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Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Caro aluno, É com imenso prazer que nos encontramos no PONTO DOS CONCURSOS para esta jornada em busca de um excelente resultado na disciplina de ATUALIDADES no concurso do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. Antes de dizer como será o seu curso, vou me apresentar. Meu nome é Leandro Signori, gaúcho de Lajeado. Ingressei no serviço público com 21 anos e já trabalhei nas três esferas da administração pública - municipal, estadual e federa l - o que tem sido de grande valia para a minha formação profissional - servidor e docente. Nas Prefeituras de Porto Alegre e São Leopoldo desenvolvi minhas atividades nas respectivas secretarias municipais de meio ambiente; na administração estadual, fui servidor da Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), estatal do governo do Rio Grande do Sul. Fui também, durante muitos anos, servidor públ ico federa l, como geógrafo, no Ministério da Integração Nacional, onde trabalhei com planejamento e desenvolvimento territorial e regional. Graduei-me em Geografia - Licenciatura - pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e - Bacharel - pelo UNICEUB em Brasília. A oportunidade de exercer a docência e poder alcançar o conhecimento necessário para a aprovação dos meus alunos me inspira diariamente e me traz grande satisfação . Como professor em cursos preparatórios on fine e presencial ministro as disciplinas de Atualidades, Conhecimentos Gerais, Realidade Brasileira, Geografia, Direito Ambiental e Meio Ambiente. OK, professor, e como será o nosso curso? © Será um curso completo de teoria e exercícios no qual vamos contemplar os seguintes conteúdos listados no edital do concurso anterior: Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori ATUALIDADES: Tópicos atuais no Brasil e no mundo, re lativos a economia, política, saúde, sociedade, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, educação, energia, ciência e tecnologia. Ao todo serão seis au las, incluindo esta au la demonstrativa, cuja estrutura é a seguinte: Aula Conteúdo Programático 00 Política e Sociedade Internacional 01 Economia Internacional 02 Economia Brasileira 03 Política e Sociedade Brasileira - I 04 Política e Sociedade Brasileira - II 05 Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 06 Bônus - Aula ao Vivo - revisão, bizus e dicas finais. Nos meus cursos tenho por hábito incluir muitas questões, assim, até fina l deste curso, vou disponibilizar mais de 400 uestões comentadas, sendo a grande maioria do Cespe. Você vai ficar super treinado no esti lo Cespe de questões da disciplina. Ao fazer esta grande quantidade de questões, você perceberá claramente os assuntos mais cobrados pela banca. Em cada aula, no desenvolvimento da teoria, estou inserindo questões logo após os assuntos explanados, para que você veja como a nossa disciplina é cobrada pelas bancas. Elas também serão relacionadas nas questões propostas, de modo que você poderá resolvê-las antes de iniciar a leitura da teoria. Na parte teórica seremos objetivos, todavia sem deixar de fora nenhum conteúdo e sem esquecer dos detalhes cobrados pelo Cespe. Vamos ver as pegadinhas e as cascas de banana que são colocadas para escorregarmos na ., Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 3 questão. Também vou usar várias figuras, tabelas, gráficos e mapas de forma a sintetizar e esquematizar o conteúdo. Além das apostilas, vamos ter uma AULA AO VIVO. Nessa aula vou fazer uma revisão e trazer dicas finais sobre os assuntos com maior possibilidade de serem cobrados nas provas objetiva e discursiva. Serão bizus quentíssimos de reta final e revisão de estudos. Mas atenção, esta aula não será gravada e não será disponibilizada no site do Ponto. Para tanto, quando a aula for marcada, caro aluno, você terá que se programar para participar. Só terão acesso à aula, os alunos que adquiriram o curso pelo Ponto dos Concursos. Quem quiser também pode me seguir no Facebook curtindo a minha fan page. Nela divulgo gabaritos extraoficiais de provas, publico artigos, compartilho notícias e informações importantes do mundo atual. Segue o link: https://www.facebook.com/leandrosignoriatualidades. Sem mais delongas, vamos aos estudos, porque o nosso objetivo é que você tenha um excelente desempenho em Atualidades. Para isso, além de estudar, você não pode ficar com nenhuma dúvida. Portanto, não as deixe para depois. Surgindo a dúvida, não hesite em contatar- me no nosso Fórum. Ótimos estudos e fiquem com Deus! Forte Abraço. Professor Leandro Signori “Tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:13) Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 4 Sumário 1. Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio 1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos 1.2 Fundamentalismo Islâmico 1.3 Irã 1.4 A Questão da Palestina 2. Ucrânia 3. América Latina 4. Sociedade Internacional 5. Segurança internacional 6. Organizações Internacionais 7. Questões comentadas 8. Questões propostas Observação: O tema das migrações internacionais será estudado na Aula 4, junto com o estudo da população no Brasil e no mundo. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 5 1. O Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio Ao lado do Cristianismo e do Judaísmo, o Islamismo é uma das três grandes religiões monoteístas, ou seja, acreditam na existência de um único Deus. A palavra Islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). O livro sagrado do Islamismo é o Alcorão, que consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Os seguidores da religião são conhecidos como muçulmanos. Atualmente, o Islã é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países e compreende mais de um bilhão de fiéis. Após a morte do profeta Maomé, em 632, criou-se a figura do califa, ou seja, o líder da comunidade muçulmana no mundo. A divisão do Islã entre sunitas e xiitas, remonta ao século VII e tem origem na disputa sobre a sucessão do profeta. Os sunitas defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Os xiitas defendem que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. O quarto califa foi Ali, primo do profeta Maomé e casado com sua filha, Fátima. Ali foi assassinado. Os sunitas são a grande maioria, mais de 80% dos muçulmanos no mundo. Os xiitas são maioria apenas no Irã, Iraque e Azerbaijão, nos dois primeiros os presidentes são dessa ramificação. Os alauítas são uma variação moderada dos xiitas, presentes, sobretudo na Síria, tendo o presidente Bashar al-Assad como um dos seus seguidores. O grupo guerrilheiro Hezbollah é de orientação xiita. Por sua vez, o Hamas e a Al Qaeda são sunitas. O EstadoIslâmico (EI) também é sunita e luta pelo retorno do califado islâmico. O último califado foi o Império Otomano, e foi abolido pelo nacionalista e secular líder turco Mustafa Kamal Ataturk em 1924. O califado e uma forma de governo centrada na figura do califa, que seria um sucessor da autoridade política do profeta Maomé, com atribuições de chefe de Estado e líder político do mundo islâmico. Mundo Árabe e Oriente Médio A civilização árabe tem origem na península Arábica. No século VII, as tribos da região unificaram-se em torno da língua árabe e do islamismo. A partir da unificação, os árabes formaram um vasto império que se expandiu até a Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Índia, o norte da África e a pen ínsula Ibérica, com apogeu em 750 d .C. O mundo árabe ocupa a área que vai do oceano Atlântico ao golfo Pérsico, abrangendo o norte da África e boa parte do Oriente Médio (veja no mapa abaixo) . Os contornos dos atuais pa íses existentes no mundo árabe são, até certo ponto, arbitrários e resultam do domínio das potências estrangeiras sobre a região no início do século XX. Com fortes interesses no controle das grandes reservas de petróleo, governos estrangeiros negociaram a independência de suas colônias ou áreas sob seu controle para que fossem governadas por al iados ou colaboradores. O Oriente Médio não deve ser confundido com o mundo árabe. É uma região que faz parte da Ásia, tem muito petróleo e pouca água. Integra Irã e Turquia com populações islâmicas não árabes e Israel, país judeu. Os curdos habitam vários países do Oriente Médio, região onde também vivem várias minorias como os assírios e caldeus . Historicamente Irã e Arábia Saudita disputam hegemonia e influência no Oriente Médio. Possuem diferenças étnicas e relig iosas, os iranianos são persas e muçulmanos xiitas, os árabes são sunitas. Estas diferenças fazem com que apoiem governos e grupos armados de acordo com a orientação rel igiosa de cada país. Como exemplo temos a Síria, onde o Irã apoia o governo do xiita Assad e a Arábia Saudita apoia grupos rebeldes sunitas. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori (CESPE/FUB/2015 - VÁRIOS CARGOS) O Oriente Médio, onde se situa o território palestino, é região estratégica para o mundo contemporâneo desde que o petróleo passou a exercer papel relevante na economia mundial, o que explica a histórica atenção que lhe é conferida pelas grandes potências. COMENTÁRIO: A Palestina situa-se no Oriente Médio, região com a maior reserva de petróleo do mundo, fonte de energia mais utilizada no mundo. Berço do Islamismo, região de cl ima desértico, o Oriente Médio passou a ser estratégico para o mundo contemporâneo, desde que o petróleo passou a exercer papel relevante na economia mundial, o que explica a histórica atenção que lhe é conferida pelas grandes potências. Gabarito: Certo 1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos Em 2011, o mundo árabe se viu diante de uma sene de revoltas populares, que ficaram conhecidas como Primavera Árabe, em alusão à Primavera de Praga. O palco dos conflitos foi a África do Norte e Oriente Médio, região formada por países de maioria árabe e muçulmana. As revoltas ocorreram em países com regimes autoritários e teve como resultado a deposição dos ditadores da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, a revolta se transformou em uma sangrenta guerra civil . A Tunísia é o único país em que a revolta popular alcançou o objetivo da democracia. Nos demais países onde os ditadores foram derrubados - Egito, Líbia e Iêmen - a Primavera se transformou num tenebroso "Inverno Árabe", além da Síria, onde descambou para a guerra civil. Tunísia A Revolução de Jasmim, como ficou conhecido o processo que atingiu a Tunísia entre 2010 e 2011, levou à queda do presidente Ben Ali, que ocupava o cargo desde 1987. Ela começou com protestos populares após o suicídio de um vendedor ambulante, contra o regime autoritário do presidente. As .., Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 8 manifestações foram reprimidas violentamente e resultaram na derrubada do regime em 14 de janeiro de 2011. No início de outubro, o Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2015, "por sua decisiva contribuição para a construção de uma democracia pluralista no país durante a revolução de 2011", segundo o comitê que entrega o prêmio. O quarteto foi formado em 2013, quando o processo de redemocratização do país estava correndo risco de colapsar após assassinatos políticos e protestos se espalharem pelo país. Ele é composto por quatro organizações: a União Geral Tunisiana do Trabalho (UGTT, um sindicato), a União Tunisiana da Indústria, do Comércio e do Artesanato (Utica, patronato), a Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia (ONAT) e a Liga Tunisiana dos Direitos Humanos (LTDH). Síria Combates encarniçados desenvolvem-se desde 2011, quando manifestações pró-democracia, logo após os acontecimentos da Primavera Árabe, na Tunísia e no Egito, chegaram ao país e foram duramente reprimidas pelo regime do ditador Bashar al-Assad. A reação de parte da oposição foi armar-se para tentar derrubar o governo. Assim surgiu o Exército Livre da Síria (ELS), dirigido pela oposição moderada, que iniciou combates contra as forças de Assad, contando para isso com o apoio logístico da Turquia e com o fornecimento de armas e munições por parte do Catar e da Arábia Saudita. De lá para cá, a situação agravou-se, assumindo o caráter de uma guerra civil. De um lado, estão o governo sírio e seus aliados externos, como a Rússia e o Irã, além do grupo xiita libanês Hezbollah. De outro, os rebeldes anti-Assad, na maioria sunitas, têm o apoio das principais potências ocidentais, da Arábia Saudita e de outros países do Oriente Médio. Além do Exército Livre da Síria (ELS), outros grupos combatem o regime de Assad, como o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra (ligada a Al Qaeda). Liderados pelos Estados Unidos, uma coalizão de países ocidentais e do Oriente Médio tem realizado ataques aéreos contra o Estado Islâmico no país e no Iraque. Nos bombardeios aéreos, a coalizão tem poupado o Exército regular sírio. O motivo é o temor de que, com a derrubada do ditador, a situação escape ao controle e a Síria mergulhe ainda mais no caos, com disputas permanentes entre milícias e o fatiamento do território, como ocorre na Líbia. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori No final de setembro, a Rússia entrou na guerra civil ao lado do regime de Bashar al-Assad. Os russos estão realizando ataques aéreos contra os grupos armados de oposição, não é só contra o Estado Islâmico. Com o apoio da aviação russa, o exército de Assad já está conseguindo realizar pequenos avanços e retomar territórios conquistados pelos pela oposição armada. A guerra na Síria já causou a morte de 200 mil pessoas, gerou mais de 4 milhões de refugiados e está sendo considerada "a maior crise humanitária de nossa era" pela ONU. Além dos refugiados, outros 6,5 milhões foram deslocados pelo interior do país. O total de 9,5 milhões de pessoas forçadas a sair de suas casas equivale a quase metade da população do país. Os refugiados foram principalmente para Turquia, Líbano e Jordânia. A destruição pelo país é generalizada. (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 - OFICIAL ADMINISTRATIVO} Cerca de seis mil pessoas deixam o país todos os dias por causa dos conflitos em que o país está envolvido há mais de dois anos, segundodados oficiais da ONU. Os números divulgados, em dezembro de 2013, apontam para 1,8 milhão de refugiados vivendo nos países vizinhos, uma quantidade sem precedentes. (http ://operamundi.uol.com. br/conteudo/noticias/30069/crise+de+refugiados+ e+a+maior+do+mundo+desde+o+genocidio+de+ruanda .shtml. Adaptado) O país onde ocorre, atualmente, o mais violento conflito da atualidade é (A} a Líbia. (B} o Egito. (C} a Síria. D} o Líbano. (E} o Iêmen. COMENTÁRIOS: A Síria é o país onde ocorre atualmente o mais violento conflito armado. A guerra civil entre o governo do ditador Bashar AI-Assad e grupos de oposição já matou mais de 200 mil pessoas e teve origem na Primavera Árabe. A crise na Síria é complexa e contagia as demais nações da região porque o país ocupa papel importante nas tensões do Oriente Médio e sua população é n Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 10 composta de sunitas e alauítas (xiitas), grupos com longa história de rivalidade em todo o Oriente Médio. Gabarito: C Líbia A queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, que governou o país com mão de ferro por 42 anos, gerou um vácuo de poder, fomentando a disputa entre milícias armadas que até então lutavam juntas contra o ditador. Esses grupos armados combatem por interesses próprios, para abocanhar o poder nas regiões em que atuam e para obter lucros com a exploração de recursos naturais, em particular do petróleo. Distinguem-se mais pela origem étnica e pela vinculação a suas regiões do que pela inspiração religiosa, e formam coalizões que podem juntar islâmicos ou não. As disputas políticas após as eleições de 2014 levaram à formação de dois governos, que disputam a legitimidade de falar em nome do país. O governo reconhecido internacionalmente está sediado na cidade de Tobruk e aglutina particularmente os setores laicos. O outro, com sede na capital do país, Trípoli, tem grande presença de islâmicos e controla a parte mais importante do país. O Estado Islâmico se expandiu para o país e tem cometido atentados terroristas. Iraque A ocupação militar dos EUA entre 2003 e 2011 atingiu o objetivo de derrubar o ditador Saddam Hussein, mas insuflou as disputas políticas internas já existentes no país. O frágil governo que está no poder privilegia a população xiita, o que acirra as tensões com os sunitas e os curdos. O cenário de caos institucional favoreceu a expansão do EI, que conquistou amplas áreas no país com uma interpretação radical dos preceitos sunitas. Essas divisões sectárias, que foram exacerbadas durante os anos de ocupação dos EUA, prejudicam a resistência, porque o governo não consegue mobilizar os sunitas para a defesa do Estado iraquiano. A ascensão do EI provocou a morte de mais de 20 mil pessoas no país, além da destruição de vários patrimônios históricos e da virtual divisão do país em três: uma ampla área ao norte sob controle do grupo terrorista; o território autônomo dos curdos, principal minoria que habita o país, no nordeste; e a região que compreende a capital, Bagdá, e o sul, de população predominantemente xiita, sob controle oficial do governo iraquiano. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 11 Iêmen Localizado na entrada do Mar Vermelho, o atual Iêmen é resultado da fusão, em 1990, do Iêmen do Norte, de forte tradição islâmica, com o Iêmen do Sul, mais ocidentalizado e pró-socialista. A Primavera Árabe levou à renúncia do ditador Ali Abdullah Saleh, no fim de 2011, após 33 anos no poder. Atualmente, desenvolve-se uma luta em que se contrapõem nada menos do que quatro forças políticas, cada uma delas com apoios ou subdivisões: o grupo dos houthis, o governo, a Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) e grupos separatistas do sul. O movimento houthi, de inspiração zaidita (uma das divisões dos xiitas), trava nos últimos meses um combate contra as tropas do presidente do país, Abd al-Rabbuh Mansur al-Hadi. Em fevereiro de 2015, os houthis deram um golpe de Estado, obrigando al-Hadi a fugir para a Arábia Saudita. O movimento tem, supostamente, o apoio do Irã e do ex-ditador iemenita Ali Abdullah Saleh, enquanto o regime saudita, com a colaboração dos EUA, respalda as tropas leais ao presidente. A Arábia Saudita passou a bombardear em março posições dos houthis, com o apoio logístico dos EUA e a participação da Liga Árabe, que decidiu formar uma força militar conjunta, com 40 mil soldados, para tentar desalojar os houthis de suas posições e recolocar Hadi na presidência. Tentativas de negociação entre as partes não deram resultado até julho. Nesse mês, a ONU constatou que o Iêmen está no nível mais alto de emergência humanitária, com mais de 21 milhões de pessoas (80% da população) necessitando de ajuda. Desse total, 13 milhões vivenciam situações de fome. Paralelamente ao avanço dos houthis, o Iêmen serve de base para a AQPA, grupo considerado pelos EUA o ramo mais perigoso do grupo terrorista Al Qaeda. Os norte-americanos têm realizado ataques com aviões não tripulados (drones) para atingir os integrantes da milícia. Por fim, grupos separatistas do sul do país lutam contra a AQPA e contra o governo central. Curdistão Nos combates contra o Estado Islâmico, destaca-se a ação dos guerreiros curdos iraquianos (chamados de peshmerga) e sírios. O EI persegue os curdos e a minoria yazidi, que pratica uma religião própria. O enfrentamento direto com os jihadistas do EI tem passado em boa medida pela atuação das forças curdas, armadas pelos aliados ocidentais, que dão combate terrestre ao grupo islâmico, apoiando dessa forma os bombardeios aéreos comandados pelos EUA. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Esse papel de destaque leva analistas a especu larem se uma das consequências dos conflitos atuais não seria a ampliação da autonomia dos curdos dentro do Iraque ou até mesmo a formação, num prazo ainda indefinido, de um novo país, o Curdistão, reunindo os curdos que vivem espalhados pela região. Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhões de pessoas, os curdos habitam uma área contínua que abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia e Azerbaidjão (veja mapa a seguir) . O projeto de um Estado curdo ganhou força no final do século XX, sobretudo na Turquia e no Iraque, países nos quais o movimento foi violentamente reprimido. Mar Negro GEÓRGIA AZERBAIDJÃO IRA o SÍRIA f2J Curdistão (SOO mil km2) Fonte: Dictionnaire de Geopolitique O principal grupo separatista curdo atuante na Turquia, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), desenvolvia a luta armada contra o Estado t urco, mas negocia há anos um acordo com o governo central. Em 2013, o partido declarou um cessar-fogo. Contudo, em julho de 2015, o governo da Turquia começou a atacar redutos do PKK no Curdistão iraquiano, próximo à fronteira turca. O PKK reagiu e as hosti lidades tem se sucedido de lado a lado. Na Síria, a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), com apoio de ataques aéreos, resistiu heroicamente a ofensiva do EI sobre a estratégica cidade curda de Kobane, na tríplice fronteira síria, turca e iraquiana. Após meses de conflitos, o Estado Islâmico recuou e desistiu de conquistar a cidade. .. "" Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 13 Embora sejam muçulmanos sunitas, os curdos não são islamitas conservadores. As mulheres têm mais liberdade, são mais respeitadas.Muitas estão nas fileiras da milícia curda síria YPG, lutando contra o Estado Islâmico. 1.2 Fundamentalismo Islâmico Ainda que o fundamentalismo esteja atualmente muito associado aos islâmicos, grupos fundamentalistas existem em todas as religiões. Os agrupamentos políticos fundamentalistas buscam impor seus dogmas religiosos como base da organização do Estado e da sociedade. É uma posição obscurantista, que recusa a democracia e se opõe à perspectiva secular adotada desde a Revolução Francesa (1789), quando os negócios de Estado se separaram das convicções religiosas. A enorme maioria dos adeptos da religião islâmica é constituída por pessoas comuns que professam uma crença religiosa. Por isso, é um erro grave, que tem origem em preconceito religioso ou social, identificar grupos terroristas que dizem agir em nome do islamismo com os hábitos e crenças das populações muçulmanas em geral. O fundamentalismo islâmico é contrário ao Estado democrático e laico, e sua perspectiva é a do Estado teocrático, como no Irã, onde o chefe do Estado é o líder religioso supremo, o aiatolá. No Alcorão, o livro sagrado do islamismo, está o fundamento para a organização social e estatal. Defendem a implantação da Sharia – o conjunto de leis e códigos de conduta extraídos do livro sagrado – como lei, rejeitando o princípio da separação entre religião e Estado. O fundamentalismo islâmico é a fonte inspiradora de vários grupos armados que do mundo islâmico, lutando pela tomada do poder nos países em que atuam. Os mais conhecidos são a Al-Qaeda, Estado Islâmico, Boko Haram e Al Shabah. Al Qaeda O saudita Osama bin Laden fundou a Al Qaeda, em 1988, no Afeganistão, quando lutava ao lado dos guerrilheiros islâmicos (mujahedin) contra a ocupação soviética, com equipamentos e recursos vindos das potências ocidentais. Mas após a Guerra do Golfo, em 1990, quando tropas lideradas pelos EUA atacam o Iraque, a jihad (guerra santa) da Al Qaeda passa a ter como inimigo o Ocidente, em especial os Estados Unidos, por causa da crescente presença militar no Oriente Médio. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 14 Nos anos 1990, Bin Laden foi responsabilizado por vários ataques a alvos norte-americanos, até realizar o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, contra os EUA. Então, Bin Laden ganhou fama mundial. Vários grupos anunciaram sua ligação com a Al Qaeda, o que permitiu ao grupo expandir seu alcance, para se tornar uma rede terrorista com ramificações internacionais. Na última década, porém, a Al Qaeda Central (AQC), no Afeganistão e Paquistão, foi duramente atingida pelas ações militares dos EUA. O trabalho de espionagem e os ataques com drones mataram seus líderes e reduziram sua capacidade de ação e de se comunicar com as “filiais”. A morte de Bin Laden por uma equipe da Marinha dos EUA, em 2011, enfraqueceu o grupo. O novo líder, o médico egípcio Ayman al Zawahiri, não possui o carisma do fundador. Estado Islâmico Com um vasto território que extrapola fronteiras, abrangendo áreas do Iraque e da Síria, ativos estimados em 2 bilhões de dólares e um contingente de 31 mil combatentes, o Estado Islâmico (EI) consolida-se como a mais poderosa organização extremista islâmica em atividade. Sua ascensão é surpreendente quando se considera que, até pouco tempo atrás, o EI era uma filial da Al Qaeda entre tantas outras atuando na Ásia e na África. Criado no Iraque em 2003, com o nome Al Qaeda no Iraque (AQI), o grupo espalhou o terror contra as forças de ocupação e os xiitas, até ser praticamente aniquilado após a morte de seu comandante, Abu Musab al- Zarqawi, em 2006. Rebatizado Estado Islâmico do Iraque (EII), o grupo renasce a partir de 2010, sob um novo líder, Abu Bakr al-Baghdadi. O vácuo de segurança criado pela retirada militar dos EUA, o clima de revolta dos sunitas com o governo pró-xiita do Iraque e o caos da guerra civil síria criam condições para que o EI prospere. Ao expandir as atividades para a Síria, onde infiltrou militantes para abocanhar dinheiro e armas, recrutar guerrilheiros e instalar bases, em 2013 o grupo muda o nome para Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). E, após dominar territórios no norte da Síria e do Iraque o grupo anuncia a criação de um Califado, em junho de 2014, se autodenominando Estado Islâmico (EI). O Califado é uma referência aos antigos impérios islâmicos surgidos após a morte de Maomé, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islâmica – dos quais o mais notório é o Império Árabe. O califa, considerado sucessor do profeta, é a autoridade política e religiosa máxima. Al-Baghdadi é proclamado califa do EI. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Nas áreas que conquista, o EI rapidamente assume o controle sobre bases militares, bancos, hidrelétricas e campos de petróleo e instaura um governo próprio, com ministérios, cortes islâmicas e aparato de segurança . A cobrança de taxas e impostos, junto com a venda ilegal de petróleo, os sequestros e as extorsões, garantem ao grupo uma renda diária estimada em 2 milhões de dólares. No plano social, o código moral é severo . Um traço marcante do EI é o emprego de táticas tão bárbaras que até a AI Qaeda renegou o grupo. São execuções em massa, às vezes contra comunidades inteiras, e mortes coletivas, por crucificação, decapitação e enforcamento. Além de ser uma estratégia de guerra, visando submeter populações locais pelo terror, a violência indiscriminada, também direcionada aos "infiéis" (minorias étnicas e rel igiosas e ocidentais), é uma mensagem poderosa para atrair muçulmanos desiludidos de todas as partes do mundo, inclusive do Ocidente, que passam a lutar em suas fileiras e aniquilar inimigos do islã com a promessa da salvação. O EI vem intensificando a captura e assassinatos de cristãos, muitos deles por decapitação. Mais de 30 grupos jihadistas de vários países da África e Ásia juraram lealdade ao autoproclamado califa Estado Islâmico. Esses grupos têm cometido uma série de atentados terroristas, principalmente na Líbia, Tunísia, Egito, Iêmen e Afeganistão. O mais recente barbarismo do Estado Islâmico é a destruição de esculturas, monumentos, palácios e templos do patrimônio cultural e arqueológico de cidades históricas do Iraque e da Síria (sítio arqueológico de Palmira, do tempo da dominação do Império Romano). Basicamente são relíquias da cultura assíria. O EI justifica a destruição dizendo que cultuam outras divindades e por isto são demoníacas, ferindo, portanto, os princípios do Islã. O EI é bastante ativo na internet. Utiliza intensamente a web para divulgar suas atividades, recrutar novos combatentes e invadir sites de organizações governamentais e privadas. (VUNESP/SAP/2015 AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA) O grupo Estado Islâmico (EI) publicou nesta segunda-feira (15.12) fotos da execução de 13 homens apontados como combatentes sunitas inimigos dos jihadistas. Três fotos, ,. e Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori publicadas em um fórum jihadista e nas redes sociais, mostram a execução dos homens, todos vestidos com macacões de cor laranja. ( http ://noticias. t erra .com. br/ mundo/ estado- is! a mico-revela-fotos- de-execucao--em-massa ,35ebdcd49705a410VgnCL0200000 b2 bf46dORCRD. html. 16.12 .14 . Adaptado) O grupo Estado Islâmico tem forte atuação (A} no Egito. (B} na Argélia. (C} no Iraque. (D} na Arábia Saudita. (E} no Irã. COMENTÁRIOS: O Estado Islâmico tem forte atuação no Iraque e na Síria, domina vastos territóriosdos dois países, onde proclamou a criação de um califado islâmico. Gabarito: e Boko Haram O Boko Haram atua na Nigéria e realiza incursões no Chade, Níger e Camarões. Criado em 2002, na Nigéria, a partir de 2009, iniciou atos de violência, com o objetivo de impor nesse país uma versão mais radical da sharia (a lei islâmica), que veta a adoção de vários aspectos da cultura ocidental, como a educação secular. A maioria dos muçulmanos rejeita essa interpretação. O Boko Haram, que era aliado da rede terrorista AI Qaeda, vinculou-se em 2015 ao Estado Islâmico. Os ataques do Boko Haram se intensificaram nos últimos anos. Na ação de maior repercussão, o grupo sequestrou, em abril de 2014, 276 meninas com idades entre 16 e 18 anos, estudantes na cidade de Chibok. Algumas conseguiram fugir do cativeiro e relataram estupros diários e a venda de meninas como esposas em mercados da fronteira com Camarões e o Chade. O caso provocou comoção mundial e diversas persona lidades aderiram à campanha pedindo a libertação das garotas. Nas cidades atacadas pelo grupo, houve fuga de mi lhares de pessoas, que buscavam refúgio em áreas não tomadas pelos insurgentes. Até o início de 2015 estima-se que a milícia tenha sido responsável por 15 mi l mortes e pelo deslocamento de 1,5 milhão de pessoas de suas casas. Trata-se de um Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori problema central na Nigéria atual, que ameaça não apenas a segurança de sua população como a atividade econômica do país. Nações como Chade, Níger e Camarões também são afetadas pelas ações do Boko Haram e lançaram campanhas militares contra o grupo, com o apoio da França. (FUNIVERSA/SEAP DF/2015 AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) Particularmente célebre pelas atrocidades cometidas contra suas vítimas, muitas das quais decapitadas a sangue frio em cenas gravadas e postadas na Internet, o Boko Haram identifica-se como grupo armado comprometido com a defesa de Israel. COMENTÁRIOS: O Boko Haram é um grupo terrorista, fundamentalista islâmico, que atua na Nigéria. Não tem nenhum compromisso com a defesa do Estado judeu de Israel. O grupo quer tomar o poder na Nigéria e implantar um estado islâmico, com base na sharia ( lei islâmica). Gabarito: Errado AIShabah Fundado em 2004, o AI Shabah atua na Somália, sendo filiado a rede AI Qaeda. O grupo passou a ser mais conhecido em 2013, a partir do atentado que cometeu em um shopping center em Nairóbi, capital do Quênia. Desde 2007, uma força de paz composta por vários países da União Africana (UA) atua ao lado de forças do governo somali no combate ao AI Shabah, o que tem imposto várias derrotas e enfraquecido a milícia. 1.3 O Irã O Irã ocupa lugar central no xadrez do Oriente Médio. O regime define-se desde a Revolução de 1979 como uma república islâmica, e segue a vertente xiita do islamismo. Posiciona-se frontalmente contra Israel e é aliado do regime sírio de Bashar al-Assad, exercendo também influência sobre partidos xiitas que estão no governo do Iraque. Dessa forma, busca formar um arco xiita de poder, centrado na oposição a Israel e às monarquias sunitas do Golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Barein e Catar. .. .., Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Desde 2003, a Agência I nternacional de Energia Atômica (AIEA), os EUA e as demais potências ocidentais tentam impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Eles acusam o pa ís de desenvolver a tecnologia de enriquecimento de urânio com a intenção de fabricar armas nucleares. O Irã nega . A ONU exigia que o I rã parasse de enriquecer urânio e autorizasse o acesso irrestrito da AIEA às suas instalações. Diante da negativa do Irã, foram aprovadas quatro rodadas de sanções contra o país, entre 2006 e 2010. Como a China e a Rússia se opuseram a novas sanções na ONU, os EUA e a União Europeia anunciaram em 2011 o embargo ao petróleo iraniano e punições financeiras contra nações que compram petróleo do país. Foram decretadas também sanções contra o sistema bancário do Irã. O embargo levou à queda expressiva nas exportações de petróleo iraniano, comprometendo a obtenção de divisas externas. Em 2013, o Irã começou a negociar um acordo para a retirada das sanções com o Grupo 5+ 1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China + Alemanha) em troca da limitação de suas iniciativas nucleares. Em julho de 2015, Irã e as potências chegaram a um acordo, que limita e condiciona o programa nuclear iraniano, visando assegurar que o programa nuclear iraniano tenha um caráter não mil itar, em troca da retirada das sanções internacionais que asfixiam a economia do país. O texto, que autoriza o Irã a prosseguir com o programa nuclear civi l e abre o caminho para uma normalização da presença do país no cenário internacional. Os iranianos se comprometeram a reduzir a capacidade nuclear (redução de dois terços do número de centrífugas de urânio em 10 anos, de 19.000 a 6.104, diminuição das reservas de urânio enriquecido) durante vários anos e a permitir que os inspetores da AIEA realizem inspeções profundas em suas insta lações. (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 - OFICIAL ADMINISTRATIVO} O acordo entre este país e o grupo de seis países conhecido como GS+ 1, que prevê a redução do programa nuclear em troca de alívio nas sanções econômicas, só foi assinado após meses de encontros secretos. [ ... ] A comunidade internacional também fica vetada de propor novas sanções relacionadas ao programa nuclear do país. Caso ele não cumpra com o acordo no período de seis meses, está sujeito a .. o Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori penalidades adicionais. O país, por sua vez, se comprometeu a desacelerar seu programa nuclear. (http ://noticias . uol . com. br/internacional/u ltimas-noticias/2013/11/25/acordo-- nuclear-com-foi-costu rado-em-encontros-secretos-com-eua. htm. Adaptado) A notícia refere-se ao acordo entre potências políticas e (A} o Irã. (B} Israel. (C} o Paquistão. (D} o Iraque. (E} a Turquia. COMENTÁRIOS: Resposta simples e objetiva: Irã. Gabarito: A 1.4 A questão da Palestina A criação do Estado de Israel, em 1948, dá início a um conflito entre judeus e árabes, já que estes últimos viviam na região do novo país. O território ocupado por Israel, após uma guerra, foi maior do que o aprovado pela ONU. A criação de Israel levou à expulsão de mais de 700 mil palestinos, que se tornaram refugiados. Atualmente, a população palestina refugiada soma 5 milhões de pessoas, que reivindicam o direito ao retorno a suas terras, o que não é aceito por Israel. Os Acordos de Oslo (1993-1995), assinados entre palestinos e israelenses, com mediação dos EUA, traçaram a meta de dois Estados: um judeu (Israel) e um palestino, formado pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, ambas ocupadas pelos israelenses em 1967. Definiram ainda a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), como embrião do futuro Estado. Nos últimos 20 anos, a perspectiva dos "dois Estados" guia as negociações de paz. Não houve, porém, avanços efetivos para uma paz duradoura, por causa das divergências entre as partes. O Hamas, baseado na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, baseado no sul do Líbano, são as mais importantes organizações guerrilheiras anti-I srael. Ambas pregam a destruição total do Estado judaico. Gaza, que está submetida por Israel a um bloqueio territorial e econômico, sofreu em 2014, pela terceira vez em cinco anos, um pesado -tn Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori ataque militar por parte dos israelenses,que causou mi lhares de mortes e a destruição de boa parte da infraestrutura loca l. A Cisjordânia se vê cortada por um muro que a separa de I srael, invade seu território e impede a livre circu lação de seus habitantes, tratados como potenciais terroristas. Nos últimos 20 anos, essa perspectiva geral dos "dois Estados" é a que tem guiado as negociações de paz. Na prática, porém, não houve avanços. Do lado israelense, o atual governo, do primeiro-ministro Benyamin Netanyahu, defende posições que os palestinos consideram inaceitáveis, como a continuidade e a ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia . Outra divergência é sobre o status da cidade de Jerusalém. Os palestinos defendem que a parte oriental da cidade, também ocupada pelos israelenses desde 1967, seja a capital de seu futuro Estado. Israel não aceita essa divisão, reivindicando a cidade inteira como a sua própria capital. Ponto de honra para os árabes nas negociações, é o direito ao retorno dos palestinos expulsos de Israel e seus descendentes pelas guerras de 1948 e dos Seis Dias (1967). O governo israelense não aceita sequer debater a sua volta, pois o eventual regresso colocaria em xeque a própria existência de Israel ta l como é hoje. Em 2012, a ONU concedeu para a Palestina a condição de "Estado observador não-membro". Mais de 140 Estados, inclusive o Brasil, já reconhecem o Estado da Pa lestina. O último a reconhecer foi o Vaticano, em junho de 2015. (CESPE/FUB/2015 - VÁRIOS CARGOS) O Vaticano e a Palestina assinaram um acordo histórico sobre os direitos da Igreja Católica nos territórios palestinos. A preparação do texto por uma comissão bilateral levou quinze anos. Embora o Vaticano se refira ao "Estado da Palestina" desde o início de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado. O Estado de S.Paulo, 27/6/20 15, p. A21 (com adaptações). Tendo esse fragmento de texto como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, bem como o contexto geopolítico no qual este se insere, julgue os itens a seguir. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori As tensões no Oriente Médio se elevaram no pós-Segunda Guerra Mundial, quando, por resolução das Nações Unidas, decidiu-se pela partilha do território conhecido como Palestina, para nele serem criados dois Estados: um judeu e outro, árabe. COMENTÁRIO: Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) dividiu a Palestina histórica em dois Estados - um para os judeus, com 53°/o do território, outro para os árabes palestinos, com 47°/o. Estes últimos rejeitaram o plano. Já na sua criação, Israel se deparou com uma guerra em 1948. Cinco países árabes enviaram tropas para impedir sua fundação, mas Israel estava preparado e tinha o respaldo das principais potências - EUA e União Soviética. As forças militares do novo Estado não apenas defenderam suas fronteiras originais como empurraram os palestinos para uma área menor do que a que lhes tinha sido destinada. A criação do Estado judeu nunca foi aceita na sua totalidade pelos árabes. Após a sua criação, os conflitos e as tensões se elevaram no Oriente Médio. Na atualidade, grupos armados como o Hezbollah e o Hamas pregam a destruição do Estado de Israel e se envolvem em conflitos frequentes com a nação judaica. Gabarito: Certo 2. Ucrânia A Ucrânia é a segunda maior nação da Europa em área, atrás somente da Rússia . Conhecido como o celeiro da extinta União Soviética (URSS), por causa da grande produção de cereais, o país desenvolve moderna atividade agrícola. O país é rico em reservas de carvão, ferro e manganês. Durante quase todo o século 20, a Ucrânia fez parte da União Soviética, até sua independência, em 1991. Desde então, o país passou a olhar em uma outra direção, do Oriente para o Ocidente, da Rússia para a União Europeia, tendo os exemplos de Polônia, Eslováquia e Hungria - todos membros da União Europeia - em seu horizonte. Mas a Ucrânia não completa esse movimento porque duas forças contrárias a paral isam. De um lado, está a parte ocidental do país, onde vivem as gerações mais jovens e de onde partiu o movimento de aproximação da União Europeia . Do outro, está à parte orienta l e sul, mais próxima da Rússia, onde se fa la russo e não ucraniano e preva lece um sentimento de nosta lgia dos anos de integração soviética . Por fim, de cada um desses lados, existem os interesses e pressões de grandes potências mundiais. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Ucrânia dividida Regiões onde a maioria fa1a ucraniano querem proximidade com a União Europeia; área onde a língua russa predomina prefere influência de Mosoou Maioria fala ucraniano Maioria fala russo RÚSSIA o ~~ 0 ---._ Mar Negro \ L-______.r - Mapa: GoogleMap~- Fonte: Instituto lntemaáonal de Sociok,gia de Kiev Cíl .com.br lnfográfico atualizado em 11/05/2014 Em 2012, o parlamento ucraniano aprovou um acordo de livre-comércio com a Rússia e outras seis nações da Comunidade dos Estados Independentes. Em novembro de 2013, após meses de negociações, a Ucrânia desistiu de assinar um acordo de associação e livre-comércio com a União Europeia . A assinatura do acordo é um passo essencial para o país ser aceito como candidato a membro da comunidade europeia. O presidente Viktor Yanukovych admite a influência de Moscou na decisão e retoma negociações para ingressar na união aduaneira dos russos. Para evitar o engajamento da Ucrânia na União Europeia, a Rússia ofereceu um amplo pacote financeiro ao país vizinho, que inclui a redução de 30°/o do preço do gás e a compra de 15 bilhões de dólares em títulos da dívida ucraniana. A decisão de Yanukovych de não assinar o acordo com a UE, desencadeou uma onda de protestos que durou mais de três meses, levou dezenas de milhares de pessoas às ruas, causou uma centena de mortes, se espalhou pelo país e levou a queda do presidente Yanukovych, que fugiu para a Rússia . O parlamento votou pela sua destituição, conduziu a formação de um governo interino e marcou eleições para 25 de maio. Ato contínuo à queda de Yanukovych, na península da Criméia, milícias pró-Rússia ocuparam rapidamente prédios públicos, aeroportos, postos de Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori controle, bases militares, etc. Nessa península, a maioria da população é de etnia russa e a grande maioria fala o idioma russo. Os russos da Criméia apoiaram as milícias e o parlamento local aprovou a incorporação da região a Rússia . A decisão do parlamento foi confirmada pela população no referendo realizado em 16 de março de 2014. No dia 22 de março, a Crimeia e a cidade portuária de Sebastopol passaram a fazer parte da Federação Russa. Após a Criméia, a onda autonomista/separatista chegou ao leste da Ucrânia, região mais industrializada do país e com uma grande população de etnia e idioma russo. Importantes cidades do leste, como Donestsk e Lugansk, foram tomadas e estão sob controle de grupos armados pró-Rússia. Como retaliação pela anexação da Crimeia e por apoiar os separatistas do leste, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções econômicas e políticas à Rússia. O país também fo i excluído do G-8. A Ucrânia realizou eleições presidências em maio de 2014. O vencedor foi o magnata Petro Poroshenko. A Rússia reconheceu os resultados das eleições no país. Em julho de 2014, a Ucrânia finalmente assinou o acordo de associação e livre comércio com a União Europeia. Também assinaram o acordo as ex- Repúblicas Soviéticas da Geórgia e Moldávia. Um novo acordode paz foi assinado em fevereiro de 2015, entre a Ucrânia, Rússia, Alemanha, França e os separatistas do leste ucraniano. A assinatura ocorreu em Minsk, capital da Belarus. (IADES/CONAB/2014 - NÍVEL MÉDIO) A charge apresentada faz uma clara alusão à crise na Ucrânia. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Quanto ao tema, assinale a alternativa correta. (A} A União Europeia se encontra em uma difícil situação nesse conflito, pois apoia os ucranianos na sua integridade territorial e, ao mesmo tempo, depende das importações de gás da Rússia. (B} A Ucrânia possui uma explícita divisão: o oeste é pró-Rússia, tanto étnica como economicamente, enquanto o oeste é pró-Ocidente e europeizante. (C} A revolta popular na Ucrânia se iniciou com a decisão do presidente Viktor Yanukovych de rejeitar um acordo comercial com a Rússia e aceitar a ajuda econômica da União Europeia e dos Estados Unidos. (D} A Rússia de Vladimir Putin quer continuar com um grande domínio sobre a Ucrânia, pois depende das importações de gás desse país para se abastecer. (E} A anexação da Península da Crimeia pela Rússia foi o estopim da crise ucraniana, quando a população crimeana saiu às ruas exigindo permanecer ligada à Crimeia. COMENTÁRIOS: (A) Correta. A União Europeia apoia os ucranianos na sua integridade territorial e gostaria de impor sanções econômicas mais severas a Rússia. Porém, encontra-se em uma situação delicada, já que o gás russo é um componente importante para o suprimento energético de muitos países do bloco, especialmente a Alemanha. (B) Incorreta. A Ucrânia possui uma explícita divisão: o sul e o leste são pró- Rússia, tanto étnica como economicamente, enquanto o oeste é pró-Ocidente e europeizante. (C) Incorreta. A revolta popular na Ucrânia se iniciou com a decisão do presidente Viktor Yanukovych de rejeitar um acordo comercia l com a União Europeia, em prol da participação do país na União Econômica Euroasiática. (D) Incorreta. A Rússia de Vladimir Putin quer continuar com uma grande infl uência sobre a Ucrânia. Putin não aceita o deslocamento geopolítico da Ucrânia em direção a União Europeia, tampouco a possibi lidade de ingresso do país na aliança militar da OTAN. A Ucrânia depende das importações de gás da Rússia para se abastecer . Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 25 (E) Incorreta. O estopim da crise ucraniana foi a recusa do ex-presidente Viktor Yanukovych em assinar um tratado de livre comércio com a União Europeia, em prol do ingresso do país na União Euroasiática. Gabarito: A 3. América Latina Cuba Cuba é o único país comunista das Américas. Vive uma crise econômica, com desemprego, queda de renda e racionamento de alimentos. Para enfrentar a crise, o governo decidiu reduzir o papel do Estado e abrir a economia parcialmente para o mercado. Passou a permitir a criação de empresas privadas, a compra e venda de imóveis e automóveis e o arrendamento de terras aos agricultores, que poderão ter lucro. Após a Revolução Cubana de 1959, e desde a adoção do comunismo, em 1962, os EUA mantêm um bloqueio, proibindo o comércio e financiamentos de empresas norte-americanas para os cubanos. O Brasil, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiou a construção do Porto de Mariel, projeto de 1 bilhão de dólares, executado pela construtora brasileira Norberto Odebrecht. A ilha de Cuba fica numa posição privilegiada, na entrada do Golfo do México. O porto foi planejado para receber os maiores cargueiros em operação no mundo, que poderão atravessar o Canal do Panamá após a conclusão de sua ampliação. O projeto do governo cubano é transformar o porto em uma área estratégica de logística mercantil internacional. Para isso, está criando em Mariel uma zona econômica especial, com baixos impostos, semelhante às zonas econômicas especiais da China. Em uma decisão histórica, Cuba e Estados Unidos anunciaram, em 17 de dezembro, a retomada das relações diplomáticas após mais de 50 anos, mas o embargo comercial à ilha ainda continuará. O fim do bloqueio oficial depende de aprovação pelo Congresso norte-americano. Junto com o anúncio, foram adotadas medidas que iniciam uma aproximação, como a troca de prisioneiros, a redução de restrições a viagens de norte-americanos e a remessas de dinheiro para a ilha. O embargo, porém, se mantém, pois tem de ser revogado pelo Congresso dos EUA. Ele exerce um grande peso sobre a economia cubana, pois sufoca seu comércio exterior. O Vaticano (Papa Francisco) e o Canadá atuaram nos bastidores das negociações de um ano e meio para o restabelecimento das relações diplomáticas. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori Na VII Cúpula das Américas, rea lizada em abril, no Panamá, Barack Obama e Rau l Castro se reuniram, no primeiro encontro entre presidentes dos dois pa íses em 59 anos. Em maio, Cuba foi retirada da lista norte-americana dos países que apoiam o terrorismo. As relações entre os dois pa íses foram formalmente retomadas com a reabertu ra das embaixadas de Cuba em Washington e dos EUA em Havana. No entanto, a cerimônia oficial de reabertura da Embaixada dos Estados Unidos em Havana, só ocorreu em 14 de agosto, com a presença de John Kerry, primeiro secretário de Estado norte-americano a visitar Cuba em 70 anos. (CESPE/TCU/2015 - TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO} Após vários anos de impasses diplomáticos, os EUA retiraram Cuba da lista norte-americana de Estados que financiam e apoiam o terrorismo, o que permitiu a retomada das relações diplomáticas entre ambos os países. COMENTÁRIO: Após mais de 50 anos de rompimento político, Cuba e Estados Unidos anunciaram a retomada das relações diplomáticas em dezembro de 2014. Para a retomada destas relações, os Estados Unidos retiraram Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo. A retirada de Cuba dessa lista era condição para a retomada das relações diplomáticas entre os países, pois, uma lei norte- americana impede que o país tenha relações com países que apoiam e financiam o terrorismo. O Vaticano (Papa Francisco) e o Canadá atuaram nos bastidores das negociações de um ano e meio para o restabelecimento das relações diplomáticas. Em julho, os dois países reabriram as suas embaixadas em Washington (EUA) e Havana (Cuba). Gabarito: Certo Colômbia e Venezuela O governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) negociam, desde 2012, em Havana, Cuba, um acordo de paz para por fim a guerrilha que já dura cinquenta anos. O governo de Cuba intermedia as Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 27 negociações. Em setembro, anunciaram que o acordo de paz sairá em seis meses, ou seja, até março de 2016. As Farc surgiram em 1964, identificando-se como grupo militar marxista no meio rural. Na década de 1980, a organização passa a financiar suas atividades por meio do narcotráfico. Embora mantenha um discurso anticapitalista, muitos consideram que o grupo se torna basicamente uma organização armada que sobrevive da venda de cocaína. A guerrilha perdeu muita força a partir de 2008, com a morte de altos dirigentes e da ampliação do combate por parte do governo colombiano. Colômbia e Venezuela tiveram uma crise de fronteira em agosto e setembro. A crise foi desencadeada no dia 19 de agosto depois de uma emboscada a três militares venezuelanos, que patrulhavam a fronteira, para impediro contrabando de alimentos e combustível da Venezuela para a Colômbia. Além dos militares, um civil venezuelano foi ferido por homens armados que fugiram de moto. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, atribuiu o ataque a “paramilitares” colombianos que, segundo ele, protegem o milionário negócio do contrabando, e mandou fechar parte da fronteira. Cerca de mil colombianos, vivendo ilegalmente na Venezuela, foram deportados. Colômbia e Venezuela chegaram a chamar seus embaixadores Caracas e Bogotá para consultas. Os dois países chegaram a um acordo para normalizar as relações em 21 de setembro. 5. Sociedade Internacional Estados Unidos - A questão racial, a tortura e a prisão de Guantánamo Nos últimos meses, mortes de negros por policiais - entre as quais as de Michael Brown em Ferguson, Missouri, Eric Garner em Staten Island, Nova York e Freddie Gray em Baltimore - levaram milhares de pessoas às ruas em várias cidades norte-americanas e reavivaram o debate sobre violência policial e racismo nos Estados Unidos. Cinco décadas após a Suprema Corte dos EUA declarar inconstitucionais as leis que separavam negros e brancos, a segregação racial e o racismo ainda estão presentes nos Estados Unidos. As estatísticas mostram a desigualdade social entre as duas raças, sendo os negros mais pobres. A polícia também é acusada de agir com excesso de violência e de matar impunemente os negros. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 28 Raramente um policial que mata um negro é indiciado e quando vão a julgamento quase sempre são absolvidos. Os negros são 13% da população dos Estados Unidos, mas formam 40% da população carcerária; 3% de todos os homens negros estavam presos no fim de 2013, enquanto a taxa entre brancos era de 0,5%. Em 2011, o pai de um de cada 15 negros americanos estava preso. Entre brancos, a proporção era de um para 111. Em 2012, homens negros estavam seis vezes mais sujeitos a ser presos do que brancos – entre latinos, a proporção era de 2,5 vezes mais do que brancos, segundo o Departamento de Justiça. Outro fato importante, ocorrido nos EUA, é a divulgação de um amplo documento do Comitê de Inteligência do Senado, o qual denuncia torturas e violações dos direitos humanos praticadas durante a chamada "guerra ao terror", iniciada pelo então presidente George W. Bush. Segundo o relatório do Senado, as torturas e os métodos de interrogatório utilizados pela CIA contra suspeitos de terrorismo praticados após os atentados de 2001 foram muito mais brutais do que a agência admitia e não apresentaram resultados para conter as ameaças terroristas contra os EUA. A CIA recorreu a ameaças sexuais, simulação de afogamento, ameaça de falsas execuções e outros métodos brutais para interrogar suspeitos. As técnicas empregadas para forçar os detidos a divulgar informações sobre tramas e células terroristas excediam e muito as técnicas autorizadas pela Casa Branca, pela CIA e pelos advogados do Departamento de Justiça do então presidente Bush, segundo o documento. Alguns dos torturados estão na prisão da base militar norte- americana de Guantánamo, na ilha de Cuba. A prisão foi aberta pelo antecessor de Obama, George W. Bush, depois do 11 de setembro de 2001, quando ocorreram os ataques às torres gêmeas, para abrigar suspeitos de terrorismo. O presidente Barack Obama assumiu o cargo há quase seis anos prometendo fechar a prisão, citando seus danos à imagem dos EUA em todo o mundo. Mas ele não foi capaz de fazê-lo, em parte por causa dos obstáculos colocados pelo Congresso dos EUA. Os Estados Unidos estão negociando com outros países para que recebam em liberdade os prisioneiros do centro de detenção, num esforço lento para fechá-lo. O Uruguai, Geórgia, Eslováquia, Arábia Saudita e Kuwait já receberam ex-detentos. Casamento gay – aprovação na Irlanda por referendo e legalização nos EUA Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 29 Em maio de 2015, a Irlanda se tornou o primeiro país do mundo a aprovar em um referendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Se trata de um acontecimento histórico para um país fortemente católico, onde até recentemente a Igreja Católica tinha um importante peso na política. A Irlanda foi um dos últimos países do mundo ocidental, a deixar de considerar a homossexualidade como crime. Até 1993, ser homossexual era ilegal e punido com a pena de prisão. O divórcio foi legalizado em 1995, os anticoncepcionais em 1985, e o aborto continua ilegal mesmo em caso de estupro. A Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou em 26 de junho o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. Os 13 estados que ainda proibiam não podem mais barrar os casamentos entre homossexuais, que passam a ser legalizados em todos os 50 estados americanos. No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou em 2013 uma resolução que obriga os cartórios de todo o Brasil a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento. A resolução visa dar efetividade à decisão tomada em maio de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que liberou a união estável homoafetiva, dando direitos ampliados aos homossexuais. Papa Francisco O Papa Francisco visitou Cuba e Estados Unidos em setembro. Além das atividades religiosas nos dois países, em Cuba, o Papa se encontrou com o ex- presidente cubano Fidel Castro. Nos Estados Unidos discursou na Casa Branca, no Congresso norte-americano e na Assembleia Geral da ONU. No Congresso dos Estados Unidos, o Papa pediu a abolição global da pena de morte, do comércio de armas, das hostilidades contra os imigrantes e falou sobre a necessidade de adotar medidas para combater a mudança climática. Segundo o papa, para minimizar os conflitos armados ao redor do mundo, é necessário acabar ao comércio de armas. Na Assembleia Geral da ONU, criticou os órgãos financeiros internacionais e o uso indiscriminado do planeta que prejudica a natureza e os mais pobres. Para o Papa, "Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países e não a submissão asfixiantes destes por sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência". Ele ainda condenou a “má gestão irresponsável da economia global”, que não pode ser guiada pela “ambição de riqueza e poder”. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 30 Quanto ao aquecimento global e mudança climática, afirmou que a “sede de poder e propriedade material sem limites” estão prejudicando o meio ambiente e os mais pobres, criticando a cultura do descarte em vigor atualmente. O abuso e o mau uso do meio ambiente veem sempre acompanhado de processos de exclusão social. Os mais pobres são os que mais sofrem, são descartados pela sociedade. Para Francisco, a crise ecológica e a destruição da biodiversidade ameaçam “a própria existência da espécie humana”. Quanto as guerras e a questão nuclear disse que a guerra é a negação de todos os direitos e também um imenso ataque ao ambiente. O pontífice apelou sobre a "dolorosa situação" do Oriente Médio, do norte da África e de outros países africanos em que os cristãos são perseguidos e têm seus locais de culto destruídos. Em uma referência indireta ao Estado Islâmico, ele criticou a perseguição de minorias religiosas e a destruição do patrimônio cultural. O Papa também falou sobre o recente acordopara o fim da atividade nuclear no Irã, acertado com potências mundiais neste ano. "O recente acordo sobre a questão nuclear em uma região sensível da Ásia e do Oriente Médio é uma prova das possibilidades da boa vontade política e do direito, exercitados com sinceridade, paciência e constância", afirmou sem mencionar explicitamente o Irã. Também denunciou o narcotráfico que "silenciosamente cobra a vida de milhões de pessoas" e criticou que não é suficientemente combatido. 6. Segurança Internacional A permeabilidade das fronteiras, as modificações operadas pela globalização e a porosidade das relações entre economia internacional e Estado nacional geraram novos desafios para a defesa e a segurança do Estado. Fatores que são apresentados como impulsionadores do declínio do Estado e da soberania, como o terrorismo internacional, o crime organizado, o narcotráfico e a ameaça de espionagem, são igualmente responsáveis pela ampliação e expansão de estruturas de inteligência sob comando estatal em quase todo o mundo. O Terrorismo O terrorismo é uso de violência física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 31 que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, alargando-se para a população do território. O terrorismo de Estado consiste em um regime de violência instaurado por um governo, em que o grupo político que detém o poder se utiliza do terror como instrumento de governabilidade. Caracteriza-se pelo uso da máquina de repressão do Estado como organização criminosa, restringindo os direitos humanos e as liberdades individuais. Na segunda metade do século XX, em muitos países da América Latina, chegaram ao poder ditaduras militares que estabeleceram regimes de exceção com restrições democráticas aos direitos humanos e às liberdades individuais. Contra esses regimes, levantaram-se oposições civis e grupos armados. Como método de dissuasão e combate às oposições, os regimes autoritários muitas vezes se utilizaram do terrorismo de Estado. Alguns especialistas apresentam como exemplo de terrorismo de Estado, a atuação do DOPS durante a ditadura militar brasileira, cuja tortura e acúmulo sistemático de informações sobre cidadãos considerados suspeitos de subversão potencializou um processo de terror. Por outro lado, a segunda metade do século XX também foi pródiga no surgimento e atuação de grupos guerrilheiros e terroristas na América Latina que se utilizavam de métodos violentos para o enfrentamento aos governos que se opunham. Na sua ação, muitos se utilizaram de atos terroristas como sequestros, assassinatos e atentados à bomba. Historicamente, atos que seriam tidos como terroristas foram considerados heroicos quando associados à luta contra a opressão ou pela libertação nacional. É o caso da Resistência Francesa, que lutou contra a ocupação nazista na II Guerra Mundial (1939-1945). A retórica da “guerra ao terror” do ex-presidente norte-americano George W. Bush levou muitos a associarem o terrorismo ao islamismo. Na verdade, há grupos fundamentalistas em todas as religiões. São os que enxergam nos textos sagrados de sua crença a orientação para a organização do Estado e da sociedade. É uma posição que recusa a democracia e se opõe à perspectiva adotada pela Revolução Francesa (1789) de separação entre religião e Estado. O terrorismo islâmico é uma forma de terrorismo religioso cometido por extremistas islâmicos. Fundamenta-se numa leitura dogmática e literal de trechos do Alcorão, o livro sagrado do Islã. São grupos armados que não contam com o apoio e a adesão da maioria da população islâmica. É um erro associar mecanicamente o Islã ao fenômeno do terror político contemporâneo. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori O crime organizado Crime organizado é toda organização cujas atividades são destinadas a obter poder e lucro, transgredindo a lei das autoridades locais. Entre as formas de sustento do crime organizado encontram-se o tráfico de drogas, os jogos de azar e a compra de "proteção", como acontece com a Máfia italiana. Em cada país, as facções do crime organizado costumam receber um nome próprio. Assim, costuma-se chamar de Máfia ao crime organizado italiano e ítalo-americano; Tríade ao chinês; Yakuza ao japonês; Cartel ao colombiano e mexicano e Bratva ao russo e ucraniano. A versão brasileira mais próxima disso são os Comandos, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas e sequestros. Seja qual for a atividade à qual o crime organizado se dedique, este sempre enfrentará, além do combate das forças policiais de sua região de atuação, a oposição de outras facções ilegais. Para manter suas ações ilícitas, os membros de organizações criminosas armam-se pesadamente, logo pode-se dizer que as armas - e os assassinatos - são o sustentáculo do crime organizado. Após o fim da Guerra Fria e a queda do comunismo, o crime organizado se reconfigurou em nível internacional. As grandes organizações criminosas se diversificaram, algumas se uniram ou passaram a atuar em parceria. A global ização e o uso da moderna tecnologia e telecomunicações expandiram e enriqueceram tremendamente o crime organizado internacional. ( CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2015 - AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) Cássio, promotor de justiça, comprou pela Internet e recebeu por SEDEX dois novos tipos de drogas, maconha sintética e pentedrona. As drogas, encomendadas como parte de uma investigação sobre o tráfico na Internet, foram entregues no gabinete do promotor, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, maior complexo judiciário da América Latina. A encomenda foi postada em Fortaleza - CE, embora o sítio estivesse hospedado nos Estados Unidos da América (EUA). Folha de S.Paulo, 26/10/2014, p. C1 (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando a relevância do tema por ele tratado no mundo contemporâneo, julgue o item seguinte. ., "" Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori O episódio narrado no texto remete ao fato de que as facilidades introduzidas pelas inovações tecnológicas não são apropriadas apenas pelo sistema produtivo, por instituições diversas ou pelas pessoas comuns, mas também o são pela extensa rede do crime organizado que atua em escala global. COMENTÁRIOS: O episódio narrado já traz a resposta da questão como correta. Um promotor comprou drogas pela internet, portanto utilizou uma inovação tecnológica que se popu larizou há poucas décadas. O site onde o promotor fez a compra está hospedado em outro país, nos Estados Unidos. Mas o despacho da mercadoria não foi de algum lugar ou cidade daquele país, foi de uma cidade brasileira - Fortaleza, no Ceará. É uma demonstração de que o crime organizado atua em escala internaciona l e faz uso das inovações tecnológicas. A organização e a atuação do crime organizado acompanham a global ização, os criminosos passaram a atuar em rede e fazem uso das modernas tecnologias de comunicações e eletro/eletrônicas. Gabarito: Certo 7. Organizações Internacionais Na segunda metade do século XIX, começa a formação de instituições de cunho mundial para organizar as atividades econômicas e políticas, cada vez mais globais. Vejamos as que são cobradas nas provas do Cespe. ONU A Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdadesfundamentais e promover o desenvolvimento dos países. Surge após a II Guerra Mundial, em substituição à antiga Liga das Nações. A organização é constituída por várias instâncias, que giram em torno do Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral. A ONU atua em diversos conflitos por meio de suas forças internacionais de paz. A partir da ONU, foram criadas agências especializadas em temas que requerem coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco Mundial e do FMI , na área econômica, e da UNESCO, na de educação, algumas das mais conhecidas são : Organização para a Agricultura e a Alimentação .,., Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 34 (FAO), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde (OMS). O Conselho de Segurança (CS) é considerado o centro do poder político mundial. A criação da ONU foi arquitetada pelas potências que emergiram com o fim da II Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Reino Unido, a antiga União Soviética (atualmente a Rússia), e pela China. Esses países desenharam a distribuição do poder na ONU e até hoje são os únicos membros permanentes do CS. O CS é o órgão que toma as decisões mais importantes sobre segurança mundial. Tem poder para deliberar sobre o envio de missões de paz para áreas em conflito, definir sanções econômicas ou a intervenção militar num país. Além dos cinco membros permanentes, outras dez nações participam do CS como membros rotativos (que se revezam a cada dois anos). Todos participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de veto. O Brasil já esteve por dez vezes como membro rotativo, mas atualmente não integra o CS. A estrutura do CS estava em harmonia com a correlação de forças do período da Guerra Fria (1945-1991), quando o mundo permaneceu dividido entre os blocos comunista e capitalista. O lado capitalista era representado por EUA, França e Reino Unido; o comunista, por China e União Soviética (ex-URSS, atual Rússia). As duas partes usavam o poder de veto para proteger suas respectivas áreas de influência e negociar soluções para os conflitos na esfera internacional. Com o fim da Guerra Fria (1945-1991) e um novo cenário mundial, países de fora do conselho, como Alemanha, Japão, Brasil e Índia, passam a reivindicar uma vaga permanente. As propostas de alteração encontram resistência dentro do Conselho de Segurança (CS) e também entre as nações integrantes da ONU. O Brasil é candidato a uma vaga de membro permanente do CS. Nos anos recentes, acentuou ações diplomáticas para conseguir essa vaga. De mero participante de missões militares das Nações Unidas, passou a chefiar desde 2004, a Minustah, missão militar da ONU no Haiti. OEA A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne 34 países das três Américas e do Caribe. Cuba, excluída em 1962, é o único país do continente Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 00 - Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori que não pertence à OEA. A entidade possui quatro pi lares de atuação: democracia, direitos humanos, segurança e desenvolvimento. Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na observação independente de pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias de violação aos direitos humanos, em negociações comerciais entre os países, ajuda econômica e humanitária em desastres naturais . Em 2012, por exemplo, a Venezuela pede para ser retirada da Comissão de Direitos Humanos da OEA, alegando que as decisões do órgão não são isentas. Nos últimos anos, a comissão denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos humanos. CELAC A Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) foi criada em 2010 para agrupar as 33 nações da América Latina e Caribe. Sua composição é equivalente à da OEA, sem Estados Unidos nem Canadá. Teve como origem o Grupo do Rio - criado em 1986 para ampliar a cooperação política e ajudar na resolução de problemas internos das nações participantes - e a Cale - Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e o Desenvolvimento, formada em 2008. UNASUL A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é formada pelos 12 países da América do Sul. Criada em 2008, entrou em vigor em 11 de março de 2011, quando dez países haviam ratificado a adesão. Seu objetivo é articular os países sul-americanos em âmbito cultural, social, econômico e político. A entidade inaugurou a sua sede na cidade de Mitad dei Mundo, no Equador. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014 - AGENTE ADMINISTRATIVO) 11) A ONU, criada após a Segunda Guerra Mundial, tem por finalidade principal a manutenção da paz e da segurança internacional. COMENTÁRIOS: A ONU surge após a II Guerra Mundial, foi criada em 1945. A Organização tem o objetivo de manter a paz e a segurança internacional, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países. Gabarito: Certo -,e Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 36 QUESTÕES COMENTADAS (CESPE/FUB/2015) Durante cinco minutos, a torre Eiffel, um dos ícones da cidade-luz, ficou apagada. Em Roma, a prefeitura foi iluminada com as cores azul, branca e vermelha. Em Brasília, a embaixada francesa adotou um minuto de silêncio, assim como em outras partes do planeta. As homenagens às vítimas do atentado se reproduziram globalmente, em repúdio ao terrorismo. Fontes oficiais afirmam que um dos autores, de origem franco-argelina, recebeu treinamento militar da Al-Qaeda no Iêmen. Correio Braziliense. 9/1/2015 (com adaptações). Considerando o fragmento de texto acima como referência e os múltiplos aspectos relacionados ao tema por ele abordado, julgue os itens. 01) O texto remete aos recentes atentados terroristas ocorridos em Paris, cujos alvos foram a redação da revista Charlie Hebdo — que resultou na morte de vários de seus mais conhecidos colaboradores — e uma mercearia especializada na venda de alimentos voltados para o público judeu. COMENTÁRIOS: Em de janeiro de 2015, dois atentados terroristas foram cometidos contra a redação da revista de humor Charlie Hebdo e uma mercearia especializada na venda de alimentos voltados para o público judeu, em Paris. Os terroristas reivindicaram-se como membros da Al Qaeda na Península Arábica e do Estado Islâmico. Gabarito: Certo 02) Há consenso entre os especialistas de que as ações terroristas protagonizadas por seguidores radicais do Islã, como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, refletem um choque de civilizações no qual o Oriente se insurge contra a histórica dominação ocidental. COMENTÁRIOS: Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 00 – Política e Sociedade Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 37 Não há consenso, o consenso na análise do mundo contemporâneo não existe. Quando o Cespe traz esta palavra mágica “consenso”, a questão tem 99% de chances de estar errada. Gabarito: Errado 03) A expressão je suis Charlie (eu sou Charlie), presente em cartazes logo nas primeiras manifestações de repúdio aos atos de terror na capital francesa, passou a ser utilizada em várias regiões do planeta como forma de solidariedade aos jornalistas mortos. Por meio da expressão, afirma-se que a violência praticada ultrapassa suas vítimas diretas, atingindo a todos indistintamente. COMENTÁRIOS: O lema “Je suis Charlie” (“Eu sou Charlie”) foi amplamente adotado nas manifestações de repúdio aos atos de terror na capital francesa e pelo mundo,
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