Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• AULA 1 • a. Segmento Público – É responsável por cumprir a estratégia e as diretrizes do governo. – Realiza o planejamento e estabelece normas e regulamentos. – Responsável direto na contratação da construção com o setor privado. – Principais órgãos públicos: DNIT, DER’s, Petrobrás, RFFSSA, Infraero. b. Segmento Privado – Empreiteiras de Obras: Construção, melhoramentos, conservação, administração direta. – Características: Flexibilidade, ritmo operacional, política de pessoal, investimento em equipamentos. Integração entre setores público e privado – Dá-se através de um contrato administrativo que implica em direitos e obrigações para cada setor. – O setor público é o responsável pela fiscalização e aceitação, além do pagamento dos serviços prestados ao setor privado. Já o setor privado é o responsável por executar o serviço. – Para boa integração entre setores público e privado é necessário que ambas as partes se entendam e que haja colaboração das mesmas. A presença de canais de comunicação se torna crucial, pois através deles pode-se pontuar correções convenientes e necessárias. Construção de Estradas • AULA 2 – Contratação de obras pelo setor público • 1. Licitação – É um processo administrativo, isonômico (igualdade perante a lei), na qual a administração seleciona a proposta mais vantajosa, menos onerosa (cara) e com melhor qualidade possível, para a contratação de uma obra, de um serviço, da compra de um produto, locação ou alienação. A licitação não pode acontecer de forma sigilosa, sempre deverá ser pública, respeitando o direito da publicidade, acessível a qualquer cidadão. 1.1 Princípios da licitação a) Princípios da Legalidade: b) Princípios da Isonomia (Igualdade): Significa dar tratamento igual a todos os interessados na licitação. É condição essencial para garantir competição em todos os procedimentos licitatórios. c) Princípios da Impessoalidade: Esse princípio obriga a Administração a observar nas suas decisões critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o subjetivismo na condução dos procedimentos das licitações. d) Princípio do Celeridade: Este princípio, consagrado pela Lei nº 10.520 de 2002, como um dos norteadores de licitações na modalidade pregão, busca simplificar procedimentos, de rigorismos excessivos e de formalidades desnecessárias. As decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no momento da sessão. 1.2 Características gerais da licitação – Identificação da necessidade do serviço; – Preparo de projetos e especificações; – Montagem do orçamento e cronograma previstos – Aprovação pelo Legislativo – Autorização do Executivo – Elaboração, publicação e aquisição do Edital – Preparo, abertura e julgamento das propostas – Homologação e publicação do resultado 2. Empenho – Destaca no Orçamento Público o valor contratado. É a fase em que a administração pública se compromete a reservar o valor para cobrir despesas com a aquisição de bens e serviços contratados. Constitui-se em uma garantia para o credor de que há recurso orçamentário para pagar a despesa. 2.1. Classificação a) Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez. b) Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e outros. c) Global: empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis. – O Empenho é elaborado pelo setor financeiro da entidade pública. Este também é responsável por pagamentos futuros de serviços atestados pelo setor técnico. 3. Contrato administrativo – Estabelece direitos e deveres entre as partes. 3.1 Direitos do contratante a) Leonino: Supremacia do interesse público sobre o privado b) Defesa do interesse público c) Cláusulas exorbitantes d) Rescisão unilateral e) Só paga se tiver recursos f) Aditivo só até 25% 3.2 Direitos do contratado a) Equilíbrio econômico-financeiro b) Suspensão após 90 dias sem recebimento 4. Ordem de serviço – Autorização formal para início dos serviços, normalmente 60 dias após proposta. Fixa data inicial do prazo de execução. 5. O processo de licitação e suas modalidades – Lei 8.666/93 – Meio de adjudicação de serviço público a empresa privada (ato judicial que dá a empresa privada a posse e a propriedade de determinados bens). – Distinguem-se entre si pela variedade de seus objetivos (gêneros de contratos a serem realizados) e as fases de seus procedimentos. a) Inexigibilidade – Fornecedor único; – Notória especialização; – Trabalhos artísticos. b) Dispensa – Valor abaixo do limite legal para convite; – Calamidade pública; – Gêneros perecíveis; – Preços mínimos para a agricultura; – Restauração de trabalhos artísticos; – Compra de imóveis, etc. c) Convite – Valor abaixo do limite legal para tomada de preços; – Mínimo de 3 convidados, cadastrados ou não; – Prazo mínimo de 5 dias para resposta; – Edital afixado em local público / encaminhado a associação de classe; – Proposta de preços. d) Tomada de preços – Valor abaixo do limite legal para concorrência; – Interessados cadastrados até 8 dias antes da abertura – Publicação em Diário Oficial com antecedência mínima de 15 dias – Documentação jurídico-fiscal, financeira e técnica – Proposta de preços e) Concorrência – Qualquer caso ou acima do limite legal para tomada de preços – Alienação de imóveis – Qualquer fornecedor pré-qualificado – Publicação em Diário Oficial com antecedência mínima de 30 dias – Documentação jurídico-fiscal, financeira e técnica – Proposta de preços e) Concurso – Projetos e trabalhos técnicos onde predomina atividade intelectual. f) Leilão. – Alienação de bens móveis. • AULA 3 – Encargos do construtor • 1. Encargos do construtor – Aquisição do edital – Estudo sumário de campo – Visita de engenheiro experiente ao local (viabilidade técnico-empresarial) – Regime pluviométrico – Localização e volume de jazidas de solo e pedreiras – Escolha do local do acampamento – Levantamento das facilidades locais: Alojamento e abastecimento de pessoal; condições e preços de materiais de construção, peças, combustíveis e serviços – Tarefas do escritório central – Composição dos custos-base para proposta de preços – Elaboração da proposta – Recolhimento do Caução de participação – Despesas irrecuperáveis – Assinatura do contrato de construção – Recolhimento da Caução de contratação 2. Instalação do canteiro de obras e mobilização a) Canteiros de Obras: – Edificações semi-permanentes ou área urbanizada; – Água potável – Energia elétrica – Escritório de campo – Alojamento de pessoal – Cozinha e refeitório – Almoxarifado – Tanques de combustível – Depósito de explosivos (paiol) – Oficina mecânica – Serviços de comunicação – Instalação para a fiscalização b) Mobilização do equipamento, do pessoal e dos materiais – Planejamento; – Capital de giro (é usado para financiar a continuidade das operações da empresa, seja para aquisições para o estoque ou para despesas operacionais); – Custos incluídos na proposta.3. Elementos constitutivos das propostas • Caracterizam a resposta a uma licitação. • Elementos indispensáveis: preço e prazo. a) Habilitação: – Forma de constituição jurídica e objetivos sociais; – Identificação dos sócios ou diretores; – Regularidade fiscal e financeira; – CRJF ou CRC – Prova de depósito da caução de participação b) Qualificação técnica: – Currículo de obras executadas (empresa e responsáveis técnicos) – Plano de trabalho -descrição de métodos de execução e concatenação dos serviços – Relação do equipamento e plano de mobilização – Relação do pessoal (em categorias funcionais) c) Proposta financeira: – Valor global – Preços unitários – Composições de custos – Composição do B.D.I (Bonificação e despesas indiretas). – Cronograma físico-financeiro de execução • AULA 4 – Locação do eixo viário • Implantação física no campo de referências do projeto, possibilitando a construção. 1. Etapas anteriores (Aula 2 – Tópico 3b, 3c e 3f): ..\..\5° Semestre\Projeto de Estrada\Teórica\1 Unidade\1ª Unidade - Cáps. 1 ao 4.docx) – Reconhecimento (a pé, aéreo, satélites, imagens de radar); – Exploração – alinhamentos retos (apoios de campo) – Nivelamento da linha de exploração; – Levantamento das seções transversais; – Determinação das cotas dos pontos na faixa de abrangência; – Desenho das curvas de nível; – Desenvolvimento do projeto – Locação do projeto 2. Eixo longitudinal – Tangentes, curvas circulares e espiral de transição (Aulas 6 e 7: ..\..\5° Semestre\Projeto de Estrada\Teórica\1 Unidade\1ª Unidade - Cáps. 5 ao 7.docx); – Instrumental – estação total, teodolito, trena e balizas; – Estacionamento do instrumento; – Marcação do azimute ou rumo; – Visada na direção do alinhamento; – Ajustamento da baliza; – Medida da distância; – Cravação do piquete e estaca testemunha. 2.1 Tangentes – Estacas a cada 20 metros; – Pontos notáveis intermediários; – Mudança de estação (distância de visada ou ondulação do terreno) - Baliza na última estação - Visada a ré naquela baliza (manutenção da mesma direção) - Báscula da luneta (reorientação para o sentido original) – Prosseguimento da locação até início do trecho em curva 2.2 Curvas Circulares – Curvas constituídas por poligonais abertas; – Intervalo de locação: • 20m para R>100 • 10m ou 5m para R<==100 – Método das deflexões em relação à tangente à curva; 2.3 Espiral de transição – Necessidade - passagem abrupta de tangente (raio infinito) para curva – Inserção inadequada nas curvas - Perigo de descarrilamento dos trens – Característica da transição - curvatura variável desde nula (TS) até R (SC) – Pontos notáveis - Simetria dos ramos – Diferenças em relação à curva circular: Curvatura variável (ângulos diferentes para visada a vante e à ré). – Simplificações: - Uso de comprimentos e fracionamentos inteiros; - Uso de tabelas com ângulos de deflexão previamente calculados. – Caderneta de campo para locação da espiral – Segurança da linha locada: Amarração dos pontos notáveis das curvas com retas perpendiculares a 45 graus – Deflexões em um ponto qualquer da espiral • AULA 5 – Locação do projeto em altimetria • 1. Perfil definitivo – Há necessidade do levantamento do perfil da locação, uma vez que o perfil básico (projeto) não corresponde ao terreno de locação. – As cotas do perfil de projeto são obtidas a partir do desenho de curvas de nível, sendo que a locação não coincide exatamente com eixo projetado. 1.1 Execução do nivelamento – Implantação dos RN a cada 500 m, afastados do eixo da terraplenagem, próximos a O.A.E. – Faz-se uso de instrumentos como: nível, mira, trena, estação total – Tolerância (T em cm e L em km): (1 cm em 100m na proximidade das O.A.E) 1.2 Desenho do perfil – Ensaio do mesmo greide do perfil básico (tangentes e curvas de concordância) – Escalas clássicas: H = 1:2.000, V = 1:200 1.3 Lançamento do perfil – Observância da distância de visibilidade e da ultrapassagem – Procurar coincidência dos PCV, PTV e PIV em estacas inteiras ou +10 – Traçado das parábolas de concordância - côncava ou convexa, simples ou composta – Cálculo de cotas de estacas fracionárias - quando curva vertical coincide com espiral de transição 1.4 Elaboração da caderneta de residência 2. Levantamento das seções transversais – Determinação da forma do corpo estradal. – Permite: • Cálculo do volume do volume de terra • Projeto de contenções e obras complementares • Marcação dos off-sets – O comprimento da seção é dado em função da largura da plataforma e da conformação topográfica. Ele nunca será menor que entre limites do corpo estradal. – O levantamento das seções é feito a nível ou com teodolito ou com réguas ortogonais. 2.1 Desenho das seções – Escala 1:100, em papel milimetrado contínuo – Necessárias cota vermelha e inclinação dos taludes de corte e do aterro 2.2 Off-sets – Referências permanentes cravadas no limite do corpo estradal 2.3 Necessidade – Perda dos piquetes da locação do eixo durante a construção – Cortes: arranchamento / Aterros: soterramento 2.4 Procedimento – Realização do nivelamento do eixo e levantamento das seções transversais – Determinação das abscissas dos off-sets a partir dos elementos das seções. 2.5 Elaboração do quadro de marcação de off-sets – Cravação de piquetes na posição das cristas de corte e pés de aterro – Estaca-testemunha a 1,0m do piquete, com face cortada virada para o eixo – Inscrição da altura (a cortar ou aterrar), a partir do piquete do off-set, até o bordo da plataforma – Nos aterros, reforçar marcação com cruzeta de madeira. 2.6 Determinação das cotas em relação aos off-sets – Medidas diretamente, a partir do desenho das seções transversais – Nivelamento de todos os off-sets - maior precisão – Cotas relacionadas ao eixo e bordos da plataforma – Nota de serviço: Realizável por planilha eletrônica ou programa específico. • AULA 6 – Estudos conjugados ao projeto geométrico • 1. Estudos geotécnicos – Identificação da natureza dos materiais objeto da terraplenagem. – Influi na seleção do equipamento, no processo de execução e no próprio projeto geométrico – Aterros: Avaliação do suporte do solo de fundação para receber peso do aterro; detecção da existência de cavernas, camadas moles, etc. – Cortes: - Determinação do grau de dificuldade de escavação; - A depender da resistência, variam equipamentos e métodos de trabalho; - Identificação da qualidade do material a ser escavado para definir seu destino; - Expurgo (descarte), solos utilizáveis e rocha (uso mais nobre) – Pode implicar na modificação do projeto, em perfil ou em planta 1.1 Método de realização – Prospecção ao longo do eixo da linha locada. – Norma: sondagem a percussão (e com rotativas) em todas as estacas – Ensaios de caracterização: granulometria, limites físicos, densidade, compactação. – Sondagem de pelo menos um ponto (o mais alto) em cortes e aterros – Considerar rocha o que for impenetrável à percussão 1.2 Localização de jazidas – Depósitos de materiais naturais necessários à construção – Areia, pedra (brita, seixo, escória),solo e água – Representação em perfil esquemático – Fatores que influenciam na capacidade dos equipamentos executarem o desmonte dos materiais de superfície: a) Teor de umidade: • Baixo teor de umidade dificulta o desmonte em solos secos. • Solos muito úmidos têm densidades maiores, exigindo maior potência das máquinas para movê-los. b) Tamanho e forma das partículas: • Quanto maior o tamanho das partículas individuais do solo, mais difícil será o desmonte pelas bordas das lâminas e conchas (caçambas). c) Existência de vazios: • Solo com pequeno volume de vazios, oferece maior resistência ao corte. 1.3 Terminologia usual dos materiais de superfície a) Arenoso; b) Lama: Mistura de argila e/ou silte, com água suficiente para exceder o limite da plasticidade. c) Solo laterítico: Solo de cor avermelhada, muito comum em regiões quentes e úmidas. Ocorre comumente sob a forma de crostas contínuas ou na forma de solos de textura fina. d) Massapê: Solo predominante no recôncavo baiano, apresentando cor variada, desde o branco até o castanho escuro e granulometria fina. Possui grande porcentagem de silte e argila e alto índice de plasticidade. e) Cascalho: Resultante da desintegração natural das rochas. Pode ter diferentes origens: (fluvial, glacial e residual). O cascalho de origem fluvial é chamado de seixo rolado. 2. Estudos hidrológicos – Conhecimento das características da presença da água – Regime pluviométrico -intensidade e sazonalidade – Regime dos cursos d'água (permanentes e temporários): nível, velocidade, vazão – Ocorrência e profundidade do lençol freático – Bacias de contribuição -limites, área e coeficiente de deflúvio 3. Estudos ambientais – Avaliação de impacto ambiental (AIA) pode ser definida como uma série de procedimentos legais, institucionais e técnico-científicos, com o objetivo caracterizar e identificar impactos potenciais na instalação futura de um empreendimento, ou seja, prever a magnitude e a importância desses impactos. – EIA -Estudo de Impacto Ambiental – RIMA-Relatório de Impacto Ambiental: é o relatório que reflete todas as conclusões apresentadas no EIA. 4. Trabalhos preliminares para a construção – Desembaraçamento e preparação da faixa de domínio para execução da terraplenagem. a) Cadastramento da faixa de domínio – Definição da largura da faixa (corpo estradal, topografia, custo e destinação). – Levantamento das áreas e benfeitorias (cultivos e edificações) – Valoração das propriedades b) Desapropriação da faixa de domínio – Transferência de propriedade para o responsável pela via – Declaração de utilidade pública pelo poder estatal – Indenização - pagamento pela propriedade c) Desobstrução da faixa de domínio – Retirada de obstáculos que impeçam a construção – Relocação de postes, linhas e dutos – Exclusão de blocos de rocha, edificações e vegetação – Demolição - Derrubada com tratores de lâmina - Pagamento por hora de equipamento – Explosão com fragmentação controlada (implosão) - Sequência de detonações programada para dirigir fragmentos a uma área definida – Necessidade de conhecimento do projeto estrutural d) Desmatamento – Função do diâmetro do tronco (a 1,0 m do solo) e da altura dos vegetais – Execução com tratores de lâmina entre 150 e 200 HP – Pagamento por área desmatada – Áreas extensas: Correntão acoplado a dois tratores em paralelo – Árvores de grande porte: • Ataque inicial em ponto elevado -maior braço de alavanca • Empurramento do tronco, sem choques, para afrouxar raízes • Escavação (escarificação, valas, explosivos) em torno das raízes • Ataque final por baixo, levantando a raiz • Tracionamento por cabo de aço ou guinchamento – Destocamento: Pagamento por unidade – amostragem para obtenção de valores médios. e) Limpeza – Expurgo: lateral da faixa ou transporte para destino apropriado – Terra vegetal: estocagem para reaproveitamento – Vegetais: encoivaramento e incineração – Blocos de pedra e escombros: tratamento similar a expurgo – Possibilidade de venda ou aproveitamento útil – Material pertencente ao organismo contratante • AULA 7 – Execução da terraplenagem • 1. Definições: a) Terraplenagem: Movimento de terra, modificando o terreno existente, para obter a configuração projetada. Etapas: Escavação Carga Transporte Descarga Aterro Compactação b) Escavação: cota de implantação inferior à do terreno existente c) Aterro: cota atual inferior à especificada em projeto d) Transporte: no mesmo ponto não podem coexistir escavação e aterro e) Carga e descarga do material para o meio de transporte (mesmo quando não explícitas) f) Compactação: confere resistência adequada ao aterro 2. Cortes – Realizado ao longo da diretriz e na forma definida para conformar o corpo estradal – Raspagem: profundidade inferior a meio metro – Execução: - Aprofundamento da escavação até o nível da plataforma. - Ação da gravidade (fatias inclinadas descendentes na direção do aterro) - Orientação pelos off-sets implantados a partir da Nota de serviço - Instrumentos: escala, nível de mangueira e gabaritos triangulares de madeira a) Taludes – Declividade função da coesão e atrito interno do solo (maioria na relação de 2/3) – Corte opcional dos degraus, segundo a hipotenusa, com motoniveladora – Recomendável deixar degraus de pequena altura - cerca de 25 centímetros – Melhoria de estabilidade – Redução dos efeitos da erosão – Facilidade na implantação de revestimento vegetal b) Dificuldade de extração – Determina a forma, a técnica e ritmo dos trabalhos e equipamentos empregados – Classificação: • Primeira Categoria: - Material retirado pela simples ação das bordas cortantes. - Dispensa auxílio de equipamentos ou técnicas suplementares. • Segunda Categoria: - Exige prévia desagregação antes de ser escavado. - Realizada por escarificadores (leve, média e pesada). - Indisponibilidade de tratores de porte (emprego de explosivos para facilitar a escarificação) - Custo de duas a quatro vezes superior ao da primeira • Terceira categoria: - Grande resistência à extração tornando inútil tentativa de escarificação pesada - Técnica especial de desmonte com o uso de explosivos, distinta da terraplenagem em solo. - Custo dez a vinte vezes maior que o da primeira categoria c) Empréstimos – Escavação suplementar, necessária para completar o volume de terra exigido pelos aterros; – Procedimento induz a insuficiência de material de corte; – Nem todo material escavado é geotecnicamente aproveitável; – Material compactado no aterro tem densidade maior que no corte; – Para cotas vermelhas iguais, área de aterro é maior, pelo talude mais suave; – Recomendável estudar modificação do projeto para reduzir volume dos aterros; – Utilização máxima do material disponível em primeira categoria. d) Técnicas para aumentar o volume de cortes – Redução do ângulo e escalonamento dos taludes – Alargamento da plataforma – Aprofundamento do greide – Última hipótese: - Empréstimos laterais em caixões paralelos aos cortes - Prejudica drenagem e condições de estabilidade dos taludes dos cortes - Grandes extensões planas - Valetões laterais contínuos paralelos ao aterro (bota-dentro) - Elevação do greide e melhoria das condições de drenagem - Construção de bacias de acumulação e) Outros tipos de escavação – Obras de arte especiais, correntes ou complementares – Valas diversas e cavasde fundação executadas manualmente – Extração de materiais de jazidas – Utilizam técnicas e equipamentos similares porém não são considerados como terraplenagem 3. Aterros – Obras de terra construídas pela deposição dos materiais previamente escavados. – Preparo do terreno de base: - Reforço da fundação quando sobre solos moles - Assentamento dos bueiros – Inclinação transversal do terreno - Entre 15% e 25% (escarificação, deixando rugosidade0 - Entre 25% e 40% (preparo de degraus com 1,0 m de piso mínimo) - Maior que 40% (obras de contenção) a) Métodos de execução: – A execução é feita em camadas sucessivas devido a necessidade de compactação (espessura média de 20 a 50 centímetros - material solto); – Controle geométrico pelos off-sets, usando níveis de mangueira e cruzetas de madeira – Em relação a formação dos taludes, adota-se um procedimento similar ao dos cortes. – Avanço na horizontal compatível com a espessura espalhada – Taludes definidos pela Mecânica dos Solos (de maneira geral, adota-se o inverso do padrão dos cortes: proporção de 3 para 2) b) Uso do solo retirado dos cortes – É sabido que na maioria dos casos usa-se o solo retirado dos cortes. - Camada de húmus: expurgada - Carvão mineral (hulha): pulveriza-se quando se tenta compactá-lo (descartado). - Solo micáceo: tende a se transformar em argila no contato com água - Solo argiloso: controle da compactação e construção de dispositivos de drenagem - Argila expansiva (massapê): Taludes suaves e pequena movimentação – greide rolado – alturas inferiores a 3 metros) - Solo não coesivo (silte e areia): sujeito a erosão. Núcleo com material não coesivo, lateralmente protegido por cortina de solo não erodível. - Rocha: dificulta a operação da terraplenagem e impossibilita a compactação. O uso das rochas é destinado para alvenarias, brita para concretos de cimento Portland ou betuminosos, camadas de pavimentos rodoviários e lastro ferroviário. - Enrocamentos: Aterros de pedra submersas em água. Simples despejo dos blocos (estabilidade pelo peso próprio e atrito entre fragmentos). c) Bota-foras – Descarte de excesso de material geotecnicamente adequado para aterro. – Volume do solo aproveitável dos cortes superar o necessário para o consumo dos aterros. – Deve ser evitado, salvo impossibilidade. – Comum em áreas de edificações - raro na construção de estradas – Sempre que possível é conveniente o aproveitamento: – Alargamento da plataforma, elevação do greide e suavização dos taludes dos aterros d) Caminhos de serviço – Variantes para o tráfego de veículos e equipamentos de serviço na construção – Decisivos na produção e produtividade – Exigem constante conservação • AULA 8 – Equipamentos de terraplenagem • Máquinas empregadas nos trabalhos de movimentação de terra. Trator: máquina que realiza tração (puxando ou empurrando) i) USO GERAL 1. Trator de esteiras – Unidade de tração a) Características: – Maior aderência – Melhor “flutuação” em terrenos de baixo suporte – Menor velocidade (até 15km/h) – Exigem outros veículos para transporte à distância: b) Emprego – Tarefas que demandam esforço e pouco deslocamento – Desmatamento, escavação, escarificação, reforço de potência a outras máquinas 2. Trator de pneus (de rodas) – Unidade de tração a) Características: – Menor aderência - desliza mais facilmente em contato com o solo (patinagem) – Pior "flutuação" em terrenos de baixo suporte (atolamento) – Maior velocidade (superior a 60 km/h) – Autônomos no deslocamento a distâncias consideráveis b) Emprego – Tarefas que demandam deslocamentos e requerem velocidade – Transporte, tracionamento, implementos c) Implementos e ferramentas • Trator com lâmina (e borda cortante): – Demolição de edificações simples – Desmatamento e encoivaramento – Escavação, (carga), transporte, (descarga), aterro, (compactação). Ou seja, realiza todas as etapas da terraplenagem. • Trator com escarificador: – Desagregação de mat–erial resistente à ação da lâmina – Segunda categoria -leve, média e pesada – Limite da escarificação (limiar da terceira categoria): depende do porte do trator ii) ESPECIALIZADAS 1. Escavação Uso em primeira categoria ou lama (drag-line) a) Escavadeira frontal: escavação de baixo para cima (paredões) b) Escavadeira retro: escavação abaixo do nível de assentamento (cavas e valas) 2. Carga a) Pá mecânica ou pá-carregadeira (shovel): Transfere material escavado ou desmontado para equipamento de transporte. Distância entre material e elemento de transporte deve ser minimizada. b) Correia ou esteira transportadora: Grandes volumes -máquina de transporte de grande capacidade. 3. Transporte a) Caminhão basculante: Descarga por báscula da caçamba transportadora. b) Fora-de-estrada: Grandes volumes (barragens, terraplenagem acima de 2 km) e rocha desmontada. c) Comum: Utilizado para pequenos volumes (material de jazidas) e obras urbanas d) Vagão rodoviário: Utilizado para grandes volumes - carga por correia transportadora iii) FUNÇÃO MÚLTIPLA 1. Scraper (escavo-transportador) de arrasto – Caçamba tracionada por trator de esteiras – Emprego em primeira e segunda categorias (esta após escarificação) – Carga pela parte inferior, pela abertura do avental – Necessidade e uso do pusher (empurrador) na fase de escavação e carga – Descarga por gravidade e auxílio do ejetor na espessura da camada a compactar – Limitação pela velocidade do trator de esteiras (operacional ao redor de 8 km/h) 2. Motoscraper Scraper tracionado por trator de pneus (mono ou bi-axial) Velocidades superiores a 50 Km/h 2.1 Técnicas de carregamento • Usar pusher sempre que scrapers tenham mais de 10 m3. • Evitar congestionamento no corte. Área ampla. É preferível excesso de pushers que atrasos; • Escavar no sentido do transporte, rampas inclinadas nesse sentido (descendo) ; • Começar corte sem o pusher, até patinar. (reduz até 40% do tempo de carga); • Cortar em faixas alternadas; • Não usar velocidades elevadas no transporte por motivos de segurança • Sempre que possível, atacar dois aterros (e/ou cortes) ao mesmo tempo, para evitar retornos e manobras; ver slides "combinação de ciclos" mais adiante; • Aproveitar ociosidade do pusher, escarificando (principalmente com material argiloso) ou fazendo a manutenção do piso da área de carregamento; • Coroar (encher até o limite máximo) o motoscraper não significa aumentar a produtividade, pelo tempo que gasta; • Espessura de corte: por experimentação, verificar com qual o tempo de carregamento é mais breve; • Em terrenos muito compactos, deixar o motoscraper no neutro, e a força para o pusher. • Só fazer o pusher em linha reta, jamais em curva; • Ao final da carga, elevar lentamente a caçamba, para evitar degraus; • Conferir o tempo ótimo de carregamento em toda mudança de condição do trabalho. Ciclo individual Ciclo combinado 3. Motoscraper auto-carregável – Eficiência limitada a solos de baixa resistência à escavação-grandes empreiteiras iv) AUXILIAR 1. Motoniveladora (patrol) – Lâmina com giro de 360° em relação a eixo vertical e horizontal – Nivelamento superficial (horizontal ou com outra inclinação) – Valetamento –Taludamento – Aplainamento da superfície de caminhos de serviço e estradas de terra em geral -- TÉCNICAS DE OPERAÇÃO COM O ESCARIFICADOR – • Escarificar sempre em primeira marcha, e baixa velocidade; se possível, morro abaixo; • Se o material apresentar camadas inclinadas, na direção da inclinação; • Quando usado na carga por scraper, na direção de carga; • Escarificar em profundidade uniforme; • Colocar os porta dentes simétricos em relação ao centro da barra de ripper. • Usados na escavação de materiais de segunda categoria, em rochas brandas, facilitando a desagregação • de materiais de 1ª categoria mais compactos, etc. • São mais eficientes nos materiais muito consistentes que nos materiais brandos. Os de comando hidráulico são mais precisos porém sofrem maior desgaste.
Compartilhar