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RESUMO PREVIDENCIARIO

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CAPÍTULO 1 – SEGURIDADE SOCIAL
1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL:
I. A universalidade da cobertura e do atendimento: por universalidade da cobertura entende-se que a proteção social deve alcançar todos os riscos sociais que possam gerar o estado de necessidade (doenças, acidentes, velhice, invalidez), ao qual a pessoa está sujeita, a fim de manter a subsistência de quem dela necessite. A universalidade do atendimento significa tornar a seguridade social acessível a todas as pessoas residentes no país, inclusive as estrangeiras.
II. A uniformidade e equivalência dos e benefícios e serviços às populações urbanas e rurais: referido princípio confere tratamento uniforme a trabalhadores ur​banos e rurais, havendo assim idênticos benefícios e serviços (uniformidade), para os mesmos eventos cobertos pelo sistema, ou seja, morte, velhice, ma​ternidade etc. (equivalência). Tal princípio não significa, contudo, que haverá idêntico valor para os benefícios. Os critérios para concessão das prestações de seguridade social serão os mesmos; porém, tratando-se de previdência social, o valor de um benefício pode ser diferenciado.
III. A seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: compreende o atendimento distintivo e prioritário aos mais carentes; alguns benefícios são pagos somente aos de baixa renda; os trabalhadores ativos contribuem para a manutenção dos que ainda não trabalham (menores) e dos que já não trabalham mais (aposentados). Exemplo: os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão.
IV. A irredutibilidade do valor dos benefícios: significa que o benefício legalmente concedido, pela Previdência Social ou pela Assistência Social, não pode ter o seu valor nominal reduzido, não podendo ser objeto de desconto, salvo os determinados por lei ou ordem judicial. Dentro da mesma ideia, estabelece o reajustamento periódico dos benefícios, para preservar-lhes, em caráter permanente, seu valor real.
V. A equidade na forma de participação do custeio diz respeito à capacidade contributiva de cada um. Em outras palavras, contribuirá com mais quem ganha mais e contribuirá com menos quem ganha menos. Ex.: as empresas que desenvolvam atividade de risco contribuirão mais, pois haverá uma maior probabilidade de concessão de benefícios acidentários.
VI. A diversidade da base de financiamento: o custeio provém de toda a sociedade, de forma direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII. A gestão quadripartite: a gestão dos recursos, programas, planos, serviços e ações nas três vertentes da Seguridade Social, em todas as esferas de poder, deve ser realizada mediante discussão com a sociedade. Para isso, foram criados órgãos colegiados de deliberação: o Con​selho Nacional de Previdência Social (CNPS), que discute a gestão da Previ​dência Social; o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que delibera sobre a política e ações nessa área; e o Conselho Nacional de Saúde (CNS), que discute a política da saúde. Todos esses conselhos têm composição pari​tária e são integrados por representantes do Governo, dos trabalhadores, dos empregadores e dos aposentados. 
2. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA SEGURIDADE SOCIAL:
I. A Precedência da Fonte de Custeio: por esse princípio, "nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total".
II. A Progressividade das contribuições sociais: este princípio prevê que poderão existir alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas para as contribuições da Seguridade Social dos empregadores e empresas sobre as contribuições sobre folhas de salário, lucro e faturamento ou receita, seguindo os seguintes critérios:
Porte da empresa;
Atividade da empresa;
Condição estrutural do mercado de trabalho.
Utilização intensiva de mão de obra;
III. A Anterioridade Nonagesimal: as contribuições sociais poderão ser exigidas após 90 dias da data da publicação da Lei que as houver instituído, majorado ou modificado, não sendo aplicada a anterioridade do exercício financeiro.
 Seguridade Social = Saúde + Assistência social + Previdência social
1. SAÚDE (Gratuito + para todos)
A Saúde é direito de todos e dever do Estado, que deve presta-la a quem dela necessitar, independentemente de contribuição. O Poder Público prestará os serviços de saúde à população de forma direta ou através de convênios ou contratos com instituições privadas, preferencialmente com entidades filantrópicas e as sem fim lucrativo. A iniciativa privada poderá participar do SUS, em caráter complementar. Entretanto, é vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com objetivo de lucro.
A Constituição não veda a criação de empreendimentos voltados ao lucro na área da saúde. Apenas veda o aporte de recursos públicos, salvo a quitação de ser​viços prestados ao SUS. Veda, também, a participação direta ou indireta de empre​sas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país, salvo exceções previstas em lei.
2. ASSISTÊNCIA SOCIAL (Gratuito + necessitados)
Será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade Social. Irá tratar de atender os hipossuficientes, destinando pequenos benefícios a pessoas que não contribuem para o sistema.
OBJETIVOS:
- a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
- o amparo às crianças e adolescentes carentes;
- a promoção da integração ao mercado de trabalho;
- a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
- a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
É possível o pagamento de benefícios assistenciais eventuais em casos de vulnerabilidade temporária como, por exemplo, a situação de abandono ou da impossibilidade de garantir abrigo aos seus filhos, falta de documentação etc, e nas hipóteses de calamidade pública.
Bolsa Família (PBF) não é elencado como be​nefício assistencial. Trata-se de um programa assistencial de transferência direta de renda que beneficia, em todo País, famílias de baixa renda (aquele que tem salário de contribuição menor ou igual a R$1.212,64).
BPC LOAS:
- um salário mínimo mensal;
- pessoa com deficiência ou idosa (65 anos);
- família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 do salário-mínimo.
- não estar vinculado a nenhum regime de previdência social; 
- não receber benefício de espécie alguma.
- brasileiro, naturalizado ou nato, que comprove domicílio e residência no Brasil e desde que atenda a todos os demais critérios estabelecidos pela LOAS.
Obs.: pessoa com deficiência: - impedimento de longo prazo;
 - incapacidade para o trabalho pelo prazo mínimo de 2 anos
Para o cálculo da renda familiar, é considerado o número de pessoas que vivem na mesma casa:
- requerente;
- cônjuge, companheiro(a);
- filhos e enteados solteiros e menores tutelados;
- pais e, na ausencia destes, a madrasta ou o padrasto.
Disposições gerais:
- A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarretará a suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício.
- Para fazer jus ao amparo de um salário mínimo, o idoso ou deficiente deverão comprovar o seu estado de miserabilidade.
- Para a concessão do amparo aos menores de 16 anos, deverá ser avaliada a existência da deficiência e o seu impacto na limitação do desempenho de atividade e restrição da participação social, compatível com a idade, sendo dispensável proceder à avaliação da incapacidade para o trabalho, hajavista a vedação constitucional que proíbe o trabalho aos menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Devendo ser revisto, pelo menos, a cada dois anos, para ser verificada se as condições de concessão persistem, podendo ser cassado a qualquer momento.
- Apesar de ser um benefício assistencial, é gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, por questões de conveniência administrativa, competindo à União arcar com o seu pagamento. 
- Por se tratar de um benefício assistencial, não é necessário ter contribuído ao INSS para ter direito a ele. No entanto, este benefício não paga 13º salário e não deixa pensão por morte.
- O benefício assistencial é intransferível e, portanto, não gera pensão aos dependentes, podendo ser cessado e restabelecido. Também não gera abono anual ao beneficiário.
A cessação do pagamento do benefício ocorrerá nas seguintes hipóteses: 
I - no momento em que forem superadas as condições que lhe deram origem; 
II - em caso de morte do beneficiário; 
III - em caso de morte presumida ou de ausência do beneficiário, declarada em juízo;
IV - em caso de constatação de irregularidade na sua concessão ou manutenção.
- O BPCLOAS será revisto a cada 2 anos, cessando no momento em que forem superadas as condições exigidas (como o melhoramento do padrão social), ou em caso de morte do beneficiário, sendo também cancelado se constar qualquer irregularidade na concessão ou utilização do benefício.
Comprovação da deficiência: a deficiência é analisada pelo Serviço Social e pela Perícia Médica do INSS.
Idoso em asilo: a condição de acolhimento em instituições de longa permanência, assim entendido como hospital, abrigo ou instituição congênere não prejudica o direito do idoso ao recebimento do benefício.
Adicional de 25% para beneficiário que precisa de assistência permanente de terceiros: somente o aposentado por invalidez possui este direito. 
Renda da família do idoso: o Benefício Assistencial ao Idoso já concedido a um membro da família não entrará no cálculo da renda familiar em caso de solicitação de um novo benefício de Amparo Assistencial para outro idoso da mesma família.
Concessão ao recluso: o recluso não tem direito a este tipo de benefício, uma vez que a sua manutenção já está sendo provida pelo Estado.
Requerimento por terceiros: caso não possa comparecer ao INSS, o cidadão tem a opção de nomear um procurador para fazer o requerimento em seu lugar. Consulte também informações sobre representação legal. No entanto, o requerente deve estar presente para a avaliação social e a perícia médica.
3. PREVIDÊNCIA SOCIAL (caráter contributivo + beneficiários e contribuintes)
Será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá aos seguintes riscos: 
I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário (não tem previsão de beneficio); 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:
I. Filiação Obrigatória: todo trabalhador que exerce alguma atividade remunerada abrangida pelo RGPS, será obrigatoriamente filiado a este regime previdenciário, desde que não esteja amparado por outro regime próprio. Assim, a filiação não é facultativa, o trabalhador não opta em integrar ou não o RGPS. Exceção a esse princípio é o segurado facultativo.
II. Caráter contributivo: a Previdência Social é custeada por contribuições sociais. A Lei nº 8.213/91 estabelece que a participação do indivíduo na Previdência Social se dará mediante contribuição. Todos os segurados são obrigatoriamente contribuintes do regime. Isto é, não há direito a benefício àquele que não é contribuinte do regime.
III. Do equilíbrio financeiro e atuarial: a Previdência Social deverá atentar sempre para a relação entre custeio e pagamento de benefícios, a fim de manter o sistema em condições financeiras positivas.
IV. Garantia do benefício mínimo: nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal infe​rior ao salário mínimo (R$ 788,00, a partir de 01/01/2015).
V. Preservação do valor real dos benefícios: a CF assegura o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real (poder de compra), conforme critérios definidos em lei. Os benefícios são reajustados anualmente, na mesma data de reajuste do salário mínimo.
VI. Proibição de critérios diferenciados para concessão de aposentadoria: é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.
VII. Sistema especial de inclusão previdenciária: a CF permite a criação, mediante lei, de um sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.
3. COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA: Competência legislativa sobre a matéria previdenciária é concorrente a todos os entes. Seguridade Social somente União, porem os Estados podem legislar sobre previdência dos seus servidores. A competência para criação das contribuições sociais é exclusiva da União (Congresso Nacional).
Compete aos juízes federais: as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Compete a justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários: as causas em que for parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
Súmula 689 do STF: O segurado pode ajuizar ação contra a instituição previdenciária perante o juízo federal do seu domicílio ou nas varas federais da capital do estado membro.
Quando a demanda versa sobre acidente de trabalho: 
I - na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social, segundo as regras e prazos aplicáveis às demais prestações, com prioridade para conclusão; e
II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as férias forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva notificação do evento à Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho–CAT.
4. INTERPRETAÇÃO DA LEI: em caso de lacunas ou omissão usa-se analogia, costumes e princípios gerais.
5. CONFLITO DE NORMAS: hierarquia > especialidade > cronologia.
6. FONTES FORMAIS: primaria: a Constituição Federal, as Emendas Constitucionais, as leis complementares e as leis ordinárias, as leis delegadas, as medidas provisórias, os decretos legislativos e as resoluções do Senado; secundaria: os Decretos Executivos, as Portarias, as Instruções Normativas, e demais atos administrativos normativos.
7. VIGÊNCIA: normalmente, tem vigência a partir de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU). No entanto, se a Lei nada previr ela “começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada”. Contudo,a legislação previdenciária que contenha regras relativas à criação ou aumento das contribuições sociais somente poderá ser exigida depois de decorridos 90 dias da data de sua publicação.
8. EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL:
1543 - criação da Santa Casa de Misericórdia de Santos. As primeiras manifestações no Brasil, relacionadas à Seguridade Social deram-se por meio das casas de misericórdia, as quais prestavam assistência hospitalar aos pobres e não possuíam qualquer relação com o Estado;
1835 - é criado o Montepio Geral da Economia dos Servidores do Estado, sendo a primeira entidade de previdência privada a funcionar no país. Os montepios estavam organizados em um sistema mutualista, ou seja, de pessoas que se associavam e contribuíam para um fundo comum, o qual realizava a cobertura de certos riscos sociais a partir da entrega de determinados benefícios;
1923 - é publicada a Lei Eloy Chaves (Decreto n. 4.682, de 24 de janeiro), a qual determinou a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) para os empregados das empresas ferroviárias. Esta lei marca o início da previdência social no Brasil. O regime era organizado por empresa do ramo, mediante contribuição dos trabalhadores, das empresas de estradas de ferro e do Estado.
1934 - a Constituição/34 prevê o custeio tripartite da previdência, com a participação do Governo, Empregadores e Empregados.
1960 - a formação de Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) por categoria profissional, verificada a partir de 1933, fez surgir uma infinidade de normas, haja vista que cada um desses institutos tinha a sua, o que ocasionava inúmeros problemas. Assim, houve necessidade de estabelecer normas uniformes para o amparo dos segurados dos vários institutos existentes, com a introdução de regras claras. Foi editada a Lei n. 3.807, de 26/08/60, chamada de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), a qual promoveu a unificação legislativa das contribuições e dos critérios de concessão dos benefícios por aqueles diversos IAPs.
1963 - através da Lei 4.214/63 criou-se o FUNRURAL (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural), que previa a concessão aos trabalhadores rurais dos seguintes benefícios: assistência maternidade, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou velhice, pensão por morte, assistência mé​dica e auxílio funeral.
1972 - a Lei 5859 incluiu os empregados domésticos como segurados obri​gatórios da Previdência Social.
1977 - criado o Sistema Nacional de Previdência Social e Assistência Social (SINPAS), destinava-se a integrar as atividades da Previdência Social, de Assistência Médica, da Assistência Social e de gestão admi​nistrativa, financeira e patrimonial, entre as entidades vinculadas ao Ministério da Previdência e Assistência Social. Era composto dos seguintes institutos:
DATAPREV, com a função de processar os dados da Previdência Social. Funciona ate hoje.
INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), com a função de pagar os benefícios. 
FUNABEM (Fundação Nacional de Bem-Estar do Menor), com a responsabilidade de cuidar do menor carente.
IAPAS (Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social), com a função de arrecadar, fiscalizar e normatizar contribuições previdenciárias.
CEME (Central de Medicamentos), para a produção de medicamentos para pessoas carentes.
INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), com a responsabilidade de prover a saúde.
LBA (Legião Brasileira de Assistência), para cuidar das pessoas carentes e deficientes.
1988 – a Constituição/88 criou a Seguridade Social, sistema instituído com a finalidade de dar a todos proteção em relação à Saúde, Previdência Social e Assistência Social.
1990 – a Lei n. 8.029/90, determinou a criação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a partir da fusão do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e do Instituto de Administração Financeira da Previdência Social (IAPAS). INPS + IAPAS = INSS
1998 – publicada a EC 20/98, a qual produziu grandes mudanças no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e nos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Em relação ao RGPS e dentre outras alterações:
(a) extingui a aposentadoria por tempo de serviço, criando no seu lugar a aposentadoria por tempo de contribuição;
(b) extinguiu a aposentadoria por tempo de serviço proporcional, que permaneceu apenas como regra de transição;
(c) determinou a obrigatoriedade de observância pela Previdência Social, de critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial;
(d) incluiu os aposentados na gestão administrativa da Seguridade Social que era, antes, tripartite, passando a ser quadripartite, assim, Trabalhadores + Empregadores + Governo (Estado) + Aposentados. 
Gestão administrativa = quadripartite
Custeio = tripartite
9. ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL: dentro da estrutura do Poder Executivo, os Ministérios da área social são os responsáveis pelo cumprimento das atribuições que competem à União em matéria de Seguridade Social. Há os Conselhos Setoriais – de Previdência (CNPS) dentro do CNPS há, ainda, CPS e CRPS, da Saúde (CNS) e da Assistência Social (CNAS), que atendem ao objetivo da gestão quadripar​tite da Seguridade Social.
Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS): é o órgão superior de deliberação colegiada, que tem como finalidade a deliberação sobre a política de Previdência Social e sobre a gestão do sistema previdenciário.
Presidido pelo Ministro da Previdência Social e é composto por: 
- 6 representantes do Governo Federal e
- 9 representantes da sociedade civil: a) 3 representantes dos aposentados e pensionistas, 
 b) 3 dos trabalhadores em atividade e 
 c) 3 dos empregadores.
As competências e obrigações do CNPS: a) estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à previdência social; b) participar, acompanhar e avaliar, sistematicamente, a gestão previdenciária; c) apreciar e aprovar os planos e programas da previdência social; d) apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da previdência social, antes de sua consolidação na proposta orçamentária da seguridade social; e) acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos planos, programas e orçamentos no âmbito da previdência social; f) acompanhar a aplicação da legislação pertinente à previdência social; g) apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da União, podendo, se for necessário, contratar auditoria externa; h) estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a anuência prévia do Procurador-Geral ou do Presidente do Instituto Nacional do Seguro Social para formalização de desistência ou transigência judiciais; i) elaborar e aprovar seu regimento interno; j) aprovar os critérios de arrecadação e de pagamento dos benefícios por intermédio da rede bancária ou por outras formas; k) acompanhar e avaliar os trabalhos de implantação e manutenção do Cadastro Nacional de Informações Sociais.
Obrigações dos órgãos governamentais: prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do CNPS, fornecendo até mesmo estudos técnicos; encaminhar ao CNPS, até 2 meses antes do envio ao Congresso Nacional, a proposta orçamentária da Previdência Social.
- Os membros e seus suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, tendo mandato de 2 anos, podendo ser reconduzido de imediato uma vez. 
- Os representantes da sociedade são indicados pelas centrais sindicais e pelas confederações nacionais.
- As reuniões serão mensais, não podendo ser adiadas por mais de 15 dias, se houver este requerimento por parte dos conselheiros. 
- Todas as resoluções devem ser publicadas no Diário Oficial da União (Publicidade de todos os atos).
- Os Trabalhadores que fazem parte do Conselhodeverão ter suas faltas abonadas, além de estabilidade no emprego (da nomeação até um ano após o término do mandato), exceto nos casos de falta grave mediante apuração em processo judicial.
Conselho da Previdência Social (CPS): com a finalidade de criar unidades descentralizadas do CNPS, surgiu o CPS. 
Compostos por 10 conselheiros e respectivos suplentes, designados pelo titular da Gerência Executiva na qual for instalado, assim distribuído: - 4 representantes do Governo Federal; 
 - 6 representantes da sociedade, sendo: a) 2 dos empregadores;
 b) 2 dos empregados; e
 c) 2 dos aposentados e pensionistas.
- O Presidente do Conselho é o Gerente Executivo.
- Devem compor o CPS os servidores da Divisão ou do Serviço de Benefício ou Atendimento ou ainda da Procuradoria Federal Especializada junto à Previdência Social ou ao Representante da SRFB ou da DATAPREV.
- As reuniões serão mensais ou bimensais e abertas ao público.
- As funções de conselheiros não são remuneradas, porém são consideradas serviço público relevante.
Constitui caráter consultivo e de assessoramento, competindo ao CNPS, regular seus procedimentos para funcionamento, competências, critérios de seleção dos membros, prazo dos mandatos e estipular resoluções e regimento do CPS.
Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS): é órgão de controle jurisdicional das decisões do INSS nos processos administrativos referentes a benefícios.
- O referido Conselho funciona como um tribunal administrativo e tem por função básica mediar os litígios entre segurados e a Previdência Social, no âmbito administrativo.
- Esse órgão é formado por Câmaras de Julgamento, em Brasília, Juntas de Recursos, em todos os Estados da Federação, e Conselho Pleno.
- Presidido por representante do governo que tenha notório conhecimento da legislação previdenciária, nomeado pelo Ministro da Previdência Social, cabendo a este dirigir os serviços administrativos do órgão.
- O mandato dos membros do CRPS é de 2 anos, permitida a recondução. 
Conselho Pleno: compete uniformizar a jurisprudência previdenciária. O Conselho Pleno será composto pelo Pre​sidente do CRPS, que o presidirá, e pelos Presidentes e Conselheiros Titulares das Câmaras de Julgamento.
Juntas de Recursos: possuem quatro membros: 2 representantes do Governo, 1 das empresas e 1 dos trabalhadores. Elas têm competência para julgar em primeira instância os recursos interpostos contra decisões prolatadas pelos órgãos regionais do INSS em matéria de benefício.
Câmaras de Julgamento: as Câmaras de Julgamento têm competência para recursos em segunda instância. São recursos interpostos contra as decisões proferidas pelas Juntas que infligirem a lei, regulamento ou ato normativo. As referidas Câmaras são compostas por 4 membros: 2 representantes do governo, 1 representante da empresa e 1 representante dos trabalhadores.
É vedado ao INSS escusar-se de cumprir as diligências solicitadas pelo Conselho de Recursos da Previdência Social, bem como deixar de dar cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou executá-las de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido.
RECURSO DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS
- Das decisões das autoridades administrativas do INSS em matéria de benefícios cabe, normalmente, o chamado recurso ordinário para as Juntas de Recursos.
- Já da decisão das Juntas de Recursos que infringirem a lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial cabe recurso especial para as Câmaras de Julgamento.
- Prazo será de 30 dias o prazo para interposição dos recursos e para o oferecimento de contrarrazões pelo INSS, contados da ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente. Porém, caso o segurado/beneficiário interponha ação judicial, que tem por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo, importa sua renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto.
Justificação Administrativa: uma espécie de recurso utilizada “para suprir a falta ou insu​ficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários, perante a previdência social”. A justificação administrativa é proposta dentro de um processo administrativo já em andamento perante o INSS, quando não houver outro meio capaz de comprovar o alegado pelo beneficiário. Ela tem início com requerimento do interessado, o qual deve indicar quais os pontos que pretende ver justificados, além de testemunhas, no mínimo 03 e no máximo 06.
Não podem ser testemunhas:
- Os loucos de todo o gênero;
- Os cegos e surdos, quando a ciência do fato, que se quer provar, dependa dos sentidos, que lhes faltam;
- Os menores de dezesseis anos; e
- O ascendente, descendente ou colateral, até o terceiro grau, por consanguinidade ou afinidade.
Não se admitirá a prova exclusivamente testemunhal em procedimento de justificação administrativa que vise comprovar: - Tempo de serviço/contribuição;
 - Dependência econômica;
 - Identidade;
 - Relação de parentesco.
No entanto, dispensa-se o início de prova material para a comprovação de tempo de serviço/contribuição quando da ocorrência de motivo de força maior (acontecimento natural) ou caso fortuito (ação humana), como incêndio, inundação, desmoronamento e que tenham levado à perda dos documentos que se pretendia usar na justificação administrativa, porém, deve ser comprovado que os mesmos se perderam em razão de força maior/caso fortuito.
- Da decisão da autoridade competente do INSS que considerar eficaz ou ineficaz a justificação administrativa, não caberá recurso. Ao final do processo administrativo onde a justificação foi produzida, o beneficiário poderá propor, então, recurso ordinário à Junta de Recursos, podendo discutir sobre a Justificação Administrativa.
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS): a gestão das ações na área de assistência social é organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
As instâncias deliberativas do SUAS, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil são: I – CNAS; Anotações
 II – Conselhos Estaduais de Assistência Social;
 III – o Conselho de Assistência Social do DF;
 IV – os Conselhos Municipais de Assistência Social.
Composição: 18 membros, nomeados pelo Presidente da República, para um mandato de 02 anos, permitida uma única recondução por igual período, assim distribuídos:
- 9 representantes governamentais, incluindo 1 representante dos Estados e 1 dos Municípios;
- 9 representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor.
O CNAS é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 01 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período.
Conselho Nacional de Saúde (CNS): O Conselho Nacional de Saúde, instância máxima de deliberação do SUS, tem como missão a deliberação, fiscalização, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas de saúde.
O CNS é um órgão vinculado ao Ministério da Saúde, sendo composto por 48 conselheiros titulares e suplentes, representantes de entidades e movimentos sociais de usuários do SUS, entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade científica, entidades de prestadores de serviço, entidades empresariais da área da saúde e entidades e instituições do governo.De acordo com o Regimento Interno do CNS, a composição do Conselho é definida da seguinte forma:
I - cinquenta por cento dos membros representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do SUS, escolhidos em processo eleitoral direto; e
II - cinquenta por cento dos membros representantes de entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade científica da área de saúde, entidades de prestadores de serviços de saúde, entidades empresariais com atividade na área de saúde, todas eleitas em processo eleitoral direto; os representantes do governo, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são indicados pelos seus respectivos dirigentes.
É competência do Conselho, dentre outras, aprovar o orçamento da saúde assim como, acompanhar a sua execução orçamentária. Também cabe ao pleno do CNS a responsabilidade de aprovar a cada quatro anos o Plano Nacional de Saúde.
CAPÍTULO 2 - REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Regime Geral de Previdência Social (RGPS): administrado pelo INSS. Segurados obrigatórios. Trabalhadores da iniciativa privada, empregados públicos regidos pela CLT, agentes políticos, os ocupantes de cargos efetivos, empregadores, empregados assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais, funcionários públicos da Administração Direta (Ministérios, Secretarias), das Autarquias e Fundações Públicas ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, cargo temporário e emprego público, trabalhadores das empresas públicas e sociedades de economia mista.
Regimes próprios de previdência social (RPPS): executadas pelo Ministério da Previdência Social (MPS). Servidor estatutário, que é ocupante de cargo efetivo da esfera federal, estadual, distrital ou municipal. Os ocupantes de cargo efetivo dos Estados, DF e Municípios podem ou não ser amparados por regime próprio. Isso ocorre porque referidos entes não estão obrigados a instituir regimes próprios para seus servidores. Se não houver regime próprio instituído pelo ente federativo, serão segurados obrigatórios do RGPS;
- A anotação na CTPS vale para todos os efeitos como prova de filiação à previdência social, relação de emprego, tempo de serviço e salário-de-contribuição, podendo, em caso de dúvida, ser exigida pelo INSS a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação.
- Acumulação: caso o servidor público vinculado a um Regime Próprio de Previdência Social exerça atividade concomitante que o enquadre como segurado obrigatório, surge a filiação com o RGPS. Ex.: Auditor Federal que leciona à noite numa faculdade particular. Observe que, com relação a esta última atividade, ele é vinculado ao RGPS e deverá contribuir obrigatoriamente para a Previdência Social fazendo jus por consequência aos benefícios, mesmo já contribuindo para um regime próprio.
Pode um servidor, participante de regime próprio contribuir facultativamente para o RGPS? Não. O servidor que possui regime próprio só contribuirá para o RGPS como segurado obrigatório no caso de exercer uma atividade paralela, entretanto existe apenas uma exceção que é o caso deste servidor se afastar do trabalho através de licença sem vencimento. Nessa situação, ele poderá contribuir facultativamente para o RGPS, desde que não seja permitida a sua contribuição para o regime próprio ao qual é filiado.
Quem exerce atividades concomitantes sujeitas ao RGPS pode escolher para a qual vai contribuir? Não. Se a pessoa exerce, por exemplo, a atividade de engenheiro civil em uma construtora e exerce atividade de ensino numa escola particular, vai ter contribuir em relação às duas atividades, sendo que vai ser respeitado o valor do teto máximo do RGPS que atualmente é de R$ 2.894,28. Não importa, por exemplo, se o segurado é empregado em uma empresa e presta serviços em outra na condição de contribuinte individual, vai contribuir com relação a ambas as atividades com observância do limite máximo para contribuição. Assim, exercício concomitante de mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas. Ex.: uma pessoa exerce a atividade de estivador e, também, a de segurança de estacionamento, em horários compatíveis. Todavia, o contribuinte individual terá um único NIT, mesmo que exerça mais de uma atividade remunerada, devendo informar ao INSS todas as suas atividades.
O aposentado pelo RGPS que permanece ou retorna à atividade deve contribuir? Sim. Uma pessoa aposentada pelo RGPS, se permanecer no trabalho ao voltar a exercer atividade abrangida por este regime, torna-se, novamente, segurado obrigatório da Previdência Social. Somente tem direito ao salário-família, salário-maternidade e ao serviço social e de reabilitação profissional.
CAPÍTULO 3 - REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS)
1. INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS: ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, mediante com​provação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua ca​racterização. Só admitida para maiores de 16 anos de idade, exceto a do aprendiz, que é permitida a partir dos 14 anos.
Empregado e trabalhador avulso: pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho, no caso do empregado e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, no caso do trabalhador avulso. Será efetuada diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra;
Empregado doméstico: pela apresentação de documento que comprove a existência de contrato de trabalho. É realizada no INSS.
Contribuinte individual: pela apresentação de documento que caracterize a sua condição ou o exercício de atividade profissional, liberal ou não. É realizada no INSS.
Segurado especial: pela apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural. É realizada no INSS.
Facultativo: pela apresentação de documento de identidade e declaração expressa de que não exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório.
- Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição “post mortem” do segurado especial. Para os demais segurados é vedada a inscrição post mortem.
2. INSCRIÇÃO DOS DEPENDENTES:
Cônjuge e filhos: certidões de casamento e de nascimento;
Companheira ou companheiro: documento de identidade e certidão de casamento com averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso;
Equiparado a filho: certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casamento do segurado e de nascimento do dependente;
Pais: certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos;
Irmão: certidão de nascimento.
3. BENEFICIÁRIOS: os beneficiários poderão ser os próprios segurados, que são aqueles que contribuem para o sistema, ou os dependentes destes, que mesmo não contribuindo para manter essa qualidade, estão protegidos nos casos de prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
 
 Beneficiários = segurados + dependentes
4. DEPENDENTES: são beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do segurado:
Classe 1: o cônjuge ou companheiro, o filho não emancipado menor de 21 anos ou inválido, assim declarado judicialmente;
Classe 2: os pais; 
Classe 3: o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
Equiparados a filhos: equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor sob tu​tela, desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação.
- Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdadede condições, ou seja, o benefício (pensão por morte ou auxílio-reclusão) será dividido em cotas iguais. Quando o direito de um dependente cessar, a sua cota reverterá em favor daquele que permanecer com o direito (direito de acrescer).
- A dependência econômica pode ser parcial ou total, devendo, no entanto, ser permanente.
- O cônjuge divor​ciado ou separado judicialmente ou de fato que recebe pensão de alimentos con​correrá em igualdade de condições com os dependentes da classe I.
- A invalidez tem que ser anterior ou concomitante ao óbito e o filho não tenha se emancipado até a data da invalidez.
- Para o direito previdenciário o filho de até 21 anos, desde que não seja eman​cipado, mantém sua condição de dependente e, portanto, faz jus aos benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão.
- Os menores sob guarda judicial foram excluídos do rol de dependentes equiparados a filho.
A emancipação ocorrerá na forma do parágrafo único do art. 5º do Código Civil:
- pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independente de homologação judicial ou por sentença de juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
- pelo casamento;
- pelo exercício de emprego público efetivo;
- pela colação de grau em ensino de curso superior; e
- pelo estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Cessação da qualidade de dependente:
I - Para o cônjuge, a) pela separação; b) pela anulação do casamento; c) pelo óbito; ou d) por sentença judicial transitada em julgado;
II - Para o filho e o irmão, ao completarem 21 anos de idade.
III - Para os dependentes em geral, cessará a qualidade de dependente pela cessação da invalidez ou pelo falecimento.
- O filho ou o irmão não inválido que perdeu a qualidade de dependente em ra​zão de ter completado 21 anos de idade ou da emancipação, se ficar inválido após tal evento, não recuperará a qualidade de dependente perdida. 
- A colação de grau em ensino de curso superior não está relacionada nas hipó​teses de perda da qualidade de dependente. Assim, se o filho colar grau em curso superior aos 19 anos e ficar inválido aos 20 anos, manterá a qualidade de depen​dente mesmo após completar 21.
O dependente também pode ser segurado? Sim. Ex.: a viúva de um segurado, que é aposentada pelo RGPS, recebe também a pensão deixada pelo marido, na condição de dependente, e o benefício da aposentadoria, na condição de segurada.
Os dependentes da primeira classe têm que comprovar dependência econômica? Não. A 1ª classe é preferencial e não necessita provar dependência econômica. Já a 2ª e 3ª, para terem direito, deverão provar a dependência econômica e a inexistência de dependentes da 1ª classe. O companheiro(a) deve comprovar a situação de união estável. 
5. EXCLUÍDOS DO RGPS
- vinculação a um RPPS, seja ele brasileiro ou estrangeiro;
- condição de estrangeiro sem residência permanente no Brasil;
- militar e o servidor civil ocupante de cargo de provimento efetivo, da Administração direta ou indireta (ex. magistrados, ministério publico, etc), de todos os entes federados, desde que estejam vinculados a um RPPS;
- brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, e que está amparado por regime próprio de previdência daquele organismo internacional. Não havendo regime próprio o trabalhador se vincula ao RGPS como segurado Contribuinte Individual;
- o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo (ONU, OMS), ainda que lá domiciliado e contratado, amparado por RPPS do organismo internacional. Não havendo regime próprio, o trabalhador se vincula ao RGPS como segurado empregado;
- o brasileiro que presta serviço no Brasil à missão diplomática ou à repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, desde que amparado por regime de previdência do país de origem da respectiva missão diplomática ou repartição consular. Não havendo regime próprio, o trabalhador se vincula ao RGPS como segurado Empregado;
- o estrangeiro sem residência permanente no Brasil, que aqui presta serviço à missão diplomática ou à repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições;
- os auxiliares locais de nacionalidade brasileira que prestam serviços à União no exterior, em repartições governamentais nacionais, lá domiciliados e contratados, que possam filiar-se ao sistema previdenciário local. Não podendo se filiar ao regime local, vinculam-se ao RGPS como segurados Empregados;
- servidor publico em comissão com vinculo com a União, Estados, Municípios estão excluídos.
6. SEGURADO FACULTATIVO: é aquele que, por não exercer atividade remune​rada, se filia facultativa e espontaneamente à Previdência Social, contribuindo para o custeio das prestações sem estar vinculado obrigatoriamente ao RGPS ou a outro regime previdenciário qualquer. 
- os desempregados;
- as donas-de-casa;
- o estudante maior de 16 anos;
- síndico de condomínio que não é remunerado;
- presidiário que não exerce atividade remunerada;
- o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
- o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
- o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade prisional, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária, o que exerce atividade artesanal por conta própria;
- o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
- o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa;
- o membro do conselho tutelar, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
- o beneficiário de auxílio-acidente ou de auxílio suplementar, desde que simultaneamente não esteja exercendo atividade que o filie obrigatoriamente ao RGPS.
São vedadas a filiação e a inscrição de integrante de RPPS no RGPS como segurado facultativo.
7. SEGURADO OBRIGATÓRIO: são segurados obrigatórios todos aqueles que exercem atividade remunerada.
- empregado
- empregado doméstico
- contribuinte individual
- trabalhador avulso 
- segurado especial
- O segurado do RGPS que se aposentar, porém voltar a exercer atividade abrangida por esse regime é segurado obrigatório em relação a essa nova atividade, ficando sujeito a contribuições (no entanto, em relação à nova atividade não fará jus a prestação alguma da Previdência Social, exceto salário-família e reabilitação profissional). 
- O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar são excluídos do RGPS, salvo se não amparados por regimes próprios de previdência social. (Ex.: fiscal da prefeitura concursado para ocupação de cargo efetivo, sendo que a prefeitura não tem regime próprio de previdência para os seus funcionários).
- Se o servidor ou o militar vierem a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades pelo RGPS, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades. (Ex.: Juiz de Direito que trabalhe como professor em faculdade privada. Será considerado segurado obrigatório do RGPS em relação ao exercício da atividade de professor). 
SEGURADO EMPREGADO: São aqueles que devem contribuir compulso​riamente para a Seguridade Social, com direito aos benefícios previdenciários e aos serviços (reabilitação profissional e serviço social) a encargo daPrevidência Social. 
Em regra, são suas características (conceito da CLT):
- Pessoalidade;
- Serviço de natureza urbana ou rural prestada à empresa ou equiparada a esta;
- Subordinação;
- Remuneração;
- Não eventualidade.
- trabalhador urbano ou rural, em caráter não eventual, subordinado e mediante remuneração, in​clusive como diretor empregado (não participa dos lucros da empresa, é apenas empregado); 
- trabalhador contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a 3 meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas;
- o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para tra​balhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior, constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País;
- aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a mem​bros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; 
- o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos ofi​ciais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo (ONU, OMT, etc.), ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legis​lação vigente do país do domicílio; 
- o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do cap​ital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; 
- o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. 
- o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcio​namento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; 
- o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social. Com a extinção do Instituto de Previdência dos Congressistas, os deputados federais e estad​uais, senadores e vereadores passaram a integrar o RGPS. Além desses, o Presidente da República, os Governadores e Prefeitos, passaram, a integrar o RGPS. Isso se não estiverem vinculados a regime próprio.
- bolsista e estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei 11.788 (hipótese de ficar comprovada a qualidade de empregado, com desvirtuamento da atividade de estagiário);
- servidor público efetivo não estiver amparado por regime próprio de previdência, é considerado segurado obrigatório do RGPS (caso de prefeitura em cidade pequena que não convém RPPS, então aplica o RGPS);
- aprendiz, maior de 14 anos e menor de 24 anos, é segurado obrigatório, na qualidade de empregado. O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. 
- escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21/11/1994, bem como aquele que optou pelo RGPS, são segurados obrigatórios na condição de empregados;
Ao segurado empregado rural, vale o tempo de serviço rural anterior à compe​tência julho de 1991, desde que amparado por início de prova material, indepen​dentemente de pagamento de qualquer contribuição.
Para comprovação do trabalho rural, segundo a Súmula 149 do STJ, não basta a prova exclusivamente testemunhal, para efeito de obtenção de benefício previden​ciário. Imprescindível a apresentação de início de prova material. Para esse fim traz o art. 106 da LB um rol exemplificativo. 
O INSS considera válido, como meio de prova, a utilização de certidões de re​gistro civil, eleitoral ou militar e de escrituras de propriedade rural como início ra​zoável de prova material. Não são admitidas as declarações de ex-empregador, como prova única, nem no âmbito rural e nem no urbano.
SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO: Aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal em atividade sem fins lucrativos à pes​soa ou à família, no âmbito residencial desta, por mais de 2 dias por semana. Ex.: governanta, jardineiro, motorista, piloto particular, caseiro (se o sitio for para lazer), doméstica, etc.
- É vedada a contratação de menor de 18 anos para desempenho de trabalho doméstico.
- Se determinada pessoa, mesmo no âmbito residencial, mantém atividade lucra​tiva, o empregado que ali trabalha não pode ser considerado empregado doméstico. Assim, a cozinheira que trabalha para uma família, na residência desta, é empregada doméstica. Contudo, se essa família comercializa produtos (congelados, salgados, do​ces) decorrentes do trabalho dessa cozinheira, será considerada empregada.
A diarista é considerada empregada doméstica? Não. A diarista presta serviço de natureza descontínua enquanto o empregado doméstico de natureza contínua. É considerado trabalhador autônomo (contribuinte individual).
SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: É considerado Contribuinte Individual aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego. Exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não, sendo responsável pela sua contribuição.
- a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a 4 módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos;
- garimpeiro (em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não-contínua);
- o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;
- o síndico (ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração); 
- os motoristas autônomo;
- caminhoneiro, médico, advogado (porem quando trabalhar para empresa a empresa que recolhe), ambulante, diarista, titulares de cartório, pedreiro, feirante, médico-residente;
- as diaristas, os pintores, os eletricistas; 
- os associados de cooperativas de trabalho;
- empresários;
- trabalhador autônomo (presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego), 
- brasileiro que trabalha para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado (salvo quando coberto por regime próprio);
- o titular de firma individual urbana ou rural (é o empresário individual, aquele que abre uma firma sozinho), 
- o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de S/A,  o sócio solidário (em que todos os sócios respondem pelas obrigações sociais, de forma solidária e ilimitada), o sócio de indústria (é o sócio que entra com o trabalho na sociedade de capital e indústria), o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade;
- o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, admitidos a partir de 21/11/1994;
- a pessoa física que edifica obra de construção civil;
- pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação de médio ou grande porte, ou seja, em embarcação que possui arqueação bruta maior que 20;
- membro de conselho tutelar;
- arbitro de competições desportivase seus auxiliares;
- Microempreendedor Individual – MEI;
- interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira.
- médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil.
SEGURADO TRABALHADOR AVULSO: É aquele, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo em​pregatício com qualquer delas, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra ou do sindicato da categoria. A principal característica do trabalhador avulso é a realização de trabalhos de curta duração a um tomador destes serviços.
Ex.: trabalhadores de portos: estivador, carregador, amarrador de embarcações, quem faz limpeza e conservação de embarcações, vigia, o ensacador de café e cacau, trabalhador na indústria de extração de sal.
SEGURADO ESPECIAL: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, 
É a pessoa física que reside em imóvel rural, ou em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel rural que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros (o grupo familiar pode se utilizar de empregados temporários ou de trabalhadores eventuais, em épocas de safra), na condição de: 
Ex.: atividade agropecuária (em área de até 4 módulos fiscais), pescador artesanal (desde que não utilize embarcação, ou utilize embarcação de pequeno porte), extrativista vegetal (seringueiro, fazendo dessas atividades o principal meio de vida), cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade ou a este equiparado, do segurado produtor e pescador artesanal que, comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
Com uma única contribuição, todos os membros da família serão segurados e farão jus aos benefícios. Não importa quantos membros da família exercem a atividade, a contribuição será uma só para todos.
Não descaracteriza a condição de segurado especial o fato de qualquer dos integrantes do grupo familiar:
- a outorga do imóvel rural, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% do imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar;
- turismo, podendo inclusive ser de hospedagem, na propriedade rural por um período não superior a 120 dias ao ano;
- a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar;
- exercer atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não superior a 120 dias, corrido ou intercalado, no ano, ficando obrigado a contribuir em razão dessa atividade;
- exercer mandato eletivo de dirigente sindical de trabalhadores rurais;
- exercer atividade artesanal desenvolvida com matéria prima produzida pelo respectivo grupo familiar;
- participação em programa assistencial oficial de governo como beneficiário ou fazer parte de grupo familiar em que algum membro seja beneficiário;
Não descaracteriza a condição de segurado especial outras fontes de renda:
- Benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, não superior a um salário mínimo;
- Benefício advindo de previdência complementar (concedido nos termos anteriores);
- Dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente de segurados especiais e recolhimento da contribuição devida;
- Exercício de mandato de vereador no município que exerça sua atividade rural;
- Parceria ou meação outorgada (nos termos anteriores);
- Atividade artesanal desenvolvida com matéria prima produzida pelo grupo familiar, podendo ser utilizada de outra origem desde que a renda obtida não exceda o valor de um salário mínimo;
- Atividade artística que não supere o valor de um salário mínimo.
Disposições gerais: 
- Fica fora da categoria de segurado especial o trabalhador ou o membro do grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento;
- O aposentado pelo RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer ati​vidade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa ati​vidade, ficando sujeito ao recolhimento das contribuições para fins de custeio da Seguridade Social; 
- Servidores civis/militares vinculados ao RPPS: caso venham a exercer, conco​mitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo RGPS, tornar-se-ão segura​dos obrigatórios em relação a essas atividades (desde que o cargo público autorize o exercício dessa outra atividade); 
- O Dirigente Sindical mantém, durante o exercício do mandato, o mesmo enquadramento no RGPS de antes da investidura no cargo.
Possibilita-se apenas a concessão de aposentadoria por invali​dez ou por idade, auxílio-doença, auxílio-reclusão e pensão, todos no valor de um salário mínimo para segurado especial. Assim, não faz jus o segurado especial a aposentadoria por tempo de serviço/ contribuição, salvo se contribuir como segurado facultativo (20% do salário-de-con​tribuição).
CAPÍTULO 4 – BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
4 Aposentadorias: Idade, Tempo de Contribuição, Invalidez e Especial.
3 Auxílios: Doença, Acidente e Reclusão.
2 Salários: Maternidade e Família.
1 Pensão: por Morte.
Perícia Médica: é através da perícia médica, realizada por médicos peritos da Previdência Social, em que é verificada a incapacidade laborativa do segurado ou dependente, bem como sua recuperação para o trabalho.
Reabilitação Profissional: serviço oferecido aos incapacitados para o trabalho (por doença ou acidente) para que volte ao mercado de trabalho, por meios de reeducação ou readaptação profissional.
Serviço Social: é um serviço prestado a todos os segurados ou dependentes, com a finalidade de esclarecer seus direitos sociais bem como exercê-los, além de solucionar problemas sociais que se relacionem com a Previdência Social.
INACUMULABILIDADE:
- Qualquer aposentadoria com auxílio-doença;
- Mais de uma aposentadoria;
- Salário maternidade e auxílio-doença;
- Mais de um auxílio-acidente;
- Mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro (filho pode), ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa;
- Qualquer aposentadoria com auxílio-acidente;
- Qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social (exceto pensão por morte e auxílio-acidente e auxílio-reclusão) com o seguro-desemprego.
APOSENTADORIA ESPECIAL
Empregado;
Trabalhador Avulso; 
Contribuinte Individual (quando filiado à cooperativa de trabalho ou de produção). 
- trabalhado em serviço determinado por lei como in​salubre permanentemente, durante pelo menos 15, 20 ou 25 anos.
São excluídos da aposentadoria especial: 
Contribuintes in​dividuais, Empregados domésticos e Segurados especiais.
CARÊNCIA: 180 contribuições mensais
RENDA MENSAL: 100% x SB
Requisitos:
- exercer atividade laboral em condições que afetam sua saúde ou a integri​dade física; 
- 15, 20 ou 25 anos de contribuição, consoante previsto na lei. O tempo de con​tribuição será aquele previsto para determinada atividade. 
* Não precisa ser segurado para receber a aposentadoria, apenas ter os requisitos.
A concessão da aposentadoria especial dependerá da comprovação:
- durante o período mínimo do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, e 
- da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.
- O fato de o segurado receber os adicionais de insalubridade que são direitos trabalhistas, não é causa, automaticamente, de aposentadoria especial.
- O segurado que receber este benefício, mas que retornar ou continuar no exercício de atividades especiais, apenas terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
- Se a empresa fornecer materiaisde proteção, não será devida a aposentadoria.
Data de Início do Benefício (DIB) 
Empregado: a) quando requerida até 90 dias após o desligamento, a partir da data do desli​gamento do emprego; b) quando requerida após 90 dias do desligamento do emprego ou quando não houver desligamento do emprego, a partir da data de entrada do requerimen​to administrativo. 
Trabalhador avulso e o cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção: a partir da data de entrada do requerimento.
APOSENTADORIA POR IDADE
Quatro espécies: aposentadoria por idade urbana, aposen​tadoria por idade rural, aposentadoria por idade compulsória e aposentadoria por idade da pessoa com deficiência.
RENDA MENSAL: 70% do salário de benefício + 1% deste para cada grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 100% do salário-de-benefício.
Para a aposentadoria por idade, o salário-de-benefício consis​tirá na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspon​dentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. 
Para o cálculo do salário-de-benefício da aposentadoria por idade, a multipli​cação pelo fator previdenciário, no entanto, é opção ofertada ao segurado. Dessa forma, o INSS procederá ao cálculo da aposentadoria por idade com e sem a aplicação do fator previdenciário, concedendo o benefício de maior valor ao segurado.
- O benefício é irreversível e irrenunciável, depois do primeiro pagamento, o segurado não poderá mais desistir do benefício;
- Caso o aposentado queira voltar a exercer nova atividade profissional, deverá contribuir novamente para a Previdência Social.
Data de Início do Benefício (DIB):
Para o segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir da data: a) do desligamento do emprego: quando requerida até 90 dias após o desligamento; b) da entrada do requerimento: quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após 90 dias do desligamento.
Para os demais segurados: a partir da data da entrada do requerimento.
Não é exigido o desligamento da empresa para requerer a aposentadoria por idade. O STF já decidiu que a aposentadoria voluntária não extingue o vínculo de emprego.
APOSENTADORIA POR IDADE URBANA
Idade: homem (65 anos) e mulher (60 anos);
CARÊNCIA: 180 contribuições mensais. 
APOSENTADORIA POR IDADE RURAL
Idade: homem (60 anos) e mulher (55 anos); 
Para todos os trabalhadores rurais, sejam eles empregados rurais, contribuin​tes individuais, trabalhadores avulsos ou segurados especiais o limite para a apo​sentadoria por idade é de 60 anos para o homem e 55 anos para a mulher.
CARÊNCIA: 180 contribuições mensais.
Atividades urbanas que po​derão ser computadas como carência para concessão da aposentadoria por idade ao trabalhador rural:
- exercício de atividade remunerada não superior a 120 dias, corridos ou intercalados, no ano civil;
- exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;
- exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais;
- parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8º do art. 11;
- atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao salário mínimo; 
- atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao salário mínimo.
Requisitos:
- Segurado trabalhador rural enquadrado em uma das seguintes categorias: empregado rural; contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. O pescador artesanal também tem direito a aposentadoria por idade, independentemente de ter recolhido contribuição previdenciária, uma vez que está equiparado ao trabalhador rural, na qualidade de segurado especial.
- Comprovação do exercício da atividade rural, ainda que descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, em número de meses idêntico à carência da aposentadoria por idade;
- Idade mínima de 60 anos o homem e 55 anos a mulher.
O trabalhador rural enquadrado como empregado, para ter direito ao recebimento de aposentadoria por idade rural no valor de um salário mínimo, deverá comprovar a carência, ou seja, a cada mês comprovado de em​prego, multiplicado por 3, no período de 01/2011 a 12/2015, e a cada mês compro​vado de emprego, multiplicado por 2, no período de 01/2016 a 12/2020, limitado, em ambos os casos, a 12 meses no ano (lembre-se que a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias do empregado é do empregador, não podendo aquele ser prejudicado pelo não pagamento das contribuições previ​denciárias.
Já no tocante aos trabalhadores rurais enquadrados na categoria de contribuinte individual (boia-fria, volantes), para terem direito ao percebimento de aposentadoria por idade rural, no valor de 1 (um) salário mínimo, poderão computar como carência:
a) o exercício da atividade rural, ainda que descontínua, devidamente comprovada, até 31 de dezembro de 2010;
b) as contribuições efetivamente recolhidas a partir de janeiro de 2011, (não será considerado como carência o mero exercício de atividade rural).
O segurado especial tem garantido o direito à apo​sentadoria por idade, no valor de 1 salário mínimo, a qualquer tempo, bastando para o deferimento do benefício a comprovação do exercício de atividade rural pelo período de meses equivalentes à carência.
APOSENTADORIA POR IDADE COMPULSORIA 
A aposentadoria por idade prevista no RGPS apenas adquire o caráter compul​sório quando requerida pela empresa em favor de seu empregado.
Idade: 70 anos (homem) e 65 anos (mulher); 
A aposentadoria por idade compulsória gera em prol do segurado o direito à indenização prevista na legislação trabalhista. Considera-se como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria. É opção da empresa requerer ou não a aposentadoria compulsória.
APOSENTADORIA POR IDADE DA PESSOA COM DEFICIENCIA 
Aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, impossibilitem sua participação de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.
RENDA MENSAL: - por tempo de contribuição: 100% do valor do salario de beneficio.
 - por idade: 70% do salário de benefício + 1% de 12 contribuições mensais, até o máximo de 100% do salário-de-benefício.
1 OPCAO: - 25 anos de tempo de contribuição (homem), e 20 anos (mulher) - deficiência grave;
- 29 anos de tempo de contribuição (homem), e 24 anos (mulher) - deficiência moderada;
- 33 anos de tempo de contribuição (homem), e 28 anos ( mulher) - deficiência leve.
2 OPCAO: Idade: homem (60 anos) e mulher (55 anos), independente do grau de deficiência e mínimo de 15 anos de contribuição; 
- O segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso, o contri​buinte individual e o segurado facultativo fazem jus à aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, desde que comprovem os requisitos.
- Ser pessoa com deficiência no momento do pedido do benefício, comprovando esta condição mediante perícia médica do INSS.
- Trabalho do aposentado com deficiência: o cidadão que se aposentar como deficiente pode continuar trabalhando;
- Conversão de benefício: O cidadão que se aposentou por Invalidez pode requerer a Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência, desde que sua aposentadoria por invalidez seja cessada por alta médica ou por volta ao trabalho, após perícia realizada pelo INSS;
- Requerimento por terceiros: caso não possa comparecer pessoalmente ao INSS, você tem a opção de nomear um procurador para fazer o requerimento em seu lugar. Consultetambém informações sobre representação legal.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
A aposentadoria por invalidez será devida a todos os segurados incapazes total e permanentemente para o trabalho. Todavia, concluindo a perícia médica do INSS que há possibilidade de recuperação para a atividade anterior ou outra, o benefício a ser concedido deve ser o auxílio-doença.
CARÊNCIA: 12 contribuições, na data de início da incapaci​dade. Segurado especial, basta a comprovação do exercício de atividade dos 12 meses.
RENDA MENSAL: 100% x SB
Independe de carência quando:
a) a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa;
b) a incapacidade for decorrente de doença profissional ou do trabalho; 
c) o segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, a cada 3 anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado.
Moléstias que dispensam a carência: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave; doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. 
Se a doença for isenta de carência, a DID (data de início da doença) e a DII (data de início da incapacidade) devem recair a partir do segundo dia da data da filiação para que o requerente tenha direito ao benefício. Quando se tratar de acidente de trabalho típico ou de trajeto, haverá direito ao benefício, ainda que a DII venha a recair no primeiro dia do primeiro mês da filiação.
- A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em certos casos, recuperar-se. Por isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o ci​rúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
- O aposentado por invalidez estará isento do exame médico a cargo da Previ​dência após completar 60 anos de idade. Referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades: I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício; II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado que se julgar apto; III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela. 
Data de Início do Benefício (DIB):
- quando precedida de auxílio-doença: dia imediato ao da cessação do auxílio-doença;
- quando não for precedida de auxílio-doença:
Empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrer mais de 30 dias; Durante os primeiros 15 dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
Demais Segurados: a contar do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Cessação do benefício:
I – automaticamente, na eventualidade de o segurado retornar de forma voluntária à atividade laborativa, a partir da data do retorno;
II – de imediato para o segurado empregado, após ser verificada a recuperação total de sua capacidade laborativa, desde que atendidos, cumulativamente, aos seguintes requisitos: a) a recuperação total tenha ocorrido dentro de 5 anos, contados da data de início da aposentadoria por invalidez, ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção; b) tenha direito o segurado a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social. (Caso não possua o segurado empregado o direito de retornar à função que antes desempenhava, estará incluso no item subsequente).
III – após tantos meses quantos forem os anos de duração da aposentadoria por invalidez, à exceção do segurado empregado acobertado pela regra anterior, após ser verificada a recuperação total da capacidade laborativa, e desde que ocorrida dentro de cinco anos, contados da data do início da aposentadoria por invalidez, ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção.
IV – progressivamente nos casos de: a) recuperação parcial; b) recuperação total constatada após o prazo de 05 anos; c) o segurado ser declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia.
Súmula 217 do STF: “Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado que recuperar a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva após esse prazo”.
Nas hipóteses do item IV, perceberá o segurado “mensalidade de recuperação”: a) no valor integral da aposentadoria por invalidez, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; c) com redução de 75%, também por 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente a mensalidade de recuperação.
Recuperada a capacidade laborativa, o segurado já pode retornar ao trabalho, mesmo nos casos em que ainda fique por certo período recebendo a aposentadoria por invalidez.
- Tratando-se de recuperação parcial, que resulte sequela que implique na re​dução da capacidade laborativa, e que seja decorrente de acidente de qualquer natureza, passará o segurado empregado, avulso e especial, a perceber auxílio-a​cidentário.
Doença preexistente: não será devida aposentadoria por invalidez ao segurado que se filia ao RGPS já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Adicional de 25% para acompanhante: o aposentado por invalidez que necessitar de assistência permanente de outra pessoa, poderá ter direito a um acréscimo de 25% no valor de seu benefício, inclusive sobre o 13º salário. O segurado passará por uma nova avaliação médico-pericial do INSS. Caso o benefício seja cessado por óbito, o valor não será incorporado à pensão deixada aos dependentes. Essa aposentadoria com acréscimo de 25% poderá ultrapassar o limite máximo de valor do benefício (teto do RGPS).
Revisão periódica do benefício: quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia médica de 2 em 2 anos, senão, o benefício é suspenso, com exceção dos maiores de 60 anos. Concluída a perícia médica do INSS pela recuperação da capacidade laborativa, a aposentadoria será cancelada.
Cumulação de benefícios: não é admitida a percepção con​junta de aposentadoria por invalidez e qualquer outra aposentadoria. Também não é possível cumular o recebimento de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença. É possível a cumulação de pensão por morte e aposentadoria. É vedado o recebimento conjunto com o seguro-desemprego e o abono de permanência em serviço.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
É um benefício devido ao segurado Empregado, Empregado domestico, Trabalhador avulso, Contribuinte individual e facultativo, exceto ao segurado Especial.
CARÊNCIA: 180 contribuições mensais
RENDA MENSAL: 100% x SB, multiplicado obrigatoriamente pelo fator previdenciário
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher)
1. TEMPO DE CONTRIBUICAO X CARENCIA
Carência: o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis

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