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Universidade Federal da Bahia Instituto de Física Disciplina: Fis-123 Data: 20/06/2007 Medidas da Componente Horizontal da Indução Magnética Terrestre Experiência – 5 Elinaldo Fonseca Sales André R. Martins Adriano Cunha Avelino UFBA - 2007.1 Medidas da Componente Horizontal da Indução Magnética Terrestre Mesa – 07 O objetivo de experimento consiste em determinar o valor da componente horizontal da indução magnética terrestre local. Indução Magnética O estudo do magnetismo originou-se da observação de certas pedras (a magnetita) podiam atrair pedaços de ferro. O nome magnetismo é derivado de uma região da Ásia chamada magnésia, onde essas pedras foram encontradas. Um ímã material é a própria Terra cuja a ação sobre agulha imantada das bússolas é conhecida desde os tempos antigos. Observou-se que uma bússola procura sempre a mesma orientação e indica sempre a mesma direção, portanto em cada ponto da terra existe uma indução magnética que se denominou Bt, sendo assim a Terra pode ser comparada com uma grande barra imantada. Em 1820 foi observado por um físico que a componente elétrica que percorre um fio também pode produzir efeito magnético, isto é, que ele pode mudar a orientação de uma agulha de uma bússola, as linha de força deste campo são circulares centradas no fio traçados em planos perpendiculares à direção do fio. Essa importante descoberta permitiu a união numa só teoria da eletricidade e do magnetismo. Os efeitos magnéticos produzidos pela passagem de uma corrente num fio podem ser aumentados enrolando-se esse fio em forma de bobina de muitas espiras e preenchendo-se o interior da mesma com um cilindro de ferro. Diz-se que no espaço que circunda um ímã ou um condutor percorrido por uma corrente elétrica, existe um campo magnético , de mesmo modo que diz-se existiu um campo elétrico na região vizinha a um bastão carregado . O vetor B do campo magnético é chamado de indução magnética, podendo ser representada por linhas de indução, da mesma maneira que o campo elétrico é representado por linhas de força . O vetor do campo magnético está relacionado com suas linhas de indução da seguinte maneira: A reta tangente a uma linha de indução num ponto qualquer da direção do vetor B nesse ponto. As linha de indução são traçadas de tal maneira que o número de linhas que atravessam, por unidade de área, uma superfície perpendicular as mesmas são proporcionais ao módulo do vetor B na região considerada. Assim sendo, onde as linhas de indução estão muito próximas uma das outras o B será grande, tendo valores pequenos onde elas estiverem muito separadas. O campo B tem importância fundamental, as linhas de indução dão simplesmente uma representação gráfica da forma como B varia numa dada região do espaço. Podemos ainda citar que é possível definir o valor da indução magnética com o auxílio de uma bússola de modo que o módulo do torque da agulha da bússola é diretamente proporcional a indução mgnética e ao seno do ângulo de Giro: Esta expressão pode se tornar uma igualda com a introdução de uma constante, que deverá está associada com a intensidade da imantação da agulha, ficando então: Indução Magnética Terrestre X Indução Magnética Experimental A indução magnética da terra é a capacidade esta tem de produzir um dipolo magnético em todos os pontos da mesma. Sabendo que a indução magnética natural da terra atua em todos os pontos, quando a bússola tende a se alinhar sobre a indução Resultante Br. No ponto P qualquer a soma vetorial de B devido ao imã com Bt é dada por: Br = B + Bt Neste experimento, colocamos uma bobina de uma espira, percorrida por uma corrente I, que gera uma indução magnética B, de tal maneira que o seu eixo seja orientado na direção leste-oeste magnético. Isto é, o plano da bobina é vertical, orientado na direção norte-sul magnética num determinado ponto P do eixo, a uma distância X do centro da bobina, a indução magnética resultante será a soma vetorial da indução devido a bobina com a indução magnética terrestre. Bússola graduada em graus. Bobina de 320 espiras, de raio médio R=6,9cm. Miliamperímetro. Reostato. Resistência de proteção (década de resistores) Fonte de alimentação C.C. Chave liga-desliga. Placa de ligações e fios. Bancada de medida constituída de uma mesa para bússola e de um suporte deslizante para a bobina e uma régua graduada em milímetros. Foi montado o seguinte esquema: Gráfico Tangente de (m x I – IV.1: Onde: (m = (( +(’)/2 e I é a corrente em mA. Segundo tabela abaixo: I (mA) 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 ( 31 46,5 56 61 64 66 68,5 69,5 70 71 (’ 36 62,5 75 82 87 90,5 91,5 92,5 93,5 95 (m 33,5 54,5 65,5 71,5 75,5 78,2 80 81 81,75 83 Tg (m 0,66 1,40 2,19 2,98 3,86 4,80 5,67 6,31 6,89 8,14 Gráfico Tangente de Tg(m x I: Inclinação da Reta: K = (y / (x ( : K = 0,74 / 25 ( K = 0,0296 A-1 Verificando a Unidade: Sabendo que a fórmula é: Tg ( = K.I ( [K] = [Tg(] / [A] ( [k] = [A]-1 Ou [K]= (m2)(Wb)(m2) = 1/A =A-1 (Wb)(A)(m)(m3) b) Cálculo de Bth em IV.1: Partindo da Eq. Para o cálculo da indução magnética, temos: BRH=BTH+B, onde BTH é a componente horizontal da indução magnética terrestre calculada através do estudo da tg(, onde teremos: ( Observando o gráfico, temos que tg( é diretamente proporcional a corrente I, temos então que: tg(=(K)I , onde: Através do K, encontraremos o valor de BTH pela relação que temos: N=320 espiras R =6,9x10-2m k=35,2 A-1 X=10,4 cm Wb / A.m Então: = 1,15x10-5 T = 12µT c) Ajustando a Reta pelo Método dos Mínimos Quadrados em IV.1: Utilizando as seguintes fórmulas de ajuste: Pelo método dos mínimos quadrados determina-se a reta que melhor se adapta aos pontos obtidos no experimento, temos y= ax+b, onde a= K Encontrando as variáveis, e aplicando na fórmula citada temos: x - i(A) y - Tg (m x2 x.y 0,025 0,66 625 15,00 0,050 1,40 2500 75,50 0,075 2,19 5625 172,50 0,100 2,98 10000 306,00 0,125 3,86 15625 483,75 0,150 4,80 22500 705,00 0,175 5,67 30625 899,50 0,200 6,31 40000 1422,00 0,225 6,89 50625 1831,50 0,250 8,14 62500 2377,50 1,375 A-1 42,90 0,240625A2 7,65825 A Temos então: a = 0,0296A-1 e b = -0,23 Obtemos o seguinte gráfico: Portanto com base nos cálculos verificamos que a inclinação da reta de melhor ajuste igual a: K=0,0328-1 ( y =0,0328 .x –0,222 d) Calculando o Bth a partir da inclinação da reta obtida pelo método dos mínimos quadrados em IV.1: Encontraremos o valor de BTH pela relação que temos: N=320 espiras R =6,9x10-2m k=0,0328 A-1 X=10,4 cm Wb / A.m Então: = 1,27.10-5 T = 13µT Sabendo que o Bth Salvador = 2,0.10-5 T segundo o roteiro de laboratório. Portanto com base nos cálculos verificamos o Bth para Salvador de melhor ajuste é a que foi obtida pelo inclinação da Reta sem a aplicação do método dos mínimos quadrados. e)Gráfico de Log(R2 + x2) x LogCotg(m em IV.2 para três correntes usadas: i) Admitindo R = 6,9.10-2m ( R2 = 0,004761m2 Para a corrente de 50 mA temos: x (m) x2 (m2) ( (’ (m R2 + x2 Log(R2 + x2) cotg(m Log(cotg(m) 0,104 0,010816 41 61 51,0 0,015577 -1,807516 0,809784 -0,091631 0,154 0,023716 27 30 28,5 0,028477 -1,545506 1,841771 0,265236 0,204 0,041616 15 13 14,0 0,046377 -1,3336974,010781 0,603229 0,254 0,064516 10 6 8,0 0,069277 -1,159411 7,115370 0,852197 Então obtemos o seguinte gráfico: Utilizando as seguintes fórmulas de ajuste: Tendo xi = Log (cotg (m) e yi = Log (R2 + x2), aplicando a fórmula citada,temos: a = 0,6806 e b = -1,7387 m2 y =0,6806.x –1,7387 ii) Admitindo R = 6,9.10-2m ( R2 = 0,004761m2 Para a corrente de 150 mA temos: x (m) x2 (m2) ( (’ (m R2 + x2 Log(R2 + x2) cotg(m Log(cotg(m) 0,104 0,010816 63,5 87 75,3 0,015577 -1,807516 0,262345 0,337709 0,154 0,023716 49 64 56,5 0,028477 -1,545506 0,661886 0,032119 0,204 0,041616 32 37 34,5 0,046377 -1,333697 1,455009 0,026525 0,254 0,064516 20 19 19,5 0,069277 -1,159411 2,823913 0,203267 0,304 0,092416 13 11 12,0 0,097177 -1,012437 4,704630 0,452291 0,354 0,025316 9 6 7,5 0,130077 -0,885799 7,595754 0,775405 Então obtemos o seguinte gráfico: Utilizando as seguintes fórmulas de ajuste: Tendo xi = Log (cotg (m) e yi = Log (R2 + x2), temos: a = 0,6289 e b = -1,4382m2 y = 0,6289.x -1,4382 ii) Admitindo R = 6,9.10-2m ( R2 = 0,004761m2 Para a corrente de 250 mA temos: x (m) x2 (m2) ( (’ (m R2 + x2 Log(R2 + x2) cotg(m Log(cotg(m) 0,104 0,010816 71 95 83,0 0,015577 -1,807516 0,122785 0,829659 0,154 0,023716 62 83 72,5 0,028477 -1,545506 0,315299 0,251279 0,204 0,041616 47 62 54,5 0,046377 -1,333697 0,713293 0,021530 0,254 0,064516 33,5 38 35,7 0,069277 -1,159411 1,391647 0,020601 0,304 0,092416 23 21 22,0 0,097177 -1,012437 2,475087 0,154913 0,354 0,025316 16 15 15,5 0,130077 -0,885799 3,605884 0,310262 0,404 0,163216 11,5 8 9,7 0,167977 -0,774750 5,850241 0,588556 0,454 0,206116 10 6 8,0 0,210877 -0,675971 7,115370 0,726241 0,504 0,254016 71 95 83,0 0,015577 -1,807516 0,122785 0,829659 Então obtemos o seguinte gráfico: Utilizando as seguintes fórmulas de ajuste: Tendo xi = Log (cotg (m) e yi = Log (R2 + x2), temos: a = 0,6268 e b = -1,2399m2 y = 0,6268.x - 1,2399 f)Comparação dos coeficientes angulares com o valor teórico 2/3: Corrente (mA) 50 150 250 Coef. Angular Calculado 0,6806 0,6289 0,6268 Discrepância 12,18% 5,52% 5,34% O melhor valor encontrado foi para a corrente de 250mA. g)Encontrando os valore de K e Bth a partir dos coef. Encontrados: Sabendo que: Y = K.X2/3 ( logY = LogK + 2/3.LogX ( K = 10b Cálculo de BTH: N=320 espiras R =6,9x10-2m Wb / A.m Utilizando a fórmula acima temos: Corrente (mA) 50 150 250 Coef. Linear – b (m2) -1,7387 -1,4382 -1,2399 K 0,357367 0,225021 0,179670 Bth (T) 4,48.10-7 1,34.10-6 2,51.10-6 h)Média dos três valores acima: Bth médio = (4,48,.10-5+1,34.10-5+ 2,51.10-5) / 3 Bth médio = 1,43.10-5 O valor de BTH encontrado em IV.1 é : BTH = 1,15x10 –5 T. O valor de BTH encontrado em IV.2 é : BTH = 1,27x10 –5 T. O valor de BTH encontrado em Salvador é : BTH = 2,00x10 –5 T. i)Discussão sobre os valores de Bth: Para IV.1 temos uma discrepância de 37% para IV.2 temos uma discrepância de 11%, portanto temos um melhor resulatdo para o média dos valores encontrados em IV.2, evidenciando a validade do método dos mínimos quadrados. j)Gráfico B x X: Construção do gráfico de B em função de x . Para I = 50 mA. Usando : onde N=320 espiras R =6,9x10-2m k=0,0296 A-1 X=10,4 cm Wb / A.m temos: X (m) B (T) 10,4x10-2 3,077.10-5 15,4x10-2 1,245.10-5 20,4x10-2 5,990.10-5 25,4x10-2 3,280.10-5 30,4x10-2 1,970.10-5 35,4x10-2 1,280.10-5 Obtemos o seguinte gráfico: Com o aumento da distância x , B tende a chegar a zero . Como se observa no gráfico de (B x X). Já na distância de xmáx = 45,4cm experimental, o valor de B é mínimo e igual a: Bth = 1,8928.10-5 T. Da equação : , aumentando-se x indefinidamente , B tende a zero. Assim o comportamento de B para diferentes correntes tende a ser o mesmo quando x é aumentado ( x( distância ). l)Discussão da indução através da Lei de Biot-Savart: De acordo com a Lei de BIO – SAVAT : , que pode se escrito na forma vetorial da seguinte forma : A indução é inversamente proporcional ao quadrado do raio da bubina, logo diminuindo-se R , aumenta-se dB e se B =(dB , também aumenta. m)Análise gráfica dos resultados de IV.3: Invertendo o sentido da corrente, o campo criado tem mesmo módulo do produzido pela corrente no sentido inverso mas com o sentido contrário em relação ao anterior. Desta forma, o vetor indução magnética resultante (BR) terá simetria em relação ao eixo orientação Leste. Norte Magnético com o Br anterior. ; n)Análise de (’ = -( Quando invertemos o sentido da corrente e conseqüentemente “B”, tendo o vetor Bth constante, o ângulo formado entre ele (Bth) e a resultante (B’xh) será o mesmo (, porém do outro lado do eixo. n)Erros obtidos: Podemos verificar que existem vária causas que podem nos induzir ao erro, dentre elas podemos citar a processo de medida da corrente, a interação das partes móveis da bússola, erros de observação pelo experimentador além da resistência dos fios. n)Deduç dos Erros Experimentais: Para distância constante temos: (BTH = (BTH (I + (BTH (( (I (( ( (BTH = (0 .I. N . R2 . 2 .(R2 + x2) 3/2 Para Corrente constante temos: (BTH = (BTH (I + (BTH (( (I (( ( (BTH = (0 . N . R2 . 2 . Gostaríamos de ressaltar que o experimento foi de grande importância para a verificação Medidas da Componente Horizontal da Indução Magnética Terrestre e os princípios da indução magnética por efeito de corrente. Além de sabermos também que a nossa configuração ( amperímetro em série) nos proporcionou dados com uma relativa precisão. ( HALLIDAY, David, RESNICK, Robert, WALKER, Jearl. Fundamentos de Física, 4ª ed, Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1993. V.3 ( Textos de Laboratório – Eletricidade e Magnetismo, Ed. Experimental, 2º Versão Instituto de Física - UFBA Somatório = 7. Bibliografia: (I + I . cossec2( . (( tg( 5. Tratamento e Análise dos Resultados 4. Materiais Utilizados 3. Introdução Teórica 2. Objetivo 1. Experiência Reta Ajustada Log Cotg(m 6. Conclusão: Log Cotg(m Log Cotg(m 3x (x + I . cossec2( . (( tg((R2 + x2) 3/2 (R2 + x2) 3/2 _1031045417.unknown _1244478921.unknown _1244482298.unknown _1031087936.unknown _1031087958.unknown _1031302277.unknown _1031045568.unknown _1031086224.unknown _1030867176.unknown _1030867178.unknown _1030880752.unknown _1030882223.unknown _1030884370.unknown _1030880957.unknown _1030867179.unknown _1030867177.unknown _1030867174.unknown
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