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Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT 
Aula 01 - Economia Internacional 
Prof. Leandro Signori 
Aula 01 - Economia Internacional 
Caro aluno, 
Em primeiro lugar, agradeço a confiança e a oportunidade de ser o seu 
professor de Atualidades neste concurso. 
Em segundo lugar, segue o cronograma atualizado do curso: 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 Política e Sociedade Internacional 12/10 
01 Economia Internacional 19/10 
02 Economia Brasileira 26/10 
03 Política e Sociedade Brasileira - I 03/11 
04 Política e Sociedade Brasileira - II 10/11 
05 Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 17/11 
06 Bônus - Aula ao Vivo - revisão, bizus e dicas finais. 24/11 
De imediato, vamos aos estudos ! 
Um grande abraço, 
Prof. Leandro Signori 
1 
Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT 
Aula 01 – Economia Internacional 
Prof. Leandro Signori 
 
 
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Sumário 
1. Origens e características globalização 
2. Neoliberalismo e Consenso de Washington 
3. Blocos econômicos 
4. Cenário Econômico Atual 
4.1 A Crise Econômica Mundial 
4.2 Recuperação a Passos Lentos 
5. Concentração da riqueza 
6. Comércio Internacional 
7. A China 
8. Organizações e grupos internacionais 
9. Questões comentadas 
 10. Questões propostas 
 
1. Origens e características globalização 
 Para entendermos a globalização, é preciso saber que o fenômeno em si 
começou há muito tempo. Os primeiros passos rumo à conformação de um 
mercado mundial e de uma economia global remontam aos séculos XV e XVI, 
com a expansão ultramarina europeia. A chegada de Cristóvão Colombo à 
América, em 1492, deu início ao que alguns historiadores chamam de primeira 
globalização. 
O desenvolvimento do mercantilismo estimulou a procura de diferentes 
rotas comerciais da Europa para a Ásia e a África, gerando grande quantidade 
de riquezas para alguns países e a grande burguesia europeia. Esses lucros, 
somados ao ouro e à prata extraídos das minas do continente americano 
forneceram a base para a Revolução Industrial no fim do século XVIII. 
Por sua vez, a Revolução Industrial desenvolveu o trabalho assalariado e 
o mercado consumidor. As descobertas científicas e as invenções provocaram 
grande expansão dos setores industrializados e possibilitaram a exportação de 
produtos mundo afora. 
No fim do século XIX, começam a surgir as corporações multinacionais, 
industriais e financeiras, que vão se reforçar e crescer durante o século XX. O 
Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT 
Aula 01 – Economia Internacional 
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mercado mundial estava, então, atingindo todos os continentes. Porém a 
interdependência econômica entre as nações vai ficar evidente com a depressão 
norte-americana de 1929 – quebra da Bolsa de Valores de Nova York - que teve 
consequências negativas no mundo todo. 
A partir dos anos 1990, acentua-se a integração da economia global por 
meio da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. A 
internet, rede mundial de computadores, revelou-se a mais inovadora 
tecnologia de comunicação e informação do planeta. As trocas de informações 
(dados, voz e imagens) tornaram-se quase instantâneas, o que acelerou em 
muito a integração das atividades econômicas. 
A revolução tecnológica possibilitou ao capital uma veloz circulação pelo 
globo, facilitando os investimentos diretos e os movimentos especulativos. As 
cadeias produtivas se espalharam pelo mundo, com empresas transferidas 
(relocalizadas) para países com menor custo de produção (salários, impostos 
etc.). 
Bem, aqui faço uma pausa para deixar claro que a globalização atual não 
é um processo acabado. É um processo em curso e trata-se de uma nova fase 
do capitalismo financeiro, comandada pelos países ricos e por grandes 
empresas transnacionais. O poder dessas empresas ultrapassa cada vez mais o 
poder das economias nacionais. 
A característica central desse período globalizante é a interdependência 
entre os atores econômicos globais – governos, empresas e movimentos 
sociais. Cabe destacar que o desmantelamento do sistema socialista foi 
importante fator que contribuiu para a globalização e a expansão mundial do 
capitalismo. A derrocada dos regimes comunistas, a partir de 1989, fez com 
que as antigas nações socialistas se integrassem ao mercado global capitalista 
nos anos subsequentes. 
Historicamente, as ideias do neoliberalismo contrapõem-se às do 
keynesianismo – ideário formulado pelo economista John Keynes (1883-1946), 
dominante no período do pós-guerra, a partir de 1945 –, que defendia uma 
presença ativa do Estado na economia como forma de impulsionar o 
desenvolvimento (um exemplo da política de Keynes foi o New Deal, adotado 
nos EUA após a quebra da Bolsa em 1929, com maciços investimentos estatais 
para reativar a economia). A ascensão do neoliberalismo na década de 1980 se 
dá na contramão do keynesianismo. 
Nas últimas duas décadas, a expansão do comércio global resultou na 
intensificação do fluxo de capitais entre os países. A busca de maior 
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lucratividade levou as empresas a investirem cada vez mais no mercado 
financeiro, que se tornou o centro da economia globalizada. 
A atual mobi lidade do mercado mundial permite também que grandes 
empresas façam a relocalização de suas fábricas - nome que se dá ao 
fechamento de unidades de produção em um local e sua abertura em outra 
região ou outro país. Esse mecanismo é globalmente usado para cortar gastos 
com mão de obra, encerrando a produção em países nos quais os salários são 
maiores, para organizar a produção onde há menos custos - também de 
impostos e infraestrutura produtiva. À medida que as nações reduzem suas 
barreiras comerciais no contexto da globalização, a fabricação em qualquer 
ponto do mundo e a exportação para outros mercados torna-se cada vez mais 
rentável . 
Consequências da globalização 
A produção e o comércio mundial crescem com a global ização. Mas a 
riqueza concentra-se num pequeno grupo de países, e isso reforça a 
desigualdade entre as nações. 
A redução das tarifas de importação é um dos motivos que expl icam essa 
concentração de renda. Beneficiou muito mais os produtos exportados pelos 
mais ricos. Os mais pobres não têm conseguido exportar produtos agrícolas 
para os mais ricos, pois estes subsidiam a produção interna. 
Em períodos de crise econômica, os resultados da globalização são 
dramáticos para os países pobres, pois geram um custo social altíssimo. 
Ocorre o barateamento da mão de obra, o aumento do desemprego e da 
exclusão social. Outra consequência da globalização é o aumento da 
migração de pessoas dos países pobres para os países ricos. 
A globalização não beneficiou a todos. A riqueza concentra-se nas mãos 
de poucos. Os grupos com rendimentos mais elevados tornaram-se muito mais 
ricos e as desigualdades sociais aumentaram. 
O gráfico abaixo mostra 58 anos de comércio mundial. Há um crescimento 
enorme das exportações dos EUA e da Europa em relação ao resto do mundo. O 
crescimento da Ásia é, sobretudo, de Japão e China. Note que a desigua ldade 
se acentua com a globalização (anos 1990). Os países ricos concentram a 
venda de tecnologia de ponta, com alto valor agregado, e os países pobres, a 
venda de matérias-primas. 
A 
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Evolução das exportações, em bilhões de dólares 
10.000 
8.000 
6.000 
4.000 
2.000 
o 
E América do Norte e Europa Asia* 
- Oriente Médio 
- Américado Sul e Caribe 
- Africa 
1953 1963 1973 1983 1993 2003 2012 
*Inclui países da ex-União Soviética, exceto os países bálticos 
Fonte: OMC 
(CESPE/CAIXA/2014 - MÉDICO DO TRABALHO) Uma forma mais 
simples, barata, rápida e menos polêmica de criar células-tronco em 
laboratório pode abrir portas para uma nova era da medicina 
regenerativa. Recente estudo publicado na revista Nature apresentou 
um novo método que foi avaliado como revolucionário por uma série de 
cientistas: ele poderia reparar tecidos e órgãos humanos sem a 
necessidade de clonagem ou manipulação genética. 
O Globo, 30/ 1/ 2014, p. 30 (com adaptações). 
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e 
considerando a amplitude do seu tema, plenamente identificado com as 
características mais marcantes da civilização contemporânea, julgue o 
item que se segue. 
Era da informação e do conhecimento, como normalmente se diz, o 
tempo presente é marcado pela estreita associação entre ciência e 
sistema produtivo. Nessa perspectiva, observa-se inegável avanço, nas 
últimas décadas, da biotecnologia, entendida como a manipulação do 
material genético de determinado organismo pela engenharia genética. 
COMENTÁRIOS: 
e 
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O tempo presente da globalização é marcado pela estreita associação 
entre ciência e sistema produtivo. São constantes as descobertas e inovações 
científicas que ampliam a produção e criam novos produtos. Uma das áreas que 
avançou bastante, sobretudo na produção de alimentos e saúde, é a 
biotecnologia, entendida como a manipulação de material genético de 
determinado organismo pela engenharia genética. 
Gabarito: Certo 
2. Neoliberalismo e Consenso de Washington 
O Consenso de Washington consiste em linhas gerais, em uma cartilha 
teórica que define as diretrizes que a globalização deve seguir, sob a ideologia 
neoliberal. O neoliberalismo prega que o funcionamento da economia deve ser 
entregue às leis de mercado. Segundo seus defensores, a presença do Estado 
na economia inibe o setor privado e freia o desenvolvimento. 
Entre os princípios formadores da ideologia neoliberal, detalhados no 
Consenso de Washington e presentes na globalização econômica, destacam-se: 
a) Liberdade de mercado: Consiste na el iminação de todos os 
disposit ivos que atrapalhem o livre funcionamento dos investimentos e do 
comércio, ta is como excesso de impostos, de leis e de regras que inibam as 
transações financeiras ou limitem fusões e incorporações de empresas. 
b) Mínima participação do Estado na economia: Traduz a crença de 
que o Estado é ineficiente, atrapalha o livre funcionamento dos mercados, 
administra mal os recursos e, ao não se modernizar no mesmo ritmo das 
empresas privadas, suas empresas geram menos lucros e ofertam produtos de 
pior qualidade. Por isso, essas empresas devem ser privatizadas (vendidas para 
particulares), incentivando a concorrência, barateando preços e melhorando a 
qualidade dos serviços e das mercadorias. 
c) Redução de subsídios e gastos sociais por parte dos governos: 
O Estado desperdiça muito dinheiro com direitos sociais, como saúde, 
educação, aposentadorias, amparo aos desempregados entre outros. Isto 
provoca aumento de impostos, que serão pagos pela sociedade, a fim de gerar 
recursos destinados à assistência aos mais pobres. Na visão neolibera l, a 
manutenção desses gastos do Estado significa premiar os fracassados e punir 
com impostos os competentes. 
d) Livre circulação de capitais: Visa garantir a livre entrada e saída de 
capitais em qualquer país e permitir que o mesmo dinheiro seja apl icado e 
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remunerado em operações financeiras, como, por exemplo, na bolsa de valores, 
e não somente na produção ou na geração de empregos. 
 e) Flexibilização do mercado de trabalho: A doutrina neoliberal 
entende que essa medida dinamiza a economia e possibilita que os empresários 
invistam na produção e ampliem a oferta de empregos. Com a flexibilização, 
pode-se contratar e demitir livremente os empregados e reduzir o dispêndio das 
empresas com seus funcionários. 
 f) Abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros: 
Significa a eliminação de qualquer protecionismo econômico. Em outras 
palavras, nenhum país deve coibir a livre concorrência, e a melhor maneira 
para garanti-la é preservar a competição entre as empresas, 
independentemente de sua origem nacional ou estrangeira. Quem vai definir 
qual a melhor mercadoria a ser adquirida é o próprio consumidor, que ainda 
será beneficiado com uma maior variedade de artigos ofertados e a preços cada 
vez mais baixos e acessíveis. 
 
3. Blocos econômicos 
A globalização neoliberal ampliou largamente a formação de blocos 
econômicos. São organizações criadas por países, para promover a integração 
econômica, o crescimento e a competitividade internacional dos países-
membros. Sob a economia globalizada, ajudam a abrir as fronteiras de cada 
nação ao livre fluxo de capitais, ao reduzir barreiras alfandegárias, práticas 
protecionistas e regulamentações nacionais. 
Existem quatro modelos básicos de bloco econômico: 
- Área de livre-comércio - Impostos, tarifas ou taxas de importação são 
eliminados de boa parte ou de todas as mercadorias e serviços para promover o 
intercâmbio entre países-membros. Exemplo: NAFTA 
- União aduaneira – É uma área de livre comércio, na qual, além de 
abrir o mercado interno, os países-membros definem regras para o comércio 
com nações de fora do bloco. A tarifa externa comum é adotada para boa 
parte – ou a totalidade – dos serviços e mercadorias provenientes de outros 
países, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas de 
importação de terceiros. 
- Mercado comum - É uma união aduaneira na qual, além de 
mercadorias e serviços, capital e trabalhadores também podem circular 
livremente e se engajar em atividades econômicas em qualquer dos países-
membros. Ex. MERCOSUL e Comunidade Andina. 
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- União econômica e monetária – É o estágio final de integração 
econômica entre países. Os membros adotam uma moeda comum e a mesma 
política de desenvolvimento. A União Europeia é o único bloco a atingir esse 
estágio de integração. 
A formação de blocos econômicos acelerou o comércio mundial. Antes, 
qualquer produto importado chegava ao consumidor com valor 
significativamente mais alto, em razão das taxações impostas ao cruzar a 
alfândega. Os acordos entre os países reduziram, e em alguns casos acabaram, 
com essas barreiras comerciais, processo conhecido como liberalização 
comercial. 
Vejamos os principais blocos econômicos regionais, ou melhor, aqueles 
que caem nas provas.  
 União Europeia – União econômica e monetária, com 28 países 
membros. O Euro, moeda única do bloco não é adotada por todos os países. 
Zona do Euro – 19 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, 
Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, 
Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta e Portugal. O Reino Unido NÃO faz parte 
da Zona do Euro, a sua moeda é a libra esterlina. 
 ALCA - Proposta pelos Estados Unidos em 1994, não chegou a se 
constituir como um bloco econômico. A proposta é de formação de uma 
Área de Livre Comércio integrada por todos os países americanos, exceto Cuba. 
Após sucessivas discussões em torno da formação do bloco econômico, a 
Cúpula das Américas de 2005, realizadana Argentina, marca o fracasso do 
acordo, deixando as negociações em suspenso. 
 NAFTA – Área de livre comércio, integrada por Estados Unidos, Canadá e 
México. 
MERCOSUL – Mercado comum, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai, 
Paraguai e Venezuela. A Bolívia possui o status de Estado Associado estando, 
desde dezembro de 2012, em processo de adesão ao bloco econômico. Chile, 
Peru, Colômbia e Equador, também possuem o status de Estados Associados, 
porém não estão em processo de adesão. A Guiana e o Suriname são Estados 
com direito de participação nas reuniões do Mercosul. 
O bloco negocia há mais de uma década um acordo de livre comércio com 
a União Europeia. Nos últimos meses as negociações avançaram, porém 
voltaram a ficar em compasso de espera. O motivo é a Argentina, país em 
dificuldades e econômicas, que não consegue aproximar-se da oferta de 
liberalização de 90% do comércio do bloco com a União Europeia. 
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Comunidade Andina 
Colômbia, Equador e Peru . 
Mercado comum, integrado por Bolívia, 
Aliança do Pacífico - Associação formada em 2012, por México, Peru, 
Colômbia e Chile para estabelecer gradualmente o livre comércio entre seus 
membros e entre eles e os países asiáticos banhados pelo Oceano Pacífico. A 
Costa Rica entrou no bloco em maio de 2013. O grupo adota políticas 
econômicas neoliberais e tem o apoio dos Estados Unidos. 
União Econômica Euroasiática (UEE) - Integrado pela Rússia, 
Cazaquistão e Belarus. As ex-repúblicas soviéticas da Armênia e Quirguistão, 
países muito pobres, estão em processo de adesão. 
Os três Estados comprometem-se a garantir a livre circulação de 
produtos, serviços, capitais e trabalhadores, além de aplicar uma política 
semelhante em domínios chaves da economia: energia, indústria, agricultura, 
transportes. Os signatários dispõem de um quinto dos recursos mundiais de gás 
e quase 15°/o dos de petróleo. 
A Ucrânia participou das negociações para a formação da União 
Euroasiática até a deposição do presidente Viktor Yanukovich em fevereiro 
deste ano. O estopim da deposição de Yanukovich foi justamente a sua 
desistência em assinar um acordo de associação e livre-comércio com a União 
Europeia, em prol da participação na União Euroasiática. 
Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TTP) - 12 países -
Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova 
Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã chegaram a um acordo de livre comércio 
que pode resultar no maior bloco econômico da história. O Tratado ainda 
precisa ser aprovado pelos parlamentos nacionais. Os países do TTP reúnem 
40°/o do PIB mundial e tem 793 milhões de consumidores. Para os Estados 
Unidos e Japão, o Tratado é uma oportunidade de ficarem à frente da China 
(que não participa do TTP) e criar uma zona econômica na bacia do Pacífico 
capaz de contrabalançar o peso econômico dos chineses na região. 
~ ! 
(CESPE/MPE PI/ 2012 - ANALISTA MINISTERIAL) Após dez horas de 
discussão madrugada adentro, líderes europeus concordaram em 
endurecer o controle das contas públicas e em perder parte da 
autonomia financeira para tentar salvar o euro. Mas a discordância de 
um país, o Reino Unido, impede que haja mudanças nos tratados da 
União Europeia (UE). Essa divergência lança dúvidas sobre o futuro da 
n 
Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT 
Aula 01 - Economia Internacional 
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integração europeia, tida como fundamental para enterrar de vez o 
passado de conflitos entre os países do continente. 
Folha de S.Paulo, 10/12/2011, p. A18 (com adaptações) . 
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas 
implicações do tema por ele abordado, além de aspectos marcantes do 
mundo contemporâneo, julgue os itens seguintes. 
16) O euro é a moeda adotada por todos os países que integram a UE e, 
de seu lançamento aos dias de hoje, sempre se mostrou 
supervalorizado em relação à moeda norte-americana, o dólar. 
COMENTÁRIOS: 
O Euro, moeda adotada por 19, dos 28 países integrantes da União 
Europeia, já teve paridade com o dólar norte-americano, já valeu menos e 
atualmente está mais valorizado que a moeda dos EUA. 
Gabarito: Errado 
4. Cenário Econômico Atual 
Baixo crescimento, dívidas públicas impagáveis, desemprego elevado e 
instabilidade política são algumas das sequelas da grave crise econômica 
deflagrada nos Estados Unidos, em 2008, que persistem debilitando a economia 
global e as projeções para 2015 não são exatamente animadoras. Passados 
sete anos do estouro da bolha imobiliária norte-americana, que abriu a crise, o 
planeta ainda sofre da viru lenta infecção, com riscos de recaída. 
4.1 A Crise Econômica Mundial 
A atual crise econômica mundial se iniciou em setembro de 2008, com o 
estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos. Sua origem foi o farto crédito 
imobiliário oferecido nos anos anteriores. Com as taxas de juros norte-
americanas num patamar muito baixo, os bancos fizeram empréstimos de longo 
prazo a cl ientes sem boa avaliação como pagadores - chamados de subprime. 
O crédito fáci l intensificou a procura por imóveis, que t iveram os preços 
elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater 
a inflação. Com isso, as prestações dos financiamentos ficaram mais caras e 
muitos compradores pararam de pagar. 
Os imóveis (garantias dos empréstimos) foram retomados pelos bancos, 
que os colocavam à venda, para cobrir os empréstimos não pagos. O aumento 
1n 
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da oferta fez os preços dos imóveis caírem. Mesmo com a venda, os bancos não 
conseguiam recuperar o prejuízo. A quebra do banco Lehman Brothers, marco 
da crise, provocou um efeito dominó no mercado financeiro mundial. 
 
União Europeia 
A crise econômica atingiu duramente a União Europeia. Afetou com maior 
intensidade, os países da zona do euro, com elevada dívida pública. O país mais 
atingido foi a Grécia. Outros países bastante afetados foram: Portugal, Irlanda, 
Itália, Espanha e Chipre. 
Como condição para receber ajuda econômica, medidas de austeridade 
são adotadas pelos países em crise. O objetivo é o cumprimento de metas 
orçamentárias e de limite de endividamento estabelecidos pela União Europeia. 
Incluem privatizações, redução do serviço público, corte de direitos sociais, 
congelamento de salários e aumento de impostos, entre outras medidas. Tem 
como efeito direto o aumento do desemprego, a redução do poder aquisitivo da 
população e a desaceleração da economia, provocando protestos populares que 
enfraquecem ou derrubam os governos. 
A prolongada estagnação econômica e o alto desemprego estão causando 
um terremoto político no continente porque os eleitores, desiludidos com os 
partidos tradicionais, estão transferindo o seu apoio para legendas mais 
radicais, tanto de esquerda, como de direita. A principal bandeira da esquerda é 
o fim da austeridade, enquanto a extrema direita combate a imigração e o 
projeto da União Europeia. Os países com o maior avanço dos partidos 
extremistas são a França, a Espanha e o Reino Unido. Na Grécia, a esquerda 
contra a austeridade assumiu o governo no início de 2015. 
Nesse cenário tenso, a Comissão Europeia (CE), órgão da União Europeia, 
anunciou um plano no final de 2014 que, embora modesto, prevê investimentos 
em infraestrutura, juntamente com ações para reavivar a economia do bloco. 
Para estimular a economia e elevar a inflação, o Banco Central Europeu lançou 
um programa de compra de bônus governamentais. Serão injetados na 
economia da zonado euro, US$ 60 bilhões mensais, entre março de 2014 a 
setembro de 2016. Há risco de deflação, o que pode ampliar a crise econômica 
do bloco. A meta é elevar a inflação para 2% ao ano. 
 
Grécia 
 
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A Grécia, primeiro país da zona do euro seriamente atingido pela crise da 
dívida, entrou em recessão no ano de 2009. Para que mantivesse o pagamento 
das suas dívidas, a troika aprovou dois pacotes de empréstimos emergenciais 
ao país. Em troca, os gregos foram obrigados a adotar uma ampla reforma – 
com aumento de impostos, privatizações, cortes de direitos trabalhistas, 
demissões de servidores e redução das aposentadorias e dos salários. Troika é 
a denominação do grupo que negocia o socorro financeiro aos países 
endividados da União Europeia, composto pelo FMI, Banco Central Europeu e 
Comissão Europeia. 
As medidas provocaram uma revolta social no país, com greves e 
protestos. Essa política acelerou o declínio econômico nacional, levou a um 
desemprego recorde e o país não atingiu as metas estipuladas pela troika. A 
crise derrubou o então primeiro ministro George Papandreou no fim de 2011. 
As medidas de ajuste não recuperaram a economia e empobreceram 
drasticamente a população. Em seis anos, o país perdeu 25% de seu PIB (ou 
seja, sua economia encolheu fortemente); um quarto da população ficou 
desempregada (entre os jovens a taxa supera os 50%); e a dívida pública 
atingiu um nível recorde (176% do PIB) depois dos empréstimos da troika, de 
240 bilhões de euros. Para completar a tragédia grega, 45% dos aposentados 
são pobres e 200 mil funcionários públicos foram demitidos desde o início da 
crise. 
Em clima de revolta com a situação desastrosa da economia, a população 
grega deu uma vitória expressiva a um partido radical de esquerda, o Syriza, 
nas eleições de janeiro de 2015. Nessa situação calamitosa, o líder do Syriza, 
primeiro ministro Alexis Tsipras, ofereceu uma mensagem de esperança 
durante a campanha eleitoral. A proposta do partido foi, de um lado, reverter as 
privatizações e os cortes no orçamento para melhorar serviços públicos, 
aumentar os salários e pensões e criar empregos. De outro, pleitear junto à 
troika a anulação de parte da colossal dívida grega. Tudo isso sem deixar a 
zona do euro. 
O problema com esse programa é que suas diretrizes são incompatíveis 
com as determinações da União Europeia e das nações credoras, em especial a 
Alemanha, a maior contribuinte dos fundos da troika, e que possui grande peso 
nas decisões da Comissão Europeia (CE). 
O novo governo imediatamente começou a negociar com a troika 
pleiteando condições mais favoráveis ao pagamento da dívida. Ocorre que 
ambos não chegaram a um acordo e a troika não liberou a última parcela da 
ajuda econômica ao país. Sem dinheiro, a Grécia não pagou uma parcela da sua 
dívida com o FMI que venceu em 30 de junho. 
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Diante do impasse o primeiro ministro grego convocou um plebiscito para 
saber se a popu lação da Grécia concordava ou não com a última proposta de 
empréstimo, com mais ajustes ao país. Realizado em cinco de julho, o NÃO 
venceu o plebiscito, significando que o povo grego não aceita a última proposta 
dos credores. 
Contudo, após o plebiscito, em uma tensa negociação, a Grécia e a troika 
chegaram a um acordo, que, embora não seja exatamente nos termos 
reprovados no plebiscito, inclui medidas rejeitadas pela população na consulta. 
O parlamento grego aprovou o novo acordo, mas houve divisão no partido de 
Tsipras, o Syriza. 
Em agosto, o Eurogrupo (conselho dos ministros da economia da zona do 
euro) aprovou o terceiro programa de resgate à Grécia, o que representa um 
novo programa de assistência financeira ao país de até 86 bilhões de euros por 
um prazo de 3 anos. 
Com a divisão no Syriza, Alexis Tsipras renunciou ao cargo de primeiro-
ministro, o que provocou a convocação de novas eleições para o parlamento 
grego. Um mês depois, venceu as eleições legislativas e formou um novo 
governo. 
A possibilidade de saída da Grécia da União Europeia gerou temor sobre o 
futuro da moeda única e da capacidade do bloco em se manter coeso e de 
resolver os seus problemas econômicos. Gera instabilidade nos mercados e no 
capital internacional. 
(VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS/2013 - ANALISTA 
ADMINISTRATIVO) Em 2013, os países que compõem a União Europeia 
veem suas economias manterem o processo decadente. Mais uma vez, 
houve recuo do PIB (Produto Interno Bruto) e a elevação da taxa de 
desemprego. A crise, mais acentuada em alguns países, tem provocado 
intensas manifestações sociais que se dirigem contra governantes e 
contra a "troika". 
A expressão "troika" se refere aos 
a) três países mais ricos do continente, Alemanha, Inglaterra e França. 
b) gigantes da economia mundial, com suas políticas imperialistas 
sobre a Europa. 
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c) países que formam os BRICs, que tomaram os mercados europeus. 
d) agentes financeiros internacionais, que fazem imposições para a 
concessão de recursos. 
e) organismos internos da ONU, que se recusam a ajudar os países 
mais endividados. 
COMENTÁRIOS: 
Na União Europeia, os países em crise que precisam de ajuda financeira 
do bloco econômico, recorrem a "troika". Essa expressão é uti lizada para 
designar três instituições internacionais: Banco Centra l Europeu (BCE), 
Comissão Europeia (CE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Para 
concederem empréstimos, chamados de resgates financeiros, impõe duras 
condições aos países solicitantes. 
O gabarito é "d", contudo entendo que a questão deveria ser anu lada. A 
alternativa se refere a agentes financeiros internacionais. A Comissão Europeia 
não é um agente financeiro, é uma instituição político-administrativa do bloco 
europeu. Tem como atribuições representar e defender os interesses da União 
Europeia na sua globa lidade. Propõe legislação, políticas e programas de ação e 
é responsável por aplicar as decisões do Parlamento Europeu e do Conselho da 
União Europeia. 
Gabarito: D 
4.2 Recuperação a Passos Lentos 
A economia global agora avança devagar, e aos trances e barrancos. O 
Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que, pelo menos até 2016, o ritmo 
de crescimento do PIB mundial não avança além dos 3,5°/o ao ano - e com 
riscos de retrocesso. Compare: nos anos anteriores à crise, a média de 
crescimento do PIB mundial estava entre 4°/o e 5°/o ao ano. 
A recuperação depende de fatores como o preço das matérias-primas 
básicas (commodities), como o ferro e os produtos agropecuários, que têm 
preço internacional negociado em bolsas de valores mundiais. I sso significa que 
o comércio da soja, do minério de ferro ou do trigo tende a ser feito pelo 
mesmo preço em qua lquer parte do mundo, já que o mercado é articulado. 
Segundo a OMC, entre 2000 e 2012, as matérias-primas básicas 
duplicaram de preço, em parte devido à maior demanda dos países 
emergentes. Mas a economia dos emergentes está freando . E as commodities 
começaram a cair de preço . O preço do barril de petróleo, por exemplo, que 
1 A 
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15 
chegou a mais de 100 dólares no final de 2014, caiu para menos de 50 dólares 
no início de 2015. Essa queda beneficia os países que importam, como os 
Estados Unidos, mas é ruim para os exportadores, como a Rússia. 
A economia mundialestá sujeita, também, a oscilações sociais, 
ambientais e geopolíticas. O envelhecimento da população, com a diminuição do 
contingente de jovens, reduz a capacidade de trabalho de diversas nações, ao 
mesmo tempo que aumentam as despesas dos governos com aposentadorias e 
pensões. Regiões atingidas por desastres naturais, como terremotos e 
tsunamis, param de produzir e exigem dos governos gastos em pacotes de 
ajuda. As mudanças climáticas, com grandes períodos de seca ou inundações, 
afetam a produção agropecuária. O esgotamento de recursos naturais, como a 
água, encarece a vida em algumas regiões do planeta. E epidemias e 
pandemias reduzem a produtividade de uma população e aumentam as 
despesas em saúde pública. Do ponto de vista geopolítico, os maiores riscos 
vêm de guerras e conflitos. As sanções econômicas impostas a países 
beligerantes, como ocorre com Ucrânia e Rússia, têm impacto no comércio 
internacional. 
 
Estados Unidos 
A exemplo de outros governos, o norte-americano também desembolsou 
centenas de bilhões de dólares para salvar os bancos em falência e estimular a 
economia paralisada. Com isso, a dívida pública dos EUA subiu a níveis 
elevados, e houve o risco de o país parar os pagamentos. O presidente 
democrata Barack Obama conseguiu aprovar no Congresso, depois de acirradas 
batalhas políticas, uma série de medidas que incluiu reformas no sistema 
tributário, cancelamento de benefícios fiscais e cortes nos gastos da União. Deu 
mais resultado do que se esperava. Depois de seis anos, a economia norte-
americana começou a reagir. A indústria passou a contratar, os salários 
voltaram a subir. A taxa de desemprego caiu de 10%, em 2009, para menos de 
6% da população economicamente ativa no final de 2014. Os especialistas 
atribuem a retomada às medidas do governo e, também, a fatores externos, 
como a queda no preço do petróleo, que incentivou o consumo. Hoje, os EUA 
apresentam o crescimento mais consistente de todas as grandes economias, 
com uma projeção de 3,6% para 2015. 
 
Emergentes 
As economias emergentes – incluindo os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China 
e África do Sul) – entraram numa nova fase: continuam crescendo, mas não 
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com o mesmo fô lego. O alto preço das commodities no mercado internaciona l 
alavancou um crescimento rápido dos emergentes na primeira década do sécu lo 
XXI. Além de apresentarem taxas significativas de crescimento, essas 
economias passaram bem pelos problemas criados pela crise em 2009 e 2010. 
No entanto a crise global terminou por afetar a todos, por causa da queda 
no comércio internacional. O terremoto que atingiu os mercados financeiros 
levou à redução dos investimentos nos emergentes. Hoje, o crescimento médio 
do PIB dessas economias está três pontos percentuais abaixo do registrado em 
2010. São três os principais fatores que refreiam o crescimento dos 
emergentes: 
• a queda no preço do petróleo e outras commodities; 
• o recuo no comércio internacional; 
• os gargalos de infraestrutura internos. 
Esses três fatores afetam principalmente a China. A redução no ritmo de 
crescimento chinês, de 10°/o para cerca de 7°/o nos próximos anos, não é 
preocupante, pois se mantém uma expansão forte. Com ela, o gigante asiático 
continuará na posição de líder econômico mundial. No entanto, essa 
desaceleração afeta os países da Ásia e os demais emergentes, como o Brasil, 
exportadores de matéria-prima para a indústria chinesa. 
(FGV / AL BA/2014 - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) Desde 2008, o 
mundo desenvolvido vem sofrendo consequências de uma crise 
financeira que teve seu epicentro nos Estados Unidos, espalhando-se 
pelas economias europeias, além de atingir, também, as economias 
emergentes. 
Com relação à crise econômica de 2008, analise as afirmativas a seguir. 
I. Países como Grécia, Portugal e Irlanda enfrentaram situação de 
crescimento extraordinário dos gastos públicos, o que gerou 
dificuldades para o pagamento da dívida pública e obtenção de novos 
empréstimos. 
II. Nos Estados Unidos houve uma crise de crédito ligada à perda de 
liquidez do sistema bancário, em função de ampla oferta de 
financiamento para a compra de imóveis e a subsequente 
inadimplência. 
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III. No segundo semestre de 2008, o Brasil enfrentou uma crise 
cambial, com alta expressiva do dólar, refletindo os efeitos da crise 
internacional. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
COMENTÁRIOS: 
Todas as alternativas estão corretas. A atual crise econômica mundial se 
iniciou em setembro de 2008, com o estouro da bolha imobiliária nos Estados 
Unidos. Sua origem foi o farto crédito imobi liário oferecido nos anos anteriores. 
Com as taxas de juros norte-americanas num patamar muito baixo, os bancos 
fizeram empréstimos de longo prazo a clientes sem boa ava liação como 
pagadores - chamados de subprime. 
O crédito fáci l intensificou a procura por imóveis, que t iveram os preços 
elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater 
a inflação. Com isso, as prestações dos financiamentos ficaram mais caras e 
muitos compradores pararam de pagar. 
Os imóveis (garantias dos empréstimos) foram retomados pelos bancos, 
que os colocavam à venda, para cobrir os empréstimos não pagos. O aumento 
da oferta fez os preços dos imóveis caírem. Mesmo com a venda, os bancos não 
conseguiam recuperar o prejuízo. A quebra do banco Lehman Brothers, marco 
da crise, provocou um efeito dominó no mercado financeiro mundia l. 
A crise econômica atingiu duramente a União Europeia. Afetou com maior 
intensidade, os países da zona do euro, com elevada dívida púb lica. O país mais 
atingido foi a Grécia. Outros países bastante afetados foram: Portugal, Irlanda, 
Itá lia, Espanha e Chipre. 
Na esteira da crise internacional, o Brasil enfrentou uma crise cambial, no 
segundo semestre de 2008, com expressiva alta do dólar. 
Gabarito: E 
5. Comércio Internacional 
1 '"7 
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O comercio internacional nunca foi tão intenso, mas as exportações dos 
países ricos cresceram muito mais do que as dos países pobres nas últimas 
décadas. Atualmente, apenas dez países (dos 195 do planeta) monopolizam 
mais da metade de todo o comércio internacional. Veja o gráfico a seguir. 
Dez países têm mais da metade do comércio mundial 
O número acima de cada barra representa quanto do comércio mundia l o país faz. Entre 
as dez principais nações, oito são ricas. O Brasil cresceu para um patamar de 1,3% do comércio 
mundial - era cerca de 1, 1% -, resu ltado de 15 anos de esforço para ampliar as exportações. 
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Fonte: OMC 
10,6 
Um dos instrumentos desse crescimento foi a criação da Organização 
Mundial do Comércio (OMC), em 1995, com o objetivo de abrir as economias 
nacionais, el iminar o protecionismo (quando um país impõe taxas para 
restringir a importação de produtos e proteger a produção interna) e facil itar o 
livre trânsito de mercadorias. 
A OMC funcionacom rodadas de discussão sobre temas, que chegam ao 
final quando se fecham os acordos. A Rodada Doha, aberta em 2001 (com 
prazo previsto até 2006), entrou num impasse não resolvido até hoje. Os países 
ricos querem maior acesso de seus produtos aos países em desenvolvimento. 
Esses, por sua vez, buscam restringir as vantagens econômicas, como os 
subsídios (auxílio financeiro), que os países ricos dão a seus agricultores, e não 
se chega a um acordo. 
~ ! 
10 
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(CESPE/MDIC/2014 - AGENTE ADMINISTRATIVO) A Organização 
Mundial do Comércio (OMC) fechou, em Bali, o primeiro acordo em 
quase vinte anos e, com isso, evitou que a Europa e os Estados Unidos 
da América se lançassem apenas em negociações regionais sem a 
participação dos países emergentes. O entendimento abre caminho 
para a injeção de 1 trilhão de dólares na economia mundial ao 
desbloquear processos aduaneiros. Segundo economistas, também 
deve criar 21 milhões de postos de trabalho. 
O Estado de S.Paulo, 8/12/2013, capa (com adaptações). 
Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos que ele suscita, 
julgue o item seguinte. 
O comércio internacional é peça-chave na economia globalizada dos 
dias de hoje, de modo que obstáculos diversos interpostos a sua plena 
realização trazem, em geral, resultados negativos para os países, 
especialmente em relação a aspectos econômicos e sociais. 
COMENTÁRIOS: 
O comércio internaciona l, peça-chave da economia global izada, nunca foi 
tão intenso como nos dias atuais. Contudo o vertiginoso crescimento das trocas 
nas últ imas décadas não significou uma melhoria geral dos aspectos 
econômicos e sociais para a maioria dos países do mundo. O comércio 
internacional enfrenta muitos obstáculos como as barreiras tarifárias e não 
tarifárias e os esquemas protecionistas dos países. As nações pobres e em 
desenvolvimento são as mais prejudicadas. 
Gabarito: Certo 
6. A China 
A civi lização chinesa tem mais de quatro mil anos. Após um longo período 
imperial e uma breve repúbl ica, uma revolução liderada pelo Partido Comunista 
Chinês (PCCh), de Mao Tsé-tung, deu origem à Repúbl ica Popular da China, em 
1949. O país foi reorganizado nos moldes comunistas. 
Com a morte de Mao, em 1976, a China implementou um modelo, ainda 
vigente, chamado por seus dirigentes de socialismo de mercado. Trata-se de 
uma combinação de características do socialismo (no qual as empresas e a 
terra são propriedade do Estado) com aspectos do capitalismo (a presença de 
empresas privadas, sobretudo multinacionais, em algumas áreas do país). 
1n 
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20 
No final da década de 1970, o país começou a abrir parte de sua produção 
para as multinacionais, com a criação de Zonas Econômicas Especiais. Os 
investimentos estrangeiros e a abundância de mão de obra mal remunerada 
alavancaram as exportações, pois os produtos são baratos. Em três décadas, a 
China deixou de ser um país pobre e agrário e tornou-se uma potência 
econômica. O país atualmente responde por mais de 10% do PIB mundial e, 
em 2011, passou a ser a segunda maior economia do planeta, atrás apenas da 
dos Estados Unidos. 
Apesar do vertiginoso crescimento econômico, o país convive com 
problemas que causam instabilidade ao atual modelo político-econômico: 
significativa desigualdade social, corrupção, degradação ambiental e crescente 
descontentamento popular. Em 2009, a China tornou-se o principal parceiro 
comercial e destino das exportações do Brasil, superando os Estados Unidos, 
principal parceiro brasileiro durante anos. 
O país se tornou o maior consumidor de recursos energéticos do mundo. 
É também o maior poluidor e, mais recentemente, o que mais investe em 
fontes de energia renováveis. Após dez anos sob o comando de Hu Jintao, a 
China trocou seus principais dirigentes em 2013, assumindo Xi Jinping como 
presidente e Li Keqiang como primeiro ministro. 
A China é uma ditadura que reprime a liberdade de expressão e viola os 
direitos humanos. No entanto há uma resistência interna, e diversos dissidentes 
desafiam o regime. 
O crescimento econômico da China está desacelerando e há temores 
sobre as consequências da transição para um ritmo mais lento e sustentável. O 
país está crescendo a taxa anual de 6,5% ou 7%, três vezes mais do que os 
Estados Unidos e quatro vezes mais que a Europa. Ocorre que antes da crise 
econômica mundial, crescia a taxa de 10% ou mais ao ano. Um menor 
crescimento chinês afeta o ritmo da atividade econômica no mundo, 
principalmente dos exportadores de commodities como o Brasil. 
Numa tentativa de estimular as exportações e por consequência a 
economia, o Banco do Povo da China (banco central do país) promoveu, em 10 
de agosto, uma desvalorização recorde do yuan, a moeda do país. Dias depois 
a Bolsa de Valores de Xangai teve queda recorde. Como o país não é uma 
democracia, ou seja, há menos transparência sobre os motivos das decisões 
econômicas do governo, há mais desconfiança e especulação sobre a real 
situação da economia chinesa, gerando instabilidade nos mercados mundiais. 
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~ ! 
(CESPE/CAIXA/2014 - MÉDICO DO TRABALHO) No Rio de Janeiro, 
quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão quando 
trabalhava na cobertura de manifestação contra o aumento de 
passagens de ônibus, o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago 
Andrade teve a morte confirmada. Enquanto isso, na contramão de 
outras regiões, países africanos reforçam perseguição a homossexuais 
com novas leis. Aliás, a ausência de governantes de países importantes 
na abertura dos Jogos de Inverno de Sochi foi entendida como uma 
espécie de boicote a Vladimir Putin pelo modo como seu governo vem 
lidando com os direitos humanos. No campo das comunicações, o poder 
da rede mundial de computadores como instrumento de consciência 
política e de arregimentação para protestos tem levado dezenas de 
governos a censurá-la. A propósito, a ONU e a Organização dos Estados 
Americanos (OEA) condenam a violência do governo venezuelano 
contra os opositores que tomam as ruas. 
Considerando esses e outros aspectos típicos dos tempos atuais, julgue 
o item. 
Em marcha acelerada para se tornar a principal potência econômica 
mundial, a China tem ampliado sobremaneira seus espaços 
democráticos mediante ações radicais, como, por exemplo, o fim da 
censura à Internet no país. 
COMENTÁRIOS: 
A China não é uma democracia, não há eleições livres e diretas no 
país. A imprensa é controlada, opositores do regime são presos e a internet é 
censurada. O regime do Partido Comunista Chinês, no poder desde 1949, não 
está promovendo reformas democráticas no país. 
Gabarito: Errado 
7. Organizações e grupos internacionais 
Galera, vou tratar somente das organizações e grupos internacionais 
relacionados ao tema da economia internacional. Os organismos internacionais 
relacionados à política internacional, serão estudados na próxima aula. 
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FMI e Banco Mundial 
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização financeira 
criada para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo e 
oferecer empréstimos a juros baixos a países em dificuldades financeiras. Os 
empréstimos são concedidos em troca do comprometimento dos países com 
metas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, 
privatizaçãoe concentração de gastos públicos em educação, saúde e 
investimento em infraestrutura, entre outras políticas que são denominadas 
como Consenso de Washington. 
O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e 
assistência técnica a países para promover seu desenvolvimento econômico. 
Criado em 1944 e composto de duas instituições – o Banco Internacional para a 
Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a Associação Internacional de 
Desenvolvimento (ADI) –, o Banco Mundial é formado por 188 países-membros 
(incluindo o território do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na 
reconstrução dos países da Europa e da Ásia após a II Guerra Mundial. 
 
OCDE 
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico 
(OCDE) articula políticas de educação, saúde, emprego e renda entre os países 
ricos. Fundada em 1961, substitui a Organização Europeia para a Cooperação 
Econômica, criada em 1948 no quadro do Plano Marshall. 
Membros da OCDE: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, 
Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, 
Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, 
Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, 
Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia. O Brasil não é 
membro da OCDE. 
 
Brics 
A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill e se 
refere aos quatro mais importantes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia 
e China. O estudo que cunhou a expressão estima que em 2050 o grupo 
poderá constituir a maior força econômica mundial, superando a União 
Europeia. 
Em 2009, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram um grupo 
diplomático para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas 
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conjuntas, que realiza reuniões anuais de seus chefes de Estado. Em 2011, a 
África do Sul, a maior economia da África, foi convidada e passou a integrar o 
grupo. 
Os cinco países dos BRICS têm características comuns: são países com 
indústria e economia em expansão, seu mercado interno está crescendo e 
incluindo milhões de novos consumidores. Dois deles possuem as maiores 
economias de seu continente: China e África do Sul. Quatro possuem territórios 
extensos e entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia. 
Também ancoram a economia desses países importantes fatores para o 
comércio internacional. A Rússia é rica em recursos energéticos e fornece 
petróleo, gás e carvão à União Europeia. O Brasil é grande exportador de 
minérios, como a África do Sul, e é o maior exportador mundial de alimentos. 
China e Índia estão se tornando os maiores fabricantes e exportadores de 
produtos industriais na globalização. 
O grupo criou o seu próprio banco de desenvolvimento, o Banco dos 
Brics (Novo Banco de Desenvolvimento – NDB) e um fundo financeiro de 
emergência, o Arranjo Contingente de Reservas. 
O Banco Brics será um banco de desenvolvimento, com capital inicial 
autorizado de US$ 100 bilhões e capital subscrito de US$ 50 bilhões, 
igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o grupo. A sede do 
banco será em Xangai na China, o primeiro presidente será da Índia e o 
presidente do Conselho de Administração será do Brasil. 
A criação do banco não significa que os países membros do grupo não vão 
mais participar do Banco Mundial. O banco dos BRICS se coloca como mais uma 
alternativa de fomento ao desenvolvimento e estará aberto a qualquer país do 
mundo. 
O Arranjo Contingente de Reservas será um fundo financeiro de 
emergência para ajuda mútua de US$ 100 bilhões. O fundo servirá para ajudar 
no controle do câmbio quando houver crises financeiras globais. Em momentos 
de especulação internacional, a tendência é o dólar disparar. O dinheiro do 
fundo servirá para segurar a cotação do dólar. Para juntar os US$ 100 bilhões 
iniciais, cada pais colaborará com um valor: China (US$ 41 bilhões); Brasil, 
Índia e Rússia (US$ 18 bilhões cada um); e África do Sul (US$ 5 bilhões). 
Há tempos, os países dos BRICS reclamam uma maior participação no 
poder de decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Essas instituições foram criadas um ano antes do final da Segunda Guerra 
Mundial, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos. Até 
hoje, quem detém o poder nelas são os Estados Unidos e a União Europeia. 
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A ordem econômica globa l atual não é mais a mesma do pós-guerra e do 
período da guerra fria, em que Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e 
Alemanha dominavam o mundo capita lista. A criação do Novo Banco de 
Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, de certa forma, é uma 
resposta dos BRICS ao não atendimento das reivindicações dos países 
emergentes por maior distribuição do poder de decisões no Banco Mundial e 
FMI. 
Após a recente desaceleração dos BRICS, Jim O'Neill identificou outros 
quatro países - México, Indonésia, Nigéria e Turquia - que, segundo ele, 
também podem se tornar gigantes econômicos nas próximas década. Para 
esses países, o economista criou a sigla MINT. 
(CESPE/PM CE/2014 - PRIMEIRO TENENTE) No novo mapa da riqueza 
no Brasil, as cidades médias avançam e as capitais perdem espaço. 
Apesar dessa tendência, a riqueza continua concentrada no país. A 
renda gerada por apenas seis municípios - São Paulo, Rio de Janeiro, 
Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus - responde por um quarto 
de toda a riqueza no país. 
O Globo, 18/12/2013, p. 23 (com adaptações). 
Com base no fragmento de texto acima e nos diversos aspectos que 
envolvem o tema por ele abordado, julgue o item que se segue. 
Brasil, Rússia, Índia e China, países do chamado BRICs, apresentam 
realidade econômica equivalente, caracterizada por ampla capacidade 
de produção e de participação no mercado mundial. 
COMENTÁRIOS: 
Os países dos BRICS são as principais economias emergentes do mundo. 
Porém não possuem real idade econômica equivalente. Como exemplo, a 
indústria responde por 47°/o do PIB da China, 37°/o do PIB da Rússia, 28°/o do 
PIB do Brasil e da África do Sul e 26°/o do PIB da Índia (dados de 2012). Apenas 
por esse dado, vemos que as economias dos países do BRICS são diferenciadas. 
Gabarito: Errado 
G-20 
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25 
O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequência da crise 
financeira asiática de 1997. Os seus membros representam 90% do PIB 
mundial, 80% do comércio global e dois terços da população mundial. Discute 
medidas para promover a estabilidade financeira mundial, alcançar crescimento 
e desenvolvimento econômico sustentável. Após a eclosão da crise financeira 
mundial, tornou-se o mais importante fórum internacional de países para o 
debate das questões políticas e econômicas globais. 
Os membros do G-20 são Argentina, Austrália, Brasil, China, Canadá, 
França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, 
Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e 
União Europeia. Veja que a União Europeia não é um pais, é um bloco 
econômico. Contudo é membro do G-20. 
O G-20 realizou o seu Encontro anual em novembro de 2014, na 
Austrália. Em declaração final, os líderes do G20 disseram que a prioridade 
seria elevar os padrões de vida e criar empregos em todo o mundo por meio do 
crescimento. Em buscadesse objetivo, finalizaram um plano para impulsionar a 
economia global, com medidas que devem ser implementadas pelos países-
membros, visando elevar o crescimento em 2,1 pontos percentuais acima das 
previsões para 2018. As medidas incluem passos para aumentar o 
investimento, melhorar o comércio e a infraestrutura, assim como estabelecer 
um sistema fiscal justo em nível internacional. 
O G-20 também pretende quebrar as barreiras que impedem mulheres de 
se integrarem no mercado de trabalho, numa tentativa de se chegar a 100 
milhões de novos empregos para mulheres até 2025. 
 
G-8 e G-7 
O G-8 é o grupo formado pelos sete países mais ricos (G-7 - Estados 
Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Japão) e pela Rússia. 
O G-8 tem sua relevância reduzida desde a eclosão da crise econômica 
internacional a partir de 2008, que atingiu seus integrantes com força. 
Em represália a anexação da Crimeia, a Rússia foi excluída do G-8. A 
cúpula que ocorreria na cidade russa de Sochi, em junho, foi transferida para 
Bruxelas e não teve a presença da Rússia. Com a exclusão da Rússia, o G-7 
(grupo dos sete países mais ricos) voltou a existir. 
 
 
 
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26 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
01) (VUNESP/2015/CÂMARA DE ARARAS – AGENTE LEGISLATIVO) A 
presidente Dilma Rousseff participa, neste fim de semana, da cúpula do 
G20, grupo que reúne os países mais industrializados do mundo (19 
nações mais a União Europeia). O grupo engloba dois terços da 
população mundial e 85% da riqueza do planeta. 
(BBC Brasil, 14.11.14. Disponível em: http://goo.gl/nliaIE. Adaptado) 
Um dos principais objetivos do encontro é 
(A) acordar a redução da emissão de gases de efeito estufa e, com isso, 
colaborar com as políticas ambientais que pretendem minimizar o 
impacto do aquecimento global. 
(B) discutir a reforma e a democratização de alguns organismos 
internacionais que vêm sendo duramente criticados por seu imobilismo, 
como o FMI e o Banco Mundial. 
(C) repensar a utilização das forças de segurança da ONU, questionadas 
por seu alto custo de manutenção e por sua baixa efetividade na 
resolução de conflitos. 
(D) destravar relações comerciais e retomar o crescimento econômico 
global, discutindo medidas como o aumento dos investimentos e o 
estímulo ao emprego. 
(E) refundar a Organização Mundial do Comércio, de forma que passe a 
refletir adequadamente as transformações econômicas globais 
ocorridas nos últimos anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
O G-20 realizou o seu Encontro anual em novembro de 2014, na 
Austrália. Em declaração final, os líderes do G20 disseram que a prioridade 
seria elevar os padrões de vida e criar empregos em todo o mundo por meio do 
crescimento. Em busca desse objetivo, finalizaram um plano para impulsionar a 
economia global, com medidas que devem ser implementadas pelos países-
membros, visando elevar o crescimento em 2,1 pontos percentuais acima das 
previsões para 2018. As medidas incluem passos para aumentar o 
investimento, melhorar o comércio e a infraestrutura, assim como estabelecer 
um sistema fiscal justo em nível internacional. 
Gabarito: D 
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(VUNESP/TJ SP/2015 – ESTATÍSTICO) Grécia: Syriza vence eleição 
O partido de esquerda grego Syriza obteve vitória nas eleições gerais 
desse domingo (25 de janeiro). Alexis Tsipras, de 40 anos, afirmou que 
“o povo escreveu a história” e “deu um mandato claro” ao Syriza. O 
Syriza obteve clara vitória, mas o resultado não garante maioria 
absoluta (151 de 300 deputados) e vai possivelmente exigir 
negociações para uma coligação parlamentar. 
(EBC, 26 jan.15. Disponível em: <http://goo.gl/GUalht> Adaptado) 
Nas eleições, a principal bandeira do partido vitorioso foi a 
a) reforma agrária. 
b) política antiausteridade. 
c) estatização de empresas. 
d) nacionalização do capital estrangeiro. 
e) política de renda mínima para os imigrantes. 
 
COMENTÁRIOS: 
 O Syriza venceu a eleição de janeiro de 2015, tendo como principal 
bandeira a política antiausteridade, contra as medidas de austeridade impostas 
pelos credores à Grécia. 
Gabarito: B 
 
03) (VUNESP/TJ SP/2014 – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Em 
Fortaleza (CE), a reunião dos Brics, na semana de 14 a 18 de julho 
(2014), e que contou também com a presença de dezenas de 
presidentes da América do Sul e Caribe, ocorreu num momento de 
mudanças no mundo com a decadência relativa dos Estados Unidos e o 
reaparecimento da multicentralidade geográfica mundial com um novo 
deslocamento do centro dinâmico da América (EUA) para a Ásia 
(China). 
(http://www.jb.com.br/20.07.2014. Adaptado) 
Uma das principais decisões tomadas pelo Brics foi a 
a) criação de um banco de desenvolvimento com o propósito de 
mobilizar recursos para projetos de desenvolvimento nos países 
membros e em outras economias emergentes. 
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b) instalação de um conselho de segurança, semelhante ao já existente 
na ONU, com o objetivo de intervir diplomaticamente em áreas de 
conflito que representem perigos geopolíticos. 
c) assinatura de um documento compromissando os membros a reduzir 
os problemas ambientais que porventura enfrentem, tais como 
desmatamentos, poluição atmosférica e desertificação. 
d) formulação de uma lista de reivindicações dirigidas ao FMI e ao 
Banco Mundial para que reduzam os juros cobrados pelos empréstimos 
destinados aos países pobres da África. 
e) constituição de um grupo formado pelos ministros da fazenda dos 
cinco países membros com o intuito de estabelecer políticas comuns 
para ampliar o comércio entre os membros. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Na VI Cúpula dos BRICS, o grupo aprovou a criação do Banco 
BRICS. O nome oficial é Novo Banco de Desenvolvimento (New 
Development Bank, NDB, em inglês). Trata-se de um banco de 
desenvolvimento, com capital inicial autorizado de US$ 100 bilhões e capital 
subscrito de US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que 
integram o grupo. A sede do banco será em Xangai na China, o primeiro 
presidente será da Índia e o presidente do Conselho de Administração será do 
Brasil. 
Gabarito: A 
 
04) (FUNCAB/FUNASG/2015 – ENFERMEIRO) De acordo com a ONG 
Transparência Internacional, em ranking divulgado no dia 03/12/2014, 
o Brasil melhorou três posições e ocupa a 69ª colocação no 
levantamento que avaliou 175 países e territórios. Ainda segundo o 
estudo, o Brasil é o segundo país com a melhor percepção sobre 
corrupção no setor público dos BRICs. 
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Alguns pa íses do rank iing da ONG 
Transpa rênciia I nternaciona 1 
Pa ís Posição no ra nking 
Dinamarca 1º 
Suécia 4º 
Canadá 10° 
África do Sul 68° 
Coreia do Norte 174° 
De acordo com a tabela apresentada e excetuando o Brasil, citado no 
texto, qual o único país classificado que faz parte do grupo dos BRICs? 
A} Dinamarca 
B} África do Sul 
C} Coreia do Norte 
D} Suécia 
E} Canadá 
COMENTÁRIOS: 
A sigla BRICS corresponde a letra inicial dos seguintes países: Brasi l, 
Rússia, Índia China e South Africa (África do Su l) . 
Gabarito: B 
05} (VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRET0/2014 - Educador 
Social} Geração "nem-nem" é fenômeno mundial, diz relatórioda OIT 
A entidade chama atenção para o aumento dos jovens "nem-nem", ou, 
na sigla internacional, os NEET (neither in employment, nor in 
education or training}. Entre 2007 e 2012, a proporção de pessoas 
entre 15 e 29 anos nesse grupo cresceu em 30 dos 40 países 
analisados. "Jovens entre os NEETs podem ser menos comprometidos e 
menos satisfeitos com suas respectivas sociedades do que aqueles 
empregados ou que fazem parte do sistema educacional", afirma o 
texto. 
(fenomeno-mundial-diz-relatorio-da-oit_26992-24.1.2014. Adaptado) 
..,,n 
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A geração "nem nem", fenômeno estudado pela OIT {Organização 
Internacional do Trabalho}, refere-se à geração de jovens que 
a} não votam nem se envolvem com as questões políticas. 
b} não estudam nem trabalham. 
c} não participam de movimentos sociais nem apoiam questões 
religiosas. 
d} não possuem celular nem se interessam por tecnologia. 
e} não se formaram em seus países de origem nem desenvolverão ali 
suas pesquisas. 
COMENTÁRIOS: 
Chama-se de geração "nem nem" os jovens com idade entre 15 a 24 
anos, que não estão trabalhando nem procurando uma colocação no mercado e 
que estão fora da escola. Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a 
geração "nem nem" é um fenômeno que ocorre em vários países do mundo. 
Pelos seus estudos, o Brasil tem, atualmente, um total de 19°/o dos jovens 
nessa situação. Esse perfil de jovens cresce por motivos diferentes em cada 
país. No Brasil, o fator renda fami liar é um dos que mais influencia. 
Gabarito: B 
06} {FGV /BNB/2014 - ANALISTA BANCÁRIO} 
3,82JI 
• cre~mento do Plb 'Preotliâo 
Com base no gráfico sobre a variação do PIB e da taxa de inflação dos 
Estados Unidos na última década, é correto afirmar que: 
a} entre 2004 e 2007 houve uma tendência de aumento do crescimento 
da economia americana, acompanhado por uma queda da inflação, que 
passou de 3,6 ºlo, em 2004, para 1,9°/o no final deste período; 
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b) a crise econômica mundial de 2008 repercutiu fortemente na 
economia estadunidense, cuja taxa de crescimento caiu em 1,9% em 
2008, em relação ao ano anterior, zerando o percentual de crescimento; 
c) o ápice da recessão foi em 2009, quando a queda da produtividade 
econômica foi agravada pela crise internacional do petróleo, 
desencadeada pela intervenção americana no Golfo Pérsico; 
d) desde 2010 há uma tendência de recuperação da economia norte-
americana, mas não há previsão de quando o PIB voltará a atingir as 
taxas de crescimento anteriores à crise mundial de 2008; 
e) o pico inflacionário ocorrido em 2008 gerou uma elevação constante 
dos preços no mercado americano, tendo um impacto direto na atual 
queda de exportações e da taxa de emprego. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreto. Entre 2004 e 2007 houve um decréscimo anual do crescimento 
do PIB (3,6% em 2004; 3,1% em 2005, 2,7% em 2006 e 1,9% em 2007). Em 
2004 a inflação foi de 2,67% e em 2007 de 2,87%, ou seja, não houve queda 
da inflação em 2007, quando comparada com o ano de 2004. Nos anos de 2005 
e 2006, a inflação foi até mais elevada, sendo de 3,37% e 3,22% 
respectivamente. 
b) Correto. A crise econômica mundial de 2008 teve origem nos Estados 
Unidos e repercutiu fortemente na sua economia. A taxa de crescimento caiu 
em 1,9% em 2008, em relação ao ano anterior, zerando o percentual de 
crescimento. 
c) Incorreto. O ápice da recessão foi em 2009, com o PIB norte-americano 
registrando crescimento negativo de 2,6%. Contudo não houve crise 
internacional do petróleo, daí decorre o erro da assertiva. 
d) Incorreto. O crescimento do PIB norte-americano nos anos de 2010 a 2013 
demonstra que a economia norte-americana está melhor do que no auge da 
crise (2008 e 2009). Contudo, não é possível afirmar que há uma tendência de 
recuperação da economia norte-americana. 
e) Incorreto. Após o pico inflacionário de 2008, houve deflação em 2009. Nos 
anos seguintes a inflação ficou em índices bastante baixos. Não há uma 
elevação constante dos preços no mercado norte-americano, como disse, a 
inflação está muito baixa, tendo sido de 1,40% em 2013. 
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Gabarito: B 
 
07) (FUNCAB/PRODAM AM/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) 
Estudo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE) aponta para aumento da desigualdade mundial nas 
últimas três décadas. Os dados da OCDE revelam: 
A) o crescimento considerável da renda dos mais ricos em países da 
Europa continental, inclusive França, Holanda e Espanha. 
B) a desigualdade nos Estados Unidos, ao contrário da tendência 
mundial, retrocedeu significativamente no período examinado. 
C) a redução substancial de impostos sobre os mais ricos em diversos 
países não está associado ao crescimento da renda desse segmento da 
população. 
D) o aumento da desigualdade social em países com histórico de 
distribuição de renda igualitária, como Noruega e Finlândia. 
E) os programas sociais de apoio às parcelas mais vulneráveis da 
população não contribuíram para a redução das desigualdades. 
 
COMENTÁRIOS: 
O estudo da OCDE aponta que a parcela dos 1% mais ricos no total da 
renda, antes do pagamento de impostos, cresceu na maioria dos países da 
Organização nas últimas três décadas. O aumento da concentração de renda 
mundial é resultado dos 1% mais ricos se apropriando de uma parcela 
desproporcional do crescimento da renda geral no período: até 37% no Canadá 
e 47% nos Estados Unidos. Até mesmo em países que possuem um histórico de 
distribuição de renda mais igualitário, como Finlândia, Noruega e Suécia, a 
participação dos 1% mais ricos avançou consideravelmente. 
Gabarito: D 
 
08) (FUNCAB/PRODAM AM/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A 
Organização das Nações Unidas (ONU) diminuiu as expectativas de 
crescimento econômico de toda a América Latina e Caribe para os anos 
de 2014 e 2015. A piora nas perspectivas está, em parte, relacionada à 
grave crise por que passam hoje dois países da região: 
A) México e Argentina. 
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B) Venezuela e Brasil. 
C) Argentina e Venezuela. 
D) Brasil e Uruguai. 
E) Haiti e México. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Departamento de Estudos Econômicos da ONU divulgou, em maio de 
2014, relatório que reviu para baixo as expectativas de crescimento econômico 
de toda a América Latina e Caribe para os anos de 2014 e 2015. O órgão 
aponta que a piora nas perspectivas ocorre em meio a crescentes dificuldades 
em algumas das maiores economias da região. "A Argentina está vivendo uma 
desaceleração notável, com queda na confiança dos empresários e pressões 
inflacionárias persistentes, enquanto a Venezuela deve entrar em recessão”. 
Pessoal, lembrem que a Argentina está em litígio com alguns “fundos 
abutres”, em relação ao pagamento da dívida externa renegociada. O país está 
em situação de calote técnico. Já a Venezuela enfrentou intensos protestos no 
primeiro trimestre de 2014. A oposição protesta contra a inflação alta, 
insegurança, escassez de produtos básicos e alta criminalidade. 
Gabarito: C 
09) (IADES/METRÔ DF/2014 – NÍVEL SUPERIOR) Emergente “da vez”, 
país latino, localizado na América do Norte, levanta debates nos 
mercados a respeito do crescimento econômico em 2014.Um país que 
está "fazendo a lição de casa", na expressão preferida do mercado; que 
deve se beneficiar diretamente da recuperação da economia americana 
nos próximos anos e que está menos atrelado à desaceleração chinesa; 
e que por isso se tornou a menina dos olhos dos analistas de América 
Latina. 
Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/14/2/2014_crescimento, com adaptações 
Com relação as informações apresentadas, assinale a alternativa que 
indica o país a que o texto se refere. 
(A) México 
(B) Argentina 
(C) Brasil 
(D) Chile 
(E) Venezuela 
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COMENTÁRIOS: 
 A questão pode ser resolvida com conhecimentos geográficos. A assertiva 
refere-se a país latino localizado na América do Norte. Só há um país latino na 
América do Norte, o México. 
 Porém, o importante desta questão é você saber que o México faz parte 
dos MINT, países que começam a ser as novas vedetes mundiais entre os 
emergentes. 
 Gabarito: A 
 
10) (VUNESP/FUNDUNESP SP/2014 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) 
(...) se converteu oficialmente neste sábado, 17, no segundo país que 
recebia ajuda financeira da zona do euro a sair do plano de resgate e 
recuperar sua autonomia financeira. 
A (...), primeiro país a terminar o programa de ajuda econômica, saiu 
em dezembro. Os dois já tiveram aumento na nota de risco, o que 
significa que a análise das agências de rating é de que as contas estão 
em melhores condições e os países têm menor risco de não realizar 
seus pagamentos – o que, por outro lado, faz com que o acesso deles a 
financiamentos fique mais barato. 
(http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/05/...-e-o-segundo-pais-dazona-do-euro-sair-do-programa-de-
resgate.html, 17.05.2014. Adaptado) 
O primeiro e o segundo país europeu a deixarem o plano de ajuda 
econômica foram a 
a) Áustria e a Itália. 
b) Espanha e Chipre. 
c) Grécia e a Suécia. 
d) Irlanda e Portugal. 
e) Polônia e a Hungria. 
 
COMENTÁRIOS: 
Grécia, Irlanda, Portugal, Chipre, Itália e Espanha foram os países da 
zona do euro mais afetados pela crise econômica mundial de 2008. Os quatro 
primeiros receberam ajuda econômica da “troika” – Banco Central Europeu, 
Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional. A ajuda foi condicionada a 
adoção pelos países de duras medidas de austeridade fiscal, sob monitoramento 
da troika. Irlanda e Portugal foram os países que conseguiram cumprir as 
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condições e melhorar a sua situação fiscal, não necessitando de novas ajudas 
econômicas, recuperando assim, a autonomia na tomada das decisões. Grécia e 
Chipre ainda estão sob ajuda econômica. 
Gabarito: D 
 
11) (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA BA/2014 – TÉCNICO DE NÍVEL 
SUPERIOR) Desde 2008, o mundo desenvolvido vem sofrendo 
consequências de uma crise financeira que teve seu epicentro nos 
Estados Unidos, espalhando‐se pelas economias europeias, além de 
atingir, também, as economias emergentes. 
Com relação à crise econômica de 2008, analise as afirmativas a seguir. 
I. Países como Grécia, Portugal e Irlanda enfrentaram situação de 
crescimento extraordinário dos gastos públicos, o que gerou 
dificuldades para o pagamento da dívida pública e obtenção de novos 
empréstimos. 
II. Nos Estados Unidos houve uma crise de crédito ligada à perda de 
liquidez do sistema bancário, em função de ampla oferta de 
financiamento para a compra de imóveis e a subsequente 
inadimplência. 
III. No segundo semestre de 2008, o Brasil enfrentou uma crise 
cambial, com alta expressiva do dólar, refletindo os efeitos da crise 
internacional. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Todas as alternativas estão corretas. A atual crise econômica mundial se 
iniciou em setembro de 2008, com o estouro da bolha imobiliária nos Estados 
Unidos. Sua origem foi o farto crédito imobiliário oferecido nos anos anteriores. 
Com as taxas de juros norte-americanas num patamar muito baixo, os bancos 
fizeram empréstimos de longo prazo a clientes sem boa avaliação como 
pagadores – chamados de subprime. 
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O crédito fácil intensificou a procura por imóveis, que tiveram os preços 
elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater 
a inflação. Com isso, as prestações dos financiamentos ficaram mais caras e 
muitos compradores pararam de pagar. 
Os imóveis (garantias dos empréstimos) foram retomados pelos bancos, 
que os colocavam à venda, para cobrir os empréstimos não pagos. O aumento 
da oferta fez os preços dos imóveis caírem. Mesmo com a venda, os bancos não 
conseguiam recuperar o prejuízo. A quebra do banco Lehman Brothers, marco 
da crise, provocou um efeito dominó no mercado financeiro mundial. 
A crise econômica atingiu duramente a União Europeia. Afetou com maior 
intensidade, os países da zona do euro, com elevada dívida pública. O país mais 
atingido foi a Grécia. Outros países bastante afetados foram: Portugal, Irlanda, 
Itália, Espanha e Chipre. 
Na esteira da crise internacional, o Brasil enfrentou uma crise cambial, no 
segundo semestre de 2008, com expressiva alta do dólar. 
Gabarito: E 
 
12) (IESES/TJ RS/2013 – NOTÁRIO E REGISTRADOR) Para realizarem 
suas análises comparativas entre as nações, os economistas utilizam 
alguns indicadores econômicos. Um dos indicadores mais 
acompanhados nesse cenário é o Produto Interno Bruto (PIB). Como 
cada país possui uma moeda diferente em valor nominal, no intuito de 
equipará-las convencionou-se utilizar o dólar americano para a 
conversão dos valores. Segundo esse critério, quais são os três países 
considerados as maiores potências mundiais em relação ao PIB 
atualmente? 
a) Estados Unidos da América, China e Japão 
b) Estados Unidos da América, Brasil e China 
c) Estados Unidos da América, Japão e França 
d) Estados Unidos da América, Japão e Alemanha 
 
COMENTÁRIOS: 
O Produto Interno Bruto é a soma do valor de todos os bens e serviços 
produzidos em determinada área geográfica (em geral, um país) em certo 
período de tempo (em geral, um ano). É a principal medida usada para avaliar 
o tamanho de uma economia e compará-la com outras. 
Vejamos quem são as dez maiores economias do mundo: 
40 
50 
6º 
70 
8º 
90 
10º 
aQãO 
Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT 
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Alemanha 
França 
Reino Unido 
Brasil 
Rússia 
Itál ia 
Índia 
Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI) 
Gabarito: A 
13) {UEPA/SEFAZ PA/2013 - FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) "A 
China é a nação mais populosa do mundo, a quarta mais extensa, a 
segunda maior economia e a mais antiga e contínua civilização, 
representando o epicentro da Ásia. A rapidez com que tem se 
modernizado e sua economia crescido, com formas peculiares em 
termos político econômicos, estão alterando a correlação de forças no 
mundo". 
VISENTINI, P. F. China, potência emergente: pivô da transformação mundial. ln 
BRICs: as potências emergentes. Vozes, RJ, 2013. (Com adaptações) 
Tomando o Texto como referência

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