Aula 04 A EDUCAÇÃO NA GRÉCIA ANTIGA

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História da Educação
Karen Fernanda Bortoloti
Aula 4
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Nesta aula
A educação na Grécia Antiga.
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A educação na Grécia Antiga
Grécia: não possuía unidade política.
Cidades-Estado: tinham em comum apenas o idioma e a religião.
A nova concepção de cultura e do lugar ocupado pelo indivíduo na sociedade repercutiu no ensino, na educação. 
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Características gerais da 
educação grega
 PAIDEIA: formação integral do ser humano (corpo e espírito).
Primeiro os jovens, eram confiados a preceptores.
A educação se fazia também nas atividades coletivas (teatro, jogos olímpicos, banquetes, reuniões na Àgora).
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Dois modelos de educação
Esparta
Atenas
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Esparta
Valorização das atividades guerreiras.
Educação pública e obrigatória.
Estudava-se música, canto e dança coletiva.
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Esparta
Até os 12 anos, as atividades lúdicas predominavam. 
Treino militar rígido.
Não se apreciavam os debates e os discursos.
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Atenas
Formação intelectual.
A educação não era nem obrigatória nem pública.
A educação se iniciava aos sete anos. 
Escravo: pedagogo
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Atenas
Não havia atenção ao ensino profissional, os ofícios eram aprendidos no próprio mundo do trabalho.
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Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas Cadenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas Quando eles embarcam, soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas E quando eles voltam sedentos Querem arrancar violentos Carícias plenas Obscenas
Chico Buarque – Augusto Boal/1976 Para a peça Mulheres de Atenas, de Augusto Boal
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Mulheres de Atenas
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Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar o carinho De outras falenas Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas Helenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito nem qualidade Têm medo apenas Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas Morenas
Mulheres de Atenas
Chico Buarque – Augusto Boal/1976 Para a peça Mulheres de Atenas, de Augusto Boal
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Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem Às suas novenas Serenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas 
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Mulheres de Atenas
Chico Buarque – Augusto Boal/1976 Para a peça Mulheres de Atenas, de Augusto Boal
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Os sofistas
Os sofistas se dedicavam ao ensino da retórica, à arte da argumentação, à eloquência.
Busca de conteúdos para a oratória dos políticos.
A mais famosa escola de orientação sofística foi a de Isócrates.
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SÓCRATES 
(470 a.C. – 399 a.C.) 
“Só sei que nada sei”
Sócrates andava entre os sofistas e era confundido com eles.
Ouvia os sofistas com atenção, mas não se escandalizava com a relativização dos conceitos, assim como eles.
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Acreditava que os homens precisam de grandes princípios, de valores. Por isso, conceitos como o de Bem, o de Belo e o de Justo reapareciam sempre renovados após todos os questionamentos que sofriam.
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O método socrático combinava a ironia e a maiêutica: a ironia aproveitava o próprio movimento do pensamento do interlocutor para ajudá-lo a superar o erro em que incorria. Superado o erro, chegava a hora da maiêutica, arte de partejar (parir).
Era preciso que o interlocutor estivesse grávido de ideias gerais.
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“Conhece-te a ti mesmo”
O homem se atrapalhava ao lidar com a objetividade do conhecimento, porque compreendia mal os problemas de suas respectivas subjetividades.
Recomendou a cada um... “conhece-te a ti mesmo”.
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A pedagogia 
“platônica” (idealista)
Alegoria da caverna
Os homens encontram-se acorrentados em uma caverna desde a infância, de tal forma que, não podendo olhar para a entrada, apenas enxergavam o fundo da caverna.
Assim, são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Se um desses homens conseguisse se soltar das correntes para contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao regressar para contar o que vira, não mereceria crédito de seus companheiros, que o tomariam por louco.
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A pedagogia 
“platônica” (idealista)
O sábio deve dirigir “os que não veem”, deve governá-los.
A educação deve ser ministrada de acordo com as diferenças que existem entre as pessoas, para que elas possam ocupar suas posições na sociedade.
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A pedagogia 
“platônica” (idealista)
O Estado deveria assumir a educação.
A formação da mulher deve ser semelhante à do homem. 
Valorização da educação intelectual, estudo das ciências.
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A pedagogia 
“platônica” (idealista)
Propõe uma sofocracia – “poder dos sábios”.
Para um Estado ser bem governado, é preciso que “os filósofos se tornem reis ou que os reis se tornem filósofos”.
http://www.cdcc.sc.usp.br/
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A pedagogia 
aristotélica (realista)
A educação deve ajudar o ser humano a alcançar a plenitude e a realização do seu ser.
A criança educa-se repetindo os atos de vida dos adultos, adquirindo hábitos que vão formar uma “segunda natureza”.
br.geocities.com
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A pedagogia 
aristotélica (realista)
Na obra Política, discute como o Estado deve se ocupar com a formação para a cidadania.
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Aspectos que pesam, de 
modo significativo, sobre a 
tradição educativa ocidental
A noção de Paideia.
A pedagogia como teoria (nasce um saber da educação no sentido próprio).
Problematização da relação educativa.
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Filmografia indicada 
Alexandre, o Grande. (Oliver Stone, 2004)
Helena de Troia (John Kent Harrison, 2003)
Troia (Wolfang Petersen, 2004)
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Referências
ARANHA, M. L. de A. História da educação e da pedagogia: geral e do Brasil. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
CAMBI, F. História da pedagogia. São Paulo: Editora Unesp, 1999.
GAL, R. História da educação. Lisboa: Veja 1979.
LÉON, A. Introdução à história da educação. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1983.
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História da Educação
Karen Fernanda Bortoloti
Atividade 4 
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Observamos que, mesmo com toda a universalidade, a cultura grega possuía diferenças significativas, as quais não deixaram de penetrar o pensamento a respeito da educação. Assim, estabeleça uma breve comparação entre a educação ateniense e a educação espartana.
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