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Resumo Ética da Advocacia e Estatuto da OAB...

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Leonardo Cremasco Sartorio
Ética 
Atividades privativas da advocacia.
Art. 01º EAOAB – Lei 8906/04 : Versa sobre as atividades privativas da advocacia.
I- Versa sobre as atividades privativas da advocacia. Esse artigo já teve alterações, portanto, deve-se riscar a expressão “qualquer”, pelas razões abaixo constantes:
O artigo 01º, do Estatuto da Advocacia da OAB, previa que a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais, era uma atividade privativa da advocacia. Todavia, tal dispositivo foi objeto de Argüição de inconstitucionalidade no STF, momento em que a expressão “qualquer” foi tida como inconstitucional.
Podemos entender que a fundamentação disso está na própria lei 9099/95, que instituiu os juizados especiais cíveis, facultando às partes o direito de atuar sem assistência de advogado, em causas cujo valor não exceda vinte salários mínimos (vide art. 9º, lei 9.099/95).
No que tange a impetração de Habeas Corpus, poderá, por força de nossa Constituição Federal, ser formulada sem a necessidade de intervenção de um advogado.
Outro ponto interessante, é que na Justiça do Trabalho, também é concedida à parte a capacidade postulatória, por força do artigo 791 da CLT.
Obs: Existem, ainda, atos extrajudiciais que não necessitam obrigatoriamente da intervenção do advogado. Ex: Confecção de um contrato de locação.
II – Assessoria, consultoria ou direção jurídica (Como no caso de direção de setor jurídico de instituição financeira, que deve ser feita por advogado).
Exemplo para fixar sobre atividade da advocacia:
Trâmite de um processo cível (considerar como sendo um caso em que a intervenção do advogado é obrigatória, ou seja, diferentemente das exceções estudadas em linhas anteriores).
PI ----Contestação----Réplica----Fase 331 CPC----Instrução----Sentença----Recurso 
				 (aud. preliminar)
*Se a pessoa não era advogado, propôs uma ação e isso chegou a ser descoberto somente na fase de instrução, seus atos serão NULOS, pois a parte não possuía capacidade postulatória para atuar em juízo.
*Se a pessoa é advogado, mas está suspenso e, mesmo assim, ingressa com uma ação (petição inicial), os atos também serão nulos, pois não poderiam ser praticados.
Obs: Atos privativos de advocacia, realizados por profissionais ou sociedades não inscritas na OAB, constituem exercício ilegal da profissão.
É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.
A indicação de advogados para atuarem nos Juizados Especiais Cíveis, deverá ser feita pela Subseção ou, na sua ausência, pelo Conselho Seccional.
Defesa Judicial dos Direitos e Prerrogativas
O Presidente do Conselho Federal, Seccional ou Subseção, devem tomar as providências judiciais ou extrajudiciais para restaurar o império do Estatuto, quando tomarem conhecimento de violação de direitos ou prerrogativas da profissão.
Obs: O Presidente pode designar um advogado para cumprir tais finalidades.
Em inquéritos policiais ou ação penal, em que o advogado figure como indiciado, acusado ou ofendido, deve ter o representante da OAB.
Desagravo Público
O advogado que for ofendido no exercício da profissão, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho Competente. Isso poderá ocorrer de ofício, a seu pedido, ou de qualquer pessoa.
O relator poderá propor ao presidente do Conselho que solicite informações ao ofensor (autoridade ou não), no prazo de 15 dias, salvo se urgente.
Se a ofensa não tiver relacionada ao exercício da profissão, ou com as prerrogativas do advogado, o relator poderá propor seu arquivamento.
Se o relator convencer-se da procedência da ofensa, emite parecer ao Conselho que, se acatar a mesma, designa sessão de desagravo a qual é divulgada.
O ofendido não pode dispensá-lo.
Se a ofensa for dirigida a Conselheiro Federal, Presidente do Conselho Seccional ou violar as prerrogativas com repercussão nacional, o desagravo será promovido pelo Conselho Federal.
Estágio Profissional
Quando tratamos sobre o assunto de estágio profissional, é adequado que o candidato tenha conhecimento sobre a lei 11.788/08, a qual, nos dias de hoje, regulamenta a atividade. Contudo, acreditamos, que eventuais questões que possam abordar o tema sejam exigidas em direito do trabalho, eis que a lei guarda relação com a matéria.
Abaixo, passamos a expor dados importantes sobre estágio profissional de acordo com o regulamento geral da OAB:
O estágio profissional de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição no quadro de estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem prática. 
O estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela instituição de ensino superior autorizada e credenciada, em convênio com a OAB, complementando-se a carga horária do estágio curricular supervisionado com atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina, observado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas) horas, distribuído em dois ou mais anos. 
A complementação da carga horária, no total estabelecido no convênio, pode ser efetivada na forma de atividades jurídicas no núcleo de prática jurídica da instituição de ensino, na Defensoria Pública, em escritórios de advocacia ou em setores jurídicos públicos ou privados, credenciados e fiscalizados pela OAB. 
As atividades de estágio ministrado por instituição de ensino, para fins de convênio com a OAB, são exclusivamente práticas, incluindo a redação de atos processuais e profissionais, as rotinas processuais, a assistência e a atuação em audiências e sessões, as visitas a órgãos judiciários, a prestação de serviços jurídicos e as técnicas de negociação coletiva, de arbitragem e de conciliação.
Obs: O estagiário pode praticar atos em conjunto com o advogado. Exceção: Existem atos que ele pode praticar sozinho. Ex: Carga de processo, assinar petições de juntada, obter certidões de processos em curso ou findos.
Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
Identidade Profissional
Os documentos de identidade profissional são: a carteira e o cartão emitidos pela OAB, de uso obrigatório pelos advogados e estagiários no exercício de suas atividades. Se o advogado optar pelo cartão, não necessitará da carteira.
O cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identidade do advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, em destaque, e do prazo de validade, que não pode ultrapassar três anos nem ser prorrogado. 
Parágrafo único. O cartão de identidade do estagiário perde sua validade imediatamente após a prestação do compromisso como advogado.
Membros dos órgãos da OAB podem ter cartão de identidade de advogado com sua qualificação na OAB e prazo de validade de acordo com o mandato.
Procuração = Instrumento de mandato
Procuração é mandado ou mandato?
R: Mandato
Procuração é a outorga de poderes para representar o cliente em juízo ou fora dele. 
O advogado pode representar um cliente extrajudicialmente?
R: Sim. Ex: Assembléia de condomínio. Entretanto, esta procuração deve ter firma reconhecida.
O advogado pode atuar sem procuração?
R: Sim, no caso de medida de urgência por 15 dias prorrogáveis por mais 15 dias (é uma única prorrogação). Esta urgência é processual.
Direitos das partes:
Renúncia e Revogação:
Renúncia: parte do advogado. Ele fica responsável perante seu cliente por mais 10 dias, salvo se este já constituiu outro advogado. 
No caso de renúncia o advogado deve notificar o cliente, preferencialmente, mediante carta com AR, e, após, comunicar o juízo.
Obs: Devemos tomar muito cuidado com a expressão “preferencialmente”, pois, o examinador poderá tentar mudar o sentido para “obrigatoriamente”, o que poderá
acarretar prejuízos ao candidato.
Revogação ou destituição: parte do cliente. Ele informa que não quer mais aquele advogado nos autos. Nesse caso não há que se falar em 10 dias. O cliente que deve arrumar outro advogado, uma vez que o anterior não ficará responsável por mais 10 dias. O juiz pede para que o autor regularize a representação no processo sob pena de extinção.
Substabelecimento
COM RESERVA DE PODERES – o advogado não se desvincula e nem se afasta do mandato, sendo que pode outorgar poderes a outros advogados. O advogado não necessita notificar o cliente, eis que se trata de um ato pessoal. Obs: Posso ter um substabelecimento com reserva de poderes para um ato específico, como, por exemplo, para somente fazer uma audiência. 
SEM RESERVA DE PODERES – o advogado se desvincula totalmente do mandato. Ex: Pode ocorrer tanto na renúncia, quanto na revogação.
Nesse caso, deve existir o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
Inscrição: art 08º EAOAB
Basta passar no exame de ordem?
Art. 08º EAOAB: (ausente um dos requisitos eu não posso me inscrever)
Capacidade civil: a pessoa pode ser maior de 18 anos, mas possuir um impedimento legal. Ex: Osmar Santos.
Diploma: Existiam faculdades que não eram reconhecidas. Por tal motivo, enquanto essa situação não fosse regularizada, os alunos que eram aprovados não conseguiam se inscrever.
Título de eleitor: quem não votou e não se justificou também não consegue se inscrever.
Aprovação no exame de ordem: regulamentado pelo Conselho Federal e realizado pelo Conselho Seccional.
Não exercer atividade incompatível (proibição total): Ex: Policial militar – não pode se inscrever.
Idoneidade moral: quem determina é o Conselho Seccional através de 2/3 de seus membros. Na prática existem casos que o Conselho teve que aprovar. Ex: Paula Thomaz conseguiu se inscrever, pois cumpriu sua pena e foi agraciada pelo indulto, sem restar antecedentes inclusive.
Prestar compromisso perante o Conselho: é o juramento, previsto no regulamento geral do código (importante para os alunos). É prestado numa sessão solene, obrigatória e pública. Lá o advogado assina o livro de inscrição perante o Conselho Seccional.
Obs: O requerente à inscrição, na falta de diploma devidamente registrado, poderá apresentar certidão de graduação em direito e histórico autenticado.
Obs: O compromisso prestado perante o Conselho é personalíssimo e indelegável.
Obs: Pedidos de transferência de inscrição de advogado são regulados em Provimento do Conselho Federal.
Inscrição suplementar: art. 10, parágrafo 2º
Com a carteira da OAB eu posso advogar em todo território nacional? Limitadamente ou ilimitadamente?
Limites: 
O Estatuto assim prevê:
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral:
§ 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
O Regulamento Geral assim dispõe:
Art. 5º Considera-se efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos previstos no artigo 1º do Estatuto, em causas ou questões distintas. Parágrafo único. A comprovação do efetivo exercício faz-se mediante:
a) certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais; 
b) cópia autenticada de atos privativos;
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício, indicando os atos praticados.
Art. 26. O advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão, até o total de cinco causas por ano, acima do qual obriga-se à inscrição suplementar.
Obs: Esse ponto merece especial atenção do candidato, pois, há que se observar o que consta no enunciado da questão. Muito embora seja de nosso entendimento que qualquer das respostas está correta, o candidato poderá ter problemas em questões em que o enunciado pergunte sobre o Estatuto (que seria a primeira resposta), ou, Regulamento Geral, onde, o mais correto, seria a segunda resposta.
Temos, portanto, que o Regulamento Geral somente complementa a resposta, abordando melhor o assunto.
Na inscrição suplementar eu terei um novo número por cada estado que tiver mais que 05 causas. Sou obrigado a solicitar minha suplementar caso exceda as 5 causas. O advogado pagará uma nova anuidade.
Obs: Sociedade que abre filial em outro estado torna obrigatória à inscrição suplementar dos sócios.
Cancelamento: art. 11º EAOAB
No cancelamento o advogado está incompatível com a advocacia. Cancela-se a inscrição OAB/SP nº.....
Cancelada a inscrição não há arrependimento. Se o advogado decidir voltar a advogar não voltará com o mesmo número, terá um novo número de inscrição.
Hipóteses para o cancelamento:
1) Requerimento: o advogado não precisa justificar. Se decidir voltar a advogar basta comprovar os incisos I, V, VI e VII do art. 08º EAOAB.
Neste caso, não há novo exame ou prova de reabilitação.
2) Exclusão: Cancela-se a inscrição. O advogado pode voltar a advogar, mas aqui terá de se submeter a provas de reabilitação, sendo que esta deverá aguardar um ano do trânsito em julgado da pena. Não é um novo exame de ordem, é uma prova de reabilitação.
Obs: No caso de crime, deverá, também, ser promovida a reabilitação criminal.
3) Falecimento: o número dele deixa de existir. Não vai para ninguém.
4) Caráter definitivo: Essa hipótese está diretamente vinculada à natureza da função que o advogado passará a exercer, sendo, que o candidato deverá ter conhecimento dos cargos constantes no art. 28, do Estatuto. Ex: Advogado que passa num concurso para exercer a função de delegado federal (sendo a função incompatível com a advocacia, em caráter definitivo, temos a hipótese de cancelamento da inscrição). 
Obs: O mesmo não ocorre no caso do advogado ser eleito como Presidente da República, pois, mesmo sendo a função incompatível com a advocacia, não há que se falar em caráter definitivo, pois existe mandato certo a ser cumprido, mesmo em caso de reeleição. Portanto, nesse caso, estaremos diante de uma questão de incompatibilidade em que o advogado deverá licenciar-se da advocacia.
5) Perder requisitos do artigo 08º EAOAB.
Obs: Cancela-se a inscrição quando ocorrer a 03ª suspensão relativa ao não pagamento de anuidades distintas.
Licença: art 12 do EAOAB
Na licença o advogado também está incompatível. O advogado deixa de advogar por um período indeterminado.
A licença só têm validade se for averbada no Conselho Seccional. 
Obs: Na licença não há pagamento de anuidade.
Hipóteses para licença:
Requerimento, por motivo justificado. Ex: Viagem ao exterior, doença.
Passar a exercer em caráter temporário, atividade incompatível com a advocacia. Ex: Presidente da República. Obs: Após leitura do art. 28, do Estatuto, podemos analisar se o cargo está inserido nas hipóteses de cancelamento ou licença. Se o caráter da função incompatível for temporário, trata-se de licença.
Sofrer doença mental considerada curável. Ex: Estress, Depressão.
Incompatibilidade e Impedimentos
Como mencionado em sala de aula, o incompatível não pode advogar. Se a pessoa exercer função incompatível com a advocacia antes de se inscrever, não poderá se inscrever. Todavia, caso passe a exercer atividade incompatível com a advocacia após sua inscrição na OAB, estará com sua OAB licenciada ou cancelada. Para tanto, devemos analisar o “caráter” para sanar a questão.
Exemplo para fixação:
advogado que passou a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia, estará com seu registro na OAB cancelado. Obs: Não há pagamento de anuidade; o número de seu registro
na OAB será cancelado. Ex: Policial militar.
Advogado que passou a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com a advocacia. Nesse caso, o advogado estará com seu registro licenciado, e não pagará anuidade para OAB. Ex: Presidente da Câmara dos Deputados.
Assim, podemos verificar que a incompatibilidade pode ser permanente, ou temporária.
Obs: A incompatibilidade abrange também a advocacia extrajudicial (consultas, pareceres)
Artigo 28, do EAOAB (Incompatibilidades – estudo extraído do livro “Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB”; Paulo Lobo, ed. Saraiva, 4ª edição):
I – Este inciso refere-se aos titulares de entes políticos (Presidente da República, governador de Estado, prefeito municipal e respectivos vices, bem como os Membros das Mesas do Congresso Nacional, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. No que tange aos vices e suplentes, estarão incompatibilizados mesmo no caso de não estarem no efetivo exercício.
Parlamentares não integrantes das mesas das casas legislativas, são apenas impedidos de exercerem a advocacia.
II – Este inciso faz menção a todos os que possuam funções de julgamento. Relevante mencionar, que os Conselhos e órgãos julgadores da OAB não estão incluídos nas incompatibilidades, pois não integram a Administração Pública direta ou indireta. 
Obs: Quanto aos membros do Ministério Público que ingressaram na carreira e se inscreveram na OAB até 05 de outubro de 1988, poderiam optar pelo regime antigo que permitia a acumulação de atividades.
III – Este inciso visa destacar que a incompatibilidade acompanha a autoridade do órgão que emitirá o ato decisório final, esperado pelo terceiro, mesmo que contra tal ato caiba recurso à autoridade superior.
IV – Este inciso versa sobre a incompatibilidade dos titulares de serviços auxiliares da justiça. O Estatuto não fica restrito apenas ao cargo nominal, alcançando a vinculação indireta do serviço prestado em qualquer órgão do poder judiciário.
Portanto, qualquer função pública ou privada, que se vincule à atividade regular de órgão do poder judiciário, mesmo que indiretamente, incompatibilizará seu ocupante para o exercício da advocacia.
V – Aqui a incompatibilidade abrange os ocupantes de cargos vinculados direta ou indiretamente à atividade policial de qualquer natureza, em caráter transitório ou permanente, sob regime estatutário ou celetista.
Esta incompatibilidade se fundamenta no fato de que essas pessoas encontram-se próximas a autores e réus de processos, facilitando a captação de clientela ou outras vantagens.
VI – Neste inciso temos a incompatibilidade dos militares de qualquer natureza, desde que estejam na ativa. No entanto, ao contrário da atividade policial, os servidores civis que prestem serviços às Forças Armadas não são incompatíveis para o exercício da advocacia, que, neste caso, é exclusiva dos militares, salvo as hipóteses de impedimento.
VII – Esta hipótese versa sobre os cargos e funções relacionados com a receita pública, como, por exemplo: “fiscais de rendas, auditores fiscais, fiscais de receitas previdenciárias, agentes tributários.
Entretanto, todos os servidores que tiverem competência para lançamento ou arrecadação ou fiscalização, independentemente do cargo que ocupem, estarão incompatibilizados para o exercício da advocacia.
VIII – Aqui estarão incompatibilizados para o exercício da advocacia os dirigentes e gerentes de instituições financeiras, públicas ou privadas, pois possuem um grande potencial de captação de clientela, detendo poder decisório na economia de pessoas.
Artigo 30, I, II do EAOAB (Impedimentos - estudo extraído do livro “Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB”; Paulo Lobo, ed. Saraiva, 4ª edição):
Este caso merece especial atenção de todos, pois, o impedido é advogado e pode advogar! As provas geralmente fazem alguns trocadilhos para confundir o entendimento de vocês, mas, desde já, fixem a idéia acima declinada.
Ocorre, todavia, que o advogado impedido encontra algumas restrições ao exercício da advocacia, não podendo atuar contra ou favor ao órgão que o remunera (as provas geralmente trazem a dica sobre remuneração para o caso dos impedidos), bem como aos órgãos vinculados a estes! Ex: No caso do vereador, não poderá advogar contra seu órgão remunerador.
O advogado que mantém vínculo funcional com qualquer entidade da Adm. Pública (direta ou indireta), estará impedido de exercer a advocacia contra tal órgão e contra a Fazenda Pública, vez que a mesma é comum. Entende-se, por Fazenda Pública: a União, Estado-Membro, Município e todas as respectivas entidades da Adm. Direta e indireta, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista.
No caso dos parlamentares municipais, estaduais ou federais (não suplentes das mesas diretoras), são impedidos de advogar enquanto durar seus respectivos mandatos.
Algumas ementas interessantes sobre o assunto:
	498ª SESSÃO DE 19 DE ABRIL DE 2007
	INCOMPATIBILIDADE – VICE-PREFEITO – EXERCÍCIO DA ADVOCACIA. 
Nos expressos termos do art. 28, I, do EAOAB, o exercício da advocacia é incompatível com o cargo de Vice-Prefeito, que é o substituto legal do chefe do Poder Executivo Municipal. Referida incompatibilidade se traduz na proibição total de advogar. A incompatibilidade incide ainda que o Vice-Prefeito não tenha jamais substituído efetivamente o Prefeito. Inteligência dos arts. 27 e 28, I, do EAOAB. Precedente desta corte: Processos E-2.085/00 e E-3.195/2005. 
Proc. E-3.448/2007 – v.u., em 19/04/2007, do parecer e ementa do Rel. Dr. FÁBIO DE SOUZA RAMACCIOTTI – Rev. Dr. ZANON DE PAULA BARROS – Presidente Dr. CARLOS ROBERTO F. MATEUCCI.
	513ª SESSÃO DE 21 DE AGOSTO DE 2008
	EXERCÍCIO PROFISSIONAL – INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS – EXERCÍCIO DA ADVOCACIA POR FUNCIONÁRIO DA OAB – INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA – CAUTELAS A SEREM ADOTADAS. 
Segundo as regras da hermenêutica, a incompatibilidade para exercício profissional restringe direito, e deve ser interpretada de modo estrito e não admite aplicação analógica ou extensiva. Os advogados funcionários da OAB não estão incompatibilizados e nem impedidos de advogar fora do horário de expediente, em causas particulares, que nada dizem respeito com a OAB. Diante da possibilidade de captação de clientela e angariação de causas, é altamente recomendável que os advogados funcionários da OAB não aceitem patrocinar causas, não encaminhem causas para escritórios e nem indiquem advogados para as pessoas que procuram a Casa, uma vez que este procedimento caracteriza infração ética, ou mesmo desvio funcional. Os advogados que prestam serviço à OAB e às entidades a ela vinculadas, a qualquer título, estão impedidos de patrocinar causas contra as mesmas e também de advogar nos seus Tribunais Disciplinares, em razão da proximidade do poder e do tráfico de influências. 
Proc. E-3.631/2008 – v.m., em 21/08/2008, do parecer e ementa do Rel. Dr. LUIZ ANTONIO GAMBELLI, com voto convergente do julgador Dr. JOSÉ EDUARDO HADDAD – Rev. Dr. BENEDITO ÉDISON TRAMA – Presidente Dr. CARLOS ROBERTO F. MATEUCCI.
	500ª SESSÃO DE 22 DE JUNHO DE 2007
	INCOMPATIBILIDADE – SERVIDOR DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA CRIADA PELA LEI MUNICIPAL N. 10.115 DE 15 DE SETEMBRO DE 1986 – ATIVIDADES SUBMETIDAS A REGIMES DIVERSOS – INFLUÊNCIA SOBRE AS PESSOAS. 
O servidor da Guarda Civil Metropolitana Municipal criada pela Lei Municipal número 10.115 de 15 de setembro de 1986 está proibido de exercer a advocacia enquanto no exercício permanente ou temporário da função em face da influência de atividades manifestamente diferenciadas e submetidas a regimes diversos e manifesta influência sobre as pessoas tornando-os incompatibilizados para o exercício da advocacia, qual seja, a proibição total de advogar nos termos do disposto no artigo 28, incisos III e V, da Lei n. 8906/94 e julgados precedentes da OAB. 
Proc. E-3.462/2007 – v.u., em 22/06/2007,
do parecer e ementa do Rel. Dr. CLÁUDIO FELIPPE ZALAF – Revª. Drª. BEATRIZ MESQUITA DE ARRUDA CAMARGO KESTENER – Presidente Dr. CARLOS ROBERTO F. MATEUCCI.
	516ª SESSÃO DE 19 DE NOVEMBRO DE 2008
	INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO – PROCURADOR MUNICIPAL – PARTICIPAÇÃO DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – IMPEDIMENTO DE ADVOGAR CONTRA A FAZENDA PÚBLICA QUE O REMUNERA E ENTIDADES VINCULADAS – ATUAÇÃO PERANTE JUIZADO ESPECIAL – INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO ÉTICO, SALVO SE ATUOU NA FUNÇÃO DE CONCILIADOR.
Não compete ao Tribunal de Ética e Disciplina, mas à Comissão de Inscrição e Seleção, apreciar consultas individuais sobre as incompatibilidades e impedimentos do exercício da advocacia, previstos no Capítulo VII do Estatuto, art. 136 e 63, “c”, do Regimento Interno da Seccional, e art. 49, do CED. No caso, porém, tratando-se de questões já pacificadas por este Sodalício e disponíveis para consulta no sítio eletrônico da OAB/SP - Tribunal de Ética, conhece-se da consulta, em tese, a título de divulgação. Assim, ao Procurador Municipal incidirá tão somente o impedimento previsto no artigo 30, inciso I, da Lei nº 8.906/94, de advogar em face da Fazenda Pública que o remunere ou à qual se vincule a entidade empregadora. Em se tratando de Procurador Geral do Município, ficará exclusivamente legitimado para o exercício da advocacia vinculada à função que exerça, durante o período da investidura (art. 29 do EAOAB). No tocante à participação do Convênio de Assistência Judiciária, descabe a esta Turma Deontológica examinar os seus requisitos para inscrição dos interessados, não se vislumbrando, a princípio, a par do impedimento legal (art. 30, I), óbice a sua participação. Da mesma forma, poderá advogar junto aos Juizados Especiais, salvo no tocante às partes que tenha atendido como conciliador. Precedentes: E-2.359/01; 2.890/04; 1.696/98, 1.854/99, 2.172/00 e 2.907/04.
Proc. E-3.691/2008 – v.u., em 19/11/2008, do parecer e ementa do Rel. Dr. LUIZ FRANCISCO TORQUATO AVOLIO – Rev. Dr. BENEDITO ÉDISON TRAMA – Presidente Dr. CARLOS ROBERTO F. MATEUCCI.
	512ª SESSÃO DE 17 DE JULHO DE 2008
	IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES – DIRETOR DE ESCOLA PÚBLICA – AUSÊNCIA DE PODER DE DECISÃO RELEVANTE SOBRE INTERESSES DE TERCEIRO – MERO IMPEDIMENTO DE ADVOGAR CONTRA A FAZENDA PÚBLICA QUE O REMUNERA – INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 28, III, E 30, I, DO EAOAB – PROCURADOR MUNICIPAL – MERO IMPEDIMENTO DE ADVOGAR CONTRA A FAZENDA PÚBLICA QUE O REMUNERA – CARGOS DE DIRETOR JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, INDIRETA E FUNDACIONAL, DE SECRETÁRIO MUNICIPAL DE NEGÓCIOS JURÍDICOS E DE PROCURADOR GERAL – LEGITIMAÇÃO EXCLUSIVA DO ART. 29 DO EAOAB. 
A incompatibilidade prevista no inciso III, do art. 28 do EAOAB, não incide se o cargo de direção não tiver, a critério do Conselho competente da OAB, poder de decisão relevante a respeito de interesses de terceiro. O diretor de escola pública, por não ter referido poder, não estará incompatibilizado com a advocacia, mas, sim, impedido de advogar contra a Fazenda Pública que o remunera. O procurador municipal não exerce cargo incompatível com a advocacia, mas está impedido de advogar contra o Poder Público que o remunera. Inteligência do art. 28, III, § 2º, e 30, I, do EAOAB. O advogado que ocupa cargo de dirigente jurídico de órgãos públicos da administração direta, indireta ou fundacional, de secretário municipal de negócios jurídicos ou de procurador geral do Município, somente está legitimado “para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura” (art. 29 do EAOAB). Em caso de impedimento ou da legitimação exclusiva do art. 29 do EAOAB, não há óbice para que o advogado integre a Comissão do Advogado Público da OAB. Precedentes do TED I: Proc. E-2.565/02 (Embargos), E-3.299/2006 e Proc. E-3.375/2006.
Proc. E-3.633/2008 – v.u., em 17/07/2008, do parecer e ementa do Rel. Dr. FÁBIO DE SOUZA RAMACCIOTTI – Rev. Dr. LUIZ FRANCISCO TORQUATO AVOLIO – Presidente em exercício Dr. FABIO KALIL VILELA LEITE.
Direitos do advogado – arts. 06º e 07º EAOAB 
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. 
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. 
Art. 7º São direitos do advogado: 
I – exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; 
III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; Obs: A expressão “assim reconhecidas pela OAB” foi declarada inconstitucional, após julgamento da ADI nº 1.127-8 – STF.
VI – ingressar livremente: 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; 
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que munido de poderes especiais; 
VII – permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; 
VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; 
IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido. Obs: Este inciso foi declarado como inconstitucional, após julgamento da ADI nº 1.127-8 –STF. 
X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; 
XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; 
XIII – examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; 
XIV – examinar
em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos; 
XV – ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; 
XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; 
XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; 
XVIII – usar os símbolos privativos da profissão de advogado
XIX – recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; 
XX – retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. Obs: Se o examinador indicar que a autoridade que presida o ato estava presente, o advogado não poderá utilizar-se dessa prerrogativa.
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. 
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. Obs: A expressão desacato foi declarada inconstitucional, após julgamento da ADI nº 1.127-8 –STF. Assim, o candidato deverá tomar especial cuidado com questões da OAB que tentem manipular o entendimento contrário. 
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo. 
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB. Obs: A expressão “controle” foi declarada inconstitucional, após julgamento da ADI nº 1.127-8 – STF. 
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. 
§ 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. 
§ 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. 
 
Sigilo Profissional
O sigilo profissional deve ser resguardado acima de tudo, abrangendo, inclusive, as atividades de assessoria. Mesmo que o advogado não seja contratado, deverá resguardar o sigilo das informações prestadas, eis que o sigilo é obrigação extracontratual.
No caso do advogado desejar postular contra ex-empregador ou ex-cliente, deverá observar o disposto no artigo 19, do Código de Ética e disciplina, que assim dispõe:
O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissional e as informações reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas.
O Tribunal de Ética e disciplina da OAB, entende que o advogado que desejar postular em nome de terceiros, contra interesses de seu antigo cliente ou empregador, deverá aguardar 2 anos para fazê-lo (é a chamada jubilação) . Tal medida visa equilibrar a relação jurídica entre as partes, pois obsta que o advogado utilize-se de informações privilegiadas que tinha à época do desligamento.
Em decisões recentes, assim se posicionou o Tribunal de Ética e Disciplina:
	517ª SESSÃO DE 11 DE DEZEMBRO DE 2008
	ADVOGADO DESLIGADO DE ENTIDADE EM QUE ATUOU – ABSTENÇÃO DE PATROCINAR CAUSAS CONTRA A ENTIDADE PELO PRAZO DE DOIS ANOS – RESGUARDO DE SIGILO: OBRIGAÇÃO SEM LIMITE TEMPORAL.
Advogado que se desliga de entidade em que atuou fica impedido, pelo prazo de dois anos, de patrocinar causas contra a entidade de que se desligou. De qualquer forma dever manter sigilo sobre todas as informações de que teve conhecimento em razão de sua atuação na entidade, sigilo este não sujeito a qualquer limite temporal. Fica também impedido, sem limite temporal, de patrocinar causas contra ato ou contrato que elaborou ou sobre o qual opinou durante sua atuação na entidade de que se desligou. 
Proc. E-3.706/2008 – v.u., em 11/12/2008, do parecer e ementa do Rel. Dr. ZANON DE PAULA BARROS – Rev. Dr. LUIZ ANTONIO GAMBELLI – Presidente Dr. CARLOS ROBERTO F. MATEUCCI.
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	518ª SESSÃO DE 12 DE FEVEREIRO DE 2009
	EXERCÍCIO PROFISSIONAL – PATROCÍNIO DE AÇÕES CONTRA EX-EMPREGADOR – JUBILAÇÃO – PREPOSTO – IMPEDIMENTO PERPÉTUO. 
O advogado deve guardar o lapso de tempo de pelo menos dois anos, contados da rescisão contratual, para advogar contra o ex-empregador e, mesmo após este período, deve respeitar sempre o segredo profissional e as informações privilegiadas que lhe tenham sido confiadas. O impedimento temporário persiste mesmo que não tenha ocupado na empresa o cargo de advogado. Basta que tenha acesso ou conhecimento de dados que possam ser usados contra o ex-empregador ou mesmo para a para a captação de clientes ou causas. Como a questão envolve a garantia do sigilo profissional, é altamente recomendável que o período de jubilação e o impedimento alcance toda a empresa, não se restringindo apenas à área de atuação onde trabalhava o empregado. Quando o advogado, com regularidade, atuou como preposto perante a Justiça do Trabalho, o impedimento de advogar contra o ex-empregador na Justiça do Trabalho passa a ser perpétuo, porque o preposto deve ter conhecimento de todos os fatos, depõe como se fosse, em nome e no lugar do empregador, e está sujeito à pena de confissão.
Proc. E-3.723/2009 – v.u., em 12/02/2009, do parecer e ementa do Rel. Dr. LUIZ ANTONIO GAMBELLI – Rev. Dr. CLÁUDIO FELIPPE ZALAF – Presidente em exercício Dr. GUILHERME FLORINDO FIGUEIREDO.
Apesar de não compartilhar com o entendimento esposado na segunda ementa, face ao caráter perpétuo da medida, ressalto que o candidato deverá tomar especial cuidado se o examinador fizer questionamentos sobre a jubilação de ex-empregado que atuou com freqüência na Justiça do Trabalho como preposto, pois, segundo o Tribunal, essa pessoa sofrerá um impedimento permanente, ou seja, não poderá advogar contra o ex-empregador mesmo após decorridos os 2 anos de jubilação.
Feitas as devidas considerações acerca do tema, destaca-se, que o sigilo profissional poderá ser quebrado nas seguintes hipóteses: grave ameaça
ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa.
O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte.
Obs: No que diz respeito às confidências entre advogado e cliente, poderão ser utilizadas nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizado pelo cliente.
Sociedade de advogados: art 15º EAOAB
Regulamentada no Estatuto e inscrita no Conselho Seccional. 
Na sociedade podem participar somente os advogados regularmente inscritos. O estagiário pode ser empregado, sócio não.
É uma sociedade de pessoas, civil, mas deve ser inscrita no Conselho Seccional (estado/território) e não no cartório.
Na sociedade de advogados não poderá ter nome fantasia. Os advogados poderão colocar o nome de um sócio, podendo permanecer o de um sócio falecido, caso haja previsão nos atos constitutivos da sociedade
Advogados de uma mesma sociedade não podem advogar em interesses opostos. Se isto acontecer, praticaram tergiversação (vulgarmente conhecida como casadinha). Obs: Em separação consensual isso não ocorre.
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados a inscrição suplementar.
Obs: Quando o cliente contrata uma sociedade e um dos sócios faz alguma besteira, o cliente pode entrar com uma ação contra a sociedade. Os sócios respondem subsidiária e ilimitadamente, além de responder processo disciplinar. Se um sócio não têm patrimônio vai para o do outro.
A sociedade de advogados pode associar-se com advogados sem vínculo de emprego, para participação nos resultados.
As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma de administração social. (Ex: atribuição de poderes a um sócio gerente).
Advogado empregado: artigo 03º CLT (ver artigo 18 EAOAB)
O advogado pode ser empregado de uma pessoa jurídica, sociedade de advogados ou de outro advogado. 
O salário do advogado é fixado por sentença normativa, salvo se houver acordo ou convenção coletiva. Obs: Sentença normativa é quando não teve acordo ou convenção, tendo ocorrido o dissídio coletivo. (acordo coletivo = empresa e sindicato dos empregados / convenção coletiva = pacto entre sindicato dos empregados e sindicato dos empregadores)
Abaixo, traçamos um paralelo entre o Estatuto e a CLT, para que possam ser visualizados os benefícios do advogado empregado consagrados no Estatuto . 
Pela CLT, temos:
-Empregado urbano:
 jornada de 08 horas;
 adicional de 50% de horas extras
 horário noturno das 22h00 às 05h00, com 20% de adicional noturno.
Pelo Estatuto temos:
-Advogado empregado: 
jornada de 04 horas, desde que não seja exclusivo. Ex: Advogados que prestam plantões em sindicatos. Se for exclusivo, trabalhará no regime de 08 horas.
adicional de horas extras, pelo estatuto, é de 100%
horário noturno das 20h00 às 05h00, com 25% de adicional noturno. Ex: Enxurrada de processos contra a telefônica, onde necessitou de bastante advogado para fazer defesas.
Obs: O regime de exclusividade deve estar constando no contrato de trabalho, sendo que a jornada acima de 08h00 deverá ser remunerada como extraordinária.
Obs: O advogado empregado está subordinado ao empregador quanto às questões trabalhistas, pois, com relação à parte técnica, inexiste subordinação.
Publicidade
Quando estamos diante desta temática, devemos ter em mente que tudo aquilo que torne possível a captação de clientela é vedado pela OAB.
Assim, o advogado poderá fazer uso de publicidade, desde que à mesma seja discreta e moderada.
Exemplos de situações autorizadas pela OAB:
a) uso de placa, com conteúdo discreto e não mercantilista; 
b) títulos e qualificações;
c) endereços;
d) horário de expediente; 
e) participação em programas de TV, desde que o cunho seja informativo, ilustrativo e educacional
Exemplos de situações que não são moderadas e ensejam à captação de clientela:
Anúncio em rádio e TV;
Utilização de nome nome fantasia;
advocacia anunciada em conjunto com outra atividade (Ex: imobiliária)
Anunciar cargos ou funções exercidas; (Ex: Promotor aposentado; ex-juiz etc)
Publicar dados mercantis como, por exemplo, valores dos honorários e formas de pagamento;
Anunciar a atividade em adesivos afixados em veículos;
Utilizar símbolos oficiais da OAB;
Mencionar características da sede da sociedade;
Envio de mala-direta a uma coletividade; 
Inserção de ilustrações, cores, fotos, figuras, desenhos, marcas e logotipos, incompatíveis com a sobriedade da advocacia;
Distribuição de folhetos ou panfletos;
Anúncio em outdoor;
Debates com caráter sensacionalista.
Obs: De acordo com o art. 28, do Código de Ética e Disciplina, o advogado não poderá anunciar a advocacia em conjunto com outra atividade. Sob o mesmo assunto, temos decisões interessantes proferidas pelo Tribunal de Ética e Disciplina, principalmente no que tange ao exercício da advocacia conjuntamente com imobiliária, conforme abaixo transcrito:
	500ª SESSÃO DE 22 DE JUNHO DE 2007
	EXERCÍCIO PROFISSIONAL – ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA – FUNCIONAMENTO EM PRÉDIO QUE ABRIGA IMOBILIÁRIA – VEDAÇÃO.
A advocacia não pode desenvolver-se no mesmo local, em conjunto com profissão não advocatícia, exigindo-se nítida e absoluta separação de espaços físicos e funcionais de cada atividade. No caso, a vedação é notória, na medida em que a entrada do prédio, que já abriga imobiliária, é única, bem como a sala de espera, os telefones e a funcionária da recepção são comuns. Tal vedação é ditada pelo princípio basilar da inviolabilidade do escritório profissional, do sigilo dos seus arquivos e registros e para que não ocorra a captação de clientela. Inteligência do §3º do artigo 1º do Estatuto da Advocacia e Resolução nº 13/1997 deste Tribunal.
Proc. E-3.469/2007 – v.u., em 22/06/2007, do parecer e ementa do Rel. Dr. GUILHERME FLORINDO FIGUEIREDO – Rev. Dr. LUIZ ANTONIO GAMBELLI – Presidente Dr. CARLOS ROBERTO F. MATEUCCI.
	449ª SESSÃO DE 17 DE OUTUBRO DE 2002
	ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA – FUNCIONAMENTO NO MESMO IMÓVEL QUE ABRIGA CONSULTÓRIO MÉDICO, EM SALAS DISTINTAS – IMPOSSIBILIDADE
Vedação ética que se impõe em nome das prerrogativas de liberdade e independência do advogado, bem assim do dever de sigilo profissional, que é inerente à profissão e pressuposto da confiança depositada pelos clientes, nos termos dos artigos 7º, I e II, do EAOAB e 2º e 25 do CED. Parâmetros legais que se afiguram suficientes para ensejar a mais completa e hermética atuação do profissional do Direito em seu local de trabalho, palco restrito de confidências, segredos e dramas da pessoa humana, que se veria devassada pela promiscuidade imobiliária da sala de espera, da secretária comum, das placas indicativas e até do próprio endereço compartilhado com o profissional da área médica. 
Proc. E-2.663/02 – v.u. em 17/10/02 do parecer e ementa do Rel. Dr. LUIZ FRANCISCO TORQUATO AVÓLIO – Rev. Dr. JOSÉ GARCIA PINTO – Presidente Dr. ROBISON BARONI.
 
Honorários advocatícios
Tipos de honorários:
-convencionados (acordados entre as partes)
-arbitrados judicialmente – caso o cliente não pague
-sucumbência – paga pela parte vencida
É recomendável que o advogado contrate seus honorários por escrito. Do contrário, poderá convencioná-los verbalmente, mas, neste caso, se ocorrer qualquer problema, dependerá do arbitramento dos honorários
para que possam ser executados.
O advogado, quando da estipulação dos serviços contratados pelo cliente, deve analisar os parâmetros estabelecidos na tabela de honorários feita pelo Conselho Seccional, onde cada estado têm a sua. O Conselho Seccional fixa tabela de honorários advocatícios, definindo as referências mínimas e as proporções, quando for o caso. 
O advogado pode cobrar menos que o mínimo, desde que justifique o motivo (art. 41, do Código de Ética e Disciplina). Em se tratando de celebração de convênio para prestação de serviços jurídicos com redução dos valores estabelecidos na Tabela de Honorários, deverá ter parecer favorável do Tribunal de Ética e Disciplina (art. 39, do Código de Ética e Disciplina)..
Pode cobrar mais que o mínimo, devendo observar os requisitos elencados no art. 36, do Código de Ética e Disciplina. Presente qualquer um dos requisitos, será permitido ao advogado fixar seus honorários além do que dispõe a tabela.
O advogado pode até fazer a título gratuito, quando se tratar de mandato outorgado por outro advogado, para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão (art. 22, § 5ª, do EAOAB).
Pode também pegar em patrimônio, mas somente em caráter excepcional e contratado por escrito (art. 38, parágrafo único, do Código de Ética e Disciplina)
Qual a forma de pagamento?
A forma de pagamento é a convencionada entre as partes. Caso as partes nada convencionem, aplicar-se-á a regra do art. 22, § 03º, do EAOAB, qual seja: (1/3 no início, 1/3 até a decisão de 01ª instância e o restante no final).
Essa expressão “restante”, indica que o advogado pode receber outro tipo de honorário ao final (Ex: Sucumbência). Assim, incorreto é dizer que a regra do art. 22, § 03º, do EAOAB é 1/3 no início, 1/3 até a decisão de 01ª instância e 1/3 no final. (cuidado especial com esse tipo de pegadinha)!
Sucumbência
Os honorários de sucumbência, via de regra, pertencem ao advogado. Todavia, após julgamento da ADI 1.194 STF, admite-se disposição em contrário, em decorrência da declaração de inconstitucionalidade do art. 24, § 3º, do EAOAB.
Quem arbitra o valor é o juiz, utilizando, como parâmetro, o art. 20, do CPC. Temos, portanto, que a sucumbência poderá ser fixada entre um mínimo de 10 % e um máximo de 20 %, sobre o valor da condenação.
No caso de advogado empregado, a sucumbência também é dele.
No caso de sociedade divide-se entre os sócios.
Se for empregado de sociedade também divide-se entre o advogado empregado e os sócios.
OBs: Os honorários de sucumbência não integram o salário ou a remuneração, não sendo considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.
Honorários Quota Litis 
Essa modalidade de honorários indica que o profissional dependerá do resultado da demanda. (Ex: Ação de danos morais contra determinada empresa, onde o advogado dependerá do êxito da demanda para receber sua parte).
Estabelece o art. 38, do Código de Ética e Disciplina:
Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos de honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas em favor do constituinte ou do cliente. 
Parágrafo único. A participação do advogado em bens particulares de cliente, comprovadamente sem condições pecuniárias, só é tolerada em caráter excepcional, e desde que contratada por escrito.
Em interessante decisão recente proferida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, assim se posicionaram:
	520ª SESSÃO DE 16 DE ABRIL DE 2009
	EXERCÍCIO PROFISSIONAL – CURATELA DE INTERDITA CONCOMITANTE A PATROCÍNIO DA MESMA CLIENTE – VEDAÇÃO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – FIXAÇÃO EM PERCENTUAL DE 50% SOBRE O VALOR A SER RECEBIDO PELO CLIENTE – IMODERAÇÃO.
O exercício do múnus público de curatela em relação à própria cliente, por encerrar intransponível colisão de interesses, incide, inequivocamente, na proibição contida no artigo 23 do Código de Ética e Disciplina da OAB, de que "é defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente", cujo espírito é assegurar a independência do advogado e evitar a ocorrência de conflito de interesse. Já os honorários advocatícios, segundo preceitua o art. 36 do CED, devem ser fixados com moderação. Seja qual for a natureza da prestação dos serviços, em regra não deve o montante da honorária exceder a porcentagem de 30% (trinta por cento) do valor bruto percebido pelo cliente em se tratando de ações trabalhistas e previdenciárias. Mesmo diante da estipulação da cláusula quota litis ou ad exitum, jamais o valor dos honorários poderá ultrapassar o proveito auferido pelo cliente. Inconcebível, ademais, sobre configurar infração ética do artigo 34, inciso XX, a percepção ad eternum de 50% da verba alimentícia fixada em prol da cliente, devendo a base de cálculo dos honorários limitar-se ao total das prestações vencidas acrescida de até doze prestações vincendas. Precedentes: proc. E-2990/2004, 3.025/2004 e 3.696/2008. 
Proc. E-3.740/2009 – v.u., em 16/04/2009, do parecer e ementa do Rel. Dr. LUIZ FRANCISCO TORQUATO AVOLIO – Rev. Dr. ZANON DE PAULA BARROS – Presidente em exercício Dr. LUIZ ANTONIO GAMBELLI.
OAB – Fins e Organização
Dispõe o art. 44, do EAOAB:
Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade: 
I – defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; 
II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.47 
§ 1º A OAB não mantém com órgão da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico. 
§ 2º O uso da sigla “OAB” é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil. 
A OAB participa dos concursos públicos, previstos na Constituição e nas leis, em todas as suas fases, por meio de representante do Conselho competente, o qual deverá velar pela isonomia e integridade do certame. Se constatar irregularidades ou favorecimentos, deverá retirar-se e comunicar o Conselho.
Receita
Os inscritos na OAB devem pagar as anuidades, contribuições, multas e preços de serviços fixados pelo Conselho Seccional, sendo 45% do bruto destinado para:
I – Conselho Federal (15%)
II – Fundo Cultural (05%)
III – despesas administrativas e manutenção da Seccional (25%)
O fundo cultural destina-se à pesquisa e o aperfeiçoamento da profissão do advogado.
Se o presidente de algum órgão da OAB (Conselho Federal, Conselho Seccional, Caixa ou Subseção) deixarem o cargo no curso do mandato, deverão apresentar relatório ao seu sucessor.
Órgãos da OAB:
Conselho Federal = União
Conselho Secccional = Estados/ Territórios
Subsecções = Município
Caixa de Assistência = Município
Conselho Federal
É o órgão máximo, supremo, possui sede em Brasília, atuando no interesse da advocacia em âmbito nacional. 
O Conselho Federal é composto por um presidente, pelos Conselheiros Federais integrantes das delegações de cada unidade federativa e por seus ex-presidentes.
O Conselho Federal é formado por delegações e não turmas, sendo, que cada delegação é composta por 3 membros ou conselheiros.
Mediante provimento, elabora listas constitucionalmente previstas para preenchimento dos cargos nos tribunais.
A elaboração das listas constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, é disciplinada em Provimento do Conselho Federal. 
O Conselho Federal pode conferir a medalha Rui Barbosa às grandes personalidades da advocacia brasileira, sendo, esta, a comenda máxima concedida ao advogado.
Nas sessões de deliberações
do Conselho Federal, o presidente tem direito ao voto de qualidade, eis que não faz parte de qualquer delegação. No que diz respeito aos ex-presidentes, terão direito a voz. Exceção: Salvo os que exerceram mandato antes de 05/07/94 ou em exercício nesta data.
Nas sessões do Conselho Federal existe a possibilidade do Presidente do Conselho Seccional participar do julgamento, ocasião em que terá direito a voz.
O presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros e os agraciados com a medalha “Rui Barbosa”, podem participar das sessões, com direito a voz.
Cada delegação possui direito a um voto nas sessões, sendo que o mesmo é tomado por maioria. Assim, como a delegação é composta por três membros ou conselheiros, o voto será tomado por maioria. Obs: Se faltar um dos membros de determinada delegação numa sessão do conselho, os demais deverão anuir no voto, pois, se divergirem, será invalidado.
O Conselho Federal possui competência para resolver todos os casos omissos no estatuto.
Para alterar ou editar o Regulamento Geral, Código de ética e disciplina e os provimentos, e para intervir nos Conselhos Seccionais, deverá ter o quorum de 2/3 das delegações.
O Conselho Federal possui comissão de ensino jurídico, que pode opinar nos pedidos para criação, reconhecimento e credenciamento de cursos jurídicos.
O Presidente é substituído em suas faltas, licenças e impedimentos pelo Vice-Presidente, pelo Secretário-Geral, pelo Secretário-Geral Adjunto e pelo Tesoureiro, sucessivamente. O Vice-Presidente, o Secretário-Geral, o Secretário-Geral Adjunto e o Tesoureiro substituem-se nessa ordem, em suas faltas e impedimentos ocasionais, sendo o último substituído pelo Conselheiro Federal mais antigo e, havendo coincidência de mandatos, pelo de inscrição mais antiga.
O Conselho Seccional pune o advogado. Exceção: O Conselho Federal vai punir nas seguintes hipóteses:
quando quem praticou a infração foi o presidente do Conselho Seccional. 
Quando o ato indisciplinar foi praticado contra o Conselho Federal. 
Quando quem praticar o ato for membro do Conselho Federal.
Conselho Seccional = Estado / Território
A composição é proporcional ao número de inscritos. É proporcional porque cada Estado têm um número de inscritos.
Sobre o mesmo assunto, prevê o art. 106, do Regulamento Geral:
“Os Conselhos Seccionais são compostos de conselheiros eleitos, incluindo os membros da Diretoria, proporcionalmente ao número de advogados com inscrição concedida, observados os seguintes critérios: 
I – abaixo de 3.000 (três mil) inscritos, até 30 (trinta) membros; 
II – a partir de 3.000 (três mil) inscritos, mais um membro por grupo completo de 3.000 (três mil) inscritos, até o total de 80 (oitenta) membros.”
O Conselho Seccional fixa o número de seus inscritos mediante resolução, sujeita ao referendo do Conselho Federal.
Compete ao Conselho Seccional, se constatar grave violação ao Estatuto, Regulamento Geral ou seu Regimento Interno, intervir, parcial ou totalmente, nas Subseções e na Caixa de Assistência aos advogados.
Ao Conselho Seccional compete exclusivamente o poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB, em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.
De acordo com o art. 58, do EAOAB, compete privativamente ao Conselho Seccional:
I – editar seu Regimento Interno e Resoluções; 
II – criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados; 
III – julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados; 
IV – fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
V – fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
VI – realizar o Exame de Ordem;
VII – decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários; 
VIII – manter cadastro de seus inscritos;
IX – fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas; 
X – participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
XI – determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional; 
XII – aprovar e modificar seu orçamento anual; 
XIII – definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher seus membros;
XIV – eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
XV – intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
XVI – desempenhar outras atribuições previstas no Regulamento Geral.
Nas sessões do Conselho Seccional, o presidente têm direito a voto, e o ex-presidente a voz. Exceção: Salvo os que exerceram mandato antes de 05/07/94, ou em exercício nesta data.
Em tais sessões, também poderão participar o presidente do instituto dos advogados local, o presidente do Conselho Federal ou conselheiros federais, presidente da Caixa de Assistência e das Subseções, os quais terão direito a voz.
Nos processos disciplinares que tramitam no Conselho Seccional, o relator tem competência para instrução, podendo ouvir depoimentos, requisitar documentos, determinar diligências e propor o arquivamento ou outra providência cabível ao presidente do órgão competente.
O Conselho Seccional fixa a tabela de honorários, definindo o valor mínimo e, se for o caso, as proporções.
Subseção
Refere-se ao município. A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, necessitando do quorum de quinze advogados regularmente inscritos para sua criação.
Uma subseção pode abranger um ou mais municípios ou parte de um de um município.
Caixa de Assistência dos Advogados
Presta todo tipo de assistência em benefício ao advogado. Para se criar precisa de 1.500 advogados inscritos.
A caixa sobrevive da metade do valor das anuidades arrecadadas, depois de efetuados os descontos obrigatórios.
Para as subseções não há valor específico. O Conselho Seccional de imediato paga o salário dos empregados.
Tribunal de Ética e Disciplina
Dentre suas atribuições, destacamos duas de extrema relevância:
órgão julgador dos processos disciplinares instaurados pelo Conselho Seccional ou Subseção.
Órgão de consulta sobre ética profissional.
Processo disciplinar
Como se instaura o processo disciplinar?
Por ofício ou mediante representação, sendo que esta última não pode ser anônima.
A representação pode ser feita por qualquer pessoa, mas há um prazo para oferecê-la que é de 05 anos (prazo prescricional), os quais são contados do conhecimento do fato.
O processo disciplinar é sigiloso, sendo que seu acesso é garantido às partes, seus representantes e autoridade judiciária competente.
A representação vai para o Presidente do Conselho Seccional ou para o presidente da Subsecção (esta é uma das alterações). Hoje em dia o processo disciplinar pode ser instaurado nas Subseções.
Recebida a representação, o presidente do Conselho Seccional ou Subsecção nomeiam um relator para presidir a instrução processual.
O relator pode determinar as diligências que entender necessárias, sendo que pode propor o arquivamento da representação, quando estiver desconstituída dos pressupostos de adminissibilidade.
No início da instrução do processo disciplinar, o relator determina a notificação do advogado representado para apresentar defesa prévia, no prazo de 15 dias. (Obs: O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator.)
O representado
intimado e não apresentando defesa, ou, se não for encontrado, será nomeado um defensor dativo.
Oferecida a defesa prévia, que deve estar acompanhada de todos os documentos e o rol de testemunhas, até o máximo de cinco, é proferido o despacho saneador e, ressalvada a hipótese do § 2º do art. 73 do Estatuto, designada, se reputada necessária, a audiência para oitiva do interessado, do representado e das testemunhas. O interessado e o representado deverão incumbir-se do comparecimento de suas testemunhas, a não ser que prefiram suas intimações pessoais, o que deverá ser requerido na representação e na defesa prévia. As intimações pessoais não serão renovadas em caso de não-comparecimento, facultada a substituição de testemunhas, se presente a substituta na audiência.
Obs: Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da representação, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento.
Concluída a instrução, será aberto o prazo sucessivo de 15 dias para as partes apresentarem razões finais, a começar pelo interessado e, após, ao representado.
Após este prazo, o relator profere parecer preliminar, a ser submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina.
O presidente do TED, quando recebe o processo devidamente instruído, designa um novo relator o qual vota no processo disciplinar.
Após o voto do relator, o processo é inserido automaticamente na pauta da primeira sessão de julgamento, após o prazo de 20 (vinte) dias de seu recebimento pelo Tribunal, salvo se o relator determinar diligências. Assim, temos, que se o relator determinar alguma diligência, poderá ocorrer alteração no prazo de 20 dias, sendo, esse, um tema que exige muita cautela do candidato ao exame de ordem.
Superada essa fase, a secretaria do TED irá intimar o representado com 15 dias de antecedência para que apresente sua defesa oral em 15 minutos.
Obs: Após a declaração de inconstitucionalidade do inciso IX, do art. 7º, do EAOAB, entendemos restar prejudicada essa questão (vide ADI nº 1.127-8/ DF) .
Assim, depois de reunidos os elementos necessários, será proferida a decisão pela Turma Julgadora
Obs: A representação contra membros do Conselho Federal e Presidentes dos Conselhos Seccionais é processada e julgada pelo Conselho Federal.
As decisões, quando terminativas, são recorríveis. Todo recurso têm efeito suspensivo, salvo: eleições, suspensão preventiva e cancelamento de inscrição obtida com falsa prova.
Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras gerais do procedimento administrativo comum e da legislação processual civil, nessa ordem.
Caberá revisão do processo disciplinar se ocorrer erro no julgamento ou se a condenação for obtida com falsa prova.
Notificações e Recursos
As notificações para apresentação de defesa prévia ou manifestações em processos administrativos, serão feitas por correspondência com aviso de recebimento, enviada para o endereço profissional ou residencial, cadastrado no Conselho Seccional. Para isso, o advogado deve manter seu cadastro atualizado.
Se a entrega da notificação for frustada, será feita por edital, a qual deverá constar o nome do advogado e o número de inscrição, eis que sigilosa (não pode fazer qualquer menção ao processo dsciplinar).
Infrações e Sanções disciplinares (de acordo com o Estatuto):
Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; 
II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta Lei; 
III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; 
IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; 
V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; 
VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior; 
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; 
IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; 
X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione; 
XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia; 
XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; 
XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes; 
XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária e de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; 
XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime;
XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado; 
XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; 
XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta; 
XIX – receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte; 
XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; 
XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;45 
XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança; 
XXIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; 
XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; 
XXV – manter conduta incompatível com a advocacia; 
XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; 
XXVII – tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; 
XXVIII – praticar crime infamante; 
XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. 
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível: 
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; 
b) incontinência pública e escandalosa; 
c) embriaguez ou toxicomania habituais.
Art. 35. As sanções disciplinares consistem em: 
I – censura; 
II – suspensão; 
III – exclusão; 
IV – multa. 
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto da publicidade a de censura. 
Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: 
I – infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34; 
II – violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; 
III – violação a preceito desta Lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. 
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante. 
Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de: 
I – infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34; 
II – reincidência em infração disciplinar.
todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de individualização previstos neste capítulo. 
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI
e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com a correção monetária. 
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação. 
Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de: 
I – aplicação, por três vezes, de suspensão; 
II – infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34. 
Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão é necessária a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente. 
Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes.
Eleições e mandatos:
De acordo com o art. 63, do EAOAB, a eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda quinzena do mês de novembro do último ano do mandato, sendo, eleitores, os advogados regularmente inscritos.
 
Os eleitos tomam posse em 01º de janeiro subseqüente, com exceção dos conselheiros federais, que tomarão posse em 01º de fevereiro do ano seguinte ao da eleição (art. 65, § único, do EAOAB).
 
Os conselheiros federais eleitos, elegem sua diretoria na data de 31 de janeiro do ano seguinte ao da eleição, às 19h00, a qual tomará posse no dia seguinte (art. 67, IV, do EAOAB c/c art. 137-A, do Regulamento Geral). Portanto, no que diz respeito aos membros do Conselho Federal, tomarão posse em 01º de fevereiro do ano seguinte ao da eleição, eis que aguardam a escolha de sua diretoria em 31 de janeiro
O mandato será de 3 anos!
O voto é obrigatório. Se o advogado não votar e não justificar poderá ser multado em valor equivalente a 20% do valor da anuidade, e vai para o Conselho Seccional.
Obs: O advogado com inscrição suplementar pode exercer opção de voto, comunicando ao Conselho onde tenha inscrição principal.
DA CNA
A Conferência Nacional dos Advogados é órgão consultivo máximo do Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato, tendo por objetivo o estudo e o debate das questões e problemas que digam respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento dos advogados.
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