Buscar

Cercospora zeae maydis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cercospora zeae maydis 
Nédio Rodrigo Tormen 
 
1. MILHO: Zea mays L. (Família: Poaceae) 
 Local de coleta: Formosa-DF 
Nome da doença: Cercosporiose 
Nome do patógeno: Cercospora zeae maydis 
Reino: Fungi Filo: Ascomycota 
Classe: Dothideomycetes Ordem: Capnodiales 
Família: Mycosphaerellaceae Gênero: Cercospora 
 
A mancha de cercospora, ou cercosporiose, causada por Cercospora zeae maydis, 
foi considerada por muitos anos como uma doença secundaria. Entretanto a 
cercosporiose vem se tornando uma doença de grande relevância. A doença foi 
observada inicialmente no Sudoeste do estado de Goiás em Rio Verde, Montividiu, Jataí 
e Santa Helena, no ano de 2000. Atualmente a doença está presente em praticamente 
todas as áreas de plantio de milho no Centro Sul do Brasil. Nos últimos anos, vários 
híbridos altamente produtivos tiveram de ser substituídos por outros com menor 
rendimento mas que apresentavam boa resistência, diminuindo a produtividade. A 
doença ocorre com alta severidade em cultivares suscetíveis, podendo as perdas serem 
superiores a 80% (Embrapa Milho e Sorgo, 2008). 
C.zeae-maydis é um fungo mitospórico e sua fase perfeita é atribuída ao 
ascomiceto Mycosphaerella. Os conídios deste fungo são são hialinos, curtos e largos, 
com dimensões variando de 40-165 μm de comprimento por 4-9 μm de largura e são 
produzidos em conidióforos pigmentados (Agrios, 2005).A faixa de temperaturas 
ótimas para o desenvolvimento da mancha de cercospora fica entre 22 e 30ºC (Donald, 
1999). Sabe-se que longos períodos de umidade relativa do ar próxima a 100%, mas na 
 
 
ausência de água livre sobre a folha, são importantes para o início da infecção. O 
patógeno tem alto potencial de esporulação e o número de lesões pode aumentar 
rapidamente, atingindo as folhas mais jovens na parte superior da planta. Porem, o 
período latente de C. zeae-maydis é longo se comparação a outros patógenos foliares, 
pois pode variar de 14 a 28 dias (Ward et al., 1999). 
Este patógeno é exclusivo da cultura do milho e possui dificuldades de 
competição com outros habitantes do solo. Por isso, sua sobrevivência é mais 
pronunciada sobre tecidos vivos ou restos da cultura do milho depositados sobre o solo. 
Assim, a disseminação C. zeae-maydis ocorre através dos esporos formado em 
restos culturais, os quais são levados pelo vento e/ou chuva para plantas dentro da 
mesma cultura ou para regiões afastadas do ponto inicial da epidemia (Ward et al., 
1999). 
Os sintomas de C. zeae maydis em milhos são caracterizados por lesões alongadas 
e irregulares que acompanham o sentido das nervuras. As manchas apresentam 
coloração marrom ou broze e bordas avermelhadas ou púrpuras. Em condições de alta 
umidade relativa, as lesões ficam cobertas por esporos, conferindo-as uma coloração 
acinzentada Por este motivo, esta mancha é conhecida na língua inglesa como mancha 
foliar cinzenta (gray leaf spot). A alta incidência e severidade da doença podem causar a 
seca e morte das folhas diminuindo a área fotossintética e produção (Cassela et al., 
2003). 
Os primeiros sintomas da mancha de Cercospora são observados geralmente na 
fase de floração, inicialmente nas folhas baixeiras (Ward et al., 1999). Em seguida, o 
patógeno coloniza o limbo foliar, provocando extensas áreas necróticas. 
 
 
 
 
Figura. Sintomas de cercospora em folha de milho. (a) Lesão necrótica na face adaxial 
de folha de milho, (b) estruturas escuras reprodutivas do fungo e (c) conidióforos de 
Cercospora zeae maydis observados em microscópio óptico. 
Observação na lupa e microscópio: Inicialmente, observou-se a presença de lesões 
alongadas e irregulares. As lesões apresentavam coloração marrom com bordas 
necróticas, perfeitamente delimitadas pelas nervuras. Utilizando microscopia óptica 
observou-se a presença de conídios hialinos, curtos e largos e conidióforos 
pigmentados.Recomenda-se o plantio de cultivares resistentes pois é o meio mais 
eficiente de controle, além do mais, minimizar a utilização de fungicidas. Deve-se 
evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença tenha 
ocorrido com alta severidade, para reduzir o potencial de inóculo. Para evitar o 
aumento do potencial de inóculo da C. zeae-maydis deve-se evitar o plantio de milho 
após milho. 
O uso de fungicidas no combate a cercosporiose pode se necessário em híbridos 
suscetíveis onde ocorrem condições ótimas ao desenvolvimento da doença (Ward et 
al., 1999). Entretanto, mesmo havendo produtos químicos eficientes no controle da 
doença, a adoção desta prática só é justificada em campos com alto valor comercial, 
como campos de produção de sementes ou de milhos especiais como milho doce 
epipoca (Ward et al., 1997). 
 
 a b c 
 
 
Literatura consultada 
Agrios, G.N., 2005. Plant Pathology. Elsevier, Burlington. 
 Casela, C. R. A Cercosporiose na Cultura do Milho. Embrapa-Circular técnica 24, 
5p. 2003. 
Embrapa Milho e Sorgo. Cultivo do Milho. Disponivel em: http://sistemasdeproducao 
.cnptia.embrapa.br . Acessado em 19/03/2013. 
Donald G. W. Compendium of corn disease. 2. ed. Urbana: American 
Phytopathological Society, 1999. 128p. 
Ward, J. M. J.; Stromberg, E. L.; Nowell, D.C.; Nutter JR., F.W. Gray leaf spot – A 
disease of global importance in maize production. Plant Disease, v.83, p.884-
895, 1999.

Outros materiais