Buscar

FATORES QUE PROMOVEM MAIOR INCIDÊNCIA DE PARTO PRÉ-TERMO EM ADOLESCENTES NA AMÉRICA LATINA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FATORES QUE PROMOVEM MAIOR INCIDÊNCIA DE PARTO PRÉ-TERMO EM ADOLESCENTES NA AMÉRICA LATINA
Andréa Dias Alves�
Andrei Cardoso Vieira�
Bruna Cardoso Vieira�
Introdução: A adolescência é a fase do desenvolvimento compreendida entre 10 e 19 anos e cerca de 25% das mulheres tem um filho antes dos 20 anos, uma vez que esta taxa aumenta em países subdesenvolvidos. Ao engravidar, a jovem tem de enfrentar, paralelamente, tanto os processos de transformação da adolescência como os da gestação, apresentando 75% a mais de risco de haver um nascimento prematuro que mulheres adultas, em que os motivos para este alto índice de prematuridade ainda são muito amplos, podendo abranger desde condições sociais à fisiológicas e∕ou psicológicas. Objetivo: buscar fatores que levam a incidência de parto prematuro na adolescência, quais os mais abordados e quais necessitam de maior atenção. Metodologia: trata-se de um estudo de revisão de literatura realizado por meio de buscas nas bases de dados Medline, Lilacs e BDEnf, no período de março de 2016. Resultados: dos artigos analisados, 7 relacionaram o parto prematuro à situação sociodemográficas, 2 a patologias, 5 a consulta de pré-natal, 2 a fatores biológicos, 1 ao tabagismo, 1 a ruptura prematura de membrana e 1 ao tipo de gravidez. Discussão: entre os fatores mais abordados, destacam-se os sociodemográficos (escolaridade, renda e estado civil), patológicos, ineficácia e∕ou ausência de acompanhamento pré-natal, anatômicos, fisiológicos e uso de drogas. Considerações finais: observou-se que consultas de pré-natal realizadas de forma inadequadas e/ou insuficientes também são fatores que predispõem à prematuridade do nascimento, pois uma deficiência na orientação e informação (fundamentais nesse procedimento) contribuem para a falta de cuidados e desenvolvimento de complicações e que, somadas à adolescência, aumentam os riscos de um parto pré-termo.
PALAVRAS-CHAVE: Adolescência. Parto prematuro. Incidência.
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se consideram partos prematuros os nascimentos ocorridos antes da 37ª semana de gestação. Estima-se que no mundo por ano cerca de 15 milhões de nascimentos sejam prematuros, ou seja, a cada 10 recém-nascidos um foi de parto prematuro. Esta é uma das principais causas de morte de crianças menores de 5 anos, sendo que em quase todos os países as taxas de prematuridade no nascimento aumentam a cada ano. Muitos dos bebês que sobrevivem sofrem complicações durante seu desenvolvimento como incapacidades relacionadas a dificuldade de aprendizagem e problemas visuais e auditivos.(citação?)
As taxas de sobrevivência nos países são bastante distintas. Nos países subdesenvolvidos muitos dos recém-nascidos morrem por não receberem cuidados básicos como fornecimento de calor adequado, apoio ao aleitamento materno, assim como o combate de infecções e problemas respiratórios. Já em países desenvolvidos, quase todos os bebes prematuros sobrevivem. citação?
A maioria dos partos prematuros ocorre espontaneamente, entretanto alguns são provocados por indução da contração uterina ou por cesárea. Entre outras causas da prematuridade pode-se citar a gravidez múltipla, diabetes, hipertensão, infecções e doenças crônicas, além do fator genético, porem em sua maioria a causa não é identificada. citação?
Mundialmente, cerca de 25% das mulheres tem um filho antes dos 20 anos, sendo que essa taxa aumenta em países subdesenvolvidos. Pesquisas(cade autor da pesquisa) apontam que entre os grupos etários, nas adolescentes é onde incide o maior número de partos prematuros e onde há 75% mais de risco de haver um nascimento prematuro comparado as mulheres adultas. citação?
É nessa fase da vida que se destaca grande desenvolvimento anatômico, fisiológico, mental e social. Levando isso em conta, é preocupante quando casos de gravidez ocorrem nesse período, por conta da imaturidade tanto do corpo como da mente, podendo causar grandes consequências no âmbito socioeconômico, educacional e na saúde dessa população, o que torna essa problemática um grande problema de saúde pública. Quando o parto ocorre de forma prematura nessa faixa etária deve ter uma maior preocupação quanto à saúde da mulher, levando-se em conta que o parto pré-termo é uma das principais causas de morte de adolescentes entre 19 anos e 25 anos de idade. citação?
O objetivo dessa revisão é buscar através de diversos artigos os fatores que levam a incidência de parto prematuro na adolescência, quais são os mais abordados e quais necessitam de maior atenção, para assim estimular uma discussão de como esta problemática pode ser amenizada e de que forma os profissionais podem abordar esse público para promover a saúde desses mesmos. citação?
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão de literatura (autor que defenda esta metodologia) realizado por meio de buscas nas bases de dados Medline, Lilacs e BDEnf, no período de março de 2016, utilizando os seguintes descritores: “adolescentes” e “parto prematuro”. A pesquisa partiu da questão: Quais os fatores que levam a incidência de parto prematuro entre gestantes adolescentes na América Latina? Os critérios de seleção foram aplicados através da estratégia PiCo: População – Adolescentes grávidas; Intervenção – parto pretermo; Contexto – América Latina. Considerou-se os artigos publicados a partir de 1990 até o ano atual. Foram identificados 15 artigos, mas apenas 7 foram incluídos. Os excluídos foram aqueles que não apresentavam descritores no título, os que possuíam revisão, e os indisponíveis em português ou espanhol.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram analisados 7 artigos, sendo destes examinados os fatores relacionados à prematuridade na gestação. Destes, 7 relacionaram o parto prematuro à situação sociodemográficas; 2 a patologias; 5 a consulta de pré-natal; 2 a fatores biológicos; 1 ao tabagismo; 1 a ruptura prematura de membrana e 1 ao tipo de gravidez. Os artigos foram catalogados na tabela abaixo. 
TABELA 1: DADOS DOS ARTIGOS UTILIZADOS PARA REVISÃO
	Código
	Título / Autor (es)
	Base de Dados
	Periódico/ Ano de Publicação
	Características do estudo
	Principais resultados/evidências
	Modalidade da pesquisa
	
ID: lil-773161
	
Factores asociados al parto pretérmino en adolescentes atendidas en la maternidad del Hospital Ángela Iglesia de Llano de Corrientes, entre 2009 y 2011
Rodrigo, Elisa I; Toñanes, Marcos N; Auchter, Mónica C; Gómez, Fernando.
	
LILACS
	
Revista de la Facultad de Medicina de la Universidad Nacional del Nordeste - 2014
	
País de realização: Argentina
Tipo de estudo: Quantitativo e analítico de casos e controle
Amostra: Adolescentes grávidas
Local: Hospital Ángela Iglesia de Llano, na Argentina
Técnica de coleta de dados: análise documental
Técnica de análise de dados: Para a análise descritivo dos dados se utilizou porcentagens, para a análise de associação se utilizou o OR e Chi quadrado para nível de confiança.
	
Mães no início da adolescência possuem 5,4 vezes mais probabilidade de completar a gestação antes de 37 semanas. O tabagismo aumentou 5,5 vezes mais a probabilidade de provocar parto prematuro em relação àquelas que não possuíam esse hábito. Finalmente, não viver com o parceiro aumentaram 1,1 vezes as chances de parto prematuro em relação àquelas que eram acompanhadas.
	
Pesquisa quantitativa
	
ID: mdl-24714887
	Gravidez na adolescência: análise de fatores de risco para baixo peso, prematuridade e cesariana.
Nilma Lázara de Almeida Cruz Santos; Maria Conceição Oliveira Costa; Magali Teresópolis Reis Amaral; Graciete Oliveira Vieira; Eloisa Barreto Bacelar; André Henrique do Vale de Almeida
	
MEDLINE
	
Cien Saude Colet - 2014
	
País de realização: Brasil
Tipo de estudo: Transversal
Amostra: Declarações de Nascidos Vivos dos RN de mães adolescentes (10-19 anos) cujos partos ocorreram em Feira de Santana,no período 2006 a 2012
Local: Feira de Santana
Técnica de coleta de dados: análise documental
Técnica de análise de dados: através do software estatístico stata 10.0. Para análise multivariada utilizou-se a regressão logística.
	
Os Recém-Nascidos de baixo peso e de peso insuficiente mostraram associação significante com a faixa etária materna (< 16 anos); e interação estatística do pré-natal inadequado e cesariana; em gestantes adolescentes com idade abaixo de 16 anos, a cesariana mostrou associação significante com estado civil solteira (OR 1,24), pré-natal inadequado (OR 1,58) e Recém-Nascidos de baixo peso (OR 1,34)
	
Pesquisa documental
	
ID: lil-553805
	
Parto prematuro de adolescentes: influência de fatores sociodemográficos e reprodutivos, espírito santo, 2007 ∕ Priscilla Rocha Araújo Nader1, Lis Alborghetti Cosme
	
LILACS
	
Abril-junho 2010
	
País de realização: Brasil
Tipo de estudo: Estudo retrospectivo quantitativo
Amostra: 9.841 Declarações de Nascidos Vivos.
Local: Espirito Santos, Brasil.
Técnica de coleta de dados: Análise documental
Técnica de análise de dados: análise descritiva
	As diferenças nas características das mães adolescentes com parto a termo e prétermo ocorreram nas seguintes variáveis: idade entre 10 a 14 anos (p=0,016), estado civil casada (p=0,014), número de consultas pré-natais quando insuficientes (p=0,000) e gestação dupla (p=0,000). Houve maior incidência de partos prematuros no Sistema Único de Saúde (p=0,000).
	
Pesquisa documental
	
ID: lil-657718
	
Hijo de madre adolescente: riesgos, morbilidad y mortalidad neonatal ∕ Luis Alfonso Mendoza T., Martha Arias G., Laura Isabel Mendoza T.
	
LILACS
	
2012
	
País de realização: Colombia
Tipo de estudo: Estudo prospectivo de coorte
Amostra: 379 filhos de mulheres adolescentes e 928 adultas
Local: Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (UCIN) da Fundación Hospital San José de Buga, Colômbia.
Técnica de coleta de dados: Formulário e Análise documental
Técnica de análise de dados: Análise estatística e Análise exploratória
	Entre adolescentes houve maior número de mães solteiras (25,6%), menor escolaridade e seguridade social em saúde (25,9%). Em adolescentes médias houve mais casos de preeclâmpsia (26,3%) e trabalho de parto prematuro (10,5%). Entre mães adolescentes 30,9% dos filhos foram prematuros, apresentaram mais patologias cardíacas, infecções bacterianas, sífilis congénita, lábio e palato fendido, e maior mortalidade, se comparado com filhos de mães adultas.
	
Pesquisa documental 
	
ISSN 0717-7526
	
Infecciones del tracto genital y urinario como factores de riesgo para parto pretérmino en adolescentes.
Diana Ugalde-Valencia,
María Guadalupe Hernández-Juárez , Martha Adriana Ruiz-Rodríguez , Enrique Villarreal-Ríos.
	
LILACS
	
Revista chilena de obstetricia y ginecología - 2012
	País de realização: México
Tipo de estudo: Estudo de casos e controles
Amostra:. 35 pacientes com trabalho de parto prematuro e 148 com parto a termo
Local: Instituto Mexicano do Seguro Social
Técnica de coleta de dados: análise documental
Técnica de análise de dados: percentagens, médias, teste chi2, odds ratio (Odds Ratio), prova de t e intervalo de confiança através do programa estatístico SPSS
	
Dos adolescentes com parto prematuro 54,3% tinham infecção urinária, enquanto apenas 33, 8% destes tiveram parto a termo (p = 0,02). 57,1% dos adolescentes com infecção vaginal parto prematuro apresentada em comparação com 35,1% de parto a termo (p = 0,01). As infecções vaginais e urinárias aumentar o dobro do risco de nascimento adolescentes prematuros.
	
Pesquisa documental
	
ISSN 0100-7203
	
Associação de gravidez na adolescência e prematuridade
Marília da Glória Martins;
Graciete Helena Nascimento dos Santos;
Márcia da Silva Sousa;
Janne Eyre Fernandes Brito da Costa; Vanda Maria Ferreira Simões
	
LILACS
	
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - 2011
	País de realização: Brasil
Tipo de estudo: estudo observacional e analítico
Amostra: 1.975 mulheres internadas nas enfermarias do puerpério no período de 1º de julho a 31 de dezembro de 2006
Local: Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão
Técnica de coleta de dados: questionário
Técnica de análise de dados: análise univariada com distribuições de frequências e medidas de dispersão e tendência central
	
A gravidez na adolescência esteve associada a início tardio do pré-natal e baixo número de consultas pré-natal, além de baixa escolaridade, BPN, prematuridade e menor incidência de desproporção cefalopélvica e pré-eclâmpsia.
	
Pesquisa Descritiva
	
ISSN - 1390-0218
	Parto pretérmino: aspectos socio-demográficos en gestantes del hospital gineco-obstétrico “Enrique C. Sotomayor”, Guayaquil, Ecuador
Lucín Alarcón Carlos,
Robles Ruilova Amanda,
Terán Jiménez Elsie,
Chedraui Peter, Pérez López
	
LILACS
	
Rev. Med. FCM-UCSG - 2010
	
País de realização: Equador
Tipo de estudo: estudo observacional e analítico
Amostra: 300 pacientes que apresentaram parto pré-termo induzido ou espontâneo
Local: Hospital Enrique C. Sotomayor
Técnica de coleta de dados: formulário
Técnica de análise de dados:
Análise sócio-demográfica
	260 pacientes de raça mista (87%), com idade entre 20 e 30 anos (54%), geralmente com um nível de escolaridade inferior a 12 anos (81%), com menos de cinco consultas pré-natais (49%) e fumantes (51%). O estado nutricional foi avaliado: Hb <12 mg / dl (57%) e IMC <18,5 (38%). Relação entre o nível de educação e cuidados pré-natais (R2 = 0,75); relacionamento entre Hb e uma história de pré-termo de entrega p = 0,04 OU = 1,77; relação entre IMC e APP p = 0,04
	
Descritivo
Entre os fatores sociodemográficos relevantes, foram destacados a escolaridade, renda e estado civil. Obteve-se através de dados que mulheres de baixa escolaridade possuem pouca ou nenhuma informação quanto aos cuidados necessários para uma gestação, o que acarreta num maior risco de complicações que podem levar a um nascimento precoce. (Pesquisas que confirmam estas impressões) 
Quanto a situação econômica, mães de baixa renda tendem a estar em situação precária de saneamento básico e moradia, refletindo diretamente na condição de saúde desta e, consequentemente, do feto. (Pesquisas que confirmam estas impressões)
Com relação ao estado civil, os estudos mostram que mães solteiras possuem 1,18 vezes mais chances de ter um parto prematuro, em razão da falta de apoio do parceiro e da família. Provavelmente isto pode estar ligado a fatores emocionais, levando em conta que na sociedade, mães solteiras ainda acabam sendo discriminadas, o que leva a um estado emocional negativo, pois o psicológico afeta diretamente a saúde podendo levar a evolução de quadros como depressão e estresse. (Pesquisas que confirmam estas impressões)
Dentre outras patologias, a infecção urinária e vaginal pode triplicar o risco de um parto pretermo, já que o processo inflamatório desencadeado por estas doenças acaba levando a ruptura precoce das membranas. (Pesquisas que confirmam estas impressões)
Tratando-se de complicações, a consulta de pré-natal é primordial para a detecção, prevenção e a realização de intervenções eficazes e precoces. Observou-se que tais consultas realizadas de forma inadequadas e/ou insuficientes também são fatores que predispõe à prematuridade do nascimento, pois uma deficiente orientação e informação, que são fundamentais nesse procedimento, contribuem para a falta de cuidados e desenvolvimentode complicações. Para as grávidas adolescentes o impacto negativo é maior, pois nesse grupo há uma maior frequência de jovens que se encontram em uma situação socioeconômica baixa, sem apoio da família, da sociedade e do parceiro. (Pesquisas que confirmam estas impressões)
A anatomia e fisiologia do corpo da mulher adolescente também é apontado como fator nos estudos analisados. Diz-se que estas não possuem o organismo amadurecido para enfrentar uma gestação. Uma das explicações para isso seria a irrigação sanguínea insuficiente decorrente da imaturidade do útero, podendo causar o desenvolvimento de infecções; o aumento da concentração de prostaglandinas provocando a contração do endométrio e, por consequência, a expulsão do feto. Outro motivo seria que, pelo fato de o corpo da mãe ainda estar em crescimento, acaba competindo com o feto por nutrientes em detrimento do mesmo. (Pesquisas que confirmam estas impressões)
A adolescência é a fase da vida que tem como características a busca pelo conhecimento e aventura. Esta procura por novas experiências acaba levando alguns jovens a adquirir hábitos como o consumo de drogas, particularmente o álcool e tabaco, que são apresentados a estes por influência de amigos e, algumas vezes, no próprio seio familiar, quando os pais fazem uso dessas substâncias. Com isso, é cada vez mais frequente a existência de mães adolescentes que fazem uso de substâncias tóxicas. Em relação a prematuridade, a droga que mais destaca-se é o tabaco, pois ela duplica o risco de parto precoce, já que a mesma influência na ativação das plaquetas (que possuem papéis importantes no início e na manutenção do trabalho de parto através da síntese de prostaglandinas), podendo provocar contração uterina e, consequentemente, o parto prematuro.
Outro ponto citado nas literaturas e que se deve enfatizar como fator influente para prematuridade, são os tipos de gravidez. É claro que com gestações duplas há mais chances de parto precoce, uma vez que o padrão de taxa de crescimento fetal em gemelaridade é mais lento quando comparados a recém-nascidos de partos únicos, independente de fator socioeconômico das mães. (Pesquisas que confirmam estas impressões)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada vez mais cresce o número de mulheres que engravidam na adolescência e, considerando as particularidades biológicas, psicológicas, econômicas e sociais desse grupo etário, este torna-se um problema de saúde pública e por isso profissionais da saúde devem ter em mente as complicações que mais acometem esse tipo de paciente. Entre elas está o parto prematuro que chama bastante atenção por ter grande incidência nessa faixa etária e ser umas das principais causas de morte de recém-nascidos e mulheres nessa fase. Na revisão podemos identificar diversos fatores evidenciados pelos autores que levam ao parto pré-termo como a situação socioeconômica, patologias como infecção vaginal e urinária, consultas de pré-natal inadequadas e/ou insuficientes, imaturidade fisiológica e anatômica da adolescente, o tabagismo e o tipo de gravidez. Através desse estudo chamamos a atenção para a importância do pré-natal para redução dos riscos de parto prematuro nas gestantes, pois através dele é possível que haja uma investigação profunda e minuciosa dessas pacientes, permitindo a detecção dos fatores que levam a esse problema. Assim, é primordial que o profissional de saúde tenha um olhar diferenciado a essas pacientes e faça um pré-natal de qualidade ficando atento a esses fatores e intervindo neles. Também é essencial que a adolescente tome conhecimento por ele de que, estando em um grupo de risco, o pré-natal torna-se indispensável para manutenção da saúde dela e da criança.
FACTORES WHICH PROMOTE HIGHER INCIDENCE OF PRETERM BIRTH IN ADOLESCENTS IN LATIN AMERICAN
ABSTRACT
Introduction: adolescence is the stage of development between 10 and 19 years-old and about 25% of women have a child before 20, and that rate increases underdeveloped countries. When pregnant, the young woman must face, in parallel, both adolescence transformation processes such as the pregnancy. They have 75% more risk of having a premature birth to adult women, and the reasons for this high prematurity rate are still very broad ranging from social conditions to physiological and/or psychological. Objective: seek factors that lead to incidence of preterm birth in adolescence, which the most discussed and which need greater attention. Methodology: this is a literature review study by searching in Medline, Lilacs and BDEnf database, from March 2016. Results: about the articles analyzed, 7 related to premature delivery situation sociodemographic, 2 about pathologies, 5 about prenatal consultation, 2 about biological factors 1 about smoking, 1 about premature rupture of membranes and 1about the type of pregnancy. Discussion: between most discussed factors, it is including sociodemographic (education, income and marital status), disease, inefficacy and/or absence is prenatal care, anatomy, physiology and drug use. Final thoughts: it was observed that prenatal consultations realized on an inadequate and/or insufficient forms are also factors that predisposes to the prematurity birth as a deficiency in the guidance and information, which are essential in this procedure, contribute to the lack of care and complications that added adolescence increases the risk of a preterm birth.
REFERÊNCIAS
LUCÍN ALARCÓN, Carlos et al. Parto pretérmino: aspectos socio-demográficos en gestantes del hospital gineco-obstétrico “Enrique C. Sotomayor”, Guayaquil, Ecuador. Medicina (Guayaquil), v. 16, n. 4, p. 266-272, 2011.
MARTINS, Marília da Glória et al. Associação de gravidez na adolescência e prematuridade. Rev. bras. ginecol. obstet, v. 33, n. 11, p. 354-360, 2011.
MENDOZA, Luis Alfonso; ARIAS, Martha; MENDOZA, Laura Isabel. Hijo de madre adolescente: riesgos, morbilidad y mortalidad neonatal. Revista chilena de obstetricia y ginecología, v. 77, n. 5, p. 375-382, 2012.
NADER, Priscilla Rocha Araújo; COSME, Lis Alborghetti. Parto prematuro de adolescentes: influência de fatores sociodemográficos e reprodutivos, Espírito Santo, 2007. Esc. Anna Nery Rev. Enferm, v. 14, n. 2, p. 338-345, 2010.
Organização Mundial da Saúde. Salud de los adolescentes. Disponível em: < http://www.who.int/topics/adolescent_health/es/>. Acesso em 23 de fevereiro de 2016.
Organização Mundial da Saúde. Nacimientos prematuros. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs363/es/>. Acesso em 23 de fevereiro de 2016.
RODRIGO, Elisa I. et al. Factores asociados al parto pretérmino en adolescentes atendidas en la maternidad del Hospital Ángela Iglesia de Llano de Corrientes, entre 2009 y 2011. Autoridades de la Facultad.
SANTOS, Nilma Lázara de Almeida Cruz et al. Gravidez na adolescência: análise de fatores de risco para baixo peso, prematuridade e cesariana. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 3, p. 719-726, 2014.
UGALDE-VALENCIA, Diana et al. Infecciones del tracto genital y urinario como factores de riesgo para parto pretérmino en adolescentes. Revista chilena de obstetricia y ginecología, v. 77, n. 5, p. 338-341, 2012.
� Andréa Dias Alves é acadêmica do curso de Bacharelado em enfermagem pela Universidade Federal do Amapá
� Andrei Cardoso Vieira é acadêmico do curso de Bacharelado em enfermagem pela Universidade Federal do Amapá
� Bruna Cardoso Ranieri é acadêmica do curso de Bacharelado em enfermagem pela Universidade Federal do Amapá

Outros materiais