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PSICOFARMACOLOGIA 1
Psicofarmacologia é o estudo dos efeitos das drogas sobre o sistema nervoso e sobre o comportamento.
Droga é uma substância química que exerce um efeito terapêutico sobre alguma doença ou seus sintomas. Uma substância química exógena, não necessária para o funcionamento normal da célula, que altera significativamente as funções de certas células do corpo quando ingerida em doses relativamente baixas.
A palavra exógeno não engloba os mensageiros químicos produzidos pelo corpo, tais como neurotransmissores, neuromoduladores ou hormônios. (exógeno = produzido fora)
Os mensageiros químicos produzidos pelo corpo não são drogas, embora as substâncias químicas sintéticas que mimetizam seus efeitos sejam classificadas como tal. A definição de droga também não engloba nutrientes essências, tais como proteínas, gorduras, carboidratos, sais minerais e vitaminas, que são os constituintes necessários de uma dieta saudável.
As drogas são efetivas em baixas doses. Esta qualificação é importante, porque grandes quantidades de praticamente todas as substâncias alterarão as funções das células.
As drogas tem efeitos e sítios de ação. Os efeitos das drogas são as alterações que podemos observar sobre os processos fisiológicos e o comportamento de um animal (por ex- sedação, relaxamento muscular, etc). Os sítios de ação das drogas são os locais nos quais as moléculas das drogas interagem com moléculas localizadas dentro ou fora das células de um organismo, afetando desta maneira alguns processos bioquímicos das mesmas (por ex- os sítios de ação dos opiáceos são receptores especializados situados na membrana de certos neurônios. Quando as moléculas dos opiáceos acoplam-se e ativam esses receptores, as drogas alteram a atividade desses neurônios e produzem seus efeitos.)
Alguns comportamentos são controlados por vias neurais específicas.
Para ser eficaz, uma droga deve atingir os seus sítios de ação. Para fazer isso, as moléculas da droga devem entrar no corpo e em seguida atingir a corrente sanguínea para serem transportadas até o órgão (ou órgãos) onde elas atuam. Uma vez lá, elas devem deixar a corrente sanguínea e entrar em contato com as moléculas com as quais interagem.
Para entrar no corpo e encontrar seu caminho até os seus sítios de ação, as moléculas das drogas devem atravessar várias barreiras. Algumas moléculas atravessam-nas de maneira fácil e rápida; outras o fazem muito lentamente. Uma vez que as moléculas das drogas entram no corpo, elas começam a ser metabolizadas- quebradas por enzimas – ou excretadas na urina (ou ambos). Com o tempo, as moléculas desaparecem ou são transformadas em fragmentos inativos. O processo pelo qual as drogas são absorvidas, distribuídas dentro do corpo, metabolizadas e excretadas é referido como farmacocinética (movimento das drogas).
Com exceção da administração intracerebral ou intracerebroventricular, as vias de administração de droga diferem apenas quanto à velocidade com a qual uma droga atinge o plasma sanguíneo.
Vários fatores determinam a velocidade com a qual uma droga presente na corrente sanguínea atinge os sítios de ação dentro do cérebro – O primeiro é a lipossolubilidade, pois a barreira hematoencefálica é uma barreira apenas par moléculas hidrossolúveis. As moléculas que são solúveis em lipídeos atravessam as células que envolvem os capilares no SNC e distribuem-se rapidamente pelo cérebro. 
A diacetilmorfina (ou heroína) é mais solúvel em lipídio que a morfina – Assim, uma injeção intravenosa de heroína produz efeitos mais rápidos que uma de morfina. Apesar de as moléculas das duas drogas serem igualmente efetivas quando atingem seus sítios de ação no cérebro, o fato de as moléculas de heroína chegarem mais rápido significa que elas produzem uma “ativação” mais intensa e, assim, explica por que os adictos preferem heroína à morfina.
Muitas drogas ligam-se a vários tecidos do corpo ou a proteínas no sangue – fenômeno conhecido como “ligação de reserva” – Enquanto estiverem formando ligações de reserva, as moléculas das drogas não podem atingir os sítios de ação e exercer seus efeitos. Um alvo de tal ligação é albumina, uma proteína encontrada no sangue. A albumina transporta ácidos graxos livres, uma fonte de nutrientes para muitas células do corpo, mas esta proteína também pode ligar-se a algumas drogas lipossolúveis. As ligações de reserva podem tanto retardar quanto prolongar os efeitos de uma droga. 
Outras fontes de ligação de reserva incluem o tecido adiposo, os ossos, os músculos e o fígado. É claro que as drogas ligam-se a estes depósitos mais lentamente que à albumina, porque para fazer isso elas têm que deixar os vasos sanguíneos. Assim, estas fontes de ligação provavelmente interferem menos nos efeitos iniciais da droga. Por exemplo: o tiopental, um barbitúrico algumas vezes usado para anestesiar o cérebro, possui alta lipossolubilidade. Esta droga atinge o cérebro em poucos segundos após uma injeção intravenosa. A droga também se liga aos músculos e ao tecido adiposo, sendo, portanto, rapidamente retirada da circulação e os níveis da droga no cérebro caem rapidamente. Em 30 minutos ou mais, o efeito anestésico da droga desaparece, a droga é destruída por enzimas e excretada pelo rim.
As drogas não permanecem no corpo indefinitivamente. Muitas são inativadas por enzimas e todas são finalmente excretadas – sobretudo pelos rins. O fígado exerce um papel especialmente ativo na degradação enzimática das drogas, mas algumas enzimas de inativação são também encontradas no sangue. O cérebro também contém enzimas que destroem algumas drogas. Em alguns casos, as enzimas transformam as moléculas de uma droga em outras formas que são, elas mesmas, biologicamente ativas. Ocasionalmente, as moléculas transformadas são ainda mais ativas do que aquela que foi administrada. Em tais casos, os efeitos da droga podem ser mais prolongados.
Doses crescentes de uma droga causam efeitos cada vez maiores, até que um efeito máximo seja atingido. Neste ponto, aumentando-se a dose da droga não se produz mais nenhum efeito/aumento no efeito. (Curva de dose-resposta). Além disso, o risco de efeitos colaterais é aumentado.
 A maioria das drogas produz mais de um efeito. Os opiáceos, tais como a morfina e a codeína, produzem analgesia (redução da sensibilidade à dor), mas também deprimem a atividade de neurônios do bulbo que controlam os batimentos cardíacos e a respiração. Um médico que prescreve um opiáceo para aliviar a dor de um paciente deseja administrar uma dose suficiente para produzir analgesia, mas não o suficiente para deprimir os batimentos cardíacos e a respiração – efeitos que poderiam ser fatais.
As drogas ideais têm uma grande margem de segurança.

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