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DIREITO PROCESSUAL PENAL Nulidades e Recursos www.direitoesquematizado.com “O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 2 DIREITO PROCESSUAL PENAL III PLANO DE ENSINO Nulidades – Art. 563 a 573 CPP Espécies de nulidades: Absolutas e Relativas Atos Processuais Viciados: a) Inexistente; b) Irregulares; c) Nulos Nulidades em espécie: Art. 564 CPP Teoria Geral dos Recursos: Recursos em espécie: Recurso em sentido estrito (RESE) Apelação Protesto por novo Júri Embargos de Declaração Revisão Criminal Carta Testemunhável Embargos infringentes Recurso Ordinário Constitucional Recurso Especial Mandado de Segurança em Matéria Penal Recurso Extraordinário Habeas Corpus NÃO SE ESQUEÇA DE ESTAR COM O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL EM MÃOS 3 Nulidades – Art. 563 a 573 CPP Os atos processuais são realizados por aqueles que intervêm no processo: Partes, Juiz, Peritos, Policiais, etc Os Atos processuais devem realizar-se em consonância com a Lei, ou serão passíveis de nulidade Ex: Audiência que o réu não compareceu para o interrogatório, depois da audiência é juntado um atestado que ele estava gravemente doente. Desta forma, a justificativa de ausência será declarada nula e o interrogatório poderá ser feito a qualquer tempo OBS.: Caso não haja o comparecimento do réu e nem uma justificativa, a inexistência do interrogatório poderá comprometer todo o processo e o réu estará frito! Conceito de Nulidade: É a sanção aplicável ao ato processual ou ao processo se realizado com a inobservância da forma devida Natureza Jurídica: Para maioria dos autores é vício ou defeito, constituindo-se numa imperfeição que forma o ato ou o processo ineficaz. Para alguns autores é uma sanção que considera o ato ou processo irregular como não realizado Princípios norteadores das nulidades Esses princípios têm caído bastante em concursos e provas da OAB: Princípio do Prejuízo ou Princípio “pas de nullité sans grief” – Art. 563 CPP Não existe nulidade, desde que o ato, ainda que realizado sem obediência da forma, NÃO resulte em prejuízo para uma das partes. Ex.: Art. 564, incs. I e II Princípio da Tipicidade das Formas O CPP prevê como deve ser praticado os atos processuais e sua inobservância afronta a norma processual – Art. 564, IV CPP Princípio da Instrumentalidade Se o processo ou o ato, mesmo contendo defeito acidental atingir seus fins sem prejuízo para as partes, a nulidade não será aplicada – Art. 566 e 572, II CPP Princípio da Permanência da Eficácia dos Atos Processuais O ato processual produz efeitos até que outro ato o declare inválido – Art. 573 e parágrafos CPP Princípio da Restrição Processual à Decretação da Invalidade Só poderá ser decretada a invalidade, se a norma processual tiver previsto instrumento para decretá-la, no momento que a Lei permitir Princípio da Alegação Adequada Não sendo nulidade absoluta, sua arguição depende da vontade e manifestação das partes, devendo ser alegada na primeira oportunidade, sob pena de preclusão Princípio da Conservação (ou Nulidade Derivada) Quando a nulidade é aplicada, só alcançará o ato inválido e os que dele decorrerem ou dependam como efeito, permanecendo os demais atos – Art. 573, §1 CPP. Ex.: Nulidade dos atos do júri pelas respostas erradas dadas aos quesitos Princípios da Convalidação Se o ato anulável não for arguido no momento oportuno, pela preclusão ele é convalidado e permanece – Art. 572, incs. I, II e III CPP Princípio da Formação da Certeza Não se declara a nulidade do ato que não houver influído na apuração da verdade – Art. 566 CPP Princípio do Interesse Só a parte prejudicada pode arguir a nulidade – Art. 565 CPP Analisando melhor os Princípios: Se um determinado ato, sendo mal feito, traga prejuízo para alguma das partes, diante do princípio do prejuízo, a parte prejudicada poderá pedir a nulidade Se um determinado ato não seguir as formalidades, a parte prejudicada também poderá pedir a nulidade, diante do princípio da tipicidade das formas Assim que for declarada a nulidade, seja de um ato ou de um processo inteiro, tudo irá sumir e começará o ato/processo do início, segundo o princípio da permanência da eficácia dos atos processuais Nulidades não podem ser inventadas, só são possíveis as nulidades previstas no CPP, isso ocorre diante do princípio da restrição processual à decretação da invalidade Espécies de Nulidades ABSOLUTAS Art. 564, I a III, a, b, c, e, f, i, j, k, l, m, n, o e p As outras letras do artigo são nulidades relativas Não há preclusão – Podem ser arguidas a qualquer tempo, ainda que haja trânsito em julgado, obedecidas as regras dos arts 565 e 569 CPP Pode ser declarada em qualquer fase processual e a qualquer momento. Mesmo que ocorra o trânsito em julgado da sentença e seja arguida, por exemplo, a suspensão do Juiz, poderá ocorrer a nulidade por causa dessa suspensão Tanto o Juiz como as partes podem arguir RELATIVAS Art. 572, 568, 569 e 570 CPP Não são declaradas de oficio pelo Juiz, são arguidas pelas partes para o Juiz declarar a nulidade. Só pode arguir a nulidade a parte que está sendo prejudicada Assim que a parte verificar a nulidade, deve alegar, pois ocorre a preclusão. Sendo assim deve alegar na primeira oportunidade OBS.: SÓ CABE NULIDADE NO PROCESSO E NUNCA NO INQUÉRITO POLICIAL Sistemas de Nulidades FORMALISTA Rígido à formalidade. Toda violação a prescrição legal acarreta a inviabilidade dos atos processuais São as nulidades absolutas INSTRUMENTALISTA NÃO possui a rigidez do sistema formalista, dando valor à finalidade do ato e não sua forma São as nulidades relativas OBS.: O CPP adota os 2 Sistemas 5 Atos Processuais Viciados: São atos que fazem acontecer a nulidade INEXISTENTE Ato não realizado IRREGULARES Não corresponde à forma exigida em Lei NULOS Quando decretada a nulidade do ato pelo Juiz (ato imperfeito) Ato Inexistente Sua atipicidade o torna impotente para produzir consequências jurídicas, sem necessidade de provimento judicial para que se torne ineficaz (Ex.: Sentença sem a assinatura do Juiz competente) A inexistência pode ser Material ou Jurídica: Inexistência Material – O ato que não foi realizado, ele não existe. Ex.: Crime que deixou vestígio e não foi realizado o exame de corpo de delito (direto ou indireto) – Haverá nulidade (Art. 564, III, b CPP). Anulando-se o processo e não o exame, afinal, ele não foi feito Inexistência Jurídica – O ato foi realizado, mas desprovido de elementos essenciais de sua constituição. Ex.: Agente vivo e extinta a punibilidade por morte Ato Irregular É o ato que não gera prejuízo quando seu objetivo é atingido, portanto, não haverá nulidade. Em outras palavras, o ato foi praticado, mas não trouxe prejuízo, desta forma não será anulado Ex.: Apresentação de alegações finais por memoriais escritos no Procedimento Sumário Ato Nulo É o ato que produz efeitos enquanto não sofrer a sanção da ineficácia. Se possível, o ato nulo pode ser renovado ou retificado Ex.: Se o Juiz observa que o MP não interveio quando do depoimento da testemunha, anulará o ato e determinará renovação. O Juiz nota que no depoimento da testemunha o advogado estava presente, mas não assinou o termo, determinará que seja o ato retificado,colhendo apenas a assinatura faltante A Qualidade do Defeito determina o tipo de invalidade: Se a exigência é imposta pela Lei, em função do interesse público, a nulidade será ABSOLUTA Se a exigência descumprida é imposta pela Lei no interesse da parte, a nulidade será RELATIVA 6 Arguição de Nulidade Art. 571 CPP – No caso de nulidade relativa, ela deverá ser arguida na primeira oportunidade pela parte que verificar o prejuízo, sob pena de convalidação do ato (saneamento), especialmente se ele atinge a sua finalidade Desta forma, nesse artigo tem as oportunidades de arguição de nulidade relativa que deverão ser realizadas por aquele que está praticando o prejuízo Havendo prejuízo no caso de nulidade absoluta, esta pode ser arguida pelas partes a qualquer tempo, inclusive após trânsito em julgado da Sentença, através de habeas corpus ou revisão criminal, podendo ainda ser decretada de ofício pelo Juiz (Ex.: Se o Juiz das execuções verificar a possibilidade da nulidade absoluta, ele poderá arguir) Se o dano for para a acusação e a nulidade de convalidou-se, não será possível o conhecimento de ofício, se a própria acusação não arguiu a nulidade, pois, se assim fosse possível se daria a “reformatio in pejus” (Súmula 160 STF) Parte final do art. 563 CPP – Princípios do interesse: Art. 565, 1ª parte CPP – Causa à nulidade ou concorrência para que ocorra Art. 565, 2º parte CPP – Interesse da parte contrária Efeitos: Art. 573 CPP – Se a nulidade relativa NÃO estiver sanada, deve o Juiz determinar sua nulidade e corrigir (repetir) o ato Formas de Sanabilidade das Nulidades: Suprimento: Se o ato não tiver sido praticado ou contiver omissões Ratificação: Validam-se os atos que dependam de confirmação – Art. 568 CPP Retificação: Correção ou emenda de atos defeituosos Tratando-se de nulidade absoluta, alguns atos serão impossíveis de corrigir, acarretando a nulidade de todo o processo Art. 573, §1º e §2º CPP – NULIDADES DERIVADAS São nulos os atos concomitantes, posteriores ou mesmo anterior ao ato viciado. Abrange o princípio dos frutos envenenados. Ex.: Será nula toda a sessão do Júri, se houve vício nas respostas aos quesitos Há de se evitar a invalidação (nulidade) desnecessária do ato ou processo 7 Teoria Geral dos Recursos Recurso – Palavra de origem latina: “Recursus res”, que significa retrocesso É o pedido voluntário, previsto em Lei, destinado à obtenção da reforma de uma Decisão Judicial, encaminhando, em regra, a um Órgão Jurisdicional de grau imediatamente superior, dentro do mesmo processo Casos em que os Recursos não serão Voluntários: Art. 574 CPP – Recurso de Ofício: Anômalo ou Necessário Não corresponde necessariamente a Recurso, já que NÃO é proposto voluntariamente, mas de forma OBRIGATÓRIA pelo Juiz, nas situações descritas: Sentença que conceder Habeas Corpus Sentença que absolver o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411 CPP Procedimentos: Dada sua peculiaridade, NÃO se exige do Juiz que venha a arrazoar o Recurso de ofício, bem como não está sujeito à preclusão, pois o Tribunal deve conhecê-lo a qualquer tempo, podendo inclusive, avocá-lo OBS.: Art. 416 CPP – Da sentença de impronúncia ou de absolvição sumária o Juiz irá recorrer de ofício, porém, também cabe as partes apelar Art. 575 CPP – Responsabilidade do funcionário: Não há prejuízo para o réu Princípios dos Recursos Esses princípios são tão utilizados que são considerados características comuns a todos os Recursos: Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Não tem previsão expressa na CF, mas tem previsão implícita. O Pacto de São José da Costa Rica prevê de maneira expressa o duplo grau de Jurisdição Princípio da Proibição da Reformatio in pejus Direta – Em Recurso exclusivo da defesa não pode haver agravamento da situação do réu Indireta – Se em Recurso exclusivo da defesa o Tribunal anular o processo a nova Sentença não poderá agravar a situação do réu. Ex.: Júri que condena sem qualificadora, a defesa recorre e é diferido um novo plenário, sendo o réu condenado com a qualificadora, nesse caso não poderá acontecer isso, pois a nova sentença não pode agravar a situação do réu 8 Princípio da Fungibilidade Consiste na admissibilidade de um Recurso ao invés de outro, desde que preenchidos os pressupostos legais. Para cada situação há um recurso específico, devendo-se observar as seguintes condições para se admitir a fungibilidade: Que a troca não demostre erro grosseiro, ou seja, o Recurso não pode ser impertinente, pois não se poderá interpor recurso, quando escancaradamente, se admite outro. Ex.: Recuso de Apelação contra Decisão que rejeitou a denúncia (Hipótese prevista no art. 581, I CPP: Cabe RESE) Que não fique demonstrada má-fé – Ocorre quando a parte perde o prazo do Recurso cabível, e tenta interpor outro. Ex.: Embargos Infringentes (Art. 609, § único CPP (10 dias) ao invés da apelação – Art. 593 CPP (5 dias)) Princípio da Unicidade Existe um Recurso para cada situação de sucumbência Princípio da Sucumbência É o gravame imposto a quem perde a causa e, portanto, tem o interesse em recorrer Pressupostos dos Recursos em Geral São as exigências para propositura. Ex.: Cabimento, tempestividade, etc Pressupostos Objetivos: Cabimento: O Recurso deve estar previsto em Lei. Ex.: Inexiste no processo penal o agravo de instrumento Adequação: Para cada espécie de Decisão, caberá um Recurso. NÃO É ABSOLUTO, tendo em vista o Principio da Fungibilidade Tempestividade: O Recurso deve ser interposto no prazo legal Regularidade Procedimental: Observação das normas legais (formalidades) para interposição do Recurso Inexistência de Fato Impeditivo: Somente o MP NÃO pode renunciar ao Direito de recorrer. A renúncia deverá ser expressa. No caso do próprio MP se convencer da absolvição do réu, ele poderá NÃO recorrer, pois ele mesmo concorda com a Decisão Extintivo do Direito de Recorrer: Haverá desistência pela manifestação expressa de não prosseguir no Recurso interposto. O MP não poderá Haverá deserção quando não for realizado pagamento de custas processuais exigidas. No Estado de São Paulo será cabível conforme disposto no art. 4º, §9º, letra b da Lei Estadual 11.608/03 9 Efeitos: Devolutivo; Suspensivo; Extensivo (No caso de vários réus, se somente um apelar, todos serão beneficiados pelo recurso, porém, em caso de interesse pessoal no Recurso, somente o apelante será beneficiado) e Regressivo/Iterativo/Diferido (Possibilidade do Juiz de 1ª Instância voltar atrás em sua Decisão, esse efeito acontece somente no RESE. OBS.: É como uma retratação do Processo Civil) Juízo de Admissibilidade ou de Prelibação dos Recursos Faz a análise dos pressupostos objetivos e subjetivos (sucumbência e legitimidade) para recorrer. Se essa análise for positiva, o Recurso será conhecido, do contrário, o mesmo não será conhecido (sequer será apreciado) Juízo de Delibação É o conhecimento do mérito pelo Tribunal, quando o Recurso for admitido Efeitos dos Recursos DEVOLUTIVO – Comum a todos os Recursos. Consiste no exame de todo o processo pela Instância Superior, ou seja, significa que devolve ao Tribunal a apreciação da causa SUSPENSIVO – O Recurso funciona como condição suspensiva da eficácia da Decisão de Primeira Instância, que NÃO poderá ser executada até Decisão final (Trânsito em julgado) No silêncio da Lei, o Recurso NÃO tem efeito suspensivo. Ex.: a) A Apelação da Sentençaabsolutória não tem efeito suspensivo; b) O RESE da Sentença de pronúncia suspende a realização do Júri EXTENSIVO – No caso de concurso de agentes a interposição do Recurso por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, a todos irá se estender (Art. 580 CPP) REGRESSIVO/ITERATIVO/DIFERIDO – É o efeito que possibilita o juízo de retratação por parte do órgão recorrido, ou seja, o prolator da Sentença (Juiz) pode voltar atrás sobre sua Decisão. Neste caso o Juiz irá impronunciar o réu, absolver sumariamente ou desclassificar o delito OBS.: SÓ O RESE POSSUI ESSE EFEITO 10 Recursos em Espécies Formas de Interposição dos Recursos Recurso em Sentido Estrito - RESE Recurso mediante o qual se procede ao reexame de uma decisão nas matérias especificadas em Lei, possibilitando ao próprio Juiz recorrido uma nova apreciação da questão Cabimento – Art. 581 CPP - NÃO admite ampliação, ou seja, nessas hipóteses NÃO será admitida a aplicação da fungibilidade dos Recursos Inciso I – Somente da Sentença que rejeitar. Do recebimento NÃO cabe qualquer Recurso JECRIM: Cabe APELAÇÃO e não RESE Inciso II – Da Sentença que concluir pela competência NÃO cabe Recurso Inciso III – Exceções: Previstas no art. 95 do CPP. Se o Juiz rejeitar NÃO caberá Recurso Inciso IV – Impronúncia: O MP pode apelar, ou após provas novas, oferecer nova denúncia (A decisão de impronúncia NÃO transita em julgado) Inciso V – Nos casos de fiança Inciso VI – Revogado Inciso VII – Quebra da fiança: Art. 341 CPP Inciso VIII – Casos de extinção da punibilidade: Art. 107 CP Inciso IX – Indeferimento do pedido de extinção Processamento: Subirá nos próprios autos (Art. 583 CPP) Por instrumento (Art. 587 CPP) – Subirá dessa forma quando houver mais de um réu e um deles conformar com a Sentença, ou seja, um deles não quer o Recurso. Quando isso acontece, é tiradas cópias das peças principais e enviado para o Tribunal 1. Recurso em Sentido Estrito (RESE) Arts. 581 a 592 CPP 2. Apelação Arts. 593 a 603 CPP 3. Protesto por novo Júri REVOGADO pela Lei nº 11.689/08. Era descrito nos arts. 607 a 608 CPP 4. Embargos de Declaração Arts. 619 e 620 CPP 5. Revisão Criminal Arts. 621 a 631 CPP 6. Carta Testemunhável Arts. 639 a 646 CPP 7. Embargos Infringentes Art 609, §único CPP 8. Recurso Ordinário Constitucional Arts. 102, inc. II, Art. 105, inc. II da CF 9. Recurso Especial Art. 105, inc. III da CF 10. Mandado de Segurança em Matéria Penal Art. 5º, inc. LXIX da CF 11. Recurso Extraordinário Art. 102, inc. III da CF 12. Habeas Corpus Arts. 647 a 667 CPP 11 Prazo: São de 5 DIAS a partir da intimação da Sentença Razões do Recurso: Art. 588 CPP (2 dias), nas razões que expõe o que quer que o Tribunal reforme, caso não haja razões, o Tribunal decidirá o que deve ser reformado OBS¹.: Se as duas partes recorrem a decisão pode ser reformada para melhor, ser mantida ou piorar, se só a defesa recorre a decisão pode ser melhorada ou mantida, se só a acusação recorrer a decisão só poderá ser mantida – Entendimento do Tribunal OBS².: A parte tem 5 dias para recorrer, assim que recorre, ela tem 2 dias para mostrar as razões, porém ... MUITO CUIDADO!!!, isso NÃO quer dizer que tem 7 dias, porque a partir do momento que recorre, o prazo é SOMENTE de 2 dias para apresentar as razões. Da mesma forma será as contra razões, sendo 2 dias de quando intimado das razões Efeitos: Devolutivo; Regressivo (Art. 589 CPP) e Suspensivo nos casos elencados no art. 584 CPP OBS³.: Assim que receber as razões e contra razões (se tiver), ele terá 2 dias para manter a decisão ou “voltar atrás”, aplicando o efeito regressivo Apelação São apeláveis as Decisões do Juiz singular, exceto se couber RESE As formas de cabimento estão previstas no art. 593 CPP: 1) Sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por Juiz singular 2) Decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por Juiz singular nos casos NÃO previstos no Capítulo anterior 3) Decisões do Tribunal do Júri quando: a. Ocorrer nulidade posterior à pronúncia b. For a Sentença do Juiz-Presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados c. Houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança d. For a Decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos Parágrafos do art. 593 CPP: Se a Sentença do Juiz-Presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o Tribunal ad quem fará a devida retificação Interposta a apelação com fundamento no III, c, deste artigo, o Tribunal ad quem, se lhe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança Se a apelação se fundar no III, d, deste artigo, e o Tribunal ad quem se convencer de que a Decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar lhe á provimento para sujeitar o réu a novo Julgamento; Não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o Recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte de Decisão se recorra 12 OBS.: Art. 593, inciso III, §4º CPP: A apelação será o Recurso a ser interposto PREFERENCIALMENTE, ainda que de parte da Sentença caiba RESE. Ex.: Na Sentença condenatória (cabe apelação), já a denegação do benefício do “sursis” (cabe RESE – Art. 581, inc. XI CPP): Deverá ser interposta a apelação. Ex².: O Juiz caça a fiança e absolve o réu, o RESE cabe no primeiro caso, porém da absolvição cabe apelação, desta forma entra com Apelação, pois tem um Sentença final (Art. 583, §4º CPP) DIRIA QUE TEM GRANDE PROBABILIDADE DISSO CAIR NA PROVA OBS².: Art. 598 CPP Apelação subsidiária do apelo oficial: Possibilidade da vítima interpor o Recurso se o MP não o fizer. A vítima contrata um advogado para interpor o recurso DIRIA QUE TEM GRANDE PROBABILIDADE DISSO CAIR NA PROVA Prazo: Art. 593 CPP – 5 DIAS Prazo para Razões: Art. 600 CPP– 8 DIAS, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de 3 dias O Processamento se dá conforme o art. 601 CPP e seguintes OBS.: Não há mais Tribunal de Apelação Efeitos da Apelação: Devolutivo Suspensivo NÃO ocorrerá na Sentença absolutória – Art. 596 CPP NÃO ocorrerá na Sentença imprópria – Art. 596 CPP Ocorrerá na Sentença condenatória – Art. 397 CPP Extensivo Tipos de Apelação: Apelação Sumária: É a oposta quando se apela de Sentença de crimes punidos com detenção Apelação Ordinária: É oposta diante de Sentença de crimes punidos com reclusão Protesto por Novo Júri - REVOGADO Embargos Embargos Infringentes: É cabível diante de Acórdão (Decisão de 2ª Instância) desde que desfavorável ao réu. É exclusivo da defesa – Art. 609, único CPP - Interposto quando uma das decisões dos Juízes da 2ª Instancia for de absolvição Embargos de Declaração: Recurso interposto para o mesmo órgão prolator da Decisão, quando esta apresentar: Dúvida (ambiguidade); Contradição ou Obscuridade, ou ainda Omissão – Art. 619 CPP – Prazo de 2 DIAS 13 Revisão Criminal É uma Ação Penal Rescisória, NÃO é propriamente um Recurso, interposta perante o Tribunal competente para o reexame de um processo cuja Sentença JÁ TRANSITOU EM JULGADO, nos casos do art. 621 CPP - São taxativas: Quando a Sentença condenatória for contrária ao texto expresso da Lei Penal ou à evidência dos autos Quando a Sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentoscomprovadamente falsos Quando, após a Sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena Art. 622 CPP – Não há prazo Legitimidade: Art. 623 CPP Competência: Art. 624 CPP Efeitos: Art. 626 CPP – A decisão da revisão pode absolver o réu, reduzir a pena ou anular o processo. Se anular o processo torna o réu ao estado anterior a condenação OBS.: Em caso de condenação do réu inocente e depois entrado com uma revisão criminal, cabe indenização OBS².: No caso de não existir mais o crime, a conduta não ser mais um delito, não precisa da revisão criminal, pois o próprio Juiz das Execuções expede um alvará de soltura Habeas Corpus Remédio Jurídico Constitucional que tem a finalidade de evitar ou fazer cessar a violência ou a coação à liberdade de locomoção decorrente de ilegalidade ou abuso de poder – Art. 648 CPP Previsão: Art. 5º, LXVIII da CF Espécies: 1) Liberatório ou Repressivo: Destina-se a fazer cessar o constrangimento já efetivado à liberdade de locomoção 2) Preventivo: Destina-se a afastar uma ameaça à liberdade de locomoção. Será expedido o “salvo- conduto” Qualquer pessoa pode impetrar Habeas Corpus (O problema que deve ter a técnica) Partes: Impetrante / Impetrado (autoridade coatora) / Paciente (quem está sofrendo ou ameaçado de sofrer constrangimento) É admissível o HC até mesmo diante de particular. Ex.: Perante o filho que interna os pais para livra- se deles O HC será julgado pela autoridade imediatamente superior à autoridade coatora: Juiz de 1ª Instância julga HC impetrado contra delegado ou particular Tribunal julga HC impetrado contra Juiz
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