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Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori Aula 01 - Economia Internacional Caro aluno, Em primeiro lugar, agradeço a confiança e a oportunidade de ser o seu professor de Atualidades neste concurso. Em segundo lugar, segue o cronograma atualizado do curso: Aula Conteúdo Programático Data 00 Política e Sociedade Internacional 12/10 01 Economia Internacional 19/10 02 Economia Brasileira 26/10 03 Política e Sociedade Brasileira - I 03/11 04 Política e Sociedade Brasileira - II 10/11 05 Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 17/11 06 Bônus - Aula ao Vivo - revisão, bizus e dicas finais. 24/11 De imediato, vamos aos estudos ! Um grande abraço, Prof. Leandro Signori 1 Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 2 Sumário 1. Origens e características globalização 2. Neoliberalismo e Consenso de Washington 3. Blocos econômicos 4. Cenário Econômico Atual 4.1 A Crise Econômica Mundial 4.2 Recuperação a Passos Lentos 5. Concentração da riqueza 6. Comércio Internacional 7. A China 8. Organizações e grupos internacionais 9. Questões comentadas 10. Questões propostas 1. Origens e características globalização Para entendermos a globalização, é preciso saber que o fenômeno em si começou há muito tempo. Os primeiros passos rumo à conformação de um mercado mundial e de uma economia global remontam aos séculos XV e XVI, com a expansão ultramarina europeia. A chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, deu início ao que alguns historiadores chamam de primeira globalização. O desenvolvimento do mercantilismo estimulou a procura de diferentes rotas comerciais da Europa para a Ásia e a África, gerando grande quantidade de riquezas para alguns países e a grande burguesia europeia. Esses lucros, somados ao ouro e à prata extraídos das minas do continente americano forneceram a base para a Revolução Industrial no fim do século XVIII. Por sua vez, a Revolução Industrial desenvolveu o trabalho assalariado e o mercado consumidor. As descobertas científicas e as invenções provocaram grande expansão dos setores industrializados e possibilitaram a exportação de produtos mundo afora. No fim do século XIX, começam a surgir as corporações multinacionais, industriais e financeiras, que vão se reforçar e crescer durante o século XX. O Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 3 mercado mundial estava, então, atingindo todos os continentes. Porém a interdependência econômica entre as nações vai ficar evidente com a depressão norte-americana de 1929 – quebra da Bolsa de Valores de Nova York - que teve consequências negativas no mundo todo. A partir dos anos 1990, acentua-se a integração da economia global por meio da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. A internet, rede mundial de computadores, revelou-se a mais inovadora tecnologia de comunicação e informação do planeta. As trocas de informações (dados, voz e imagens) tornaram-se quase instantâneas, o que acelerou em muito a integração das atividades econômicas. A revolução tecnológica possibilitou ao capital uma veloz circulação pelo globo, facilitando os investimentos diretos e os movimentos especulativos. As cadeias produtivas se espalharam pelo mundo, com empresas transferidas (relocalizadas) para países com menor custo de produção (salários, impostos etc.). Bem, aqui faço uma pausa para deixar claro que a globalização atual não é um processo acabado. É um processo em curso e trata-se de uma nova fase do capitalismo financeiro, comandada pelos países ricos e por grandes empresas transnacionais. O poder dessas empresas ultrapassa cada vez mais o poder das economias nacionais. A característica central desse período globalizante é a interdependência entre os atores econômicos globais – governos, empresas e movimentos sociais. Cabe destacar que o desmantelamento do sistema socialista foi importante fator que contribuiu para a globalização e a expansão mundial do capitalismo. A derrocada dos regimes comunistas, a partir de 1989, fez com que as antigas nações socialistas se integrassem ao mercado global capitalista nos anos subsequentes. Historicamente, as ideias do neoliberalismo contrapõem-se às do keynesianismo – ideário formulado pelo economista John Keynes (1883-1946), dominante no período do pós-guerra, a partir de 1945 –, que defendia uma presença ativa do Estado na economia como forma de impulsionar o desenvolvimento (um exemplo da política de Keynes foi o New Deal, adotado nos EUA após a quebra da Bolsa em 1929, com maciços investimentos estatais para reativar a economia). A ascensão do neoliberalismo na década de 1980 se dá na contramão do keynesianismo. Nas últimas duas décadas, a expansão do comércio global resultou na intensificação do fluxo de capitais entre os países. A busca de maior Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori lucratividade levou as empresas a investirem cada vez mais no mercado financeiro, que se tornou o centro da economia globalizada. A atual mobi lidade do mercado mundial permite também que grandes empresas façam a relocalização de suas fábricas - nome que se dá ao fechamento de unidades de produção em um local e sua abertura em outra região ou outro país. Esse mecanismo é globalmente usado para cortar gastos com mão de obra, encerrando a produção em países nos quais os salários são maiores, para organizar a produção onde há menos custos - também de impostos e infraestrutura produtiva. À medida que as nações reduzem suas barreiras comerciais no contexto da globalização, a fabricação em qualquer ponto do mundo e a exportação para outros mercados torna-se cada vez mais rentável . Consequências da globalização A produção e o comércio mundial crescem com a global ização. Mas a riqueza concentra-se num pequeno grupo de países, e isso reforça a desigualdade entre as nações. A redução das tarifas de importação é um dos motivos que expl icam essa concentração de renda. Beneficiou muito mais os produtos exportados pelos mais ricos. Os mais pobres não têm conseguido exportar produtos agrícolas para os mais ricos, pois estes subsidiam a produção interna. Em períodos de crise econômica, os resultados da globalização são dramáticos para os países pobres, pois geram um custo social altíssimo. Ocorre o barateamento da mão de obra, o aumento do desemprego e da exclusão social. Outra consequência da globalização é o aumento da migração de pessoas dos países pobres para os países ricos. A globalização não beneficiou a todos. A riqueza concentra-se nas mãos de poucos. Os grupos com rendimentos mais elevados tornaram-se muito mais ricos e as desigualdades sociais aumentaram. O gráfico abaixo mostra 58 anos de comércio mundial. Há um crescimento enorme das exportações dos EUA e da Europa em relação ao resto do mundo. O crescimento da Ásia é, sobretudo, de Japão e China. Note que a desigua ldade se acentua com a globalização (anos 1990). Os países ricos concentram a venda de tecnologia de ponta, com alto valor agregado, e os países pobres, a venda de matérias-primas. A Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori Evolução das exportações, em bilhões de dólares 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 o E América do Norte e Europa Asia* - Oriente Médio - Américado Sul e Caribe - Africa 1953 1963 1973 1983 1993 2003 2012 *Inclui países da ex-União Soviética, exceto os países bálticos Fonte: OMC (CESPE/CAIXA/2014 - MÉDICO DO TRABALHO) Uma forma mais simples, barata, rápida e menos polêmica de criar células-tronco em laboratório pode abrir portas para uma nova era da medicina regenerativa. Recente estudo publicado na revista Nature apresentou um novo método que foi avaliado como revolucionário por uma série de cientistas: ele poderia reparar tecidos e órgãos humanos sem a necessidade de clonagem ou manipulação genética. O Globo, 30/ 1/ 2014, p. 30 (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do seu tema, plenamente identificado com as características mais marcantes da civilização contemporânea, julgue o item que se segue. Era da informação e do conhecimento, como normalmente se diz, o tempo presente é marcado pela estreita associação entre ciência e sistema produtivo. Nessa perspectiva, observa-se inegável avanço, nas últimas décadas, da biotecnologia, entendida como a manipulação do material genético de determinado organismo pela engenharia genética. COMENTÁRIOS: e Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori O tempo presente da globalização é marcado pela estreita associação entre ciência e sistema produtivo. São constantes as descobertas e inovações científicas que ampliam a produção e criam novos produtos. Uma das áreas que avançou bastante, sobretudo na produção de alimentos e saúde, é a biotecnologia, entendida como a manipulação de material genético de determinado organismo pela engenharia genética. Gabarito: Certo 2. Neoliberalismo e Consenso de Washington O Consenso de Washington consiste em linhas gerais, em uma cartilha teórica que define as diretrizes que a globalização deve seguir, sob a ideologia neoliberal. O neoliberalismo prega que o funcionamento da economia deve ser entregue às leis de mercado. Segundo seus defensores, a presença do Estado na economia inibe o setor privado e freia o desenvolvimento. Entre os princípios formadores da ideologia neoliberal, detalhados no Consenso de Washington e presentes na globalização econômica, destacam-se: a) Liberdade de mercado: Consiste na el iminação de todos os disposit ivos que atrapalhem o livre funcionamento dos investimentos e do comércio, ta is como excesso de impostos, de leis e de regras que inibam as transações financeiras ou limitem fusões e incorporações de empresas. b) Mínima participação do Estado na economia: Traduz a crença de que o Estado é ineficiente, atrapalha o livre funcionamento dos mercados, administra mal os recursos e, ao não se modernizar no mesmo ritmo das empresas privadas, suas empresas geram menos lucros e ofertam produtos de pior qualidade. Por isso, essas empresas devem ser privatizadas (vendidas para particulares), incentivando a concorrência, barateando preços e melhorando a qualidade dos serviços e das mercadorias. c) Redução de subsídios e gastos sociais por parte dos governos: O Estado desperdiça muito dinheiro com direitos sociais, como saúde, educação, aposentadorias, amparo aos desempregados entre outros. Isto provoca aumento de impostos, que serão pagos pela sociedade, a fim de gerar recursos destinados à assistência aos mais pobres. Na visão neolibera l, a manutenção desses gastos do Estado significa premiar os fracassados e punir com impostos os competentes. d) Livre circulação de capitais: Visa garantir a livre entrada e saída de capitais em qualquer país e permitir que o mesmo dinheiro seja apl icado e Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 7 remunerado em operações financeiras, como, por exemplo, na bolsa de valores, e não somente na produção ou na geração de empregos. e) Flexibilização do mercado de trabalho: A doutrina neoliberal entende que essa medida dinamiza a economia e possibilita que os empresários invistam na produção e ampliem a oferta de empregos. Com a flexibilização, pode-se contratar e demitir livremente os empregados e reduzir o dispêndio das empresas com seus funcionários. f) Abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros: Significa a eliminação de qualquer protecionismo econômico. Em outras palavras, nenhum país deve coibir a livre concorrência, e a melhor maneira para garanti-la é preservar a competição entre as empresas, independentemente de sua origem nacional ou estrangeira. Quem vai definir qual a melhor mercadoria a ser adquirida é o próprio consumidor, que ainda será beneficiado com uma maior variedade de artigos ofertados e a preços cada vez mais baixos e acessíveis. 3. Blocos econômicos A globalização neoliberal ampliou largamente a formação de blocos econômicos. São organizações criadas por países, para promover a integração econômica, o crescimento e a competitividade internacional dos países- membros. Sob a economia globalizada, ajudam a abrir as fronteiras de cada nação ao livre fluxo de capitais, ao reduzir barreiras alfandegárias, práticas protecionistas e regulamentações nacionais. Existem quatro modelos básicos de bloco econômico: - Área de livre-comércio - Impostos, tarifas ou taxas de importação são eliminados de boa parte ou de todas as mercadorias e serviços para promover o intercâmbio entre países-membros. Exemplo: NAFTA - União aduaneira – É uma área de livre comércio, na qual, além de abrir o mercado interno, os países-membros definem regras para o comércio com nações de fora do bloco. A tarifa externa comum é adotada para boa parte – ou a totalidade – dos serviços e mercadorias provenientes de outros países, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas de importação de terceiros. - Mercado comum - É uma união aduaneira na qual, além de mercadorias e serviços, capital e trabalhadores também podem circular livremente e se engajar em atividades econômicas em qualquer dos países- membros. Ex. MERCOSUL e Comunidade Andina. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 8 - União econômica e monetária – É o estágio final de integração econômica entre países. Os membros adotam uma moeda comum e a mesma política de desenvolvimento. A União Europeia é o único bloco a atingir esse estágio de integração. A formação de blocos econômicos acelerou o comércio mundial. Antes, qualquer produto importado chegava ao consumidor com valor significativamente mais alto, em razão das taxações impostas ao cruzar a alfândega. Os acordos entre os países reduziram, e em alguns casos acabaram, com essas barreiras comerciais, processo conhecido como liberalização comercial. Vejamos os principais blocos econômicos regionais, ou melhor, aqueles que caem nas provas. União Europeia – União econômica e monetária, com 28 países membros. O Euro, moeda única do bloco não é adotada por todos os países. Zona do Euro – 19 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta e Portugal. O Reino Unido NÃO faz parte da Zona do Euro, a sua moeda é a libra esterlina. ALCA - Proposta pelos Estados Unidos em 1994, não chegou a se constituir como um bloco econômico. A proposta é de formação de uma Área de Livre Comércio integrada por todos os países americanos, exceto Cuba. Após sucessivas discussões em torno da formação do bloco econômico, a Cúpula das Américas de 2005, realizadana Argentina, marca o fracasso do acordo, deixando as negociações em suspenso. NAFTA – Área de livre comércio, integrada por Estados Unidos, Canadá e México. MERCOSUL – Mercado comum, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. A Bolívia possui o status de Estado Associado estando, desde dezembro de 2012, em processo de adesão ao bloco econômico. Chile, Peru, Colômbia e Equador, também possuem o status de Estados Associados, porém não estão em processo de adesão. A Guiana e o Suriname são Estados com direito de participação nas reuniões do Mercosul. O bloco negocia há mais de uma década um acordo de livre comércio com a União Europeia. Nos últimos meses as negociações avançaram, porém voltaram a ficar em compasso de espera. O motivo é a Argentina, país em dificuldades e econômicas, que não consegue aproximar-se da oferta de liberalização de 90% do comércio do bloco com a União Europeia. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori Comunidade Andina Colômbia, Equador e Peru . Mercado comum, integrado por Bolívia, Aliança do Pacífico - Associação formada em 2012, por México, Peru, Colômbia e Chile para estabelecer gradualmente o livre comércio entre seus membros e entre eles e os países asiáticos banhados pelo Oceano Pacífico. A Costa Rica entrou no bloco em maio de 2013. O grupo adota políticas econômicas neoliberais e tem o apoio dos Estados Unidos. União Econômica Euroasiática (UEE) - Integrado pela Rússia, Cazaquistão e Belarus. As ex-repúblicas soviéticas da Armênia e Quirguistão, países muito pobres, estão em processo de adesão. Os três Estados comprometem-se a garantir a livre circulação de produtos, serviços, capitais e trabalhadores, além de aplicar uma política semelhante em domínios chaves da economia: energia, indústria, agricultura, transportes. Os signatários dispõem de um quinto dos recursos mundiais de gás e quase 15°/o dos de petróleo. A Ucrânia participou das negociações para a formação da União Euroasiática até a deposição do presidente Viktor Yanukovich em fevereiro deste ano. O estopim da deposição de Yanukovich foi justamente a sua desistência em assinar um acordo de associação e livre-comércio com a União Europeia, em prol da participação na União Euroasiática. Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TTP) - 12 países - Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã chegaram a um acordo de livre comércio que pode resultar no maior bloco econômico da história. O Tratado ainda precisa ser aprovado pelos parlamentos nacionais. Os países do TTP reúnem 40°/o do PIB mundial e tem 793 milhões de consumidores. Para os Estados Unidos e Japão, o Tratado é uma oportunidade de ficarem à frente da China (que não participa do TTP) e criar uma zona econômica na bacia do Pacífico capaz de contrabalançar o peso econômico dos chineses na região. ~ ! (CESPE/MPE PI/ 2012 - ANALISTA MINISTERIAL) Após dez horas de discussão madrugada adentro, líderes europeus concordaram em endurecer o controle das contas públicas e em perder parte da autonomia financeira para tentar salvar o euro. Mas a discordância de um país, o Reino Unido, impede que haja mudanças nos tratados da União Europeia (UE). Essa divergência lança dúvidas sobre o futuro da n Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori integração europeia, tida como fundamental para enterrar de vez o passado de conflitos entre os países do continente. Folha de S.Paulo, 10/12/2011, p. A18 (com adaptações) . Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas implicações do tema por ele abordado, além de aspectos marcantes do mundo contemporâneo, julgue os itens seguintes. 16) O euro é a moeda adotada por todos os países que integram a UE e, de seu lançamento aos dias de hoje, sempre se mostrou supervalorizado em relação à moeda norte-americana, o dólar. COMENTÁRIOS: O Euro, moeda adotada por 19, dos 28 países integrantes da União Europeia, já teve paridade com o dólar norte-americano, já valeu menos e atualmente está mais valorizado que a moeda dos EUA. Gabarito: Errado 4. Cenário Econômico Atual Baixo crescimento, dívidas públicas impagáveis, desemprego elevado e instabilidade política são algumas das sequelas da grave crise econômica deflagrada nos Estados Unidos, em 2008, que persistem debilitando a economia global e as projeções para 2015 não são exatamente animadoras. Passados sete anos do estouro da bolha imobiliária norte-americana, que abriu a crise, o planeta ainda sofre da viru lenta infecção, com riscos de recaída. 4.1 A Crise Econômica Mundial A atual crise econômica mundial se iniciou em setembro de 2008, com o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos. Sua origem foi o farto crédito imobiliário oferecido nos anos anteriores. Com as taxas de juros norte- americanas num patamar muito baixo, os bancos fizeram empréstimos de longo prazo a cl ientes sem boa avaliação como pagadores - chamados de subprime. O crédito fáci l intensificou a procura por imóveis, que t iveram os preços elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater a inflação. Com isso, as prestações dos financiamentos ficaram mais caras e muitos compradores pararam de pagar. Os imóveis (garantias dos empréstimos) foram retomados pelos bancos, que os colocavam à venda, para cobrir os empréstimos não pagos. O aumento 1n Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 11 da oferta fez os preços dos imóveis caírem. Mesmo com a venda, os bancos não conseguiam recuperar o prejuízo. A quebra do banco Lehman Brothers, marco da crise, provocou um efeito dominó no mercado financeiro mundial. União Europeia A crise econômica atingiu duramente a União Europeia. Afetou com maior intensidade, os países da zona do euro, com elevada dívida pública. O país mais atingido foi a Grécia. Outros países bastante afetados foram: Portugal, Irlanda, Itália, Espanha e Chipre. Como condição para receber ajuda econômica, medidas de austeridade são adotadas pelos países em crise. O objetivo é o cumprimento de metas orçamentárias e de limite de endividamento estabelecidos pela União Europeia. Incluem privatizações, redução do serviço público, corte de direitos sociais, congelamento de salários e aumento de impostos, entre outras medidas. Tem como efeito direto o aumento do desemprego, a redução do poder aquisitivo da população e a desaceleração da economia, provocando protestos populares que enfraquecem ou derrubam os governos. A prolongada estagnação econômica e o alto desemprego estão causando um terremoto político no continente porque os eleitores, desiludidos com os partidos tradicionais, estão transferindo o seu apoio para legendas mais radicais, tanto de esquerda, como de direita. A principal bandeira da esquerda é o fim da austeridade, enquanto a extrema direita combate a imigração e o projeto da União Europeia. Os países com o maior avanço dos partidos extremistas são a França, a Espanha e o Reino Unido. Na Grécia, a esquerda contra a austeridade assumiu o governo no início de 2015. Nesse cenário tenso, a Comissão Europeia (CE), órgão da União Europeia, anunciou um plano no final de 2014 que, embora modesto, prevê investimentos em infraestrutura, juntamente com ações para reavivar a economia do bloco. Para estimular a economia e elevar a inflação, o Banco Central Europeu lançou um programa de compra de bônus governamentais. Serão injetados na economia da zonado euro, US$ 60 bilhões mensais, entre março de 2014 a setembro de 2016. Há risco de deflação, o que pode ampliar a crise econômica do bloco. A meta é elevar a inflação para 2% ao ano. Grécia Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 12 A Grécia, primeiro país da zona do euro seriamente atingido pela crise da dívida, entrou em recessão no ano de 2009. Para que mantivesse o pagamento das suas dívidas, a troika aprovou dois pacotes de empréstimos emergenciais ao país. Em troca, os gregos foram obrigados a adotar uma ampla reforma – com aumento de impostos, privatizações, cortes de direitos trabalhistas, demissões de servidores e redução das aposentadorias e dos salários. Troika é a denominação do grupo que negocia o socorro financeiro aos países endividados da União Europeia, composto pelo FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. As medidas provocaram uma revolta social no país, com greves e protestos. Essa política acelerou o declínio econômico nacional, levou a um desemprego recorde e o país não atingiu as metas estipuladas pela troika. A crise derrubou o então primeiro ministro George Papandreou no fim de 2011. As medidas de ajuste não recuperaram a economia e empobreceram drasticamente a população. Em seis anos, o país perdeu 25% de seu PIB (ou seja, sua economia encolheu fortemente); um quarto da população ficou desempregada (entre os jovens a taxa supera os 50%); e a dívida pública atingiu um nível recorde (176% do PIB) depois dos empréstimos da troika, de 240 bilhões de euros. Para completar a tragédia grega, 45% dos aposentados são pobres e 200 mil funcionários públicos foram demitidos desde o início da crise. Em clima de revolta com a situação desastrosa da economia, a população grega deu uma vitória expressiva a um partido radical de esquerda, o Syriza, nas eleições de janeiro de 2015. Nessa situação calamitosa, o líder do Syriza, primeiro ministro Alexis Tsipras, ofereceu uma mensagem de esperança durante a campanha eleitoral. A proposta do partido foi, de um lado, reverter as privatizações e os cortes no orçamento para melhorar serviços públicos, aumentar os salários e pensões e criar empregos. De outro, pleitear junto à troika a anulação de parte da colossal dívida grega. Tudo isso sem deixar a zona do euro. O problema com esse programa é que suas diretrizes são incompatíveis com as determinações da União Europeia e das nações credoras, em especial a Alemanha, a maior contribuinte dos fundos da troika, e que possui grande peso nas decisões da Comissão Europeia (CE). O novo governo imediatamente começou a negociar com a troika pleiteando condições mais favoráveis ao pagamento da dívida. Ocorre que ambos não chegaram a um acordo e a troika não liberou a última parcela da ajuda econômica ao país. Sem dinheiro, a Grécia não pagou uma parcela da sua dívida com o FMI que venceu em 30 de junho. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori Diante do impasse o primeiro ministro grego convocou um plebiscito para saber se a popu lação da Grécia concordava ou não com a última proposta de empréstimo, com mais ajustes ao país. Realizado em cinco de julho, o NÃO venceu o plebiscito, significando que o povo grego não aceita a última proposta dos credores. Contudo, após o plebiscito, em uma tensa negociação, a Grécia e a troika chegaram a um acordo, que, embora não seja exatamente nos termos reprovados no plebiscito, inclui medidas rejeitadas pela população na consulta. O parlamento grego aprovou o novo acordo, mas houve divisão no partido de Tsipras, o Syriza. Em agosto, o Eurogrupo (conselho dos ministros da economia da zona do euro) aprovou o terceiro programa de resgate à Grécia, o que representa um novo programa de assistência financeira ao país de até 86 bilhões de euros por um prazo de 3 anos. Com a divisão no Syriza, Alexis Tsipras renunciou ao cargo de primeiro- ministro, o que provocou a convocação de novas eleições para o parlamento grego. Um mês depois, venceu as eleições legislativas e formou um novo governo. A possibilidade de saída da Grécia da União Europeia gerou temor sobre o futuro da moeda única e da capacidade do bloco em se manter coeso e de resolver os seus problemas econômicos. Gera instabilidade nos mercados e no capital internacional. (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS/2013 - ANALISTA ADMINISTRATIVO) Em 2013, os países que compõem a União Europeia veem suas economias manterem o processo decadente. Mais uma vez, houve recuo do PIB (Produto Interno Bruto) e a elevação da taxa de desemprego. A crise, mais acentuada em alguns países, tem provocado intensas manifestações sociais que se dirigem contra governantes e contra a "troika". A expressão "troika" se refere aos a) três países mais ricos do continente, Alemanha, Inglaterra e França. b) gigantes da economia mundial, com suas políticas imperialistas sobre a Europa. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori c) países que formam os BRICs, que tomaram os mercados europeus. d) agentes financeiros internacionais, que fazem imposições para a concessão de recursos. e) organismos internos da ONU, que se recusam a ajudar os países mais endividados. COMENTÁRIOS: Na União Europeia, os países em crise que precisam de ajuda financeira do bloco econômico, recorrem a "troika". Essa expressão é uti lizada para designar três instituições internacionais: Banco Centra l Europeu (BCE), Comissão Europeia (CE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Para concederem empréstimos, chamados de resgates financeiros, impõe duras condições aos países solicitantes. O gabarito é "d", contudo entendo que a questão deveria ser anu lada. A alternativa se refere a agentes financeiros internacionais. A Comissão Europeia não é um agente financeiro, é uma instituição político-administrativa do bloco europeu. Tem como atribuições representar e defender os interesses da União Europeia na sua globa lidade. Propõe legislação, políticas e programas de ação e é responsável por aplicar as decisões do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia. Gabarito: D 4.2 Recuperação a Passos Lentos A economia global agora avança devagar, e aos trances e barrancos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que, pelo menos até 2016, o ritmo de crescimento do PIB mundial não avança além dos 3,5°/o ao ano - e com riscos de retrocesso. Compare: nos anos anteriores à crise, a média de crescimento do PIB mundial estava entre 4°/o e 5°/o ao ano. A recuperação depende de fatores como o preço das matérias-primas básicas (commodities), como o ferro e os produtos agropecuários, que têm preço internacional negociado em bolsas de valores mundiais. I sso significa que o comércio da soja, do minério de ferro ou do trigo tende a ser feito pelo mesmo preço em qua lquer parte do mundo, já que o mercado é articulado. Segundo a OMC, entre 2000 e 2012, as matérias-primas básicas duplicaram de preço, em parte devido à maior demanda dos países emergentes. Mas a economia dos emergentes está freando . E as commodities começaram a cair de preço . O preço do barril de petróleo, por exemplo, que 1 A Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 15 chegou a mais de 100 dólares no final de 2014, caiu para menos de 50 dólares no início de 2015. Essa queda beneficia os países que importam, como os Estados Unidos, mas é ruim para os exportadores, como a Rússia. A economia mundialestá sujeita, também, a oscilações sociais, ambientais e geopolíticas. O envelhecimento da população, com a diminuição do contingente de jovens, reduz a capacidade de trabalho de diversas nações, ao mesmo tempo que aumentam as despesas dos governos com aposentadorias e pensões. Regiões atingidas por desastres naturais, como terremotos e tsunamis, param de produzir e exigem dos governos gastos em pacotes de ajuda. As mudanças climáticas, com grandes períodos de seca ou inundações, afetam a produção agropecuária. O esgotamento de recursos naturais, como a água, encarece a vida em algumas regiões do planeta. E epidemias e pandemias reduzem a produtividade de uma população e aumentam as despesas em saúde pública. Do ponto de vista geopolítico, os maiores riscos vêm de guerras e conflitos. As sanções econômicas impostas a países beligerantes, como ocorre com Ucrânia e Rússia, têm impacto no comércio internacional. Estados Unidos A exemplo de outros governos, o norte-americano também desembolsou centenas de bilhões de dólares para salvar os bancos em falência e estimular a economia paralisada. Com isso, a dívida pública dos EUA subiu a níveis elevados, e houve o risco de o país parar os pagamentos. O presidente democrata Barack Obama conseguiu aprovar no Congresso, depois de acirradas batalhas políticas, uma série de medidas que incluiu reformas no sistema tributário, cancelamento de benefícios fiscais e cortes nos gastos da União. Deu mais resultado do que se esperava. Depois de seis anos, a economia norte- americana começou a reagir. A indústria passou a contratar, os salários voltaram a subir. A taxa de desemprego caiu de 10%, em 2009, para menos de 6% da população economicamente ativa no final de 2014. Os especialistas atribuem a retomada às medidas do governo e, também, a fatores externos, como a queda no preço do petróleo, que incentivou o consumo. Hoje, os EUA apresentam o crescimento mais consistente de todas as grandes economias, com uma projeção de 3,6% para 2015. Emergentes As economias emergentes – incluindo os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – entraram numa nova fase: continuam crescendo, mas não Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori com o mesmo fô lego. O alto preço das commodities no mercado internaciona l alavancou um crescimento rápido dos emergentes na primeira década do sécu lo XXI. Além de apresentarem taxas significativas de crescimento, essas economias passaram bem pelos problemas criados pela crise em 2009 e 2010. No entanto a crise global terminou por afetar a todos, por causa da queda no comércio internacional. O terremoto que atingiu os mercados financeiros levou à redução dos investimentos nos emergentes. Hoje, o crescimento médio do PIB dessas economias está três pontos percentuais abaixo do registrado em 2010. São três os principais fatores que refreiam o crescimento dos emergentes: • a queda no preço do petróleo e outras commodities; • o recuo no comércio internacional; • os gargalos de infraestrutura internos. Esses três fatores afetam principalmente a China. A redução no ritmo de crescimento chinês, de 10°/o para cerca de 7°/o nos próximos anos, não é preocupante, pois se mantém uma expansão forte. Com ela, o gigante asiático continuará na posição de líder econômico mundial. No entanto, essa desaceleração afeta os países da Ásia e os demais emergentes, como o Brasil, exportadores de matéria-prima para a indústria chinesa. (FGV / AL BA/2014 - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) Desde 2008, o mundo desenvolvido vem sofrendo consequências de uma crise financeira que teve seu epicentro nos Estados Unidos, espalhando-se pelas economias europeias, além de atingir, também, as economias emergentes. Com relação à crise econômica de 2008, analise as afirmativas a seguir. I. Países como Grécia, Portugal e Irlanda enfrentaram situação de crescimento extraordinário dos gastos públicos, o que gerou dificuldades para o pagamento da dívida pública e obtenção de novos empréstimos. II. Nos Estados Unidos houve uma crise de crédito ligada à perda de liquidez do sistema bancário, em função de ampla oferta de financiamento para a compra de imóveis e a subsequente inadimplência. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori III. No segundo semestre de 2008, o Brasil enfrentou uma crise cambial, com alta expressiva do dólar, refletindo os efeitos da crise internacional. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIOS: Todas as alternativas estão corretas. A atual crise econômica mundial se iniciou em setembro de 2008, com o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos. Sua origem foi o farto crédito imobi liário oferecido nos anos anteriores. Com as taxas de juros norte-americanas num patamar muito baixo, os bancos fizeram empréstimos de longo prazo a clientes sem boa ava liação como pagadores - chamados de subprime. O crédito fáci l intensificou a procura por imóveis, que t iveram os preços elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater a inflação. Com isso, as prestações dos financiamentos ficaram mais caras e muitos compradores pararam de pagar. Os imóveis (garantias dos empréstimos) foram retomados pelos bancos, que os colocavam à venda, para cobrir os empréstimos não pagos. O aumento da oferta fez os preços dos imóveis caírem. Mesmo com a venda, os bancos não conseguiam recuperar o prejuízo. A quebra do banco Lehman Brothers, marco da crise, provocou um efeito dominó no mercado financeiro mundia l. A crise econômica atingiu duramente a União Europeia. Afetou com maior intensidade, os países da zona do euro, com elevada dívida púb lica. O país mais atingido foi a Grécia. Outros países bastante afetados foram: Portugal, Irlanda, Itá lia, Espanha e Chipre. Na esteira da crise internacional, o Brasil enfrentou uma crise cambial, no segundo semestre de 2008, com expressiva alta do dólar. Gabarito: E 5. Comércio Internacional 1 '"7 Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori O comercio internacional nunca foi tão intenso, mas as exportações dos países ricos cresceram muito mais do que as dos países pobres nas últimas décadas. Atualmente, apenas dez países (dos 195 do planeta) monopolizam mais da metade de todo o comércio internacional. Veja o gráfico a seguir. Dez países têm mais da metade do comércio mundial O número acima de cada barra representa quanto do comércio mundia l o país faz. Entre as dez principais nações, oito são ricas. O Brasil cresceu para um patamar de 1,3% do comércio mundial - era cerca de 1, 1% -, resu ltado de 15 anos de esforço para ampliar as exportações. EX!JOtta.<riese lmpon.açoesdt 30 paíSttem relaç.,o~o toalgloba~ em, em 1009 COIKINTUÇÃO o DIJlllf(O ,cw de c.6' birn ft/lfflfltU quulo do COIMfclo llftjM1'J o plls lu. cn:r« is dtz prlncipm li'!'~ Rtt sJo rlus. O IJllSil CfflCfll pw UIII jl'l.1111.11 dt .US doCOIMlclo IIHlfldW • ft, ttta M 1,lS ·, rtstitudo dt JS .nos deesfo,ço pata u,plw is upt,IÇM Fonte: OMC 10,6 Um dos instrumentos desse crescimento foi a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1995, com o objetivo de abrir as economias nacionais, el iminar o protecionismo (quando um país impõe taxas para restringir a importação de produtos e proteger a produção interna) e facil itar o livre trânsito de mercadorias. A OMC funcionacom rodadas de discussão sobre temas, que chegam ao final quando se fecham os acordos. A Rodada Doha, aberta em 2001 (com prazo previsto até 2006), entrou num impasse não resolvido até hoje. Os países ricos querem maior acesso de seus produtos aos países em desenvolvimento. Esses, por sua vez, buscam restringir as vantagens econômicas, como os subsídios (auxílio financeiro), que os países ricos dão a seus agricultores, e não se chega a um acordo. ~ ! 10 Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori (CESPE/MDIC/2014 - AGENTE ADMINISTRATIVO) A Organização Mundial do Comércio (OMC) fechou, em Bali, o primeiro acordo em quase vinte anos e, com isso, evitou que a Europa e os Estados Unidos da América se lançassem apenas em negociações regionais sem a participação dos países emergentes. O entendimento abre caminho para a injeção de 1 trilhão de dólares na economia mundial ao desbloquear processos aduaneiros. Segundo economistas, também deve criar 21 milhões de postos de trabalho. O Estado de S.Paulo, 8/12/2013, capa (com adaptações). Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos que ele suscita, julgue o item seguinte. O comércio internacional é peça-chave na economia globalizada dos dias de hoje, de modo que obstáculos diversos interpostos a sua plena realização trazem, em geral, resultados negativos para os países, especialmente em relação a aspectos econômicos e sociais. COMENTÁRIOS: O comércio internaciona l, peça-chave da economia global izada, nunca foi tão intenso como nos dias atuais. Contudo o vertiginoso crescimento das trocas nas últ imas décadas não significou uma melhoria geral dos aspectos econômicos e sociais para a maioria dos países do mundo. O comércio internacional enfrenta muitos obstáculos como as barreiras tarifárias e não tarifárias e os esquemas protecionistas dos países. As nações pobres e em desenvolvimento são as mais prejudicadas. Gabarito: Certo 6. A China A civi lização chinesa tem mais de quatro mil anos. Após um longo período imperial e uma breve repúbl ica, uma revolução liderada pelo Partido Comunista Chinês (PCCh), de Mao Tsé-tung, deu origem à Repúbl ica Popular da China, em 1949. O país foi reorganizado nos moldes comunistas. Com a morte de Mao, em 1976, a China implementou um modelo, ainda vigente, chamado por seus dirigentes de socialismo de mercado. Trata-se de uma combinação de características do socialismo (no qual as empresas e a terra são propriedade do Estado) com aspectos do capitalismo (a presença de empresas privadas, sobretudo multinacionais, em algumas áreas do país). 1n Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 20 No final da década de 1970, o país começou a abrir parte de sua produção para as multinacionais, com a criação de Zonas Econômicas Especiais. Os investimentos estrangeiros e a abundância de mão de obra mal remunerada alavancaram as exportações, pois os produtos são baratos. Em três décadas, a China deixou de ser um país pobre e agrário e tornou-se uma potência econômica. O país atualmente responde por mais de 10% do PIB mundial e, em 2011, passou a ser a segunda maior economia do planeta, atrás apenas da dos Estados Unidos. Apesar do vertiginoso crescimento econômico, o país convive com problemas que causam instabilidade ao atual modelo político-econômico: significativa desigualdade social, corrupção, degradação ambiental e crescente descontentamento popular. Em 2009, a China tornou-se o principal parceiro comercial e destino das exportações do Brasil, superando os Estados Unidos, principal parceiro brasileiro durante anos. O país se tornou o maior consumidor de recursos energéticos do mundo. É também o maior poluidor e, mais recentemente, o que mais investe em fontes de energia renováveis. Após dez anos sob o comando de Hu Jintao, a China trocou seus principais dirigentes em 2013, assumindo Xi Jinping como presidente e Li Keqiang como primeiro ministro. A China é uma ditadura que reprime a liberdade de expressão e viola os direitos humanos. No entanto há uma resistência interna, e diversos dissidentes desafiam o regime. O crescimento econômico da China está desacelerando e há temores sobre as consequências da transição para um ritmo mais lento e sustentável. O país está crescendo a taxa anual de 6,5% ou 7%, três vezes mais do que os Estados Unidos e quatro vezes mais que a Europa. Ocorre que antes da crise econômica mundial, crescia a taxa de 10% ou mais ao ano. Um menor crescimento chinês afeta o ritmo da atividade econômica no mundo, principalmente dos exportadores de commodities como o Brasil. Numa tentativa de estimular as exportações e por consequência a economia, o Banco do Povo da China (banco central do país) promoveu, em 10 de agosto, uma desvalorização recorde do yuan, a moeda do país. Dias depois a Bolsa de Valores de Xangai teve queda recorde. Como o país não é uma democracia, ou seja, há menos transparência sobre os motivos das decisões econômicas do governo, há mais desconfiança e especulação sobre a real situação da economia chinesa, gerando instabilidade nos mercados mundiais. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori ~ ! (CESPE/CAIXA/2014 - MÉDICO DO TRABALHO) No Rio de Janeiro, quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão quando trabalhava na cobertura de manifestação contra o aumento de passagens de ônibus, o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade teve a morte confirmada. Enquanto isso, na contramão de outras regiões, países africanos reforçam perseguição a homossexuais com novas leis. Aliás, a ausência de governantes de países importantes na abertura dos Jogos de Inverno de Sochi foi entendida como uma espécie de boicote a Vladimir Putin pelo modo como seu governo vem lidando com os direitos humanos. No campo das comunicações, o poder da rede mundial de computadores como instrumento de consciência política e de arregimentação para protestos tem levado dezenas de governos a censurá-la. A propósito, a ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA) condenam a violência do governo venezuelano contra os opositores que tomam as ruas. Considerando esses e outros aspectos típicos dos tempos atuais, julgue o item. Em marcha acelerada para se tornar a principal potência econômica mundial, a China tem ampliado sobremaneira seus espaços democráticos mediante ações radicais, como, por exemplo, o fim da censura à Internet no país. COMENTÁRIOS: A China não é uma democracia, não há eleições livres e diretas no país. A imprensa é controlada, opositores do regime são presos e a internet é censurada. O regime do Partido Comunista Chinês, no poder desde 1949, não está promovendo reformas democráticas no país. Gabarito: Errado 7. Organizações e grupos internacionais Galera, vou tratar somente das organizações e grupos internacionais relacionados ao tema da economia internacional. Os organismos internacionais relacionados à política internacional, serão estudados na próxima aula. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 22 FMI e Banco Mundial O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização financeira criada para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo e oferecer empréstimos a juros baixos a países em dificuldades financeiras. Os empréstimos são concedidos em troca do comprometimento dos países com metas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, privatizaçãoe concentração de gastos públicos em educação, saúde e investimento em infraestrutura, entre outras políticas que são denominadas como Consenso de Washington. O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e assistência técnica a países para promover seu desenvolvimento econômico. Criado em 1944 e composto de duas instituições – o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (ADI) –, o Banco Mundial é formado por 188 países-membros (incluindo o território do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na reconstrução dos países da Europa e da Ásia após a II Guerra Mundial. OCDE A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) articula políticas de educação, saúde, emprego e renda entre os países ricos. Fundada em 1961, substitui a Organização Europeia para a Cooperação Econômica, criada em 1948 no quadro do Plano Marshall. Membros da OCDE: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia. O Brasil não é membro da OCDE. Brics A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill e se refere aos quatro mais importantes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. O estudo que cunhou a expressão estima que em 2050 o grupo poderá constituir a maior força econômica mundial, superando a União Europeia. Em 2009, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram um grupo diplomático para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 23 conjuntas, que realiza reuniões anuais de seus chefes de Estado. Em 2011, a África do Sul, a maior economia da África, foi convidada e passou a integrar o grupo. Os cinco países dos BRICS têm características comuns: são países com indústria e economia em expansão, seu mercado interno está crescendo e incluindo milhões de novos consumidores. Dois deles possuem as maiores economias de seu continente: China e África do Sul. Quatro possuem territórios extensos e entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia. Também ancoram a economia desses países importantes fatores para o comércio internacional. A Rússia é rica em recursos energéticos e fornece petróleo, gás e carvão à União Europeia. O Brasil é grande exportador de minérios, como a África do Sul, e é o maior exportador mundial de alimentos. China e Índia estão se tornando os maiores fabricantes e exportadores de produtos industriais na globalização. O grupo criou o seu próprio banco de desenvolvimento, o Banco dos Brics (Novo Banco de Desenvolvimento – NDB) e um fundo financeiro de emergência, o Arranjo Contingente de Reservas. O Banco Brics será um banco de desenvolvimento, com capital inicial autorizado de US$ 100 bilhões e capital subscrito de US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o grupo. A sede do banco será em Xangai na China, o primeiro presidente será da Índia e o presidente do Conselho de Administração será do Brasil. A criação do banco não significa que os países membros do grupo não vão mais participar do Banco Mundial. O banco dos BRICS se coloca como mais uma alternativa de fomento ao desenvolvimento e estará aberto a qualquer país do mundo. O Arranjo Contingente de Reservas será um fundo financeiro de emergência para ajuda mútua de US$ 100 bilhões. O fundo servirá para ajudar no controle do câmbio quando houver crises financeiras globais. Em momentos de especulação internacional, a tendência é o dólar disparar. O dinheiro do fundo servirá para segurar a cotação do dólar. Para juntar os US$ 100 bilhões iniciais, cada pais colaborará com um valor: China (US$ 41 bilhões); Brasil, Índia e Rússia (US$ 18 bilhões cada um); e África do Sul (US$ 5 bilhões). Há tempos, os países dos BRICS reclamam uma maior participação no poder de decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas instituições foram criadas um ano antes do final da Segunda Guerra Mundial, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos. Até hoje, quem detém o poder nelas são os Estados Unidos e a União Europeia. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori A ordem econômica globa l atual não é mais a mesma do pós-guerra e do período da guerra fria, em que Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e Alemanha dominavam o mundo capita lista. A criação do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, de certa forma, é uma resposta dos BRICS ao não atendimento das reivindicações dos países emergentes por maior distribuição do poder de decisões no Banco Mundial e FMI. Após a recente desaceleração dos BRICS, Jim O'Neill identificou outros quatro países - México, Indonésia, Nigéria e Turquia - que, segundo ele, também podem se tornar gigantes econômicos nas próximas década. Para esses países, o economista criou a sigla MINT. (CESPE/PM CE/2014 - PRIMEIRO TENENTE) No novo mapa da riqueza no Brasil, as cidades médias avançam e as capitais perdem espaço. Apesar dessa tendência, a riqueza continua concentrada no país. A renda gerada por apenas seis municípios - São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus - responde por um quarto de toda a riqueza no país. O Globo, 18/12/2013, p. 23 (com adaptações). Com base no fragmento de texto acima e nos diversos aspectos que envolvem o tema por ele abordado, julgue o item que se segue. Brasil, Rússia, Índia e China, países do chamado BRICs, apresentam realidade econômica equivalente, caracterizada por ampla capacidade de produção e de participação no mercado mundial. COMENTÁRIOS: Os países dos BRICS são as principais economias emergentes do mundo. Porém não possuem real idade econômica equivalente. Como exemplo, a indústria responde por 47°/o do PIB da China, 37°/o do PIB da Rússia, 28°/o do PIB do Brasil e da África do Sul e 26°/o do PIB da Índia (dados de 2012). Apenas por esse dado, vemos que as economias dos países do BRICS são diferenciadas. Gabarito: Errado G-20 Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 25 O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequência da crise financeira asiática de 1997. Os seus membros representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio global e dois terços da população mundial. Discute medidas para promover a estabilidade financeira mundial, alcançar crescimento e desenvolvimento econômico sustentável. Após a eclosão da crise financeira mundial, tornou-se o mais importante fórum internacional de países para o debate das questões políticas e econômicas globais. Os membros do G-20 são Argentina, Austrália, Brasil, China, Canadá, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Veja que a União Europeia não é um pais, é um bloco econômico. Contudo é membro do G-20. O G-20 realizou o seu Encontro anual em novembro de 2014, na Austrália. Em declaração final, os líderes do G20 disseram que a prioridade seria elevar os padrões de vida e criar empregos em todo o mundo por meio do crescimento. Em buscadesse objetivo, finalizaram um plano para impulsionar a economia global, com medidas que devem ser implementadas pelos países- membros, visando elevar o crescimento em 2,1 pontos percentuais acima das previsões para 2018. As medidas incluem passos para aumentar o investimento, melhorar o comércio e a infraestrutura, assim como estabelecer um sistema fiscal justo em nível internacional. O G-20 também pretende quebrar as barreiras que impedem mulheres de se integrarem no mercado de trabalho, numa tentativa de se chegar a 100 milhões de novos empregos para mulheres até 2025. G-8 e G-7 O G-8 é o grupo formado pelos sete países mais ricos (G-7 - Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Japão) e pela Rússia. O G-8 tem sua relevância reduzida desde a eclosão da crise econômica internacional a partir de 2008, que atingiu seus integrantes com força. Em represália a anexação da Crimeia, a Rússia foi excluída do G-8. A cúpula que ocorreria na cidade russa de Sochi, em junho, foi transferida para Bruxelas e não teve a presença da Rússia. Com a exclusão da Rússia, o G-7 (grupo dos sete países mais ricos) voltou a existir. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 26 QUESTÕES COMENTADAS 01) (VUNESP/2015/CÂMARA DE ARARAS – AGENTE LEGISLATIVO) A presidente Dilma Rousseff participa, neste fim de semana, da cúpula do G20, grupo que reúne os países mais industrializados do mundo (19 nações mais a União Europeia). O grupo engloba dois terços da população mundial e 85% da riqueza do planeta. (BBC Brasil, 14.11.14. Disponível em: http://goo.gl/nliaIE. Adaptado) Um dos principais objetivos do encontro é (A) acordar a redução da emissão de gases de efeito estufa e, com isso, colaborar com as políticas ambientais que pretendem minimizar o impacto do aquecimento global. (B) discutir a reforma e a democratização de alguns organismos internacionais que vêm sendo duramente criticados por seu imobilismo, como o FMI e o Banco Mundial. (C) repensar a utilização das forças de segurança da ONU, questionadas por seu alto custo de manutenção e por sua baixa efetividade na resolução de conflitos. (D) destravar relações comerciais e retomar o crescimento econômico global, discutindo medidas como o aumento dos investimentos e o estímulo ao emprego. (E) refundar a Organização Mundial do Comércio, de forma que passe a refletir adequadamente as transformações econômicas globais ocorridas nos últimos anos. COMENTÁRIOS: O G-20 realizou o seu Encontro anual em novembro de 2014, na Austrália. Em declaração final, os líderes do G20 disseram que a prioridade seria elevar os padrões de vida e criar empregos em todo o mundo por meio do crescimento. Em busca desse objetivo, finalizaram um plano para impulsionar a economia global, com medidas que devem ser implementadas pelos países- membros, visando elevar o crescimento em 2,1 pontos percentuais acima das previsões para 2018. As medidas incluem passos para aumentar o investimento, melhorar o comércio e a infraestrutura, assim como estabelecer um sistema fiscal justo em nível internacional. Gabarito: D Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 27 (VUNESP/TJ SP/2015 – ESTATÍSTICO) Grécia: Syriza vence eleição O partido de esquerda grego Syriza obteve vitória nas eleições gerais desse domingo (25 de janeiro). Alexis Tsipras, de 40 anos, afirmou que “o povo escreveu a história” e “deu um mandato claro” ao Syriza. O Syriza obteve clara vitória, mas o resultado não garante maioria absoluta (151 de 300 deputados) e vai possivelmente exigir negociações para uma coligação parlamentar. (EBC, 26 jan.15. Disponível em: <http://goo.gl/GUalht> Adaptado) Nas eleições, a principal bandeira do partido vitorioso foi a a) reforma agrária. b) política antiausteridade. c) estatização de empresas. d) nacionalização do capital estrangeiro. e) política de renda mínima para os imigrantes. COMENTÁRIOS: O Syriza venceu a eleição de janeiro de 2015, tendo como principal bandeira a política antiausteridade, contra as medidas de austeridade impostas pelos credores à Grécia. Gabarito: B 03) (VUNESP/TJ SP/2014 – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Em Fortaleza (CE), a reunião dos Brics, na semana de 14 a 18 de julho (2014), e que contou também com a presença de dezenas de presidentes da América do Sul e Caribe, ocorreu num momento de mudanças no mundo com a decadência relativa dos Estados Unidos e o reaparecimento da multicentralidade geográfica mundial com um novo deslocamento do centro dinâmico da América (EUA) para a Ásia (China). (http://www.jb.com.br/20.07.2014. Adaptado) Uma das principais decisões tomadas pelo Brics foi a a) criação de um banco de desenvolvimento com o propósito de mobilizar recursos para projetos de desenvolvimento nos países membros e em outras economias emergentes. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 28 b) instalação de um conselho de segurança, semelhante ao já existente na ONU, com o objetivo de intervir diplomaticamente em áreas de conflito que representem perigos geopolíticos. c) assinatura de um documento compromissando os membros a reduzir os problemas ambientais que porventura enfrentem, tais como desmatamentos, poluição atmosférica e desertificação. d) formulação de uma lista de reivindicações dirigidas ao FMI e ao Banco Mundial para que reduzam os juros cobrados pelos empréstimos destinados aos países pobres da África. e) constituição de um grupo formado pelos ministros da fazenda dos cinco países membros com o intuito de estabelecer políticas comuns para ampliar o comércio entre os membros. COMENTÁRIOS: Na VI Cúpula dos BRICS, o grupo aprovou a criação do Banco BRICS. O nome oficial é Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank, NDB, em inglês). Trata-se de um banco de desenvolvimento, com capital inicial autorizado de US$ 100 bilhões e capital subscrito de US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o grupo. A sede do banco será em Xangai na China, o primeiro presidente será da Índia e o presidente do Conselho de Administração será do Brasil. Gabarito: A 04) (FUNCAB/FUNASG/2015 – ENFERMEIRO) De acordo com a ONG Transparência Internacional, em ranking divulgado no dia 03/12/2014, o Brasil melhorou três posições e ocupa a 69ª colocação no levantamento que avaliou 175 países e territórios. Ainda segundo o estudo, o Brasil é o segundo país com a melhor percepção sobre corrupção no setor público dos BRICs. Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori Alguns pa íses do rank iing da ONG Transpa rênciia I nternaciona 1 Pa ís Posição no ra nking Dinamarca 1º Suécia 4º Canadá 10° África do Sul 68° Coreia do Norte 174° De acordo com a tabela apresentada e excetuando o Brasil, citado no texto, qual o único país classificado que faz parte do grupo dos BRICs? A} Dinamarca B} África do Sul C} Coreia do Norte D} Suécia E} Canadá COMENTÁRIOS: A sigla BRICS corresponde a letra inicial dos seguintes países: Brasi l, Rússia, Índia China e South Africa (África do Su l) . Gabarito: B 05} (VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRET0/2014 - Educador Social} Geração "nem-nem" é fenômeno mundial, diz relatórioda OIT A entidade chama atenção para o aumento dos jovens "nem-nem", ou, na sigla internacional, os NEET (neither in employment, nor in education or training}. Entre 2007 e 2012, a proporção de pessoas entre 15 e 29 anos nesse grupo cresceu em 30 dos 40 países analisados. "Jovens entre os NEETs podem ser menos comprometidos e menos satisfeitos com suas respectivas sociedades do que aqueles empregados ou que fazem parte do sistema educacional", afirma o texto. (fenomeno-mundial-diz-relatorio-da-oit_26992-24.1.2014. Adaptado) ..,,n Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori A geração "nem nem", fenômeno estudado pela OIT {Organização Internacional do Trabalho}, refere-se à geração de jovens que a} não votam nem se envolvem com as questões políticas. b} não estudam nem trabalham. c} não participam de movimentos sociais nem apoiam questões religiosas. d} não possuem celular nem se interessam por tecnologia. e} não se formaram em seus países de origem nem desenvolverão ali suas pesquisas. COMENTÁRIOS: Chama-se de geração "nem nem" os jovens com idade entre 15 a 24 anos, que não estão trabalhando nem procurando uma colocação no mercado e que estão fora da escola. Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a geração "nem nem" é um fenômeno que ocorre em vários países do mundo. Pelos seus estudos, o Brasil tem, atualmente, um total de 19°/o dos jovens nessa situação. Esse perfil de jovens cresce por motivos diferentes em cada país. No Brasil, o fator renda fami liar é um dos que mais influencia. Gabarito: B 06} {FGV /BNB/2014 - ANALISTA BANCÁRIO} 3,82JI • cre~mento do Plb 'Preotliâo Com base no gráfico sobre a variação do PIB e da taxa de inflação dos Estados Unidos na última década, é correto afirmar que: a} entre 2004 e 2007 houve uma tendência de aumento do crescimento da economia americana, acompanhado por uma queda da inflação, que passou de 3,6 ºlo, em 2004, para 1,9°/o no final deste período; Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 31 b) a crise econômica mundial de 2008 repercutiu fortemente na economia estadunidense, cuja taxa de crescimento caiu em 1,9% em 2008, em relação ao ano anterior, zerando o percentual de crescimento; c) o ápice da recessão foi em 2009, quando a queda da produtividade econômica foi agravada pela crise internacional do petróleo, desencadeada pela intervenção americana no Golfo Pérsico; d) desde 2010 há uma tendência de recuperação da economia norte- americana, mas não há previsão de quando o PIB voltará a atingir as taxas de crescimento anteriores à crise mundial de 2008; e) o pico inflacionário ocorrido em 2008 gerou uma elevação constante dos preços no mercado americano, tendo um impacto direto na atual queda de exportações e da taxa de emprego. COMENTÁRIOS: a) Incorreto. Entre 2004 e 2007 houve um decréscimo anual do crescimento do PIB (3,6% em 2004; 3,1% em 2005, 2,7% em 2006 e 1,9% em 2007). Em 2004 a inflação foi de 2,67% e em 2007 de 2,87%, ou seja, não houve queda da inflação em 2007, quando comparada com o ano de 2004. Nos anos de 2005 e 2006, a inflação foi até mais elevada, sendo de 3,37% e 3,22% respectivamente. b) Correto. A crise econômica mundial de 2008 teve origem nos Estados Unidos e repercutiu fortemente na sua economia. A taxa de crescimento caiu em 1,9% em 2008, em relação ao ano anterior, zerando o percentual de crescimento. c) Incorreto. O ápice da recessão foi em 2009, com o PIB norte-americano registrando crescimento negativo de 2,6%. Contudo não houve crise internacional do petróleo, daí decorre o erro da assertiva. d) Incorreto. O crescimento do PIB norte-americano nos anos de 2010 a 2013 demonstra que a economia norte-americana está melhor do que no auge da crise (2008 e 2009). Contudo, não é possível afirmar que há uma tendência de recuperação da economia norte-americana. e) Incorreto. Após o pico inflacionário de 2008, houve deflação em 2009. Nos anos seguintes a inflação ficou em índices bastante baixos. Não há uma elevação constante dos preços no mercado norte-americano, como disse, a inflação está muito baixa, tendo sido de 1,40% em 2013. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 32 Gabarito: B 07) (FUNCAB/PRODAM AM/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Estudo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta para aumento da desigualdade mundial nas últimas três décadas. Os dados da OCDE revelam: A) o crescimento considerável da renda dos mais ricos em países da Europa continental, inclusive França, Holanda e Espanha. B) a desigualdade nos Estados Unidos, ao contrário da tendência mundial, retrocedeu significativamente no período examinado. C) a redução substancial de impostos sobre os mais ricos em diversos países não está associado ao crescimento da renda desse segmento da população. D) o aumento da desigualdade social em países com histórico de distribuição de renda igualitária, como Noruega e Finlândia. E) os programas sociais de apoio às parcelas mais vulneráveis da população não contribuíram para a redução das desigualdades. COMENTÁRIOS: O estudo da OCDE aponta que a parcela dos 1% mais ricos no total da renda, antes do pagamento de impostos, cresceu na maioria dos países da Organização nas últimas três décadas. O aumento da concentração de renda mundial é resultado dos 1% mais ricos se apropriando de uma parcela desproporcional do crescimento da renda geral no período: até 37% no Canadá e 47% nos Estados Unidos. Até mesmo em países que possuem um histórico de distribuição de renda mais igualitário, como Finlândia, Noruega e Suécia, a participação dos 1% mais ricos avançou consideravelmente. Gabarito: D 08) (FUNCAB/PRODAM AM/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A Organização das Nações Unidas (ONU) diminuiu as expectativas de crescimento econômico de toda a América Latina e Caribe para os anos de 2014 e 2015. A piora nas perspectivas está, em parte, relacionada à grave crise por que passam hoje dois países da região: A) México e Argentina. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 33 B) Venezuela e Brasil. C) Argentina e Venezuela. D) Brasil e Uruguai. E) Haiti e México. COMENTÁRIOS: O Departamento de Estudos Econômicos da ONU divulgou, em maio de 2014, relatório que reviu para baixo as expectativas de crescimento econômico de toda a América Latina e Caribe para os anos de 2014 e 2015. O órgão aponta que a piora nas perspectivas ocorre em meio a crescentes dificuldades em algumas das maiores economias da região. "A Argentina está vivendo uma desaceleração notável, com queda na confiança dos empresários e pressões inflacionárias persistentes, enquanto a Venezuela deve entrar em recessão”. Pessoal, lembrem que a Argentina está em litígio com alguns “fundos abutres”, em relação ao pagamento da dívida externa renegociada. O país está em situação de calote técnico. Já a Venezuela enfrentou intensos protestos no primeiro trimestre de 2014. A oposição protesta contra a inflação alta, insegurança, escassez de produtos básicos e alta criminalidade. Gabarito: C 09) (IADES/METRÔ DF/2014 – NÍVEL SUPERIOR) Emergente “da vez”, país latino, localizado na América do Norte, levanta debates nos mercados a respeito do crescimento econômico em 2014.Um país que está "fazendo a lição de casa", na expressão preferida do mercado; que deve se beneficiar diretamente da recuperação da economia americana nos próximos anos e que está menos atrelado à desaceleração chinesa; e que por isso se tornou a menina dos olhos dos analistas de América Latina. Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/14/2/2014_crescimento, com adaptações Com relação as informações apresentadas, assinale a alternativa que indica o país a que o texto se refere. (A) México (B) Argentina (C) Brasil (D) Chile (E) Venezuela Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 34 COMENTÁRIOS: A questão pode ser resolvida com conhecimentos geográficos. A assertiva refere-se a país latino localizado na América do Norte. Só há um país latino na América do Norte, o México. Porém, o importante desta questão é você saber que o México faz parte dos MINT, países que começam a ser as novas vedetes mundiais entre os emergentes. Gabarito: A 10) (VUNESP/FUNDUNESP SP/2014 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) (...) se converteu oficialmente neste sábado, 17, no segundo país que recebia ajuda financeira da zona do euro a sair do plano de resgate e recuperar sua autonomia financeira. A (...), primeiro país a terminar o programa de ajuda econômica, saiu em dezembro. Os dois já tiveram aumento na nota de risco, o que significa que a análise das agências de rating é de que as contas estão em melhores condições e os países têm menor risco de não realizar seus pagamentos – o que, por outro lado, faz com que o acesso deles a financiamentos fique mais barato. (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/05/...-e-o-segundo-pais-dazona-do-euro-sair-do-programa-de- resgate.html, 17.05.2014. Adaptado) O primeiro e o segundo país europeu a deixarem o plano de ajuda econômica foram a a) Áustria e a Itália. b) Espanha e Chipre. c) Grécia e a Suécia. d) Irlanda e Portugal. e) Polônia e a Hungria. COMENTÁRIOS: Grécia, Irlanda, Portugal, Chipre, Itália e Espanha foram os países da zona do euro mais afetados pela crise econômica mundial de 2008. Os quatro primeiros receberam ajuda econômica da “troika” – Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional. A ajuda foi condicionada a adoção pelos países de duras medidas de austeridade fiscal, sob monitoramento da troika. Irlanda e Portugal foram os países que conseguiram cumprir as Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 35 condições e melhorar a sua situação fiscal, não necessitando de novas ajudas econômicas, recuperando assim, a autonomia na tomada das decisões. Grécia e Chipre ainda estão sob ajuda econômica. Gabarito: D 11) (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA BA/2014 – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) Desde 2008, o mundo desenvolvido vem sofrendo consequências de uma crise financeira que teve seu epicentro nos Estados Unidos, espalhando‐se pelas economias europeias, além de atingir, também, as economias emergentes. Com relação à crise econômica de 2008, analise as afirmativas a seguir. I. Países como Grécia, Portugal e Irlanda enfrentaram situação de crescimento extraordinário dos gastos públicos, o que gerou dificuldades para o pagamento da dívida pública e obtenção de novos empréstimos. II. Nos Estados Unidos houve uma crise de crédito ligada à perda de liquidez do sistema bancário, em função de ampla oferta de financiamento para a compra de imóveis e a subsequente inadimplência. III. No segundo semestre de 2008, o Brasil enfrentou uma crise cambial, com alta expressiva do dólar, refletindo os efeitos da crise internacional. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIOS: Todas as alternativas estão corretas. A atual crise econômica mundial se iniciou em setembro de 2008, com o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos. Sua origem foi o farto crédito imobiliário oferecido nos anos anteriores. Com as taxas de juros norte-americanas num patamar muito baixo, os bancos fizeram empréstimos de longo prazo a clientes sem boa avaliação como pagadores – chamados de subprime. Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT Aula 01 – Economia Internacional Prof. Leandro Signori t d b | P f L d Si i 36 O crédito fácil intensificou a procura por imóveis, que tiveram os preços elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater a inflação. Com isso, as prestações dos financiamentos ficaram mais caras e muitos compradores pararam de pagar. Os imóveis (garantias dos empréstimos) foram retomados pelos bancos, que os colocavam à venda, para cobrir os empréstimos não pagos. O aumento da oferta fez os preços dos imóveis caírem. Mesmo com a venda, os bancos não conseguiam recuperar o prejuízo. A quebra do banco Lehman Brothers, marco da crise, provocou um efeito dominó no mercado financeiro mundial. A crise econômica atingiu duramente a União Europeia. Afetou com maior intensidade, os países da zona do euro, com elevada dívida pública. O país mais atingido foi a Grécia. Outros países bastante afetados foram: Portugal, Irlanda, Itália, Espanha e Chipre. Na esteira da crise internacional, o Brasil enfrentou uma crise cambial, no segundo semestre de 2008, com expressiva alta do dólar. Gabarito: E 12) (IESES/TJ RS/2013 – NOTÁRIO E REGISTRADOR) Para realizarem suas análises comparativas entre as nações, os economistas utilizam alguns indicadores econômicos. Um dos indicadores mais acompanhados nesse cenário é o Produto Interno Bruto (PIB). Como cada país possui uma moeda diferente em valor nominal, no intuito de equipará-las convencionou-se utilizar o dólar americano para a conversão dos valores. Segundo esse critério, quais são os três países considerados as maiores potências mundiais em relação ao PIB atualmente? a) Estados Unidos da América, China e Japão b) Estados Unidos da América, Brasil e China c) Estados Unidos da América, Japão e França d) Estados Unidos da América, Japão e Alemanha COMENTÁRIOS: O Produto Interno Bruto é a soma do valor de todos os bens e serviços produzidos em determinada área geográfica (em geral, um país) em certo período de tempo (em geral, um ano). É a principal medida usada para avaliar o tamanho de uma economia e compará-la com outras. Vejamos quem são as dez maiores economias do mundo: 40 50 6º 70 8º 90 10º aQãO Atualidades - Teoria e Exercícios - TJDFT Aula 01 - Economia Internacional Prof. Leandro Signori Alemanha França Reino Unido Brasil Rússia Itál ia Índia Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI) Gabarito: A 13) {UEPA/SEFAZ PA/2013 - FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) "A China é a nação mais populosa do mundo, a quarta mais extensa, a segunda maior economia e a mais antiga e contínua civilização, representando o epicentro da Ásia. A rapidez com que tem se modernizado e sua economia crescido, com formas peculiares em termos político econômicos, estão alterando a correlação de forças no mundo". VISENTINI, P. F. China, potência emergente: pivô da transformação mundial. ln BRICs: as potências emergentes. Vozes, RJ, 2013. (Com adaptações) Tomando o Texto como referência
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