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Principais espécies de formigas cortadeiras em plantios florestais e métodos de controle

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DCF – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS
Principais espécies de formigas cortadeiras em plantios florestais
Por
Lucas Kauan Nascimento de Santana
São Cristóvão, março de 2016.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DCF – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS
Principais espécies de formigas cortadeiras em plantios florestais
Por
Lucas Kauan Nascimento de Santana
Monografia apresentada como parte da avaliação de uma disciplina do DCF, para a conclusão da Disciplina Entomologia Florestal, do curso de Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal de 
Sergipe.
Orientador: Professor 
Dr. Genésio Tâmara Ribeiro
.
São Cristóvão
2016
Resumo
As florestas de eucalipto no Brasil surgiram como uma alternativa para atender à demanda de matéria prima para a indústria de papel, madeira, celulose e carvão, e desta forma, proteger as matas nativas nacionais. Com a expansão dos locais de plantação, a população de insetos nativos acabou por crescer e alguns se tornaram pragas, como as formigas por exemplo. As principais do ponto de vista econômico são a Atta e Acromyrmex, que por sua vez, estão distribuídas desde os Estados Unidos até o centro da Argentina. 
No Brasil, apenas cinco espécies de Atta e nove da Acromyrmex são importantes do ponto de vista econômico. Os métodos de controle recomendados são: mecânico, químico e biológico. Porém o não aconselhável é a tática de uso de líquido no controle químico, uma vez que este apresenta baixa eficiência e fácil perda pela absorção do solo.
Introdução
As florestas de eucalipto são um dos tipos de florestas cultivadas utilizadas para atender a demanda de matéria prima para produção de papel, celulose e carvão vegetal, por exemplo. O cultivo destas é resultado do esforço de instituições do setor florestal para a conservação de florestas nativas, que devido às características extrativistas do setor florestal desde a época do descobrimento, acabou por ter uma parcela extinta (ALVES et al, 2012).
A expansão de locais de plantação de eucalipto no Brasil acabou por favorecer o crescimento da população de insetos nativos, onde alguns acabaram se tornando pragas, como os besouros, lagartas desfolheadoras, e também as formigas. (QUEIROZ, 2009).
As formigas (Hymenoptera: Formicidae) se tratam de insetos sociais e vivem em colônias permanentes. Esses insetos apresentam aparelho bucal mastigador e possuem desenvolvimento completo (ovo-larva-pupa-adulto). Elas fazem parte do grupo de insetos daninhos às culturas por atacarem as plantas de forma intensa e constante em qualquer estágio de desenvolvimento. O ataque se dá pelo corte das folhas, que são posteriormente transportadas para o interior dos ninhos –que ficam situados no interior do solo- para o cultivo de fungos simbiontes. (ZANETTI, 2002).
Nas florestas plantadas de Eucalyptus, as formigas cortadeiras são destaque como as principais pragas, principalmente nas fases de pré-corte e também depois do plantio, por exemplo, além do início da brotação. Pela ocorrência generalizada, destacam-se as espécies: Atta laevigata, Atta sexdens rubropilosa, Acromyrmex disciger, Acromyrmex niger e Acromyrmex crassipinus de modo geral, podem ser consideradas potencialmente importantes para Eucalyptus. (BOARETTO & FORTI, 1997)
As formigas cortadeiras estão espalhadas por todo o território do país e sua ação prejudicial se estende por todo o ano. Seu controle além de complicado, é caro, pois exige gastos com formicidas e mão de obra (LOECK, 2003).
Este trabalho tem como principal objetivo falar sobre os principais tipos de formigas cortadeiras em plantações de Eucalyptus tal como os tipos de controle destas.
Atta e Acromyrmex: ocorrência e desenvolvimento
Com distribuição desde o sul dos Estados Unidos da America até o centro da Argentina, as formigas destes gêneros ocorrem no Brasil em 20 espécies e nove subespécies de Acromyrmex e 10 espécies e três subespécies de Atta, porém nem todas tem importância econômica definida devido às áreas pouco exploradas pela agricultura. Desta forma, no Brasil apenas cinco espécies de Atta e nove de Acromyrmex são importantes do ponto de vista econômico. As diferenças morfológicas entre as formigas do gênero Acromyrmex e Atta são evidentes. As formigas do gênero Atta apresentam coloração avermelhada enquanto que as do Acromyrmex possuem coloração marrom clara à preta (ZANETTI, 2002).
As operárias de cada gênero também possuem particularidades, como as do gênero Atta, por exemplo, que apresentam três pares de espinhos dorsais no tórax, enquanto que as do gênero Acromyrmex apresentam 4 à 5 pares de espinhos no dorso do tórax As formigas de de ambos os gêneros também diferem em tamanho também, sendo as menores as do gênero Acromyrmex (KRUGUER, 2008).
No que compreende às castas, elas possuem tamanhos e atividades diferentes dentro da colônia. Os machos e fêmeas à cargo pela continuidade da espécie tem surgimento nos formigueiros adultos poucos meses antes da revoada e recebem alimentação diferenciada e tratamento. Eles também são maiores que os soldados e operárias (PEREIRA, 2007).
A formação de um novo formigueiro é feita pela rainha após a revoada e fecundação, esta por sua vez passará a ter como tarefa exclusiva a postura de ovos após o nascimento das primeiras operárias (SOUZA, 2012).
Quando em fase de ovo, estes apresentam cor branca e tamanho de aproximadamente 0,5 mm, porém pouco se sabe a duração. Ao terminar o desenvolvimento, a larva irá sair por meio de um orifício aberto no córion, suas características são: cor branca, ausência de asas, tegumento mole e não presença de olhos. No estágio de pupa, a cabeça encontra-se fortemente esculpida - principalmente de frente-, sendo inicialmente branca, porém escurecendo posteriormente. Esse estágio tem duração de cerca de 10 dias antes da fase adulta (ZANETTI, 2002).
CONTROLE E MANEJO
O controle de formigas cortadeiras pode ser feito através de métodos mecânicos, químicos e biológicos.
Controle Mecânico
Com controle mecânico são possíveis duas táticas: escavação do formigueiro e uso de barreiras. A primeira é cabível em pequenas áreas e apenas para formigueiros de até quatro meses de idade, uma vez que a rainha se encontra até 20 cm de profundidade. A segunda por sua vez, tem o objetivo a imposição de obstáculos impedindo que as formigas alcancem a copa das plantas. Ela é um dos métodos mais antigos e utilizados (ZANETTI, 2002).
Controle Químico
Esse método é bastante utilizado no controle de formigas cortadeiras. Ele consiste na aplicação direta do produto químico tóxico nos ninhos, nas formulações pó, líquida ou líquidos nebulizáveis, ou até mesmo com isca granuladas colocadas perto das colônias (BOARETTO, 1997).
Iscas tóxicas
A utilização de iscas granuladas, na maioria das vezes por porta-iscas e micro porta-iscas é considerada eficiente, econômico e até mesmo prático. Essa tática proporciona uma maior segurança para quem a executa, dispensa muita mão-de-obra e equipamentos próprios, além de permitir o controle de formigueiros situados em lugares de difícil acesso. As iscas tratam-se de um subtrativo ativo misturado com um princípio ativo tóxico. O inseticida é na maioria das vezes dissolvido em óleo de soja refinada e depois incorporado ao substrato. O inseticida formulado em isca tóxica deve agir por meio de ingestão e apresentar ação tóxica retardada, mortalidade menor que 15% depois do primeiro dia e maior que 85% após duas semanas a partir da disponibilização das iscas; tem que ser letal também em concentrações baixas e não causar impacto negativo no meio. O inseticida precisa ter ação inseticida e não repelente, não podendo assim, apresentar cheiro (BOARETTO, 1997).
Porta iscas
Essa tática surgiu principalmente com o objetivo de evitar a morte acidental de animais silvestres que acabam por ter papel importanteno controle biológico natural das formigas cortadeiras, e desta forma aliar à vantagens que incluem a redução de mão-de-obra para a localização de formigueiros e perdas de iscas por conta das chuvas. Os porta iscas tratam-se de recipientes de polietileno aptos à acondicionar de 5 à 60 g de isca. Eles podem ser aplicados de maneira sistemática, por conta das características que incubem a infestação do local e também de forma localizada em formigueiros grandes (Laranjeiro, 1994).
Pós
Tática utilizada desde o final da década de 50, os formicidas em pó tratam-se de forma básica, de um princípio ativo com ação de contato, talco como inerte e veículo de aplicação. No que diz respeito à aplicação, esta é feita com polvilhadeiras, equipamentos manuais dotados de um recipiente em forma de cone para acondicionamento do produto (BOARETTO, 1997).
Líquidos
Tem histórico de serem pouco difundidos e utilizados para o controle de formigas cortadeiras. O motivo principal é a baixa eficiência dos produtos testados, que se deu devido à necessidade de contato do produtor com as formigas, além da perda do produto pela absorção no solo (FORTTI; PRETTO, no prelo). Trata-se de um produto fumigante de solo que tem atuação formicida.
Gases
É uma tática bem utilizada no controle de formigas cortadeiras. Ele é comercializado em estado líquido. É um produto que apresenta eficácia, porém apresenta desvantagens como: custo elevado, exigência da mão de obra especializada para a execução da aplicação, alta periculosidade para quem aplica. Sua aplicação é restrita à apenas quando houve a necessidade imediata de interrupção (ANJOS et al., 1993).
Termonebulização
Consiste na pulverização de um formicida por meio de calor, utilizando-se termonebulizadores. No que diz respeito à aplicação, ela é feita de forma direta nos orifícios que ficam sobre o monte de terra, colocando uma mangueira de escape e aguardando o retorno da fumaça produzida pela pulverização (FORTTI & PRETTO, no prelo). Essa tática apresenta eficiência no combate de ninhos grandes e em áreas grande de reflorestamento onde a utilização de iscas não é cabível do ponto vista econômico (BOARETTO, 1997).
Controle Biológico
Trata-se da regulação do número de animais e plantas pelos inimigos naturais e agentes bióticos de mortalidade. Ela envolve o mecanismo da densidade recíproca, onde uma população é regulada por outra população, resultando assim, na regulamentação do crescimento populacional e mantendo o controle da natureza.
Ele pode ser interpretado como um campo de estudo interdisciplinar envolvendo diversas áreas como ecologia, fisiologia, genética e biossistemática; como um fenômeno natural, uma vez que quase todas as espécies de insetos possuem inimigos naturais; ou até mesmo como uma alternativa no controle de pragas através de parasitoides, predadores e patógenos. Dessa forma, o controle biológico trata-se de um componente estratégico para o manejo de pragas (BUENO, 2016)
Desta forma, não é recomendado o controle líquido pelo método químico, uma vez que este não apresenta resultados satisfatórios no controle de formigas cortadeiras.
Referências
ALVES, H. E. F. ; GODOY, L. J. G. ; PINOTTI, B. É. ;MANJI, M. ; MARQUES, D. A.; SAKATA, SILVIA. Desenvolvimento inicial de mudas de eucalipto submetidas a doses de fertilizantes fosfatados. Em FertBio 2012, 2012 Maceió/AL. Anais da FertBio, 2012, 2012.
ANJOS, N.; MOREIRA, D.D.O.; DELLA LUCIA, T.M.C. Manejo integrado de formigas cortadeiras em reflorestamentos. In: DELLA LUCIA, T.M.C. (Ed.). As formigas cortadeiras. Ed. Folha de Viçosa, p.212-241, 1993.
BOARETTO, M. A. C.; FORTI, L. C. Perspectivas no controle de formigas cortadeiras. Série técnica IPEF, v. 11, n. 30, p. 31-46, 1997.
BUENO, V. H. P; et al. CONTROLE BIOLÓGICO E MANEJO DE PRAGAS NA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL. Departamento de Entomologia. Universidade Federal de Lavras. Disponível em: < http://www.den.ufla.br/attachments/article/75/ApostilaCB%20(final).pdf > Acessado em 11/03/2016
FORTI, L.C. & PRETTO, D.R. Controle químico de formigas cortadeiras: passado, presente e futuro. In: FOWLER, H.G.; FORTI, L.C. (Eds.). Formigas praga. Editora da UNESP (no prelo).
KRÜGUER, Leandro Rodeghiero. Ocorrência de formigas cortadeiras em áreas florestadas com Eucalyptus spp. Nas regiões sul e campanha do Rio Grande do Sul e estudo do controle com iscas das espécies predominantes / Leandro Rodeghiero Krüguer – Pelotas, 2008
LARANJEIRO, A.J. Manejo integrado de formigas cortadeiras na Aracruz Celulose. In: Curso de Atualiza- ção no controle de formigas cortadeiras, 3, 1994, Piracicaba, SP. Piracicaba: IPEF, p. 28-33, 1994.
LOECK, A. E.; GRUTZMACHER, D.; DOUGLAS, D. OCORRÊNCIA DE FORMIGAS CORTADEIRAS DO GÊNERO Acromyrmex NAS PRINCIPAIS REGIÕES AGROPECUÁRIAS DO RIO GRANDE DO SUL. Revista Brasileira Agrociência, v.9, n.2, p. 129-133, 2003. 
QUEIROZ, D. L. Pragas exóticas e potenciais a eucaliptocultura no Brasil. In: Manejo fitossanitário de cultivos agroenergéticos. Brasilia, 2009. Anais... Sociedade Brasileira de Fitopatologia, Cap. 20, p. 239-249. Brasília, 2009.
SOUZA, CÁSSIA RIBEIRO. PERSPECTIVAS DE UTILIZAÇÃO DO FUNGO ENTOMOPATOGÊNICO. 2012. 
ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; SANTOS, A.; SOUZA-SILVA, A.; GODOY, M. S. Manejo integrado de formigas cortadeiras. Lavras: UFLA, 2002. 16 p.

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