas. 
c) O texto reflete alguns dos entraves da burocracia. 
d) O texto relata um fato verídico, vivido pelo escritor. 
 
 
CFC Bacharel– 2012/2 
 
Quais podem ser os reflexos da contabilização de juros sobre o capital próprio na riqueza do acionista? 
 
Rodrigo Fernandes Malaquias e outros 
 
A função fundamental do administrador financeiro de uma empresa é a maximização da riqueza do acionista. Com a 
evolução da função financeira, desde a década de 1950, foram desenvolvidos vários trabalhos e modelos, visando ao 
atendimento deste objetivo. No Brasil, a partir da provação da Lei n.º 9.249/95, tornou-se possível a contabilização de 
Juros Sobre o Capital Próprio (JSCP) aos acionistas e sua dedução como despesa financeira para fins fiscais. Como a 
forma de tributação incidente sobre esta opção de remuneração difere de pessoas físicas para pessoas jurídicas, este 
trabalho tem por objetivo identificar quais podem ser os reflexos da contabilização de JSCP na riqueza do acionista, 
demonstrando como se pode utilizar o JSCP para aumento da riqueza dos acionistas. Para tanto, realizou-se um estudo 
descritivo, analisando-se documentos indiretos da empresa selecionada. Tal empresa faz parte do setor de 
Telecomunicações, setor que contabilizou o maior montante de JSCP no ano de 2006. Como considerações finais, 
tem-se que o JSCP pode ser utilizado para a maximização da riqueza do acionista em virtude da economia de 
impostos. No entanto, com algumas particularidades, esta vantagem pode deixar de existir em razão do tipo de 
acionista recebedor, se pessoa física ou jurídica. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, n. 188, p. 59, mar.-
abr. 2011. Disponível em: <http://cfc.org.br/uparq/resumo_188.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2011. (adaptado) 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
8 
 
Questão 48 
 
De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que: 
a) A contabilização de Juros Sobre o Capital Próprio aos acionistas e sua dedução como despesa financeira para fins 
fiscais têm fundamento legal datado de 1995. 
b) A evolução financeira ocorreu a partir dos anos cinquenta do século passado. 
c) No título, o emprego do pronome interrogativo “Quais”, no início do enunciado, e do ponto de interrogação no final 
dele indicam a pergunta motivadora da pesquisa descrita no texto. 
d) O texto inicia com a definição de “maximização da riqueza do acionista” (linhas 1). 
 
Questão 49 
 
A leitura do texto permite inferir que: 
a) O tipo de acionista recebedor – pessoa física ou pessoa jurídica – afeta, com algumas peculiaridades, a existência de 
vantagem econômica. 
b) O objetivo da pesquisa é correlacionar os efeitos da riqueza do acionista na contabilização de Juros Sobre o Capital 
Próprio. 
c) O estudo descreve documentos da empresa e analisa o setor de Telecomunicações no ano de 2006. 
d) A riqueza dos acionistas interfere na economia de impostos por parte da empresa. 
 
Questão 50 
 
Julgue os itens e identifique a descrição gramatical CORRETA. 
a) “No entanto” (linha 11) é advérbio de oposição que se deslocou para o início do enunciado, daí haver 
obrigatoriedade do uso da vírgula. 
b) Na linha 5, substitui-se “tributação incidente” por tributação que incide, porque “incidente” é um adjetivo e que 
incide é uma oração de igual valor sintático. 
c) No texto, as formas verbais “visando” (linha 2), “demonstrando” (linha 7) e “analisando-se” (linha 8) integram 
orações reduzidas de particípio que não têm sujeito. 
d) O antecedente do pronome relativo “que” (linha 9) é “Telecomunicações”. 
 
CFC Técnico – 2012/2 
 
14 dólares 
 
Carlos Drummond de Andrade 
 
Um poeta da geração de 45, meu amigo (há desses milagres), contou-me que sua glória transpusera enfim o limite do 
Villarino e se projetara nos Estados Unidos. Uma revista da Madison Avenue pedira-lhe versos, traduzira-os 
limpamente e pagara por eles quantia que nunca jornal algum nessas brenhas ousou soltar por trabalho desse naipe. 
– Mil contos? – perguntei-lhe, assanhadíssimo. 
– Tanto assim, não. 20 dólares. Mas o versinho era curto, sem métrica. 
Legal, não acha? 
Não dá para um automóvel, pensei comigo, mas felicitei o rapaz [...]. Em todo caso, apeteceu-me espiar a cor do 
dinheiro forte. 
– Amigo, vi poucos dólares em minha vida. Viagem mesmo, faço a de lotação para a cidade, e ando farto da efígie do 
Rio Branco. Me mostre seu dolarzinho. 
– Bem, devo explicar que dos meus 20 dólares poéticos, o governo norteamericano papou 6, de imposto de renda. 
Cobrado na fonte, hein? [...] 
– De qualquer maneira, 14 dólares são 14 dólares – sentenciei, mais para confortar o jovem confrade que como eco de 
convicção profunda. – Ora deixe ver os 14 dólares. 
– O cheque? 
– Não, a espécie, a figurinha da águia. 
– Bem, não houve propriamente dólares. O cheque dizia esse nome santo, mas o caixa, no banco americano que o 
descontou, explicou-me que dólar é a mesma coisa que cruzeiro. 
– E você acreditou? 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
9 
 
– Era acreditar ou largar. Disse-me que, onde quer que eu levasse o cheque, me pagariam em cruzeiros, a menos que 
eu fosse a Nova York receber na matriz. Tentei argumentar que aquilo era uma importação de capitais, saudável à 
pátria: a tal revista possuía 14 dólares em Nova York, e por artes de um simples poema hermético, esses dólares 
vinham dinamizar a economia brasileira. O Banco os desembolsaria aqui, mas ficaria com outros 14 em Nova York, 
para importação de tratores, geladeiras, etc. 
– E ele? 
Sorriu, mas ponderou que eram ordens da Carteira de Câmbio do Banco do Brasil. E tinha mais: ia pagar-me ao preço 
de compra, não ao de venda do dólar. Mas eu não estou vendendo, estou recebendo, retruquei ao caixa. Ele abanou a 
cabeça: “Também não está comprando; então, aplica-se a cotação de venda, que mais nos convém.” Em resumo: saí 
com 1.029 cruzeiros no bolso, um tanto confuso. Veja o que é o dólar: a primeira oportunidade que me dão de possuir 
20, logo de saída perco 6, e os outros se dissolvem no ar em simples cruzeiros. Há quem os venda e quem os compre, 
mas ninguém os vê. Tenho a impressão de que dólar não existe, apesar de tão forte, ou por isso mesmo. [...] 
Fala, Amendoeira: costumes. In: Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967. p.766-767. 
 
ANULADA Questão 48. De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que: 
a) A quantia sofreu desconto de 30%, relativo ao imposto de renda retido na fonte. 
b) O enunciado entre parênteses (“há desses milagres”), na linha 1, deve ser compreendido conotativamente. 
c) O poeta recebeu mil contos ou vinte dólares pela publicação de seus versos em uma revista de Villarino, cidade dos 
Estados Unidos. 
d) Por causa da distância, o narrador compara a uma viagem seu deslocamento de lotação para a cidade. 
 
Questão 49 
 
A leitura do texto NÃO permite inferir que: 
a) A exaustiva argumentação do poeta foi insuficiente para convencer o caixa do banco americano no Brasil. 
b) O cheque descontado rendeu ao poeta quantia em moeda brasileira. 
c) O narrador conclui que o dólar é moeda forte porque não existe, pois ninguém o vê. 
d) Os fatos narrados ocorreram há décadas. 
 
Questão 50 
 
No texto, de acordo com os padrões da norma culta da língua portuguesa, é FALSO afirmar que: 
a) “Legal” (linha 6) e “papou” (linha 11) são exemplos de gíria e, como tal, devem ser interpretados conotativamente. 
b) A oração adjetiva “mas o caixa, no banco americano que o descontou” (linha 17) é restritiva, ao passo que a oração 
adjetiva “que mais nos convém.” (linha 28) tem sentido explicativo. 
c) É correta a colocação pronominal em “se projetara” (linha 2), “o descontou” (linha 17), “ia pagar-me” (linha 26) e 
“os vê” (linha 31). 
d)No último parágrafo, o sinal de dois pontos, nas três ocorrências, decorre da expressão de um esclarecimento, de 
uma síntese ou de uma consequência do enunciado que o sucede. 
 
CFC Bacharel – 2013/1 
 
Leia o texto a seguir para responder às próximas perguntas. 
 
Lições da Europa para uma utopia tributária 
 
O ICMS é uma confusa versão do seu original, o ICM (sem o “s” de serviços), criado em 1965 com a maior reforma 
tributária do país. Regras orientadas pelo aspecto jurídico-formal deram lugar a outras baseadas em conceitos 
econômicos. A reforma contribuiu para o forte crescimento de 1968-1973 (o PIB subiu a taxas chinesas, de 11,1% na 
média anual). O ICMS tributa o consumo pelo método do valor agregado. Em cada etapa, registra-se o imposto devido 
e abate-se o valor pago na anterior. Se a alíquota for de 18%, por exemplo, em cada etapa terão sido pagos 18% sobre 
o que se agregou de custos e lucros ao valor da mercadoria ou do serviço. Na última, a do consumidor, a soma de 
todos os pagamentos corresponde, em tese, ao valor efetivo do imposto. 
Esse tipo de imposto nasceu na França em 1954 com o título de taxe sur la valeur ajoutée (TVA). Foi uma revolução. 
Eliminava-se a tributação em cascata, isto é, a incidência continuada do imposto sobre ele mesmo. Nesse método, não 
se sabe quanto foi pago até a etapa final.A tributação em cascata reduz a eficiência. As empresas buscam economizar 
o imposto produzindo quase tudo, em vez de se concentrar no que fazem melhor. Com o TVA, o valor final do 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
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imposto é o mesmo, sejam quantas forem as etapas. O método facilita a especialização e a descentralização, gerando 
ganhos de produtividade. Nas exportações, nada se cobra na saída e se credita ou se devolve o imposto recolhido nas 
etapas anteriores. O bem ou serviço exportado fica imune ao imposto, o que é impossível na tributação em cascata. O 
TVA aumenta a competitividade. Por suas inúmeras vantagens, o TVA se espalhou pelo mundo. A Comunidade 
Econômica Europeia (atual União Europeia) o tornou obrigatório para seus membros em 1967, sob o nome de IVA 
(imposto sobre o valor agregado) ou VAT (value added tax, em inglês). A Dinamarca o adotou em 1967, seguida da 
Alemanha em 1968 e do Reino Unido e da Itália em 1973. E assim por diante. 
Estabeleceu-se a harmonização de regras e alíquotas, para minimizar sua dispersão. O Brasil o implementou em 1967, 
antes de muitos países, mas em vez de um IVA nacional o imposto foi atribuído à União (IPI) e aos estados (ICM). Os 
municípios ficaram com o imposto sobre serviços (ISS), em cascata. A harmonização decorria de restrições para os 
estados fixarem normas e alíquotas, que cabiam ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e ao Senado. 
Maílson da Nóbrega. VEJA. Editora Abril. Ed. 2.261, ano 45, nº 12. 21 de março de 2012. p.22. 
 
Questão 48 
 
De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que: 
a) A palavra “utopia”, empregada no título, sugere ao leitor que haverá dificuldade na aplicação das ideias defendidas. 
b) O ICMS foi um imposto criado há mais de cinco décadas, durante a última reforma tributária brasileira. 
c) O PIB brasileiro copiou as taxas chinesas de crescimento, durante o fim do século passado. 
d) A antiga tributação em cascata é procedimento tipicamente brasileiro, datado da primeira metade do século XX. 
 
ANULADA Questão 49. Com base no texto, examine os enunciados a seguir. 
I. O ICMS (que, além de mercadorias, incide sobre os serviços) deu origem ao ICM, imposto considerado, pelo autor, 
uma versão confusa do anterior. 
II. No método do valor agregado para tributação, em cada etapa, abate-se o imposto devido e registra-se o valor pago 
na anterior. 
III. O imposto praticado na Europa nasceu na década de 1950 na França, com a denominação, traduzida, de taxa sobre 
o valor agregado (TVA), mais tarde correspondente às siglas IVA e VAT, conforme o idioma dos países que o 
adotaram. 
IV. O TVA independe de quantas forem as etapas, por isso favorece tanto especialização quanto a descentralização e 
estimula a competitividade. 
V. O IVA nacional foi atribuído à União (ICM) e aos estados (IPI). 
Estão CORRETOS apenas os enunciados: 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II e V. 
c) II e III. 
d) II e V. 
 
Questão 50 
 
Com base no texto, julgue os itens relativos à descrição gramatical, considerando-os CERTOS(C) 
ou ERRADOS (E). 
( ) “terão sido pagos 18%” (linha 5): a locução verbal está flexionada no plural para concordar com o sujeito “18%”. 
( ) “Na última,” (linha 6): o termo refere-se a “alíquota” (linha 5). 
( ) “Estabeleceu-se a harmonização de regras e alíquotas,” (linha 19): na oração, a colocação pronominal enclítica, isto 
é, em posposição ao verbo, obedece aos preceitos da norma culta da língua portuguesa. 
( ) “os estados fixarem normas e alíquotas” (linhas 21): emprega-se a forma flexionada do infinitivo por causa da 
concordância com o sujeito composto “normas e alíquotas”. 
 
A ordem CORRETA é: 
a) E, C, E, C. 
b) C, E, C, E. 
c) E, C, C, E. 
d) E, E, C, C 
 
 
 
 Língua Portuguesa 2013.2 – Prof.a Rosangela Alcantara 
 
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CFC Técnico – 2013/1 
 
Leia o texto a seguir para responder às próximas perguntas. 
 
Poupança bate recorde de captação em 2012 
 
Os depósitos feitos em caderneta de poupança em 2012 superaram os saques em R$ 49,719 bilhões, segundo números 
divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Incluindo os créditos de rendimento, o saldo das cadernetas 
fechou o ano passado em R$ 496,302 bilhões. A captação líquida de 2012 é a maior desde 1995, quando tem início a 
série histórica do BC. O antigo recorde tinha sido registrado em 2010 (R$ 38,681 bilhões). Em 2011, a captação 
líquida não chegou a um terço da do ano passado (R$ 14,186 bilhões). 
Em dezembro, especificamente, os depósitos superaram os saques em R$ 9,205 bilhões – valor também recorde para o 
último mês do ano. Do montante alcançado no mês passado, R$ 6,873 bilhões foram captados pelo Sistema Brasileiro 
de Poupança e Empréstimo (SBPE) – que destina 65% dos recursos ao financiamento imobiliário – e R$ 2,331 bilhões 
pela poupança rural. 
Os números do BC sobre 2012 mostram que a poupança continua atrativa mesmo com a mudança na regra de 
remuneração. Em maio do ano passado, o governo atrelou os juros da caderneta à taxa básica de juro (Selic) para 
evitar que outras aplicações financeiras de renda fixa perdessem atratividade frente à poupança em função da queda do 
juro básico. 
Os recursos depositados a partir de 4 de maio de 2012 rendem o equivalente a 70% da Selic mais Taxa Referencial 
(atualmente zerada). Com a Selic em 7,25% ao ano, isso equivale a rendimento de 5,075% ao ano ou 0,4134% ao mês. 
Mesmo que a Selic mude ao longo do período mensal considerado, a taxa aplicável é a vigente na data em que se 
deposita, ou seja, a do início do período. Para depósitos anteriores a 3 de maio do ano passado, a remuneração 
continua sendo de 6,17% ao ano mais TR, o que representa 0,5% ao mês. 
Murilo Rodrigues Alves. Valor Econômico. Disponível em: 
<http://www.valor.com.br/financas/2960332/poupanca-bate-recorde-de-captacao-em-2012>. 
Acesso em: 8 jan. 2013. 
 
Questão 48 
Conforme o texto, a inferência INCORRETA é: 
a) A captação líquida de 2012 é a maior em dezessete anos da série histórica do Banco Central. 
b) A vinculação dos juros da poupança à Selic teve o objetivo de preservar o interesse por outras aplicações de renda 
fixa. 
c) O bom resultado corresponde a recorde apenas no mês de dezembro de 2012, incluindo os recursos destinados ao 
financiamento imobiliário e à poupança rural. 
d) Nemmesmo a alteração da remuneração mudou a imagem positiva da poupança em 2012, de acordo com as 
informações do Banco Central. 
 
Questão 49 
Todas as descrições aplicam-se ao texto, COM EXCEÇÃO DE: 
a) É jornalístico. 
b) Apresenta dados numéricos e estatísticos. 
c) Contém exposição factual. 
d) Desenvolve ponto de vista opinativo e avaliativo. 
 
Questão 50 
Com base no texto, examine as descrições gramaticais a seguir. 
I. Em “segundo números divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC)” (linhas 2-3), o termo sublinhado é 
preposição acidental que equivale semanticamente a conforme e consoante. 
II. Em “a captação líquida não chegou a um terço da do ano passado.” (linhas 4-5), o segmento sublinhado pressupõe a 
omissão de “captação líquida”. 
III. Em “– que destina 65% dos recursos ao financiamento imobiliário –“(linha 8), o emprego dos travessões 
fundamenta-se na necessidade de destacar a mudança de assunto dentro do parágrafo. 
IV. Em “Mesmo que a Selic mude ao longo do período mensal considerado” (linhas 16), substitui-se a locução 
sublinhada, sem prejuízo do sentido ou do valor gramatical, por ainda que. 
Estão corretas as descrições: 
a) I, II, e III. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II, III e IV.

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