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3 Direito Internacional

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Direito Internacional
Professor: Roberto
Site: dialnet
Nota - 1º TE:
Prova: 4,0
Projeto Integrador: 4,0
Trabalho: 2,0
Notas: 2,00 nas resenhas, 4,00 no projeto integrador e 0,00 na prova – Média do TE:
Nota - 2º TE:
Prova: 2,0
Projeto Integrador: 2,0
Trabalho: 6,0
Prova: discursiva. Dependendo da turma a prova pode ser objetiva.
Trabalho do 1º TE: Resenha. Uma semana após o carnaval (livro Eichmann em Jerusalem)
Trabalho do 2º TE: Grupo de no máximo 3 pessoas. Artigo de no máximo 15 páginas. Tema a escolha do grupo sobre direito internacional (público ou privado). Prazo de entrega: primeira semana do ultimo mês de aula. 
Direito Internacional Público
Direito internacional público: é a relação entre os estados. Na evolução desse direito, em meados de 1945, o direito dá uma evolução drástica. Antes disso o direito era muito positivista: “o que a lei dizia era pra ser feito”.
Após 1945 o direito se voltou muito para as questões filosóficas.
O direito internacional público é tão antigo, relatos desde lei das doze tabuas (primeira lei positivada). Antes disso já havia direito internacional decorrente da guerra, impondo limites até mesmo na guerra em seus critérios de crueldade.
Com as atrocidades de guerra começaram a julgar aqueles que as fizeram. Estes então se basearam suas defesas nas leis que haviam em seus países e daí surge o direito internacional com os tratados internacionais.
Data: 11/02/2015
2- Fontes do Direito:
- O que é fonte do Direito: São os suportes que vão gerar as normas internacionais, como também utilizadas pelo judiciário para interpretar a norma ou preencher suas lacunas evitando o non liquet.
- Tipos de Fonte:
Art. 38 E.C.I.J (Estatuto da Corte Internacional de Justiça): as fontes do direito internacional estão positivadas neste estatuto, no artigo 38.
 I- Tratado:
 II- Costume Internacional:
 III- Princípios Gerais do Direito: são os princípios que são adotados na maioria dos países. Ex. legalidade, boa-fé etc
 IV- Decisão Judicial e Doutrina: são as decisões dos tribunais internacionais.
	Artigo 38
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; 
c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. 
ex aequo et bono = equidade.
2.1- Tratados
- Conceito: acordos realizados entre 02 (dois) ou mais Estados e/ou pessoas internacionais que possuem obrigatoriedade e efeito vinculante (Pacta Sunt Servanda). 
- Outras Denominações: convenção, pacto*, protocolo**, carta***, convênio, acordo. protocolo é uma norma suplementar e posterior ao tratado. Pacto é a formalidade para o tratado.
- Os P.G.D. (princípios gerais do direito) como filtro os P.G.D. servem para dar norte aos tratados. 
- Convenção de Viena (1969) “Lei dos Tratado” Essa convenção regulamenta a questão dos tratados entre os Estados. Decreto 7030: Teve a introdução no ordenamento brasileiro pelo Decreto 7030. Esta Convenção trata:
I- Art. 6º somente os Estados que aceitarem: se já é um costume de um pais, mesmo que ele não assine o tratado vale para ele, ou seja, implicitamente a Convenção já estava nesse pais.
II- Art. 26 Obrigatoriedade e Boa-fé: se o país assinou é obrigado a cumprir e dentro dos critérios de boa-fé.
III- Art. 27 Impossibilidade de Descumprimento por Conflito com Direito Interno: 
IV- Art. 52 Nulidade por ameaça ou força ou violação dos Princípios do Direito Internacional da Carta da ONU: se o tratado for feito por ameaça, força em violação dos Princípios do Direito Internacional ele pode ser considerado nulo. Esse tratado pode continuar, mas necessita ser retificado.
V- Art. 15 Reservas: 
 - Tratado permite: o tratado especifica que pode ter reservas.
 - Tratado permite com ressalva: o tratado especifica que pode ter reservas, mas estipula que alguns itens não podem ter reservas.
 - Tratado permite, mas não pode ser contrária aos objetivos ou propósito: 
Convenção de Viena trouxe paramentos a instituições dos tratados. São eles:
1 – o tratado só tem aplicação aos Estados que os aceitam;
2 – aquele Estado que aceita o tratado tem obrigação de cumpri-lo, inclusive com boa-fé;
3 – impossibilidade de descumprimento por conflito com o direito interno;
4 – o tratado será nulo se for realizado com ameaça ou força em violação a princípio reconhecido;
5 – possibilidade de ressalvas.
	Artigo 6
Capacidade dos Estados para Concluir Tratados Todo Estado tem capacidade para concluir tratados.
Artigo 15
O membro da Corte eleito na vaga de um membro que não terminou seu mandato completará o período do mandato de seu predecessor.
Artigo 26
Pacta sunt servanda  Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa fé.
Artigo 27
Direito Interno e Observância de Tratados.  Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra não prejudica o artigo 46. 
Artigo 52
Coação de um Estado pela Ameaça ou Emprego da Força.  É nulo um tratado cuja conclusão foi obtida pela ameaça ou o emprego da força em violação dos princípios de Direito Internacional incorporados na Carta das Nações Unidas.
Artigo 46
Disposições do Direito Interno sobre Competência para Concluir Tratados. 
1. Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição de seu direito interno sobre competência para concluir tratados, a não ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito interno de importância fundamental. 
2. Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente para qualquer Estado que proceda, na matéria, de conformidade com a prática normal e de boa fé.
Data: 18/03/2015
2.1.1 – Processo de Formação dos tratados
- cada Estado pode sistematizar a sua forma de celebrar: em regra cada pode escolher suas regras, a não ser que já existe um tratado proibindo.
- Formas:
1- Processo “ad referendum”: negociação/conclusão/assinatura* (feito pelo representante do Estado - embaixador) após essa fase anterior o embaixador trás para o Brasil para que o Presidente coloque a apreciação pelo legislativo (se passar pelo processo de lei ordinário é lei ordinária, se passar pelo processo de lei complementar é lei complementar) é necessário ainda a ratificação pelo executivo depósito do instrumento na entidade com a representação dos países naquele âmbito. Aqui o aceite é precário, ou seja, o aceite do embaixador pode ser mudado.
2- Processo direto: negociação/conclusão/assinatura – o direito interno do pais dá poder para o representante assinar já a partir da assinatura do representante já vai para o depósito do instrumento na entidade com a representação dos países naquele âmbito, sem apreciação do legislativo ou da ratificação do executivo. O representante assina em nome do Estado. 
Processo brasileiro: “ad referendum” (art. 49, I, e 84, VIII, da CF): chamado de “Check and balance”, checar e balancear, pois o executivo aceita, mas é balanceado pelo legislativo, assim tira o poder do executivo de celebrar contratos de forma concentrada. 
* Proteger os interesses e retirada do poder de celebrar tratados de forma concentrada no poder executivo
- o problema do sistema brasileiro: o país não prevê um tempo para terminar todo o processo desde a negociaçãoaté a ratificação. Veja abaixo tempo de tramite do Tratado de Viena:
	Tratado de Viena
	Negociação 
	Assinatura 
	Apreciação pelo Congresso Nacional 
	Ratificação 
	1969 
	1992 
	2000 
	2009
	Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; [...]
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
[...] VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; [...]
Data: 25/03/2015
2.1.2- Incorporação do Tratado (aquele que já foi ratificado pelo presidente) e o Ordenamento Interno: 
A doutrina toma duas divisões quanto aos tratados tradicionais e quanto a tratados de matéria de direitos humanos, isso inclusive é tratado de forma implícita na nossa CF.
1- Tratados tradicionais: a doutrina toma 02 (dois) posicionamentos quanto a natureza dos tratados tradicionais ou como supralegal ou infraconstitucional.
1.1- Supralegal: boa-fé e pacta Sunt Servanta o tratado será inferior a CF e superior as normas infraconstitucionais.
2.2- Infraconstitucional: RE 80.004/77 o tratado será como norma ordinária. Aplica-se a LINDB. Esse posicionamento começou a ser adotado pelo Brasil através do RE 80.004/77 (letra de câmbio) – o STF entendeu que a lei sobre letra de câmbio revogou o tratado (o Brasil tinha um tratado internacional antes da lei da letra de câmbio tratando sobre a letra de câmbio). Em regra, lei complementar não é superior a lei ordinária.
 
Obs.: o que diferencia lei complementar de lei ordinária é o seu conteúdo que é reservado pela Constituição como reservada a lei complementar. Assim qualquer lei que fere uma lei complementar será ela inconstitucional.
Obs.: o Estado não pode levantar norma interna para dizer ser contra tratado assinado.
2- Tratado com matéria de Direitos Humanos como nossa constituição de 88 vinha de um período anterior de ditadura. A doutrina em relação aos tratados internacionais de direitos humanos tomou algumas posições sobre esses tratados. 
2.1- Supraconstitucional: jurisprudência e solidariedade o tratado de matéria de direitos humanos se somam a constituição. É a necessidade de solidariedade entre os estados, pois todos têm direitos a eles.
2.2- Constitucional: art. 5º, § 2º a força do tratado em matéria de DH tem força de norma constitucional.
2.3- Supralegal: art. 5º, § 2º efetivação dos direitos humanos (RHC 79.785/2000) nesse recurso de HC foi argumentado que os tratados de DH o que a CF quer dizer que os tratados se somam e não pode ser revogados por lei ordinária, mas a própria CF pode revogar (voto vencido do ministro Sepuveda Pertence).
2.4- Infraconstitucional: RE 80.004/77 Esse RE serviu de base para esse posicionamento da força infraconstitucional. Esse é o posicionamento do STF. 
Nesse Recurso Extraordinário, o STF decidiu sobre o conflito entre a Convenção para Adoção de uma Lei Uniforme sobre Letras de Câmbio e Notas Promissórias – Convenção de Genebra de 1930 e o Decreto-Lei n.427 de 22.01.1969. Neste Recurso Extraordinário 80.004/77, o Supremo Tribunal Federal decidiu que no caso de conflito entre lei ordinária e tratado internacional, prevalece a posterior (lex posterior derogat priori) observando-se a possibilidade da responsabilidade no plano internacional. 
Ver art. 5º, § 3º da CF: trás que os tratados terão força de emenda constitucional se passar pelo rito para isso.
	Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
3- Como emenda constitucional: art. 5º, § 3º
- Tratados anteriores e Emenda Complementar 45 terão força do rito que foi feito. Se teve rito de força de lei ordinária, terá o tratado força de lei ordinária.
	Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
d- Posicionamento majoritário (e do STF): Infraconstitucional 
2.1.3- Conflito entre tratado interno e direito interno
- Supraconstitucional:
- Constitucional:
- Supralegalidade: 
- Infraconstitucionalidade: L.I.N.D.B art. 2º, § 1º, 2º e 3º (Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro). O conflito será tratado conforme o LINDB.
	Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Represtinação.
§ 3º a denúncia é o principal meio para sair do tratado, isso é feito pelo Chefe de Estado (presidente), assim o presidente acaba por revogar uma lei. Dessa forma pelo § 3º acaba a matéria ficando sem lei. 
2.1.4- Nulidade, extinção e suspensão de aplicação do tratado (quando o tratado para de ter sua força)
- Art. 42 a 53 da convenção de Viena (Tratados): Esse artigo trás os casos de nulidade. Todos os vícios de validade do tratado são suficientes para anular o tratado. O artigo mais importante é o 53.
Vícios de Validade do Tratado:
* Capacidade das partes;
* Agentes habilitados;
* Consentimento mútuo; e
* Objeto lícito e possível.
 art. 53 – “Jus Cogens” os tratados não podem ofender normas categórica do direito internacional sob pena de nulidade. 
 Art. 64 – “Jus Cogens Superveniente” esse artigo trás a possiblidade do jus cogens superveniente ofender também normas de categóricas do direito internacional sob pena de nulidade.
- Art. 54 a 63: Extinção ou suspensão do tratado. Possibilidades de extinção ou suspensão dos tratados: Podem ser por: 
01 Execução Integral do Tratado
02 Expiração do prazo convencionado: duração do tratado.
03 Condição resolutória expressamente prevista
04 Acordo entre as partes
05 Renúncia unilateral (somente em tratados em que o Estado beneficiado exclusivamente renúncia). Nesse caso só o Estado beneficiado pode pedir a renúncia.
05 Impossibilidade de Execução
07 Denúncia desde que previsto expressamente ou tacitamente, ou modificação substancial do tratado. Esse é o caso que a doutrina diz que o Estado não está vinculado ao tratado.
08 Inexecução do tratado por uma das partes. Ex.: Estação Internacional Espacial.
09 Guerra entre as partes
10 Prescrição liberatória: Ex.: o Estado tem 5 anos para exercer o seu direito. Não confundir com Expiração do prazo convencionado (duração do tratado).Convenção de Viena
Artigo 42
Validade e Vigência de Tratados. 
1. A validade de um tratado ou do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado só pode ser contestada mediante a aplicação da presente Convenção. 
2. A extinção de um tratado, sua denúncia ou a retirada de uma das partes só poderá ocorrer em virtude da aplicação das disposições do tratado ou da presente Convenção. A mesma regra aplica-se à suspensão da execução de um tratado.
Artigo 53
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens). 
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.
SEÇÃO 3
Extinção e Suspensão da Execução de Tratados
Artigo 54
Extinção ou Retirada de um Tratado em Virtude de suas Disposições ou por consentimento das Partes.
 
A extinção de um tratado ou a retirada de uma das partes pode ter lugar: 
a)de conformidade com as disposições do tratado; ou 
b)a qualquer momento, pelo consentimento de todas as partes, após consulta com os outros Estados contratantes.
Artigo 55
Redução das Partes num Tratado Multilateral aquém do Número Necessário para sua Entrada em Vigor.
 A não ser que o tratado disponha diversamente, um tratado multilateral não se extingue pelo simples fato de que o número de partes ficou aquém do número necessário para sua entrada em vigor. 
Artigo 56
Denúncia, ou Retirada, de um Tratado que não Contém Disposições sobre Extinção, Denúncia ou Retirada.
 
1. Um tratado que não contém disposição relativa à sua extinção, e que não prevê denúncia ou retirada, não é suscetível de denúncia ou retirada, a não ser que: 
a)se estabeleça terem as partes tencionado admitir a possibilidade da denúncia ou retirada; ou 
b)um direito de denúncia ou retirada possa ser deduzido da natureza do tratado. 
2. Uma parte deverá notificar, com pelo menos doze meses de antecedência, a sua intenção de denunciar ou de se retirar de um tratado, nos termos do parágrafo 1.
Artigo 57
Suspensão da Execução de um Tratado em Virtude de suas Disposições ou pelo Consentimento das Partes.
A execução de um tratado em relação a todas as partes ou a uma parte determinada pode ser suspensa: 
a)de conformidade com as disposições do tratado; ou 
b)a qualquer momento, pelo consentimento de todas as partes, após consulta com os outros Estados contratantes
Artigo 58
Suspensão da Execução de Tratado Multilateral por Acordo apenas entre Algumas das Partes.
 
1. Duas ou mais partes num tratado multilateral podem concluir um acordo para suspender temporariamente, e somente entre si, a execução das disposições de um tratado se: 
a) a possibilidade de tal suspensão estiver prevista pelo tratado; ou 
b) essa suspensão não for proibida pelo tratado e: 
I) não prejudicar o gozo, pelas outras partes, dos seus direitos decorrentes do tratado nem o cumprimento de suas obrigações 
II)não for incompatível com o objeto e a finalidade do tratado. 
2. Salvo se, num caso previsto no parágrafo 1 (a), o tratado dispuser diversamente, as partes em questão notificarão às outras partes sua intenção de concluir o acordo e as disposições do tratado cuja execução pretendem suspender. 
Artigo 59
Extinção ou Suspensão da Execução de um Tratado em Virtude da Conclusão de um Tratado Posterior
 
1. Considerar-se-á extinto um tratado se todas as suas partes concluírem um tratado posterior sobre o mesmo assunto e: 
a) resultar do tratado posterior, ou ficar estabelecido por outra forma, que a intenção das partes foi regular o assunto por este tratado; ou  
b) as disposições do tratado posterior forem de tal modo incompatíveis com as do anterior, que os dois tratados não possam ser aplicados ao mesmo tempo. 
2. Considera-se apenas suspensa a execução do tratado anterior se se depreender do tratado posterior, ou ficar estabelecido de outra forma, que essa era a intenção das partes.
Artigo 60
Extinção ou Suspensão da Execução de um Tratado em Consequência de sua Violação
 
1. Uma violação substancial de um tratado bilateral por uma das partes autoriza a outra parte a invocar a violação como causa de extinção ou suspensão da execução de tratado, no todo ou em parte. 
2. Uma violação substancial de um tratado multilateral por uma das partes autoriza: 
a)as outras partes, por consentimento unânime, a suspenderem a execução do tratado, no todo ou em parte, ou a extinguirem o tratado, quer: 
I)nas relações entre elas e o Estado faltoso; 
II)entre todas as partes; 
b)uma parte especialmente prejudicada pela violação a invocá-la como causa para suspender a execução do tratado, no todo ou em parte, nas relações entre ela e o Estado faltoso; 
c)qualquer parte que não seja o Estado faltoso a invocar a violação como causa para suspender a execução do tratado, no todo ou em parte, no que lhe diga respeito, se o tratado for de tal natureza que uma violação substancial de suas disposições por parte modifique radicalmente a situação de cada uma das partes quanto ao cumprimento posterior de suas obrigações decorrentes do tratado. 
3. Uma violação substancial de um tratado, para os fins deste artigo, consiste: 
a)numa rejeição do tratado não sancionada pela presente Convenção; ou 
b)na violação de uma disposição essencial para a consecução do objeto ou da finalidade do tratado. 
4. Os parágrafos anteriores não prejudicam qualquer disposição do tratado aplicável em caso de violação. 
5. Os parágrafos 1 a 3 não se aplicam às disposições sobre a proteção da pessoa humana contidas em tratados de caráter humanitário, especialmente às disposições que proíbem qualquer forma de represália contra pessoas protegidas por tais tratados.
Artigo 61
Impossibilidade Superveniente de Cumprimento 
1. Uma parte pode invocar a impossibilidade de cumprir um tratado como causa para extinguir o tratado ou dele retirar-se, se esta possibilidade resultar da destruição ou do desaparecimento definitivo de um objeto indispensável ao cumprimento do tratado. Se a impossibilidade for temporária, pode ser invocada somente como causa para suspender a execução do tratado. 
2. A impossibilidade de cumprimento não pode ser invocada por uma das partes como causa para extinguir um tratado, dele retirar-se, ou suspender a execução do mesmo, se a impossibilidade resultar de uma violação, por essa parte, quer de uma obrigação decorrente do tratado, quer de qualquer outra obrigação internacional em relação a qualquer outra parte no tratado.
Artigo 62
Mudança Fundamental de Circunstâncias 
1. Uma mudança fundamental de circunstâncias, ocorrida em relação às existentes no momento da conclusão de um tratado, e não prevista pelas partes, não pode ser invocada como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se, salvo se: 
a) a existência dessas circunstâncias tiver constituído uma condição essencial do consentimento das partes em obrigarem-se pelo tratado; e 
b) essa mudança tiver por efeito a modificação radical do alcance das obrigações ainda pendentes de cumprimento em virtude do tratado. 
2. Uma mudança fundamental de circunstâncias não pode ser invocada pela parte como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se: 
a) se o tratado estabelecer limites; ou 
b) se a mudança fundamental resultar de violação, pela parte que a invoca, seja de uma obrigação decorrente do tratado, seja de qualquer outra obrigação internacional em relação a qualquer outra parte no tratado. 
3. Se, nos termos dos parágrafos anteriores, uma parte pode invocar uma mudança fundamental de circunstâncias como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se, pode também invocá-la como causa para suspender a execuçãodo tratado.
Artigo 63
Rompimento de Relações Diplomáticas e Consulares.
O rompimento de relações diplomáticas ou consulares entre partes em um tratado não afetará as relações jurídicas estabelecidas entre elas pelo tratado, salvo na medida em que a existência de relações diplomáticas ou consulares for indispensável à aplicação do tratado.
Artigo 64
Superveniência de uma Nova Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens).
Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional geral, qualquer tratado existente que estiver em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se.
Data: 08/04/2015
3- Costumes: antes, no pré 45, o costume tinha mais força que o próprio tratado. 
- Conceito tradicional: atos habituais de reconhecimento amplo e frequentes no tempo (esse tempo no direito internacional é algo muito extenso).
 O costume para ser reconhecido no direito internacional ele tem que estar reconhecido a muito tempo (100, 200 anos).
 Julgamento da plataforma continental do Mar do Norte (ano: 67 - 69): obrigatoriedade da prática a corte internacional de justiça introduziu um novo conceito sobre o costume, ou seja, a necessidade obrigatória da prática. O melhor conceito pode ser: atos habituais de reconhecimento amplo e frequentes no tempo com prática obrigatória (conceito moderno);
 Tempo e novas tecnologias e avanço da ciência A corte passou a entender que o tempo do conceito de costume poderia ser relativizado, desde que tenham motivos suficientes para tal, principalmente quanto à utilização de novas tecnologias;
- Pré-45 e Pós-45 o costume começou a perder sua prática para o tratado, sendo utilizado ainda principalmente quanto a:
1- Visa solucionar problemas imediatos não previstos em tratados;
2- Força interpretativa;
3- Tratados assinados e não ratificados alguns países assinavam o tratado, mas não ratificavam, contudo o tratado era colocado em prática e acabava tornando-se um costume com obrigatoriedade na prática. Isso servia para muitas vezes justificar a aceitação do tratado.
4- Princípios Gerais do Direito 
- Axiológico (valor) ou norma ?
Não existe uma regra. Para o professor é valor e tem pode ser utilizado como interpretativa.
1- Fonte de integração, auxiliar e interpretativa para ser fonte de integração não deve existir um tratado internacional naquele sentido. Pode também o princípio ser auxiliar no tratado ou até mesmo servir de interpretação do tratado.
2- Reconhecimento universal para ter esse reconhecimento universal deve ser reconhecido para pelos países.
5- Jurisprudência
 Precedente X Jurisprudência = a diferença está que no precedente pode ser qualquer decisão com trânsito em julgado, já a jurisprudência são vários precedentes de teor igual ou que permita isso de decisões reiteradas.
O que determina o precedente é o seu teor.
A jurisprudência é muito utilizada para prever casos que a lei não previu.
- Conceito: são decisões reiteradas no tempo com o mesmo teor. 
- A jurisprudência e precedentes somente para os Estados Litigantes: não influi para os casos futuros de forma obrigatória, ou seja, o fato de ter jurisprudência ou precedente não obriga a corte a julgar daquela forma, pois caso contrário, fica a corte obrigada a seguir o precedente ou jurisprudência.
- Art. 38, “d”, do Estatuto da corte Internacional: “Decisões Judiciárias”
Decisões Judiciárias são como mero auxiliar para a determinação das regras do direito internacional.
	Artigo 38
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; 
c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. 
- Função auxiliar (“subsidiary means”): a jurisprudência tem como função determinar o direito, ou seja, como o direito pode ser aplicado;
- Cortes: para alguns doutrinadores a jurisprudência das cortes internacionais tem mais força que jurisprudência nacional. É parecido com a questão das normas internas que não podem ser levantadas contra os tratados. 
Geralmente a Corte tende a seguir/aplicar sua própria jurisprudência.
Exemplos que tem jurisprudência e precedentes a serem utilizados:
a- corte internacional de justiça;
b- corte permanente de arbitragem;
c- Tribunal Internacional do Mar;
d- Tribunal penal internacional:
 d.1- “ad hoc”: Nuremberg; Tóquio; Ruanda; Iugoslávia
e- Cortes Europeia e Interamericana;
- Presibilidade e estabilidade: estado terceiro interveniente (art. 62, 63)
 - Resguardar interesse jurídica (62): Quando um Estado entender que a decisão de uma causa é susceptível de comprometer um interesse seu de ordem jurídica, esse Estado poderá solicitar à Corte permissão para intervir em tal causa.
 - Controvérsia em relação a interpretação de tratado (63): Quando se tratar da interpretação de uma convenção, da qual forem partes outros Estados, além dos litigantes, cada Estado terá o direito de intervir no processo; mas, se usar deste direito, a interpretação dada pela sentença será igualmente obrigatória para ele.
	Artigo 62
Quando um Estado entender que a decisão de uma causa é susceptível de comprometer um interesse seu de ordem jurídica, esse Estado poderá solicitar à Corte permissão para intervir em tal causa. A Corte decidirá sobre esse pedido. 
Artigo 63
Quando se tratar da interpretação de uma convenção, da qual forem partes outros Estados, além dos litigantes, o Escrivão notificará imediatamente todos os Estados interessados. 
Cada Estado assim notificado terá o direito de intervir no processo; mas, se usar deste direito, a interpretação dada pela sentença será igualmente obrigatória para ele. 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe64EAK/resumo-dip
2º TE daqui para frente
Data: 29/04/2015
6- Doutrina: é o estudado sobre alguns conceitos do direito por uma pessoa que analisa o assunto. Por isso do termo doutor, ou seja, DOUTRINA.
- Fonte auxiliar e interpretativa: geralmente auxilia os tratados e os costumes, principais fontes do direito internacional.
Unidade II - Sujeitos do Direito Internacional 
Sujeito de direito são aquelas pessoas que tem direito e deveres e capacidade para exercê-los. Por isso que uma criança não é sujeito de direitos. Os índios também não são sujeitos de direitos. Há situações que algum direito ou dever são mitigados, mas isso não tira a qualidade de sujeito de direito.
1- Introdução
- O que é sujeito de direito internacional ?
Na concepção clássica é o Estado, mas com a ampliação do D.I., após 45, foi percebidos que não somente os Estados eram sujeitos de direito. Pela nova concepção, ou seja, moderna, passaram a serem sujeitos de direito no direito internacional, além dos Estados, organizações internacionais, cidadãos, sociedade civil internacional. 
- Sujeitos de direito no D.I.
a- Estados (concepção clássica):
b- Organizações internacionais (concepção pós moderna): ONU, UNESCO etc.
c- Cidadãos (concepção pós moderna): só é considerado Sujeito de Direitos em casos que tratar de direitos humanos e em casos de crimes de guerra.
d- Sociedade civil internacional (concepção pós moderna): são as sociedades que são reconhecidos seus direitos de serem ouvidos. São os rebeldes armados, rebeldes não armados etc.
	Sujeitos de Direito no D.I.
	Concepção Clássica
	Concepção Pós Moderna
	a- Somente os Estados
	a- Estados
	
	b- Organizações internacionaisc- Cidadãos
	
	d- Sociedade Civil Internacional
Próxima aula.
2- Estados: 
2.1- Elementos constitutivos:
a- população permanente: coletividade de indivíduos nacionais estrangeiros que habitam o território em determinado período.
Povo x População 
b- Território determinado: não pode ser em sentido absoluto
c- Governo: soberano e não pode ser submetido a outra autoridade exterior.
d- Capacidade de entrar em relação com outros Estados.
Estado x Nação
Nação: conjunto de pessoas unidas por tradições, credos, raça, cultura .... 
Por que das imunidades diplomáticas ?
Caso prático parecido igual ao noticiado hoje em que um diplomata espanhol matou sua namorada brasileira no Brasil.
Data: 13/05/2015
2.1- Elementos Constitutivos do Estado
a- População permanente: é a coletividade de indivíduos nacionais e estrangeiros que habitam o território em determinado período. 
Povo x População
Povo: algo que se comunica entre um e outro. É a identificação cultural, social etc. São as especificações de um grupo.
População: é algo numérico dentre de um local específico e em determinado tempo.
b- Território determinado: não sendo em sentido absoluto (linhas delineadas no mapa). 
c- Governo: soberano e não submetido a outra autoridade externa. 
Governo X Estado
Governo: é algo ligado ao chefe da união. É a administração do Estado. É algo passageiro;
Estado: é algo ligado de forma ampla. É algo constante. 
d- Capacidade de entrar em relação com outros estados.
Estado x Nação
Estado: representatividade de um população. Critérios objetivos (4 critérios antes debatidos).
Nação: representatividade de um povo. Uni a povo por critérios mais subjetivos (credo, religião etc).
2.2- Nascimento. Formas de nascimento de um Estado:
a- Ocupação de território desocupado;
b- Separação de parte da população e do território já existente. Ex.: Uruguai (Cisplatina).
c- Dissolução total do Estado. Ex.: Iugoslávia.
d- Fusão de dois ou mais Estados. Ex.: Itália (várias cidades estados que se fundiram).
2.3- Reconhecimento. Os Estados depende de reconhecimento de outros Estados, até por que não parece lógico um Estado se relacionar com um Estado que não o reconheça.
Conceito: Decisão do governo de um Estado existente de aceitar outra entidade como tal, sendo um ato político, com as suas consequências jurídicas.
Mesmo sendo um ato de governo (governo é transitório) o reconhecimento é para sempre.
- Dever de reconhecimento? O Estado tem um dever de reconhecimento ? O ato de reconhecimento é um ato político, assim não há o dever de reconhecimento, mas se reconhecer não pode mudar. Isso por causa da Resolução 22/1949. Outra parte da doutrina entende que o ato é jurídico.
Para questões didáticas deve ser utilizado como ato político.
(um ato jurídico gera direitos) (o ato político não tem dever anterior, mas somente posterior)
- Formas de Reconhecimento: expresso ou tácito.
Expresso: declaração explícita em nota, tratado ou decreto (ato interno). É um ato explicito onde um Estado reconhece outro Estado. 
Tácito: tratamento com o novo Estado por relações diplomáticas ou mesmo tratado. 
 
- Reconhecimento individual ou coletivo (outra forma de reconhecimento de um Estado): Resolução de 22 de novembro de 1949 o reconhecimento deve passar pelo crivo do conselho da ONU, antes de passar pela Assembleia do Conselho de Segurança. Esse Conselho da ONU é político. Por isso que se utiliza, por questões didáticas e por parte da doutrina, que o ato de reconhecimento é político.
- Reconhecimento de Direito (de “Jure”) ou de fato (de “facto”)
 “Jure”: definitivo e completo. Ex.: reconhecimento explícito.
 “Facto”: provisório ou limitado a certas relações jurídicas. Ex.: um Estado se relaciona com outro Estado. 
- Reconhecimento condicionado e não condicionado: alguns países, como é ato político, criam condições para reconhecer outro país. 
 (ir)revogabilidade: dependendo da situação o reconhecimento pode revogado, isso se cessar essas condições criadas.
- Reconhecimento de Estado x Governo
Estado: é anterior ao reconhecimento do governo.
Governo: 
2.4- Extinção e Sucessão
- Extinção: desaparecimento total de um dos elementos constitutivos do Estado.
- Sucessão: desaparecimento de um Estado, sendo criado outro no local, que assume o todo o aparato estatal primitivo;
- Problema da Soberania do novo Estado ? Teoria da Tabula Rasa ou “Clean Slate”, exceções: tratados de fronteiras, reconhecimento de direitos adquiridos e de equidade. O Estado novo não assume as fronteiras do Estado anterior.
Exceções: tratados de fronteiras, reconhecimento de direitos adquiridos e de equidade.
Teoria do Clean Slate que dizer que em regra apaga todos os tratados.
* Teoria que prega não ter, o novo Estado, qualquer obrigação decorrente de atos do Estado predecessor.
Data: 20/05/2015
Convenção de Viena de 1978 (tratado sobre sucessão de Estados)
- Art. 11: Regra geral sucessão não afeta as fronteiras, nem obrigações e direitos determinados por tratado sobre fronteiras. 
	Artigo 11 
Regimes de fronteira
Uma sucessão de Estados não afetará de per si: 
a) Uma fronteira estabelecida por um tratado; nem
b) As obrigações e os direitos estabelecidos por um tratado e que se refiram ao regime de uma fronteira. 
- Art. 15: desmembramento sem extinção com transferência de parte do território para outro Estado: tratados do Estado predecessor deixam de vigorar.
Exceção: incompatibilidade do objeto e finalidade ou modificar as condições de implementação.
	Artigo 15 
Sucessão relativa a uma parte do território
Quando um a parte do território de um Estado, ou quando qualquer território de cujas relações internacionais seja responsável um Estado e que não seja parte do território desse Estado, passa a ser parte do território de outro Estado: 
a) Os tratados do Estado predecessor deixarão de estar em vigor relativamente ao território a que se refira a sucessão de Estados desde a data da sucessão de Estados; e 
b) Os tratados do Estado sucessor estarão em vigor relativamente ao território a que se refira a sucessão de Estados desde a data da sucessão de Estados, salvo se se depreender do tratado ou constar de outro modo que a aplicação do tratado a esse território seria incompatível com o objeto e fim do tratado ou alteraria radicalmente as condições da sua execução.
- com a separação de parte do território para formação de um novo Estado: desaparecimento dos tratados, exceto nos casos de fronteiras, os quais podem ser revistos entre as partes. Ex.: Cisplastina do Uruguai.
- em caso de fusão: em regra os tratados podem ser mantidos, podendo o novo Estado questionar, principalmente os bilaterais.
No caso das fusões a corte do direito internacional entende que nos casos multilaterais não é necessário assinar novamente os tratados antes assinados pelos Estados que se fundiram. Mantem se autonomia e a segurança jurídica.
2.5- Direito e deveres dos Estados: sujeito de direito é ter direitos e deveres e poder exercê-los. 
A- Liberdade
Conceito: direito de agir com autonomia em relação ao tratamento com as pessoas e as coisas dentro dos seus territórios ao mesmo tempo em que é o Estado é independente em relação a outros Estados. 
B- Igualdade
Conceito: todos os Estados são iguais, em direito e deveres, perante o Direito Internacional. Isso decorre de duas questões:
Função Positiva de um direito: o direito existe (positivo). Pode fazer. Ex.: todos são iguais perante a lei.
Função Negativa de um direito: não poder fazer. Ex.: Outra pessoa não pode dizer que uma pessoa não é igual a ela.
Assim a mesma norma pode ter as duas funções, é questão de interpretação desses direitos e deveres.
- Consequências Diretas do direito de igualdade:
I- Voto: via de regra os Estados tem o mesmo peso de voto. Há exceções como por exemplo os votos dos membros do conselho permanente de Segurança da ONU.
II- Jurisdiçãoreclamada: jurisdição é a capacidade de dizer o direito. Não pode ser exigido de um Estado como outro Estado pode aplicar seu direito. Cada Estado tem seu direito. Isso não é uma regra absoluta. 
Exceção: Ex.: carta rogatória. 
C- Respeito Mútuo – Basicamente um estado tem que respeitar o outro. 
Conceito: consiste no direito de ser tratado com consideração e de exigir que os seus legítimos direitos, bem como a sua dignidade moral e a as personalidade física ou política, sejam respeitados pelos demais membros da comunidade internacional. Isso também quanto:
- Honrarias:
- Fronteiras: Ex.: a questão de um policial federal brasileiro que perde seu poder de polícia ao passar pela fronteira de outro país.
- Embaixadas: 
- Respeito à população e cultural:
- Art. 33 a 38 da carta da ONU: visa a solução pacífica de controvérsia: A própria carta a ONU visa o respeito mútuo para a solução de conflito. Respeito entre as partes. Esses artigos visam o respeito mutuo dos Estados para a resolução dos conflitos sem lide.
	CAPÍTULO VI
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS
Artigo 33
1. As partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso a entidades ou acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha.
2. O Conselho de Segurança convidará, quando julgar necessário, as referidas partes a resolver, por tais meios, suas controvérsias.
Artigo 34
O Conselho de Segurança poderá investigar sobre qualquer controvérsia ou situação suscetível de provocar atritos entre as Nações ou dar origem a uma controvérsia, a fim de determinar se a continuação de tal controvérsia ou situação pode constituir ameaça à manutenção da paz e da segurança internacionais.
Artigo 35
1. Qualquer Membro das Nações Unidas poderá solicitar a atenção do Conselho de Segurança ou da Assembléia Geral para qualquer controvérsia, ou qualquer situação, da natureza das que se acham previstas no Artigo 34.
2. Um Estado que não for Membro das Nações Unidas poderá solicitar a atenção do Conselho de Segurança ou da Assembléia Geral para qualquer controvérsia em que seja parte, uma vez que aceite, previamente, em relação a essa controvérsia, as obrigações de solução pacífica previstas na presente Carta.
3. Os atos da Assembléia Geral, a respeito dos assuntos submetidos à sua atenção, de acordo com
este Artigo, serão sujeitos aos dispositivos dos Artigos 11 e 12.
Artigo 36
1. O conselho de Segurança poderá, em qualquer fase de uma controvérsia da natureza a que se refere o Artigo 33, ou de uma situação de natureza semelhante, recomendar procedimentos ou métodos de solução apropriados.
2. O Conselho de Segurança deverá tomar em consideração quaisquer procedimentos para a
solução de uma controvérsia que já tenham sido adotados pelas partes.
3. Ao fazer recomendações, de acordo com este Artigo, o Conselho de Segurança deverá tomar em consideração que as controvérsias de caráter jurídico devem, em regra geral, ser submetidas pelas partes à Corte Internacional de Justiça, de acordo com os dispositivos do Estatuto da Corte.
Artigo 37
1. No caso em que as partes em controvérsia da natureza a que se refere o Artigo 33 não conseguirem resolve-la pêlos meios indicados no mesmo Artigo, deverão submete-la ao Conselho de Segurança.
2. O Conselho de Segurança, caso julgue que a continuação dessa controvérsia poderá realmente constituir uma ameaça à manutenção da paz e da segurança internacionais, decidirá sobre a conveniência de agir de acordo com o Artigo 36 ou recomendar as condições que lhe parecerem apropriadas à sua solução.
Artigo 38
Sem prejuízo dos dispositivos dos Artigos 33 a 37, o Conselho de Segurança poderá, se todas as partes em uma controvérsia assim o solicitarem, fazer recomendações às partes, tendo em vista uma solução pacífica da controvérsia.
D- Defesa e Conservação
Conceito: realização de atos necessários à defesa do Estado contra os inimigos internos e externos, tais como adoção de leis penais, organização de Tribunais repressivos, prática de medidas de ordem policial etc. Ex.: a lei do ato patriótico contra atos terroristas no EUA que mudou até mesmo direitos consagrados como por exemplo a questão das escutas telefônicas. 
- Direito Absoluto ?
Esse direito a defesa e conservação não é absoluto. 
Para poder afastar dos ataques de outros pais não é possível todos os meios de defesa e conservação, pois existe todo 
Extradição, deportação e expulsão no direito brasileiro. Diferenças. Informativo 784 do STF
Data: 03/06/2015
Continuação
e- Direito Interno do desenvolvimento
Conceito: todo Estado, com baixo desenvolvimento, não pode ser impedido de ter sua independência reconhecida e nem ser impedido de ter acesso às instituições internacionais (Ex.: FMI, NOS etc);
Não se confunde com o direito ao desenvolvimento interno, como por exemplo a agenda 21 onde começou algumas questões sobre o desenvolvimento sustentável. 
O desenvolvimento internacional.
f- Jurisdição
Conceito: todo Estado tem o direito de exercer a sua jurisdição no seu território e sobe a população permanente com as exceções estabelecidas pelo direito interno;
O Estado tem o direito de dizer dentro de seu território o seu direito, desde que não ofendam os tratados internacionais.
2.6- Responsabilidade Interna do Estado.
Conceito: todo Estado é internacionalmente responsável por todo ato comissivo ou omissivo que lhe seja imputável e do qual resolve violação de uma norma jurídica;
- Tipos de responsabilidade:
a- Delituosa;
b- Contratual;
c- Direta: deriva de atos do próprio Estado ou de seus agentes;
d- Indireta: atos praticados por simples particulares, mas que podem ser imputados ao Estado por não ter prevenido ou punido. Ex.: guerrilheiros de um pais captura uma pessoa de outro país.
 
- Responsabilidade pelo dano moral e material
a- dano existente;
b- ato ilícito: violação às obrigações internas, tanto decorrente de tratados, costumes ou princípios gerais do direito;
c- nexo causal ou imputabilidade do agente;
d- culpa. São utilizadas as duas correntes no direito internacional, ou seja, uma precisa mostrar a culpa, outra não precisa. Não existe corrente majoritária. 
- Os atos (atos do próprio Estado)
a- atos de órgãos do Estado:
a1- atos do órgão executivo: 
 - mais comuns: decisão do governo ou ato de seus funcionários;
 Ex.: dívidas decorrentes de contratos não executados; prisões ilegais; falta da proteção devida aos estrangeiros; atos abusivos de funcionários;
a2- atos de órgão legislativo
 - decorre da criação de leis ou disposições internas contrárias as obrigações assumidas no direito internacional;
 - Disposições constitucionais X infra
a3- atos de órgão judiciário
 - atos emanados do judiciário que violem as obrigações internacionais.
 Ex.: decisão judicial definitiva e incompatível com as obrigações internacionais do Estado; decisão judiciária definitiva injusta
 injusta ? parcialidade manifesta ou má-fé
 erro de fato ou erro de direito ?
- Corte internacional e as decisões violatórias do direito internacional

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