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A _ Primeira Parte

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Conteúdo 1º Bimestre
1-Teoria da medida:
Níveis da medida: escalas nominal, ordinal, intervalar e de razão
2-Diferenças entre a medida na matemática e nas ciencias psicossociais(psicologia)
4- Resolução do CRP
3- Teoria Classica dos Testes (TCT) e Teoria de Resposta ao Item (TRI): principais diferenças
Resolução CFP No 002/2003
Art.1º-Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se em um método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo.
Art.4o-…são requisitos mínimos e obrigatórios para os instrumentos de avaliação psicológica que utilizam questões de múltipla escolha e outros similares, tais como "acerto e erro","inventários"e"escalas":
I -apresentação da fundamentação teórica do instrumento;
Resolução CFP No 002/2003
Art.7o-...testes estrangeiros de qualquer natureza, traduzidos para o português, devem ser adequados a partir de estudos realizados com amostras brasileiras.
Art.8o–O CFP manterá uma Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica integrada por psicólogos convidados, de reconhecido saber em testes psicológicos, como objetivo de analisar e emitir parecer sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP,com base nos parâmetros definidos nesta Resolução, bem como apresentar sugestões para o aprimoramento dos procedimentos e critérios envolvidos nessa tarefa
Resolução CFP No 002/2003
Art.16-Será considerada falta de ética a utilização de testes psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo CFP,salvo os casos de pesquisa.
Art. 18
§2o-Na comercialização de testes psicológicos,as editoras,por meio de seus responsáveis técnicos,manterão procedimento de controle onde conste o nome do psicólogo que os adquiriu,o seu número de inscrição no CRP e o(s) número(s) de série dos testes adquiridos.
SEMPRE SE DEVE SEGUIR FIELMENTO OS MANUAIS E NUNCA SE DEVE USAR XEROX (FOTOCOPIAS) DOS TESTES.
 Porque, para se medir em psicologia, o processo é mais complexo que nas ciências exatas?
Fatores que diferenciam a medida em psicologia da medida nas ciências exatas:
 1- Nem sempre o psicólogo lida com variáveis passíveis de quantificação, por isso, lida com os constructos hipotéticos, que são definições do atributo que vai ser medido. A medida em psicologia é a medida por teorias.
 2- Na psicologia, a verdade é relativa e não absoluta, como nas ciências exatas. 
 3- A observação de fenômenos naturais está sujeita a erros, pois pois, além dos erro aleatórios, existem as diferenças individuais do observador.
OBS: O que se mede é uma variável Psicológica, que é uma quantidade de determinada característica que o individuo possui.
 
A Medida em psicologia
Se insere dentro da teoria da medida em geral e desenvolve uma discussão epistemológica sobre a utilização do símbolo matemático ( número) no estudo científico dos fenômenos naturais.
Interface entre sistemas teóricos de saber diferentes: Psicologia (ciencia) X Matemática.
 Psicologia (ciencias psicossociais e empírica) e Matemática: Distância Epistemológica
 
OBJETOS DE ESTUDO
 METODOLOGIAS
 
Psicologia ( ciencias psicossocias) X Matemática
 
 OBJETO METODOLOGIA CERTEZA
Ciencias Fenômenos Observação Relativa
Psicossociais Naturais Controle
Matemática Símbolo Dedução Absoluta
 Numérico 
Distância Epistemológica
A ciência (psicologia) tem como objeto os fenômenos da realidade enquanto a matemática tem como objeto o número, ou seja, um conceito e não uma realidade empírica.
Vantagens da untilização da linguagem matemática
Surge a teoria da medida = Uso do numero para descrever os fenomenos naturais.
Quanto mais axiomas da matemática o medida tiver, maior será seu nível.
Vantagens da untilização da linguagem matemática
OBJETIVIDADE
Permite que um resultado científico seja seja verificado independentemente por vários pesquisadores.
COM UNICAÇÃO
A comunicação dos resultados de pesquisa é facilitada pela medição = DIFUSÃO DO CONHECIMENTO
Nível da medida ( escalas)
↑ Axiomas da medida ( leis) 
( identidade, ordem, aditividade)
↑ Maior o nível da medida
( Escalas – Nominal, Ordinal, Intervalar e de Razão)
	Existem níveis crescentes de mensuração. As operações admissíveis para um conjunto numérico de dados experimentais dependem do nível ou escala de mensuração alcançada por tal conjunto que, em ordem crescente são apresentados a seguir:
	 Escala nominal: Quando classes ou símbolos são usados para identificar os grupos a que vários objetos pertencem, essas classes, não ordenadas, constituem uma escala nominal.
	
	 Escala ordinal: Quando, além de classificar as unidades de acordo com as classes, a mensuração permite ordenar essas classes relativamente ao grau de classificação da variável, atinge-se o nível seguinte de mensuração denominado de escala ordinal.
	Escala intervalar: Atinge-se esse nível quando além de ordenar as classes de uma variável, podemos dizer quanto valem exatamente as diferenças entre as classes.
	Escala das razões: A escala da mensuração mais elevada, com origem zero não arbitrária e onde é possível a realização de todas as operações aritméticas.
Níveis de medida
Escala Nominal
Menor nível da medida
Não é medida, é classificação
EX: CID
 F 33 = Transtorno depressivo recorrente
Níveis de Medida
ESCALA ORDINAL
MAIORIA DAS ESCLAS SÃO NOMINAIS E ORDINAIS.
QUANDO É POSSÍVEL ORDENAR
EX:
 1-ESCALAS DE INTELIGÊNCIA
 
2- DOENÇAS MENTAIS DE ACORDO COM SEU GRAU DE GRAVIDADE: ESQUIZOFRENIA>TOC>DISTÚRBIO BIPOLAR> NEUROSE
Níveis de Medida
ESCALA INTERVALAR
QUANDO:
PODEMOS ORDENAR OS OBJETOS DE ACORDO COM O ATRIBUTO MEDIDO
A DISTÂNCIA ENTRE DOIS NºS DA ESCALA = DIFERENÇA EM ALGUM ASPECTO EMPÍRICO DOS OBJETOS AOS QUAIS ATRIBUÍMOS Nº
EXS: CALENDÁRIO GREGORIANO ( USADO EM NOSSA SOCIEDADE) x CALENDÁRIO JUDEU
ESCALA INTERVALAR
EXS: CALENDÁRIO GREGORIANO ( USADO EM NOSSA SOCIEDADE) x CALENDÁRIO JUDEU
ZERO ARBITRÁRIO: 
Gregoriano: Nascimento de jesus ( 1998)
Judeu: Genese = Criação do mundo ( 5758)
No caso da psicologia, existe o ZERO ARBITRÁRIO. 
Ex: Prova matemática: João 7 e José 0 = João está 7 ptos acima de José. NÃO podemos dizer q João tem conhecimento NULO em matemática. OU, que um sujeito tem AUSÊNCIA de inteligência num teste de inteligência. 
ESCALA DE RAZÃO OU PROPORCIONAL
 MAIOR NÍVEL DA MEDIDA = GUARDA TODOS OS AXIOMAS
 ORDEM, TAMANHO DA DIFERENÇAS E ZERO ABSOLUTO.
 
 Em PSICOLOGIA são RARAS as medidas em escalas de RAZÃO = ex: medem uma característica mental em unidades físicas de qquer espécie como por exemplo tempo de reação privação.
Zero absoluto real = ex: comprimento(régua) e tempo.
Psicologia e Escalas
A maioria das escalas em psicologia são nominais e ordinais. 
Exercícios: texto A quantificação nas ciências humanas.
FUNDAMENTOS DA TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM – TRI SCIELO
A QUANTIFICAÇÃO NAS CIENCIAS HUMANAS
TEORIA CLÁSSICA DOS TESTE X TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM
TRI = A Teoria da Resposta ao Item é uma teoria do traço latente aplicada primariamente a testes de habilidade ou de desempenho. O termo teoria do traço latente se refere a uma família de modelos matemáticos que relaciona variáveis observáveis (itens de um teste, por exemplo) e traços hipotéticos não observáveis ou aptidões, estes responsáveis pelo aparecimento das variáveis observáveis ou, melhor, das respostas ou comportamentos emitidos pelo sujeitoque são as variáveis observáveis.
TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM
 
 Traço latente = variáveis observáveis (itens de um teste, por exemplo) ↔ traços hipotéticos não observáveis ou aptidões.
 VARIÁVEIS OBSERVÁVEIS = CPTOS OU RESPOSTAS DOS SUJEITOS
TRI
resposta – DEPENDE – nível da aptidão medida
 
 A resposta que o sujeito dá ao item dependedo nível que o sujeito possui no traço latente ou aptidão. 
 traço latente = causa 
resposta do sujeito = efeito
TRI
Objetivo: estimar, a partir da resposta dada pelo sujeito, o seu nível no traço latente.
 Para se poder estimar, a partir da resposta dada pelo sujeito, o seu nível no traço latente, é preciso que se hipotetizem relações entre as respostas observadas do sujeito e o seu nível neste mesmo traço latente.
TRI
 
 O fundamental da teoria do traço latente consiste em expressar numa fórmula matemática a relação existente entre variáveis observadas e variáveis hipotéticas, chamadas estas de taços latentes. Assim, se conhecemos as características das variáveis observadas (como os itens de um teste), estas se tornam constantes na equação e esta se torna solucionável, permitindo que se estime então o nível do traço latente ou a aptidão do sujeito e vice-versa, isto é, se for conhecido o nível do traço latente é possível serem estimadas as características dos itens respondidos por este sujeito.
TRI
A TRI faz dois postulados básicos:
1) o desempenho do sujeito numa tarefa (item
 de um teste) pode ser predito a partir de um conjunto de fatores ou variáveis hipotéticas,
 ditos aptidões ou traços latentes (identificados na TRI com a letra grega teta: q); o teta sendo a causa e o desempenho o efeito. Trata-se de modelagem latente (latent trait modeling). Ou seja, comportamento = função (traço latente)
TRI
 2) a relação entre o desempenho e os traços latentes pode ser descrita por uma equação
 matemática monotônica crescente, chamada
 de Curva Característica do Item – CCI
TCT X TRI
VANTAGENS PSICOMETRIA MODERNA
TRI NÃO VEIO PARA SUBSTITUIR TODA A PSICOMETRIA TRADICIONAL, MAS APRESENTA ALGUMAS VANTAGENS.
TCT X TRI
1) o cálculo do nível de aptidão do sujeito
 Independe da amostra de itens utilizados: diz se que a habilidade do sujeito é independente
 do teste (not test-dependent). Na Psicometria Clássica, o escore do sujeito dependia e variava segundo o teste aplicado fosse mais fácil ou mais difícil, ou produzisse maiores ou menores erros.
TCT X TRI
 Assim, tais escores não eram comparáveis e, mesmo aplicando ajustes, os escores ainda continuvam não comparáveis sobretudo porque os testes produziam diferenças nas variâncias
 de erros de medida. No caso da TRI, não importa que itens ou conjunto de itens que você utilize, obviamente que estejam medindo o mesmo traço latente, irão produzir o mesmo nível de aptidão do sujeito, dentro, é óbvio, os sempre presentes erros de medida em qualquer ramo da ciência;
TCT X TRI
b) o cálculo dos parâmetros dos itens (dificuldade e discriminação) independe da
 amostra de sujeitos utilizada: diz-se que os
 parâmetros são independentes dos sujeitos
 (not group-dependent). Na clássica, os parâmetros dependiam muito dos sujeitos
 amostrados possuírem maior ou menor
 aptidão;
TCT X TRI
c) a TRI permite emparelhar itens com a aptidão do sujeito. Isto quer dizer que se avalia a aptidão de um sujeito, utilizando itens com dificuldade tal que se situam em torna do tamanho da aptidão do sujeito, sendo, assim, possível utilizar itens mais fáceis para sujeitos com habilidades inferiores e itens mais difíceis para sujeitos mais aptos, produzindo escores comparáveis em ambos os casos.
TCT X TRI
 
 Na psicometria clássica sempre era aplicado o mesmo teste, hermeticamente fechado, para todos os sujeitos, de sorte que, se o teste fosse fácil, avaliaria bem sujeitos de aptidão menor e mal sujeitos de aptidão superior e, se o teste fosse difícil, faria o contrário.

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