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Aula Mercado Financeiro Estácio

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AULA 09 - Análise e Avaliação de ações: Análise Técnica x Análise Fundamentalista
Análise técnica
É a ciência que busca com base em dados passados, gerados pelo próprio mercado, projetar o futuro dos preços. Ela concentra-se no estudo do comportamento das massas que atuam nos mais diversos mercados para prever os preços de ações, índices, moedas, commodities etc. Os primeiros registros do modelo ocidental de análise datam do período entre 1900 e 1902, com uma série de reportagens publicadas no Wall Street Journal por Charles H. Dow. Desses artigos derivaram-se os conceitos fundamentais da Análise Técnica:
Os índices precificam tudo.
O mercado move-se em tendências e não de forma aleatória, fato que permite projetar os preços.  Essas tendências podem ser altistas, baixistas ou neutras (laterais). As tendências assumem comportamentos semelhantes às marés: vezes se enchendo, vezes se esvaziando. O desafio do analista é perceber o quanto antes as mudanças de tendências.
O futuro repete o passado. Não necessariamente de uma forma idêntica, mas através da formação de padrões que podem sinalizar continuação ou reversão de tendência. Estudando o comportamento das massas que atuam no mercado pode-se perceber semelhanças bem peculiares em topos e fundos formados pelo mercado. Ou seja, em reversões de tendências as massas assumem comportamentos próximos aos ocorridos no passado. E os desdobramentos dessas formações também possuem certo padrão.
O volume negociado sempre acompanha a tendência. Ou seja, se uma tendência é altista, pode-se esperar volumes mais consistentes em dias em que as negociações altistas ocorrerem. Caso essa regra seja invalidada, sinais de reversão de tendência poderão ocorrer.
A Análise Gráfica não se resume apenas aos conceitos citados. Várias ferramentas foram construídas com o objetivo de captar, identificar, as mudanças de tendências o quanto antes. As médias móveis e os milhares de indicadores técnicos existentes são conhecidos como métodos de apoio à decisão e foram criados muito por conta da informatização. Entretanto, nenhuma dessas ferramentas adicionais entra em confronto com os pontos citados na Teoria Dow, ou seja, os pontos fundamentais de Charles Dow são os alicerces de tudo que envolve análise gráfica.
Reflexão sobre pontos positivos e negativos da ferramenta de análise Pontos Positivos
• A ideia de que o mercado é o melhor “precificador” de ativos. Acompanhando o comportamento das massas, ou de quem comanda as massas, podemos identificar continuação ou mudanças de tendências. Isso vale para o mercado como um todo ou para algum ativo específico isoladamente. De quê adianta uma empresa ser espetacular em suas operações, em seus fundamentos, em sua relação com a sociedade e o meio ambiente se o mercado ainda não é comprador desse papel?
• Precisão das informações. As informações que constam nos gráficos, salvo algum erro de base de dados, são verídicas, ocorreram em negociações abertas e, portanto, são extremamente confiáveis. A única ressalva a ser feita em relação a esse ponto são as manipulações de alguns ativos, e os mercados mundiais cada vez mais trabalham no intuito de coibi-las. Citaremos algo nesse sentido quando falarmos dos pontos negativos.
• Antecipação de Eventos e Tendências. Mesmo que eu não conheça os donos de determinada empresa, mesmo que eu não tenha acesso a nenhum tipo de informação privilegiada, acompanhando o mercado e seus participantes mais relevantes, quem realmente gera grandes oscilações no mercado, eu já tenho subsídios suficientes para acompanhar tendências de preços, perceber mudanças nessas tendências e adotar estratégias operacionais vencedoras.
• Facilidade na adoção de estratégias operacionais. A análise Gráfica nos dá subsídios suficientes para a adoção de estratégias operacionais. Desde pontos interessantes de entrada em determinada operação, até projeção de preços, estimativas de ganhos e proteção dos mesmos. Além disso, nos dá ferramentas capazes de adotar estratégias que irão garantir a proteção do capital investido, pelo menos uma grande parcela deste. Utilizando análise técnica, dificilmente um investidor irá “congelar” diante de um quadro adverso. Ele estará preparado para isso, condicionado a tomar decisões que minimizem suas perspectivas de prejuízos.
• Massificação da ferramenta de análise, consequência do avanço e popularização da informática (e da internet). Num passado não muito distante, a confecção dos gráficos analisados era realizada de forma manual, em papel milimetrado. Esse trabalho árduo limitava o número de ativos a serem acompanhados. Além disso, eram muito comuns erros de escalas ou até mesmo de dados, que eram de difícil acesso se comparado ao cenário em que vivemos hoje. Atualmente existem softwares específicos para a elaboração de Análise Técnica e é muito mais fácil o acesso a dados confiáveis. Ao mesmo tempo em que mais pessoas têm acesso à ferramenta, mais ativos podem ser acompanhados de forma dinâmica e próxima.
Pontos Negativos
• Boa parte do mercado considera uma escola com visão simplista. O fato de não ser necessário conhecer os fundamentos da empresa, o cenário macroeconômico, as perspectivas setoriais em que aquela instituição analisada está inserida, muitas vezes causa estranheza. Como conseguir analisar inúmeras empresas e índices em um único dia? Ou pior, em algumas horas?
• Falta de credibilidade perante parcela dos investidores. Estamos e fomos educados, de uma forma geral, a acreditar que somente com estudo árduo, com trabalho árduo, com horas de dedicação a algo, nós conseguiremos alcançar nossos objetivos pessoais e profissionais. O fato de termos a possibilidade de realizar estudos com base somente nas perspectivas criadas pelas massas causa certo choque inicial em todos nós. Como comprar ações de uma empresa apenas olhando o Gráfico? Sim, é possível. Se considerarmos que todas as variáveis (ou grande parte delas) envolvidas na tomada de decisão estão precificadas pelo mercado, é possível obtermos sucesso acompanhando o próprio mercado. Essa visão, para muitos, é reducionista e impossibilita resultados satisfatórios. 
• Margem à manipulação em ativos com pouca liquidez. Esse é um ponto extremamente negativo e de difícil cura. O único remédio que temos é trabalhar com papéis que tenham bastante liquidez, que suas ações sejam pulverizadas. Só assim o risco de manipulação se reduz drasticamente. Entretanto, ao utilizarmos esse remédio estaremos abrindo mão de inúmeras oportunidades, de empresas sólidas, rentáveis, mas que ainda não caíram no gosto do mercado (e, portanto, possivelmente, estarão com preços atraentes). Esses papéis obviamente interessam a qualquer investidor, mas os analistas gráficos podem sofrer com manipulações de mercado.
• Em análise Gráfica nunca se pretende encontrar o topo da montanha nem o fundo do poço. Quando fundamentos apontam uma valorização expressiva em algum setor da economia, uma bolha, ou então uma depreciação exagerada nos preços de alguma empresa, os analistas gráficos esperam o mercado acreditar, confiar e “comprar” essas informações. O fato de ser necessária essa espera, absolutamente compreensível se analisada a teoria da análise gráfica, pode acarretar perdas de excelentes pontos de compra e venda.
Para a Escola Técnica, a resposta está nos gráficos de preços e volume, eles traduzem o comportamento do mercado e avaliam a participação de massas de investidores, que influenciam a formação dos preços. Os principais objetivos da escola técnica são: conhecer e mensurar a Lei de Oferta e Procura; identificar oportunidades de operações atraentes; otimizar ingressos e saídas do mercado; determinar limites de oscilação nos preços; estabelecer estratégias de risco. Os principais instrumentos de trabalho são: gráfico de linhas e barras, indicador relativo de força, média móvel, gráfico de volumes, gráfico de posições em aberto, gráfico ponto-figura, gráfico força reativa, gráfico de velas, gráfico preço-quantidade, indicador avanço declínio.Eles permitem avaliar: tendências em séries de preços ou retornos das ações, natureza dos investidores que atuam no mercado; natureza cíclica das oscilações de preços, importância dos volumes negociados.
Gráfico de barras: Trazem ainda mais informações referentes ao comportamento do mercado. Enquanto no gráfico de linhas só há a visualização dos preços de fechamento, no gráfico de barras há acesso aos preços de abertura, de máxima, de mínima e de fechamento em cada período. Esses dados complementares contribuem para uma análise mais precisa e irão dar subsídios para que a Teoria da Análise Técnica possa ser aplicada de forma mais eficaz. Cada período é representado por uma barra. Cada barra trará as seguintes informações: 
• abertura - preço da primeira negociação ocorrida no período. É representado por um traço horizontal à esquerda;
• máxima - preço da negociação máxima ocorrida no período. É representado pelo ponto mais alto de cada barra;
• mínima - preço da negociação mínima ocorrida no período. É representado pelo ponto mais baixo de cada barra;
• última ou fechamento - preço da última negociação ocorrida no período. É representado por um traço horizontal à direita. Essa informação é extremamente relevante, pois irá confirmar ou não força ou fraqueza do mercado diante de algumas situações. O mercado terá no preço de fechamento o parâmetro de comparação para confirmar uma quebra de linha de tendência, por exemplo. Ou de um nível de suporte ou resistência. Alguns analistas utilizam o preço médio para essa constatação, mas o parâmetro mais utilizado continua sendo o nível de fechamento. 
Gráfico de Candle: Apesar de só ter sido difundido nos EUA e no restante do mundo ocidental a partir de 1989, esse é o tipo de gráfico mais antigo de que se tem conhecimento. Datam de 1750 os primeiros livros que faziam referência ao estudo do mercado de arroz no Japão realizado pela família Homma. Munehisa Homma publicou uma série de livros que difundiam as técnicas responsáveis pelo acúmulo de formidável fortuna por parte de sua família. Atualmente, esses gráficos são muito utilizados em conjunto com a Teoria Dow. Isso porque os candles (períodos) trazem diversos sinais de curtíssimo prazo, o que pode ser utilizado como gatilho em algumas operações de prazo um pouco maior.  Os gráficos de Candle trazem as mesmas informações contidas no Gráfico de Barras, mas a exibição de tais informações sofre alterações, que irão ser definidas através do comportamento dentro de cada candle. Cada barra trará as seguintes informações:
• máxima - preço da negociação máxima ocorrida no período. É representado pelo ponto mais alto de cada barra;
• mínima - preço da negociação mínima ocorrida no período. É representado pelo ponto mais baixo de cada barra;
• abertura e fechamento - diferentemente do visto no Gráfico de Barras, os preços de abertura e fechamento não são postados de forma fixa. Caso o mercado tenha uma abertura menor, mais baixa, mais barata que o fechamento do período, o chamado corpo do candle fica vazio (ou branco). No gráfico apresentado, os candles “vazios” estão representados pela cor azul, ou seja, em cada período em que você visualiza um candle azul, identifica-se de imediato que o mercado fechou mais forte que sua abertura. 
Periodicidade dos gráficos: É importantíssimo, antes de tudo, ao realizar uma análise ou ter acesso a algum relatório elaborado por um analista gráfico, saber a que gráfico se está referindo. A teoria DOW, assim como a do Gráfico de Candle, se aplicará de forma idêntica em todos os tipos de gráficos. Apesar disso, pode haver divergências de interpretação devido ao desconhecimento sobre o período analisado.
Análise Fundamentalista
O mercado de ações é influenciado pelas forças compradoras e vendedoras dos investidores. Quando uma ação tem uma queda em suas cotações é porque a força vendedora superou a compradora e vice-versa. Mas, baseado em quê um investidor coloca suas ações à venda ou resolve comprar um determinado ativo? É aí que entra a Análise Fundamentalista! Ela busca avaliar as alternativas existentes para investimento, a partir:
• do tratamento de informações obtidas junto às empresas através de seus informes contábeis e de um estreito contato com a mesma;
• da análise do cenário macroeconômico;
• dos efeitos destes na empresa analisada; 
• das características do setor ao qual a mesma está inserida.
A análise de dados contábeis tem como principais fontes de informações o Balanço Patrimonial, o Demonstrativo de Resultado e o Demonstrativo de Fluxo de Caixa. Uma das formas mais apropriadas para identificar as potencialidades e problemas das empresas é a análise desses instrumentos.
A análise não deve, de maneira nenhuma, se restringir à simples observação dos números, que são dados estáticos que refletem o passado. É necessário buscar causas e consequências geradas pelos fatos. Uma proximidade maior com as empresas é importante, pois atrás de números contábeis existem pessoas, talentos e capacidades que devem ser conhecidas. Além disso, cada empresa produz bens e serviços e interagem com o ambiente externo. Neste momento é que entra o bom senso, a perspicácia e a sensibilidade do analista que formam o seu feeling.
Basicamente, existem dois tipos de riscos que influenciam uma empresa: 
• risco específico ou diversificável - consiste na influência de fatores inerentes à própria empresa nos preços de seus ativos, tais como: concorrência, política de preços, fornecedores, carteiras de clientes, inadimplência etc. Este risco é amplamente estudado pela análise ampla falada anteriormente;
• risco sistemático ou de conjuntura - é aquele em que fatores externos, que na maioria são variáveis macroeconômicas, influenciam o nível de preços. São eles: nível de taxa de juros, inflação, câmbio, preços de commodities etc. 
Esta influência se tornou mais marcante com a evolução da globalização e do rápido crescimento do fluxo de informações para os mercados. Não basta conhecer os dados de hoje, mas também as expectativas dos analistas macroeconômicos do mercado. Para realizar uma boa Análise Fundamentalista, é preciso saber qual o direcionamento da influência destes fatores nos preços das ações por nós analisadas. Primeiro se decide, depois as contas são feitas para medir a intensidade da influência.
Por último, a análise setorial vem de uma mistura entre as duas análises anteriores. Na realidade, esta análise visa identificar as vantagens e desvantagens competitivas de uma empresa no setor em que atua, de acordo com dados setoriais da sua indústria. Resumindo: “O analista, para obter informações diferenciadas, precisa visitar a empresa e conhecer o mercado no qual atua. É recomendável, ainda, obter informações adicionais sobre o cliente através de associações de classe, fornecedores, funcionários da empresa, publicações especializadas e seus concorrentes”.
Existem vários fatores que determinam o preço de uma ação no marcado, tais como: situação econômico-financeira da empresa; setor da atividade em que está inserida; setor da atividade em que está inserida; fatores externos de um mundo globalizado. Com o objetivo de tratar e analisar estes dados, os analistas fundamentalistas desenvolvem suas metodologias de avaliação, que visam apurar um preço justo (ou uma região de preços) para a ação, que será comparado ao prelo de mercado e influenciará a tomada de decisão dos gerentes/investidores. O preço de um determinado bem não reflete a expectativa e necessidade de todas as pessoas. Já o valor que cada um dá para um bem reflete os anseios tanto da pessoa que compra como da que vende. Por exemplo, uma fruta terá um valor intrínseco maior para alguém que não come há três dias do que para aquele que acabou de comer. No entanto, a mesma fruta terá preços diferentes em um supermercado popular e em um restaurante de alto nível. 
Geralmente, a Análise Fundamentalista pode se dar pela tentativa de projetar o fluxo de caixa futuro da empresa, fixando uma taxa de perpetuidadee uma outra para descontar este valor futuro para os dias de hoje. Em uma segunda abordagem, tem-se a análise comparativa de múltiplos financeiros e de mercado, em que os analistas visam recomendar determinada ação com base em uma comparação destes múltiplos, tais como: lucro por ação, valor patrimonial da ação, preço sobre lucro, payout, dividend yield. Em uma terceira abordagem, mais recente, os analistas visam projetar o quanto o administrador da empresa tem de capacidade de adicionar valor à mesma. Resumindo, a Análise Fundamentalista visa estabelecer o preço justo de uma ação através da análise de dados que são imputados a uma determinada metodologia de avaliação influenciando, assim, a decisão do investidor. 
Há duas metodologias de análise de empresas para precificação de ações: Análise de múltiplos financeiros (Consiste em calcular parâmetros ou índices financeiros de determinada empresa, tais como lucro por ação, valor patrimonial, preço valor patrimonial, preço sobre lucro, valor de mercado da empresa/lucro antes de taxas, impostos e depreciação, dividend yield. A partir da obtenção destes números, o analista faz uma comparação entre os demais concorrentes do setor com ações no mercado para fundamentar sua decisão. Esta comparação pode ser realizada também para empresas de setores diferentes da economia.). Fluxo de caixa descontado (Esta metodologia é uma das mais utilizadas no mercado brasileiro. Trata-se de projetar o fluxo de caixa futuro das empresas com base nas informações disponíveis nos balanços das mesmas, estabelecer uma taxa de perpetuidade para esta projeção, e trazer a valor presente estas projeções com base numa taxa de desconto, que irá influenciar de maneira decisiva o resultado da projeção. Você aprenderá sobre essa metodologia com mais detalhes mais adiante.).
Para um gestor passivo de investimentos, essa análise não traz muita influência, pois para ele o mais importante é a diversificação dos seus investimentos. Ele se caracteriza pela busca de um retorno parecido com o do mercado e, para isso, direciona seus recursos para uma carteira de ações extremamente correlacionada com o mercado, reduzindo assim o risco de descolamento em relação ao retorno de mercado. Já para um gestor ativo de carteiras que baseia a sua análise na seleção de ações (stock picking), a Análise Fundamentalista é primordial! Ele busca um retorno acima do mercado e, para isso, busca as opções subavaliadas com base em suas análises.
São questões importantes sobre a Análise Fundamentalista de ações: preços dos ativos; avaliação subjetiva; metodologias Bottom Up e Top Down.
Questões importantes sobre a Análise Fundamentalista de Ações
• Preços dos Ativos – Os ativos financeiros são adquiridos em função do fluxo de caixa que se espera que sejam gerados pela empresa, assim como o crescimento esperado deste fluxo.
• Avaliação Subjetiva – Os modelos de avaliação utilizados são todos objetivos, porém o input de dados parte de julgamentos pessoais e, portanto, subjetivos. Em função disso, toda a avaliação sofre os efeitos das tendências que cada analista adquire ao longo do tempo. No intuito de reduzir esta subjetividade, muitos analistas procuram terminar toda a avaliação antes de emitir qualquer opinião sobre a empresa.
• Metodologias Bottom Up e Top Down – Estas metodologias são dois tipos de análise que nos últimos anos vem ganhando bastante representatividade no mercado brasileiro. Na realidade, este tipo de nomenclatura vem da língua inglesa: análise de baixo para cima (bottom up) – que parte do princípio de analisar a empresa a partir de seus dados econômico-financeiros utilizando os dados de canário macroeconômico apenas para subsidiar a operacionalização de seu modelo de avaliação; e, a segunda é a análise de cima para baixo, (top down) isto é, aquela que parte de pressupostos de cenário para fundamentar a recomendação de uma empresa. Ex: alta do dólar e taxas de juros altas.
O Segredo de uma Boa Análise Sem dúvida, são três as peças chaves para uma boa análise de fluxo de caixa descontado: o tratamento dos dados, a taxa de perpetuidade e taxa de desconto do fluxo. O difícil nos dois últimos fatores é diminuir a subjetividade da análise de fatos que até nem fazem parte do dia a dia de um analista fundamentalista, tais como: taxas de juros da economia, câmbio, inflação e outros. Exemplo: Caso da Crise do Nasdaq de 2000. Será que alguém conseguiu prever o “Crash”?
Além da tradicional abordagem do FCD, muitos analistas fundamentalistas, principalmente depois do boom de tecnologia, vêm utilizando algumas metodologias diferenciadas. Uma das mais usadas ao longo dos últimos anos é a Análise de Múltiplos. Este tipo de análise ganhou força por suas características de simplicidade, facilidade de cálculo e por tentar, de uma forma mais rápida, comprar empresas dentro de uma mesma metodologia. Uso desordenado destes múltiplos pode gerar algumas confusões por parte dos analistas. Na realidade, a tentação de ter uma ferramenta simples que traz resultados rápidos num mundo extremamente concorrido faz com que os analistas cedam e façam uso destes múltiplos, esquecendo da poderosa ferramenta do fluxo de caixa descontado. De qualquer maneira, como a maioria das coisas na vida, a utilização destas duas ferramentas em conjunto pode tornar a análise mais fundamentada e consistente. 
Preço lucro
Preço/ valor Patrimonial
Vantagens: Característica de trazer uma medida relativamente estável e intuitiva de valor que pode ser comparada com o preço de mercado. 
• Fato de ser utilizado para se ter uma medida de sub ou supervalorização da empresa. 
• No caso de empresas que tem prejuízo, este múltiplo substitui bem o P/L que fica sem sentido neste caso.
Desvantagens: • Fato de que valores contábeis, assim como os lucros são afetados por decisões da empresa sobre depreciação e outras variáveis. 
• Quando as decisões contábeis são muito diferentes entre as empresas, o múltiplo perde seu poder de comparação. 
• No caso de empresas de serviços, não é muito utilizado, pois o patrimônio é muito baixo e distorceria o resultado.
Seu cálculo se dá por: P/VPA = Preço de Mercado da Ação / (Pat. Líq./quantidade de ações emitidas)
VE/EBITDA = Valor da Empresa / Lucro antes do Juros, Impostos, Depreciação e Amortização
 
Dividendos
Índice de Payout: Para fazer uma análise do histórico de distribuição de dividendos de uma empresa calcula-se o Índice de Payout, que se dá pela relação entre os Dividendos / Lucro Líquido da empresa.  Os segmentos mais maduros da economia tendem a distribuir uma maior parte do seu lucro. No Brasil, os casos mais evidentes são os setores de Bancos, Química, Siderurgia, Petróleo e Metalurgia. De outro lado, tem-se os setores de Telefonia Móvel, Elétrico, Varejo e Construção Civil. Nem sempre a empresa que tem um alto payout é a melhor opção para o investidor, pois quando uma empresa distribui grande parte do seu lucro é porque não tem um projeto para investir. Não seria melhor uma empresa que consiga reinvestir seus lucros com um retorno alto para seu acionista? Geralmente, as empresas mais novas necessitam de maiores investimentos e, pelo seu tempo de vida, não podem contar muito com os empréstimos bancários fazendo com que precise utilizar grande parte ou todo o seu lucro. Já as empresas mais antigas e de setores maduros distribuem mais dividendos e, por isso, são chamadas de “Vacas Leiteras ou Cash Cows”, pois não têm projetos lucrativos o suficiente para dar retorno ao seu acionista, reduzindo a necessidade de investimentos.
Dividend Yield: 
Dilemas que afetam o trabalho e a evolução da análise do Fluxo de Caixa Descontado
• Determinar um Valor Exato de Preço Justo ou uma Região de Atuação
É muito mais enriquecedor para o gestor de recursos ou investidor que o analista consiga definir uma região de compra e outra de venda, pois desta forma pode-se mensurar o retorno potencial de uma estratégia comparando com o custo deoportunidade assim como definir Stops de Ganho e Perda.
• Usar o maior número de variáveis possíveis ou somente as mais importantes
Na realidade não existe uma regra específica, porém quanto maior a quantidade de variáveis maior o nível de projeções a serem feitas, trazendo um maior custo para a análise que talvez não compense em termos de representatividade. No entanto, um FCD com poucas variáveis pode apresentar uma maior subjetividade ao processo elevando assim a margem de erro da projeção.
• Usar Múltiplos Comparativos ou FCD
Na realidade o FCD é uma ferramenta insubstituível, pois através dela o analista conhece a fundo a empresa, além de definir uma range de preços de atuação de forma mais consistente. No entanto, um analista que consiga utilizar as duas ferramentas de forma eficiente, com certeza terá um diferencial relevante em suas análises quando comparadas com as de outros analistas do mercado. A metodologia do FCD consiste em trazer a valor presente os valores projetados que representam, na opinião do analista, a geração de caixa futura da empresa. Uma das principais fases desta análise é a definição da taxa de desconto a ser utilizada. Seu cálculo se dá pelo cálculo do NPV como visto anteriormente pela matemática financeira: PJ = FC1 / (1+r) + FC2 / (1+r)2 + FC3 / (1+r)3 + FC4 / (1+r)4 + (FC5 x (1+g)) / ((r-g) x (1+r)5). Onde, FC1, FC2, FC3, FC4, FC5 – Fluxos de caixa nos anos de 1 a 5, (1+r), (1+r)2 , (1+r)3 , (1+r)4 , (1+r)5 r – Taxas de Desconto dos anos 1 a 5 g – Taxa de Perpetuidade com crescimento.
Características gerais do fluxo de caixa descontado Preço Justo (Target Price) O preço justo de uma empresa equivale ao valor presente de um fluxo futuro de benefícios de caixa prometidos pelo papel. Este fluxo de benefícios considera as receitas, custos e despesas e todas as necessidades de investimentos para manter sua competitividade. Esses fluxos são projetados a partir de cenários econômicos, comportamento esperado do mercado e setor de atividade, entre outros. São trazidos a valor presente mediante uma taxa de desconto que expressa a remuneração mínima exigida pelos proprietários de capital (acionistas e credores). Descontando-se do valor da empresa todas as dívidas perante terceiros, chega-se ao valor de seu patrimônio líquido, o qual dividido pelo número total de ações emitidas pela empresa permite apurar-se o preço justo da ação. Taxa de Perpetuidade A fase da perpetuidade de uma empresa é aquela na qual a mesma atinge a sua maturidade não tendo muito mais como aumentar a sua produtividade, definindo, assim, uma perpetuidade nível de dividendos. Nesta fase, geralmente o retorno sobre o Ativo da empresa e de seu PL se aproxima respectivamente dos custos de capital Total e Próprio, gerando um equilíbrio para a relação entre capital próprio e de terceiros. Neste momento, a empresa tem dois caminhos a seguir: o primeiro é se contentar com este nível de resultados e administrá-lo de forma a não deixar encolher ou optar por investir mais em novos projetos reduzindo o fluxo de caixa no curto prazo, em prol de maiores retornos futuros. A escolha ou a opção do analista influencia no cálculo desta perpetuidade.
Cuidados a serem tomados quando da projeção de FC
• Empresas com problemas de Solvência
Geralmente empresas nestas condições não apresentam perspectiva de melhora no curto prazo, dificultando o trabalho do analista que necessitaria prever a saída desta fase.
• Empresas em início de atividade
Empresas quando iniciam seus negócios levam algum tempo até conseguirem gerar um fluxo de caixa positivo, o que é bastante normal. Cabe ao analista identificar o momento da virada.
• Empresas com possíveis valores extraordinários não vinculados a sua atividade
Este tipo de situação acontece no dia a dia de muitas empresas. São valores difíceis de serem precificados, mas que podem influenciar decisivamente o fluxo de caixa futuro de uma empresa. Podemos citar como exemplo, as indústrias petrolíferas e as descobertas de novos poços de petróleo, as patentes de medicamento, um avanço tecnológico de uma empresa de software, dentre outras.
• Empresas Fechadas
Além de terem naturalmente menos transparência em seus números que as empresas abertas, as fechadas precisam ter uma taxa de desconto maior em virtude da inexistência de liquidez de seus títulos.
• Empresas de Setores Cíclicos
Estas empresas são bastante influenciadas pelos ciclos da economia internacional. De alguma forma, esses ciclos se tornaram ao longo dos últimos anos muito difíceis de serem mensurados em termos de sua magnitude e prazo de duração. Podemos citar como exemplo, o preço do aço que tem seu ciclo de alta e baixa definido em função da demanda internacional que está bastante concentrada da economia chinesa que apresenta alto grau de crescimento. Será que durará para sempre?
Taxa de Desconto Uma das principais funções e objetivos do analista fundamentalista é definir a taxa de desconto para o fluxo de caixa. Além disso, um importante diferencial é detectar antes do mercado a mudança de volatilidade dos mercados. Um bom exemplo é o caso da empresa Usiminas em 2002. A empresa estava bastante endividada em dólar e o mercado de câmbio extremamente desvalorizado fez com que sua taxa de desconto trabalhasse nos topos históricos. Com o passar do tempo, já em 2003, a melhora de cenário trouxe o dólar a cotações mais realistas e, junto com isso, a empresa reduziu sensivelmente sua exposição à moeda americana, fazendo com que sua taxa de desconto se reduzisse sensivelmente. Fato que levou sua cotação em mercado de R$ 3,20 em 2002 para algo em torno de R$ 35,00 no final de 2003. O analista que detectou esta mudança e recomendou a compra do ativo gerou um ganho de quase 1.000% em 18 meses, aproximadamente. Geralmente, quando ocorre um aumento do risco a taxa de desconto sobe e o analista tende a recomendar a venda do ativo. Já quando há uma redução do nível de risco, a recomendação tende a ser de compra, como visto no exemplo anterior. Um fator também importante com relação à taxa de desconto é o fato de que ela deverá estar no mesmo padrão de moeda do fluxo de caixa evitando distorções. Se o analista desconta um fluxo de caixa em dólares, a taxa de desconto deve refletir também a projeção de variação cambial do período. Uma dúvida bastante comum também é a incorporação ou não da inflação no cálculo da taxa de desconto. Não há uma regra específica, porém, vale levar em consideração a sua utilização quando o país passa por períodos de alta da inflação. Na realidade, os fluxos são descontados aos valores nominais, pois a premissa é de que a inflação já está embutida no preço dos produtos. Importante salientar que o analista, antes de definir a taxa, deve atentar para o objetivo da projeção. Se o interesse foi para uma precificação da empresa, o mais recomendado é utilizar o custo médio ponderado de capital (WACC). Já se o objetivo for fazer uma projeção para o acionista, o recomendado é utilizar o custo de capital próprio. Uma das principais estatísticas que medem o custo para o acionista ou o prêmio de risco exigido pelo mesmo é o CAPM (Capital Asset Pricing Model) que foi desenvolvido por William Sharp na década de 60.
O CAPM tenta fornecer uma previsão do relacionamento que devemos observar entre o risco de um ativo e seu retorno esperado. A estatística tem duas funções importantes, uma delas é a de fornecer uma taxa de retorno de referência para a avaliação de possíveis investimentos e também o modelo ajuda a ter uma referência no que diz respeito de ativos que ainda não foram negociados no mercado.
Exercícios AULA 09
1a Questão Basicamente são adotados dois critérios de análise para investimento em ações. Quais são eles?
	Análise da Liquidez e Análise da Rentabilidade
	Análise Operacional e Análise Técnica .
	Análise Vertical e Análise Horizontal
Certo 	Análise Técnica e Análise Fundamentalista
	Análise do Fluxo de Caixa Descontado e Análise Operacional
2a Questão Denominação dada a taxa de Juros deliberadapor ocasião da reunião do COPOM. A variação desta taxa tem como objetivo, o cumprimento das metas de inflação.
	TAXA MÉDIA E PONDERADA DE CAPITAL
Certo 	SELIC META
	SELIC OVER
	TJLP
	TAXA EFETIVA
3a Questão Os analistas fundamentalistas desenvolvem suas metodologias de avaliação que visam apurar um preço para a ação que será comparado ao preço de mercado e influenciará a tomada de decisão dos agentes /investidores. Este preço é denominado de:
Certo 	Preço justo.
	Preço de venda.
	Preço mínimo.
	Preço máximo.
	Preço de compra.
4a A análise que consiste em calcular parâmetros ou índices financeiros de determinada empresa, tais como lucro por ação, valor patrimonial, preço valor patrimonial, preço sobre lucro, valor de mercado da empresa/lucro antes de taxas, impostos e depreciação, dividend yield, é denominada:
	Análise Econômica-Financeira
	Análise Operacional
Certo 	Análise de Múltiplos Financeiros
	Análise de Fluxo de Caixa
	Análise Técnica
5a Questão Qual a análise que concentra-se no estudo do comportamento das massas que atuam nos mais diversos mercados para prever os preços de ações, índices, moedas, commodities etc.?
	Análise do Fluxo de Caixa Descontado
	Análise Econômico Financeira
Certo 	Análise Técnica
	Análise Fundamentalista.
	Análise Operacional
6a Questão No processo de análise e avaliação de ações, existem vários fatores que determinam o preço de uma ação no mercado tais como: situação econômico-financeira da empresa, cenário macroeconômico, setor de atividade em que a empresa está inserida, fatores externos de um mundo globalizado, dentre outros. Assinale abaixo a denominação estabelecida para este tipo de análise.
	Análise Técnica
	Análise de Riscos
	Análise Econômica
Certo 	Análise Fundamentalista.
	Análise Estratégica
7a Questão Sobre as técnicas de análise e avaliação de ações destacam-se duas, a saber, análise técnica e análise fundamentalista. Avalie as seguintes afirmações sobre a análise técnica e assinale, no quadro de respostas, a única opção correta: I É a ciência que busca com base em dados passados, gerados pelo próprio mercado, projetar o futuro dos preços. II Geralmente, pode se dar pela tentativa de projetar o fluxo de caixa futuro da empresa, fixando uma taxa de perpetuidade e outra taxa para descontar este valor futuro para os dias de hoje. III Concentra-se no estudo do comportamento das massas que atuam nos mais diversos mercados para prever os preços de ações, índices, moedas, commodities etc.
	As afirmações II e III estão corretas.
	Somente a afirmação II está correta.
Certo 	As afirmações I e III estão corretas.
	Somente a afirmação I está correta.
	As afirmações I e II estão corretas.
8a Questão SUA REAVALIAÇÃO SE DÁ A CADA QUADRIMESTRE. DELE PARTICIPAM AS EMPRESAS CUJO VOLUME FINANCEIRO REPRESENTA 80% DO TOTAL DO INDICE.
	INDICE SHARP
Certo 	IBOVESPA
	INDICE DE EFICIENCIA
	PIBB
	IBRX-50

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