Buscar

A tentativa de implantação da cultura Européia em extenso território

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Fichamento do primeiro capitulo do livro “Raízes do Brasil” do autor: Sérgio Buarque de Holanda
Taynara Firmo Ramos Melo�
“A tentativa de implantação da cultura Européia em extenso território, dotado de condições naturais, se não adversas e largamente estranhas ás tradições milenares” (pág.31). Esta implantação de cultura Européia em nosso território, condicionou em muitas conseqüências, refletindo em nosso modo de trabalhar e a preguiça.
“A Espanha e Portugal são, com a Rússia e os paises balcânicos (em certos sentidos também a Inglaterra), um dos territórios-ponte pelos qual a Europa se comunicava com o mundo” (pág.31). 
Com a expansão marítima de Portugal e Espanha “entraram decididamente no coro Europeu” (pág.31), com isso os territórios por esses paises conquistados, fora, influenciando o surgimento de uma sociedade semelhante ás das nações Ibéricas, pois está “soube desenvolver a tal extremo essa cultura da personalidade, que parece constituir traços decisivos na evolução da gente hispânica” (pág.32). Esses privilégios hereditários não tiveram influência decisiva nos países Ibéricos como ocorreu em terras onde imperou o feudalismo, o que se firmou foi um principio das competições individuais, “os privilégios, que, a bem dizer, jamais tiveram influência muito decisiva nos paises de estirpe ibérica, pelo menos tão decisiva e intensa como nas terras onde criou fundas raízes o feudalismo [...] firmasse o principio das competições individuais” (pág.32-33).
“Á frouxidão da estrutura social, á falta de hierarquia organizada devem-se alguns dos episódios mais singulares da história das nações hispânicas incluindo-se Portugal e o Brasil” (pág.33). Nessa falta estrutura os elementos anárquicos sempre se instalaram nesses países com facilidade “Os elementos anárquicos sempre frutificavam aqui facilmente” (pág.33). As iniciativas mesmo quando eram construtivas tinha interesse de separar o homem e não de unir.
“Os decretos dos governos nasceram em primeiro lugar da necessidade de conterem e de se refrearem as paixões particulares momentâneas, só raras vezes de se associarem permanentemente as forças ativas” (pág.33). Sendo assim erram aqueles que “imaginam a volta á tradição única defesa possível contra nossa desordem” (pág.33), os mandamentos e ordenações que foram elaboradas são na verdade “criação engenhosa dos espíritos, destacadas do mundo e contrário a ele” (pág.33).
Na idade Média a sociedade era organizada, segundo as leis de (Deus) que eram eternas e indiscutíveis “a coletividade dos homens na terra era uma simples parábola e espelhava palidamente a cidade de Deus” (pág.33).
“No fundo, próprio principio de hierarquia nunca chegou a importar de modo cabal entre nós. Toda a hierarquia funda-se necessariamente em privilégios” (pág.35).
“Antes de triunfarem no mundo as idéias revolucionárias, portugueses e espanhóis parecem ter sentido a injustiça social de certos privilégios, principalmente dos privilégios hereditários” (pág.35). Sendo assim as nações Ibéricas podem considerar-se pioneiras da mentalidade moderna. “Toda gente sabe que nunca chegou a ser rigorosa e impermeável a nobreza lusitana” (pág.35).
“Sabemos que, em determinadas fases de sua história, os povos da península deram provas de singular vitalidade, de surpreendente capacidade de adaptação a novas formas de existência” (pág.36), formando unidades políticas e econômicas de expressão moderna.
“Por isso, porque não teve excessivas dificuldades a vencer, por lhe faltar apoio econômico onde se assentasse de modo exclusivo, a burguesia mercantil não precisou adotar um modo de agir e pensar absolutamente novo, ou instituir uma nova escala de valores, sobre os quais firmasse permanentemente seu predomínio” (pág.36).
“O circulo de virtudes capitais para agente Ibérica relaciona-se de modo direto com o sentimento da própria dignidade de cada individuo” (pág.37), ” para os espanhóis e portugueses, os valores que ele anima são universais e permanentes” ( pág.37)
“Efetivamente, as teorias negadoras do livre-arbítrio foram sempre encaradas com desconfiança e antipatia pelos espanhóis e portugueses.Nunca eles se sentiram muito a vontade em um mundo onde o mérito e a responsabilidade dos individuais não encontra-se pleno reconhecimento” ( pág.37). Por isso mesmo que rara e difícil, a obediência aparece algumas vezes, para os povos ibéricos, como virtude suprema entre todas. 
“Foram o Jesuítas que representam, melhor de que ninguém, esse principio de disciplina pela obediência” (pag. 39).
“No caso Brasileiro, a verdade, por menos sedutora que possa parecer alguns dos nossos patriotas, é que ainda nos associa á península Ibérica, a Portugal especialmente, uma tradição longa e viva, bastante viva para nutrir até hoje uma alma comum, a despeito de tudo quanto nos separa. Podemos dizer que de lá nos veio à forma atual da nossa cultura; o resto foi matéria que se sujeitou mal ou bem a essa forma” (pág.40).
Conclusão 
Neste capitulo Sérgio Buarque de Holanda mostra, que os paises Ibéricos eram que faziam fronteiras com a Europa com o mundo através das navegações, por isso era menos “Europeizados” dos que os demais países. Porém com a expansão marítima de Portugal e Espanha esses países entraram no bloco europeu. 
Nos Países Ibéricos a mentalidade era que cada homem deveria depender se si próprio. Havia uma frouxidão organizacional e, com isso, a anarquia Ibérica era mais correta, pois não continha muitos privilégios. Os Ibéricos não gostavam muito do trabalho físico, queriam ser senhores, mandar sem ter que fazer trabalho manual. 
Entre portugueses e espanhóis as idéias de solidariedade eram precárias, este sentimento existindo somente no recinto doméstico ou entre amigos. Os povos Ibéricos não toleravam compromissos por isso a única alternativa era a obediência. Não a de lealdade, mas a obediência cega tem sido o único princípio político. A vontade de mandar e a disposição para cumprir ordens são peculiaridades; quem as praticou foram os Jesuítas com a Companhia de Jesus e suas missões. 
Com isso a cultura Brasileira possui muitas características do povo Ibérico, tendo em vista que fomos colonizados pelos Portugueses.
� Graduanda do Curso de Direito pela Católica de Santa Catarina.

Outros materiais