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Roteiro 4 Sistema Muscular UNIJORGE 2015.1

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Fisiologia Geral – Profa. Ana Quenia Silva  
 
Roteiro de Estudos 4 – Sistema Muscular 
 
1. Tipos de Músculo: 
‐ Esquelético,  Liso e  Cardíaco 
Esquelético   Liso   Cardíaco  
Preso aos ossos.   Paredes de órgãos (estômago, 
bexiga, vias aéreas, vasos)  
Apenas no coração, forma paredes 
cardíacas.  
Estriado   Não‐estriado   Estriado  
Voluntário (controle consciente)   Involuntário (controle inconsciente)   Involuntário (inconsciente e reflexo)  
Atividade intermitente   Atividade intermitente e contínua   Atividade contínua  
 
2. Propriedades dos músculos 
‐ excitabilidade: capacidade de responder a estímulos. 
‐ contratilidade: capacidade de se contrair gerando força, quando 
estimulado 
‐ extensibilidade: capacidade de se alongar sem prejudicar sua função 
e sem ser lesado. 
‐ elasticidade: capacidade de retornar ao seu comprimento original 
após ter sido distendido. 
 
3. O Músculo Esquelético: 
 Estrutura da fibra muscular esquelética:  
→ Maioria da musculatura corporal (cerca de 40% do corpo).  
→ Contração voluntária e rápida.  
→ Ações: manutenção da postura, locomoção, respiração, fala, 
etc. 
Ex: Bíceps, deltóide,  diafragma, músculos abdominais e faciais. 
‐ Diâmetro: de 10‐80 µm. 
-  Comprimento: estende‐se por todo comprimento do músculo 
(pode chegar até 25cm). 
-  Inervação: cada fibra muscular é inervada por uma única 
terminação nervosa motora.   
 
 Miofibrilas (filamentos de actina e miosina, sarcômeros e pontes 
cruzadas): 
Miosina: Filamentos espessos, faixas escuras, 
Actina:  Filamentos finos, faixas claras (1:2), 
Disco Z:   Molécula proteica transversal na miofibrila. 
Sarcômero:  Porção da miofibrila entre 2 discos Z  
Pontes Cruzadas:    Projeções  do  filamento  de miosina que  interagem 
com a actina. 
 
 Inervação do Músculo Esquelético: 
Junção Neuromuscular: junção entre cada terminação nervosa com a 
fibra muscular.  
A junção ocorre próximo ao ponto médio da fibra muscular, e o 
potencial de ação gerado, percorre os dois sentidos, na direção das 
extremidades da fibra muscular.  
 Mecanismo de contração muscular 
‐ Potencial de Ação: 
1. Despolarização:  abertura dos canais rápidos de sódio.  
2. Repolarização: canais rápidos de sódio fecham e de canais de potássio são abertos.  
Ef it d Cál i
1. Íons cálcio geram forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, promovendo o deslizamento 
destes, e a consequente contração muscular. 
2. Após fração de segundos os íons cálcio são bombeados de volta para o interior RS por uma bomba de cálcio 
e permanecem lá até a chegada de um novo potencial de ação. 
3. A entrada dos íons cálcio de volta para o RS causa o fim da contração muscular.  
 
‐ Sequência de eventos da contração muscular (mecanismo de deslizamento) 
1. Um potencial de ação vem do nervo motor para as fibras musculares. 
2.  Secreção do neurotransmissor acetilcolina pelas terminações nervosas.  
3.  A acetilcolina promove abertura de canais de sódio.  
4. A influxo de sódio desencadeia um potencial de ação. 
5. A propagação po potencial de ação promove a despolarização. 
6. A despolarização induz a liberação de íons cálcio pelo retículo sarcoplasmático 
 
  
 
4. Metabolismo energético ‐  Fontes de energia para a contração 
muscular: 
 Sistema de Fosfagênios – fosfocreatina 
‐ Excesso de ATP é usado para sintetizar a fosfocreatina. 
‐ Fosfocreatina transfere grande quantidade de energia do 
grupo fosfato convertendo moléculas de ADP em novos ATP.  
‐ Fosfocreatina e ATP provêm energia para contração por cerca 
de 15s.  
 
 Glicólise Anaeróbica – glicose 
‐ Quando os níveis de oxigênio estão baixos, reações anaeróbicas 
convertem ácido pirúvico em ácido lático (sem oxigênio). 
‐ Cada molécula de Ácido lático é convertido em 2 moléculas de ATP. 
‐ A respiração Anaeróbica fornece energia para cerca de 30‐40 seg de 
atividade muscular.  
 
 
 Respiração Aeróbica – Via oxidativa – glicose 
‐ Utiliza glicose circulante ou armazenada (glicogênio)  para formar ATP (presença de O2). 
‐ Cada molécula de glicose forma 36 moléculas de ATP. 
‐ A respiração Aeróbica fornece energia por tempo  ilimitado (enquanto houver glicose).  
 
 Fadiga Muscular: 
‐Incapacidade do músculo contrair‐se após atividade prolongada. 
→ Causas: 
‐ Falha nos impulsos nervoso em liberar acetilcolina.  
↓ da liberação de cálcio pelo RS. 
‐ Depleção de fosfocreatina. 
‐ Depleção de glicogênio e outros nutrientes. 
‐ Oxigênio insuficiente. 
‐ Acúmulo de ácido lático.  
 
5. Tipos de contração Muscular:    
Isotônica (concêntrica e excêntrica) e isométrica. 
 
6. Tipos de Fibra muscular:  
Lentas oxidativas (LO), rápidas oxidativas e glicolíticas (ROG) e rápidas 
glicolíticas (RG). 
 
7. Efeito de alguns fármacos sobre o Músculo Esquelético: 
Toxina botulínica:    ‐ Bloqueia a liberação de Ach pelas vesículas sinápticas  
‐ Utilizado na Medicina (Botox®) 
Curare: 
‐ Causa paralisia muscular por bloquear receptores de ACh receptors e inibir canais de Na+. 
‐ Derivados do curare são usados durante cirurgias para induzir relaxamento muscular.  
  
Anticolinesterase: 
‐ Retarda as ações da acetilcolinesterase e remoção da Ach;  
Pode fortalecer contração muscular fraca.  
 
8. O Músculo Liso: 
→ Compõe as paredes de órgãos ocos. Ex. vasos sanguíneos, bexiga, útero, intestino eestômago. Tem contração 
involuntária e lenta.  Também chamado músculo visceral e involuntário. 
 
 Estrutura da fibra muscular 
‐ Diâmetro:  de 1‐5 µm;   
 ‐ Comprimento:  de 2‐50 µm 
‐ Inervação:  Variada, terminação nervosa, hormônios, fatores químicos locais.  
‐ Filamentos de actina e miosina 
 
 Tipos de Músculo Liso (multiunitário e unitário) 
Músculo liso multiunitário: 
- Consituído por fibras musculares distintas 
- Cada fibra opera independentemente uma da outra. 
- Inervado por uma única terminação nervosa, transmissão através de sinais neurais. 
- Raramente exibem contrações espontâneas.  
Ex: músculo ciliar do olho, da íris, músculos piloeretores. 
 
Músculo liso unitário: 
- As fibras se contraem juntas, como uma só unidade,  daí o termo unitário. 
- Fibras agregadas em feixes, com as membranas aderidas. 
- As membranas apresentam junções abertas, pelas quais íons e potenciais passam de uma célula para outra. 
- Chamado de músculo liso sincicial, por suas conexões sinciciais entre as fibras. 
Ex: parede da maioria das vísceras, como intestino, ureteres, útero e vasos sanguíneos. 
 
9. Características da Contração Muscular Lisa 
• Semelhanças em relação ao músculo esquelético:  
- O músculo liso contém filamentos de actina e miosina. 
- Actina e miosina interagem de maneira semelhante. 
- Processo contrátil ativado por íons de cálcio. 
- ATP também é degradado em ADP para gerar energia para a contração. 
-  
•  Diferenças em relação ao músculo esquelético:  
- Não existe o complexo de troponina. 
- Diferente organização física do músculo liso. 
- No acoplamento excitação‐contração. 
- No processo contrátil por íons cálcio. 
- Na duração da contração. 
- Na quantidade de energia necessária para o processo contrátil. 
 
1. Ciclagem lenta das pontes cruzadas: 
A velocidade da fixação das pontes cruzadas e período que permanecem ligadas é muito lenta. Cabeças de miosina 
têm pouca atividade ATPase.  
 
2. Pouca energia necessária para manter a contração: 
Utiliza apenas 1 molécula de ATP para cada ciclo, independente de sua duração. Economia para o corpo.  
 
3. Lentidão no início da contração e no relaxamento: 
A contração pode variar de 0,2 até 30s. Devido à lentidão na fixação e separação das pontes cruzadas. 
 
4. Grande força da contração: 
Essa grande força de contração deve‐se ao período prolongado de fixação das pontes de miosina aos filamentos de 
actina. 
 
5. Mecanismo de Trinco: 
Após o músculo desenvolver a contração plena, o seu graude ativação pode ser reduzido para menos do que o nível 
inicial.  
‐ Mantém a contração tônica por horas com pouco gasto de energia. 
Ex: mecanismo de estresse‐relaxamento no músculo da bexiga. 
 
10. Controle da Contração Muscular Lisa: 
 Neural: 
‐ Fibras nervosas autonômicas inervam o músculo liso. Estas fibras se ramificam difusamente sobre a lâmina de 
fibras musculares. 
‐ Onde existem muitas camadas de células musculares, a inervação atinge apenas a camada externa e o potencial é 
propagado pela massa muscular. 
 Controle Hormonal: 
-  hormônios circulantes no corpo (Ex: norepinefrina, angiotensina, vasopressina, ocitocina) afetam a 
contração do músculo liso. 
 
 Controle em resposta a fatores químicos locais 
Ex: falta de O2, excesso de CO2, aumento da temperatura corporal, menor concentração de íons de cálcio podem 
causar vasodilatação.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. Mecanismo da contração muscular Lisa 
  ‐ sequência de eventos 
→ O aumento de íons cálcio é o desencadeador da contração muscular.  
Não há troponina nas fibras musculares lisas. O cálcio liga‐se a uma proteína chamada calmodulina. 
1. Os íons cálcio combinam‐se com a calmodulina 
2. A combinação cálcio‐calmodulina, une‐se e ativa a cinase miosínica, uma enzima responsável pela 
fosforilação. 
3. Uma das cadeias leves da cabeça de miosina, denominada cadeia reguladora, fica fosforilada em resposta à 
cinase miosínica 
4. A cabeça de miosina une‐se ao filamento de actina e acarreta a contração muscular 
5. Quando há redução nos níveis de cálcio intracelular, a fosfatase miosínica separa o fosfato da cadeia leve 
reguladora, cessando a contração 
 
  
→ Destacar diferenças e semelhanças entre a estrutura das fibras musculares e no mecanismo da contração 
muscular esquelética e lisa. 
 
 
Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende (Leonardo da 
Vinci) 
 
Bom Estudo !

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