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Caderno de Direito Empresarial I

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Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
Profa. GREYCE – greyceghisi@hotmail.com – 
8º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 1 
 
27/02/2013 
 As avaliações conterão questões objetivas e/ou discursivas, ambas sem consulta. A 
segunda avaliação será cumulativa e acrescida com 50% da nota que o aluno obteve 
no enade. 
Referências: Fábio Ulhoa Coelho; Maria Helena Diniz (vol. 8); 
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial - direito de empresa. 16ª.ed., 
São Paulo: Saraiva, 2012. 
DINIZ, Maria Helena. Lições de direito empresarial. 2ª.ed., São Paulo: Saraiva, 
2012. Volume 8 é direito empresarial. 
 
Empresário não se confunde com empresa e muito menos com estabelecimento 
empresarial. Empresa é a própria atividade e não o local exercido pelo empresário. 
Local é o estabelecimento empresarial. 
 
06/03/2013 
EVOLUÇÃO DO DIREITO COMERCIAL [Empresarial] 
Antes da primeira fase já havia a cobrança de juros. 
1ª FASE: Séc. XII a XVI – “Mercados e Trocas” 
- Florecimento cidades burguesas (Feiras/Mercados) 
Nesta base o comércio era itinerante, em que veio a nascer nas cidades 
burguesas por meio das feiras (Veneza, bolonea). Temos a figura do mercador e não do 
comerciante. 
Na primeira fase era “olho por olho, dente por dente”. 
- Corporações de ofício 
Normalmente, quando há classes se relacionando sempre haverá litígios. Sendo 
assim, também havia litígios entre os mercadores daquela época. E para resolução 
disso utilizava-se o regime da autotutela (vingança). 
As corporações de ofícios eram as associações de comerciantes influentes da 
época que passaram a legislar um regime próprio a ser aplicado àquela classe de 
comerciantes. Executavam essas leis quando se tinha litígios entre comerciantes. 
Isto quer dizer que passou a ter uma norma escrita para regular os conflitos 
entre os comerciantes. 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
Profa. GREYCE – greyceghisi@hotmail.com – 
8º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 2 
 
- Fase Subjetivista/Corporativa/Profissional/Consuetudinária 
É chamada de fase subjetiva porque somente os comerciantes matriculados na 
corporação de ofício é que detinham o direito de a eles ser aplicada a legislação 
vigente na época. 
Foi uma fase fechada, não era todo mundo que tinha direito de ter aplicação 
dessa legislação. Não eram todos os comerciantes que podiam se beneficiar das 
normas ditadas pela incorporação. 
A fase era um sistema corporativo fechado. Então, nem todos os comerciantes 
poderiam ser matriculados, dependia tão somente do interesse dos que já 
compunham o grupo. 
Somente os mercadores que poderiam ser matriculados. 
O direito, desde a primeira fase, é baseado nos costumes da época. 
- Conceito de comerciante: 
 Comerciante, na primeira fase, era aquele que praticava mercância 
subordinando-se a legislação editada pelas corporações de ofício em regime jurídico 
próprio, ou seja, se fosse matriculado. 
 Frisando que somente os comerciantes matriculados nesta corporação é que 
eram beneficiados pela legislação. 
 
2ª FASE: Séc. XVII e XVIII) 
 Nesta fase não se tem grande particularidades. É a fase que o Estado inicia, 
lentamente, a regular o direito comercial, iniciando pela legislação marítima. 
Em algumas doutrinas não vai aparecer, tivemos o nascimento de sociedades 
marítimas. 
- Código Sovary: Legislação marítima 
Esse código é aplicado as sociedade marítimas 
 
3ª FASE: Séc XIX – Liberalismo Econômico 
Esta Fase tem o intuito de resolver o problema corporativista fechada de 
comerciantes da primeira fase 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
Profa. GREYCE – greyceghisi@hotmail.com – 
8º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 3 
 
 - Fase Objetivista – ou seja, vem para arrumar o que estava errado. Busca editar 
uma legislação específica para uma classe de comerciantes. 
 Conhecida como fase objetivista pelo fato de ter resolvido o problema da 
primeira fase. 
Objetiva criar uma legislação comercial que possa abranger a todos os 
comerciantes indistintamente, baseando-se na revolução Francesa, resolvendo, desse 
modo, o problema que havia na PRIMEIRA FASE. 
 
- Código Mercantil/Napoleônico – França – “Teoria de atos de Comércio” 
Em 1807 Nasceu o código Mercantil Napoleônico que trouxe a Teoria de atos 
de Comércio, a qual visa estender a legislação a todos os comerciantes. 
 
- Comerciante = Atos de Comércio. Reg. 737/1850 
Para ser considerado comerciante, nesta fase, bastava que a pessoa praticasse 
atos de comércio com habitualidade e profissionalismo. 
 Se a pessoa praticasse quaisquer das atividades preceituadas no rol do artigo 
19 deste regulamento, quais sejam compra e venda, revenda, locação, corretagem, 
bancária, e outras, seria considerada comerciante 
 
 - Ato civil – Lei civil; 
Se a pessoa não se aplicasse nos atos de comércio retromencionada, seria aplicada os 
atos civil disciplinadas pela lei civil 
 
 - Ato comercial – Lei comercial 
Atividades sem proteção. 
Aqui é o mesmo problema da 1ª fase – pessoa que trabalhavam sol a sol, praticam atos 
de comércio, mas suas atividades não estavam ligadas aqui. 
 
 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
Profa. GREYCE – greyceghisi@hotmail.com – 
8º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 4 
 
4ª FASE: Teoria da Empresa 
É a fase marcada pelo abandono da Teoria dos Atos do Comércio (Teoria 
Francesa) para adoção da Teoria da Empresa (Teoria Italiana) 
- CC Italiano – Unificação do Direito Privado. 
Tem início com o Código Civil Italiano, o qual adotou a teoria do comércio e da 
empresa. 
 Unificou o direito civil, direito comercial e direito trabalhista foram unificados 
em um único Código. 
- Comércio  Empresa  Nova empresarialidade 
Hoje não se fala mais em comércio, estabelecimento comercial. Passou a ser 
chamado de direito empresarial. 
Esqueceu-se a terminologia comercial e o foco agora passou a ser estudado a 
empresa, o empresário e que passou a ser chamado de direito empresarial. 
- Atividade Empresarial x Atividade não empresarial 
Se o sujeito não pratica atividade empresarial 
O artigo 966, caput nos mostra quem é o sujeito que exerce atividade 
empresarial. E o artigo 966, § único nos mostra aqueles que praticam atividade não 
empresarial. 
- Conceito de Empresário 
O empresário é aquele que exerce com habitualidade e profissionalidade 
atividade econômica e organizada voltada a produção e circulação de bens e serviços. 
 
DIREITO COMERCIAL NO BRASIL 
- 1808 – 1850 – Teoria de atos comércio 
Uma legislação começou a ser aplicada aos comerciantes em 1808 com a vinda 
da família real ao Brasil, trazendo consigo o código português. Neste código tinha a lei 
da boa razão, que dizia que se, por ventura, a legislação portuguesa não der conta para 
resolver um problema, aplicar-se-ia a legislação espanhola ou francesa. 
Em 1850 tivemos o primeiro código comercial brasileiro com a edição da Lei 
556/1850, adotando a teoria de atos de comércio. Esta teoria/código vigorou 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
Profa. GREYCE – greyceghisi@hotmail.com – 
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junior.oliveira05@hotmail.com 5 
 
formalmente até o código de 2002. E durante todoeste caminho, embora muitos 
artigos estavam revogados, utilizavam-se as jurisprudências já existentes e talentosas 
jurisprudências. 
- Código Civil/2002 – Livro II – Direito de Empresa 
O código civil, no livro II, parte especial, adota a teoria da empresa, teoria Italiana. 
 Art. 1º ao 446 – foi revogado pelo CC/2002 
 Direito Marítimo – continua em pleno vigor 
 Lei de quebras – antiga lei de falência – foi substituído pela lei 
11.101/2005, chamada de lei de falência e lei de recuperações de 
empresas. 
Com a edição deste código obteu-se a teoria da empresa. Este código também 
revogou os artigos 1º a 456 do código de 1850. 
A parte no que tange o direito marítimo no Código de 1850 continua valendo 
plenamente. 
A terceira parte do código comercial de 1850 de que tratava sobre a lei de 
quebras somente foi revogada em 2005, com a lei n. 11.101. 
No novo código Civil temos os seguintes assuntos tratados no livro II: 
- Título I – empresário 
- Título II – sociedade 
- Título III – Estabelecimento 
- Título IV – institutos complementares 
 
- Autonomia do Direito Empresarial 
O direito tem plena autonomia quando verifica a redação do artigo 22, I da 
CRFB, mesmo constando parte dele no código civil. 
Este artigo confere plena autonomia ao direito empresarial. Esse é um ramo 
iminentemente privado e são as relações empresariais que mantém ativa a economia 
no país. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
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- Conceito de Direito Empresarial 
 Primeiramente, sabe-se que é um ramo do direito privado que tem por objetivo 
estudar atividade exercida pelo empresário ou pela sociedade empresária. É um 
conjunto de normas que visam tutelar, proteger, regular atividades exercidas pelo 
empresário ou pela sociedade empresária. 
O direito empresarial tem correlação com o direito do trabalho (CLT). Assim 
como há relação com o CDC (Código de Defesa do Consumidor), CTN (Código tributário 
Nacional). Além disso, direito empresarial tem relação com outros códigos e leis, como 
o código penal, legislação ambiental e Direito administrativo, lei de licitações, código 
civil, entre outros. 
 
Detalhe: Ao encontrar nas legislações anteriores a 2002 a palavra “Mercância”, 
deve ser substituída por empresarial. “Comércio”para empresário. 
O direito empresarial é um conjunto de normas que vão estudar e 
regulamentar o exercício da atividade empresarial pelo empresário seja ele individual 
ou coletivo. 
- Características do Direito Empresarial 
1) Informalismo ou Simplicidade: as regras do direito empresarial são muitos 
simples e informais se comparadas ao direito civil. São numa velocidade muito 
constante no nosso dia –a- dia. As nossas relações são mais informais do que 
formais. 
2) Universalismo ou cosmopolita. A nossa legislação empresarial sempre foi 
copiada do direito estrangeiro. LUG (Lei uniforme de Genebra) n. 55.663/66, 
que estuda letra de câmbio, nota promissória, dentre outras. Esse direito 
sempre copia e cola a legislação estrangeira. 
3) Onerosidade ou Individualista. Em toda e qualquer empresarial o empresário 
busca o lucro. O empresário sempre visa o lucro, e não fazer caridade. 
4) Fragmentarismo: parte da legislação empresarial continua no Código Comercial 
de 1850 (direito marítimo), outra parte no código civil 2002, as demais 
legislações extravagantes (de cheque, falências, registro de empresa mercantis, 
LUG, por exemplo). 
5) Consuetudinário: está presente em todas as fases do direito empresarial, é um 
direito que se moldou com base na praxe comercial. Ex. Cheque 
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FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL 
1) PRIMÁRIAS: 
 - CF/198, art. 170 
 - Código Civil/ 2002 
 - Código comercial/1850 no que tange ao direito marítimo. 
 - Leis esparsas/extravagantes – lei de cheques, lei de falência, LUG, Lei 
de registro público, lei 56.965/66, LC. 123/07, etc. 
 A atividade empresarial está pautada na livre iniciativa e na livre concorrência, 
isto posto no artigo 170 da constituição federal. 
 
2) SECUNDÁRIAS 
 Não encontrando fonte primária podemos nos socorrer, além das 
jurisprudências, aos usos e costumes, analogias, princípios gerais, estes preceituados 
na LICC, art. 4º: 
LICC - Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito. 
Uso e costumes ou praxe comercial. 
Pasta do XEROX 
Artigo: “O novo CC e a teoria da empresa” 
 
13/03/2013 
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL 
Anotação Tamires: Quais os princípios inerentes ao direito empresarial. Em 2002 
ocorreu uma revolução, ganhamos mais dois princípios e com a edição da teoria da 
empresa, ganharam-se os últimos 2 princípios. 
Quais os princípios que regem o direito civil atual? Boa fé objetiva; função social 
dos contratos. 
 
Antes do CC02, tínhamos o CC16 e o CCo 1850, o CC16 tinha como foco central a 
propriedade e o CCo o lucro, hoje temos um direito empresarial que, grande parte está 
dentro do CC02, logo, a nova roupagem do direito civil faz com que o direito 
empresarial também mude sua orientação – hoje o CC02 traz como princípio a boa-fé 
objetiva (as relações civis não eram muito boas), a função social dos contratos (contra 
o antigo pacta sunt servanda) 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
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EMPRESÁRIO 
 CF: 
* Dignidade da Pessoa Humana 
* Livre Iniciativa 
* Valores Sociais 
 
 Ordem Econômica 
- Art. 170, caput: * Função social da propriedade 
 * Defesa do meio ambiente 
 * Livre concorrência 
Economia 
 
1) Princípio Livre Iniciativa – art. 1º, IV CF; art. 170, caput, §único CF 
Todos tem a ampla liberdade de escolher o ramo empresarial que vamos executar 
nossas atividades, desde o exercício dessa atividade seja lícito, possível e pagar os 
encargos correto. 
O Estado visa fomentar a economia, desenvolver o estado sócio econômico do país. 
O empresário é quem mantém essa economia. Tem que ter uma concorrência legal. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios: 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
O estado está permitindo ao empresário que exercia o tipo de atividade que ele 
queira, desde que lícita seja. Não importa o quanto ele irá gastar para isto, desde que 
cumpra com as obrigações tributárias, as formalidades que o Estado exige. 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
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Não sendo permitido, para tanto, a concorrência desleal, a qual é reprimida, 
inclusive tipificada como crime. Sendo assim, deve-se utilizar a livre concorrência. 
 
2) Princípio Livre Concorrência – art. 170, IV; art. 173, §4º CF 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da 
justiça social, observados os seguintes princípios: 
IV - livre concorrência; 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 
CADE é um órgão que reprimi a negociação tanto antes quanto depois. 
 
3) Princípio Liberdade de Contratar – art. 421, 422 CC 
Após 2002, a liberdade de contratar do empresário vem relativizada pela função 
social dos contratos e pelo princípio da boa fé objetiva. 
Anotação Tamires: Tanto o CCo de 1850 “lucro” e o CC 1916 “propriedade” são 
individualista. Com a adoção/inserção o empresário tem como atividade meio o lucro + 
o bem comum. O cunho extremamente individualista modificou-se. A busca pelo lucro 
permanece perseguida pelo empresário, mas o estado vem e bota uma carga maior 
dizendo que o empresário também terá que cuidar do bem comum. Na sua atividade 
empresaria terá que levar a dignidade da pessoa humana, a livre iniciativa e cuidar dos 
valores sociais. 
 
 Função Social do Contrato: 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do 
contrato. 
 Boa fé Objetiva 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em 
sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
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As relações empresariais ficarão adstritas a estes dois princípios da legislação 
civilista porque hoje o direito empresarial está dentro do código civil, diferentemente 
de antes que era separado. Ou seja, a teoria da empresa está dentro do livro II do 
código civil. 
 
Ambos os princípios abaixo foram criados posteriormente: 
4) Princípio Função Social da Empresa 
Passar a desenvolver as atividades da empresa mais próximas ao bem comum. 
O empresário é quem arrecada os impostos, circula riquezas, e, com isto, 
diminui a inadimplência, reduz a criminalidade quando oferece propostas de 
empregos. 
Além de fazer tudo isto a empresa terá que buscar o bem comum, seja cuidado 
do meio ambiente, promovendo a inclusão social, desenvolvimento sustentável. 
5) Princípio Preservação da Empresa 
O estado edita leis que irão manter a empresa na sociedade. Ao exemplo da lei 
11.101/05 (nova lei de falências), a qual criou dois institutos: Recuperação judicial (RJ, 
art. 47 da lei); Recuperação extrajudicial (art. 161 da lei). Esta lei veio com fim único de 
preservar a empresa. 
Anotação Tamires: O estado começa a se comprometer a fim de manter a empresa no 
meio social. Ex: editar normas a fim de preservar empresa, edição da lei 123/06 
simples nacional ou super simples, veio instituir, traz vantagens tratamento favorecido 
ao ME (micro empresário) e ao EPP (empresário de pequeno porte). Lei 11.101/05 
nova lei de falência em recuperação de empresas, essa lei trouxe 2 institutos que não 
tinha no nosso sistema, RJ (recuperação judicial art. 47 da lei) e RE (recuperação 
extrajudicial – art. 161). 
 
Os três primeiros princípios existem desde a CF; o terceiro modificou-se em 2002; 
o quarto e quinto princípio vieram de presente em 2002. 
 
Anotação Tamires: Desde o início das relações comerciais (empresariais) vige o 
princípio da livre concorrência (não se pode concorrer de forma desleal – crime – 
venda casada, usurpação da clientela alheia) e da livre iniciativa (pode-se exercer 
qualquer atividade que não contrarie o direito e os bons costumes) – o Estado faz com 
que o empresário injete dinheiro o máximo possível – a liberdade de contratar do 
empresário é relativizada pela boa-fé objetiva e pela função social dos contratos, hoje 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
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não pode simplesmente buscar o lucro – a função social da empresa (a empresa 
oferece postos de trabalho, fazendo circular riquezas, diminui inadimplência, a 
empresa recolhe tributos etc.) e a preservação da empresa (vou editar legislação capaz 
de manter a empresa no mercado – recuperação judicial e extrajudicial, super 
simples). 
 
Atividade Empresarial – lucros + bem comum 
O Empresário não pode ter mais como atividade fim o Lucro, e sim meio, e deve 
ter, na atualidade, o elemento finalístico de sua finalidade também será o bem 
comum. 
 
- Nova empresarialidade 
Analisando os artigos constitucionais (art. 170 e 173), diz-se que há uma nova 
empresarialidade, tendo em vista que o empresário além de conseguir seu maior 
objetivo, que é o lucro, deve se atentar ao bem comum, como à preservação do meio 
ambiente. 
 
CC/2002 - Teoria da Empresa: 
ATIVIDADE ECONÔMICA EMPRESARIAL x ATIVIDADE ECONÔMICA NÃO EMPRESARIAL 
 Com a inserção do código civil 2002 temos a nova empresarialidade, em que o 
empresário deixa de ter como sua atividade fim a busca pelo lucro, passando esta a ser 
de meio, e, além disso, o empresário passa a ser adstrito ao bem comum. 
O Estado tem sido muito mais rigoroso frente aos empresários com esta nova 
empresarialidade, principalmente com as grandes empresas, que lucram milhões. 
 
Conceito de Empresário – art. 966, caput, CC 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
O comerciante, antigamente, era identificado pelo tipo de atividade que exercia. O 
registro na área comerciária é que lhe dava atribuição de comerciário. 
Através da redação do artigo supra pode-se extrair algumas palavras: 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
Profa. GREYCE – greyceghisi@hotmail.com – 
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1) Exercer uma atividade: Conjunto de atos coordenados para exercício de certa 
situação. 
A lei exige que pratique uma atividade, um ato que se propaga/realiza no 
tempo. 
2) Econômica: a atividade do empresário deve ser econômica. 
Além de pratica essa atividade ela tem que ser econômica, ou seja, tem 
que ser visada no Lucro. Todos os empresários visam o lucro 
Lícita e que respeita os bons costumes - busca auferir lucro – se não consegue 
ter lucro não quer dizer que não tenha como fim o lucro. A atividade do 
empresário deve ser econômica. 
3) Organizada (Estrutura empresarial) – 4 fatores de produção 
Essa atividade tem que ter estrutura empresarial, ou seja, tem que ser 
organizada, que se perfectibiliza com quatro fatores de produção: 
Fábio Ulhoa entende que a atividade organizada pode ser sinônima de 
estrutura empresarial. 
Para que uma empresaseja montada se faz necessário os 4 fatores de 
produção abaixo: 
-Matéria-prima (ou insumo): 
-Capital 
-Trabalho/mão-de-obra: contratação de empregados. 
-Tecnologia 
Obs.: sempre haverá um contrato, ainda que tenha apenas 1 (um) empregado, tem 
capital de investimento (no contrato social tem), precisa de insumos e tecnologia 
(conhecimento e maquinário que precisa ter, não precisa ser de ponta, basta que seja 
a escolhida pelo empresário) para desenvolver a atividade. 
 
4) Profissionalismo – é desmembrada pela doutrina em dois atributos: 
habitualidade e pessoalidade. Isto é, precisa ser habitual e com certo 
profissionalismo do indivíduo que se propôs a exercê-la. 
A habitualidade deve ser exercida com o tipo de natureza desenvolvida. 
Caderno de Direito EMPRESARIAL I 2013.1 
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Não há empresário que não tenha as características acima (item 1 ao 4). Sendo 
que, além disso, necessita-se que a pessoa deva exercer concomitantemente um dos 
itens abaixo (item 5 ao 8), vindo, desse modo, definir-lhe como empresário de 
determinado ramo, ou melhor, definirá o exercício de uma atividade empresarial. 
 
5) Produção de bens: produzir bens é a produção automobilística, alimentícia, 
vestuários, eletrodoméstico dentre outro... (carros, canetas, comida). 
6) Produção de serviços: bancos, escolas, telefonia, seguradora, provedor de 
internet etc. 
7) Circular bens: intermediário entre o produtor e o consumidor (distribuidora); 
varejista, dono de mercado etc. 
8) Circular serviços: a CVC não é empresa de transporte aéreo, nem turístico, nem 
hoteleiro, mas faz chegar ao local pretendido. 
 
O que define empresário? O que torna o sujeito empresário? 
a) Tipo de atividade? 
b) Forma pelo qual exerce a atividade? 
c) Registro, onde o sujeito é matriculado nas corporações? 
Letra B. 
O registro apenas irá dizer se o empresário é formal, regular ou irregular. O que 
define a qualidade de empresário é a forma, o registro vai trazer status de empresário 
regular forma. Mas não é com o registro que me torno empregador. 
 
ART. 966, CAPUT = ATIVIDADE ECONÔMICA EMPRESARIAL 
Empresário em sentido lato é o empresário individual ou a sociedade empresarial. 
 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
Pessoa Natural: pessoa física; trabalha sozinho; tem registro em seu próprio nome. 
É aquele sujeito que exerce em seu próprio nome atividade econômica 
empresarial, vai usar seu próprio CPF, nome da pessoa natural, civil vai estar vinculado 
ao exercício da atividade. Usa seu nome e leva ao registro no órgão competente. 
Pessoa física; trabalha sozinho; tem registro em seu próprio nome. 
 
 Firma Individual – Nome empresarial - vai pedir para o empresário forma seu nome 
empresarial Firma Individual. Leva-se em conta seu próprio nome civil. Ex. João 
Antunes. Comercio de Livros. ME ou EPP 
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Registro: é o ato que lhe tornará empresário individual. Registro Público de 
Empresas Mercantis = Junta Comercial. 
 
 - Requerimento de empresário [Ato constitutivo]. Anteriormente era chamado 
de ficha individual, hoje é requerimento de empresário. Tão logo acolhido seu pedido 
será a pessoa considerada empresário individual. 
Ato constitutivo – o ato que cria, que constitui a figura é o chamado 
Requerimento de empresário, podendo ser preenchido pela internet. Preenchendo 
esse documento será encaminhado à junta comercial, e, após analise da junta, pode 
dar início a atividade empresarial. 
O nome empresarial se constitui ou se forma no nome civil do empresário. Ex.: 
João Antunes Comércio de Livros ME. 
Poderá aderir ao nome a sua atividade (comércio de livros). Se é micro 
empresário de ser posto ao seu nome empresarial a sigla ME. 
 - O empresário individual irá registrar no registro público de empresas 
mercantis = junta comercial. 
 
Responsabilidade – A responsabilidade deste empresário é do tipo ilimitada 
(podendo alcançar os bens individuais/pessoas do empresário após penhorar os bens 
sociais (benefício de ordem ou a regra de subsidiariedade) e subsidiária (art. 1.024 
CC). Primeiramente irá esgotar todos os bens sociais, em segundo os bens pessoais. 
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da 
sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
 
É pessoa jurídica? 
Não, o empresário individual não é pessoa jurídica. Esse CNPJ, é dado apenas 
para fins tributários, para ele poder imitir nota fiscal, realizar compra, recolhimento de 
tributos. 
Para fins tributários o empresário individual recebe um CNPJ, mas para fins de 
direito empresarial de forma alguma ele conseguirá obter um CNPJ. 
 
Objeto Social: toda e qualquer atividade requer um objeto social. No requerimento 
do empresário deve constar isso. 
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 - Quanto ao Gênero: a doutrina desmembra o exercício desta atividade em 
empresarial (ditames do 966, caput) ou simples (não empresarial, art. 966, PU). 
 - Quanto à Espécie: Ramo designativo que o sujeito desenvolve. Ex.: O 
empresário trabalha no ramo de produção do plástico. Quem possui uma peixaria 
trabalha com pescados. 
Ex. Ramo da Confecção – confecciona roupa, faz bordados, texturização; Tintas e 
Solventes; Plástico etc. 
 
Bem social – são os bens que ele adquiriu pela atividade que ele exerce. 
 
Obs. O empresário individual não se confunde com a EIRELE – empresa individual de 
responsabilidade limitada, que vamos ver mais adiante. 
 
20/03/2013 
 EMPRESÁRIO COLETIVO = SOCIEDADE EMPRESÁRIA = PESSOA 
JURÍDICA 
Anotação Tamires: 
Quando a atividade é exercida por, no mínimo, 2 pessoas. Haverá uma pessoa 
jurídica de direito privado, fazendo uso de uma sociedade. Os sócios podem escolher 
sociedade ltda (97% das firmas registradas na junta comercial), S.A. ou S/A ou 
companhia, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, 
sociedade em conta de participação, sociedade simples. Empresário coletivo é a 
pessoa jurídica, não os sócios ou investidores, ou seja, só o empresário individual 
pode ser chamado de empresário. 
Tem de haver no mínimo duas pessoas em uma sociedade empresarial, não 
havendo limite. 
Quando duas ou mais pessoas se unem com um mesmo objetivo, do qual é 
resultar em lucros através da atividade financeira, estamos diante de uma sociedade 
empresarial. 
 
O que faz o sujeito se tornar empresário é o tipo de atividade, a forma como ele 
exerce a atividade ou o registro no órgão competente? É a forma organizada (voltada 
a produzir ou fazer circular bens e serviços). Se não levar a registro e fizer todo o 
resto, é empresário, mas irregular. 
 
Quais as espécies de empresa: Empresa Individual e Empresário coletivo. 
Empresário Coletivo é aquele que quando A + B + C + D, essas pessoas resolvem 
unir esforços em comum, buscando o desenvolvendo de uma atividade empresarial e 
formar uma pessoa jurídica de direito privado (sociedade e a EIRELE) eles irão formar 
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uma pessoa jurídica. Se for uma pessoa jurídica de direito privado eles formarão uma 
sociedade empresária, que é um tipo de empresário coletivo. 
 
Por A + B + C (no mínimo 2 pessoas, 1 pessoa é empresário individual). Aqui sim é 
formalizada uma pessoa jurídica de direito privado, uma sociedade, o tipo quem 
escolhe é a pessoa dos sócios. 
A Sociedade Empresária vai pode fazer o uso: 1 – Ltda. (ex. EIRELI); 2- S/A ou Cia; 
3- Soc. Em nome Coletivo; 4- Soc. Em Conta de Participação; 5- Soc. Comunitária 
Simples; 6 – Soc. Comunitária por Ações; 7- Soc. Simples (ex. cooperativa). 
 
Obs. Vamos ficar com a Ltda. e a S/A. 
 
Art. 981 CC 
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, 
dos resultados. 
A regra geral do nosso sistema jurídico não admite sociedades unipessoais, ou 
seja, a pessoa ser sócia dela mesma. Com a exceção da sociedade anônima (S/A) que é 
a sociedade subsidiária Integral. Assim como a EIRELI (empresa individual de 
responsabilidade limitada, instituída em 2012, art. 1044 CC). 
Tem de haver no mínimo duas pessoas em uma sociedade empresarial, não 
havendo limite. 
Quando duas ou mais pessoas se unem com um mesmo objetivo, do qual é 
resultar em lucros através da atividade financeira, estamos diante de uma sociedade 
empresarial. As pessoas unem-se reciprocamente e se obrigam a contribuir, com bens 
ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha. 
Quando A +B +C resolvem se unirem eles são sócios, mas não empresários, pois 
empresário é a pessoa jurídica, por exemplo, Solar Confecções Ltda. 
 
Tipos Societários 
Quem escolherá o tipo de sociedade serão os próprios sócios. 
 - S/A ou S.A ou Companhia ou Cia 
- Sociedade Ltda: Há quem diga que EIRELI é uma espécie desta sociedade, mas 
há divergências. 
- Sociedade em nome coletivo 
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- Sociedade comandita simples 
- Sociedade em conta de participação 
- Sociedade comandita por ações 
- Sociedade simples: cooperativa é uma espécie desta sociedade. 
Objeto social 
 - Gênero: empresarial (966, caput) 
 - espécie: dependerá da atividade propriamente dita. No exemplo do ramo de 
fabricação de roupas será indústria de confecção de roupas. 
Registro – art. 1.150 CC 
O primeiro ato (ato constitutivo) de uma sociedade empresarial é o 
requerimento. Se for uma sociedade anônima e sociedade Ltda será um contrato 
social. Encaminha-se ao Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM), também 
denominada de junta comercial. 
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público 
de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, | e a sociedade simples ao Registro 
Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se 
a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. 
Para dar inicio a sociedade é preciso de um contrato social que deve ter 
registro na junta comercial. 
Para ela nascer, juridicamente, deve ser registrada na junta comercial 
(atividade empresarial). 
O ato constitutivo é o contrato social. 
 
Efeitos do Registro 
Com o registro a sociedade será titular de direitos e obrigações e ganha 
capacidade postulatória (para estar no pólo passivo ou ativo de qualquer demanda), 
personalidade jurídica própria, distinta da pessoa dos seus sócios. 
 
Princípio Autonomia Patrimonial ou separação patrimonial 
Conforme o princípio da autonomia patrimonial o credor irá excutir [executar 
os bens da empresa e depois do indivíduo] os bens com a pessoa jurídica e não com a 
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pessoa dos seus sócios. Este princípio distingue os bens da sociedade jurídica (do 
investimento que os sócios atribuíram) dos bens pessoais. 
Sociedade é pessoa jurídica de direito privado, assim como associações, 
organizações religiosas, partidos políticos. 
No momento em que os sócios levam essa sociedade em registro, este 
princípio concede a pessoa jurídica personalidade jurídica própria que não se 
confunde com a pessoa dos seus sócios. O que é sociedade é sociedade; o que é da 
pessoa do sócio é dos sócios. 
 
Aqui é famoso “muro de berlim” – pois ele pode ser derrubado; em regime de 
exceção esse muro que é tão fortalecido também pode desaparecer. Então o credor 
pode atingir os bens dos sócios, MAS a regra geral não é isso. 
 
Ex. sou credora da empresa Solar Confecções Ltda. Entro com uma execução, na qual 
é dirigida, o polo passivo é a solar confecções ltda. E não os sócios. 
 
Obs. No empresarial individual não entra essa principio, pois a responsabilidade é 
ilimitada. 
 
Personalidade Jurídica (Diferente de sócios) 
PESSOA JURÍDICA = PERSONALIDADE PRÓPRIA ≠ SÓCIOS – ART. 985, 45 CC 
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro 
próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo. 
Depois que eu levo o contrato social a registro, obrigatoriamente durante o 
lapso de sua existência tem que continuar averbando as modificações ocorridas na 
sociedade. 
 
Capacidade postulatória 
 
Tornar Pública atividade 
O registro na junta comercial vai dar somente a regularidade a esta atividade. 
Tem efeito declaratório. O registro é obrigatório mas ele não concede a qualidade de 
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empresário, o que da qualidade de empresário é forma como é exercida a atividade e 
não o registro. 
NIRE; CNPJ 
NIRE é o número de identificação de registro de empresa e 
automaticamente já sai com o CNPJ cadastro nacional de pessoa jurídica. 
Proteção ao nome empresarial: Não pode haver duas Lojas com o mesmo 
nome em Santa Catarina. Os princípios que entram em ação para proteger o 
nome empresarial são: princípio da autenticidade, princípio da veracidade ou 
identidade e o princípio da novidade. 
Por conta destes principio não pode ter nome igual. O nome empresarial tem 
proteção em âmbito estadual, diferente da marca que é nacional. Eu empresário quero 
proteger o nome do meu comercio no PR e no RS, tem que fazer o registro lá também. 
O principio da autenticidade é mais voltado para o empresário individual, por este 
principio ele tem que usar o nome civil dele. 
 
 
Conceito de empresa – Sentido técnico funcional 
 Empresa, a grosso modo, é o local do serviço. Só que para teoria da empresa 
(em 2002), a palavra empresa veio no seu sentido funcional, ou seja, em outra situação 
que não esta empregada por nós normalmente. 
Segundo Alberto Asquini, Empresa não é o local onde exerce atividade, mas a 
atividade econômica e organizada nos molde do 966 caput, exercida pelo empresário, 
seja ele individual ou sociedade empresaria. 
 O conceito de empresaé adotado no sentido técnico funcional. E, diante disso, 
não é o local onde o sujeito exerce a atividade, pois este é denominado, em sentido 
estrito, de estabelecimento empresarial. 
 
 Empresa é para o empresário o que a advocacia é para o advogado? 
Advocacia para o advogado é a atividade. E, por lógico, empresa é para o 
empresário a atividade. 
EMPRESA É ATIVIDADE ECONÔMICA E ORGANIZADA, NOS MOLDES DO 
ART. 966, CAPUT CC, EXERCIDA PELO EMPRESÁRIO, SEJA ELE EMPRESÁRIO 
INDIVIDUAL OU COLETIVO. 
 
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Empresa NÃO é pessoa jurídica. Ela É objeto de direito. 
A empresa é a atividade exercida pelo empresário. 
Empresário não são os investidores, os sócios, e sim a sociedade. 
Os dois tipos de empresário são: empresário individual e empresário coletivo 
(sociedade empresária). 
Empresário – Titular de direito 
Estabelecimento Empresarial – Em sentido estrito é local onde o sujeito exerce sua 
atividade econômica empresarial. 
Sentido técnico funcional – Aberto Asquini. Empresa é atividade econômica e 
organizada, nos moldes do art. 966, caput, CC. 
 
ATIVIDADE ECONÔMICA NÃO EMPRESARIAL = NÃO EMPRESÁRIOS 
Não são considerados empresário quem exerce atividade empresarial o 
profissional liberal, intelectual e artística ou literária, por exemplo, o médico, 
psicólogo, farmacêutico etc. 
Eles vão constituir uma sociedade simples. (Art. 1.150 CC) 
 
-Profissão liberal/intelectual: médico, engenheiro, dentista, psicólogo, 
jornalista 
- Artística ou literária: artista plástico, pintor, músico, escritor, compositor. 
 
Art. 966, § único CC 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
1) Suponhamos 3 médicos se unem para montar uma clínica médica teremos 
um objeto social quanto ao gênero Simples ou não empresário, e quanto a espécie é o 
exercício da medicina nas áreas tais (pediatra, ginecologista, etc). Mesmo que a clinica 
tenha colaboradores como a enfermeira e secretária, ao prestar atendimento ao 
paciente ele exerce atividade não empresarial. 
2) Agora, se estes 3 médicos se uniram e construíram um hospital, que contará 
com a contratação de diversos médicos, enfermeiros, profissionais da administração, e 
outros, havendo então, uma organização da atividade, poderá ser considerada como 
elemento empresa. 
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Leva-se em conta que no primeiro exemplo, da clínica médica, na falta da 
médica oftalmologista nenhum outro poderá exercer. Já no hospital, se ela faltar, ter-
se-ão outros médicos desta área, pois aqui a atividade fim não depende da 
pessoalidade, vez que o hospital tem outros médicos profissionais contratados em 
determinada área da saúde. 
No exemplo 1 será formalizada uma sociedade simples, em que o registro é 
levado ao cartório de registro civil de pessoa jurídica, quanto ao objeto social refrente 
ao gênero é simples, tendo como tipo de sociedade simples, e referente à espécie é o 
exercício da medicina. É uma sociedade não empresarial. 
 
Constituir elemento de empresa? 
Constituir elemento de empresa é agir como se empresário fosse, mas coloca a 
disposição a prestação de serviço. 
Quem exerce atividade nos moldes do PU pode também ser considerado 
empresário, desde que constitua um elemento de empresa. 
ELEMENTO DE EMPRESA CARACTERIZA-SE COM A ORGANIZAÇÃO 
RACIONAL DOS FATORES DE PRODUÇÃO CONFORME DISPÕE O ARTIGO 966, 
CAPUT, CC. SINÔNIMO DE IMPESSOALIDADE. Nestes termos a atividade 
intelectual passa a ganhar status de empresarialidade/ sinônimo de 
impessoalidade. 
 
Objeto Social 
 Gênero – Simples, que ele age sem empresarialidade. 
 Espécie - é o exercício da medicina, cada um no seu ramo específico. 
 
 
Registro 
Advocacia? 
Se o advogado mostra escritório sozinho ele é profissional liberal, o objeto 
social é simples (gênero) exercício da advocacia (espécie). 
Obs. o advogado não pode sair do art. 966 parágrafo único e migrar para o art. 966 
caput. Por conta do art. 15 e 16 do Estatuto da OAB. Sociedade de advogado jamais 
pode ser empresária. 
Obs. Todos podem menos o advogado. Não é preciso registrar na junta comercial. 
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade civil de prestação de serviço de 
advocacia, na forma disciplinada nesta lei e no regulamento geral. 
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 § 1º A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro aprovado 
dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. 
Art. 16. Não são admitidas a registro, nem podem funcionar, as sociedades de advogados que 
apresentem forma ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que 
realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito como advogado ou 
totalmente proibido de advogar. 
O art. 15, §1º do Estatuto da OAB proíbe que o advogado constitua sociedade 
mercantil (empresarial). 
O advogado quando formaliza uma sociedade será de forma simples(antiga 
sociedade civil). 
O advogado mesmo que ele constitua elemento de empresa (igual o exemplo 
do hospital) não será considerado empresarial, jamais conseguirá migrar do parágrafo 
único para o caput do artigo 966. 
 
EMPRESÁRIO IRREGULAR: não está devidamente registrado. 
O que define a qualidade de empresário é a forma como ele exerce a atividade. 
O empresário irregular é aquele que não está devidamente registrado. 
Quais as consequências desses atos: uma série de efeitos negativos acarretam, 
por exemplo, o tratamento é como se individual fosse, ou seja, tem responsabilidade 
ilimitada então seus bens entram na “fogueira”. 
Pontos Negativos do Empresário Irregular: 
1. Não tem como assinar a CTPS do empregado 
2. Não podemos emitir nota fiscal 
3. Não podemos fazer uso da lei de falências 
O empresário irregular não poderá usufruir da lei de falência (n. 11.101/05) 
quando for pretendida para coisas boas. 
Não poderá faz jus referente a autofalência, recuperação judicial, recuperação 
extrajudicial (condição empresária de 2 anos para poder fazer uso da lei de falência) 
Por outro lado, poderá ser decretada a falência, que será Requerida por 
terceira pessoa. 
Recuperação judicial e extrajudicial – para utilização desses institutos há 
necessidade do exercício da atividade empresarial regular por dois anos. 
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Empresário regular pode ter os benefícios desta lei, já o empresário irregular só 
poderá ter benefícios da lei quando for requerida por terceira pessoa, ou seja, o credor 
vai lá e pede sua falência. 
O regular pode ter a parte ruim e a parte boa da lei, já o irregular terá só o lado 
ruim da lei, que é o credor pedir a falência deste empresário irregular.Responsabilidade [do empresário irregular] – art. 973 CC - Responsabilidade 
Ilimitada/Solidária 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a 
exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
 
SOCIEDADE EM COMUM (ART. 986): é aquela que exerce atividade sem registro no 
órgão competente. 
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por 
ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que 
com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. 
 Sociedade de fato: é aquele sujeito que pactua um negócio por contrato 
verbal. 
 Sociedade irregular: ocorre quando os sócios possuem um contrato escrito que 
rege esta relação, entretanto, não levado a registro no órgão competente. 
Anotação Tamires: Sendo empresário coletivo irregular – vamos supor que os três tem 
só um contrato verbal, nos temos a configuração da sociedade de fato; vamos supor 
com o passar do tempo faz-se um contrato escrito, só que não levado ao registro no 
órgão que tem efeito “inter partes”, segundo a doutrina estamos diante de uma 
sociedade irregular. 
 
Responsabilidade dos sócios 
 - Ilimitada/solidária/subsidiária – para quem não contrata em nome da 
sociedade. Art. 990 CC 
Responsabilidade é Ilimitada de cada sócio; 
O benefício de ordem do art. 1024 só será estendido ao sócio que não contrata 
em nome da sociedade. 
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É solidária porque o credor poderá cobrar os bens do sócio, depois de ter 
tentado a penhora dos bens da sociedade. 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela 
sociedade. 
Obs.: Quem contrata em nome da sociedade – não tem beneficio de ordem; Quem 
não contrata em nome da sociedade – tem direito ao beneficio de ordem – Art. 1.024 
CC 
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da 
sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
 
Tem que avaliar quem contratou em nome da sociedade. Sendo assim, quem 
contratou vou poder passar por cima da regra do benefício de orem, então, o sócio 
que contratar em nome da sociedade pode ter seus bens penhorados e não ter o 
benefício de ordem. | Se pegar os bens daquele que não contratou em nome da 
sociedade, este sócio terá o direito de invocar o beneficio de ordem, ou seja, que 
pegue primeiros os bens daquele que contratou [em nome da sociedade] pra depois 
pegar os bens dos outros sócios. 
 
Meios de prova – art. 987 CC 
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar 
a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. 
Os sócios podem se valer de quaisquer provas, seja a prova testemunhas, pericial, 
qualquer meio de prova posso fazer uso. 
27/03/2013 
REQUISITOS PARA EXERCÍCIO DA EMPRESA = REGULARMENTE 
A condição de empresário se dá pelo exercício da atividade econômica e 
organizada do art. 966, caput. 
O que torna o sujeito empresário? O registro? Não, pois este concede apenas a 
regularidade ao sujeito, da sua condição como empresário. 
O primeiro requisito é levar ao registro no órgão competente. Não levando a 
registro deixa de ser empresário? Não. 
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a) Regularidade de empresário: 
Art. 967 CC 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis 
da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
O registro é obrigado para o empresário 
Art. 1.150 CC 
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de 
Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil 
das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a 
sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. 
O registro deve ser levado às juntas comerciais. 
Efeito do Registro = Declaratório (o registro vai meramente declarar o efeito da 
atividade) 
Quando eu empresário opto em levar o registro, qual o efeito? O que concede a 
ele a qualidade de empresário é a forma como ele exerce a atividade e por isso o 
efeito do registro é meramente declaratório, ou seja, o registro vai meramente 
declarar o efeito da atividade. 
 
Exceção – Exercente de Atividade rural 
Ele se tornará empresário se ele optar, se ele procurar registrar. 
Por exemplo, a atividade rural pode ser de dois formatos agronegócio ou 
agricultura familiar – estou em ambas as situações exercendo atividade rural. 
O exercente de atividade rural, mesmo que seja de forma organizada ele não é 
considera empresário, porque ele tem a faculdade ou não de se torna empresário. 
Sendo ele opitando por construir um sociedade empresaria eles precisam 
procurar o registro. 
Quando o seu João exercia a atividade sozinho, ou passou a exercer de modo 
coletivo ele é considera empresário irregular? Não porque o Código Civil da a opção. 
 
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- Art. 970, CC 
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário 
rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. 
 - Art. 971, CC 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas 
as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro 
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará 
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 
 
Anotação Tamires: Ele é empresário irregular? Não. Se ele exercesse a atividade de 
modo coletivo: parece que há necessidade de fazer um contrato, que tipo de 
sociedade eles poderiam utilizar: empresário ou simples, não está errado, porque eles 
têm a faculdade. Se eles querem levar a registro de forma simples: registro civil de 
pessoas jurídicas; se eles opção em qualquer tempo formalizar para ser empresário: 
junta comercial. 
 
- Natureza – Simples – RCPJ 
A natureza da pessoa que exerce atividade rural, inicialmente, é simples. 
Depois, se ele desejar transformar sua atividade em empresário, seguirá a redação do 
971, sendo equiparado ao empresário, estando sujeito ao registro. 
 
Faculdade – Empresário 
 - Art. 966, caput, CC 
 - Empresário Individual 
 - Empresário Coletivo = Sociedade empresária 
 
Efeito constitutivo = Registro 
Com exceção a atividade rural, os demais têm que levar a registro na junta 
comercial para se tornar empresário. 
 
 
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REQUISITO PARA SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL OU ADMINISTRADOR DE 
SOCIEDADE 
Numa sociedade todos podem ser sócios administradores, ou apenas um ser 
sócio administradorou ainda contratar um terceiro para administrar. 
 
1) Capacidade + 2) NÃO Ser impedido legalmente 
1) CAPACIDADE 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da 
capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
Capaz é aquele que é brasileiro ou estrangeiro desde que tenha 18 anos. 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Além da capacidade, com as 3 hipóteses de exceção abaixo (relativamente 
incapaz, absolutamente incapaz, interdito ou incapaz superveniente), devem ser 
legalmente impedidas. 
Exceção: 
a) Relativamente incapaz = aquele entre 16 e 18 anos. 
- Art. 5º, CC 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido 
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
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V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia 
própria. 
Cinco incisos para se conseguir a emancipação – tem que fazer a prova da 
emancipação para conseguir a maioridade. E só é possível quando o sujeito tem 16 
anos completos. 
 
- Art. 976, CC – art. 986, §3º CC 
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e 
a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de 
Empresas Mercantis. 
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha: 
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas 
quaisquer modificações nela ocorrentes. 
 
b) Absolutamente Incapaz: art. 3º CC 
Art. 3
o
 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
 
 - Em caso de sucessão 
Ocorre em hipótese de morte do empresário, ou seja, tem atividade 
empresarial em andamento e o empresário não deixar representante capaz. 
Anotação Tamires: Para dar continuidade atividade empresarial irá precisar de 
autorização judicial, o seguimento da atividade terá que ser por representante capaz, 
ou seja, vai ter que ser nomeado um tutor, que vai cuidar dos atos da vida civil do 
menor e dos atos da empresa que tem como função dar andamento, fazer as 
negociações ate que o menor possa fazer isso. Tem que ter uma divisão de bens da 
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sociedade e dos bens do menor, pois ambos não podem ser confundidos, pois se dar 
algo na sociedade não poderá os bens do menor ser afetados. Quem passa a assinar 
pela firma dessa sociedade, geralmente o juiz autoriza o tutor, mas pode ser o menor 
também, depende do juiz. 
 
 - Art. 976, 974, §1º CC 
 - Autorização Judicial 
 - Assistente ou representação 
 - Patrimônio do menor? Art. 974, §2º 
Tem que haver uma divisão de bens da sociedade, não podendo os bens do 
menor ser afetados. 
 - Representar negócios? Juiz nomeará um tutor para representação. 
 - Uso firma? Significa dizer que ele assina. O menor pode assinar, mas depende 
de autorização do juiz. 
Leitura dos artigos 972 ao 976 
Art. 974, § 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais 
deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, 
desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser 
representado por seus representantes legais. 
Um pai poderá ser sócio de seu filho menor, mesmo sendo ele quem 
representará o filho. Geralmente, fazem isto para ser se ver livres da modalidade 
empresário individual. 
 
c) Interdito ou Incapaz Superveniente 
Temos aqui uma pessoa que sempre exerceu a atividade empresarial era capaz 
e de repente se vê acometido de uma doença e se torna incapaz. Por exemplo, uma 
pessoa se vê acometido de uma doença mental (incapacidade absoluta). 
Se por exemplo, o seu João tem 70 anos e acaba conhecendo uma menina de 
20 anos, o seu João esta praticando atos de prodigo – que é relativamente incapaz. E 
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ele é rico na região e todos da família ficam com medo. Ou o seu João vira alcoólatra – 
essa situação de forma desmoderada, essa é um circunstancia que a jurisprudência 
entende que a incapacidade relativa tem que ser comprovada os efeitos negativos a 
atividade empresarial. 
Aqui a atividade empresarial será exercida por um Curador 
- Autorização Judicial 
 - “Interdição” 
- Incapacidade Relativa? Absoluta? 
- Junta Comercial 
- Art. 975, 976, CC 
 
 MENOR PODE SER SÓCIO? 
Um menor absolutamente incapaz poderá figurar como sócio, desde que o 
capital social esteja integralizado, não administre os negócios e esteja devidamente 
representado. Isto também serve para o relativamente incapaz, sendo que este 
será assistido. 
O menor tem que ser representado ou assistido +Não exerça atos de gerencia, 
ou seja, não administre a sociedade + Capital social desta sociedade da qual ele 
participa esteja, ou seja, totalmente integralizado. Para que, assim, figure como 
sócio da empresa. 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo 
autor de herança. 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá 
registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, 
desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos. 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve 
ser representado por seus representantes legais. 
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2) Ausência de Impedimento legal 
As pessoas elencadas abaixo podem ser sócios, mas não poderão ser sócio 
administrador e empresário individual. Ou seja, não podem exercer a atividade abaixo 
concomitantemente com empresário individual ou sócio administradorde uma 
empresa. 
- Membros do MP 
- Magistrados 
- Empresário Falidos, salvo se estiverem sentença que declarem extintas suas 
obrigações. 
Quando ele prova que prescrevem todas as condenações precisa levar na junta 
comercial que extinguiu suas obrigações para sair seu nome de empresário falido, 
SALVO se detiver declaração extinguindo suas obrigações, que se dá por meio de 
sentença. Tem que voltar na junta comercial e declarar que suas obrigações foram 
extintas. 
- Leiloeiros: não tem como exercer a profissão e ser empresário, poder ser sócio só 
não pode ser administradores. 
- Servidores públicos civis da ativa (Estaduais, Municipais, Federais) 
Não tem como ser servidor públicos ou policial, ou ser do exercito e ser administrador 
de empresa. 
- Servidores Militares 
- Membros do Legislativo (Federal, estadual, Municipal) 
- Chefe do executivo (Federal, Estadual, Municipal) 
 
Empresário Casado: 
O empresário casado não pode sem autorização de o outro cônjuge alienar, gravar 
com ônus real os bens imóveis. Se uns deles alienar o outro cônjuge pode fazer um 
embargos de terceiros. Se caso ela assinou como avalista não tem como opor 
embargos. 
O artigo 977 é muito importante. 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que 
não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação 
obrigatória. 
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Pessoas casadas no regime da comunhão universal de bens não podem ser sócias. 
Se João é casado com Maria pelo regime da comunhão universal de bens não poderão 
ser sócios, nem mesmo com um terceiro. Mas, se apenas um deles deseja ser sócio 
com um terceiro aí sim poderá. O que a lei veda é o casal, com este regime, ser sócio 
entre si, ou os dois com terceiros. 
- Bens Pertencentes aos cônjuges – Art. 1647, I, CC 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização 
do outro, exceto no regime da separação absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
Salvo – Regime separação Absoluta. Ou seja, não se aplica a este regime. 
E também salvo o regime da participação final de aquestos, porém este, por 
não estar especificado no artigo acima, deve ser mencionado no documento. 
 
- Bens pertencentes da empresa – art. 966, CC 
Ou seja, o João é um empresário individual que é casado com a Maria, que é 
professora. Ela nada tem a ver com a profissão de João, que é proprietário de uma 
sapataria no centro da cidade. 
Segundo o art. 978 o empresário casado, cônjuge, poderá alienar ou gravar com 
ônus real o bem pertencente à empresa, independente do regime de bens que ele 
esteja casado. 
A partir de 2002 não é mais necessária outorga uxória para alienar ou gravar 
ônus real. 
O empresário casado não depende da autorização do outro cônjuge para 
alienar ou gravar com ônus real os bens pertencentes a atividade empresarial. 
Obs. É o oposto do art. 1.647, I do CC. Olhar se é bem do esforço comum ou bens 
pertencentes a empresa. 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja 
o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de 
ônus real. 
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- Sociedade entre cônjuges: Art. 977 CC, SALVO regime de comunhão universal ou 
separação obrigatória. 
Após 2002 as pessoas casadas no regime da comunhão universal de bens não 
podem ser sócias. 
Se João é casado com Maria pelo regime da comunhão universal de bens não 
poderão ser sócios, nem mesmo com um terceiro. Mas, se apenas um deles deseja ser 
sócio com um terceiro aí sim poderá. O que a lei veda é o casal, com este regime, ser 
sócio entre si, ou os dois com terceiros. 
As sociedade anteriores antes de 2002, podem continuar. Mas após 2002 tem que 
seguir essa regra. 
03/04/2013 
Registro Público de Empresas “Mercantis”- Lei 8.934/94: 
É cuidado por alguns órgãos do nosso Estado, como, por exemplo, o SINREM. 
É a lei que cuida do registro público de empresa mercantis e atividades afins. O 
termo mercantil está fora de moda então esse termo leia-se empresária. 
Essa lei da mais atribuição para a junta comercial. 
Essa lei diz que a lei de registro público do Brasil é cuidado por três órgão: SINREM, 
DNRC e por fim as Juntas comercial (autarquia, é sustentado pelo governo do Estado e 
suas regras e conteúdo é ditada pelo DNRC, ela submete-se de forma administrativa 
pelo SINREM e financeira ao governo do Estado) 
Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às 
normas gerais prescritas nesta Lei, será exercido em todo o território nacional, de 
forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades; 
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das 
empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta Lei; 
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter 
atualizadas as informações pertinentes; 
Para se tornar regular é preciso procurar o órgão e levar a registro o contrato social 
ou requerimento. 
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu 
cancelamento. 
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Art. 3º Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins serão 
exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e 
interdependente, pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - SINREM, 
composto pelos seguintes órgãos: 
I - o Departamento Nacional de Registro do Comércio, órgão central do SINREM, com 
funções supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e 
supletiva, no plano administrativo; 
II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora 
dos serviços de registro. 
 
SINREM = autarquia federal, que é desmembrada em outros dois órgãos: DNRC e as 
juntas comerciais, sendo assim, estes dois devem obediência ao SINREM. 
Estes órgãos têm a atribuição de cuidar dos registros públicos das empresas. No 
mesmo raciocínio do INSS, que foi uma autarquia que o Estado criou para cuidar das 
previdências sociais. 
 - Juntas Comerciais – Art. 5º. Ato de registro 
O exercício de análise é estritamente formal. Cabe às juntas comerciais 
Se tiver um menor no quadro societário a presença de um menor com 
problema de representação as juntas comerciais irão deferir o registro da empresa. 
Art . 5º Haverá uma junta comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e 
jurisdição na área da circunscrição territorial respectiva. 
Em SC, a junta comercial fica em Florianópolis, sendo que em algumas cidades do 
Estado possuem delegacias desta junta. Em Tubarão têm uma dessas. 
Art. 6º As juntas comerciais subordinam-se administrativamente ao governo da unidade 
federativa de sua jurisdição e, tecnicamente, ao DNRC, nos termosdesta lei. 
Art. 7º As Juntas Comerciais poderão desconcentrar os seus serviços, mediante 
convênios com órgãos públicos e entidades privadas sem fins lucrativos, preservada a 
competência das atuais Delegacias. 
Art. 8º Às Juntas Comerciais incumbe: 
I - executar os serviços previstos no art. 32 desta Lei; 
II - elaborar a tabela de preços de seus serviços, observadas as normas legais 
pertinentes; 
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III - processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e intérpretes 
comerciais; 
IV - elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações, bem como as 
resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas 
legais, regulamentares e regimentais; 
V - expedir carteiras de exercício profissional de pessoas legalmente inscritas no 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis. 
 
 - DNRC – art. 4º: 
Art. 4º O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), criado pelos arts. 17, II, 
e 20 da Lei nº 4.048, de 29 de dezembro de 1961, órgão integrante do Ministério da Indústria, 
do Comércio e do Turismo, tem por finalidade: 
I - supervisionar e coordenar, no plano técnico, os órgãos incumbidos da execução dos 
serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
II - estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e diretrizes gerais do Registro 
Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
III - solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das leis, regulamentos e demais normas 
relacionadas com o registro de empresas mercantis, baixando instruções para esse fim; 
IV - prestar orientação às Juntas Comerciais, com vistas à solução de consultas e à 
observância das normas legais e regulamentares do Registro Público de Empresas Mercantis e 
Atividades Afins; 
V - exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos incumbidos do Registro Público de 
Empresas Mercantis e Atividades Afins, representando para os devidos fins às autoridades 
administrativas contra abusos e infrações das respectivas normas, e requerendo tudo o que se 
afigurar necessário ao cumprimento dessas normas; 
VI - estabelecer normas procedimentais de arquivamento de atos de firmas mercantis 
individuais e sociedades mercantis de qualquer natureza; 
VII promover ou providenciar, supletivamente, as medidas tendentes a suprir ou corrigir as 
ausências, falhas ou deficiências dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e 
Atividades Afins; 
VIII - prestar colaboração técnica e financeira às juntas comerciais para a melhoria dos 
serviços pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
IX - organizar e manter atualizado o cadastro nacional das empresas mercantis em 
funcionamento no País, com a cooperação das juntas comerciais; 
X - instruir, examinar e encaminhar os processos e recursos a serem decididos pelo 
Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo, inclusive os pedidos de autorização 
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para nacionalização ou instalação de filial, agência, sucursal ou estabelecimento no País, por 
sociedade estrangeira, sem prejuízo da competência de outros órgãos federais; 
XI - promover e efetuar estudos, reuniões e publicações sobre assuntos pertinentes ao 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. 
 
 Art. 3º, desta lei: 
Art. 3º Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins serão 
exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdependente, 
pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem), composto pelos seguintes 
órgãos: 
I - o Departamento Nacional de Registro do Comércio [DNRC], órgão central Sinrem, com 
funções supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e supletiva, no 
plano administrativo; As questões de ordem administrativa, consultas normativas serão 
analisadas pelo DNRC. Ele também emite dados estatísticos para as juntas comerciais. 
II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos 
serviços de registro. 
Art. 967, CC 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis 
da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
 
Exercício Junta – “Formal” (Registral) 
A ESSÊNCIA DAS JUNTAS COMERCIAIS É EXECUTAR O REGISTRO PÚBLICO DAS 
EMPRESAS NO PAÍS. 
Art. 8º Às Juntas Comerciais incumbe: 
I - executar os serviços previstos no art. 32 desta lei; 
II - elaborar a tabela de preços de seus serviços, observadas as normas legais pertinentes; 
III - processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e intérpretes comerciais; 
IV - elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações, bem como as 
resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas legais, 
regulamentares e regimentais; 
V - expedir carteiras de exercício profissional de pessoas legalmente inscritas no Registro 
Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis. 
 
Registro compreende: 
1) Matrícula e cancelamento – dos auxiliares do comércio 
Além de promover o registro dos empresários do Brasil, as juntas comercais 
promovem a matrícula dos auxiliares do comércio, sendo alguns deles: 
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Um intérprete público comercial pode ter uma matrícula na junta comercial, 
bem como os tradutores públicos. Estes poderão ser utilizados em negociações de 
empresa. Para poder exercer sua atividade tem que estar registrado na junta 
comercial. 
Além destes, os trapicheiros, estes que são aqueles que tratam de 
cuidar/arrumar os armazéns em gerais (um local (galpão) que estoca mercadoria que 
será importada ou exportada), também serão considerados auxiliares do comércio e 
poderão ser matriculados. Ou seja, eles têm atribuição de guardar as mercadorias em 
armazéns em geral que vão seguir para importação ou exportação. Organiza as 
mercadorias dos navios, que vão seguir viagem. Também precisa estar matriculado na 
junta comercial. 
Vale citar também, os Leiloeiros, estes que promovem a venda do bem em 
hasta pública. 
 
2) Arquivamento [Ato constitutivo] 
- Empresário individual: o ato constitutivo é o requerimento de empresário. 
Então, ele deve arquivar este requerimento na junta comercial. 
- Sociedade Ltda: o ato que constitui esta sociedade é o contrato social 
- Sociedade anônima: é o estatuto social. 
- Cooperativa: também é o estatuto social, que é levado a registro na junta 
comercial (é a exceção da exceção). Obs. A regra é que a sociedade simples vai 
para registro no registro civil de pessoa jurídica. 
 
Se a sociedade for simples o registro será no registro civil de pessoa jurídica, 
por que a cooperativa será na junta comercial? 
R.:A Cooperativa é uma espécie de sociedade simples, estas que são registradas 
(ato constitutivo) no registro civil de pessoa jurídica, com exceção da Cooperativa, que 
será na junta comercial. 
 
Obtendo o contrato social, este será levado para o arquivamento na junta

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