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LISTA DE EXERCI´CIOS 3 Este pdf tem links para material externo indicados com a ”cruz de malta”z (sugerindo: navegue), basta clicar A velocidade de uma onda de som depende do meio em que ele se propaga. A velocidade de propagac¸a˜o do som (e ondas mecaˆnicas em geral) na˜o depende da frequeˆncia das ondas (essa propriedade e´ expressa tecnicamente por ”meios ela´sticos na˜o sa˜o dispersivos”). Ale´m disso, a velo- cidade de propagac¸a˜o de uma onda mecaˆnica em um meio ela´stico depende da dureza (medida pelo mo´dulo ela´stico associado a` distorc¸a˜o) do meio e depende tambe´m da den- sidade do meio. A relac¸a˜o entre a velocidade de propagac¸a˜o das ondas sonoras (ondas transversais) e essas quantidades e´ dada abaixo. Para o caso do som (ondas longitudinais): XSom em materiais 1D (vigas e barras): v = √ E d ; E: mo´dulo de elasticidade (Young’s modulus), usualmente em Pa, d: densidade em kg/m3 XSom em materiais 3D (ar): v = √ K d ; K: mo´dulo de volume (Bulk modulus), em Pa. Ondas transversais em barras e cordas dependem de ou- tros paraˆmetro de elasticidade. Em cordas o paraˆmetro de dureza esta´ associado a` tensa˜o a que esta´ submetida a corda (ao se aumentar a tensa˜o em uma corda de viola˜o, por exemplo, a corda fica ”mais dura”). XVelocidade em corda: v = √ T µ ; T: forc¸a de trac¸a˜o (tensa˜o) da corda, em N; µ: densidade linear (kg/m) da corda. Um excelente artigo cient´ıfico sobre ondas ela´sticas em so´lidos (American Journal of Physics) de Rossing e Rus- sel pode ser acessado neste link z. PROPAGAC¸A˜O DE ONDAS MECAˆNICA 1. Considere a tabela abaixo (fonte: edn.com z). a) Calcule a velocidade do som em barras feitas dos res- pectivos materiais (a propo´sito, escreva o nome dos materiais em portugueˆs). b) A velocidade de uma onda longitudinal em um meio ela´stico, com uma modelagem mais cuidadosa, e´ dada por: v = √ E ρ(1− ν2) . Onde ν e´ o chamado coefici- ente de Poisson do material que em linhas gerais mede as contrac¸o˜es nas direc¸o˜es perpendiculares a direc¸a˜o em que ocorre extensa˜o de um meio material. Cal- cule a velocidade do som usando esse modelo para dois materiais escolhidos. A diferenc¸a e´ significativa? 2. Na wikipedia z encontramos para a´gua e ar os seguintes valores para o mo´dulo de volume. Calcule a velocidade do som (3D) nesses meios. 3. A velocidade de propagac¸a˜o de ondas sonoras depende tambe´m da temperatura do meio, afinal sabemos que a dureza e a densidade de um material dependem da tem- peratura. O efeito de aumento da temperatura (sem que haja mudanc¸a no estado f´ısico do meio) resulta no au- mento da velocidade do som. Os gra´ficos abaixo sa˜o ex- tra´ıdos da wikipedia z e apresentam essa dependeˆncia. Graf. som no ar: A curva verde e´ obtida de um modelo teo´rico (usando a capacidade te´rmica), linha reta e´ uma aproximac¸a˜o (linearizac¸a˜o) em torno de 20◦ C. Graf. som na a´gua: Os pontos sa˜o experimentais, e a curva e´ um ajuste aos dados. a) Em qual dos dois materiais o efeito e´ mais pronunci- ado? Justifique. b) Calcule a variac¸a˜o percentual da velocidade do som no ar entre um lugar muito frio -20◦C e um lugar muito quente 35◦C. 4. Uma guitarra tem 6 cordas que variam entre si pelo ca- libre (medido em polegadas, por exemplo 0,009”(polega- das) e´ o diaˆmetro da corda mais fina – a corda mi ou E). Em um trabalho sobre cordas de guitarra - Achilles Univ. Illinois z extra´ımos os dados abaixo para as di- ferentes cordas (E, B, G, D, A, E) – as frequeˆncias de seu som fundamental em que esta˜o afinadas sa˜o tambe´m apresentadas. Obs: 3.09E − 04 = 3, 09× 10−4N . a) Calcule a tensa˜o total sobre as cordas e a forc¸a total a que esta´ submetido o brac¸o da guitarra. b) Calcule a velocidade de ondas em cada uma dessas cordas. PROPAGAC¸A˜O DE ONDAS MECAˆNICA: ECO, REVERBERAC¸A˜O E A TE´CNICA DE ULTRASSOM 5. Em sala vimos que a ana´lise da integridade de pec¸as pode ser realizada a partir das medidas de tempo da reflexa˜o do som em seu interior, isso e´ feito na te´cnica de ultras- som ((video youtube z)). No gra´fico abaixo temos um pico a 67,568 µs vindo da reflexa˜o na extremidade de baixo da pec¸a analisada. a) A velocidade do som em um bloco de ac¸o e´ de 5920m/s, se supomos que esse e´ o material do bloco, qual a profundidade da pec¸a analisada? b) A partir do tipo de material portanto a escala do gra´fico pode ser alterada para corresponder a` profun- didade. Isso e´ feito pelo demonstrador na sequeˆncia do v´ıdeo. No gra´fico abaixo temos na escala de pro- fundidade a identificac¸a˜o do pico de defeito, a uma profundidade de 130,62mm. Calcule a posic¸a˜o do pico em termos da escala de tempo µs. 6. Um ce´rebro esta´ sendo examinado por um exame com ultrassom. Sobre um ponto do craˆnio esta´ apoiado o emissor/receptor de ultra-som. Suponha que a veloci- dade do som na regia˜o intracraniana seja de cerca de 1500 m/s. Se na˜o ha´ qualquer tipo de lesa˜o no interior da massa encefa´lica na˜o ocorrem reflexo˜es significativas do som emitido e a reflexa˜o se da´ no extremo oposto da caixa craniana. Se, por outro lado, houver lesa˜o no inte- rior do ce´rebro ocorre espalhamento do som na regia˜o. Adaptado de The Macmillan visual dictionary. New York: Macmillan Publishing Company, 1992. a) Determine o tempo gasto para ser obtido o eco origi- nado do ponto A da figura. b) Se houver uma lesa˜o, sabendo que o tempo gasto para o registro do eco foi de 0, 5×10−4s, obtenha a posic¸a˜o da regia˜o lesionada. 7. A te´cnica de ultrassom pode ser utilizada para medir profundidade de rachaduras, como visto neste v´ıdeo z- TechRentals do qual extra´ımos as imagens abaixo. Sa˜o necessa´rias medidas de tempo para duas distaˆncias de afastamento entre o re- ceptor e o emissor (ambos chamados transdutores) de ultrassom, porque na˜o se define previamente a velo- cidade do som no material. Mede-se o menor tempo de recepc¸a˜o do som. No v´ıdeo a primeira me- dida usa 10cm de distaˆncia entre cada transdutor e a rachadura – levando a 89,1µs de tempo. Na se- gunda medida a distaˆncia a` rachadura e´ 20cm e o tempo medido e´ 167,2 µs. a) Fac¸a um desenho esquema´tico representando os trans- dutores e a rachadura em corte frontal, indique distaˆncias com as letras: D – distaˆncia transdu- tor/rachadura, H – profundidade da rachadura, trace o menor caminho do som (linha reta) que conecta os transdutores ultrapassando a rachadura. Escreva as equac¸o˜es que relacionam D, H com o tempo de pro- pagac¸a˜o. b) Calcule a profundidade da rachadura. c) Calcule a velocidade do som no material (parece as- falto, va´ a internet e cheque se o valor obtido e´ razoa´vel para o asfalto). 8. O menor intervalo de tempo entre pulsos sonoros con- secutivos percebidos pelo ouvido humano e´ de cerca de 0,05s. Quando o som refletido por paredes se mistura com o som produzido com tempos de atraso menores que esse temos o fenoˆmeno de Reverberac¸a˜o (link - wiki- pedia - z). Quando o tempo entre o som emitido e suas reflexo˜es sa˜o maiores que esse os som refletido e´ perce- bido separadamente e e´ chamado de eco. Qual a mı´nima distaˆncia entre a fonte de som e uma parede onde ocorre reflexa˜o para que se tenha eco? ONDAS HARMOˆNICAS 9. A figura a seguir mostra esquematicamente as ondas na superf´ıcie da a´gua de um tanque produzidas por uma fonte de frequ¨eˆncia 6,0 Hz em A. As linhas cheias corres- pondem a`s cristas, e as pontilhadas representam os vales em um certo instante de tempo (foto). a) Calcule a velocidade da onda. b) Qual o intervalo de tempo, em segundos, para que uma frente de onda percorra a distaˆncia da fonte ate´ o ponto B, distante 60 cm? 10. Uma onda estabelecida numa corda oscila com frequ¨eˆncia de 500 Hz, de acordo com a figura abaixo. a) Qual aamplitude dessa onda? b) Com que velocidade a onda se propaga? 11. As figuras abaixo mostram duas configurac¸o˜es de uma onda progressiva se propagando para a direita com um intervalo de tempo igual a 0,5s entre elas. Calcule o per´ıodo, em s, e a velocidade da onda, em m/s. 12. Uma onda harmoˆnica se propagando para a direita e´ des- crita por y(x, t) = A sin(kx− ωt+ φ) onde ω = 2pif e k = 2pi λ . a) Se f = 1Hz, λ = 1m e φ = 0. Fac¸a o gra´fico de y em termos de x em treˆs instantes: t = 0, t=0,5s e t=1,0 s. b) Verifique por substituic¸a˜o que essa onda satisfaz a Equac¸a˜o de Onda ∂y ∂x2 = 1 v2 ∂y ∂t2 Voceˆ vai descobrir, ainda, que v = λf de acordo com essa equac¸a˜o. SUPERPOSIC¸A˜O DE ONDAS, REPRESENTA- C¸A˜O ESPECTRAL E INTENSIDADE 13. Um estudo de sons emitidos por instrumentos musicais foi realizado, usando um microfone ligado a um computa- dor. O gra´fico a seguir, reproduzido da tela do monitor, registra o movimento do ar captado pelo microfone, em func¸a˜o do tempo, medido em milissegundos, quando se toca uma nota musical em um violino. a) Qual a frequeˆncia fundamental da nota tocada no vi- olino? b) Se a velocidade do som no ar e´ de 340 m/s qual o comprimento de onda da nota tocada? c) Qual o significado notado pelo ouvinte da forma da onda do violino na˜o ser senoidal (arredondada)? 14. No gra´fico abaixo temos a imagem de duas ondas sonoras superpostas, captadas por um microfone, que incidem so- bre um receptor de a´udio. No gra´fico acima as oscilac¸o˜es independentes, e no gra´fico de baixo o resultado da su- perposic¸a˜o. a) Calcule a frequeˆncia de cada uma das ondas. Calcule a frequeˆncia do batimento. b) Comente o fenoˆmeno apresentado no gra´fico de baixo. c) Quais poderiam ser os valor da unidade f´ısica do eixo vertical? d) Fac¸a a representac¸a˜o espectral desta onda, em ter- mos da escala dB correspondente a uma das unidades f´ısicas citadas no item anterior. 15. Na figura abaixo temos a representac¸a˜o de 3 ondas harmoˆnicas de frequeˆncias e amplitudes distintas que, quando superpostas, resultam no gra´fico inferior (apro- ximac¸a˜o para a onda quadrada com apenas as treˆs pri- meiras componentes de Fourier). Atenc¸a˜o para a escala do eixo do tempo: ms = 0, 001s. O eixo vertical de intensidade e´ dado em termos da pressa˜o em Pa. (a) Apresente a frequeˆncia de cada uma das ondas com- ponentes. (b) Represente em um gra´fico de barras de Ampli- tude versus Frequeˆncia (representac¸a˜o espectral, ou de Fourier) as diferentes componentes harmoˆnicas deste sinal. Represente a amplitude em escala dB (SPL), amplitude de refereˆncia: 20 µPa. 16. O ouvido humano e´ capaz de distinguir sons perio´dicos na faixa entre 20Hz e 20kHz, e de intensidade entre 10−12W/m2 (limiar da audic¸a˜o) e 1W/m2 (limiar da dor). O limiar da audic¸a˜o em watts/m2 e´ usado como refereˆncia para a escala dB em poteˆncia (SWL). a) Calcule o maior e o menor comprimento onda per- cept´ıveis pelo ser humano. b) Calcule o tempo entre dois picos de pressa˜o nestes dois casos anteriores. c) Calcule o n´ıvel sonoro em dB (SWL) correspondente ao limiar da dor. d) Calcule o valor do limiar da audic¸a˜o e do limiar da dor em termos da pressa˜o sonora, p (SPL). Utilizando a expressa˜o: P A = p2 ρv onde ρ = 1, 2kg/m3 (densidade do ar); v = 340m/s (velocidade do som); P A e´ a intensidade sonora (W/m2). 17. Morcegos e golfinhos usam de ecolocalizac¸a˜o (wikipedia z) atrave´s de ultrassom. a) Morcegos inset´ıvoros produzem sons entre 20kHz e 60kHz. Calcule os comprimento de onda compreendi- dos nesta faixa. b) Nos gra´ficos abaixo (Kamminga and Wiersma, citado neste link z) esta´ representado o espectro sonoro compreendido pelo som emitido por dois Golfinhos. No de cima temos o som produzido por um golfinho da espe´cie Phocoena phocoena, e no gra´fico de baixo por um Cephalorhynchus commersonii. Sa˜o represen- tadas tambe´m a imagem do pulso no tempo acima de cada gra´fico (escala em 500µs). Determine uma frequeˆncia representativa e calcule o seu comprimento de onda, lembrando que na a´gua a velocidade do som e´ de cerca de 4,3 vezes a velocidade do som no ar. 18. Considere o som emitido por uma fonte isotro´pica e´ 25W. a) Qual e´ a intensidade a uma distaˆncia de 2,5m da fonte? Qual o n´ıvel sonoro SWL? b) Qual a pressa˜o correspondente ao item anterior? Qual o n´ıvel sonoro SPL? c) Fac¸a um gra´fico do n´ıvel sonoro em termos da distaˆncia ate´ 100m da fonte. 19. Uma das maiores exploso˜es ja´ registradas na histo´ria da humanidade foi a do vulca˜o Krakatoa, na regia˜o da In- done´sia, em 1883. Chegou a ser ouvida a 5000 km de distaˆncia segundo se notou em documentos histo´ricos. a) Considere que neste lugar mais distante a poteˆncia estivesse no limiar da audic¸a˜o e calcule a poteˆncia sonora poss´ıvel da explosa˜o. b) Calcule o n´ıvel sonoro (dB) (SWL) aproximado sen- tido a` 100 km da explosa˜o. 20. Um determinado ambiente em uso produz ruido uniforme na taxa de 80dB (SWL) verificado com um decibel´ımetro. Esse som escapa por uma janela, que constitui, enta˜o, uma fonte que irradia essa poteˆncia sonora apenas em meia esfera, e na˜o na esfera completa como uma fonte isotro´pica. Assim a poteˆncia desta fonte e´ o dobro da poteˆncia da fonte isotro´pica. Calcule qual sera´ a medida em dB a distaˆncia de 10m e 100m da janela. 21. O Programa de Sileˆncio Urbano (PSIU) da Prefeitura de Sa˜o Paulo estabelece os limites para a emissa˜o sonora segundo a tabela abaixo. A escala dbA empregada na le- gislac¸a˜o corresponde a` correc¸a˜o da escala decibe´l em ter- mos da percepc¸a˜o humana, que depende da frequeˆncia. Essa correc¸a˜o e´ empregada nos decibel´ımetros. Diversas refereˆncias podem ser encontradas na rede, uma sugesta˜o e´ este link da UFRGS z. Tipo de localidade hora´rio limite dBA Zona Residencial 7 a`s 19 horas 50 19 a`s 7 horas 45 Zona Mista 7 a`s 22 horas 65 22 a`s 7 horas 45 Zona Industrial 7 a`s 22 horas 65 22 a`s 7 horas 55 A correc¸a˜o dBA e´ apresentada na tabela abaixo para algumas frequeˆncias. Hz 125 250 500 1000 2000 4000 correc¸a˜o tipo A -15.5 -8.5 -3 0 +1 +1 Assim, um valor medido em dBW (SWL) na correc¸a˜o A, para um som de 125 Hz deve ter o seu valor subtra´ıdo de 15.5 dB. Por exemplo: 50dB equivale a` 34.5dBA se cor- responde a 125 Hz, ou 51dBA se corresponde a` 2000Hz. a) Calcule para uma zona residencial, considerando uma frequeˆncia me´dia de 500Hz e de 1000Hz, a ma´xima poteˆncia utilizada em um amplificador para que a uma distaˆncia de 10m se tenha o ma´ximo valor re- gulamentado a`s 19h. b) Repita o exerc´ıcio anterior para a regulamentac¸a˜o va´lida a`s 24h. c) Escute uma mu´sica com o app FFT ou similar. Quais sa˜o as frequeˆncias que voceˆ mais se preocuparia para calcular o n´ıvel do volume que liberaria para os am- plificadores? Consegue estimar qual a poteˆncia que deveria ser dada para estar na Lei? Comenta´rios: 1) A normatizac¸a˜o pela ABNT, que e´ empregada na legislac¸a˜o sobre poluic¸a˜o sonora, e´ compilada no site da associac¸a˜o [busca: acu´stica z]. Um exemplo pode ser lido aqui z. A legislac¸a˜o pode ser encontrada neste link z. 2) Uma discussa˜o sobre elementos de poluic¸a˜o sonora no con- texto da cidade de Sa˜o Paulo pode ser acompanhada nestes slides z de Regina Monteiro para a confereˆncia sobre ruidos urbanos promovida em 2015. 22. Explique como uma bomba e um trova˜o produzem som. ONDAS ESTACIONA´RIAS E RESSONAˆNCIA 23. Uma guitarra com brac¸o de comprimento 64,8cm esta´ com as cordas do exerc´ıcio 5. Quais sa˜o as frequeˆncias dos 4 primeiros harmoˆnicos da corda E (com frequeˆncia nominal indicada na tabela com 329,63 Hz)? 24. Considere uma ponte com 15m de comprimento (como a que vimos neste v´ıdeo – link z) que oscila no segundoharmoˆnico com 1,8s de per´ıodo de oscilac¸a˜o. a) Calcule a velocidade da onda na ponte. b) Calcule a frequeˆncia de ressonaˆncia dos 4 primeiros modos harmoˆnicos da ponte. 25. Em um tubo de 20cm com as extremidades abertas foram analisadas as frequeˆncias estaciona´rias das ondas de som, geradas em um tubo a partir de um tapa dado em uma de suas extremidades (portanto um dos lados fica fechado pela ma˜o durante a produc¸a˜o do som, o tubo e´, assim, semi-aberto). Um microfone foi introduzido dentro do tubo e ligado a um software de ana´lise das intensidades de cada frequeˆncia, sendo obtido o seguinte espectro sonoro: artigo do experimento: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol4/Num1/a10.pdf a) Escreva a equac¸a˜o para as frequeˆncias de ressonaˆncia das ondas neste experimento. b) Determine a velocidade do som a partir dessas medi- das. 26. Na cidade de Mariana/MG (a mesma que foi devastada pela Samarco), ha´ um o´rga˜o Arp Schnitger (um dos u´nicos 33 do mundo, fabricado no in´ıcio do se´culo XVIII) na Catedral da Se´ (bem no centro da cidade). Voceˆ pode ouv´ı-lo neste v´ıdeo z, ou ver uma mate´ria a seu res- peito neste v´ıdeo z. Explique porque tubos mais longos produzem som mais grave e tubos mais curtos produ- zem som mais agudo. Explique porque o som na˜o e´ uma seno´ide pura (ou seja de onde veˆm a identidade acu´stica do o´rga˜o). 27. As ondas estaciona´rias constituem de frequeˆncias resso- nantes. Assim a acu´stica de ambientes fechados precisa controlar as reflexo˜es sonora nas paredes de um ambiente de modo a evitar que um frequeˆncia se sobreponha a`s demais tornando o ambiente desconforta´vel. No Brasil o cuidado com tratamento acu´stico ainda e´ pouco popular em estabelecimentos menores por seu alto custo. Assim, e´ normal convivermos com ambientes muito ruins para execuc¸a˜o de mu´sica, ou mesmo para a realizac¸a˜o de pales- tras ou reunio˜es. Um ambiente ruim fara´, por exemplo, uma determinada faixa de frequeˆncias ser muito amplifi- cada pelo ambiente ficando desbalanceada com as demais frequeˆncias componentes do som que se esta´ produzindo. a) Em um corredor comprido com paredes muito refle- xivas (duras, ou seja nuas sem amortecimento), diga- mos que com 6m, quais seriam as frequeˆncias dos 6 primeiros harmoˆnicos? b) Qual a diferenc¸a entre esse caso do corredor e de uma sala retangular? O que voceˆ precisaria saber para poder obter (e portanto controlar) os harmoˆnicos? c) Se voceˆ esta´ em um lugar com acu´stica desconforta´vel, durante um evento, que instrumentos voceˆ usaria para avaliar o que se passa? 28. Uma viga de ac¸o e´ suspensa (com extremidades livres) e estudada em termos de seus modos normais de flexa˜o, o ensaio pode ser visto nesse link z. A onda e´ transversal e areia e´ espalhada uniformemente sobre a viga que enta˜o e´ posta a vibrar com uma frequeˆncia escolhida em um gerador de frequeˆncias. As dimenso˜es da viga (visto nos comenta´rios do v´ıdeo) sa˜o 1275 × 75 × 10 mm. a) Explique o acu´mulo de areia em lugares espec´ıficos da viga e desenhe os 4 primeiros modos normais. b) O modo com 3 no´s tem 88,5Hz de frequeˆncia. Calcule a velocidade desta onda transversal. 29. A velocidade de uma onda de torc¸a˜o de uma barra e´ modelada pela equac¸a˜o v = 2 h w √ G ρ onde w e´ a largura e h a espessura, G e´ o mo´dulo de elasticidade transversal (em GPa) e ρ a densidade do material (em kg/m3) *Expressa˜o apresentada neste artigo de Rossing e Russel z No exerc´ıcio anterior o primeiro modo de torc¸a˜o tem frequeˆncia 315Hz. Ac¸o: G = 80GPa e ρ = 7, 8g/cm3. a) Como e´ a condic¸a˜o de contorno para o modo de torc¸a˜o neste caso? Nos extremos temos no´ ou ventres? De- senhe como fica a areia (linhas nodais) no primeiro modo de torc¸a˜o. Qual o comprimento da onda de torc¸a˜o neste modo? b) Calcule a velocidade da onda de torc¸a˜o nesta barra. c) Calcule a frequeˆncia esperada para o primeiro modo de torc¸a˜o. d) Represente o segundo harmoˆnico, obtenha seu com- primento de onda e calcule a frequeˆncia esperada para esse modo de vibrac¸a˜o (aquela que se ped´ıssemos para o experimentador colocar ele veria o desenho que voceˆ propo˜e). 30. O v´ıdeo da viga usado nos dois exerc´ıcios acima e´ citado neste trabalho de Mauro Caresta z e as ondas de flexa˜o em barras sa˜o discutidas. Como comentamos ondas longitudinais, e mesmo ondas transversais em cordas, ale´m das ondas torsionais trata- das acima se propagam com uma velocidade que inde- pende da frequeˆncia da onda. Entretanto em ondas de flexa˜o verifica-se a ocorreˆncia de dispersa˜o: dependeˆncia da velocidade de propagac¸a˜o com a frequeˆncia do sinal. A velocidade da onda de flexa˜o (Caresta) e´ dada por v2 = 2pif √ EI ρA onde I e´ o ”momento de a´rea”(relacionado ao chamado ”momento de ine´rcia”). Para vigas: I = wh3 12 . E e´ o mo´dulo de elasticidade, que no ac¸o vale: E = 210GPa. A densidade do ac¸o e´ ρ=7,8g/cm3. A e´ a a´rea de sec¸a˜o da viga. Calcule as frequeˆncias dos 3 primeiros modos de vibrac¸a˜o da viga do v´ıdeo e compare com os valores apresentados no v´ıdeo do experimento (aparecem no youtube). 31. A ponte Tacoma Narrows esteve muito presente em nos- sas discusso˜es em sala, e´ um exemplo cla´ssico na cul- tura acadeˆmica. Nela temos um harmoˆnico de torc¸a˜o sendo obtido pelo fluxo de vento sobre a ponte (que oscila por turbuleˆncia no contorno da ponte, veja comenta´rio abaixo.). Um dos muitos v´ıdeos desse acidente pode ser visto neste link z. a) Estime o comprimento, largura e espessura da ponte no techo em ressonaˆncia (use os postes de refereˆncia, pode checar com o carro que aparece no filme). b) No trecho em ressonaˆncia temos que as partes da ponte ligadas a`s pilastras esta´ preso, ou seja cons- tituem no´s. Represente os treˆs primeiros harmoˆnicos desta estrutura relacionando o comprimento de onda λ ao comprimento L do trecho. Qual foi o harmoˆnico excitado na ressonaˆncia que destruiu a ponte? c) No filme a partir de 1:30 (acreditando na velocidade de sua reproduc¸a˜o) podemos estimar a frequeˆncia da onda estaciona´ria em questa˜o. Obtenha esse nu´mero e com ele calcule a velocidade de propagac¸a˜o de dis- torc¸o˜es de torc¸a˜o (onda) na ponte. d) A partir da velocidade do caso anterior, e lembrando que ondas de torc¸a˜o na˜o tem dispersa˜o significativa como na flexa˜o, calcule a frequeˆncia dos outros dois harmoˆnicos avaliados. e) Como vimos acima a onda de torc¸a˜o em uma estru- tura retangular e´ dada por v = 2 h w √ G ρ . Calcule o mo´dulo de elasticidade transversal G (em GPa) para a ponte, compare com os valores de G para o ac¸o e o concreto. Comenta´rio: A oscilac¸a˜o da forc¸a externa, gerada por um fluxo cont´ınuo de vento, veˆm do fenoˆmeno de aeroelasticidade (aerolastic flutter): o mesmo que faz uma bandeira tremular, o papel de bala produzir som quando assoprado, suas cordas vocais vibrarem pela passagem de ar, e tambe´m que produz a vibrac¸a˜o das asas de um avia˜o. Essencialmente, portanto, e´ um fenoˆmeno de dinaˆmica de fluidos (e fenoˆmenos de trans- porte) e devido a` turbuleˆncia (voceˆ pode acompanhar uma simulac¸a˜o do vendo atuando sobre a ponte e gerado a forc¸a externa oscilato´ria neste link z), o estudo e controle desse fenoˆmeno desde a de´cada de 30 e´ concentrado especialmente na engenharia/cieˆncia aerona´utica.
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