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RESUMO ADMINISTRATIVO

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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO
1. RAMOS DO DIREITO
Direito Privado: ​ prevalece a autonomia de vontade das partes envolvidas, sem a existência de superioridade de uma sobre a outra, isto é, elas estão em uma relação de igualdade (horizontal).
Direito Público: ​ nas relações regidas pelo direito público, as partes envolvidas encontram-se em uma relação desigual (vertical), em que uma parte exerce determinada superioridade sobre a outra. As relações em que o Estado está presente são regidas, predominantemente, pelo direito público, em face da supremacia do interesse público sobre o privado.
2. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Fonte primária: lei e súmulas vinculantes.
Fontes secundárias: doutrina e jurisprudência.
Fontes indiretas: costumes.
3. NOÇÕES DE ESTADO E GOVERNO
Forma de Estado: Federativa - Caracteriza-se pela descentralização política, na qual existem diversas entidades políticas autônomas, de modo que o poder não está centralizado em um único ente.
Forma de Governo: República - É marcada pela eletividade do governante e também pelo caráter temporário dessa representação.
Sistema de Governo: Presidencialismo - No presidencialismo existe uma separação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo, predominando a separação dos Poderes. O Presidente da República cumula as funções de chefe de Estado (relações internacionais) e chefe de Governo (relações internas, ele é o chefe da Administração Pública).
Regime de Governo: Democracia - No Brasil, temos uma democracia semidireta ou participativa.
4. PODERES ESTATAIS
Poder executivo: funções típicas: função administrativa; funções atípicas: legislar, julgar seus servidores.
Poder legislativo: funções típicas: legislar, fiscalizar; funções atípicas: função administrativa, julgar o Presidente da Rep. em crime de reponsabilidade.
Poder judiciário: funções típicas: julgar; funções atípicas: legislar, função administrativa.
5. PRINCÍPIOS 
Expressos da Administração Pública: 
Legalidade: a administração pública somente pode fazer o que a lei lhe permite. Restrições à legalidade: estado de defesa, estado de sítio e medidas provisórias.
Impessoalidade: Atos devem ser praticados tendo em vista o interesse público, e não os interesses pessoais do agente ou de terceiros. Ex: concurso público e licitação.
Moralidade: Boa-fé, lealdade, moral, ética; Além de ser legal, tem que ser moral.
Publicidade: Restrições à publicidade: segurança da sociedade e do Estado; proteção à intimidade ou ao interesse social. Requisito de eficácia dos atos administrativos. em alguns casos pode ser sigiloso o ato administrativo desde que devidamente justificado (interesse público, relevante, segurança nacional e etc). Publicidade não é considerada elemento de formação do ato administrativo, e sim requisito de eficácia. O ato não publicado permanece válido, mas sem produzir efeitos perante terceiros. STF permite a divulgação do nome, do cargo e da remuneração dos servidores públicos, mas não do CPF, da identidade e do endereço, como medida de segurança.
Eficiência: Produtividade, busca por resultados, alcançar resultados positivos com o mínimo de gastos. Ex: avaliação de desempenho; contratos de gestão com fixação de metas; celeridade na tramitação dos processos administrativos e judiciais.
Implícitos da Administração Pública:
Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado: superioridade do interesse público sobre o interesse privado; prerrogativas e privilégios do Estado para alcançar o interesse público em um patamar de superioridade sobre o particular. Apesar de não estar expresso na constituição é um pressuposto lógico do convívio social e fundamenta quase todos os institutos do Direito Administrativo, principio próprio de todo e qualquer Estado de Direito. (Ex. desapropriação, autoexcutoriedade dos atos administrativos, cláusulas exorbitantes, etc). 
Principio da Indisponibilidade do Interesse Público: administrador público não pode dispor do interesse público, ou seja, os bens direitos e interesses públicos são confiados ao administrador para gestão, nunca para sua livre disposição, o administrador não pode dispor do que não lhe pertence, o ordenamento impõe os limites e deveres na sua atuação. Limitações do Estado (Ex: licitação, concurso público, etc). 
Princípio da Autotutela: permite a administração rever seus próprios atos. Anular atos ilegais e revogar ato valido por conveniência. 
Princípio da Motivação: dever de fundamentar os atos da Administração Pública, todo ato administrativo deve ser justificado e motivado, apontando- lhes os fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e situações existentes que deram por existentes a providência tomada, há certas exceções (Ex: exoneração de servidor em cargo de comissão).
Princípio da Razoabilidade/Proporcionalidade: atuação conforme o padrão do homem médio (necessidade, adequação, proporcionalidade stricto sensu), a lei deve ser interpretada de forma razoável, está na interpretação do texto legal, proporcional entre o ato e o motivo que deu ensejo ao ato. Proibição de excesso por parte da adm.
Princípio da Continuidade do serviço: a Administração presta um serviço ininterrupto, não pode interromper a prestação da atividade administrativa, do serviço público. Salvo em caso de: a) emergência e b) aviso prévio.
Também é possível interromper a prestação do serviço público por inadimplemento contratual ou por motivo de ordem técnica desde que, nos dois casos, seja uma situação de emergência ou haja um prévio aviso. No entanto, por motivo de inadimplemento, não se pode paralisar um serviço essencial à coletividade, mesmo com o prévio aviso (Ex: energia em hospital público). Quanto à exceptio non adimpleti contractus, é permitida a interrupção do serviço desde que o inadimplemento da administração ultrapasse os 90 dias. Os primeiros 90 dias o particular tem que suportar em face ao Princípio da Continuidade.
CAPÍTULO 2 – ORGANIZACAO DA ADMINISTRACAO PUBLICA
Administração Direta: (U, E, DF, M) aos quais foi atribuída a competência para o exercício de atividades administrativas, de forma centralizada. São pessoas jurídicas de direito público e podem também receber a denominação de entes federados ou pessoas políticas (possuem capacidade de legislar). 
- Entre esses entes não existe hierarquia nem subordinação. 
- Possuem autonomia política, administrativa e financeira, sendo que suas competências são hauridas do texto constitucional. 
- Possuem personalidade jurídica própria (titulares de direitos e obrigações, respondem por seus atos, possui patrimônio próprio, pessoal próprio). Capacidade processual.
Administração Indireta: entes administrativos. Os entes da Administração Indireta são criados pelos entes da Administração Direta. 
- Dependem de lei específica: Lei específica cria as Autarquias e Lei específica autoriza a criação das Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
- O ente da administração direta em regra escolhe e nomeiam os dirigentes da administração indireta, para exercerem cargos comissionados, o ministério supervisor faz a escolha e a exoneração livre.
- Possuem personalidade jurídica própria (titulares de direitos e obrigações, respondem por seus atos, possui patrimônio próprio, pessoal próprio). Capacidade processual.
- Os entes da administração indireta estão sujeitos ao controle dos entes da administração direta; os entes da administração direta analisam se o ente da administração indireta está cumprindo a finalidade para a qual foi criada (controle finalístico; tutela administrativa; supervisão ministerial; vinculação). Esse controle não é hierarquia, nem subordinação. 
- Recursos: Dentro de uma mesma pessoa jurídica chama-se recurso hierárquico próprio, porém quando sai da pessoa jurídica indireta para a direta chama-se recurso hierárquicoimpróprio (pois não pode existir hierarquia). Ex.: Decisão do analista INSS (Recurso hierárquico próprio) para o superindentende do INSS, (recurso hierárquico improprio), para o ministério da previdência União, muda a pessoa jurídica recurso improprio. Descentralização administrativa.
- Possuem autonomia administrativa e financeira.
1. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquias: são pessoas jurídicas de direito público. Ex.: INSS e Banco Central.
Criação e extinção: diretamente por lei.
Objeto: atividades típicas de Estado, sem fins lucrativos. Serviços públicos personalizados.
Prerrogativas: prazos processuais especiais; prescrição quinquenal; precatórios; inscrição de seus créditos em dívida ativa; imunidade tributária; não sujeição à falência, impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas.
Autarquias de regime especial: maior autonomia que as demais. Estabilidade dos dirigentes (ex: agências reguladoras).
Patrimônio: bens públicos. Patrimônio e receita próprios.
Regime jurídico: regime jurídico único (estatutários).
Foro judicial: Justiça Federal (federais) e Justiça Estadual (estaduais e municipais).
Responsabilidade civil: objetiva. 
Espécies: comum, autarquias fundacionais, agencias reguladoras e territórios federais.
Fundações Públicas: personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criadas para um fim específico de interesse público, como educação, cultura e pesquisa. Ex.: Biblioteca Nacional e FUNAI.
- Se a fundação publica de direito publico, recebem o nome de “fundações autárquicas”, possuem regime misto: São pessoas de direito privado, não possuem as prerrogativas do Poder Público, porém se submetem as limitações do Estado; ou seja, as normas de direito privado são derrogadas pelas garantias do direito público. 
Criação e extinção: autorizada por lei + registro, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Prerrogativas: Imunidade tributária referente aos impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Regime jurídico: regime jurídico único (estatutários).
Empresas Públicas: pessoa jurídica de direito privado administrada exclusivamente pelo poder público, instituída por um ente estatal, com a finalidade prevista em lei e sendo de propriedade única do Estado. Possui natureza ambivalente, pois pertence ao mesmo tempo ao domínio público e ao domínio privado, sem se identificar completamente com um ou com outro. Explora predominantemente atividade econômica; embora também possa prestar serviços públicos Pode ser federal, municipal ou estadual.
Regime jurídico: os empregados admitidos nas empresas públicas serão regidos pela CLT. Em se tratando de admissão de pessoal, as empresas públicas é obrigatória a aprovação em concurso público de provas e títulos, como requisito para ingresso em seus quadros. Quanto aos dirigentes das empresas, não se exige a aprovação em concurso público, tendo em vista que se trata de cargo de confiança, de recrutamento amplo, no qual os critérios pessoais são mais importantes. Desta forma, os dirigentes das empresas públicas são nomeados pelo chefe do Poder Executivo referente à entidade política criadora.
Sociedade de Economia Mista: é uma pessoa jurídica de direito privado e não se beneficia de isenções fiscais ou de foro privilegiado. O Estado deve ter uma participação majoritária, ou seja, mais da metade das ações com direito a voto devem pertencer ao Estado. Explora predominantemente atividade econômica; embora também possa prestar serviços públicos.
Regime jurídico: os empregados admitidos nas sociedades de economia mista serão regidos pela CLT. Em se tratando de admissão de pessoal, as empresas públicas é obrigatória a aprovação em concurso público de provas e títulos, como requisito para ingresso em seus quadros. Quanto aos dirigentes das empresas, não se exige a aprovação em concurso público, tendo em vista que se trata de cargo de confiança, de recrutamento amplo, no qual os critérios pessoais são mais importantes. Desta forma, os dirigentes das empresas públicas são nomeados pelo chefe do Poder Executivo referente à entidade política criadora.
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:
Objeto: atividades econômicas, com intuito de lucro. Podem ser: 
a) Exploração de Atividade Econômica: prevalece o regime jurídico privado, diminuindo a ação do regime público. Responsabilidade civil subjetiva; privilégios de empresas privadas; sem imunidade tributaria.
b) Prestação de Serviço Público: prevalece o regime jurídico público, diminuindo a ação do regime privado. Responsabilidade civil objetiva; bens públicos; imunidade tributaria. Débitos judiciais serão pagos mediante precatórios. 
Criação e extinção: autorizada por lei especifica + registro e extinção também somente por lei.
Patrimônio: bens privados, não são considerados bens públicos, portanto não possuem as características a eles inerentes.
Ações trabalhistas: Justiça do Trabalho.
Licitação: obrigatória (salvo para a atividade fim das que atuam em atividade econômica).
Regime jurídico: devem contratar mediante concurso público (normalmente pelo regime celetista).
DIFERENÇAS
Empresas Públicas:
Capital: 100% Público. Não precisa o capital pertencer a uma única pessoa jurídica pública (ex.: 50% união, 50% autarquia federal). Empresas públicas não admitem capital privado.
Forma societária: qualquer forma societária.
Foro judicial: empresas públicas da União respondem ações judiciais na Justiça Federal.
Exemplos: Caixa Econômica Federal e Correios.
Sociedade de Economia Mista:
Capital: misto, mas deve prevalecer o capital público (no mínimo, 50% + 1 ação nas mãos do Poder Público - ele deve manter o controle acionário).
Forma societária: obrigatoriamente Sociedade Anônima, S/A.
Foro judicial: justiça estadual. Não desloca competência para a Justiça Federal. Mesmo as SEM da União respondem por ações judiciais na justiça comum estadual.
Exemplos: Banco do Brasil e Petrobras.
Falência e execução: não estão sujeitas a falência - mas os seus bens são penhoráveis executáveis, e a pessoa jurídica que a controla responde, subsidiariamente, pelas suas obrigações.
SERVIDOR
Regime jurídico: os empregados admitidos nas EP e SEM serão regidos pela CLT. Em se tratando de admissão de pessoal, as empresas públicas é obrigatória a aprovação em concurso público de provas e títulos, como requisito para ingresso em seus quadros. Quanto aos dirigentes das empresas, não se exige a aprovação em concurso público, tendo em vista que se trata de cargo de confiança, de recrutamento amplo, no qual os critérios pessoais são mais importantes. Desta forma, os dirigentes das empresas públicas são nomeados pelo chefe do Poder Executivo referente à entidade política criadora.
CLT: Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista.
ESTATUTO: Administração Direta, Autarquia, Fundação Publica,
CAPÍTULO 3 - PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder Vinculado: a Adm. Pública regula objetivamente através de lei, todos os elementos do ato. O agente público não tem margem de escolha, todos os elementos estão dispostos objetivamente em determinada lei. Ex.: agente público que faltar mais de 30 dias é demitido.
Poder Discricionário: a lei confere ao agente público a possibilidade de escolha, dentro dos limites da lei, levando em consideração o interesse público e de acordo com os critérios de oportunidade e conveniência. Ex.: imóvel adquirido por decisão judicial pode ser alienado por concorrência ou leilão.
1. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PODER REGULAMENTAR OU NORMATIVO: Trata-se de uma competência exclusiva dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos de caráter normativo. Os atos administrativos normativos editados pelo chefe do Poder Executivo assumem a forma de decreto.
Atos normativos inferiores a lei que a pormenoriza e facilita sua execução e entendimento; é o poder que a Administraçãotem de editar normas gerais e abstratas. Não é poder de legislar. Não pode inovar o ordenamento jurídico substituindo a lei, criando direitos e obrigações. Ex.: lei: não pode traficar entorpecente; ato normativo: entorpecentes para os fins desta lei são cocaína, maconha e etc.
Regulamentos(decreto): Regulamento é o ato e decreto é a forma do regulamento. São atos privativos do Chefe do Executivo (presidente, governador, prefeito). Poder Regulamentar é uma espécie do poder normativo, uma das hipóteses de ato normativo.
Executivos: Regulamento editado para a fiel execução da lei. Facilitar o entendimento da lei. O decreto de execução (ou executivo) somente pode ser editado pelos chefes do Poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos). Esse decreto necessita de amparo legal e não pode agir sem uma lei que o embase, pois não inova a lei. Por meio desse decreto, a lei será complementada e regulamentada, de modo que se dê a ela fiel execução, sem, contudo, inovar o ordenamento jurídico.
Autônomos: Substituem a lei, por meio de decreto, editando matérias exclusivas de lei, porem não pode criar despesas. É privativo do Presidente da Republica, porem pode delegar a competência. O Presidente da República pode diretamente, mediante decreto, dispor sobre:
- a organização e o funcionamento da Administração Federal (quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos);
- a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
PODER HIERÁRQUICO: é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. A hierarquia só pode se manifestar internamente (órgãos e agentes dentro de uma mesma pessoa jurídica). Órgãos escalonados em uma ideia de coordenação (lado a lado) e subordinadas. É possível avocação e delegação. Obs. Existe um controle finalístico exercido entre a adm. Direta para a indireta (controle ministerial, jamais subordinação).
Delegação: É o poder de estender a competência para um agente que originalmente não tem competência, quem delegou não perde a competência, não é uma transferência. Pode ser delegado o poder para agente de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.
Avocação: Um agente toma para si a competência de agente inferior. Estabelece 3 vedações a delegação e avocação de competência: a) Edição de atos normativos; b) Decisão de recurso hierárquico; c) Se a competência for definida em lei como competência exclusiva.
Não existe hierarquia entre: - Pessoas jurídicas distintas;
 - Poderes da República;
 - Administração Pública e administrados.
Decorrências do Poder Hierárquico: - Dar ordens aos seus subordinados;
 - Fiscalizar os atos dos seus subordinados;
 - Rever os atos praticados pelos seus subordinados (anulação e revogação);
 - Delegar e avocar competências.
 - Aplicar sanções
PODER DISCIPLINAR: Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores, o poder disciplinar é exercido no âmbito dos órgãos e serviços da Administração. É considerado como supremacia especial do Estado. Aplica a penalidade a quem está sujeito as disciplinas do Estado. Ex: servidor público; contratante com a Administração, etc. Esse poder também atua no sentido de punir particulares que mantenham um vínculo jurídico específico com a Administração e que estejam sujeitos à sua disciplina interna (como no caso de uma concessionária de serviço público, que possui um contrato administrativo com a Administração Pública).
Vinculo hierárquico: Decorrente da hierarquia.
Vinculo disciplinar: Decorrente de contratos administrativos.
PODER DE POLÍCIA: Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Não é polícia judiciária a qual trata atua diante do processo penal, repressão de ilícitos penais. É o poder que a Administração (adm. direta e indireta) tem de restrição ao exercício de liberdades individuais e ao uso, gozo e disposição da propriedade privada, na busca do interesse público. Ex.: Não se pode construir mais de 4 andares na orla para não atrapalhar a ventilação; é obrigado a parar no sinal vermelho cerceando temporariamente o direito de ir e vir para garantir o fluxo de todos. O poder de polícia administrativa não pode ser delegado a pessoas jurídicas de direito privado. Ele pode ser exercido de maneira preventiva e também repressiva, alcançando os particulares em geral, que não possuam nenhum vínculo específico com a Administração Pública.
Atributos do Poder De Polícia
Discricionariedade: poder de polícia, em regra, é discricionário, pois dá ao administrador público margem de liberdade para agir, dentro dos parâmetros legais, ex.: dissolver passeatas. Contudo, se a lei exigir, o poder de polícia pode ser vinculado, ex.: licença para construir. 
Autoexecutoriedade: as ações da Administração Pública podem ser tomadas sem a obrigatoriedade de autorização do Poder Judiciário. Ou seja, a Administração age independentemente de aprovação prévia do Poder Judiciário (não está sempre presente).
Divide-se a autoexecutoriedade em:
Exigibilidade: adoção de meios indiretos de coerção (como a multa, por exemplo), presente em todos os atos.
Executoriedade: adoção de meios direitos de coerção (uso da força, como no caso da interdição de um estabelecimento, por exemplo), mas não está presente em todos os atos.
Coercibilidade: assim, a propriedade do poder de polícia tem como seu último atributo a coercibilidade. Esse atributo informa que as determinações da Administração podem ser impostas coercitivamente ao administrado. Desse modo, o particular é obrigado a observar os ditames da Administração, independentemente de sua anuência.
Indelegável: Não é possível a delegação do poder de polícia à particulares, só o poder público pode exercer o poder de polícia. Pode delegar a mera execução, aspectos materiais do poder de polícia. (Ex: empresa que coloca os radares). Exceto a OAB único conselho de classe com regime híbrido, misto.
- Como regra, o poder de polícia estabelece obrigações negativas (não fazer, tolerar). Porém atualmente tem-se admitido o poder de polícia nas obrigações de fazer (ex: Estatuto da Cidade: se um imóvel urbano não cumprir a função social do Plano Diretor, o poder público irá notificar o proprietário, para que este faça o parcelamento ou a edificação compulsória do terreno).
Polícia administrativa: caráter preventivo; exercida por diversos órgãos administrativos; incide sobre atividades, bens e direitos.
Polícia judiciária: caráter repressivo; exercida por corporações especializadas (polícias civil, federal e militar); prepara a função jurisdicional; incide sobre pessoas.
ABUSO DE PODER: Quando determinado ato for praticado com abuso de poder, é considerado ilegal, devendo ser, como regra geral, anulado.
Excesso de Poder: ocorre quando o agente atua fora ou além de sua esfera de competências. Ex. Oficial de Justiça aplica uma multa de transito, não é competência dele.
Desvio de Poder: ocorre quando o agente, embora agindo dentro de sua esfera de competências, pratica o ato com finalidade diversa do interesse público ou da prevista em lei. Ex. Rapaz passa no concurso e da em cima da mulher, dai o chefe faz remoção do rapaz. Porem o chefe não pode fazer isso pois não agiu com interesse publico.
Omissão de Poder: ocorre quando o agente público permanece inerte em situações em que possuio dever de agir. Ex. Vigia sanitário não da uma multa quando sabia que devia aplicar.
CAPÍTULO 4 - AGENTES PÚBLICOS
1. ESPECIES DE AGENTES PUBLICOS
 Agentes Políticos Servidores Públicos Particulares em colaboração
 - Estatutários; - Agentes Honoríficos; 
 - Empregados Públicos (CLT); - Delegatórios de serviço público; 
 - Contratados Temporários. - Agentes Credenciados.
 
 Agentes políticos: integram os mais altos escalões do Poder Público. Possuem funções de orientação, direção e supervisão. Sua competência está prevista na própria Constituição Federal. Não estão sujeitos às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos em geral (possuem prerrogativas constitucionais). Em regra, são investidos em seus cargos por meio de eleição, designação ou nomeação.
São agentes políticos:
- Chefes do Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros, Secretários Estudais e Municipais).
- Membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores).
- Alguns também enquadram os membros da Magistratura e do Ministério Público como agentes políticos.
Servidores Públicos: pessoas que possuem vinculo permanente com o Estado, do qual recebe periodicamente remuneração, estando submetidos ao regime jurídico adotado pelo ente federado do qual façam parte.
Estatutários: seu vínculo com a Administração Pública possui natureza estatutária. São titulares de cargos públicos (provimento efetivo ou em comissão) e exercem uma função pública. Efetivo: concurso público; estagio probatório; estabilidade. Comissão: são de livre nomeação e exoneração (ad nutum); sem estabilidade; sem estagio probatório.
Empregados Públicos: estão ligados à Administração Pública por um vínculo contratual trabalhista, isto é, eles possuem um “contrato de trabalho” que é regido pela (CLT). Apesar de também ingressarem através de concurso público, não passam pelo estágio probatório e também não adquirem estabilidade no serviço público.
Temporários: os servidores temporários são contratados para atender a uma necessidade temporária de excepcional interesse público. Eles exercem apenas uma função pública remunerada temporária, não possuem nem cargo nem emprego público. Seu vínculo com a Administração Pública é de natureza contratual. Exemplos: professor substituto, recenseamento, agentes de combate à dengue etc. A contratação de tais trabalhadores não exige concurso público. Eles podem ser escolhidos mediante um processo seletivo simplificado.
Particulares em colaboração com o Estado: sem perder a qualidade de particular (sem criar um vínculo específico com o Estado), ele atua em nome do Estado em uma situação específica: a) designados: jurados, mesários; b) voluntários: programas de voluntariados, o Estado abre vagas para a prestação voluntária de serviços públicos; c) delegados: agentes das concessionárias e permissionárias de serviço público; d) credenciados: atuam por ato administrativo de autorização; credenciamento, ex.: médicos particulares quando tem convênio com o SUS, agentes cartorários, etc.
Agentes Honoríficos: são cidadãos que, transitoriamente, são designados ou requisitados para colaborarem com o Estado. Não possuem qualquer vínculo com a Administração Pública (são considerados “funcionários públicos” apenas para fins penais). Este grupo é constituído pelos jurados, mesários eleitorais, membros dos conselhos tutelares etc.
Tais agentes também são chamados de particulares em colaboração. Exercem um “múnus público” (função pública), mas de forma não remunerada e transitória.
Agentes Delegados: trata-se de particulares que recebem a incumbência de exercer atividade, obra ou serviço, por sua conta e risco e em nome próprio. Apesar de não existir hierarquia, estão sob permanente fiscalização do poder concedente. É uma forma de descentralização por delegação (transfere apenas a execução dessas atividades). Esses agentes são representados pelos concessionários, permissionários e autorizativos de serviços públicos. (ex.: concessionárias de serviços públicos, tabeliães, leiloeiros).
Agentes Credenciados: são particulares que recebem a incumbência de representar a Administração em alguma atividade específica ou para praticar ato determinado. Ex. pode-se citar um renomado atleta brasileiro representando o País em uma convenção internacional sobre prevenção e combate ao doping.
2. CARGO PÚBLICO
Cargo público: é aquele ocupado por servidor público. Não existe cargo sem função, mas há funções sem um cargo. Criado por lei, privativo do Presidente da Rep. Caso cargo esteja vago, a competência para sua extinção é privativa do Chefe do Poder Executivo, mediante decreto autônomo.
- Acessíveis a todos os brasileiros (estrangeiros excepcionalmente: universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros.
Cargo efetivo: é aquele que somente pode ser ocupado por servidor público de carreira, devidamente aprovado em concurso público. Deverão passar pelo estágio probatório e podem adquirir estabilidade no serviço público. Após 3 anos adquire estabilidade. Com estabilidade só perde o cargo se: a) sentença transitada em julgado; b) processo administrativo; c) procedimento de avaliação periódica de desempenho.
 
Cargo em comissão: os agentes não estão sujeitos ao estágio probatório e jamais adquirem estabilidade. 
- Trata-se de atribuições de chefia, direção ou assessoramento, que são designadas pela autoridade competente.
- Livre nomeação e exoneração (“ad nutum”).
- Podem ser preenchidos tanto por particulares como por servidores (mas um percentual mínimo de servidores de carreira).
Função de Confiança: apenas servidores efetivos podem ser designados. 
- Não estão sujeitos ao estágio probatório, mas jamais adquirem estabilidade. 
- Trata-se de atribuições de chefia, direção ou assessoramento, que são designadas pela autoridade competente.
- Livre nomeação e exoneração (“ad nutum”).
SÚMULA VINCULANTE 13 DO STF (VEDAÇÃO DO NEPOTISMO): “a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a constituição federal”. No caso de nomeação para cargo público efetivo, não há qualquer problema, pois o ingresso ocorreu por meio de concurso público. Ex.: tio é parente de 3º grau e está enquadrado na vedação. Primo é parente de 4º grau e, nesse caso, não há óbice para a nomeação em cargo em comissão ou função de confiança. Conforme Jurisprudência do STF, essa proibição não alcança cargos políticos, como os secretários estaduais e municipais, presidente de autarquia, etc.
 
Emprego público: é aquele ocupado por empregado público que pode atuar em entidade privada ou pública da Administração indireta. Órgãos e entidades de direito privado (EP, SEM e fundações de direito privado). Existe quando a função pública é exercida com base num contrato regido pela CLT. Não tem estabilidade. Provimento mediante concurso público.
Função: é um conjuntode atribuições destinadas aos agentes públicos, abrangendo à função temporária e a função de confiança. Os cargos são ocupados e as funções exercidas. Todo cargo implica a existência de função, porém nem toda função implica cargo. Ex. os contratados temporariamente exercem função, mas não têm cargo.
- Servidores podem estabilizar no cargo, mas não na função.
3. CONCURSO PÚBLICO
- Podem participar brasileiros e estrangeiros.
- Obrigatório para cargos e empregos efetivos.
- Pode ser de provas ou de provas e títulos.
- Exceções: cargos em comissão; contratações temporárias, agentes comunitários de saúde (dispensam concurso publico).
- Prazo de validade: até 2 anos, prorrogável uma vez por igual período.
- Restrições só por lei (idade, altura, sexo), desde que observe proporcionalidade com as atribuições do cargo.
- Verificação no ato da posse, exceto: a) 3 anos de atividade jurídica para juiz e MP; e b) limite máximo de idade nas polícias - a verificação ocorre na inscrição do concurso;
- Até 20% das vagas para portadores de deficiência (mínimo de 5%); e 20% para negros (caso haja 3 ou mais vagas).
- Não pode haver remarcação de provas de aptidão física, exceto para gestantes.
- O Judiciário não aprecia o mérito das questões, mas apenas sua compatibilidade com o edital.
4. CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS
- Os casos excepcionais devem estar previstos em lei; o prazo de contratação deve ser predeterminado; a necessidade deve ser temporária; e o interesse público deve ser excepcional.
- Pode ser feita sem concurso público, mediante processo seletivo simplificado.
- Os agentes temporários exercem função pública, mas não ocupam cargo, nem emprego público -> firmam contrato de direito público com a Administração.
5. ESTABILIDADE
Efeitos jurídicos: a estabilidade é a garantia de permanência no serviço público, não no cargo. Caso, por interesse da Administração, venha a ocorrer a extinção ou transformação do cargo, o servidor estável deverá ser posto em disponibilidade (inatividade transitória), com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Alcance: a estabilidade alcança o servidor público nomeado para cargo de provimento efetivo (permanente) em órgão da administração direta, autarquia ou fundação pública estadual. A nomeação para cargo de provimento efetivo, por força de norma constitucional, depende de aprovação em concurso público.
Perda do cargo pelo servidor estável: 
a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
Requisitos para estabilidade:
a) Investidura em cargo efetivo, mediante prévia aprovação em concurso público;
b) 3 anos de efetivo exercício no cargo;
c) Aprovação em avaliação especial de desempenho.
6. REMUNERAÇÃO E VENCIMENTO
Subsídio: modalidade de remuneração, fixada em parcela única, paga aos: a) Agentes políticos; b) Polícia; c) Membros do Tribunal de Contas; d) Advocacia Pública; e) Defensoria Pública.
- Vedado acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, premio, etc. Forma de pagamento feita ao servidor por meio de parcela única, não se confunde com remuneração. Forma mais democrática de pagamento, pois não engana o contribuinte. 
Vencimentos: Vencimento básico + Vantagens. Devido ao servidor pelo exercício de cargo público. O vencimento (no singular) corresponde ao padrão do cargo público fixado em lei, e os vencimentos são representados pelo padrão do cargo (vencimento) acrescido dos demais componentes do sistema remuneratório do servidor público da Administração direta, autárquica e fundacional. Pode ser menor que o salario mínimo.
Remuneração: Vencimento + Vantagens Pecuniárias Permanentes. Não pode ser menor que o salario mínimo. Vencimento básico do servidor + todas as vantagens pecuniárias permanentes. 
- Não será objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
- O servidor perderá: a) a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; b) a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas e saídas antecipadas (salvo na hipótese de compensação de horário), até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. 
- As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.
- Em regra, nenhum desconto incidirá sobre remuneração e provento, salvo nos casos de: a) imposição legal, b) mandado judicial, c) autorização de servidor a favor de terceiros, d) reposição ao erário.
- Exige-se lei ordinária especifica para que se fixe ou altere a remuneração dos servidores públicos.
- Empresas publicas, sociedades de economia mista e subsidiarias somente obedecem o teto se receberem recursos da União, Estados, Municípios para pagamento de despesa de pessoal, ex. os empregados da Petrobrás não se sujeitam ao teto pois a empresa não recebe recursos da União.
Proventos: retribuição pecuniária do inativo (aposentado ou servidor em disponibilidade remunerada).
Características:
- Irredutibilidade: O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.
- Isonomia: É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
- Teto
SERVIDOR EM DÉBITO COM O ERÁRIO
- Reposições e Indenizações ao erário serão realizadas com o pagamento, no prazo máximo de 30 dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado (cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a 10% da remuneração, provento ou pensão).
- Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita, imediatamente, em uma única parcela.
- O servidor que estiver em débito com o erário e for demitido, exonerado ou tiver aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 dias para quitar (caso não pague nesse prazo, implicará sua inscrição em dívida ativa).
- O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
PERDA DA REMUNERAÇÃO
- A remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;
- A parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas e saídas antecipadas (mas admite-se a compensação de horário, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata, não perdendo, nesse caso, a parcela).
As faltas justificadas, decorrentes de caso fortuito ou de força maior, poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.
O desconto somente poderá incidir na remuneração ou nos proventos nos seguintes casos:
- Imposição legal;
- Mandado judicial;
- Consignação em folha de pagamento (com autorização do servidor e a critério da administração, na forma definida em regulamento).
7. TETO REMUNERATÓRIO
Federal: Executivo, Legislativo e Judiciário - Teto: Subsídio dos Ministros do STF (teto único).
Estadual: Poder Executivo - Subsídio do Governador
 Poder Legislativo - Subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais
 Membros do Judiciário (Juízes) - Subsídio dos Ministros do STF
 Servidores do Judiciário, Defensores, Procuradores e membros do MP - Subsídio do Desembargador do TJ, limitado, no entanto, a 90,25% do subsídio do STF.
Municipal: Executivo, Legislativo - Subsídio do Prefeito (teto único).
 
Algumas vantagens estãoexcluídas do teto (não são levadas em conta nesse limite):
- Gratificação natalina;
- Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
- Adicional pela prestação de serviço extraordinário;
- Adicional noturno;
- Adicional de férias
8. ACUMULAÇÃO DE CARGOS
 - 1 professor + 1 professor;
Permitido: - 1 cargo de professor + 1 técnico ou científico;
 - 1 saúde + 1 saúde
Deve haver: - Compatibilidade de horários
 - Respeito ao teto remuneratório
- Se acumular cargo ilicitamente, a Administração oferecerá 10 dias para que o servidor opte por um dos cargos, se não optar, abrirá um processo administrativo sumário que poderá culminar na pena de demissão de todos os cargos.
Servidor Público e Mandato Eletivo
- Mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
- Mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
- Mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. Se não houver compatibilidade, será afastado do cargo (podendo optar pela sua remuneração).
Em qualquer caso que exija o afastamento do servidor para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
CAPÍTULO 5 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
1. SUJEITOS
Sujeito ativo: 
a) Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui agentes políticos.
b) Particular, que induza ou concorra para a prática de ato de improbidade (deve haver participação de agente público).
Sujeito passivo: atos de improbidade praticados contra: 
a) Administração direta, indireta;
b) quaisquer empresas para cuja criação ou manutenção o erário participe, com uma subdivisão:
- com mais de 50% do patrimônio da empresa composta pelo erário, a proteção é total;
- com menos de 50%, a sanção patrimonial estará limitada ao percentual de participação do erário.
2. MODALIDADES DE IMPROBIDADE:
a) Enriquecimento ilícito (art. 9°) – exige o dolo;
b) Prejuízo ao erário (art. 10) – exige dolo ou culpa;
c) Princípios da Administração (art. 11) – exige dolo.
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO: auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida, direta ou indireta, em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade pública. Pode haver enriquecimento ilícito sem dano ao erário. Ex.: a) incorrerá em tal delito aquele que utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de quaisquer destas entidades, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por elas, b) incorrerá também aquele que aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade, c) é também vedado o ato de usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores.
Verbos: receber, perceber, utilizar, adquirir, aceitar, incorporar ao seu patrimônio, usar.
LESÃO AO ERÁRIO: qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres de órgão ou entidade pública. Ex.: a) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao do mercado, b) realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea, c) frustre a licitude de processo licitatório ou dispense a licitação indevidamente. Por fim, promove lesão ao erário quando ordena ou permite a realização de despesas não autorizadas por lei ou regulamento.
Verbos: facilitar, permitir, doar, realizar, conceder, frustrar, ordenar, agir, liberar, celebrar.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Ação ou omissão que viole honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. Ex.: a) praticar ato com fim proibido em lei ou diverso do previsto; b) retardar ou deixar de praticar ato de ofício; PREVARICAÇÃO c) revelar fato / circunstância por atribuições que deva manter segredo; d) negar publicidade aos atos oficiais; e) frustrar a licitude do concurso público; f) deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo; g) revelar à terceiro medida que afete preço de mercadoria, bem ou serviço; Obs.: Em tese não há perdas dos bens e valores.
Verbos: praticar, retardar, revelar, negar, deixar, frustrar.
3. SANÇÕES POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
	E
	L
	A
	8 a 10
	5 a 8
	3 a 5
	3
	2
	100
	10
	5
	3
Sanções:
- Ressarcimento ao erário
- Suspensão dos direitos políticos
- Indisponibilidade dos bens
- Perda da função pública
- Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente
- Multa civil.
- Proibição de contratar com o poder público
	LESAO AO PATRIMONIO PUBLICO
	ENRIQUECIMENTO ILICITO
	ATOS QUE ATENTEM AOS PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
	PERDA DOS BENS
	PERDA DOS BENS
	-
	PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
	PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
	PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
	RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO
	RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO
	RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO
	MULTA ATE 2 X O VALOR DO DANO
	MULTA ATE 3 X O ACRESCIMO
	MULTA ATE 100 X O VALOR DA REMUNERAÇÃO
	SUSPENÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
DE 5 A 8 ANOS
	SUSPENÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
DE 8 A 10 ANOS
	SUSPENÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
DE 3 A 5 ANOS
	PROIBIÇÃO DE CONTRATAR 
 5 ANOS
	PROIBIÇÃO DE CONTRATAR 
10 ANOS
	PROIBIÇÃO DE CONTRATAR 
3 ANOS
Penalidades que somente serão dadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória:
- Suspensão dos direitos políticos;
- Perda da função pública.
A aplicação dessas penalidades independe:
- Da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público (salvo quanto à pena de ressarcimento); 
- Da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
Obs.: pune-se a tentativa de improbidade.
- As sanções de improbidade contidas na Lei de Improbidade estabelecem as sanções de natureza civil.
- Essas sanções civis são aplicadas por meio da Ação Civil Pública por Ato de Improbidade (Ação de Improbidade).
- Não se confunde com procedimento administrativo (previsto nos estatutos e na lei 8112), nem tão pouco com o procedimento penal. Regula somente e independentemente as sanções civis.
Para fixação das penas o juiz levara em conta: - extensão do dano causado;
 - proveito patrimonial obtido pelo agente.
A aplicação dessas penalidades independe:
- da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público (salvo quanto à pena de ressarcimento);
- da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
- O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente estará sujeito até o limite do valor da herança;
- A indisponibilidade dos bens é declarada pelo juiz por medida cautelar.
- O afastamento preventivo ocorre com remuneração do agente e visa impedir irregularidades na apuração; a lei não determina seu prazo máximo.
4. DECLARAÇÃO DE BENS
A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
Essa declaração será atualizada:
- Anualmente- Na data em que deixar o exercício (do cargo, mandato, emprego ou função)
- No caso de recusa em prestar essas informações no prazo determinado (ou prestar informação falsa) → Punição com demissão a bem do serviço público (sem prejuízo de outras sanções cabíveis).
- O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal, na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência de atualização.
5. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E PROCESSO JUDICIAL
REPRESENTAÇÃO
A representação é feita por qualquer pessoa (qualificada – não pode ser de forma anônima) à autoridade administrativa competente, para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
Ela pode ser escrita ou verbal (será reduzida a termo e assinada) e conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria, bem como a indicação das provas de que se tenha conhecimento. Na falta dessas formalidades, a autoridade administrativa rejeitará a representação (mas isso não impede a ação do Ministério Público).
A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.
O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.
Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à Procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente, ou causado dano ao patrimônio público.
Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
PROCESSO JUDICIAL
Ação judicial: - Juiz cível;
 - Rito Ordinário;
 - pode ser proposta dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.
Proposta: - Pelo Ministério Público (sempre presente como parte ou custus legis);
 - Pela pessoa jurídica interessada.
- É vedada, nas ações de improbidade, qualquer transação, acordo ou conciliação. (REVOGADO)
- A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público.
- No caso da ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, a pessoa jurídica interessada integrará a lide na qualidade de litisconsorte, devendo suprir as omissões e falhas da inicial e apresentar ou indicar os meios de prova de que disponha.
- O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como custus legis, sob pena de nulidade.
- A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente.
- Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.
- Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo, sem julgamento do mérito.
- A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
DISPOSIÇÕES PENAIS
Nos termos da Lei 8.429/92, constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente, com pena de detenção de 6 a 10 meses e multa. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
AFASTAMENTO TEMPORÁRIO
A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. Não se trata de penalidade (haja vista que o agente continua recebendo sua remuneração), mas sim de medida cautelar que objetiva preservar a instrução processual.
6. PRESCRIÇÃO
- 5 anos: após o término do: - exercício de mandato; 
 - de cargo em comissão;
 - de função de confiança.
- prazo prescricional previsto em lei específica: para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público.
- As ações de ressarcimento do erário são imprescritíveis.
Submetem a LIA: Prefeitos, Vice-Prefeitos, Secretários Municipais e Vereadores.
Não submetem a LIA: Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador, Secretários Estaduais, Ministros de Estado, Deputados Federais, Senadores e Deputados Estaduais.
Responsabilidade: por ato de improbidade deve responder o administrador e a parte contratada (desde que de má-fé), mas não a coletividade.
CAPÍTULO 6 - CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- Conjunto de instrumentos que tem por finalidade a fiscalização, orientação e revisão da atuação da Adm. Pública (de seus órgãos, entidades e agentes). 
- Esse controle poderá ser feito pela própria administração, pelo Poder Legislativo, pelo Poder Judiciário e também pelo povo, diretamente ou por meio de órgãos especializados.
- Um dos principais fundamentos do controle da adm. pública é o princípio da indisponibilidade do interesse público. 
- O controle da adm. pública sempre que houver o exercício da função administrativa (atividade típica do Poder Executivo e atípica dos Poderes Legislativo e Judiciário).
1. CLASSIFICAÇÃO
QUANTO À ORIGEM:
Controle Interno: é realizado no âmbito do próprio poder. Pode ocorrer no âmbito hierárquico ou por meio de órgãos especializados, que não possuam relação de hierarquia com o órgão controlado (princípio da autotutela).
Prevalece: Direta sobre a Indireta. Ex. a União criou o INSS, então a União faz a tutela adm. (fiscaliza se esta cumprindo a finalidade pra que foi criado) sobre o INSS.
Tutela Administrativa: - Controle finalístico;
 - Supervisão ministerial.
Responsabilidade: responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade solidária
Podem denunciar ao TCU: - partidos políticos;
 - cidadão;
 - associação.
Legislativo, Executivo e Judiciário manterão sistema de controle interno com a finalidade de:
- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
- comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
- exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
- apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Controle Externo: ocorre quando um Poder exerce o controle sobre os atos administrativos dos demais Poderes. 
Exemplos: - controle do Judiciário sobre os atos do Executivo em ações judiciais; 
 - sustação de ato normativo do Poder Executivo pelo Legislativo;- a função institucionais do Ministério Público de exercer o controle externo da atividade policial.
Competência exclusiva do Congresso Nacional:
- sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
- julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
- fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
Ministério Público: controle externo da atividade policial.
Controle popular: contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade.
Exemplos: - Ação Popular 
 - Denuncia de irregularidades ou ilegalidades perante o TCU.
 - Mandado de Segurança
2. QUANTO AO MOMENTO DO EXERCÍCIO
Controle Prévio, Preventivo ou a Priori: é o que é exercido antes de consumar-se a conduta administrativa, como ocorre, por exemplo, com aprovação prévia, por parte do Senado Federal, do Presidente e diretores do Banco Central.
- Mandado de segurança preventivo: nesse caso, ao conceder uma liminar que obste a prática ou conclusão de um ato administrativo, temos um exemplo de controle prévio (ou preventivo) exercido pelo Poder Judiciário.
Controle Concomitante: acompanha a situação administrativa no momento em que ela se verifica. É o que ocorre, por exemplo, com a fiscalização de um contrato em andamento. Seria o caso da fiscalização exercida sobre a execução de um contrato administrativo, o acompanhamento do desenvolvimento de uma licitação pelo órgão de controle, etc.
Controle Posterior, Subsequente, Corretivo ou a Posteriori: tem por objetivo a revisão de atos já praticados, para corrigi-los, desfazê-los ou, somente, confirmá-los. Abrange atos como os de aprovação, homologação, anulação, revogação ou convalidação.
Através dessa modalidade de controle é possível:
- A convalidação (correção de defeitos sanáveis no ato);
- A anulação (declaração de sua nulidade);
- A revogação (extinção por motivos de conveniência e oportunidade);
- A cassação (extinção do ato por descumprimento dos requisitos exigidos para a sua manutenção);
- Conferir eficácia para o ato;
- A manutenção do ato.
Como exemplos dessa forma de controle temos:
- A homologação de um concurso público ou de um procedimento licitatório;
- A sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, pelo Congresso Nacional;
- A anulação judicial de um ato administrativo ilegal;
- A revogação de uma autorização para exploração de determinada atividade.
3. QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO
Controle de Legalidade ou Legitimidade: é o que verifica a conformidade da conduta administrativa com as normas legais que a regem. Esse controle pode ser interno ou externo. Vale dizer que a Administração exercita-o de ofício ou mediante provocação: o Legislativo só o efetiva nos casos constitucionalmente previstos; e o Judiciário através da ação adequada. Por esse controle o ato ilegal e ilegítimo somente pode ser anulado.
Esse controle não é exercido apenas com base na literalidade do texto expresso da lei, mas ele também leva em conta os princípios (notadamente os princípios da moralidade e impessoalidade), assim como também o dever de observância do disposto nas súmulas vinculantes editadas pelo STF.
Esse controle pode ser feito tanto em atos vinculados como em atos discricionários, mas não é feito o mérito administrativo (análise de conveniência e oportunidade), leva-se em conta apenas a conformidade do ato com o ordenamento jurídico (se ele é legal ou ilegal).
O controle de legalidade pode ser exercido:
- Pelo próprio administrador que praticou o ato (modalidade de controle interno)
- Pelo Poder Judiciário, no exercícios de sua função jurisdicional (controle externo)
- Pelo Poder Legislativo, nos casos previstos expressamente na CF (controle externo)
Ao ser exercido, o controle de legalidade pode ter como resultado a:
Anulação do ato nos casos em que for constatado um vício de ilegalidade, opera efeitos retroativos à data da prática do ato.
Convalidação do ato em alguns casos o vício de ilegalidade é sanável, isto é, o ato pode ser mantido, desde que sejam corrigidos os defeitos nele presentes.
Confirmação da validade nesse caso para que o ato tenha validade ele precisa ser confirmado, geralmente por autoridade diversa da que praticou o ato (exemplos: homologação, ratificação, visto ou qualquer outro que consista em uma certificação de que o ato está de acordo com as normas jurídicas e que não contém nenhum defeito de validade).
Controle de Mérito: é o que se consuma pela verificação da conveniência e da oportunidade da conduta administrativa. A competência para exercê-lo é da Administração, e, em casos excepcionais, expressos na Constituição, ao Legislativo, mas nunca ao Judiciário.
Esse controle de mérito realizado pelo Poder Legislativo tem sua principal atuação nos casos em é exigida uma autorização prévia ou autorização para a prática de alguns atos do Poder Executivo. Ex.: a aprovação dos nomes de Ministros dos Tribunais Superiores que serão nomeados pelo Presidente da República, assim como no caso do presidente e diretores do Banco Central.
É importante salientar que esse controle realizado pelo Poder Legislativo não poderá gerar a revogação do ato, substituindo o juízo de conveniência e oportunidade do administrador pelo seu.
O controle de mérito realizado pelo próprio Poder que praticou o ato pode ocasionar a REVOGAÇÃO desse ato, que gera apenas efeitos não retroativos. Trata-se de uma atuação discricionária, embasada no juízo de conveniência e oportunidade do administrador. Entretanto, sempre devem ser resguardados os direitos adquiridos.
4. CLASSIFICAÇÕES
Quanto à Amplitude
Controle Hierárquico: Esse controle é uma decorrência do Poder hierárquico, ele ocorre sempre no âmbito da estrutura de uma pessoa jurídica, sendo uma modalidade de controle interno. Trata-se da relação de subordinação hierárquica existente entre órgãos e agentes públicos, por meio de um escalonamento vertical. Ex.: União fiscaliza Ministério fiscaliza – Secretaria fiscaliza –Superintendência fiscaliza - Delegacias Regionais. O controle hierárquico é classificado como sendo um controle permanente, irrestrito (pleno) e automático, pois não precisa de norma específica estabelecendo ou autorizando o exercício do mesmo. Dessa forma, esse controle incidirá tanto no aspecto da legalidade como o de mérito.
Controle Finalístico: Essa modalidade de controle é exercida pela administração Direta sobre os entes da administração Indireta que a ele estejam vinculados. Nesse caso, entretanto, o alcance do controle é bem menor do que o do hierárquico, pois se trata de um controle específico que analisa se a entidade descentralizada (ente da administração Indireta) está cumprindo com as finalidades para o qual foi criada.
O controle finalístico é exercido com fundamento na relação de vinculação existente entre o ente da Direta e o da Indireta, a ele vinculado. Esse controle também é denominado tutela administrativa e, no caso da Administração Federal, supervisão ministerial. Ex.: Ministério da Previdência Social (órgão da administração Direta Federal) fiscaliza o INSS (autarquia Federal).
5. ESPÉCIES DE CONTROLE
CONTROLE ADMINISTRATIVO: O controle administrativo é aquele que a administração realiza sobre seus próprios atos, tratando-se, portanto, de um controle interno. Esse controle pode ser fundamentado no poder da autotutela ou também na tutela administrativa.
Autotutela: aqui cada um dos Poderes irão exercer o controle sobre sua própria atuação e também nos atos praticados por seus órgãos e agentes. Trata-se também de uma expressão dopoder hierárquico. Existem casos em que determinados órgãos específicos de controle, embora não sujeitos a mesma hierarquia do controlado, realizam o controle administrativo. Embora não exista uma relação de hierarquia, ainda trata-se um controle administrativo interno. ou do mérito, conforme verifica-se, inclusive, na súmula 473 do STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”
Conforme já se manifestou o STF, sempre que o desfazimento do ato administrativo afetar os interesses dos administrados de maneira desfavorável deve existir um procedimento prévio que garanta a esse administrado a oportunidade de exercer o contraditório (apresentar razões contrárias a esse desfazimento do ato).
O exercício desse controle, tanto de legalidade, como de mérito, poderá ser realizado:
- De ofício (a própria administração toma a iniciativa);
-Mediante provocação de algum administrado (pode utilizar medidas como a representação, recursos administrativos ou qualquer petição administrativa em geral).
Tutela Administrativa: trata-se de um controle não hierárquico, realizado entre a administração direta e a indireta.
Nesse caso o ente político exercerá o controle finalístico (ou a supervisão ministerial) sobre o ente da administração indireta a ele vinculado, nos casos de fuga das finalidades, sendo bem mais restrito que o controle derivado da autotutela.
CONTROLE LEGISLATIVO: trata-se da fiscalização da administração pública Exercido pelos órgãos do Poder Legislativo.
Controle Político: tem por base a possibilidade de fiscalização sobre atos ligados à função administrativa e organizacional. Ex. aprovação de nomes de Ministros de Tribunais Superiores, mas sem jamais ensejar a revogação de um ato praticado por outro Poder.
Controle Financeiro: a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Prestarão contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
- O Poder Legislativo também pode fazer o controle de seus próprios atos (modalidade de controle interno, derivado da autotutela), mas ao ser utilizado o termo “controle legislativo” deve-se ter em foco o controle que esse Poder exerce sobre os atos administrativos do Poder Executivo e também do Poder Judiciário.
- O controle legislativo somente pode ser exercido nos casos expressamente previstos na Constituição Federal, sob pena de violação do princípio da separação dos Poderes.
- Esse controle não limita-se apenas ao aspecto da legalidade, podendo alcançar, em algumas situações, também aspectos discricionários (controle político), como por exemplo a aprovação de nomes de Ministros de Tribunais Superiores, mas sem jamais ensejar a revogação de um ato praticado por outro Poder.
O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (órgão do poder legislativo). Competência: a) apreciar (e não julgar) contas anuais do Presidente; b) julgar contas dos administradores e demais responsáveis.
- Sustação de ATO administrativo → TCU pode fazer diretamente (apenas dará ciência dessa medida);
- Sustação de CONTRATO administrativo → feito diretamente pelo Congresso Nacional.
Controle Parlamentar Direto
Compete privativamente ao Senado Federal:
- aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
- aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
- autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
- fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
 - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.
Compete exclusivamente ao Congresso Nacional:
- sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
- julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
- fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
CONTROLE JUDICIAL: exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Poder Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente provocado. Controle a posteriori (regra). Restrito ao controle de legalidade, adentrando no mérito do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas não revogar o ato.
Obs.: É vedado ao judiciário apreciar o mérito administrativo e restringe-se ao controle da legalidade e da legitimidade do ato impugnado. 
CAPÍTULO 7 - SERVIÇOS PÚBLICOS
1. PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Centralização Administrativa: É quando a administração pública direta realiza os serviços públicos diretamente, por meio de seus órgãos e agentes. O poder esta centralizado, no centro. 
Descentralização Administrativa: Técnica administrativa em que a administração direta descentraliza, transfere a atividade administrativa, serviço ou obra pública para outras pessoas (Administração Indireta ou para um particular). Ex. Uniao (adm. direta) cria uma autarquia INSS.
- Quando feita para a Administração Indireta, temos a descentralização por serviços (por outorga, material ou funcional), sendo transferida, nessa hipótese, tanto a execução dos serviços públicos como a sua titularidade (prevalece que esta somente pode ser transferida para pessoas jurídicas de direito público). Feita por lei.
- Quando feita para um particular (concessionários, permissionários e autorizatários), temos a transferência apenas da execução dos serviços públicos, permanecendo a titularidade deles com a Administração Pública. Nesses casos, temos a descentralização por delegação (ou por colaboração). Feita por contrato ou ato administrativo.
- não existe subordinação ou hierarquia. 
- o ente da Indireta fica vinculado aos fins para o qual foi criada em relação à pessoa jurídica da Administração Direta que a criou.
- o particular, a Administração irá apenas fiscalizar a execução desses serviços, mas também sem vínculo de natureza hierárquica.
Concentração e DescOncentração Administrativa: Técnica de subdivisão de Órgãos públicos para que melhor desempenhem o serviço público ou atividade administrativa. Somente ocorre na Administração Direta ou indireta, pois particulares não podem criar órgãos públicos.
Diferentemente da descentralização, a desconcentração é uma situação marcada pela existência de hierarquia e subordinação. A concentração administrativa ocorre quando, por exemplo, um órgão público é extinto.
Prestação direta: pela própria AdministraçãoPublica Direta ou Indireta.
Prestação indireta: por particulares mediante delegação por meio de concessão, permissão ou autorização. Nesta é necessário licitar.
Titularidade: a titularidade na prestação de serviço público é intrasferível. O que pode ser transferido a particulares é a execução do serviço publico.
Titularidade exclusiva: direta e indireta: Poder Público.
Titularidade não exclusiva: educação e saúde: Poder Público e particular (nesse caso tem poder de policia/não precisa de delegação/não é prestação indireta porque não é exclusivo do Poder Público).
Não é serviço publico:
- Atividade jurisdicional, legislativa e de governo (atividade política).
- O fomento, de uma forma geral (prestações que tenham por objetivo “dar” algo; nos serviços públicos busca-se “fazer” algo).
- Atividades que resultem aplicação de sanções, proibições, restrições, etc. (por exemplo, as relacionadas com polícia administrativa e intervenção do estado na propriedade).
- Obras públicas.
PRINCÍPIOS PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Continuidade: não pode haver interrupções na prestação do serviço que possam gerar prejuízos aos usuários.
Generalidade: serviço deve ser prestado da forma mais ampla possível, sem qualquer discriminação aos interessados.
Eficiência: deve-se buscar que a prestação do serviço seja sempre de mais proveitosa e menos custosa possível.
Modicidade: os preços dos serviços devem ser razoáveis para que possam ser adquiridos por todos. 
Cortesia: deve sempre haver um bom tratamento entre os prestadores e usuários do serviço.
2. CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS:
Serviços próprios do Estado: são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (Ex.: segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. Não podem ser delegados a particulares. Tais serviços, por sua essencialidade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração.
Serviços impróprios do Estado: são os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais), ou delega sua prestação.
Serviços Gerais ou uti universi: são aqueles que a Administração presta sem ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo. Ex.: polícia, iluminação pública, calçamento. Daí por que, normalmente, os serviços uti universi devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e proporcional ao uso individual do serviço.
Serviços Individuais ou uti singuli: são os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário. Ex.: o telefone, a água e a energia elétrica domiciliares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo quê devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto.
Serviços administrativos: são as atividades-meio da administração (atividades internas), que, embora não representem uma prestação a qual pode ser fruída diretamente pela população, beneficiam de maneira indireta a coletividade, sendo atividades necessárias ao funcionamento da máquina pública.
Serviços públicos sociais: são prestados de maneira obrigatória pelo Estado, que os presta como serviço público, regido, portanto, pelo regime jurídico de direito público, embora não sejam e titularidade exclusiva do poder público (podem ser executados diretamente por particulares, sem precisar de delegação). Exemplo: educação, saúde e assistência social.
Serviços públicos econômicos (ou serviços públicos comerciais ou industriais): trata-se dos serviços públicos que, ao menos em tese, podem ser explorados com intuito de lucro, sendo de titularidade exclusiva do Estado, que deve prestá-los direta ou indiretamente. Exemplos: telefonia, fornecimento de energia elétrica, água encanada, gás canalizado, etc.
3. REGULAMENTACAO E CONTROLE
Competência para a regulamentação e controle dos serviços públicos: ente federado titular de tal serviço, que o presta de maneira centralizada ou descentralizada. Essa regulação representa uma atividade típica do poder público, indelegável aos particulares.
Entretanto, ela poderá ser exercida não apenas pelo ente federado, segundo defende a doutrina mais moderna, mas também por pessoas jurídicas da administração indireta, no caso, as autarquias.
São as chamadas agências reguladoras, que no âmbito federal são autarquias instituídas sob esse regime especial, sendo que algumas possuem atribuições de regulamentação e controle de serviços públicos.
O controle dos serviços públicos bem como pelos órgãos incumbidos de tutelar interesses coletivos e difusos. Ex.: Ministério Publico, Órgãos de defesa do consumidor.
4. COMPETÊNCIA
União presta serviços: 
- Postal;
- Correio aéreo nacional;
- Telecomunicações;
- Radiodifusão;
- Instalação de energia elétrica;
- Navegação aérea;
- Transporte ferroviário e aquaviario entre portos;
- Portos;
- Transporte rodoviário interestadual e internacional.
Municípios:
- Interesse local;
- Coleta de lixo;
- Transporte coletivo urbano;
- Serviços funerários, etc.
Estados:
- Transporte rodoviário intermunicipal;
- Serviços locais de gás canalizado;
- Residual (o que não é da União nem dos Municípios)
Competência Concorrente (Comum):
- cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
- proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
- proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
- proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
- promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.
5. POLÍTICA REMUNERATÓRIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Taxa: - compulsória, ex.: coleta de lixo urbano;
 - não há finalidade lucrativa, a prestação pecuniária somente cobre os custos da atividade;
 - natureza de tributo;
 - interesse público;
 - exercício: poder de policia e serviços específicos divisíveis.
Ela é existente por se tratar de tributo. Desse modo, a taxa pode ser definida como um tributo, sendo instituída unilateralmente pelo poder público, obrigando o particular à sua incidência nos casos de algumas atuações estatais específicas, decorrentes do poder de polícia ou na prestação de alguns serviços públicos específicos.
Súmula Vinculante 19: a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, Remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de Imóveis.
Súmula Vinculante 41: o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Tarifa: - facultativa (caso haja a efetiva utilização do serviço público), ex.: transporte coletivo urbano e telefonia;
 - finalidade lucrativa;
 - não possui natureza jurídica de tributo;
 - cobrada por: empresas públicas;
 sociedades de economia mista;
 empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos.
Súmula 545 do STF: preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
6. CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
- Permissão de serviço público = contrato administrativo
- Permissão de uso de bem público = ato administrativo
7. CONCESSÃO

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