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UNIÃO POTIGUAR DE ENSINO INSTITUTO DE ENSINO E CULTURA – IEC ANA PATRÍCIA GOMES DA CRUZ FRANCISCA PAULA DA SILVA JESSICA PRISCILA RIBEIRO DOS SANTOS LAYZE CARVALHO DE PAIVA MYCHELLE DAYANE RIBEIRO DOS SANTOS DOROTHEA ELIZABETH OREM E SUA TEORIA DO AUTOCUIDADO PARNAMIRIM – RN 2016 ANA PATRÍCIA GOMES DA CRUZ FRANCISCA PAULA DA SILVA JESSICA PRISCILA RIBEIRO DOS SANTOS LAYZE CARVALHO DE PAIVA MYCHELLE DAYANE RIBEIRO DOS SANTOS DOROTHEA ELIZABETH OREM E SUA TEORIA DO AUTOCUIDADO Trabalho apresentado à disciplina de História da Enfermagem, curso técnico em Enfermagem, como requisito parcial para aprovação na referida disciplina. Prof. Laisi Catharina da Silva Barbalho Brás PARNAMIRIM – RN 2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 DOROTHEA ELIZABETH OREM 5 3 TEORIA DO AUTOCUIDADO 6 3.1 REQUISITOS DO AUTOCUIDADO 7 3.1.1 REQUISITOS UNIVERSAIS 7 3.1.2 REQUISITOS DE DESENVOLVIMENTO DE AUTOCUIDADO 7 3.1.3 REQUISITOS DE DESVIO DE SAUDE 7 4 TEORIA DO DÉFICIT DE AUTOCUIDADO 9 5 TEORIA DOS SISTEMAS DE ENFERMAGEM 10 5.1 SISTEMA TOTALMENTE COMPENSATÓRIO 11 5.2 SISTEMA PARCIALMENTE COMPENSATÓRIO 12 5.3 SISTEMA EDUCATIVO DE APOIO 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS 14 1 INTRODUÇÃO Dorothea Elizabeth Orem é foi uma teórica do século XX funcionalmente importante para a Enfermagem. Sua carreira dedicada ao desenvolvimento da sua teoria foi marcada por um profundo interesse em proporcionar cuidado de uma forma humanizada respeitando as capacidades e limitações de cada paciente, partindo do princípio de que, como indivíduos com emocional e conhecimentos distintos e portadores de doenças distintas, cada paciente pode e deve ser tratado de maneira única e particular. A Teoria de Enfermagem de Orem foi desenvolvida entre 1959 a 1985. É baseada principalmente no autocuidado e formada por três construções teóricas que são relacionados entre si: Teoria do Autocuidado, a Teoria do Déficit do Autocuidado e a Teoria dos Sistemas de Enfermagem. 2 DOROTHEA ELIZABETH OREM Nascida em 1914, na cidade de Baltimore, Maryland (EUA), Dorothea E. Orem foi uma enfermeira de notório papel na História da Enfermagem. Seu pai era pescador e trabalhador da construção civil, enquanto sua mãe era dona de casa. Apesar da origem humilde, Orem teve a oportunidade de cursar Enfermagem na Providence Hospital School of Nursing (Washington), onde formou-se em 1939, obtendo, assim, o título de Bacharel em Ciências em Educação em Enfermagem, seguido pelo de Mestre em Ciências em Educação em Enfermagem pela Catholic University of América em 1945. O reconhecimento pela sua contribuição para o desenvolvimento da Enfermagem lhe rendeu três doutorados Honoris Causa. Orem hoje é lembrada não apenas pelo seu trabalho, mas também pela profissional humanizada, dedicada e amorosa capaz de uma ter uma profunda empatia pela pessoa do paciente, além de sua capacidade de liderar sem se sobrepor aos demais profissionais por onde trabalhou. Através de seu livro Nursing: concepts of pratice, Orem forneceu a estrutura sobre o qual foi desenvolvido e expandido o conceito de Enfermagem como ciência e não apenas um conjunto de técnicas. 3 TEORIA DO AUTOCUIDADO Entre 1959 e 1985, Orem desenvolveu sua teoria do autocuidado, que consiste, basicamente, na ideia de que os indivíduos, quando capazes, devem cuidar de si mesmos. Quando existe a incapacidade, entra o trabalho do enfermeiro no processo de cuidar. Para as crianças, esses cuidados são necessários mediante incapacidade dos pais e/ou responsáveis interferirem neste processo. Sua teoria é baseada em ações voluntarias que o indivíduo e capaz de realizar, tendo a responsabilidade de cuidar de si mesmo para sua saúde e autoestima. O entendimento dos objetivos dessa teoria está diretamente relacionado com a compreensão dos conceitos de autocuidado, ação de autocuidado, fatores condicionantes básicos e demanda terapêutica de autocuidado. Dorothea Orem define que autocuidado é o desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem-estar. Quando o autocuidado é efetivamente realizado, ajuda a manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, contribuindo para o seu desenvolvimento. Esta capacidade de cuidar de si mesmo é afetada por fatores condicionantes básicos, como a idade, sexo, estado de desenvolvimento, estado de saúde, orientação sociocultural, modalidade de diagnósticos e de tratamentos, sistema familiar, padrões de vida, fatores ambientais, adequação e disponibilidade de recursos. 3.1 REQUISITOS DO AUTOCUIDADO Dorothea Orem vincula o autocuidado a três categorias de requisitos 3.1.1 REQUISITOS UNIVERSAIS São aqueles que todos têm, seja por sua condição biológica, seja por sua condição sóciopsicológica, porém não serão iguais em qualidade e em quantidade para todos os seres humanos. 2. Requisitos de desenvolvimento 3.1.2 REQUISITOS DE DESENVOLVIMENTO DE AUTOCUIDADO Relacionados com o desenvolvimento individual, procurando adaptar-se durante o ciclo vital. 3.1.3 REQUISITOS DE DESVIO DE SAUDE Ocorre quando o indivíduo não reage, controla, ou não possui capacidade de realizar o autocuidado, aí necessitam de requisitos especiais que busquem: Assegurar cuidados apropriados tanto no que diz respeito a agentes físicos ou biológicos específicos. Consciência e observação com relação as condições patológicas Compreender o diagnóstico médico e executar a terapêutica e as medidas de reabilitação, prevenção ou tratamento de tipos específicos de patologias Ser consciente e observar ou regular incômodos ou efeitos nocivos das medidas de cuidado desempenhadas ou prescritas pelo médico. Modificar o autoconceito para a aceitação de si mesmo, necessitando de formas específicas de cuidados à saúde. Aprender a conviver com a condição patológica em um estilo vital de desenvolvimento pessoal e contínuo. Para Dorothea, aquele que cuida de si mesmo e presta este serviço a outras pessoas é chamado de agente de autocuidado. O enfermeiro pode ser agente de autocuidado quando o paciente não consegue fazer isso por si só. Os requisitos universais do autocuidado, preconizados por Dorothea Orem, estão relacionados, de uma maneira geral, com as atividades de vida diária do indivíduo a ser assistido. Esses são os requisitos principais: Manutenção de uma ingesta suficiente de ar Manutenção de uma ingesta suficiente de água Manutenção de uma ingesta suficiente de alimentos Provisão de cuidados associados com processos de eliminação e excrementos Manutenção do equilíbrio entre a solidão e interação social Prevenção dos perigos à vida humana, ao funcionamento e ao bem-estar do ser humano Promoção do funcionamento e desenvolvimento do ser humano dentro dos grupos sociais, de acordo com o potencial, limitações conhecidas e desejo de ser normal (de acordo com a genética, características constitucionais e talentos dos indivíduos). 4 TEORIA DO DÉFICIT DE AUTOCUIDADO A enfermagem passa a ser uma exigência (uma ajuda) quando um adulto acha-se incapacitado ou limitado para prover autocuidado continuo e eficaz Os métodos utilizados para o autocuidado são: Agir ou fazer para outra pessoa Guiar e orientar Proporcionar apoio físico e psicológico Proporcionar e manter ambiente de apoio ao desenvolvimento pessoal Ensinar 5 TEORIA DOS SISTEMAS DE ENFERMAGEM O sistema de enfermagem planejado pelo profissional, baseia-se nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para execução de atividades de autocuidado Dorothea Orem explica o autocuidado e relaciona os vários fatores que afetam sua provisão, especificando quando a Enfermagem é necessária para auxiliar o indivíduo a administrar o autocuidado. As áreasde atividades para a prática da enfermagem, segundo Orem, são: Iniciar e manter relacionamento com o paciente/família até estado de “alta” da enfermagem Determinar “se e como” devem receber apoio da enfermagem Estar atento às necessidades do paciente/família em relação à enfermagem Prescrever, proporcionar e regular a ajuda direta aos pacientes/família da assistência de enfermagem necessária Coordenar e integrar a enfermagem na vida diária do paciente. A Teoria dos Sistemas de Enfermagem define as necessidades de autocuidado em relação à capacidade do paciente para o autocuidado, em que, na ocorrência de déficit de autocuidado, a enfermagem pode e deve agir, interferir. 5.1 SISTEMA TOTALMENTE COMPENSATÓRIO Em que a incapacidade de autocuidado é atestada e a enfermagem se faz necessária, podendo ser socialmente dependentes de outros indivíduos que façam parte do grupo/família, possibilitando a continuidade de sua existência e seu bem-estar. É o caso das pessoas comatosas, dos conscientes, capazes de observar, julgar, decidir, mas não pode ou não deve desempenhar ações que exijam deambulação ou manipulação, ou ainda, dos que sejam incapazes de atender suas próprias necessidades e/ou tomar decisões, embora possam deambular e desempenhar algumas ações de autocuidado, embora com orientação e supervisão constantes (fraturas vertebrais C3-C4; retardo mental) 5.2 SISTEMA PARCIALMENTE COMPENSATÓRIO No qual o enfermeiro e o paciente assumem ações do cuidar e outras atividades envolvendo deambulação e manipulação, com o principal papel tendo a participação de um ou ambos. É o caso de cirurgias que limitem movimentos de deambulação, troca de curativos, etc. 5.3 SISTEMA EDUCATIVO DE APOIO Em que o paciente pode, deve e assume as atividades de autocuidado, orientado e monitorado sempre. O enfermeiro atua como espécie de consultor e educador. Podem ocorrer situações em que uma ou mais situações se façam presentes e necessárias, simultaneamente. A Teoria de Dorothea Orem proporciona uma base compreensiva para a prática da enfermagem, com utilidade na educação, prática clínica, administração, pesquisa e sistemas de informação na enfermagem. Os principais conceitos de Dorothea Orem seres humanos, saúde, sociedade e enfermagem. De fácil entendimento e compreensão, define quando a enfermagem é necessária e a intensidade de sua intervenção, relacionada com as necessidades afetadas do paciente/familiar, em que o enfermeiro atua parcial ou totalmente, mas nunca deixando de ser o condutor, educador e orientador do processo de cuidar. Fundamenta sua teoria na promoção e manutenção da saúde, considerando os aspectos holísticos da assistência de enfermagem e a responsabilidade do indivíduo em relação ao processo do cuidar, tornando-se um sistema dinâmico, versátil e fluente em relação aos objetivos, sendo simples o entendimento, embora complexo na composição. Sua teoria continua a evoluir, universalmente, com impacto na profissão, contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento das teorias de enfermagem CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme pudemos observar ao longo do trabalho, a Teoria do Autocuidado possui uma intrínseca relação com o papel do Técnico em Enfermagem e não só do enfermeiro. Orem, com sua profunda vontade de cuidar e humanizar a assistência de Enfermagem, revolucionou a forma como os pacientes devem ser vistos e assistidos, formulando a teoria que é palco, dá voz e vez à assistência Humanizada e personalizada, da qual cada paciente, usuário ou cliente é digno. Conforme muitos artigos disponíveis na internet, a teoria de Orem, quando aplicada, seja em pacientes com sondas nasogástrica ou tetraplégicos, revela-se profundamente eficaz, além de motivadora e empática. Quando bem aplicada, a além de melhorar o trabalho do profissional, facilita e motiva a recuperação do paciente, através do cuidado, orientação e incentivo prestado. Cabe, agora, à nós aprofundarmos no que Orem nos ensina, tornando-nos profissionais humanos, que sabem respeitar a capacidade e limitação de cada paciente, seja ele fácil ou não de lidar, porque, afinal, esse é nosso papel, como traduziu Dorothea Orem, com sua teoria: cuidar, guiar, orientar, humanizar.
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