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TRABALHO DE DIREITO - PRINCÍPIOS DO CDC

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PRINCÍPIOS DO CDC
RESUMO
O Código de Proteção e Defesa do Consumidor foi editado segundo os Princípios de um Estado Democrático de Direito aliado à Dignidade da Pessoa Humana. Para tanto, o artigo 5º, inciso XXXII, da Carta Magna, reza que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor, como meio de garantia aos direitos à vida, liberdade, segurança e propriedade, os quais têm ligação direta com o consumo.
A Carta Magna, em seu artigo 170, inciso V, prevê a defesa do consumidor como um dos princípios gerais da atividade econômica, visto que o consumidor é um dos responsáveis pelo desenvolvimento econômico de um país.
Para a implementação da defesa do consumidor mister se faz a criação de um conjunto de normas para regê-la. Destarte, o artigo 4º do Código de Defesa do Consumidor trata acerca da Política Nacional das Relações de Consumo, com vistas a atender às necessidades dos consumidores, respeitando a saúde, dignidade, segurança, proteção dos interesses econômicos, melhoria da qualidade de vida, visando a transparência e harmonia das relações de consumo.
Para tanto a Política Nacional das Relações de Consumo foi pautada em princípios, os quais visam preencher as lacunas existentes na constante busca pelo equilíbrio nas relações consumeristas, a saber.
Palavras-chave: Consumidor; Fornecedor; Relação de Consumo, Princípios, Contratos; 
ABSTRACT
The Consumer Protection and Defense Code was edited according to the principles of a democratic state together with the Human Dignity. Therefore, Article 5, paragraph XXXII, of the Constitution, states that the State shall provide, as required by law, consumer protection as a means to guarantee the rights to life, liberty, security and property, which have direct connection to consumption.
The Charter, in article 170, section V provides consumer protection as one of the general principles of economic activity, since the consumer is the one responsible for the economic development of a country.
For the implementation of consumer protection mister is done to create a set of rules to rule it. Thus, Article 4 of the Consumer Protection Code is on the National Policy for Consumer Affairs, in order to meet the needs of consumers, respecting the health, dignity, security, protection of economic interests, improving the quality of life, aiming transparency and harmony in consumer relations.
Therefore the National Policy for Consumer Relations was based on principles, which aim to fill the gaps in the constant search for balance in consumeristas relations, namely.
Keywords: Consumer: Supplier, Consumption Ratio, principles, contracts.
1 INTRODUÇÃO
	Para que se posa ter um entendimento mais claro sobre como se dá a proteção da figura do consumidor dentro de uma relação de consumo, importante se faz a exposição acerca dos princípios que regem o instituto jurídico em questão (relação de consumo). Dessa maneira, nas seções que se seguem serão abordados os mais importantes princípios jurídicos a serem obtidos através de uma detita análise do sistema em que se insere o Código de Defesa do Consumidor.
2. Princípio da Vulnerabilidade do consumidor
2.1. VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR PESSOA FÍSICA
A vulnerabilidade é uma condição inerente ao consumidor, ou seja, todo consumidor é considerado vulnerável, pois é a parte frágil da relação de consumo. A vulnerabilidade do consumidor pessoa física é presumida.
Artigo relacionado: art. 4º, inciso I, do CDC.
2.2. VULNERABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA
A vulnerabilidade da pessoa jurídica deverá ser demonstrada no caso concreto. Assim, à luz da jurisprudência do STJ, em determinadas hipóteses, a pessoa jurídica adquirente de um produto ou serviço pode ser equiparada à condição de consumidora por apresentar frente ao fornecedor alguma vulnerabilidade, que constitui o princípio-motor da política nacional das relações de consumo (premissa expressamente fixada no art. 4º, I, do CDC, que legitima toda a proteção conferida ao consumidor).
 A vulnerabilidade do consumidor pessoa física é presumida pela lei, a da pessoa jurídica deve ser demonstrada no caso concreto.
A vulnerabilidade, princípio previsto no Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 4º, I, representa o fato de o consumidor estar submetido aos meios de produção do fornecedor tornando-o suscetível às suas práticas comerciais, ou seja, oferta de produtos, publicidade, fornecimento de bens, entre outras.
Diferentemente da hipossuficiência, a vulnerabilidade é uma presunção absoluta, ou seja, é uma presunção iure et de iure considerando todos os consumidores como vulneráveis sujeitos às práticas dos fornecedores. Não sendo suscetível de ser afastada mediante a produção de prova em contrário.
Dessa forma, o Código de Defesa do Consumidor privilegia a igualdade material e não meramente a igualdade formal, ou seja, o que se busca é atingir a igualdade de relação no caso concreto e não apenas de maneira formal, presente apenas em textos de lei. Assim, trata-se os desiguais de forma desigual, a fim de possibilitar maior igualdade entre eles.
3. Transparência
O CDC exige transparência dos atores do consumo, impondo às partes o dever de lealdade recíproca a ser concretizada antes, durante e depois da relação contratual. Frisa a lei que as cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser regidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
Artigos relacionados: art. 4º e art. 54, §4º, do CDC.
 A Política Nacional das Relações de Consumo busca, dentre outros objetivos, assegurar a transparência nestas relações (art. 4º). Conduta transparente é conduta não ardilosa, conduta que não esconde, atrás do aparente, propósitos pouco louváveis. O CDC, prestigiando a boa-fé, exige transparência dos atores do consumo, impondo às partes o dever de lealdade recíproca, a ser concretizada antes, durante e depois da relação contratual.
São inúmeros os desdobramentos concretos do princípio da transparência. Apenas para exemplificar, diga-se que o titular do cartão de crédito, indepen- dentemente do recebimento das faturas mensais, pode acionar judicialmente a administradora de cartão de crédito, objetivando receber a prestação de contas dos encargos que lhe são cobrados. (STJ, REsp. 457.055, Rel. Min. Jorge Scartezzini, 4ª T., j. 14/11/06, DJ 11/12/06).
O STJ recentemente reconheceu que “o direito à informação, abrigado expres- samente pelo art. 5º, XIV, da Constituição Federal, é uma das formas de expressão concreta do Princípio da Transparência, sendo também corolário do Princípio da Boa-fé Objetiva e do Princípio da Confiança, todos abraçados pelo CDC” (STJ, REsp 586.316, Rel. Min. Herman Benjamin, 2a T., DJ 19/03/09).
 
A transparência veda, entre outras condutas, que o fornecedor se valha de cláusulas dúbias ou contraditórias para excluir direitos do consumidor. As seguradoras de veículos, por exemplo, reiteradamente tentavam se eximir do pagamento das indenizações alegando que os danos pessoais, previstos nos contratos, não compreenderiam os danos morais. A jurisprudência do STJ, porém, nunca aceitou tal tese. Recentemente a matéria foi sumulada: “O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão”. (STJ, Súmula 402). Além do mais, não podemos esquecer que “as cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor” (CDC, art. 47). 
4. Informação 
É dever do fornecedor nas relações de consumo manter o consumidor informado permanentemente e de forma adequada sobre todos os aspectos da relação contratual. O direito à informação visa assegurar ao consumidor uma escolha consciente, permitindo que suas expectativas em relação ao produto ou serviço sejam de fato atingidas, manifestando o que vem sendo denominado de consentimento informado ou vontade qualificada.
Artigos relacionados: art. 6º, inciso III; art. 8º; art. 9º e art. 31, do CDC.
EMENTA:
 Coma imposição do dever de informação e transparência, o CDC inaugurou nova regra de conduta no mercado, invertendo a ultrapassada ideia do caveat emptor, - segundo a qual era dever do consumidor buscar todas as informações sobre o produto ou serviço -, para a regra do caveat vendictor, - que preconiza exatamente o oposto, a dizer, compete ao fornecedor informar todos os aspectos relevantes do produto.
A informação é fundamental no sistema de consumo. Informação falha ou defeituosa gera responsabilidade. A omissão de informação pode caracterizar publicidade enganosa. É dever do fornecedor fazer chegar ao consumidor, de forma simples e acessível, as informações relevantes relativas ao produto ou serviço. Desse modo, o “Código de Defesa do Consumidor assegura, expressamente, ao consumidor o direito à informação correta, clara e precisa do preço dos produtos, inclusive para os casos de pagamento via cartão de crédito” (STJ, REsp. 81.269, Rel. Min. Castro Filho, 2ª T., p. 25/06/01).
Mais recentemente tal orientação foi reafirmada: “Não é razoável que se exclua do conceito de ‘serviço adequado’ o fornecimento de informações suficientes à satisfatória compreensão dos valores cobrados na conta telefônica. Consectário lógico da consagração do direito do consumidor à informação precisa, clara e detalhada é a impossibilidade de condicioná-lo à prestação de qualquer encargo. O fornecimento da fatura há de ser, portanto, gratuito” (STJ, REsp. 684.712, Rel. Min. José Delgado, 1ª T., j. 07/11/06, DJ 23/11/06).
Estabelece o CDC que o consumidor tem direito “a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem” (CDC, art. 6º, III). Na mesma linha, o art. 8º – cuidando dos produtos e serviços colocados no mercado de consumo – 
Obriga “os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito”. Por exemplo, a discriminação, na fatura de serviços telefônicos, das ligações além da franquia, quando solicitada pelo consumidor, é atualmente obrigatória (STJ, REsp 103.62.84, Rel. Min. Teori Zavascki, 1a T., DJ 17/04/08).
5. Princípio da segurança
O consumidor tem o direito básico à proteção de sua vida e de sua saúde. Assim, o fornecedor não pode colocar no mercado produtos ou serviços que possam oferecer riscos ao consumidor. Os riscos devem ser claramente advertidos, inclusive, com orientações seguras de como minimizá-los.
Artigos relacionados: art. 6º, inciso I; art. 8º; art. 10 e art. 12, §1º, do CDC.
Este princípio caracteriza-se pelo desenvolvimento da atividade sem pôr em risco a integridade física e emocional de quem quer que seja, usuários e não usuários.
Não há que se falar em segurança absoluta, na acepção da eliminação de todo e qualquer risco, em virtude da inviabilidade de subordinar a ocorrência dos eventos futuros a esquemas cognoscitivos e a vontade humana.
Logo, não se pode qualificar um serviço como inadequado simplesmente por ter-se verificado ocasional ofensa à integridade física ou emocional de usuários.
Segurança significa, no caso, a adoção das técnicas conhecidas e de todas as providências necessárias a minimizar os riscos de danos, ainda que assumindo ser isso insuficiente para impedir totalmente sua concretização.
A questão da segurança envolve uma relação de custo-benefício, onde se consideram as vantagens e as desvantagens das providências destinadas à redução dos riscos. Mas os resultados seriam extremamente perversos, se fosse viável tomar apenas os fatores econômicos.
A dignidade da pessoa humana é incompatível com avaliações de natureza meramente econômica. Não se compatibiliza com a Constituição promover avaliação econômica da vida humana, dos atributos do homem ou de sua personalidade.
Portanto, quando se alude à relação custo-benefício, indica-se uma relação cujo objeto é o interesse público. Se estiverem em jogo apenas interesses econômicos, a relação custo-benefício pode-se levar em conta, exclusivamente, fatores econômicos. Mas, quando o risco envolver a dignidade do ser humano, os argumentos de custo econômico devem ser ponderados em face à amplitude do problema.
Esta construção se entranha no desenvolvimento social e econômico. O subdesenvolvimento provoca menosprezo à vida e à dignidade humanas. A viabilidade da existência do serviço acaba por superar a relevância de sua adequação. Ainda quando a pobreza e a ausência de disponibilidade de recursos técnicos impossibilitem providências mais sofisticadas acerca da segurança, isso não significa liberação do prestador do serviço de cautelas dessa ordem. Como se afirmou, todas as cautelas e providências possíveis, em face das circunstâncias, devem ser adotadas.
6. Reparação objetiva: 
A responsabilidade civil por danos causados a consumidor é objetiva, isto é, independe do elemento culpa. Basta que a vítima prove o dano sofrido e o nexo causal. Estatui, nessa linha, o art. 14 do CDC: “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.
Artigos relacionados: art. 12 e art. 14, do CDC.
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J. F. Bíblia Sagrada: o antigo e novo testamento. São Paulo: Simplificada, 1990.
ARLET, M. Depressão na aproximação da terceira idade: medo da morte. Disponível em: <http://www.redepsi.com.br/portal/modules>. Acessado em 08 de Dez de 2009.
GUIMARÃES, F. Psicologia da terceira idade: principais problemas dos idosos. Disponível em: <http://www.psicologiadaterceiraidade/>. Acessado em 08 de Dez de 2009.
JUNG, C. G. Psicologia e religião. Rio de Janeiro: Vozes, 1979.
LIMA, J. B. Espiritualidade na terceira idade: a importância. Disponível em: <http://www.pastoraldapessoaidosa.org.br/modules/>. Acessado em 08 de Dez de 2009.
ABAIXO O EXEMPLO DE PAPER, LEMBRANDO QUE O PAPER QUE ESTÁ COMO EXEMPLO POSSUI OUTRO TEMA DO PEDIDO NA MATÉRIA DE BIBLIOLOGIA, ESTE ABAIXO APENAS PARA EXEMPLO DE ESTRUTURA.
A RELIGIOSIDADE NA TERCEIRA IDADE
Carlos Eduardo Mendonça Rinaldi
Prof. Nooo nojoo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Teologia (TEO 0071)- Psicologia da Religião
18/02/09
RESUMO
A religiosidade na terceira idade. A pessoa humana é uma totalidade, envolvendo diversas dimensões: a biológica, a psíquica a social, a espiritual. E faz parte da missão evangelizadora da Igreja zelar para que todas essas dimensões sejam adequadamente desenvolvidas. Dessa forma, o processo de envelhecimento suscita não só problemas médicos e sociais, mas também religiosos e espirituais, já que o ser humano, dotado de liberdade, é capaz de se relacionar com o Absoluto. Sem essa referência a transcendente, a realidade humana aparece mutilada. Veremos através deste Paper situações que envolvem a religiosidade na terceira idade.
Palavras-chave: Terceira Idade; Religiosidade; Pessoa Humana.
1 INTRODUÇÃO
	Considerando o direito que têm todas as pessoas de viver com suas próprias crenças religiosas e de não ser impedidas no exercício do culto, inclua-se, dentro do conjunto de serviços que se brindam aos anciãos, a assistência espiritual conforme sua religião. Daí a necessidade de respeito à religiosidade das pessoas da terceira idade por parte de quem trabalha com elas. Isso não significa, como se poderia crer, aproveitar da eventual fraqueza mental ou física do ancião para lhe impor uma religião, a qual seria, nesse caso, assumida mais por temor do que por amor.
	
	Respeitar e cultivar a religiosidade do idoso é ajudá-lo a descobrir os valores humano-religiosos de sua idade e a viver esse tempo de sua existência na serenidade e na paz que só Deus sabe dar. É ajudá-lo adescobrir que mesmo os sofrimentos podem ser ocasião de crescimento interior, tanto para o que sofre quanto para os outros. É interessante notar como as pessoas de meia-idade vi vem um processo religioso em que o ego abandona ou relaxa algumas de suas defesas, permitindo que a presença benevolente e misericordiosa de Deus penetre em seu ser, em meio a alegrias e sofrimentos.
	A velhice poder ser, e pode ser de forma característica, um tempo de colher frutos, um tempo de madureza e serenidade conquistadas talvez a duras penas, um tempo de experiência multiplicada, chama da verdadeira sabedoria, desenvolvendo assim sua religiosidade.
2 PSICOLOGIA E A RELIGIÃO NA TERCEIRA IDADE
	O homem moderno sente, cada vez mais, falta de apoio nas confissões religiosas tradicionais. Reina atualmente uma grande incerteza no tocante a assuntos religiosos. A nova perspectiva desenvolvida por Jung (1978, p. 3) permite-o suma compreensão mais profunda dos valores tradicionais e confere um novo sentido às formas cristalizadas e esclerosadas.
	As confissões de fé são formas codificadas e dogmatizadas de experiências religiosas originárias. Os conteúdos da experiência foram sacralizados e, via de regra, enrijeceram dentro de uma construção mental inflexível e, freqüentemente, complexa. O exercício e a repetição da experiência original, segundo Jung (1978, p. 5) transformaram-se emérito e em instituição imutável, isto não significa necessariamente que se trata de uma petrificação sem vida, pelo contrário, ela pode representar uma forma de experiência religiosa para inúmeras pessoas, durante séculos, sem que haja necessidade de modificá-la.
	O protestantismo, que derrubou alguns dos muros cuidadosamente erigidos pela Igreja, não tardou a sentir os efeitos destruidores e cismáticos da revelação individual, segundo Jung (1978, p. 8). Quando caiu a barreira dogmática e o rito perdeu a autoridade de sua eficácia, o homem precisou confrontar uma experiência interior sem o amparo e o guia de um dogma e de um culto, que são a quintessência incomparável da experiência religiosa, tanto cristã como paga. Segundo Jung (1978, p. 8) protestantismo perdeu, quanto ao essencial, todos os matizes mais sutis do cristianismo tradicional: a missa, a confissão, grande parte da liturgia e a função do sacerdote como representante hierárquico de Deus. Devo advertir que esta última afirmação não constitui um julgamento de valor, e nem pretende sê-lo. Restrinjo-me a assinalar fatos. Em compensação, porém, com a perda da autoridade da Igreja, o protestantismo reforçou a autoridade da Bíblia.
	A Igreja compreende a vida de Cristo, por um lado, como um mistério histórico, e por outro, como um mistério permanente, o que se torna especialmente claro na doutrina do sacrifício; sendo a procura pelo homem de se desenvolver como um ser racional e religioso faz as relações entre os seres humanos por vezes catastróficos. Entendendo assim a busca na terceira idade por uma religiosidade que nunca antes havia sido estabelecida.
	Segundo Jung (1978, p. 9):
“A vida de Cristo não constitui exceção, porque não são poucas grandes figuras históricas que realizaram, de modo mais ou menos perceptível, o arquétipo da vida heróica, com suas peripécias características. Mas o homem comum também vive inconscientemente as formas arquetípicas; no entanto, devido à ignorância generalizada em matéria de psicologia, não as reconhece”.
Em última análise todos os acontecimentos psíquicos se fundam no arquétipo e se acham de tal modo entrelaçados que é necessário um esforço crítico considerável para distinguir com segurança o singular do tipo, isto é, a Psicologia da Religião. Disso resulta que toda vida individual é, ao mesmo tempo, a vida do da espécie. O individual é sempre histórico, por se achar rigorosamente vinculado ao tempo.
3 TERCEIRA IDADE E A RELIGIOSIDADE
 Com a chegada da idade e do medo da aproximação da morte, as pessoas idosas que freqüentam igrejas encontram nestas um certo conforto, se elas tiverem um compromisso pessoal com o seu Deus durante suas vidas, segundo estudo realizado na Universidade da Flórida.
 Porém, falar sobre religião para confortar pessoas que não acreditam profundamente no seu Deus, mesmo indo à igreja, pode aumentar o medo da morte e o medo da dúvida quanto ao quê virá depois ? O que acontecerá? O que vai ser de min? Como será meu futuro?
 O estudo abordou 103 idosos saudáveis e outros 19 pacientes de um hospital psiquiátrico, todos com mais de sessenta anos, e descobriram diferenças importantes entre pessoas que são externamente religiosas e internamente religiosas, pessoas que desenvolvem sua religiosidade, com os estudos em relação a esses idosos que foram pesquisados, segundo Ardelt (2008, p 3).
 Aqueles com uma religiosidade interna dedicaram a sua vida à algum Deus, e relataram ter menos medo da morte em relação aos idosos com a religiosidade externa, que são aqueles que usam a religião para fins externos, como para fazer amigos ou aumentar os contatos sociais, em uma forma de socialização, novos desafios na amizade, formação de um novo caráter.
 Segundo Monika Ardelt (2008, p. 4), socióloga líder da pesquisa, afirma que podemos chegar à conclusão de que se você não consegue se envolver, ou estabelecer compromissos internos com algum Deus, é melhor não ser religioso do que ter uma religião pelas razões equivocadas.
 Muitas vezes encontramos pessoas com deficiências que tiram de letra e por outras vezes alguns idosos começam até algumas limitações e deprimem de forma impressionante. O idoso, segundo Guimarães (2008, p.2) não quer que fiquem apontando as limitações dele, ele sabe. Ex: não fazer uma carne dura e se oferecer pra cortar, o melhor seria fazer uma carne moída.
 A grande máxima é deixar o idoso pedir ajuda. Temos que ter cuidado com o nosso preconceito de tentar poupar o idoso, ele mesmo sabe quando deve se poupar. Nesta situação ocorre muitas vezes a demonstração da religiosidade. Nem todo idoso que procura ajuda médica, segundo Guimarães (2008, p.3) reclamando de solidão tem problema de depressão, e a religião pode desenvolver essa ajuda espiritual de auto-estima. 
O homem é um ser social, físico, psicológico e espiritual. Portanto, para viver mais e melhor é preciso estar inserido no contexto social, desfrutar de saúde (física e mental) e principalmente estar em conexão direta com Deus. Segundo Lima (2008, p. 1), a pessoa idosa exercita muito sua espiritualidade, segundo o já consagrado trabalho “Tudo Bem, Graças a Deus”. Religiosidade e Satisfação na Maturidade e na Velhice (Goldstein L.L. e Neri A.L.), o qual aponta como sendo na igreja que as pessoas idosas se sentem mais amadas, é na igreja que afetivamente a pessoa idosa se encontra, é através da oração que ela mantém um diálogo amistoso com o Pai, isto é, com Deus.
Lima (2008, p 1) aponta que essa real participação das pessoas idosas na dinâmica social e até eclesial permite um intercâmbio e enriquece a ação pessoal e até pastoral.
Na terceira idade as preocupações materiais ficam em segundo plano, há na bíblia uma passagem que diz: "Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, Vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isto. Busquem em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo". Livro de Mateus, capítulo 6 (seis), versos 31 (trinta e um) ao 33 (trinta e três), segundo Almeida (1990, p. 836).
É na terceira idade que mais se valoriza os dons espirituais, que os fortalecem e os enriquecem, deixando para segundo plano o que para eles de alguma forma se tornaram menos importante, as coisas materiais. Segundo a história os anciãos eram respeitados como profetas, sábios e doutores da lei. Porque sempre se acreditou que é na prudência dos mais velhos que reside a valorizaçãoo bom senso e o discernimento da razão.
Segundo Lima (2008, p. 2), a religiosidade na terceira idade dá o tom de uma velhice tranqüila e saudável, porque é através da fé que acreditamos na valorização do nosso ser, é através da fé que irradiamos alegria pelo dom da vida, é igualmente pela fé que garantimos vida aos anos.
4 CONCLUSÃO
E o ser humano está sempre à procura de algo, em busca de alguém para amar, de um emprego, de uma profissão, de coisas para fazer, algo que torne suas vidas significativas, plenas e completas. Não nascemos com um elemento único nos genes que nos determinam a nos tornarem seres humanos completos, precisamos de outros elementos que mesclam com nossa vida biológica. Elementos estes que construímos ao longo da vida. A vida é um grande exercício de busca de sentidos. Do nascimento até a morte, vivemos um contínuo de transformações. 
 O ser humano é um ser de participação, um ser coletivo, social e histórico. Dessa forma, o ser humano é um ser de cuidado, ou seja, sua essência se encontra no cuidado. No cuidado da própria vida, com as coisas no mundo, com o habitat, com as outras pessoas, cada um a seu grau e singularidade. Está presente no ser humano a vocação para a transcendência, porque somos seres capazes de realizar a reflexividade, fazer questionamentos, capazes de aprender e ir além desse aprendizado. Talvez seja por isso que existem épocas de maior sensibilidade para a espiritualidade, para compartilhar seu cuidado. E a busca de sentido na vida está na transcendência, na dimensão espiritual, em algo que vai além da sua consciência, além daquilo que imagina. 
 Seja seguindo o caminho da fé pela religião ou por alguma experiência que lhe fez superar limites, exercite sua espiritualidade sempre. A espiritualidade revela à liberdade, a essência da busca de significados, a grandiosidade do homem e de sua dramaticidade. O que distingue o ser humano de outras espécies animais é porque somos criativos, simbólicos e sonhadores e a explicação para tudo isso é de difícil resposta, quase que inimaginável seria tal questão. 
 O sentido que damos à nossa vida é fruto de nossas decisões, de nossas escolhas.
 O exercício da espiritualidade através da fé da religião ou pelas experiências fará bem para todos aqueles que escolherem suas crenças de acordo com seus princípios e convicções. Não podemos escravizar os outros aos nossos pontos de vista. Cada um acredita naquilo que é verdade, de acordo com seu entendimento para si, na sua realidade pessoal de acreditar nas coisas.
 Entretanto, medite por algumas horas, a meditação lhe traz paz interior. Escute e cante música, ela pacifica o coração. Podemos aprender com as experiências de outras pessoas, mas não podemos viver das experiências que são dos outros. Cuide da sua dimensão espiritual. Na terceira idade, devemos procurar em nós, a razão de sermos, vivermos a religiosidade como fonte de vida, e vida em abundância.
5 REFERÊNCIAS
ÁVILA, Humberto. Teoria dos Princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 3.ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 22.ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
DANTAS JÚNIOR, Aldemiro Rezende. Teoria dos Atos Próprios no Princípio da Boa-fé. Curitiba: Juruá, 2008.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Lineamentos acerca da interpretação do negócio jurídico. Revista de Direito Privado, n. 31, jul-set. 2007, p.08-30.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Parte geral. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da; PEREIRA, Daniel Queiroz. Função social do Contrato. In: GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da (coord.). Função social do Direito Civil. São Paulo: Atlas, 2007, p.68-89.
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 19.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988. 12.ed. São Paulo: Malheiros, 2007.
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes; TARTUCE, Flávio. O princípio da autonomia privada e o direito contratual brasileiro. In: HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes; TARTUCE, Flávio (coord.). Direito Contratual: Temas atuais. São Paulo: Método, 2007.
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______. Constitucionalização do Direito Civil. Disponível em: <www.jus.com.br>. Acesso em: 03 nov. 2008b.
MARQUES, Claudia Lima. Violação do dever de boa-fé de informar corretamente [...]. Revista dos Tribunais, Ano 94, v. 835, 2005.
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