Buscar

Resumo P1 - Élio Santana Fontes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

• AULA 1 • 
 
a. Segmento Público 
– É responsável por cumprir a estratégia e as diretrizes do governo. 
– Realiza o planejamento e estabelece normas e regulamentos. 
– Responsável direto na contratação da construção com o setor privado. 
– Principais órgãos públicos: DNIT, DER’s, Petrobrás, RFFSSA, Infraero. 
b. Segmento Privado 
– Empreiteiras de Obras: Construção, melhoramentos, conservação, administração direta. 
– Características: Flexibilidade, ritmo operacional, política de pessoal, investimento em equipamentos. 
 Integração entre setores público e privado 
– Dá-se através de um contrato administrativo que implica em direitos e obrigações para cada setor. 
– O setor público é o responsável pela fiscalização e aceitação, além do pagamento dos serviços 
prestados ao setor privado. Já o setor privado é o responsável por executar o serviço. 
– Para boa integração entre setores público e privado é necessário que ambas as partes se entendam e 
que haja colaboração das mesmas. A presença de canais de comunicação se torna crucial, pois através 
deles pode-se pontuar correções convenientes e necessárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção de Estradas 
 
• AULA 2 – Contratação de obras pelo setor público • 
 
1. Licitação 
– É um processo administrativo, isonômico (igualdade perante a lei), na qual a administração seleciona a 
proposta mais vantajosa, menos onerosa (cara) e com melhor qualidade possível, para a contratação de 
uma obra, de um serviço, da compra de um produto, locação ou alienação. A licitação não pode 
acontecer de forma sigilosa, sempre deverá ser pública, respeitando o direito da publicidade, acessível a 
qualquer cidadão. 
1.1 Princípios da licitação 
a) Princípios da Legalidade: 
b) Princípios da Isonomia (Igualdade): Significa dar tratamento igual a todos os interessados na 
licitação. É condição essencial para garantir competição em todos os procedimentos licitatórios. 
c) Princípios da Impessoalidade: Esse princípio obriga a Administração a observar nas suas decisões 
critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o subjetivismo na 
condução dos procedimentos das licitações. 
d) Princípio do Celeridade: Este princípio, consagrado pela Lei nº 10.520 de 2002, como um dos 
norteadores de licitações na modalidade pregão, busca simplificar procedimentos, de rigorismos 
excessivos e de formalidades desnecessárias. As decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no 
momento da sessão. 
1.2 Características gerais da licitação 
– Identificação da necessidade do serviço; 
– Preparo de projetos e especificações; 
– Montagem do orçamento e cronograma previstos 
– Aprovação pelo Legislativo 
– Autorização do Executivo 
– Elaboração, publicação e aquisição do Edital 
– Preparo, abertura e julgamento das propostas 
– Homologação e publicação do resultado 
 
2. Empenho 
– Destaca no Orçamento Público o valor contratado. É a fase em que a administração pública se 
compromete a reservar o valor para cobrir despesas com a aquisição de bens e serviços contratados. 
Constitui-se em uma garantia para o credor de que há recurso orçamentário para pagar a despesa. 
2.1. Classificação 
a) Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo 
pagamento deva ocorrer de uma só vez. 
b) Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, 
tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e outros. 
c) Global: empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a 
parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis. 
– O Empenho é elaborado pelo setor financeiro da entidade pública. Este também é responsável por 
pagamentos futuros de serviços atestados pelo setor técnico. 
 
3. Contrato administrativo 
– Estabelece direitos e deveres entre as partes. 
3.1 Direitos do contratante 
a) Leonino: Supremacia do interesse público sobre o privado 
b) Defesa do interesse público 
c) Cláusulas exorbitantes 
d) Rescisão unilateral 
e) Só paga se tiver recursos 
f) Aditivo só até 25% 
3.2 Direitos do contratado 
a) Equilíbrio econômico-financeiro 
b) Suspensão após 90 dias sem recebimento 
 
4. Ordem de serviço 
– Autorização formal para início dos serviços, normalmente 60 dias após proposta. Fixa data inicial do 
prazo de execução. 
 
5. O processo de licitação e suas modalidades – Lei 8.666/93 
– Meio de adjudicação de serviço público a empresa privada (ato judicial que dá a empresa privada a 
posse e a propriedade de determinados bens). 
– Distinguem-se entre si pela variedade de seus objetivos (gêneros de contratos a serem realizados) e as 
fases de seus procedimentos. 
a) Inexigibilidade 
– Fornecedor único; 
– Notória especialização; 
– Trabalhos artísticos. 
b) Dispensa 
– Valor abaixo do limite legal para convite; 
– Calamidade pública; 
– Gêneros perecíveis; 
– Preços mínimos para a agricultura; 
– Restauração de trabalhos artísticos; 
– Compra de imóveis, etc. 
c) Convite 
– Valor abaixo do limite legal para tomada de preços; 
– Mínimo de 3 convidados, cadastrados ou não; 
– Prazo mínimo de 5 dias para resposta; 
– Edital afixado em local público / encaminhado a associação de classe; 
– Proposta de preços. 
d) Tomada de preços 
– Valor abaixo do limite legal para concorrência; 
– Interessados cadastrados até 8 dias antes da abertura 
– Publicação em Diário Oficial com antecedência mínima de 15 dias 
– Documentação jurídico-fiscal, financeira e técnica 
– Proposta de preços 
e) Concorrência 
– Qualquer caso ou acima do limite legal para tomada de preços 
– Alienação de imóveis 
– Qualquer fornecedor pré-qualificado 
– Publicação em Diário Oficial com antecedência mínima de 30 dias 
– Documentação jurídico-fiscal, financeira e técnica 
– Proposta de preços 
e) Concurso 
– Projetos e trabalhos técnicos onde predomina atividade intelectual. 
f) Leilão. 
– Alienação de bens móveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• AULA 3 – Encargos do construtor • 
 
1. Encargos do construtor 
 – Aquisição do edital 
 – Estudo sumário de campo 
 – Visita de engenheiro experiente ao local (viabilidade técnico-empresarial) 
 – Regime pluviométrico 
 – Localização e volume de jazidas de solo e pedreiras 
 – Escolha do local do acampamento 
 – Levantamento das facilidades locais: Alojamento e abastecimento de pessoal; condições e preços de 
materiais de construção, peças, combustíveis e serviços 
 – Tarefas do escritório central 
 – Composição dos custos-base para proposta de preços 
 – Elaboração da proposta 
 – Recolhimento do Caução de participação 
 – Despesas irrecuperáveis 
 – Assinatura do contrato de construção 
 – Recolhimento da Caução de contratação 
 
2. Instalação do canteiro de obras e mobilização 
a) Canteiros de Obras: 
 – Edificações semi-permanentes ou área urbanizada; 
 – Água potável 
 – Energia elétrica 
 – Escritório de campo 
 – Alojamento de pessoal 
 – Cozinha e refeitório 
 – Almoxarifado 
 – Tanques de combustível 
 – Depósito de explosivos (paiol) 
 – Oficina mecânica 
 – Serviços de comunicação 
 – Instalação para a fiscalização 
b) Mobilização do equipamento, do pessoal e dos materiais 
 – Planejamento; 
 – Capital de giro (é usado para financiar a continuidade das operações da empresa, seja para aquisições 
para o estoque ou para despesas operacionais); 
 – Custos incluídos na proposta.3. Elementos constitutivos das propostas 
• Caracterizam a resposta a uma licitação. 
• Elementos indispensáveis: preço e prazo. 
a) Habilitação: 
 – Forma de constituição jurídica e objetivos sociais; 
 – Identificação dos sócios ou diretores; 
 – Regularidade fiscal e financeira; 
 – CRJF ou CRC 
 – Prova de depósito da caução de participação 
b) Qualificação técnica: 
 – Currículo de obras executadas (empresa e responsáveis técnicos) 
 – Plano de trabalho -descrição de métodos de execução e concatenação dos serviços 
 – Relação do equipamento e plano de mobilização 
 – Relação do pessoal (em categorias funcionais) 
c) Proposta financeira: 
 – Valor global 
 – Preços unitários 
 – Composições de custos 
 – Composição do B.D.I (Bonificação e despesas indiretas). 
 – Cronograma físico-financeiro de execução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• AULA 4 – Locação do eixo viário • 
Implantação física no campo de referências do projeto, possibilitando a construção. 
 
1. Etapas anteriores (Aula 2 – Tópico 3b, 3c e 3f): ..\..\5° Semestre\Projeto de Estrada\Teórica\1 Unidade\1ª Unidade - Cáps. 1 ao 4.docx) 
– Reconhecimento (a pé, aéreo, satélites, imagens de radar); 
– Exploração – alinhamentos retos (apoios de campo) 
 – Nivelamento da linha de exploração; 
 – Levantamento das seções transversais; 
 – Determinação das cotas dos pontos na faixa de abrangência; 
 – Desenho das curvas de nível; 
– Desenvolvimento do projeto 
– Locação do projeto 
 
2. Eixo longitudinal 
– Tangentes, curvas circulares e espiral de transição (Aulas 6 e 7: ..\..\5° Semestre\Projeto de Estrada\Teórica\1 Unidade\1ª Unidade - Cáps. 5 ao 
7.docx); 
– Instrumental – estação total, teodolito, trena e balizas; 
– Estacionamento do instrumento; 
– Marcação do azimute ou rumo; 
– Visada na direção do alinhamento; 
– Ajustamento da baliza; 
– Medida da distância; 
– Cravação do piquete e estaca testemunha. 
2.1 Tangentes 
 – Estacas a cada 20 metros; 
 – Pontos notáveis intermediários; 
 – Mudança de estação (distância de visada ou ondulação do terreno) 
 - Baliza na última estação 
 - Visada a ré naquela baliza (manutenção da mesma direção) 
 - Báscula da luneta (reorientação para o sentido original) 
 – Prosseguimento da locação até início do trecho em curva 
2.2 Curvas Circulares 
 – Curvas constituídas por poligonais abertas; 
 – Intervalo de locação: 
 • 20m para R>100 
 • 10m ou 5m para R<==100 
 – Método das deflexões em relação à tangente à curva; 
2.3 Espiral de transição 
 – Necessidade - passagem abrupta de tangente (raio infinito) para curva 
 – Inserção inadequada nas curvas - Perigo de descarrilamento dos trens 
 – Característica da transição - curvatura variável desde nula (TS) até R (SC) 
 – Pontos notáveis - Simetria dos ramos 
 – Diferenças em relação à curva circular: Curvatura variável (ângulos diferentes para visada a vante e à 
ré). 
 – Simplificações: 
 - Uso de comprimentos e fracionamentos inteiros; 
 - Uso de tabelas com ângulos de deflexão previamente calculados. 
 – Caderneta de campo para locação da espiral 
 – Segurança da linha locada: Amarração dos pontos notáveis das curvas com retas perpendiculares a 45 
graus 
 – Deflexões em um ponto qualquer da espiral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• AULA 5 – Locação do projeto em altimetria • 
 
1. Perfil definitivo 
– Há necessidade do levantamento do perfil da locação, uma vez que o perfil básico (projeto) não 
corresponde ao terreno de locação. 
– As cotas do perfil de projeto são obtidas a partir do desenho de curvas de nível, sendo que a locação 
não coincide exatamente com eixo projetado. 
1.1 Execução do nivelamento 
 – Implantação dos RN a cada 500 m, afastados do eixo da terraplenagem, próximos a O.A.E. 
 – Faz-se uso de instrumentos como: nível, mira, trena, estação total 
 – Tolerância (T em cm e L em km): 
 (1 cm em 100m na proximidade das O.A.E) 
1.2 Desenho do perfil 
 – Ensaio do mesmo greide do perfil básico (tangentes e curvas de concordância) 
 – Escalas clássicas: H = 1:2.000, V = 1:200 
1.3 Lançamento do perfil 
 – Observância da distância de visibilidade e da ultrapassagem 
 – Procurar coincidência dos PCV, PTV e PIV em estacas inteiras ou +10 
 – Traçado das parábolas de concordância - côncava ou convexa, simples ou composta 
 – Cálculo de cotas de estacas fracionárias - quando curva vertical coincide com espiral de transição 
1.4 Elaboração da caderneta de residência 
 
 
 
 
 
 
2. Levantamento das seções transversais 
– Determinação da forma do corpo estradal. 
– Permite: 
 • Cálculo do volume do volume de terra 
 • Projeto de contenções e obras complementares 
 • Marcação dos off-sets 
– O comprimento da seção é dado em função da largura da plataforma e da conformação topográfica. 
Ele nunca será menor que entre limites do corpo estradal. 
– O levantamento das seções é feito a nível ou com teodolito ou com réguas ortogonais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 Desenho das seções 
– Escala 1:100, em papel milimetrado contínuo 
– Necessárias cota vermelha e inclinação dos taludes de corte e do aterro 
 
 
 
 
2.2 Off-sets 
– Referências permanentes cravadas no limite do corpo estradal 
2.3 Necessidade 
– Perda dos piquetes da locação do eixo durante a construção 
– Cortes: arranchamento / Aterros: soterramento 
2.4 Procedimento 
– Realização do nivelamento do eixo e levantamento das seções transversais 
– Determinação das abscissas dos off-sets a partir dos elementos das seções. 
2.5 Elaboração do quadro de marcação de off-sets 
 
 
 
 
 
– Cravação de piquetes na posição das cristas de corte e pés de aterro 
– Estaca-testemunha a 1,0m do piquete, com face cortada virada para o eixo 
– Inscrição da altura (a cortar ou aterrar), a partir do piquete do off-set, até o bordo da plataforma 
– Nos aterros, reforçar marcação com cruzeta de madeira. 
2.6 Determinação das cotas em relação aos off-sets 
– Medidas diretamente, a partir do desenho das seções transversais 
– Nivelamento de todos os off-sets - maior precisão 
– Cotas relacionadas ao eixo e bordos da plataforma 
– Nota de serviço: Realizável por planilha eletrônica ou programa específico. 
 
• AULA 6 – Estudos conjugados ao projeto geométrico • 
 
1. Estudos geotécnicos 
– Identificação da natureza dos materiais objeto da terraplenagem. 
– Influi na seleção do equipamento, no processo de execução e no próprio projeto geométrico 
– Aterros: Avaliação do suporte do solo de fundação para receber peso do aterro; detecção da existência 
de cavernas, camadas moles, etc. 
– Cortes: 
 - Determinação do grau de dificuldade de escavação; 
 - A depender da resistência, variam equipamentos e métodos de trabalho; 
 - Identificação da qualidade do material a ser escavado para definir seu destino; 
 - Expurgo (descarte), solos utilizáveis e rocha (uso mais nobre) 
– Pode implicar na modificação do projeto, em perfil ou em planta 
1.1 Método de realização 
– Prospecção ao longo do eixo da linha locada. 
– Norma: sondagem a percussão (e com rotativas) em todas as estacas 
– Ensaios de caracterização: granulometria, limites físicos, densidade, compactação. 
– Sondagem de pelo menos um ponto (o mais alto) em cortes e aterros 
– Considerar rocha o que for impenetrável à percussão 
1.2 Localização de jazidas 
– Depósitos de materiais naturais necessários à construção 
– Areia, pedra (brita, seixo, escória),solo e água 
– Representação em perfil esquemático 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Fatores que influenciam na capacidade dos equipamentos executarem o desmonte dos materiais de 
superfície: 
 a) Teor de umidade: 
 • Baixo teor de umidade dificulta o desmonte em solos secos. 
 • Solos muito úmidos têm densidades maiores, exigindo maior potência das máquinas para movê-los. 
b) Tamanho e forma das partículas: 
 • Quanto maior o tamanho das partículas individuais do solo, mais difícil será o desmonte pelas bordas 
das lâminas e conchas (caçambas). 
c) Existência de vazios: 
 • Solo com pequeno volume de vazios, oferece maior resistência ao corte. 
1.3 Terminologia usual dos materiais de superfície 
a) Arenoso; 
b) Lama: Mistura de argila e/ou silte, com água suficiente para exceder o limite da plasticidade. 
c) Solo laterítico: Solo de cor avermelhada, muito comum em regiões quentes e úmidas. Ocorre 
comumente sob a forma de crostas contínuas ou na forma de solos de textura fina. 
d) Massapê: Solo predominante no recôncavo baiano, apresentando cor variada, desde o branco até o 
castanho escuro e granulometria fina. Possui grande porcentagem de silte e argila e alto índice de 
plasticidade. 
e) Cascalho: Resultante da desintegração natural das rochas. Pode ter diferentes origens: (fluvial, glacial 
e residual). O cascalho de origem fluvial é chamado de seixo rolado. 
 
2. Estudos hidrológicos 
– Conhecimento das características da presença da água 
– Regime pluviométrico -intensidade e sazonalidade 
– Regime dos cursos d'água (permanentes e temporários): nível, velocidade, vazão 
– Ocorrência e profundidade do lençol freático 
– Bacias de contribuição -limites, área e coeficiente de deflúvio 
 
3. Estudos ambientais 
– Avaliação de impacto ambiental (AIA) pode ser definida como uma série de procedimentos legais, 
institucionais e técnico-científicos, com o objetivo caracterizar e identificar impactos potenciais na 
instalação futura de um empreendimento, ou seja, prever a magnitude e a importância desses impactos. 
– EIA -Estudo de Impacto Ambiental 
– RIMA-Relatório de Impacto Ambiental: é o relatório que reflete todas as conclusões apresentadas no 
EIA. 
 
4. Trabalhos preliminares para a construção 
– Desembaraçamento e preparação da faixa de domínio para execução da terraplenagem. 
a) Cadastramento da faixa de domínio 
– Definição da largura da faixa (corpo estradal, topografia, custo e destinação). 
– Levantamento das áreas e benfeitorias (cultivos e edificações) 
– Valoração das propriedades 
b) Desapropriação da faixa de domínio 
– Transferência de propriedade para o responsável pela via 
– Declaração de utilidade pública pelo poder estatal 
– Indenização - pagamento pela propriedade 
c) Desobstrução da faixa de domínio 
– Retirada de obstáculos que impeçam a construção 
– Relocação de postes, linhas e dutos 
– Exclusão de blocos de rocha, edificações e vegetação 
– Demolição 
 - Derrubada com tratores de lâmina 
 - Pagamento por hora de equipamento 
– Explosão com fragmentação controlada (implosão) 
 - Sequência de detonações programada para dirigir fragmentos a uma área definida 
– Necessidade de conhecimento do projeto estrutural 
d) Desmatamento 
– Função do diâmetro do tronco (a 1,0 m do solo) e da altura dos vegetais 
– Execução com tratores de lâmina entre 150 e 200 HP 
– Pagamento por área desmatada 
– Áreas extensas: Correntão acoplado a dois tratores em paralelo 
– Árvores de grande porte: 
 • Ataque inicial em ponto elevado -maior braço de alavanca 
 • Empurramento do tronco, sem choques, para afrouxar raízes 
 • Escavação (escarificação, valas, explosivos) em torno das raízes 
 • Ataque final por baixo, levantando a raiz 
 • Tracionamento por cabo de aço ou guinchamento 
– Destocamento: Pagamento por unidade – amostragem para obtenção de valores médios. 
e) Limpeza 
– Expurgo: lateral da faixa ou transporte para destino apropriado 
– Terra vegetal: estocagem para reaproveitamento 
– Vegetais: encoivaramento e incineração 
– Blocos de pedra e escombros: tratamento similar a expurgo 
– Possibilidade de venda ou aproveitamento útil 
– Material pertencente ao organismo contratante 
 
• AULA 7 – Execução da terraplenagem • 
 
1. Definições: 
a) Terraplenagem: Movimento de terra, modificando o terreno existente, para obter a configuração 
projetada. Etapas: Escavação  Carga  Transporte  Descarga  Aterro  Compactação 
b) Escavação: cota de implantação inferior à do terreno existente 
c) Aterro: cota atual inferior à especificada em projeto 
d) Transporte: no mesmo ponto não podem coexistir escavação e aterro 
e) Carga e descarga do material para o meio de transporte (mesmo quando não explícitas) 
f) Compactação: confere resistência adequada ao aterro 
 
2. Cortes 
– Realizado ao longo da diretriz e na forma definida para conformar o corpo estradal 
– Raspagem: profundidade inferior a meio metro 
– Execução: 
 - Aprofundamento da escavação até o nível da plataforma. 
 - Ação da gravidade (fatias inclinadas descendentes na direção do aterro) 
 - Orientação pelos off-sets implantados a partir da Nota de serviço 
 - Instrumentos: escala, nível de mangueira e gabaritos triangulares de madeira 
a) Taludes 
– Declividade função da coesão e atrito interno do solo (maioria na relação de 2/3) 
– Corte opcional dos degraus, segundo a hipotenusa, com motoniveladora 
– Recomendável deixar degraus de pequena altura - cerca de 25 centímetros 
– Melhoria de estabilidade 
– Redução dos efeitos da erosão 
– Facilidade na implantação de revestimento vegetal 
b) Dificuldade de extração 
– Determina a forma, a técnica e ritmo dos trabalhos e equipamentos empregados 
– Classificação: 
 • Primeira Categoria: 
 - Material retirado pela simples ação das bordas cortantes. 
 - Dispensa auxílio de equipamentos ou técnicas suplementares. 
 • Segunda Categoria: 
 - Exige prévia desagregação antes de ser escavado. 
 - Realizada por escarificadores (leve, média e pesada). 
 - Indisponibilidade de tratores de porte (emprego de explosivos para facilitar a escarificação) 
 - Custo de duas a quatro vezes superior ao da primeira 
 
 • Terceira categoria: 
 - Grande resistência à extração tornando inútil tentativa de escarificação pesada 
 - Técnica especial de desmonte com o uso de explosivos, distinta da terraplenagem em solo. 
 - Custo dez a vinte vezes maior que o da primeira categoria 
c) Empréstimos 
– Escavação suplementar, necessária para completar o volume de terra exigido pelos aterros; 
– Procedimento induz a insuficiência de material de corte; 
– Nem todo material escavado é geotecnicamente aproveitável; 
– Material compactado no aterro tem densidade maior que no corte; 
– Para cotas vermelhas iguais, área de aterro é maior, pelo talude mais suave; 
– Recomendável estudar modificação do projeto para reduzir volume dos aterros; 
– Utilização máxima do material disponível em primeira categoria. 
d) Técnicas para aumentar o volume de cortes 
– Redução do ângulo e escalonamento dos taludes 
– Alargamento da plataforma 
– Aprofundamento do greide 
– Última hipótese: 
 - Empréstimos laterais em caixões paralelos aos cortes 
 - Prejudica drenagem e condições de estabilidade dos taludes dos cortes 
 - Grandes extensões planas 
 - Valetões laterais contínuos paralelos ao aterro (bota-dentro) 
 - Elevação do greide e melhoria das condições de drenagem 
 - Construção de bacias de acumulação 
e) Outros tipos de escavação 
– Obras de arte especiais, correntes ou complementares 
– Valas diversas e cavasde fundação executadas manualmente 
– Extração de materiais de jazidas 
– Utilizam técnicas e equipamentos similares porém não são considerados como terraplenagem 
 
3. Aterros 
– Obras de terra construídas pela deposição dos materiais previamente escavados. 
– Preparo do terreno de base: 
 - Reforço da fundação quando sobre solos moles 
 - Assentamento dos bueiros 
– Inclinação transversal do terreno 
 - Entre 15% e 25% (escarificação, deixando rugosidade0 
 - Entre 25% e 40% (preparo de degraus com 1,0 m de piso mínimo) 
 - Maior que 40% (obras de contenção) 
a) Métodos de execução: 
– A execução é feita em camadas sucessivas devido a necessidade de compactação (espessura média de 
20 a 50 centímetros - material solto); 
– Controle geométrico pelos off-sets, usando níveis de mangueira e cruzetas de madeira 
– Em relação a formação dos taludes, adota-se um procedimento similar ao dos cortes. 
– Avanço na horizontal compatível com a espessura espalhada 
– Taludes definidos pela Mecânica dos Solos (de maneira geral, adota-se o inverso do padrão dos cortes: 
proporção de 3 para 2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Uso do solo retirado dos cortes 
– É sabido que na maioria dos casos usa-se o solo retirado dos cortes. 
 - Camada de húmus: expurgada 
 - Carvão mineral (hulha): pulveriza-se quando se tenta compactá-lo (descartado). 
 - Solo micáceo: tende a se transformar em argila no contato com água 
 - Solo argiloso: controle da compactação e construção de dispositivos de drenagem 
 - Argila expansiva (massapê): Taludes suaves e pequena movimentação – greide rolado – alturas 
inferiores a 3 metros) 
 - Solo não coesivo (silte e areia): sujeito a erosão. Núcleo com material não coesivo, lateralmente 
protegido por cortina de solo não erodível. 
 - Rocha: dificulta a operação da terraplenagem e impossibilita a compactação. O uso das rochas 
é destinado para alvenarias, brita para concretos de cimento Portland ou betuminosos, camadas de 
pavimentos rodoviários e lastro ferroviário. 
 - Enrocamentos: Aterros de pedra submersas em água. Simples despejo dos blocos (estabilidade 
pelo peso próprio e atrito entre fragmentos). 
c) Bota-foras 
– Descarte de excesso de material geotecnicamente adequado para aterro. 
– Volume do solo aproveitável dos cortes superar o necessário para o consumo dos aterros. 
– Deve ser evitado, salvo impossibilidade. 
– Comum em áreas de edificações - raro na construção de estradas 
– Sempre que possível é conveniente o aproveitamento: 
– Alargamento da plataforma, elevação do greide e suavização dos taludes dos aterros 
d) Caminhos de serviço 
– Variantes para o tráfego de veículos e equipamentos de serviço na construção 
– Decisivos na produção e produtividade 
– Exigem constante conservação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• AULA 8 – Equipamentos de terraplenagem • 
Máquinas empregadas nos trabalhos de movimentação de terra. 
Trator: máquina que realiza tração (puxando ou empurrando) 
 
 
i) USO GERAL 
 
1. Trator de esteiras 
– Unidade de tração 
a) Características: 
 – Maior aderência 
 – Melhor “flutuação” em terrenos de baixo suporte 
 – Menor velocidade (até 15km/h) 
 – Exigem outros veículos para transporte à distância: 
b) Emprego 
 – Tarefas que demandam esforço e pouco deslocamento 
 – Desmatamento, escavação, escarificação, reforço de potência a outras máquinas 
 
2. Trator de pneus (de rodas) 
– Unidade de tração 
a) Características: 
 – Menor aderência - desliza mais facilmente em contato com o solo (patinagem) 
 – Pior "flutuação" em terrenos de baixo suporte (atolamento) 
 – Maior velocidade (superior a 60 km/h) 
 – Autônomos no deslocamento a distâncias consideráveis 
b) Emprego 
 – Tarefas que demandam deslocamentos e requerem velocidade 
 – Transporte, tracionamento, implementos 
c) Implementos e ferramentas 
 • Trator com lâmina (e borda cortante): 
 – Demolição de edificações simples 
 – Desmatamento e encoivaramento 
 – Escavação, (carga), transporte, (descarga), aterro, (compactação). Ou seja, realiza todas as 
etapas da terraplenagem. 
 • Trator com escarificador: 
 – Desagregação de mat–erial resistente à ação da lâmina 
 – Segunda categoria -leve, média e pesada 
 – Limite da escarificação (limiar da terceira categoria): depende do porte do trator 
 
 
ii) ESPECIALIZADAS 
 
1. Escavação 
Uso em primeira categoria ou lama (drag-line) 
a) Escavadeira frontal: escavação de baixo para cima (paredões) 
b) Escavadeira retro: escavação abaixo do nível de assentamento (cavas e valas) 
 
2. Carga 
a) Pá mecânica ou pá-carregadeira (shovel): Transfere material escavado ou desmontado para 
equipamento de transporte. Distância entre material e elemento de transporte deve ser minimizada. 
b) Correia ou esteira transportadora: Grandes volumes -máquina de transporte de grande capacidade. 
 
3. Transporte 
a) Caminhão basculante: Descarga por báscula da caçamba transportadora. 
b) Fora-de-estrada: Grandes volumes (barragens, terraplenagem acima de 2 km) e rocha desmontada. 
c) Comum: Utilizado para pequenos volumes (material de jazidas) e obras urbanas 
d) Vagão rodoviário: Utilizado para grandes volumes - carga por correia transportadora 
 
 
iii) FUNÇÃO MÚLTIPLA 
 
1. Scraper (escavo-transportador) de arrasto 
 – Caçamba tracionada por trator de esteiras 
 – Emprego em primeira e segunda categorias (esta após escarificação) 
 – Carga pela parte inferior, pela abertura do avental 
 – Necessidade e uso do pusher (empurrador) na fase de escavação e carga 
 – Descarga por gravidade e auxílio do ejetor na espessura da camada a compactar 
 – Limitação pela velocidade do trator de esteiras (operacional ao redor de 8 km/h) 
 
2. Motoscraper 
Scraper tracionado por trator de pneus (mono ou bi-axial) 
Velocidades superiores a 50 Km/h 
2.1 Técnicas de carregamento 
• Usar pusher sempre que scrapers tenham mais de 10 m3. 
• Evitar congestionamento no corte. Área ampla. É preferível excesso de pushers que atrasos; 
• Escavar no sentido do transporte, rampas inclinadas nesse sentido (descendo) ; 
• Começar corte sem o pusher, até patinar. (reduz até 40% do tempo de carga); 
• Cortar em faixas alternadas; 
• Não usar velocidades elevadas no transporte por motivos de segurança 
• Sempre que possível, atacar dois aterros (e/ou cortes) ao mesmo tempo, para evitar retornos e 
manobras; ver slides "combinação de ciclos" mais adiante; 
• Aproveitar ociosidade do pusher, escarificando (principalmente com material argiloso) ou fazendo a 
manutenção do piso da área de carregamento; 
• Coroar (encher até o limite máximo) o motoscraper não significa aumentar a produtividade, pelo 
tempo que gasta; 
• Espessura de corte: por experimentação, verificar com qual o tempo de carregamento é mais breve; 
• Em terrenos muito compactos, deixar o motoscraper no neutro, e a força para o pusher. 
• Só fazer o pusher em linha reta, jamais em curva; 
• Ao final da carga, elevar lentamente a caçamba, para evitar degraus; 
• Conferir o tempo ótimo de carregamento em toda mudança de condição do trabalho. 
Ciclo individual Ciclo combinado 
 
 
 
 
 
3. Motoscraper auto-carregável 
 – Eficiência limitada a solos de baixa resistência à escavação-grandes empreiteiras 
 
 
iv) AUXILIAR 
 
1. Motoniveladora (patrol) 
 – Lâmina com giro de 360° em relação a eixo vertical e horizontal 
 – Nivelamento superficial (horizontal ou com outra inclinação) 
 – Valetamento 
 –Taludamento 
 – Aplainamento da superfície de caminhos de serviço e estradas de terra em geral 
 
 
-- TÉCNICAS DE OPERAÇÃO COM O ESCARIFICADOR – 
 • Escarificar sempre em primeira marcha, e baixa velocidade; se possível, morro abaixo; 
 • Se o material apresentar camadas inclinadas, na direção da inclinação; 
 • Quando usado na carga por scraper, na direção de carga; 
 • Escarificar em profundidade uniforme; 
 • Colocar os porta dentes simétricos em relação ao centro da barra de ripper. 
 • Usados na escavação de materiais de segunda categoria, em rochas brandas, facilitando a 
desagregação • de materiais de 1ª categoria mais compactos, etc. 
 • São mais eficientes nos materiais muito consistentes que nos materiais brandos. Os de comando 
hidráulico são mais precisos porém sofrem maior desgaste.

Outros materiais