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Concepção e Nascimento

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CONCEPÇÃO & NASCIMENTO 
Resumo 
 
 
 
Marília de Lima | Medicina 
 
 
 
 
 
Caso 01 – Da fecundação até a 3ª semana Marília de Lima 
 
 
 Ovócito II** Espermatozoide 
 ** O ovócito II, antes de ser fecundado, está com a meiose II incompleta. 
 Fecundação: como ocorre 
 
1- Passagem pela corona radiata 
 O espermatozoide perfura a corona radiata liberando algumas enzimas. A 
principal é a hialuronidase. Além disso, alguma enzimas da mucosa uterina 
auxiliam na perfuração, juntamente com o movimento da cauda do 
espermatozoide. 
2- Passagem pela zona pelúcida 
 Quando chega a zona pelúcida, o espermatozoide libera outras enzimas. 
Ao penetrar nessa camada, ocorre uma reação zonal, que nada mais é do 
que mudanças na estrutura da zona pelúcida que torna essa camada 
impermeável. Acredita-se que essa mudança é decorrente da liberação do 
conteúdo dos grânulos corticais. Esses grânulos, por sua vez, estão abaixo 
da membrana plasmática e migram para o espaço perivitelino, causando a 
reação zonal na zona pelúcida e, também, mudanças na membrana 
plasmática. 
3- Fusão das membranas do espermatozoide e do ovócito II 
 A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma, mas a 
membrana fica fora, acabando por se fundir com a do ovócito II. 
4- Término da Meiose II 
 Após a penetração do espermatozoide dentro do citoplasma, o ovócito II 
termina a meiose II e passa a ser chamado de óvulo. 
5- Formação do pró núcleo masculino 
 
 
 
 
 O núcleo do espermatozoide aumenta de tamanho e a cauda se 
degenera. O DNA dos pro núcleos se duplicam (n – com 2 cromátides). 
Quando o óvulo tem 2 pró núcleos ele passa a ser chamado de oótide. 
6- Fusão dos pro núcleos 
 Quando os pro núcleos se fundem, ocorrem a formação do zigoto. 
 Clivagem do zigoto 
 Por definição, clivagem são divisões mitóticas que formam células, os 
blastômeros, cada vez menores. Essa clivagem vai ocorrendo enquanto o 
zigoto passa pela tuba uterina. 
 Após o estágio de 9 células, os blastômeros mudam de forma e se agrupam 
firmemente um com os outros, num processo conhecido como compactação. 
A compactação permite uma maior adesão entre as células e é um pré-
requisito para segregação das células internas que formarão o embrioblasto do 
blastocisto. Quando existem de 12 a 32 blastômeros, o zigoto passa a ser 
chamado de mórula. 
Mórula 
 É formada em cerca de 3 dias após a fertilização. As células internas ficam 
circundadas por uma camada de células que formam a camada celular externa. 
Em torno no 4º dia após a fertilização, a mórula alcança o útero e surge, em 
seu interior, uma cavidade cheia de líquido, iniciando a formação do 
blastocisto, já na fase de blástula. 
Blástula 
 A cavidade blastocística é formada através da passagem do fluido uterino, 
pela zona pelúcida, para o interior da mórula. Como o fluído vai aumentando e 
ocupando mais espaço, ele separa os blastômeros em 2 partes: 
 Camada externa: trofoblasto (formará a parte embrionária da placenta) 
 Camada interna: embrioblasto (dará origem ao embrião) 
 A partir daqui, o concepto é chamado de blastocisto. Após o blastocisto se 
manter livre nas secreções uterinas por cerca de 2 dias (e até aqui ele recebe 
nutrientes das secreções das glândulas uterinas), a zona pelúcida se degenera, 
permitindo que o blastocisto aumente de tamanho. 
 6 dias após a fertilização, o blastocisto adere ao epitélio endometrial. Após 
essa adesão, o trofoblasto se diferencia em 2 camadas: 
 Citotrofoblasto (camada que circunda o blastocisto) 
 Sinciciotrofoblasto (camada que se adere ao endométrio) 
 O sinciciotrofoblasto emite prolongamentos que, com o auxílio de enzimas, 
erodem os tecidos maternos, possibilitando a implantação dentro do 
endométrio. Em torno de 7 dias, uma camada de células, o hipoblasto, 
 
 
 
 
emerge da superfície do embrioblasto. O hipoblasto será o endoderma 
primitivo. 
 
 
 
 Com o progresso da implantação do blastocisto, surge uma pequena 
cavidade no embrioblasto, que é o primórdio da cavidade amniótica. 
 
 As células amniogênicas se 
separam do epiblasto e ocupam a 
cavidade amniótica. Ainda no 
embrioblasto, ocorre a formação do 
disco embrionário, que é formado 
pelo epiblasto e hipoblasto. No 
blastocisto, a cavidade exocelômica 
(que antes era a cavidade do 
blastocisto), junto com o hipoblasto, 
forma o saco vitelino primitivo. 
 
 As células do endoderma do saco 
vitelino formam o mesoderma 
extraembrionário, que circunda o 
âmnio e saco vitelino primitivo. 
 Após a formação do âmnio, disco embrionário e saco vitelino primitivo, 
surgem as lacunas, que são cavidades isoladas no sinciciotrofoblasto 
preenchidas por sangue materno, provenientes dos capilares endometriais 
erodidos. O fluido das lacunas passa, por difusão, para o disco embrionário, 
nutrindo o embrião. 
 
 
 
 
Circulação uteroplacentária: comunicação dos capilares endoteliais 
rompidos com as lacunas. 
 No 10º dia, o concepto está completamente implantado no endométrio. Há 
uma falha, por aproximadamente 2 dias, no epitélio endometrial. Essa falha é 
preenchida por um tampão, que é um coágulo sanguíneo fibrinoso. 
 Com a implantação do concepto, as células do tecido conjuntivo endometrial 
sofrem uma transformação 
– a reação decidual. A 
principal função da reação 
decidual é fornecer ao 
concepto um local 
imunologicamente 
privilegiado. Essa 
propriedade é garantida 
porque as células que 
circundam o endométrio 
terminam por acumular 
lipídios e glicogênio durante 
a penetração do concepto. 
 No 12º dia, as lacunas se 
fundem e formam as redes lacunares. 
 
 No mesoderma extra-embrionário surgem os espaços celômicos isolados 
que, depois, se fundem e formam o celoma extra-embrionário. Essa 
cavidade, que é cheia de fluido, envolve o âmnio e o saco vitelino, exceto onde 
o córion está aderido ao pedículo do embrião. 
 Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo 
diminui de tamanho e forma um pequeno saco vitelino secundário. 
 Ele é formado por células 
endodérmicas extraembrionárias que 
migram do hipoblasto para o saco 
vitelino primitivo. 
 São funções do saco vitelino: 
 Originar as células germinativas 
primordiais. 
 Transferir, seletivamente, os 
nutrientes para o embrião. 
 
 
 
 
 
 O celoma extra-embrionário divide 
o mesoderma extra-embrionário em 
2 camadas: 
 Mesoderma somático extra-
embrionário: reveste o trofoblasto e 
o âmnio. 
 Mesoderma esplâncnico extra-
embrionário: envolve o saco 
vitelino. 
 O fim da segunda semana é 
caracterizado pelo surgimento das 
vilosidades coriônicas primárias 
que são projeções do citototrofoblasto 
que crescem para dentro do 
sinciciotrofoblasto. 
 O córion é formado pelo 
mesoderma somático extra-
embrionário + camadas do 
trofoblasto (citotrofoblasto e 
sinciciotrofoblasto). Ele forma a parede do saco coriônico, dentro do qual 
está o embrião com os sacos vitelinos e amnióticos suspensos pelo 
pedículo. O celoma extra-embrionário agora é chamado de cavidade 
coriônica. 
 Num embrião de 14 dias, 
as células hipoblásticas, em 
uma área localizada, são 
colunares e formam a placa 
precordal. Essa placa indica 
o futuro local da boca e é um 
importante organizador da 
região da cabeça. 
Gástrula 
 Na gástrula ocorrem 3 eventos: 
 Aparecimento da linha primitiva 
 Desenvolvimentoda notocorda 
 Diferenciação das 3 camadas germinativas 
 
 Aparecimento da linha primitiva 
 
 
 
 
 No início da 3ª semana, aparece uma linha espessada linear no epiblasto. 
 
 Ela é resultante da 
proliferação e migração das 
células do epiblasto para o 
plano mediano do disco 
embrionário. 
 A linha primitiva é 
importante porque, a partir 
dela, é possível identificar o 
eixo cefálico-caudal do 
embrião, superfície dorsal e 
ventral e os lados direito e esquerdo. 
 O sulco e a fosseta são resultados da invaginação das células epiblásticas. 
 Pouco depois do aparecimento da linha primitiva, algumas células 
abandonam a superfície profunda e formam o mesênquima. Esse, por sua vez, 
irá formar os tecidos de sustentação do embrião, maior parte do tecido 
conjuntivo do corpo e o mesoderma intraembrionário. 
 Vale salientar que algumas células do epiblasto deslocam o hipoblasto, 
formando o endoderma embrionário. As células que permanecem no 
epiblasto darão origem ao ectoderma embrionário. 
 Processo notocordal e notocorda 
 A notocorda é formada por sinais indutores, vindos da região da linha 
primitiva, que induzem as células precursoras notocordais a formá-la. A 
notocorda tem como funções definir o eixo do embrião, serve de base para a 
formação do esqueleto axial, e é o futuro local dos corpos das vértebras. O 
desenvolvimento da notocorda tem início com a formação do processo 
notocordal, que tem origem na invaginação e migração de células diferenciadas 
do nó primitivo, formando um bastão celular que aumenta de tamanho em 
direção à placa pré-cordal (células endodérmicas aderidas a ectodérmicas que 
irão formar a membrana bucofaríngea, futura boca). Este bastão celular 
apresenta um canal central denominado canal notocordal. 
 
 
 
 
 
 O processo notocordal migra lateral e cefalicamente, no meio de outras 
células mesodérmicas, entre o ectoderma e o endoderma até alcançarem as 
margens do disco embrionário e a placa pré-cordal. O assoalho do processo 
notocordal se funde com o endoderma embrionário subjacente. 
 
 Essas camadas fundidas sofrem uma degeneração gradual por apoptose, 
colocando o canal notocordal em contato com a vesícula umbilical (ou saco 
vitelino). Desta forma, no local da fosseta primitiva, forma-se o canal 
neuroentérico, que comunica temporariamente a cavidade amniótica e a 
vesícula umbilical. 
 
 
 
 
 
 A parte do processo notocordal que não sofreu apoptose forma a placa 
notocordal, que irá se dobrar, aproximando as suas extremidades, fusionando-
as, e formando então a notocorda. Este processo se dá da extremidade 
cefálica – placa pré-cordal – em direção à extremidade caudal – nó primitivo. 
 
 A notocorda se desprende do endoderma da vesícula umbilical, que mais uma 
vez se torna contínuo. Quando o desenvolvimento da notocorda está completo, 
temos o fechamento do canal neuroentérico. 
 
 A notocorda desaparece com a formação dos corpos vertebrais, porém 
persiste como núcleo pulposo de cada disco intervertebral. Durante seu 
desenvolvimento, a notocorda induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se, 
formando a placa neural, primórdio do sistema nervoso central. 
 Além desses eventos, na gástrula, ainda ocorre a formação do alantoide. Ele 
surge por volta do 16º dia como um pequeno divertículo do saco vitelino que se 
estende para o pedículo do embrião. Está envolvido na formação inicial do 
sangue e desenvolvimento da bexiga. 
Nêurula 
 Nessa fase, ocorre a formação da placa neural e tubo neural. Além disso, 
está relacionada a formação da cristal neural e somitos. 
 Placa neural 
 Com a formação da notocorda, a ectoderma se espessa formando uma placa 
alongada, a placa neural. A formação da placa neural da origem ao SNC. Por 
 
 
 
 
volta do 18º dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo e forma o 
sulco neural mediano, com pregas neurais em ambos os lados. No fim da 
terceira semana, as pregas neurais começam a se aproximar e se fundir, 
convertendo a placa no tubo neural, o primórdio do SNC. 
 
 Tubo neural 
 O tubo neural logo separa-se da ectoderma e as bordas livres dessa se 
fundem, tornando essa camada contínua sobre o tubo neural. 
Subsequentemente, a ectoderma se diferencia em epiderme. 
 Cristal neural 
 Com a fusão das pregas neurais, algumas células neuroectodérmicas 
perdem sua afinidade com o epitélio. Quando o tubo neural se separa da 
ectoderma, as células da cristal neural migram dorsolateralmente de cada lado 
do tubo neural. Imediatamente, eles formam uma massa achatada irregular, a 
crista neural, entre o tubo neural e a ectoderma. Logo, a crista neural se 
separa em partes direita e esquerda, que migram para o aspecto dorsolateral 
do tubo neural. 
 
 
 
 
 As cristais neurais original os gânglios espinhais e gânglios do SN. Além 
disso, formam as meninges que cobrem o encéfalo e medula espinal (pia-
máter e aracnoide) 
 Somitos 
 Durante a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-
embrionário se divide em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral (contínuo 
com o mesoderma extra-embrionário). Próximo ao fim da 3° semana de 
gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos. 
 São responsáveis pela formação da maior parte do esqueleto axial e 
membros adjacentes. Além disso, por formarem elevações que se destacam na 
superfície do embrião, são utilizados para a determinação da idade do 
concepto. 
 Desenvolvimento do celoma intra-embrionário 
 No interior do mesoderma lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos 
que se unem e formam o celoma intra-embrionário, dividindo o mesoderma 
lateral em duas camadas: 
- Camada parietal/somática, contínua com o mesoderma extra-embrionário, 
que cobre o âmnio; 
- Camada visceral/esplâncnica, contínua com o mesoderma extra-embrionário, 
que cobre o saco vitelino. 
Mesoderma somático + ectoderma sobrejacente = somatopleura (ou parede do 
corpo do embrião). 
Mesoderma esplâncnico + endoderma subjancente = esplancnopleura. 
 
 
 Vasculogênese e angiogênese 
 No início da 3°semana começa a angiogênese no mesoderma extra-
embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. A formação 
dos vasos sanguíneos inicia-se com a agregação dos angioblastos – ilhotas 
sanguíneas. Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os 
angioblastos se achatam e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se 
unem formando redes de canais endoteliais. 
 
 
 
 
 
 O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área 
cardiogênica. Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, 
originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já circula e 
desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária. 
 
Caso 02 – Da 4ª semana até o nascimento Marília de Lima 
Quarta semana 
 É uma semana de grandes mudanças. No início, o embrião é quase reto. O 
tubo neural forma-se em frente aos somitos, mas é amplamente aberto nos 
neuroporos rostral e caudal*. Com 24 dias, os arcos faríngeos são visíveis. O 
primeiro arco (mandibular) e o segundo (hióideo) estão individualizados. O 
primeiro arco dá origem a mandíbula e maxila. O embrião agora está 
levemente curvado por causa das pregas cefálicas e caudais. O coração forma 
uma grande saliência ventral e bombeia o sangue. 
* EXTREMIDADES DO TUBO NEURAL 
 No 26º dia, os 3 arcos faríngeos são visíveis e o neuroporo rostral está 
fechado. O encéfalo anterior produz uma elevação salientena cabeça, 
enquanto o dobramento lhe dá uma curvatura em C. Observa-se a presença de 
uma longa eminência caudal curva. Os brotos dos membros superiores se 
tornam visíveis, junto com as fossetas óticas, que darão origem aos 
primórdios da orelha interna. Ainda na cabeça, observa-se um espessamento 
da ectoderme, que dá origem aos placóides do cristalino, que indicam os 
futuros cristalinos dos olhos. O quarto par de arcos faríngeos junto com os 
brotos do membro inferior tornam-se visíveis no fim da quarta semana. Além 
disso, o neuroporo caudal, geralmente, está fechado. 
 
 
 
 
 
Quinta semana 
 O crescimento da cabeça excede o crescimento de outras regiões. Esse 
aumento faz com que a face logo entre em contato com a proeminência 
cardíaca. O segundo arco faríngeo cresce sobre o terceiro e arco, formando o 
que se chama de seio cervical. Os brotos dos membros superiores tem forma 
de remo e dos membros inferiores de nadadeira. As cristas mesonéfricas 
indicam o local dos rins mesonéfricos que em nós, humanos, são provisórios. 
 
Sexta semana 
 Ocorre o desenvolvimento dos cotovelos e das grandes placas da mãos nos 
membros superiores. O primórdios dos dedos, os raios digitais, começam a se 
desenvolver na placa das mãos. Os embriões aprensentam movimentos 
espontâneos, como contrações dos músculos e do tronco. Os membros 
inferiores desenvolvem-se depois. Surgem as saliências auriculares, que 
desenvolve-se em torno do sulco ou fenda faríngea, entre os dois primeiros 
arcos faríngeos. Esse sulco torna-se o meato acústico externo e as 
 
 
 
 
saliências o pavilhão auricular. O olho é evidente porque a retina já está 
pigmentada. A cabeça, que estava projetada para proeminência cardíaca, 
agora começa a se endireitar, junto com o tronco. Os embriões apresentam 
respostas reflexas ao toque. 
 
Sétima semana 
 Os membros sofrem grande modificações. No mm. Superior, aparecem 
chanfraduras (depressão) entre os raios digitais das placas das mãos, 
indicando os futuros dedos. A comunicação entre o intestino primitivo e 
saco vitelino é reduzida ao pedículo do embrião. Ocorre o início da 
ossificação dos membros superiores. 
 
Oitava semana 
 Os dedos das mãos estão separados mas ainda estão unidos por 
membranas. Chanfraduras SÃO presentes nos raios digitais dos pés. 
Eminência em forma de cauda está presente. Ocorre o aparecimento do plexo 
vascular do couro cabeludo. No fim da semana, os dedos são compridos e 
separados e os membros tornam-se evidentes. Ocorre movimento voluntário 
dos membros. Início da ossificação dos membros inferiores, identificando 
 
 
 
 
primeiro o fêmur. Eminência caudal desaparece. As mãos e pés aproximam-se 
um do outro. Pálpebras são mais evidentes! Pavilhões auriculares começam a 
assumir sua forma final. Apesar do sexo já está definido, a aparência da 
genitália ainda não é suficientemente distinta. 
 
Da nona à décima segunda semana 
 O tamanho da cabeça é desproporcional ao tamanho do corpo. Os olhos 
estão muito separados e as pálpebras fundidas. Ao final da 12ª semana, 
centros de ossificação primário começam a surgir, especialmente no crânio e 
ossos longos. Além disso, os membros superiores estão desenvolvidos, mas os 
inferiores ainda encontram-se em processo de desenvolvimento. Na 11ª 
semana, o intestino volta para a cavidade abdominal. Na semana 9, o fígado é 
o principal local de produção da eritropoiese, ocorrendo, no fim da 12ª semana, 
a transferência da função para o baço. A formação da urina começa a 
acontecer e passa a ser lançada no líquido amniótico e o feto reabsorve parte 
desse líquido. 
Da décima terceira à décima sexta semana 
 O feto começa a crescer muito rapidamente. Os membros inferiores tornam-
se mais alongados. Ocorre movimentos dos membros de forma coordenada na 
14ª semana, mas a mãe ainda não percebe. Os olhos se movimentam 
ocupando a posição anterior e o padrão dos cabelos vai se formando. Os 
ovários se diferenciam e já contém folículos primordiais como ovogônias. A 
genitália externa já passa a ser reconhecida. 
Da décima sétima à vigésima semana 
 Os movimentos fetais passam a ser percebidos pela mãe. A pele começa a 
ser coberta por um material gorduroso, o verniz caseoso, que protege a pele 
do feto contra abrasões, rachaduras e endurecimento. Na semana 20, as 
sobrancelhas e cabelos tornam-se visíveis. Geralmente, os fetos estão 
totalmente cobertos por uma penugem muito delicada, o lanugo, que ajuda a 
manter o verniz caseoso preso a pele. Também forma-se a gordura parda, 
 
 
 
 
que é o local de produção de calor. Se do sexo feminino, o útero já está 
formado, a canalização da vagina já começou e muitos folículos primordiais 
contendo ovogônias já se formaram. Se do sexo masculino, os testículos 
começam a descer. Ocorre o desenvolvimento do paladar. Início do 
desenvolvimento do sistema digestivo. 
 O contato do feto com a placenta é determinante para a formação das digitais 
e indicador da futura saúde cardíaca do bebê. 
Da vigésima primeira à vigésima quinta semana 
 Há um ganho substancial de peso (na verdade, gordura) e o feto está mais 
proporcional. A pele está translúcida, mas é vista rosada por causa do sangue. 
As células epiteliais secretoras (pneumócitos II) dos septos interalveolares do 
pulmão começam a secretar surfactante, um lipídio que mantém abertos os 
alvéolos pulmonares. Ocorre o movimento ocular rápido e piscar ao susto. As 
unhas começam a se formar. 
 Embora um feto de 22 a 25 semanas nascido prematuramente possa 
sobreviver, caso receba cuidados intensivos, ele pode morrer, pois seu sistema 
respiratório ainda é imaturo. As crianças que nascem antes da 26ª semana de 
gestação apresentam um alto risco de problemas no desenvolvimento 
neuronal. 
Da vigésima sexta à vigésima nona semana 
 Pulmão se encontra desenvolvido, podendo realizar as trocas gasosas 
adequadas. Além disso, o SNC está amadurecido, podendo regular o controle 
respiratório e temperatura. As pálpebras estão abertas, o feto desenvolve 
memória e começa a dormir. O baço fetal torna-se um local importante de 
eritropoese. 
A eritropoese no baço termina com 28 semanas, época na qual a medula 
óssea torna-se o principal local deste processo. 
Da trigésima à trigésima quarta semana 
 A pele é rosada e lisa e ocorra reflexo pupilar quando incide-se uma luz. Os 
membros superiores e inferiores parecem gordos. Nessa idade, 8% do peso 
corporal é de gordura amarela. Sobrevivem se nascer prematuramente. Tem 
40 cm que é o máximo tamanho do útero materno. 
Da trigésima quinta semana até o nascimento 
 O SNC está suficientemente maduro e realiza algumas funções integrativas. 
Os fetos seguram-se com firmeza e se orientam espontaneamente em direção 
a luz. Com 37 semanas, o tamanho do pé é maior que o comprimento do 
fêmur, dado importante para confirmação da idade gestacional. O crescimento 
se torna mais lento a medida que se aproxima o nascimento. Durante as 
últimas semanas, o feto ganha 14g/dia. O tórax é saliente e as mamas fazem 
leve protrusão em ambos os sexos. No feto do sexo masculino, no termo, os 
 
 
 
 
testículos já estão no escroto. 
 
 
 
Caso 03 – Mudanças no corpo da mãe durante a gestação Marília de Lima 
 Durante a gestação, ocorre mudanças nos diferentes sistemas. Sendo assim, 
cabe destacar as principais alterações fisiológicas. 
 Alterações no metabolismo: 
Glicídico – o concepto é um grande consumidor de glicose, tendo a 
necessidade de que a mãe forneça essa fonte de energia para ele. Mesmo em 
momentos de jejum, o feto extrai glicosee aminoácidos na mesma quantidade 
que seria consumido em horários de alimentação. Por esse fato, existe um 
fenômeno conhecido como parasitismo verdadeiro. Para fornecer, sem 
interrupção, essa quantidade de glicose, o corpo da mãe sofre algumas 
modificações como, por exemplo, não consumir tanta glicose como antes. 
 Durante a gravidez, ocorre a produção de alguns hormônios como o 
lactogênio placentário humano (hPL), progesterona, cortisol e prolactina 
que, por sua vez, implicam no processo de resistência à insulina. Esse efeito 
diabetogênico do hPL vai provocar mobilização de lipídios em ácidos graxos 
livres. Esse ácido, por sua vez, serviriam como forma de poupar glicose e 
aminoácidos, que estariam disponíveis para o consumo do feto. Uma das 
“provas” de que o feto consome glicose é que, depois de uma noite de jejum, 
os níveis de glicemia são de 15 a 20mg/dl inferiores aos sinalados fora da 
gravidez. 
Lipídico – pela necessidade de fornecer glicose ao feto, usa-se como fonte 
energética a quebra de lipídios, aumentando a concentração de ácidos graxos 
livres no plasma. 
Proteico – Mal estudado, observa-se uma queda na concentração da maioria 
dos aminoácidos durante a gestação. 
Hidroeletrolítico – as modificações que ocorrem no corpo da mulher, 
relacionais as alterações hidroeletrolíticas, são de suma importância para 
entender, por exemplo, porque mulheres apresentam edema, principalmente, 
no fim da gestação. Em uma gestante sem edema, há um acréscimo de 7.5L 
de água, sendo 1.5L encontrados nos tecidos, ou seja, os tecidos encontram-
se mais hidratados do que fora de um período gestacional. Esse aumento da 
quantidade de água pede que ocorra um aumento proporcional de NaCl, com a 
finalidade de manter a osmolaridade. Aqui, vale salientar que, durante a 
gravidez, ocorre um aumento de 50% da filtração glomerular. Para conservar 
Fecundação até a 8ª semana – embrião 
Da 9ª semana até o nascimento - feto 
 
 
 
 
os íons, ocorre um mecanismo de compensação do sistema renina-
angiotensina-aldosterona. Esse mecanismo de compensação tem atuação 
principal do aparelho justaglomerular mas, também, do útero. Por esse fato, 
essa situação peculiar também é conhecida como hiperaldosteronismo 
secundário da gravidez. 
Durante a gestação, a quantidade sérica de cálcio vai diminuir. No último 
trimestre, 80% do cálcio materno será transferido para o feto. Além disso, no 
corpo da mãe, ocorre o aumento da reabsorção de cálcio, sendo esse colocado 
na corrente sanguínea. 
Alterações no sistema locomotor 
 Devido ao fato da matriz apoiar-se na parede abdominal e mamas, que estão 
aumentadas e enrijecidas, caindo sobre o tórax, a grávida, involuntariamente, 
para manter seu equilíbrio, muda sua postura. Ela joga o corpo para trás, 
empinando o ventre, surgindo lordose lombar, os pés se afastam e os ombros 
se projetam para trás. Devido a essas alterações, seu andar caracteriza-se por 
passos oscilantes e curtos, semelhantes ao andar de um ganso, denominado 
marcha anserina. 
Alterações no sistema circulatório 
 Uma das principais alterações é o aumento da frequência cardíaca 
materna, que ocorre já na 4ª semana e, no final da gestação, situa-se 20% 
acima dos valores pré-gravídicos. Também, ocorre um aumento do volume 
sanguíneo a partir da 6ª semana e atinge um pico no 3º trimestre. Ocorre uma 
queda da porcentagem do volume ocupado pelos glóbulos vermelhos no 
plasma, chegando a um nível mínimo de 30%. 
 O débito cardíaco aumenta cerca de 30-50% durante a gestação. É 
resultante da elevação da frequência cardíaca e do volume sistólico, sendo 
esse o principal responsável pelas alterações iniciais. 
 A compressão da veia cava pelo útero gravídico estando a mulher na posição 
supina pode reduzir o retorno venoso e, assim, o débito cardíaco. Após alguns 
minutos sobrevêm a bradicardia, indicativo de reflexo vaso vagal e hipotensão. 
Nessas circunstâncias, o deslocamento do útero para o lado esquerdo é 
suficiente para corrigir a síndrome, sendo muito usado durante a cesárea. 
Durante as contrações uterinas, ocorre um aumento do débito cardíaco. 
 A pressão sanguínea arterial sofre uma queda ligeira na pressão sistólica* 
(5-10 mmHg) e maior na diastólica (10-15mmHg), que alcança menores valores 
na gestação de 20 semanas. A queda da pressão sanguínea é explicada pela 
queda da resistência vascular que compensa o aumento do débito. 
 A pressão venosa, nos membros inferiores, aumenta cerca de 3 vezes, em 
virtude da compressão da veia cava inferior e veias pélvicas. Pode ocorrer 
edema do MMII, tendência, lipotimia ortostática, etc. 
 Essa pressão está relacionada com o débito cardíaco 
 
 
 
 
Alterações no sistema sanguíneo 
 Hemodiluição 
 Pró-coagulantes 
 Fibrinogênio 
 Leucócitos 
 Plaquetas 
 Anti-coagulantes 
Observação: a queda do número de plaquetas é bem discreta. 
Alterações do sistema urinário 
 A taxa de filtração glomerular aumenta de 30 a 50%, melhorando após o 
nascimento do bebê, quando se corrige a postura. Esse aumento na filtração 
determina que maiores quantidades de substâncias se apresentam aos túbulos 
renais. 
 A concentração de ureia e creatinina CAEM no sangue. 
 A quantidade de glicose filtrada aumenta e a habilidade do rim absorvê-
lo permanece normal 
 É fisiológica a proteinúria em até 300mg/24h 
 A despeito do enorme aumento do trabalho renal imposto pela gravidez, 
o volume urinário diário não está acrescido. Até 80% do filtrado é 
reabsorvido nos túbulos contorcidos proximais. A frequência urinário 
aumentada decorre da compressão exercida pelo útero na bexiga. 
Alterações no sistema digestório 
 As náuseas são frequentes e sua base fisiológica é desconhecida, mas pode 
estar relacionada a níveis crescentes de estrogênio no sangue. 
 A gengivite é consequência do acúmulo de placa bacteriana na gengiva, 
apresentando-se com eritema, sangramento e edema. Quando muito intensa, 
pode gerar um parto prematuro. 
 A incidência de úlceras pépticas é reduzida devido a diminuição da 
secreção de suco gástrico, principalmente nos dois primeiros meses. 
 O sistema GI (esôfago, estômago, vesícula e intestino) encontram-se 
atônicos durante toda a gestação. Os fatores determinantes são hormonais, 
relaxando os músculos, artérias, veias e ureteres. Por consequência, há um 
aumento da incidência de pirose, combinado com o relaxamento do esfíncter 
gastroesofagiano ao aumento da pressão intra-abdominal, condicionada pela 
presença do útero grávido. É comum a presença de constipação que é 
explicada pela atonia do colón. 
 
 
O objetivo é assegurar o 
domínio das perdas 
hemorrágicas no situs 
placentário, após o 
secundamento. 
Numa grávida com pirose, é mais aconselhável o uso de leite 
de magnésia. Além de diminuir a acidez, a constipação será 
reduzida. 
 
 
 
 
 
 
Alterações no sistema respiratório 
 Ocorre aumento da circunferência do tórax e o diafragma se eleva em, 
aproximadamente, 4 cm pelo aumento do útero. Apesar disso, sua capacidade 
não fica comprometida, e sua expansão aumenta de 1 a 2 cm. A complacência 
diminui, aumentando o trabalho respiratório. Como não há alteração na 
frequência respiratória basal e na capacidade vital, as alterações anatômicas 
melhoram o intercâmbio gasoso nos pulmões e o volume-corrente (quantidade 
e ar que entra e sai numa respiração normal). 
 A expiração torna-se mais completa e uma maior quantidade de ar é 
inspirado. O espaço morto (ar inalado que não participa das trocas) não é 
alterado e o aumento do volume corrente é acomodado no espaço alveolar. 
Porém, o volume-minuto(volume corrente x frequência respiratória) aumenta 
de 30 a 40%. 
 
O aumento do volume-corrente acontece as custas da capacidade funcional 
residual. (VRE + VR) que diminui. 
 
VRE = Volume de reserva expiratório. Máximo de ar eliminado a partir da 
posição de repouso respiratório. 
VR = Volume residual. Volume que permanece no pulmão ao fim de uma 
expiração máxima. 
 
 
Na gestante, o volume-corrente 
aumenta e, por consequência, o 
volume de reserva expiratório 
diminui. O volume residual 
permanece constante. 
 
 
 
Acredita-se que a progesterona desempenha um papel nessa hiperventilação, seja 
diminuindo a sensibilidade ao O2 (e, consequentemente, aumentando ao CO2) no 
centro respiratório ou estimulando a respiração. 
 
 
 
 
 
Alterações na pele 
 Surgem estrias no abdome e, por vezes, surge nos seios (estrias gravídicas 
ou víbices). Essas estrias, no início, são avermelhadas e depois tornam-se 
claras. Há um aumento da pigmentação da linha alba, vulvas, aréolas 
mamárias e face (cloasma). Também surgem teleangiectasias. 
 
 
 
 
 
 
 Cloasma 
 Diagnóstico da gravidez 
 O diagnóstico da gravidez pode ser feito pela clínica, hormônios e 
ultrassônicos. Dos sinais clínicos, é comum agrupá-los em presunção, 
probabilidade e certeza. 
Sinais de presunção 
 Amenorreia, náuseas, congestão mamária e polaciúria. 
Sinais de probabilidade 
 Amenorreia, aumento do volume uterino, alterações da consistência uterina, 
alterações da forma do útero e aumento do volume abdominal. 
Sinais de certeza 
 São caracterizados pela presença do concepto e está relacionado aos 
batimentos fetais e movimentação. A USG rastreia os movimentos entre 7 e 8 
semanas. 
 São sinais de certeza: 
Sinais de Puzos = é conhecido como rechaço fetal intrauterino. É feito pelo 
toque vaginal e impulsiona-se o feto dispondo os dedos no fundo-de-saco 
anterior. A percepção é feita com os dedos, sentindo-se o afastamento e 
retorno do concepto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto 
Palpação dos segmentos fetais 
Auscultação = É a identificação dos batimentos fetais. Antes, usava-se o 
estetoscópio de Pinard, hoje, faz-se uso do sonar-doppler. 
 
 Estetoscópio de Pinard Sonar-doppler 
 
 Exames complementares 
 Teste imunológico, radio-imunológico, ELISA e diagnóstico ultrassonográfico. 
 
Caso 04 – Pré-natal Marília de Lima 
 O pré-natal é importante pois constitui-se como uma ferramenta que objetiva 
garantir a saúde da mãe e do bebê. Tem por orientações higienodietéticas: 
 Importância do acompanhamento pré-natal; 
 Modificações fisiológicas da gestante; 
 Cuidados em saúde alimentar e nutricional: chamar a atenção para 
necessidade de uma alimentação saudável, vitaminas e mineiras*, 
atentar-se par ao uso de álcool, cafeína e adoçantes. 
 Ferro – prevenção de anemias e nascimento prematuro. 
Ácido fólico – prevenção de defeitos no tubo neural e alterações na 
divisão celular. O ácido fólico deveria ser administrado antes de 
 
 
 
 
engravidar, uma vez que o tubo neural se forma na 3ª semana de 
gestação e, muitas vezes, a mulher ainda não tem descoberto a 
gravidez. 
Cálcio – manutenção esquelética e função cardíaca 
Vitamina D – necessária para formação esquelética do feto 
Vitamina C – estimula a melhor absorção de ferro e reduz o risco de 
anemia materna. 
 Sexo na gestação: pode ocorrer mudanças no desejo e disposição 
sexual devido a fatores psicoativos, biológicos, etc. Se desejado, a 
mulher pode ter relações até o momento do parto, facilitando o 
nascimento do bebê. Evitar atividade sexual na presença de 
sangramento ou perda de líquidos. 
 Exposição ao tabaco: orientar que há maior risco de partos prematuros, 
crescimento intrauterino oculto, recém-nascidos com baixo peso e 
mortes perinatais. Orientar sobre abstinência total ou redução do 
consumo, ressaltando o apoio dos familiares e amigos. 
 Exposição ao álcool e outras drogas: as gestantes que planejam 
engravidar devem evitar o consumo de álcool nos 3 primeiros meses de 
gestação, pois o consumo pode aumentar o risco de aborto. 
 Orientações físicas e práticas corporais na gestação: quando a grávida 
apresenta uma gestação de riscos e tem o hábito de práticas de 
esportes, ela pode continuar a fazer os exercícios, adequando a 
situação de sua gestação. Em casos de mulheres que não faziam 
atividades físicas mas desejam iniciar, não há contraindicações, desde 
que ela seja orientada e supervisionada no que está fazendo. As 
atividades mais indicadas são yoga e hidroginástica, uma vez que tem 
baixo impacto e podem melhorar a situação cardiorrespiratória. É muito 
importante não esquecer da hidratação, do repouso e dos sinais de 
riscos que podem surgir. Quando acontecer algo que possa vir 
prejudicar a gravidez, a práticas de esportes deve ser estacionada até 
que ela vá ao médico para sua situação ser avaliada. Nem todas as 
mulheres podem fazer atividades físicas, incluindo nessas as que 
apresentam sangramento uterino e placenta baixa. 
 Deve-se evitar ficar sentada ou em pé por muito tempo para evitar 
dores e edema dos membros inferiores. É recomendado dormir em 
decúbito lateral esquerdo pois, nessa posição, existe a diminuição da 
compressão da veia cava e aorta, favorecendo o fluxo sanguíneo. 
Na próxima página, consta o que abrange os pré-natais, 
principalmente a primeira consulta. 
Correção do mapa abaixo – a tríplice viral NÃO deve ser aplicada 
em gestantes, APENAS questionada sobre a imunização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 05 – Parto normal Marília de Lima 
 Estática fetal 
Situação: relação entre o maior eixo fetal (cabeça-nádegas) com o maior eixo 
uterino (canal cervical-corpo uterino). Pode ser longitudinal,transversa ou 
oblíqua. 
Posição: relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo materno. Na 
situação longitudinal pode ser direita ou esquerda. Na transversa, anterior ou 
posterior. 
Atitude: pela necessidade de adaptação do feto ao espaço uterino, ele acaba 
por flexionar-se. Atitude é a relaçao das diversas partes do feto entre si. Ele 
apresenta uma flexão generalizada onde a cabeça com o mento aproxima-se 
da face do tórax, o que dá ao concepto uma forma ovóide, o ovóide fetal. Na 
apresentação pélvica, a cabeça se encontra nas mais variadas posições: 
fletida, lateralmente inclinada, deflexão, etc. Durante o parto, pela expansão do 
segmento inferior e pela incorporação da cérvice, que ascende, o feto se 
endireita diminuindo sua flexão. 
 
Apresentação: É a parte do corpo que está mais a frente no canal do parto. 
Pode ser cefálica, pélvica ou transversa. Dentro do apresentação, existe a 
parte da apresentação que varia de acordo com o tipo de apresentação. 
Apresentação transversa – a parte da apresentação será o ombro, sendo a 
apresentação chamada de córmica. 
Apresentação cefálica – a parte da apresentação pode ser o vértice (quando a 
cabeça e corpo estão totalmente fletidos), bregmática (com a cabeça menos 
fletida), fronte (cabeça quase estendida) e face (deflexão máxima). 
 
 
 
 
 
 
 Mecanismo do parto 
 É o estudo dos movimentos que a cabeça do feto descreve, sob a ação das 
contrações uterinas, a transitar pelo desfiladeiro pelvigenital.É um mecanismo 
passivo que visa adaptá-lo as exigências e diferenças existentes no canal do 
parto. 
 
A manobra de Leopold 
É usada para identificar a apresentação e posição do feto. Consiste em 4 
manobras. 
Primeira manobra - Palpa-se o fundo do útero com a ponta dos dedos afim 
de definir a apresentação fetal. Quando é pélvica, nota-se uma sensação 
nodular, grande. Já quando é cefálica, palpa-se algo duro, redondo e um 
pouco móvel. 
Segunda manobra - após a finalização do processo citado acima, o 
examinador coloca as mãos de cada lado do abdome. Dessa vez, será 
observada a posição fetal! De um lado será palpado algo duro e resistente, 
que é o dorso. Do outro, nota-se a presença de partes pequenas, sem forma 
definida, que seriam os membros fetais. 
Terceira manobra - Dessa vez, com o polegar e dedos das mãos, o 
examinador segura a parte inferior do abdome da mãe. Na palpação 
poderão ser notadas duas coisas: algo móvel ou não. Se estiver móvel, é um 
indicativo de que o feto ainda não está encaixado. Aqui, cabe salientar 
que, no caso de não ocorrer um encaixe na pelve, por uma palpação 
cuidadosa é possível determinar a atitude fetal. Se a proeminência cefálica 
estiver do mesmo lado que os membros, a cabeça deve estar fletida e o 
vértice será a parte da apresentação. Mas, se a proeminência estiver do 
mesmo lado do dorso, é indicativo de que a cabeça está estendida. 
Quarta manobra - Por fim, o examinador fará uma pressão profunda, na 
direção do eixo da entrada pélvica, com os 3 primeiros dedos das mãos. Se 
uma mão for parada mais cedo que a outra por um corpo arredondado, 
confirma-se que a apresentação será cefálica. Pensando um pouco, é 
compreensível que, se a proeminência cefálica for facilmente palpável, 
percebe-se que o feto não desceu para o encaixe completo na pelve. 
Válido salientar que numa apresentação pélvica, a informação obtida com 
essa manobra é menos precisa. 
 
 
 
 
 
Insinuação 
É a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do 
estreito superior. É o encaixe do feto. 
 
 
 
A- estreito superior. Vai da margem superior da 
sínfese púbica até o promontório. 
D- estreito inferior. Vai da margem inferior da 
sínfese púbica até o cóccix. 
 
 
 
 
 
 
 
 Para que a insuação se processe, é necessário haver redução dos diâmetros 
da cabeça pela orientação dos diâmetros e flexão. No início dessa fase, a 
cabeça fetal se encontra orientada no sentido do diâmetro oblíquo esquerdo e 
com a pequena fontanela voltada para a esquerda, ou seja, está no ponto E.A. 
A variedade de posição é a relação dos pontos de referência fetais e maternos, sendo 
a mais comum a OEA (occipito-esquerdo-anterior), quando lambda se relaciona com a 
linha íleo-pectínea esquerda materna 
 
Em fetos com apresentação córmica, é impossível 
ocorrer a insuação, consequência dos grandes 
diâmetros que se apresentam. Por isso, o parto vaginal é 
impossível. 
 
 
 
 
 Por dois processos diferentes faz-se a insinuação: 
Insinuição estática: A flexão da cabeça ocorre por consequência da tração 
dos ligamentos sustentadores do órgão e pressão das paredes abdominais. 
Insinuação dinâmica: Surge no fim da dilatação cervical ou início do período 
expulsivo. Ocorre flexão por contato com o estreito superior da bacia e descida 
as custas das contrações expulsivas. 
Descida 
 A descida, em realidade, se processa desde o início do trabalho de parto e só 
termina com a expulsão total do feto. Ocorre dois mecanismos: 
Rotação interna cabeça - quando a extremidade cefálica distende e dilata o 
diafragma pélvico, ocorre um movimento de rotação que leva a sutura sagital a 
se orientar no sentindo anteroposterior da saída do canal (o dorso fica voltado 
para sínfese púbica). 
Insinuação das espáduas - com a progressão da cabeça pelo canal, nota-se 
a penetração das espáduas através do estreito superior da bacia. O diâmetro 
biacromial é incompatível com os diâmetros do estreito superior, com isso, no 
período expulsivo, sofrerão redução apreciável porque os ombros se 
aconchegam, forçados pela constrição do canal, e se orienta no sentido de um 
dos diâmetros oblíquos ou transversos daquele estreito. 
Desprendimento 
 Graças a curvatura inferior no canal do parto, o desprendimento vai se 
processar por uma deflexão da cabeça. Imediatamente após a saída, ocorre 
duas coisas: 
Rotação externa da cabeça - a cabeça sofre novo e ligeiro movimento de 
flexão, pelo seu próprio peso, e executa um movimento que retorna o occipital 
para o lado onde se encontrava na bacia, fazendo uma rotação externa. 
Rotação interna das espáduas - desde sua passagem pelo estreito superior 
da bacia, as espáduas estão com o biacromial no sentido oblíquo direito ou 
transverso da bacia. Quando chegam ao assoalho pélvico, orientam o 
biacromial na direção anteroposteior da saída do canal. 
Desprendimento das espáduas - Após a rotação interna das espáduas, o 
tronco inflexiona-se fazendo com que ombro anteriomente apresentado saia 
momentos antes do posteriormente localizado. As demais partes do corpo do 
concepto, em geral, não apresentam resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Colo cervical 
 O amadurecimento do colo precede o início do trabalho de parto em várias 
semanas. Isto envolve várias alterações morfológicas. O útero passa de uma 
barreira rígida para um órgão amolecido e distensível devido à diminuição da 
concentração de colágeno e aumento da quantidade de ácido hialurônico e 
água. Apagamento é a redução da longitude do canal cervical. Ao completar-se 
o apagamento, o orifício cervical externo se confunde com o interno. 
 
(A) colo do útero antes do apagamento. (B) colo do útero após o apagamento. Note que o canal cervical 
agora é parte do segmento inferior do útero. 
O papel das prostaglandinas 
 Na preparação para o parto, há mudança na síntese de PG no útero. 
(PGI2 no momento de quiescência, isto é, sem atividade contrátil para 
síntese de PGE2 ou PGE2alpha, quando o útero volta a responder aos 
estímulos contráteis). Resumindo, as uterotropinas ressensibilizam o útero a 
responder aos estímulos contráteis, promovidos pelas uterotoninas. As PGs 
promovem liberação de CA++ no espaço intracelular, determinando a 
formação das junções comunicantes, o que conduz o potencial de ação 
célula a célula mais eficazmente. 
O papel da ocitocina 
 A ocitocina não tem função para iniciar o parto, hoje se compreende que 
seu papel está relacionado com a condução do trabalho de parto, ou seja, 
trabalha como uma uterotonina maximizando as forças miometriais 
envolvidas na expulsão do feto. Em suma, seu principal papel está 
relacionado com a lactação. 
 Fases clínicas do parto 
 Clinicamente, o estudo do parto analisa três fases principais (dilatação, 
expulsão e secundamento) precedidas de estádio preliminar, o período 
premunitório (pré-parto). Há tendência a considerar um quarto período, que 
compreenderia a hora imediata a saída da placenta. O parto resume-se na 
abertura de dois diafragmas, o cervicossegmentário (colo do útero) e 
vulvoperineal, através dos quais há de passar o feto. 
Período premunitório (pré-parto) 
Essa fase constitui-se pela descida do fundo uterino, acarretando mudanças no 
corpo materno. A cúpula uterina (parte do fundo do útero) baixa de 2 a 4 cm, 
possibilitando aumento da ventilação pulmonar, o que é muito importante para 
 
 
 
 
o processo do parto. Quando o polo cefálico do feto se encaixa no estreito 
superior, ocorre um aumento de dores lombares, estiramento das articulações, 
etc. Além disso, há um aumento de secreção provenientes das glândulas 
cervicais, gerando eliminação excessiva de muco, muitas vezes acompanhadapor sangue. Inicia-se uma percepção das contrações uterinas que começam a 
se tornar dolorosas. A atividade uterina com suas contrações são reduzidas até 
a 30ª semana de gestação. A partir da 36ª, ocorre uma intensificação. 
 A fase do pré-parto é caracterizada pelo amolecimento do colo uterino e 
apagamento*. Esse último anuncia a incorporação da cérvice ao segmento 
inferior, e caracteriza a madurez. 
* O apagamento seria a diminuição do comprimento do colo uterino. 
 Dá-se atenção para o abaixamento do colo, uma vez que o parto só iniciará 
com esse fator. Uma maneira de identificar um falso trabalho parto é a 
observação de mudanças no colo uterino. Muitas vezes a mãe apresenta 
contrações que não vão causar as modificações no colo e aí sabe-se que não 
se trata do momento real do parto. No entanto, é complicado saber o momento 
exato do início do parto, uma vez que ocorre de maneira gradual. 
 
Fase de dilatação – Fase 1 
 Inicia-se com as contrações dolorosas, que começam a modificar ativamente 
o cérvice e termina quando sua amplitude chega a 10cm. A maioria das 
parturientes referem dor no hipogástrio. Nas primíparas, o tempo de dilatação 
vai de 10 a 12 horas. Nas multíparas, de 6 a 8 horas. 
 Durante o período abre-se o cervicossegmentário e se forma o canal do parto 
que se continua com o trajeto uterovaginal. Dilata-se o colo uterino através da 
tração das fibras longitudinais do corpo e de outros fatores convergentes (bolsa 
das águas e apresentação). 
 O diafragma cervicossegmentário abra-se através do apagamento e 
dilatação. 
Nas primíparas - 1º apagamento e, depois, dilatação. 
Nas multíparas - ocorre simultaneidade dos dois. 
 Ocorrem 2 a 3 contrações, com duração de 30 a 40 segundos, a cada 10 
min. 
 Além de ocorrer a dilatação, ocorre o rompimento da bolsa das águas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fase de expulsão – Fase 2 
 Inicia-se com a dilatação completa e se encerra com a saída do feto. É 
caracterizada pela associação sincrônica da força contrátil do diafragma e da 
parede abdominal. As contrações uterinas tornam-se mais intensas e 
frequentes, ocorrendo 5 a 6 contrações a cada 10 min, com duração de 60 a 80 
segundos. O feto passa através do canal de parto, dilata o colo, passa pela 
vagina e distende o diafragma vulvoperineal. 
 A lavagem retal, episiotomia e tricotomia NÃO são procedimentos de rotina 
em um parto normal. Para a episiotomia existem indicações, sendo a principal 
o sofrimento fetal, onde a mais usada é a médio lateral. 
 Durante a expulsão, é feita a avaliação cardiofetal clínica 5 minutos antes, 
durante e depois das contrações. 
 
 
 
 
 
 O momento ideal para pinçar o cordão umbilical de todos os recém-nascidos, 
independente da sua idade gestacional, é quando a circulação do cordão 
umbilical cessou, o cordão está achatado e sem pulso (aproximadamente 3 
minutos após o parto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidades Montevidéu mede a 
atividade uterina, sendo obtida 
através do produto da 
intensidade (tempo) pela 
frequência 
 
1. A ausculta é feita 30 segundos após o término da contração (não 
todas). 
2. Pressão arterial da mãe, batimento cardiofetal e dinâmica 
uterina diferenciam no intervalo de tempo de verificação a 
depender do estado de saúde da mãe. 
Partograma 
É a representação gráfica do trabalho de parto que permite 
acompanhar a sua evolução, documentar, diagnosticar 
alterações e indicar a tomada de condutas apropriadas para a 
correção de desvios, evitando intervenções desnecessárias. 
 
 
 
 
 
 
Secundamento, deslocamento ou decedura 
 É composto por três fases fundamentais: 
1. Deslocamento (dequitação ou dequitadura) 
Após a expulsão do feto e da saída do restante do líquido amniótico, o volume 
uterino regride subitamente, a placenta se descolará pela retração da parede 
uterina e neste ponto se formará o hematoma retroplacentário. O 
deslocamento placentário se concretiza de duas formas: 
a) Mecanismo de Baudelocque-Schultze ou Mecanismo de Baudelocque-
Duncan Isso a depender de onde estava localizada a placenta, se no 
fundo do útero ou na parede lateral do útero, respectivamente. No 
primeiro, a placenta se apresenta antes do fluxo sanguíneo do hematoma 
e pela face fetal. No segundo, o sangue se apresenta antes da placenta, 
que sai exteriorizando a face materna. 
2. Descida 
 Descolada, a placenta é forçada para o segmento inferior e vagina pela força 
das contrações uterinas e pela pressão do hematoma. 
3. Expulsão 
 A presença da placenta na vagina determina novamente a sensação de puxos 
(que é sentida na hora do parto também, não é nada além da força exercida 
pelo assopro com a glote fechada, como na Manobra de Vasalva). 
Frequentemente, se faz necessária alguma forma de intervenção manual para 
expulsar completamente a placenta. Completa a expulsão da placenta, o fundo 
uterino desce abaixo da cicatriz umbilical e adquire “consistência lenhosa 
permanente” – globo de segurança de Pinard – o principal mecanismo de 
homeostasia após o secundamento. A perda sanguínea é inevitável, e em 
média tem volume de 300 a 500 ml nas mães hígidas (com boa saúde). 
 
A consistência lenhosa é o mesmo que consistência dura. É importante para 
evitar um sangramento exagerado. 
 
Quarto período 
 É também chamado de período de Greenberg, que considera a primeira hora 
após a saída da placenta, momento tão importante que lhe reserva uma das 
fases do parto, pelos riscos imanentes de hemorragia e pelo descuido quase 
universal daqueles que acompanham nossas puérperas. Há de salientar-se a 
importância de bem compreender o mecanismo da retração uterina e de 
formação normal de coágulos na superfície interna da matriz, que ficou aberta 
e sangrante após a expulsão da placenta. 
O quarto período tem fases típicas a caracterizá-lo: 
1. Miotamponagem. Imediatamente após a expulsão da placenta o útero 
se contrai e é palpável um ponto intermediário entre o pube e o umbigo. 
A retração inicial determina a laqueadura viva dos vasos uterinos, 
constituindo a primeira linha de defesa contra a hemorragia . 
2. Trombotamponagem. É a formação de trombos nos grandes vasos 
uteroplacentários, constituindo hematoma intrauterino que recobre, de 
modo contínuo, a ferida aberta no sítio placentário. Esses trombos são 
aderentes, pois os coágulos se continuam com os mencionados trombos 
 
 
 
 
dos grandes vasos sanguíneos uteroplacentários. Os coágulos enchem 
a cavidade uterina, à medida que a matriz gradualmente se relaxa e 
atinge, ao fim de uma hora, o nível do umbigo. Tal é a segunda linha de 
defesa contra a hemorragia, quando o estágio de contração fixa do útero 
ainda não foi alcançado. A contração do miométrio e a pressão do 
trombo d e terminam o "equilíbrio miotrombótico". 
3. Indiferença miouterina. O útero se torna "apático" e do ponto-de-vista 
dinâmico apresenta fases de contração e de relaxamento, com o perigo 
de encher-se progressivamente de sangue. Maior a paridade ou mais 
prolongados os três primeiros estágios da parturição, tende a crescer o 
tempo de indiferença miouterina. O mesmo ocorreria após partos 
excessivamente rápidos, polidrâmnio, prenhez múltipla e feto 
macrossômico, à conta da excessiva distensão da matriz. 
4. Contração uterina fixa. Normalmente, decorrida uma hora, o útero 
adquire maior tono e assim se mantém. 
 
 Puerpério 
 Puerpério, sobreparto ou pós-parto, é período cronologicamente variável, de 
âmbito impreciso, durante o qual se desenrolam todas as manifestações 
involutivas e de recuperação da genitália materna havidas após o parto. 
 
Pós-Parto imediato (1º ao 10º dia) 
 Predomina a crise genital, prevalecem fenômenos catabólicos e involutivos. 
O útero desce cerca de 1 cm ao dia e no 10º dia jánão deve ser mais palpável, 
uma vez que se apresenta abaixo da sínfise púbica. Três dias após o parto a 
cérvice já está anatomicamente reconstituída. Parte do endométrio, a decídua, 
é expulsa e, a outra parte, vai regenerar o tecido endometrial. O lóquio, ou seja, 
o fluxo genital decorrente da drenagem uterina sofre modificações. Nos 
primeiros dias é sanguíneo, a partir do 5º dia, torna-se acastanhado e por volta 
do 10º dia apresentar-se serossanguíneo. 
Pós-parto tardio (10º ao 45º dia) 
 A recuperação genital toma impulso. O útero termina de regredir e o lóquio se 
torna apenas seroso. 
Pós-parto remoto (além do 45º dia) 
 Sua duração é imprecisa e muda se a mãe está lactando ou não. Em média, 
nas não-lactantes a menstruação ocorre 1,5 mês após e precedido e ovulação 
sim. Nas lactantes depende do período de aleitamento. Válido salientar que, 
em mulheres que amamentam, a regeneração vaginal é mais rápida. 
 
 
Caso 06 – Métodos contraceptivos Marília de Lima 
 
 
 
“Conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e 
também quem prefere adiar o crescimento da família" 
 
 Assegurado pela constituição federal, e pela lei nº 9.263/96, o planejamento 
Planejamento familiar 
 
 
 
 
familiar é um método que, além de prevenir gravidez indesejada, gravidez de 
altos riscos etc, promove qualidade de vida ao casal que regula seu padrão de 
vida tendo apenas a quantidade de filhos planejada. 
 No Brasil, a política Nacional de Planejamento Familiar foi instituída em 2007, 
ofertando oito métodos contraceptivos gratuitos e venda de anticoncepcionais 
no programa “Farmácia Popular”. Desta forma estabelecida, todas as mulheres 
na idade fértil (10 aos 49 anos) têm acesso aos anticoncepcionais, entretanto 
na maioria dos casos é necessária uma consulta prévia com profissionais de 
saúde, a fim de lhes serem mais bem esclarecidas as vantagens e 
desvantagens de cada método e, desta forma, escolher em conjunto o método 
mais apropriado para cada caso. 
 
Planejamento familiar X Controle de qualidade 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR CONTROLE DE NATALIDADE 
Promove a saúde Promove a redução ou aumento de 
população 
É direito do cidadão É uma política do Estado 
Opção livre e consciente Imposição do Governo ao cidadão 
É um dever do estado Sua execução é indiscriminada. 
 
 Controle de Natalidade é uma ação governamental em que se tem uma meta 
estipulada para o crescimento ou redução “ideal” da população, segundo 
critérios político-administrativos, e por isso é o governo determina a quantidade 
de filhos que um casal deve ter. 
 
 
 
Sobre as formas e a escolha dos métodos de anticoncepção é dever do 
profissional de saúde: 
 
 Atividades educativas 
 Aconselhamento 
 Atividades clínicas 
 
 Sendo sempre desenvolvidas de forma integrada e procurando manter o 
caráter educativo de cada intervenção, expandindo, ainda, para o enfoque da 
proteção contra DST, além da contracepção. 
 A escolha do método cabe apenas ao casal, tendo o profissional de saúde o 
papel de ofertar todas as alternativas de métodos anticoncepcionais, educando 
e esclarecedor sobre as indicações, contra-indicações e implicações de uso. 
Desta forma, o casal possui todos os elementos necessários para a tomada da 
decisão de forma livre e consciente. O Ministério preconiza, ainda, o 
acompanhamento clínico-ginecológico ao usuário independente do método 
escolhido. 
 
Métodos contraceptivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resumindo, os fatores a serem considerados 
 na escolha do método de contracepção são: 
 - A escolha da mulher, do homem ou do casal 
 - Características dos métodos 
 - Fatores individuais e situacionais relacionados 
 aos usuários do método 
 
 
 
 
 Nem sempre o método escolhido pelo casal é o mais apropriado, mas o 
médico deve sempre priorizar essa escolha. Sendo totalmente contra-indicado, 
cabe ao profissional orientar o casal a escolher outro método. Essa busca ativa 
por métodos é fator primordial para a eficácia da intervenção em contracepção 
e planejamento familiar. 
 Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados em dois subgrupos: 
Reversíveis: Definitivos 
I. Comportamentais; I. Irreversíveis 
II. De barreira; 
III. Intra-uterinos; 
IV. Hormonais; 
V. De emergência. 
 
 Reversíveis 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
 Também conhecidos como métodos naturais de contracepção. São baseados 
no conhecimento do período fértil, e é composto por práticas de abstinência ou 
relações em que os espermatozóides não são depositados na vagina. 
 Vantagens 
I. Gratuitos 
II. Não trazem malefícios ou efeitos colaterais 
III. Permite casais seguirem normas religiosas que coíbam outros métodos 
contraceptivos 
IV. Não há demora no retorno à fertilidade 
V. Ensinam a mulher a conhecer melhor seu corpo 
 Desvantagens 
I. Irregularidades no ciclo menstrual atrapalham a eficácia 
II. Eficácia moderada 
 Eficácia 
 Efeitos secundários 
 Aceitabilidade 
 Disponibilidade 
 Facilidade de uso 
 Reversibilidade 
 Proteção a doenças 
sexualmente 
transmissíveis (DST) e 
infecção pelo HIV 
 
 
 
 
 
 
Método de Ogino-Knaus (tabelinha) 
 De acordo com os conhecimentos fisiológicos do ciclo menstrual da mulher, e 
considerando este ciclo como matemático e retrospectivo, convenciona-se que, 
num ciclo padrão de 28 dias: 
 O primeiro dia fértil é calculado subtraindo 18 dias de duração do ciclo 
 O último dia fértil é calculado subtraindo 11 dias de duração do ciclo. 
 
 Para ciclos irregulares, subtrai-se 18 do ciclo de menor duração e 11 do ciclo 
de maior duração. Quanto maior a diferença, maior o período de abstinência. 
 O intervalo de observação para verificação da duração dos ciclos deve ser 
feito por, no mínimo, 6 meses. 
Exemplo: uma mulher observou durante 7 meses que seus ciclos eram 
irregulares. O ciclo de maior duração teve 30 dias e, o de menor, 24 dias. 
30 dias - 11 = 19 
24 dias - 18 = 6 
Sendo assim, a mulher deve ficar sem relação sexual desde o 6º até o 19º dia 
do ciclo menstrual de cada mês. 
Método de Billings (muco cervical) 
 Sabendo da diferença na constituição do muco cervical durante o período 
fértil, o método de Billings pode ser adotado. Durante a fase fértil, em que o 
índice de estrógeno está elevado, o muco cervical se torna abundante, aquoso, 
transparente e filoso. Com o aumento de progesterona, o muco se torna opaco, 
escasso, espesso e sem filância. 
 
 
Relações sem que haja ejaculação na vagina 
 
 Práticas sexuais diversas em que não há depósito de espermatozóides na 
vagina da mulher. Notadamente, destaca-se nesta conformação, o coito 
interrompido. Além de sexo oral, sexo anal, masturbação mútua etc. 
 
 
 
 
MÉTODOS DE BARREIRA 
 São objetos que impedem a ascensão do espermatozóide no trato genital 
feminino. 
 
Condom Masculino (camisinha) 
 
 É um envoltório para o pênis, feito de látex. É o principal meio de prevenção 
do HIV, atualmente disponível. A camisinha deve ser usada apenas 1 vez, e 
com os devidos cuidados para que sua eficácia seja a máxima possível. O uso 
de condom não provoca efeitos colaterais, salvo raros casos de alergia ao 
material de que é constituído 
 Seu uso requer alguns cuidados que, embora pareçam óbvios, nem sempre 
são respeitados, causando falhas. 
 
 Tais cuidados incluem: 
 
 ser de boa qualidade; estar íntegro; 
 abrir corretamente o invólucro, evitando comprometer a integridade do 
condom; 
 colocá-lo sempre antes de qualquer penetração, com o pênis em ereção, 
tendo-se o cuidado de retirar o ar da pequena bolsa que existe na sua 
extremidade fechada, destinada a deposição do esperma ejaculado; 
 evitar manobras que possam causar ruptura; 
 retirar o pênis da vagina ainda com boa ereção, evitando, assim, a 
ocorrência de extravasamentos de esperma; 
 usar apenas uma vez e descartá-lo. 
 
 
 
Condom Feminino (camisinha feminina) 
 É uma bolsa cilíndrica feita de plástico fino, de mesmo comprimento da 
camisinha masculina e possui dois anéis flexíveis, um em cada extremidade. 
Sendo um lado ocluso e o outro não. Antes da relação sexual a mulher deve 
inserir a camisinha na vagina pelo lado ocluso e a relação sexual deve ser feita 
tomando cuidado de o pênis ser corretamente penetrado dentro do invólucro de 
plástico. 
 
 
 
 
 
Espermicidas 
 São substâncias químicas que quando introduzidas na vagina comprometem a 
vitalidade dos espermatozóides e servem de barreira para a entrada no trato 
genital superior. Apresenta-se de várias formas, sendo gel, cremes, espuma e 
tabletes as mais comuns. Em geral não é usada como único método, sendo usado 
em associação. Deve ser colocado o mais próximo possível do cérvix. 
Diafragma 
 O diafragma é uma membrana de silicone, em forma de cúpula que é 
colocado pela própria mulher antes do ato sexual. Tem formato circular quando 
em repouso e, no momento da inserção, assume uma forma de oito. Deve 
cobrir completamente a cérvice e a parede anterior da vagina. Geralmente, é 
usado com o espermicida. É um método complicado e que demanda disciplina 
e cuidado no manejo, a fim de evitar a concepção. Seu uso também está 
relacionado com o aumento de vaginoses e reações alérgicas. 
 
 
DISPOSITIVOS INTRA-UTERINOS 
 O Dispositivo Intra Uterino – DIU é um aparelhinho feito de um plástico 
 
 
 
 
especial, que vem enrolado por um fio de cobre bem fino. Apenas o médico 
pode colocar o DIU dentro do útero da mulher. O DIU tem um tempo de 
validade (cerca de 6 a 10 anos), dependendo do tipo. Segundos várias 
pesquisas, o DIU é um método de contracepção bem sucedido e com taxas de 
insucesso baixas. Sendo o DIU com LNG (secretores de hormônio - 
Progesterona/levonorgestrel) ainda mais eficaz. A PNDS (Pesquisa Nacional 
de Demografia e Saúde da Criaça e da Mulher, em 2006) mostrou que 80% 
das mulheres usam de algum método para evitar a gravidez. A pílula 
anticoncepcional e o Dispositivo Intrauterino (DIU) são os mais usados pelas 
brasileiras. 
 Pode provocar dor, sangramento, perfuração uterina, etc. O DIU interfere na 
vitalidade e motilidade espermática; diminui a sobrevida do óvulo. 
 Pode ser hormonal e não hormonal. 
Não-hormonal - DIU de cobre. Tem validade de 10 anos 
Hormonal - DIU de LNG (levonorgestrel). Libera pequenas quantidades de 
progesterona na cavidade uterina, causando atrofia do endométrio. Altera o 
muco cervical e tem prazo de validade de 05 anos. 
 
MÉTODOS HORMONAIS 
 
Pílulas Anticoncepcionais 
 As pílulas anticoncepcionais são comprimidos feitos com substâncias químicas 
semelhantes aos hormônios encontrados no corpo da mulher. Elas impedem a 
ovulação, evitando, assim, a gravidez. Existem diferentes tipos de pílulas, as 
mais usadas vêm em cartelas com 21 comprimidos. A pílula só faz efeito se 
tomada corretamente. 
 
Anticoncepcionais Injetáveis 
Se apresentam de duas formas: 
1. Mensais (combinados) 
2. Trimestrais (só de progesterona) 
 
 
 
 
 
 
 
Implantes 
 
São pequenas cápsulas ou bastões de material 
plástico e que, após implantado no subcutâneo, 
libera hormônio gradualmente, impedindo a 
ovulação. 
 
Adesivos cutâneos com hormônios 
 
Os hormônios liberados são absorvidos 
diretamente na circulação sistêmica e tem 
mecanismo de ação semelhante aos outros 
métodos hormonais. Possue os 2 hormônios 
(estrogênio e progesterona). 
 
MÉTODOS DE EMERGÊNCIA 
 
 A anticoncepção de emergência afeta vários processos da fisiologia da 
reprodução. Pode prevenir a ocorrência da ovulação, Interfere com a 
fertilização, com o transporte do embrião para o útero, ou inibe a implantação 
no endométrio. O modo preciso de ação ainda não é bem conhecido. Sua 
prática deve ser desaconselhada e desestimulada. Este método é bastante 
utilizado na prevenção de gravidez após crimes sexuais. Deve ser tomado em 
até 72 horas após a realização sexual, tendo o maior efácia quando tomado o 
quanto antes. A anticoncepção pode ser feita com uma único comprimido ou 
com dois. No último caso, a segunda pílula deve ser tomada 12 horas após a 
ingestão da primeira. 
 
 Definitivos 
 
ESTERILIZAÇÃO 
 
 Além dos métodos recomendados pelo Ministério da Saúde existem formas 
de evitar definitivamente a gravidez através de cirurgia. Pode ser feita no 
homem ou na mulher. No homem chama-se vasectomia e na mulher 
Pacientes com doenças crônicas, problemas cardiovasculares e hepáticos NÃO podem 
usar anticoncepcionais combinados. Interessante saber que o anticoncepcional de 
progesterona pode ser utizado no puerpério imediato de mães que amamentam. 
 
 
 
 
laqueadura (amarração ou ligadura de trompas). 
 Laqueadura: É uma operação feita nas trompas, para impedir o 
encontro do óvulo com o espermatozóide, evitando assim, a gravidez. 
 
 Vasectomia: É uma operação feita no órgão genital do homem (canal 
deferente), que impede a passagem de espermatozóides (células 
reprodutoras do homem). Mesmo fechando o canal deferente, o homem 
continua expelindo um líquido, o sêmem, que não contém os 
espermatozóides e, portanto, não fecunda a mulher. 
 
 As duas operações não modificam a libido ou a capacidade de ereção e 
ejaculação. 
 
 
 
 O SUS em 2013 começou a ofertar aos seus usuários com dificuldade de 
engravidar (casais que tentam há, pelo menos, 1 ano) a fertilização in vitro. 
No Brasil, até o dia 23/09/2013 apenas os estados de Minas Gerais, 
Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal oferecem 
este serviço. De acordo com informações do Ministério da Saúde, em alguns 
casos o tratamento é integralmente oferecido pelo SUS, em outros, apenas 
uma parte. 
 
 
 Critérios para realização: 
1- somente é permitida a esterilização voluntária em homens ou mulheres 
com capacidade civil plena, maiores de 25 anos ou, pelo menos, 2 filhos 
vivos; 
2- deve ser aguardado prazo de 60 dias entre a expressão do desejo da 
esterilização e sua realização; 
3- a esterilização é permitida se houver risco à vida ou à saúde da mulher 
ou do futuro concepto, desde que testemunhado em relatório escrito e 
assinado por 2 médicos; 
4- deve ser elaborado documento que expresse a vontade pela paciente, 
contendo informações sobre os riscos da cirurgia, possíveis efeitos 
colaterais, dificuldade de sua reversão e opções de contracepção 
reversível. Este documento deve ser assinado pelo cônjuge, quando 
houver sociedade conjugal; 
5- não se pode realizar a LT nos períodos parto ou aborto, a não ser nos 
casos de necessidade por cesarianas sucessivas prévias; 
6- não se pode fazer esterilização por outro procedimento que não seja LT 
ou vasectomia; 
7- em pessoas incapazes, a esterilização só pode ser feita mediante 
autorização judicial. 
Fertilização Assistida 
 
 
 
 
 
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 
 
 O objetivo da inseminação artificial é depositar os espermatozóides, após um 
processo de melhoramento, no local onde normalmente ocorre a fecundação 
(nas trompas). Comumente há uso de medicamentos na mulher paraque ela 
aumente sua produção de ovócitos e a ovulação passa a ser acompanhada por 
USG para se identificar com precisão o melhor momento para a realização do 
procedimento. 
 
FERTILIZAÇÃO IN VITRO 
 
 Popularmente conhecida como “bebê de proveta” é a técnica de reprodução 
assistida mais utilizada no mundo, já tendo nascido mais de 1 milhão de 
crianças por este método. Resumidamente, a mulher é medicada a fim de 
aumentar sua produção de ovócitos, que no momento certo são coletados via 
punção vaginal, guiada por USG. Em seguida são colocados em um recipiente 
apropriado junto com espermatozóides e guardados em uma incubadora por 
cerca de 2 dias, quando são transferidos para o útero da paciente. 
Habitualmente devem ser no máximo 4 embriões transferidos para o útero 
materno, para evitar gestações múltiplas. No caso de excesso de embriões, 
eles são congelados, não sendo descartados de maneira alguma. 
MICROMANIPULAÇÃO 
 Desenvolvida há poucos anos, consiste na introdução de um espermatozóide 
em um ovócito por meio de uma agulha, promovendo a fecundação. Esta 
técnica é especialmente utilizada por casais em que o homem ou a mulher não 
possui gametas suficientes para fecundar, ou em maturação apropriada ou 
qualquer outro viés que impeça a concepção.

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