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O ouvido absoluto SIMCAM6 de 2012

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O ouvido absoluto: prevalência e características em duas
universidades brasileiras
P!ricia Vanze"a 
pvanzella@yahoo.com
Departamento de Música, Universidade de Brasília
Mariana Ben#si-Werke 
marianawerke@yahoo.com.br
Departamento de Psicobiologia – Universidade Federal de São Paulo
Nayana G. Germano
nayanager@hotmail.com
Departamento de Música, Universidade Estadual Paulista
Maria Gabriela M. Oliveira
mgabi@psicobio.epm.br
Departamento de Psicobiologia – Universidade Federal de São Paulo
Resumo
Este estudo investigou, através do uso de questionários, a prevalência de ouvido absoluto
entre 263 estudantes de música universitários de duas diferentes regiões brasileiras (130 da
Universidade de Brasília – UnB e 133 da Universidade Estadual Paulista – UNESP). Além
disso, investigou: particularidades da percepção auditiva entre aqueles que declararam ser
portadores de ouvido absoluto (com relação à percepção de diferentes timbres); a relação
entre ouvido absoluto e idade de início do treinamento musical; o tipo de treinamento
musical recebido por portadores e não portadores de ouvido absoluto quando do apren-
dizado da notação musical e de solfejo; a presença desse traço cognitivo em membros
da família dos estudantes que declararam possuir ouvido absoluto. Os resultados obtidos
em cada uma das universidades foram comparados e não diferiram estatisticamente. A
prevalência encontrada na amostra total foi de 7,22% (8,27% na UNESP e 6,15% na UnB).
Foram observadas variações significativas na habilidade dos estudantes em identificar e
produzir alturas musicais, especialmente com relação à acurácia em diferentes timbres. Em
ambas universidades a idade de início do treinamento musical no grupo de portadores de
ouvido absoluto revelou-se significativamente inferior à idade de início de não portadores.
Enquanto os portadores iniciaram o treinamento musical por volta dos 7 anos, os não por-
tadores iniciaram por volta dos 11 anos de idade. Nas duas instituições pesquisadas, não
foi possível estabelecer nenhum tipo de relação entre a aquisição desse traço cognitivo
e o tipo de treinamento recebido durante o aprendizado da leitura musical e do solfejo.
Não houve, igualmente, diferença no número relatado de familiares com ouvido absoluto
entre os grupos de estudantes com e sem ouvido absoluto. Nossos resultados de preva-
lência de ouvido absoluto são semelhantes a resultados relatados na literatura norte-ame-
ricana. O presente estudo também confirma investigações anteriores que mostram que a
prevalência de ouvido absoluto é maior entre aqueles que iniciaram o treinamento musical
até os 7 anos de idade. 
93
Introdução
O ouvido absoluto é uma habilidade cognitiva rara e intrigante na percepção auditiva.
A literatura geralmente descreve o portador de ouvido absoluto como sendo um in-
divíduo capaz de identi!car, através de rótulos (dó, ré, mi, etc), qualquer altura mu-
sical sem a necessidade de uma referência externa prévia para comparação. Entre
músicos, a prevalência desse traço cognitivo varia entre 5 e 50% (Wellek, 1963;
Chouard e Sposetti, 1991), sendo que os maiores índices encontram-se entre estu-
dantes de música asiáticos (Gregersen et al., 1999; Deutsch et al., 2006). 
Há evidências de que o ouvido absoluto se desenvolve em tenra infância, durante
um período crítico para sua aquisição (Ward, 1999). Músicos que começam o trei-
namento musical antes dos seis anos de idade têm maior propensão a manifestar
esse traço cognitivo (Sergeant, 1969; Takeuchi e Hulse, 1993). A idéia de que a aqui-
sição do ouvido absoluto aconteça apenas durante um estágio especí!co de amadu-
recimento é corroborada pelos altos índices de incidência de casos de ouvido
absoluto adquiridos mais tardiamente por indivíduos cujo desenvolvimento mental
ocorre mais lentamente, como autistas (Brown et al., 2003) ou indivíduos acometi-
dos pela Síndrome de Williams (Lenho* et al., 2001).
Essa habilidade, contudo, pode variar entre seus portadores. Alguns estudos descre-
vem diferenças signi!cativas entre indivíduos com ouvido absoluto na maneira de
perceber alturas musicais tanto no que se refere à sensibilidade à diferentes timbres
e registros como no grau de precisão na identi!cação e produção de diferentes alturas
(Bachem, 1937; Takeuchi & Hulse, 1993). Enquanto alguns portadores são capazes
de identi!car, sem referência externa, qualquer altura em qualquer timbre e registro,
outros conseguem nomear tons somente em timbres e/ou registros especí!cos. En-
quanto uns são absolutamente precisos, outros cometem eventuais erros de semitom
ou de oitava (Bachem, 1937). Além disso, quando solicitados a cantar uma deter-
minada altura musical, nem todos os sujeitos que conseguem identi!car alturas mu-
sicais de forma absoluta são capazes de produzi-las vocalmente (Vanzella et al.,
2008).
Se, por um lado, sabe-se que a experiência musical precoce é fundamental para a
aquisição do ouvido absoluto, por outro, no entanto, nem todos os músicos que ini-
ciam cedo o treinamento musical chegam efetivamente a desenvolvê-lo. Uma pos-
sível explicação para esse fato seria a inexistência, nesses indivíduos, de algum fator
genético facilitador para a aquisição do traço. Há relatos na literatura sobre uma
concentração de ouvido absoluto entre membros de uma mesma família. Esses es-
tudos sugerem a existência de um componente genético necessário para a transmis-
são dessa habilidade (Pro!ta & Bidder, 1988). Um grupo de pesquisadores da
Universidade da Califórnia vem se dedicando intensivamente, há mais de dez anos,
ao estudo dessa hipótese com vistas a identi!car o gene ou do grupo de genes en-
94
volvidos na transmissão dessa estranha habilidade cognitiva (Athos et al., 2007;
-eusch et al., 2009).
Objetivos 
O presente estudo buscou (1) investigar a  prevalência de ouvido absoluto entre es-
tudantes universitários de música de duas diferentes regiões brasileiras (Sudeste e
Centro Oeste); (2) veri!car a existência de particularidades da percepção auditiva
entre os alunos que declararam ser portadores de ouvido absoluto (com relação à
percepção de diferentes timbres e registros, bem como ao tempo de reação e à pre-
cisão na identi!cação e produção de tons); (3) veri!car a possibilidade de se estabe-
lecer uma relação entre ouvido absoluto e idade de início do treinamento musical;
(4) investigar se o tipo de treinamento musical recebido por portadores de ouvido
absoluto quando do aprendizado da notação musical e de solfejo teve algum impacto
na aquisição dessa característica; (5) veri!car a presença desse traço cognitivo em
membros da família dos estudantes que declararam possuir ouvido absoluto; (6)
comparar os resultados obtidos nas duas universidades pesquisadas para veri!car a
existência ou não de diferenças regionais.
Participantes e Método
Participaram desta investigação 263 alunos regularmente matriculados nos cursos
de graduação em música da Universidade de Brasília (n=130) e da Universidade Es-
tatudal Paulista  (n=133). Cada um dos 263 alunos-voluntários, após consenti-
mento livre e esclarecido, respondeu a um questionário, contendo perguntas tanto
objetivas (estilo múltipla-escolha) como abertas (permitindo respostas descritivo-
narrativas), sobre formação musical, histórico musical familiar e características pes-
soais da percepção auditiva. 
Os questionários foram aplicados durante os anos letivos de 2007 (na UnB) e 2008
(na UNESP), em horários solicitados previamente aos professores das disciplinas
coletivas oferecidas naqueles anos.
O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Uni-
versidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP – EPM)
e pelas Che!as dos Departamentos de Música da UnB e da UNESP.
Resultados
8,27% dos alunos da Unesp e 6,15% dos alunos da UnB matriculados nos cursos de
graduação em música declararam ter ouvido absoluto. Estatisticamente,não houve
diferença entre as duas universidades (x2 = 0.65, p > 0.05). Somando-se os resultados,
a prevalência na amostra total foi de 7,22%. 
95
Em ambas instituições os portadores de ouvido absoluto reportaram variações sig-
ni!cativas em suas habilidades de emitir e identi!car notas musicais. Cerca somente
de um terço dos estudantes com ouvido absoluto declarou não ter nenhum tipo de
limitação em sua habilidade. Os demais reportaram limitações relativas a timbre, re-
gistro e produção vocal.
Tanto na UnB como na UNESP, a idade mediana de início do treinamento musical
entre os alunos com ouvido absoluto revelou-se menor (7.18 ± 2.61) do que a idade
de início de não portadores (11.55 ± 4.02) (F=21,18; p0,05).
Não foi possível estabelecer uma relação entre o tipo de treinamento musical com
relação aos aprendizados de leitura musical e de solfejo e a aquisição do ouvido ab-
soluto. Tanto na UnB como na UNESP, a maior parte dos estudantes com e sem
ouvido absoluto utilizou os mesmos métodos para o aprendizado de solfejo (dó !xo)
e de leitura musical (escrevendo o nome das notas próximo às mesma nas pauta). 
Em nenhuma das duas universidades houve diferença no número de familiares com
ouvido absoluto entre os grupo de estudantes com e sem ouvido absoluto.
Discussão e conclusões
O resultado de prevalência de ouvido absoluto entre estudantes de música univer-
sitários obtido nesta investigação é semelhante ao resultado encontrado por inves-
tigação realizada por Gregersen et al., em 1999, nos Estados Unidos. Os resultados
do atual estudo podem ser comparados aos resultados da pesquisa norteamericana
uma vez que ambos adotaram parâmetros equivalentes na investigação: os sujeitos
estudados foram estudantes de música de universidades e a metodologia selecionada
para fazer o levantamento da prevalência de ouvido absoluto foi a utilização de ques-
tionários. Os números encontrados pela pesquisa norteamericana foram os seguin-
tes: dentre 1.996 estudantes de música de diferentes universidades americanas, 146
eram portadores de ouvido absoluto – proporção que corresponde a 7,3% dos in-
vestigados. Nosso estudo, semelhantemente, encontrou um índice de 7,22% de por-
tadores de ouvido absoluto entre estudantes de música universitários recrutados em
duas universidades brasileiras de regiões distintas do país. Seria interessante ampliar
essa investigação para outras áreas geográ!cas para observar se esses resultados ten-
dem ou não a se repetir e para veri!car possíveis particularidades no ensino e na prá-
tica musical regionais que eventualmente poderiam contribuir para uma maior
prevalência de indivíduos com ouvido absoluto numa determinada região.
Nosso trabalho também con!rmou investigações anteriores que mostraram que a
prevalência de ouvido absoluto é maior entre aqueles que iniciaram o treinamento
musical em tenra infância. Uma investigação conduzida por Sergeant (1969) cons-
tatou que 87,5% dos músicos que iniciaram o treinamento musical por volta dos 5,6
anos de idade eram portadores de ouvido absoluto, enquanto entre aqueles que co-
96
meçaram o treinamento após os 9 anos nenhum apresentava esse traço cognitivo.
Outros estudos também con!rmam essa tendência (Miyazaki, 1988a, 1988b; Ta-
keuchi, 1989; Bachem, 1940, 1955; Gregersen et al., 2000; Costa-Giomi et al., 2001;
Chin, 2003). 
Os resultados obtidos na presente investigação também corroboram dados da lite-
ratura que descrevem diferenças signi!cativas entre portadores do traço cognitivo
em questão. Alguns estudos mostram que mesmo entre sujeitos com ouvido absoluto
pode haver variações substanciais tanto na extensão da sensibilidade a timbres e re-
gistros como no grau de precisão e consistência na identi!cação e produção de tons
(Bachem, 1937; Takeuchi e Hulse, 1993). Em nosso estudo, apenas cerca de um
terço dos estudantes com ouvido absoluto declarou não ter nenhum tipo de limita-
ção em sua habilidade. Os demais estudantes reportaram limitações especialmente
relativas à percepção e identi!cação de alturas em diferentes timbres (alguns timbres
especí!cos foram citados com mais frequência como sendo mais difíceis, tais como
aqueles emitidos pela voz humana ou por fontes eletrônicas). Investigações mais
aprofundadas sobre essas variações perceptivas são desejáveis, uma vez que poderiam
contribuir para um melhor entendimento de como o cérebro percebe e processa al-
turas geradas por diferentes fontes sonoras.
Apesar de Gregersen et al. (2000) terem relatado que estudantes norteamericanos
que usaram solfejo dó-móvel tinham maior probabilidade de apresentar ouvido ab-
soluto, não pudemos observar no presente estudo nenhuma relação entre o tipo de
treinamento de solfejo e a presença da habilidade em questão. Aparentemente, de
acordo com nossos resultados, um tipo especí!co de treinamento musical não é su-
!ciente para garantir a aquisição dessa habilidade. É possível simplesmente que os
participantes com treinamento em dó-móvel da investigação de Gregersen et al. te-
nham tido um treinamento mais intensivo ou mais precoce do que os participantes
com treinamento em dó-!xo. Resumidamente, se o treinamento com um ou outro
sistema de solfejo tem algum impacto no desenvolvimento do ouvido absoluto per-
manece uma questão aberta.
Embora alguns estudos relatem a existência de uma concentração de portadores de
ouvido absoluto em determinadas familias (Baharloo et al., 1998, 2000; Gregersen
et al., 2000), não veri!camos em nosso estudo diferenças signi!cativas entre grupos
de portadores e não-portadores de ouvido absoluto no que se refere ao número de
familiares com ouvido absoluto.
UnB e UNESP apresentaram resultados semelhantes em todos os tópicos analisados.
Não foi possível, portanto, identi!car nenhuma particularidade institucional ou re-
gional no que se refere ã prevalência e às caracteristicas especi!cas dos alunos com
ouvido absoluto.
97
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