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1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA 13 U N ID A D E 1 O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO Bem-vindo à disciplina Técnicas de Estudo e Pesquisa! Iniciaremos nosso estudo abordando o processo de investigação das Ciências Sociais. É muito importante que você compreenda como se desenvolve a pesquisa. Bom Estudo! OBJETIVO: • Compreender como funciona a pesquisa, como se define o seu objeto de estudo e quais são os instrumentos de trabalho utilizados para essa tarefa. PLANO DA UNIDADE: • O Conhecimento Científico e o Senso Comum • A construção do Conhecimento Científico • A neutralidade científica Bem-vindo à primeira Unidade de Estudo. Sucesso! UNIDADE 1 - O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIEMENTO CIENTÍFICO 14 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E O SENSO COMUM Começamos essa unidade com uma distinção importante: O conhecimento científico é o resultado do trabalho executado pelo homem para compreender a natureza e a realidade social, transformando- as de acordo com suas necessidades. Para Galliano (1986, p. 16) “Ciência é, pois o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Por meio da investigação científica o homem reconstitui artificialmente o universo real em sua própria mente (...)”. O senso comum é um tipo de conhecimento que todos nós adquirimos em nosso cotidiano através das nossas experiências. Porém, este tipo de conhecimento não se constitui a partir de uma metodologia científica. Por isso, sua base é a própria realidade social. Esse tipo de conhecimento (produzido pelo senso comum) se caracteriza como fundamento do modo como a sociedade pode ser representada. Nesse sentido, deve ser considerado como fonte de pesquisa criteriosamente analisado sob os rigores da metodologia científica. Apresentamos a seguir, um quadro resumido das características principais do senso comum: Conhecimento Científico e Senso Comum IMPORTANTE Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas. Sensitivo - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária. Subjetivo - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos. Assistemático - a organização da experiência não visa a uma sistematização das idéias, nem da forma de adquiri-las, nem na tentativa de validá-las. Acrítico - verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica. TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA 15 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO “O objeto de investigação das Ciências Sociais é histórico. Isto significa que as sociedades humanas existem num determinado espaço cuja formação social e configuração são específicas. Vive o presente marcado pelo passado e projetado para o futuro, num embate entre o que está dado e o que está sendo construído” (MINAYO, 1996, p. 13). Podemos observar, a partir das idéias apresentadas pela autora, que o quadro histórico-social é a base da qual devemos partir para entendermos os fenômenos sociais. O objeto de investigação do cientista social está localizado na realidade social da qual ele também participa. Ou seja, as Ciências Sociais estudam e analisam o comportamento dos grupos em sociedade: seus valores, crenças, visões de mundo, sua relação com os outros grupos sociais etc. Essa forma de analisar o conjunto de significados construído pelos diferentes grupos sociais sofreu influências de várias correntes do pensamento ao longo da história. Vamos aqui relacionar duas dessas correntes essenciais para a nossa disciplina: • A Corrente Positivista criada no século XIX propõe a compreensão da realidade social a partir do uso da metodologia das Ciências Naturais,ou seja, a sociedade deve ser percebida como uma totalidade que pode ser quantificada e explicada de modo objetivo; • A Corrente Qualitativista opõe-se ao modelo de pesquisa proposto pelo Positivismo, pois sua maior preocupação é o entendimento dos diferentes significados construídos pelos grupos sociais para a vida em sociedade. Aqui, a idéia de quantificar as respostas oferecidas pela sociedade é substituída pela análise das diversidades, das especificidades que compõem as relações ocorridas entre os grupos sociais. A pesquisa social não pode ignorar os diferentes procedimentos necessários à compreensão dos fenômenos sociais. Portanto, os dados PESQUISADOR OBJETO DE ESTUDO Positivismo: Essa corrente do pensamento trouxe como influência para as ciências sociais o uso das variáveis (características dos fatos sociais) para explicar os fe- nômenos sociais. A objeti- vidade e o uso de ferramen- tas padronizadas são recur- sos fundamentais para que a realidade social se expli- que através de generaliza- ções e regularidades. A corrente Qualitativista: Em oposição ao positivismo, essa corrente do pensamen- to busca na compreensão da subjetividade, o significado da realidade social. Seu ob- jetivo não é quantificar, mas compreender o sentido das crenças, dos valores e das formas de ver o mundo que compõem o conjunto de re- lações sociais no qual o in- divíduo está inserido. UNIDADE 1 - O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIEMENTO CIENTÍFICO 16 quantitativos definem formas diferentes de entender a realidade. O seu uso deve ser definido a partir das necessidades colocadas pela pesquisa. O que desejamos frisar é que a pesquisa não deve ignorar as especificidades que explicam a vida em sociedade, pois os indivíduos que fazem parte dos grupos sociais se definem por sua subjetividade, pelos significados atribuídos às suas ações. Ex.: Quando eu voto num determinado candidato, estou fazendo uma opção “pessoal” por uma determinada pessoa. Entretanto, esta escolha é o resultado da posição social que ocupo: origem social, faixa etária, grau de instrução, ocupação profissional, ambiente familiar, interesses sociais etc. Portanto, estas características devem ser percebidas como parte integrante da sociedade na qual me encontro. Somente assim, relacionando o todo às partes, poderemos compreender de forma aprofundada quais os significados contidos numa determinada ação. CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA Com base em Ruiz (1988: 124-126), descrevemos de maneira mais sistemática as características da ciência. • Conhecimento pelas causas: a ciência se caracteriza por demonstrar as razões dos enunciados, relacionando o fenômeno às suas causas. • Profundidade e generalidade de suas conclusões: a ciência exprime suas conclusões em enunciados gerais que traduzem a relação constante do binômio causa-efeito; generalizando o porquê de atingir a constituição íntima e a causa comum a todos os fenômenos da mesma espécie, conferindo à ciência a prerrogativa de fazer prognósticos seguros. • Finalidade teórica e prática: temos que da pesquisa fundamental e da descoberta da verdade decorrem inúmeras conseqüências práticas. • Objeto formal: é a maneira peculiar, o aspecto ou o ângulo sob o qual a ciência atinge seu objeto material (realidades físicas), com o controle experimental das causas reais próximas (evidência dos fatos e não das idéias). • Método e controle: é uma investigação rigorosamente metódica e controlada, derivando-se daí a razão da confiança nas conclusões científicas. • Exatidão: a ciência pode demonstrar, por via de experimentação ou evidência dos fatos objetivos observáveis e controláveis, o mérito de seus enunciados. • Aspecto social: a ciência é uma instituição social, com os cientistas membros de uma sociedade universal para a procura da verdade e melhoriadas condições de vida da humanidade. TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA 17 Como exemplo das características da ciência, temos Albert Einstein e a teoria geral da relatividade. Einstein observou que a teoria da física de que uma substância chamada éter permeava tudo no universo não fazia sentido, já que não era possível detectar se uma pessoa estava ou não em movimento no espaço e que a velocidade da luz era a mesma em todo o universo (conhecimento pelas causas). Então, com base nestes preceitos ele cria a teoria geral da relatividade (profundidade e generalidade de suas conclusões). Uma conseqüência importante desta teoria é a relação entre a massa e a energia, conhecida pela fórmula E=mc2 (finalidade teórica e prática). Com esta fórmula os cientistas perceberam que, se o núcleo de um átomo pesado de urânio se fissionasse em dois núcleos de massa ligeiramente menor, uma tremenda quantidade de energia seria liberada (objeto formal). Entre as aplicações desta teoria, temos o raio-X na medicina, a geração de energia elétrica pela energia nuclear e as bombas atômicas que explodiram em Hiroshima e Nagazaki (exatidão e aspecto social). A NEUTRALIDADE CIENTÍFICA É sabido que, para se fazer uma análise desapaixonada de qualquer tema, é necessário o pesquisador manter certa distância emocional do assunto abordado. Mas será isso possível? Seria possível um padre, ao analisar a evolução histórica da Igreja, manter-se afastado de sua própria história de vida? Ou, ao contrário, um pesquisador ateu abordar um tema religioso sem um conseqüente envolvimento ideológico nos caminhos de sua pesquisa? Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência desta realidade pode nos preparar para trabalhar esta variável de forma que os resultados da pesquisa não sofram interferências além das esperadas. É preciso que o pesquisador tenha consciência da possibilidade de interferência de sua formação moral, religiosa, cultural e de sua carga de valores para que os resultados da pesquisa não sejam influenciados além do aceitável. Concluindo, não se esqueça: • o conhecimento científico e o senso comum são formas distintas de entender a realidade social. • o contexto histórico-social define o objeto de estudo das ciências sociais. • o modelo de pesquisa quantitativa aborda a realidade social de forma objetiva e quantificável. • o modelo de pesquisa qualitativista investiga a realidade social, considerando aquilo que é específico, através do aprofundamento dos dados. UNIDADE 1 - O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIEMENTO CIENTÍFICO 18 Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá- lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! A Pesquisa é uma atividade muito interessante e atraente. Você começou a fazer parte deste universo de conceitos e significados. A partir de agora, terá a oportunidade de testar seus conhecimentos sobre essa primeira unidade. Boa Sorte! Crenças, valores, concepções de mundo etc. PESQUISADOR GRUPOS SOCIAIS METODOLOGIA CIENTÍFICA 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 19 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 2 A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Nesta segunda unidade vamos compreender qual é a função do método na elaboração da pesquisa. Este é um mecanismo de extrema importância para que você realize suas atividades acadêmicas. O método aponta os caminhos a serem seguidos pelo pesquisador, indicando qual a direção tomar, quais os instrumentos adequados para alcançarmos um bom resultado. Pense no método como um amigo que conhece os lugares por onde você precisa passar e qual a melhor forma de ultrapassar os obstáculos desse caminho. Bom Estudo! OBJETIVO: • Determinar a direção a ser seguida pelo pesquisador tanto no que se refere à construção do campo teórico como no que diz respeito às atividades práticas executadas pela pesquisa. PLANO DA UNIDADE: • A importância do método na elaboração da pesquisa. • Tema da pesquisa. • Formulação do problema. • Delimitação do objeto de estudo. • Formulação das hipóteses. • Levantamento de dados. • Análise e interpretação de dados. • A pesquisa quantitativa e a pesquisa qualitativa. Bons Estudos! 20 UNIDADE 2 - A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA “O ponto de partida de qualquer pesquisa é a meta ou o objetivo. Em um segundo momento, desenvolve-se um modelo do processo que será estudado ou do fenômeno que será manipulado. Posteriormente, vem a coleta de informações (ou utilização de dados já coletados). Comparam-se os dados e o modelo em um processo de avaliação, que consiste simplesmente em estabelecer se os dados e o modelo têm sentido. Se o modelo não dá conta dos dados, procede-se à sua revisão – modificação ou substituição. Assim, o método científico é um processo dinâmico de avaliação e revisão.” (RICHARDSON, 1999, p. 23). A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO NA ELABORAÇÃO DA PESQUISA A elaboração da pesquisa depende diretamente de um conjunto de procedimentos que vão sendo articulados, desde a escolha do tema até a etapa de apresentação dos resultados. Esses procedimentos devem estar relacionados ao tipo de pesquisa que se deseja executar. Ou seja, o modelo de pesquisa definido pelo pesquisador exige determinadas formas de execução. Estas formas são os caminhos escolhidos pelo pesquisador para chegar aos dados necessários à elaboração do trabalho. A natureza do problema a ser estudado é que determina qual método de pesquisa a ser utilizado! PESQUISADOR OBJETO DE ESTUDO METODOLOGIA CIENTÍFICA O uso do método na pesquisa: 1ª Etapa: A partir da nossa vivência, experiências pessoais e conhecimento teórico, definimos o: TEMA DA PESQUISA A primeira etapa envolve a escolha e delimitação do assunto (tema). Ao escolher um tema para seu trabalho de pesquisa, procure algo original. Será considerado original um assunto que, mesmo versando sobre algo já conhecido, aborde-o sob novo ângulo, acrescentando-lhe uma particularidade até então desconhecida. Escolha algo pelo qual você já tenha algum IMPORTANTE 21 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA interesse ou que, de alguma forma, seja um desafio para seu pensamento, algo intrigante e instigante para a sua imaginação. Podem ser boas pistas investigar alguma experiência particular anterior sua, ou a área profissional para a qual você está se encaminhando, ou algum campo da Ciência sobre o qual você tem se interessado ultimamente. Lembre-se de que você vai ter que se dedicar a este assunto por muitas horas e que, por isso, é importante que ele seja verdadeiramente de seu interesse. Ex: Violência Urbana 2ª Etapa: Para que uma pesquisa seja realizada é necessário que nós criemos um problema. De posse do tema com o qual decidimos trabalhar, devemos construir uma indagação e buscar a solução para uma determinada questão. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA A identificação de um problema de pesquisa é a principal etapa de todo o processo. Nela, o pesquisador deve ser capaz de demonstrar o seu discernimento sobre o que pretende estudar. As fontes dos problemas de pesquisa são, geralmente, as lacunas da teoria ou da experiência profissional que geram problemas ou indagações de pesquisa que vão provocar a inteligência do pesquisador para a formulação de hipóteses. ATENÇÃO: a formulação do problema da pesquisa deve ter relevância e ser passível de ser pesquisado. Ex:Como podemos definir o papel do Estado no processo de combate à violência? 3ª Etapa: Essa é uma pergunta muito ampla que demonstra o nosso interesse numa determinada área. Porém, esta indagação deve ser especificada num determinado ponto, a partir de alguns conceitos, objetivando a: DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO Delimitação do tema (unicidade) é a característica que nos permite constatar quais aspectos de um dado assunto se deseja provar ou desenvolver, isto é, determinar o objetivo central de uma investigação científica. Ex.: Como podemos definir o papel desempenhado pelo Estado no combate à violência através das suas políticas públicas, na Cidade do Rio de Janeiro na década de 1990? Esta caracterização inicial do nosso objeto de estudo permite que possamos eliminar uma série de perguntas e respostas secundárias à compreensão do nosso ponto-chave. Isto quer dizer que, a partir deste recorte da realidade social com a qual queremos trabalhar, poderemos focar nossa atenção em nossos objetivos, aprofundando a investigação a ser realizada. Violência: categoria social que exprime, neste caso, algum tipo de coa- ção ou uso da força. Vio- lência sofrida por alguém ou por um grupo de pesso- as. (FERREIRA,1986) Objeto de Estudo: define-se como a área de- limitada e problematizada pelo pesquisador para a investigação científica. 22 UNIDADE 2 - A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA 4ª Etapa: Definido o nosso objeto de estudo, partimos para a construção das noções iniciais com as quais vamos estabelecer um diálogo no decorrer da pesquisa. FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES Uma hipótese é uma previsão experimental ou uma explicação da relação entre duas ou mais variáveis. É a hipótese e não o enunciado do problema, que está sujeita ao teste empírico. As hipóteses são, portanto, as soluções experimentais do problema ou as respostas prováveis à indagação da pesquisa. A verificação das hipóteses constitui o cerne dos estudos empíricos tanto quantitativos quanto qualitativos. Ex.: Partimos da noção inicial de que o Estado (representado pelo Governo Federal) articulou e colocou em prática na década de 1990 um conjunto de políticas públicas voltado para o combate à violência e não à sua prevenção. Portanto, nossa hipótese central é que a ação dessas políticas demonstrou-se ineficaz nos diferentes segmentos da sociedade, produzindo um crescente descrédito por parte da população carioca nas instituições sociais. Esta etapa exige do pesquisador um exame, ainda que inicial, da literatura referente ao tema, para que suas formulações possam ser o produto de um conhecimento prévio e não apenas o resultado de especulações sem base teórica. A hipótese de uma pesquisa é uma idéia que será submetida a uma série de questionamentos ao longo do processo de levantamento e análise dos dados. Isto significa que esta hipótese pode ou não ser comprovada. 5ª Etapa: A partir de agora partiremos para o contato direto com o campo onde se localiza o objeto de estudo: LEVANTAMENTO DE DADOS Nessa fase, a metodologia é extremamente importante, pois ela definirá as técnicas utilizadas pelo pesquisador, de acordo com o tipo de trabalho desejado. Ex.: Levantamento bibliográfico – literatura referente ao tema. Levantamento das fontes documentais – conjunto de políticas públicas implementadas pelo Estado: registros em relatórios, leis, projetos etc. Realização de entrevistas - representantes do Poder Público, gestores e técnicos, responsáveis pelo gerenciamento das atividades de implementação de políticas públicas do Estado. Campo: a parte da reali- dade social delimitada pelo pesquisador, objetivando a realização da pesquisa. 23 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA 6ª Etapa: Este é o momento em que classificamos e organizamos os dados levantados, procedendo a partir do uso da metodologia a: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Nesta etapa da pesquisa relacionamos os instrumentos utilizados ao longo do seu processo de elaboração, produzindo uma interpretação daquilo que investigamos durante a realização da mesma. Como podemos observar, a metodologia atravessa todas as etapas da pesquisa, constituindo-se como uma bússola, indicando uma direção a ser seguida e dimensionando os instrumentos mais adequados para a determinação dos resultados almejados pelo pesquisador. Lembre-se: A PESQUISA QUANTITATIVA E A PESQUISA QUALITATIVA A realização de uma pesquisa exige a adoção de uma série de procedimentos como já mencionamos anteriormente. A metodologia utilizada para a aplicação desses procedimentos varia de acordo com o tipo de problema a ser investigado, assim como deve estar adequada ao nível de conhecimento buscado pelo pesquisador. Nossa disciplina adotará uma divisão bastante ampla para a definição da abordagem metodológica realizada no processo de investigação científica que corresponde às necessidades apresentadas por nossas atividades: os modelos de pesquisa quantitativa e qualitativa. A PESQUISA QUANTITATIVA “Amplamente utilizado na condução da pesquisa, o método quantitativo representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando, conseqüentemente, uma margem de segurança quanto às interferências. É freqüentemente aplicado nos estudos descritivos, naqueles que procuram descobrir e classificar a relação entre variáveis, Metodologia Indica caminhos Científica Define instrumentos Determina critério científico 24 UNIDADE 2 - A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA bem como nos que investigam a relação de causalidade entre fenômenos.” (RICHARDSON, 1999, p.70). Como podemos observar, a metodologia de base quantitativa realiza uma abordagem dos aspectos exteriores da sociedade, ou seja, ela investiga dados como o perfil sócio-econômico de um determinado grupo, níveis de renda em relação à ocupação profissional, mapeamento de comportamentos sociais, etc.. Ex.: Uma pesquisa que tem como objetivo definir e analisar o perfil socioeconômico dos alunos dos cursos de graduação em Educação Física de todos os campi da Universidade que ingressaram no ano de 2006. Os instrumentos necessários para esta investigação poderiam estar baseados em questionários, formulários, análise de fichas de inscrição dos alunos, etc., ou seja, as técnicas de levantamento e análise dos dados neste tipo de pesquisa variam de acordo com os objetivos da mesma. O que deve ser enfatizado é que, sendo este um modelo de pesquisa quantitativa, temos como princípio a extensão numérica das fontes, os dados estatísticos, o mapeamento externo do grupo em estudo. A PESQUISA QUALITATIVA “Em princípio, podemos afirmar que em geral, as investigações que se voltam para uma análise qualitativa têm como objeto situações complexas ou estritamente particulares. Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos (...)” (RICHARDSON, 1999, p. 80). A pesquisa de base qualitativa opera a partir do conhecimento das particularidades e especificidades que compõem os diferentes grupos sociais e suas formas de interação. Esse modelo de pesquisa busca a compreensão dos valores, crenças, formas de representação social, etc., que definem a diversidade cultural na qual a sociedade está situada. Ex.: A pesquisa que tem como objetivo compreender e analisar o processo de formaçãoda identidade social dos alunos do curso de graduação em Pedagogia da Universidade dos campi São Gonçalo e Niterói, através do estudo de um grupo de alunos que ingressou em Niterói e outro grupo que ingressou em São Gonçalo, ambos em 2006. Como podemos observar, o universo de estudo da pesquisa qualitativa tem uma dimensão diferente em relação à pesquisa quantitativa. Isto significa que o interesse da pesquisa qualitativa é conhecer em profundidade, através de técnicas adequadas, quais os significados atribuídos pelos dois Identidade Social: conjunto de característi- cas construídas pelo indi- víduo, a partir da sua rela- ção com o meio social onde se insere. 25 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA grupos às suas ações, como estão representados socialmente e, ainda, como constroem suas identidades sociais. NÃO ESQUEÇA: • o método é uma ferramenta essencial para a realização da pesquisa; • a metodologia científica demarca os caminhos a serem seguidos pelo pesquisador, ao mesmo tempo em que define os instrumentos necessários para a sua realização; • a elaboração da pesquisa deve obedecer a uma série de etapas que vão construindo passo a passo o objeto de estudo. Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá- lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Na próxima unidade estudaremos as técnicas de estudo e pesquisa. Até lá! Pesquisa Qualitativa Base numérica Quantificação de variáveis Compreensão dos significados Análise aprofundada dos dados Pesquisa Quantitativa 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 27 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 3 AS TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Vamos pensar sobre a nossa disciplina e a forma como ela é apresentada? Não tenha medo de enfrentar o desafio! Você é perfeitamente capaz. O exercício permanente da aprendizagem conduz à eficiência e à produtividade. OBJETIVO: • Identificar os instrumentos de apreensão e construção do conhecimento através da utilização das técnicas de estudo e pesquisa. PLANO DA UNIDADE: • Leitura, análise e interpretação de textos. • A técnica do fichamento. • O arquivo de conteúdos temáticos. 28 UNIDADE 3 - AS TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA AS TÉCNICAS DE ESTUDO O ensino superior exige do estudante uma postura adequada às necessidades colocadas por esta nova etapa da sua vida. Você vai perceber uma série de transformações em diferentes níveis no que se refere à sua vida acadêmica: a linguagem utilizada pelos textos, os exercícios realizados, a postura do professor em relação ao ensino e à aprendizagem, as formas de avaliação do seu conhecimento, etc. O conteúdo da nossa disciplina chega até você, entre outros meios, através do computador. Isto significa que a sua dedicação ao processo de aprendizagem deverá ser bastante assídua. Você deverá criar uma rotina de estudos que lhe permita o contato freqüente com o material do curso e seus responsáveis. Além da leitura obrigatória, fique atento aos textos complementares de todas as disciplinas, pois o exercício da leitura amplia de forma considerável a sua compreensão do mundo e da realidade social na qual você está inserido. Sendo assim, vamos em frente! LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS: O estudo de um texto requer alguns procedimentos que visam a um melhor aproveitamento do seu conteúdo. São eles: - A primeira leitura do texto deve ser global, proporcionando ao leitor uma visão ampla do tema tratado pelo autor. - No momento seguinte devemos dividir o texto em partes ou unidades de acordo com a subdivisão interna estabelecida pelo autor. - As partes mais importantes do texto devem ser sublinhadas ou grifadas, assim como suas palavras-chave de acordo com os significados que nos pareçam mais importantes e que respondam às principais questões colocadas pelo texto. - Em seguida, sintetizamos as principais unidades do texto, estabelecendo uma relação entre elas. A TÉCNICA DO FICHAMENTO O conteúdo dos textos trabalhados por você precisa ser registrado. Isso significa que todo material bibliográfico, documental ou proveniente de outra fonte impressa, ao ser lido e analisado, deve ser arquivado em sua documentação pessoal para que no momento oportuno possa ser utilizado por você da melhor forma possível. O fichamento consiste na reunião das principais idéias apresentadas pelo autor no respectivo texto. Ao registrar o conteúdo dos textos, é necessário que você o faça de forma adequada. Observe o exemplo mais a frente. O modelo de fichamento abaixo visa oferecer a você um quadro sintetizado do texto. Na primeira coluna está a indicação bibliográfica, na segunda o resumo de todo o texto e na terceira você pode fazer observações sobre tudo o que quiser, por exemplo, o significado de uma determinada Bibl iográf ico: palavra que designa o conteúdo dos livros. Documentação Pessoal: material levantado e c l a s s i f i c ado pe l o estudante ou pesquisador, a partir da leitura e 29 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA palavra, a correlação entre partes deste texto ou entre o pensamento deste autor e outros autores com os quais você possa relacioná-lo, etc. DOCUMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA Indicação bibliográfica Resumo do texto Observações MEADOWS, A. J. Mudança eCrescimento.Brasília. D.F: Ed. Briguet de Lemos, 1999. (p. 1-14) O autor aponta duas referências para caracterizar sua análise: p.1 “(...) A natureza do meio empregado para transmitir informações e as necessidades dos membros da comunidade científica tanto como produtores quanto como receptores de informação (...)”. Os meios utilizados pelo pesquisador para produzir s e u c o n h e c i m e n t o apresentaram-se como elementos essenciais para o p rocesso de construção deste tipo de saber. Os Primórdios da Comunicação. A história do nascimento da pesquisa remonta à Grécia Antiga através da fala e da escrita que os gregos realizavam na academia nos séculos V e V I a . C . , d e b a t e s filosóficos acerca daquilo que consideravam relevante. Ar is tóte les desponta c o m o p r e c u r s o r d a pesquisa comunicada em f o r m a d e e s c r i t a , influenciando a cultura árabe e a Europa Ocidental. Mov imen t o s c omo o Renascimento podem ser considerados produtos deste contexto histórico. A imprensa cria condições mu i t o f a vo r áve i s à disseminação de informações em populações cada vez maiores. p.4 “(...) Exemplares do livro de Copérnico, por exemplo, logo estavam presentes nas principais bibliotecas em todos os lugares. De há muito, existem correios oficiais que percorriam caminhos regulares em viagens a se rv i ço do Es tado e geralmente levavam c o r r e s p o n d ê n c i a particular junto com correspondência oficial (...)”. Grécia Antiga Aristóteles Renascimento Copérnico 30 UNIDADE 3 - AS TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA O ARQUIVO DE CONTEÚDOS TEMÁTICOS Este tipo de registro tem como objetivo o levantamento e a classificação de material para a pesquisa dentro de uma determinada área. Tal registro pode estar relacionado a um curso, a uma disciplina, a um seminário, a uma palestra, etc. Sua função é a organização do conhecimento que o estudante ou o pesquisador acumula ao longo de um determinado período de tempo. O registro temático é mais abrangente que o bibliográfico, pois a ele corresponde assegurar a manutenção de informações não apenasextraídas de leitura, mas também de aulas, conferências, seminários, trabalhos, debates de grupos de estudo, etc. Nele devem igualmente constar as idéias do estudante para que não se percam com o passar do tempo. Por tudo isso, o estudante deve habituar-se a transpor para fichas de conteúdo os apontamentos tomados em classe e fazê-lo de modo sistemático, a fim de tê-los à disposição para consulta no momento oportuno, segundo GALLIANO (1986). Preste atenção neste modelo: DATA / LOCAL FONTE RESUMO CONTEÚDO TEMÁTICO Você percebeu como nós podemos tornar a aprendizagem uma tarefa agradável e eficiente? Existem alguns mecanismos extremamente funcionais que permitem organizar o nosso material pessoal, bem como a documentação geral da qual não podemos prescindir em nossa vida acadêmica. Lembre-se: • As técnicas de estudo têm como função principal dinamizar o processo de ensino e aprendizagem. • Para um melhor aproveitamento da leitura dos textos procure sempre: √ fazer uma primeira leitura global; √ dividir o texto em partes; √ marcar os pontos principais; √ relacionar todas as partes do texto; √ fichar o conteúdo dos textos; √ registrar todas as informações necessárias para a sua compreensão; √ utilizar a leitura textual, temática e interpretativa para um entendimento mais amplo dos textos. 14/08/2005 – UNIVERSIDADE. Disciplina: Métodos e Técnicas de Estudo e Pesquisa Aula Expositiva O conteúdo dessa aula destacou a importância do registro e arquivamento do material bibliográfico e documental referente ao t ema com o qua l estamos trabalhando. A b i b l i o g r a f i a e a documentação são importantes fontes de pesquisa que guardam os dados a serem util izados pelo pesquisador. 31 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA LEITURA Saber ler e interpretar um texto é fundamental. Na leitura, com a finalidade específica de redigir um trabalho científico, faz-se necessário identificar as informações e os detalhes relevantes indicados no material impresso, relacionando-os com o problema a ser resolvido. É imprescindível analisar a consistência das informações e dados coletados dos diversos autores. Para facilitar o processo de leitura Severino (2000) recomenda que esta seja feita com base nas seguintes dimensões de análise: Análise textual: preparação do texto para a leitura. Requer o levantamento esquemático da estrutura redacional do texto. Objetiva mostrar como o texto foi organizado pelo autor permitindo uma visualização global de sua abordagem. Devem-se buscar: esclarecimentos para o melhor entendimento do vocabulário, conceitos empregados no texto e informações sobre o autor. Análise temática: compreensão da mensagem do autor. Requer a procura de respostas para as seguintes questões: de que trata o texto? Qual o objetivo do autor? Como o tema está problematizado? Qual a dificuldade a ser resolvida? Que posições o autor assume? Que idéias defende? O que quer demonstrar? Qual foi o seu raciocínio, a sua argumentação? Qual a solução ou a conclusão apresentada pelo autor? Análise interpretativa: interpretação da mensagem do autor. Requer análise dos posicionamentos do autor, situando-o em um contexto mais amplo da cultura filosófica em geral. Deve-se fazer avaliação crítica das idéias do autor observando a coerência e validade de sua argumentação, a originalidade de sua abordagem, a profundidade no tratamento do tema, o alcance de suas conclusões. E, ainda, fazer uma apreciação pessoal das idéias defendidas. D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / p r o j e t o s . i n f . u f s c . b r / a r q u i v o s / Metodologia%20da%20Pesquisa%203a%20edicao.pdf> Acesso em: 27/12/2006 Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões básicas propostas pelo professor Francisco Platão Savioli: 1. Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto é, aquela em torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos. 2. Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá dificuldade em identificá- IMPORTANTE 32 UNIDADE 3 - AS TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva. 3. Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade, entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo. Leitura Complementar SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2000. Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá- lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Nesta unidade, você aprendeu como otimizar recursos para dinamizar seu processo de apreensão do conhecimento, não só em relação à nossa disciplina, mas também a todo o curso. A partir de agora, você deve colocar em prática estas indicações normativas que ordenam seus trabalhos acadêmicos. 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 33 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 4 AS FONTES DA PESQUISA É muito importante que você esteja atento a todas as informações que possam contribuir com o seu processo de aprendizagem. Fique atento! Navegue através das informações oferecidas pelas disciplinas, mas também crie o seu próprio processo de busca. Você deve capitalizar todas as informações possíveis de forma ordenada, priorizando sempre suas necessidades mais imediatas. OBJETIVO: • Relacionar os principais recursos bibliográficos e documentais que possam servir aos objetivos da pesquisa; apontar algumas indicações de instituições de armazenamento dessas fontes e suas formas de utilização. PLANO DA UNIDADE: • Recursos da biblioteca e da Internet. Bom estudo! 34 UNIDADE 4 - AS FONTES DA PESQUISA RECURSOS DA BIBLIOTECA E DA INTERNET O uso da biblioteca A biblioteca é o lugar por excelência da pesquisa. Tradicionalmente, essa instituição abriga o maior número de fontes bibliográficas, documentais, iconográficas, material de imprensa, produção acadêmica (monografias, dissertações, teses, revistas), etc. Uma de suas referências nesta área deve ser a biblioteca da UNIVERSO, pois ela funciona on-line e pode lhe oferecer muitas comodidades. Através do site da Universo (www.universo.edu.br), você tem acesso a várias instituições que disponibilizam parte de seus arquivos na internet. Outras Instituições: RIO DE JANEIRO FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL – www.bn.br BIBLIOTECA DO CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL- www.ccbb.com.br ARQUIVO NACIONAL - www.mj.gov.br/an ARQUIVO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - www.rio.rj.gov.br/arquivo MUSEU DA IMAGEM E DO SOM - www.mis.gov.br MUSEU HISTÓRICONACIONAL- www.museuhistoriconacional.com.br ARQUIVO DO MUSEU IMPERIAL – www.museuimperial.gov.br ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – www.aperj.rj.gov.br ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS – www.academia.org.br O LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Pesquisa bibliográfica é a que se efetua tentando resolver um problema ou adquirir novos conhecimentos a partir de informações publicadas em livros ou documentos similares (catálogos, folhetos, artigos etc.). Seu objetivo é desvendar, recolher e analisar as principais contribuições teóricas sobre um determinado fato, assunto ou idéia (GALLIANO, 1986, p. 109). As bibliotecas, de um modo geral, estão informatizadas, organizam seu material de maneira ordenada, disponibilizando-o em seções específicas relativas ao tipo de material arquivado e ao seu respectivo conteúdo. As obras estão classificadas a partir de três entradas: • Autor • Título • Assunto F o n t e s Iconográficas: “Docu- mentação visual que constitui ou completa obra de referência e/ou caráter biográfico, histó- rico, geográfico, etc.” 35 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Como devemos usar o levantamento bibliográfico? Para começo de conversa, o levantamento bibliográfico é uma prática que deve fazer parte da vida do estudante em todos os momentos. A biblioteca é um lugar muito importante na vida acadêmica. Você vai perceber que as leituras complementares serão fundamentais para o aprofundamento dos seus conhecimentos em todas as disciplinas. Vimos na unidade anterior o quanto as técnicas de estudo podem contribuir para o nosso aperfeiçoamento intelectual, assim como seu papel na otimização das nossas atividades. Portanto, aplique seus conhecimentos na produção de uma documentação pessoal que possa ajudá-lo na compreensão do material apresentado nas aulas. A biblioteca deve ser usada para uma pesquisa permanente de todos os assuntos que necessitem de uma abordagem mais ampla. Explore a obra dos autores referidos em nossos estudos! Busque novos conhecimentos através da consulta à biblioteca de instituições nas quais você encontre o material desejado. E na pesquisa? Como funciona o levantamento bibliográfico? Neste caso, a biblioteca torna-se ainda mais importante, pois, a partir da escolha do tema, a pesquisa bibliográfica é parte integrante do processo de investigação científica. Você deve utilizar inicialmente as informações que estão à sua disposição: autor, assunto, título. A partir destes indicativos, comece a aprofundar suas buscas. Vejamos: • Se você ainda não conhece os autores que abordam o seu tema de pesquisa, comece sua busca pelo assunto. • Indique primeiro as palavras-chave, em seguida busque as palavras afins. • Parta, então, para a busca por área, conectando as diferentes infor- mações encontradas. • A partir deste momento, aparecerão vários autores diretamente liga- dos ao seu tema. Relacione os principais e comece a averiguar os livros. • Através da nossa conhecida ficha bibliográfica, catalogue os autores e o material encontrado nos livros. Faça primeiro uma abordagem inicial através do índice e da introdução (nesta parte do livro, normalmente, o autor apresenta seus objetivos, fontes utilizadas, referências teóri- cas, metodologia aplicada ao tratamento das fontes, etc.) deste ma- terial, em seguida selecione os mais pertinentes e execute uma leitu- ra completa. • Não se esqueça da técnica de fichamento já aprendida anteriormen- te. Essa técnica será de grande utilidade para o arquivamento e a consulta de todo o material levantado por você. Utilize esses recursos a partir das suas necessidades e também a partir das informações que possui. O levantamento bibliográfico deve ser 36 UNIDADE 4 - AS FONTES DA PESQUISA abrangente. Não se limite às palavras-chave. Parta em busca de áreas afins, pois aquele autor raro pode estar no lugar menos visível. Você já conhece o modelo de ficha bibliográfica, porém vamos adaptá- lo aos nossos objetivos. FICHA BIBLIOGRÁFICA Esse modelo de ficha bibliográfica pode ser adotado para a leitura e classificação de qualquer outra fonte de consulta acima mencionada. O USO DA INTERNET A internet apresenta-se como um campo de vastas possibilidades para o estudante e para o pesquisador. O gerenciamento dessa atividade deve ser cuidadoso, pois são inúmeros os problemas causados pelo uso indevido desta fonte. A relação de bibliotecas apresentada anteriormente é apenas uma amostra das principais instituições as quais você pode ter acesso através da consulta eletrônica. Com as leituras complementares, você poderá organizar melhor seus procedimentos de busca na internet. Lembre-se: • As técnicas de estudo apresentadas nas unidades an- teriores devem ser utilizadas para ampliar seus conhe- cimentos em todas as atividades realizadas no curso. • A biblioteca é uma importante aliada na busca pelo aperfeiçoamento do seu conhecimento. Utilize-a sem medo e de forma regular. • Faça as leituras complementares indicadas nas unidades, pois estas fontes de conhecimento são partes integrantes do seu processo de aprendizagem; portanto, serão cobradas em todas as atividades de- senvolvidas nesta disciplina. BIBLIOTECA LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Autor Título Assunto FICHA BIBLIOGRÁFICA INTERNET BUSCA ARTICULADA ATRAVÉS DE SITES CATALOGAÇÃO DAS FONTES Ficha Bibliográfica: documentação de regis- tro onde o pesquisador arquiva informações de livros, documentos, etc. ÎÎÎÎÎ{ ÐÐÐÐÐ ÎÎÎÎÎ ÐÐÐÐÐ 37 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA LEITURA COMPLEMENTAR SEVERINO, Antonio Joaquim. A Internet como Fonte de Pesquisa In:___.Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo. Cortez. Cap. VI. 2000. p.133-142 É HORA DE SE AVALIAR! Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá- lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Nesta unidade, abordamos o uso das fontes da pesquisa. A biblioteca e a internet são alguns dos lugares possíveis para o levantamento do material de pesquisa. Você vai ampliar enormemente seus horizontes, a partir da realização das atividades determinadas por todas as disciplinas. O campo é vasto, mas a utilização metódica dos recursos disponíveis pode dinamizar suas atividades. Estudaremos, na próxima unidade, a elaboração do projeto de pesquisa. 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 39 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 5 A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA Esta unidade aborda o processo de construção de um importante instrumento da pesquisa: o projeto. Algumas unidades requerem uma abordagem mais profunda do seu conteúdo. Mas fique tranqüilo, pois o conteúdo será devidamente trabalhado por nós e a sua participação terá um papel decisivo. OBJETIVO: • Identificar qual é o papel do projeto na pesquisa, como é constituído e qual a sua aplicação prática na elaboração do trabalho acadêmico. PLANO DA UNIDADE: • A função do projeto de pesquisa • As etapas do projeto de pesquisa Bom estudo! 40 UNIDADE 5 - A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA A FUNÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA A pesquisa social é uma atividade acadêmica extremamente importante para a compreensão da realidade social. Você está aprendendo, ao longo da nossa disciplina, os procedimentos básicos para a realização dessa atividade. O projeto caracteriza-se como um instrumento fundamental para o pesquisador. Sua principal função é demarcar a direção a ser seguida em busca da realização dos objetivos propostospela pesquisa. Quando optamos por um determinado tema, visualizamos uma enorme área de abrangência que vai sendo definida ao longo do processo de delimitação do objeto de estudo (unidade II). A partir deste momento, constituímos um campo de investigação, no qual estão inseridas nossas fontes e conseqüentemente os dados revelados. É exatamente nesse percurso que aparece o projeto de pesquisa, organizando: • O que pesquisar? • Como pesquisar? • Quais os objetivos da pesquisa? • Quais as nossas referências teóricas? • Como organizaremos nossas atividades em função do tempo previsto para a realização da pesquisa? • Quais os recursos necessários para a elaboração da pesquisa? Essas são algumas perguntas básicas respondidas pelo projeto de pesquisa. Vamos detalhar melhor estas perguntas? AS ETAPAS DO PROJETO DE PESQUISA O que apresentaremos agora é uma visão global das etapas constitutivas do projeto. Em seguida, você deverá proceder a uma leitura complementar, tendo como parâmetro o modelo de projeto instituído pela UNIVERSO (consulte leitura complementar), inclusive com algumas informações sobre o Programa de Iniciação Científica promovido por esta Instituição (para maiores detalhes sobre este programa, consulte o site da UNIVERSO www.universo.edu.br). A Delimitação do Tema e do Problema da Pesquisa Nessa etapa, partimos de uma determinada área de interesse para a definição do objeto de estudo, ou seja, realizamos um recorte da realidade social com a qual desejamos trabalhar, formulando um problema, uma indagação que norteará o processo de investigação científica. Ex.: ÁREA DE INTERESSE: o ensino profissionalizante e seu papel no processo de formação de jovens aprendizes. DELIMITAÇÃO DO TEMA / FORMULAÇÃO DO PROBLEMA: a partir desse tema optamos por investigar qual o papel do ensino realizado por escolas profissionalizantes no processo de formação da identidade social de jovens Jovens Aprendizes: a l u n o s d o s c u r s o s profissionalizantes das escolas estudadas na faixa etária entre 14 e 18 anos. 41 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA na faixa etária de 14 -18 anos, no Estado do Rio de Janeiro, no período em que a pesquisa se realizou (1995-1996) (FARIAS, 1997). Referencial Teórico Neste momento, definimos a estrutura teórica da pesquisa, ou seja, apresentamos quais são os autores diretamente relacionados ao nosso tema de pesquisa com os quais optamos trabalhar, nossas referências conceituais e nossas categorias de análise DESLANDES apud MINAYO (1996). Ex.: para a realização dessa pesquisa partimos da noção de “campo” definida por Bourdieu (1989) como sendo um espaço marcado pela luta concorrencial dos atores sociais que delimitam diversos espaços ocupados, caracterizando suas posições na construção de determinadas relações sociais. Utilizamos ainda a noção de “habitus” (BOURDIEU, 1989), conceito que se caracteriza como resultado do processo de incorporação de hábitos, costumes e valores determinantes da trajetória social dos indivíduos e de suas vivências no âmbito das relações sociais nos orientando para a análise da experiência incorporada através da ação pedagógica diferenciada pelos cursos profissionalizantes, fortalecendo os valores, as normas e os princípios sociais de reprodução familiar de um determinado segmento das classes trabalhadoras (FARIAS, 1997). Construção das Hipóteses A realização de uma pesquisa exige do pesquisador uma postura crítica e questionadora sobre a parte da realidade social com a qual vai operar. As hipóteses da pesquisa constituem-se como pressupostos iniciais que viabilizarão um diálogo entre o pesquisador e o seu objeto de estudo DESLANDES apud MINAYO (1996). Ex.: o pressuposto inicial desta pesquisa é de que o processo de aprendizagem nestes cursos profissionalizantes caracteriza-se como uma forma de preparação na vida do jovem, capacitando- o para o exercício da vida profissional, assim como para a sua entrada no mundo adulto, inserindo-o em um conjunto de relações sociais com as quais este jovem interage (FARIAS, 1997). Justificativa A justificativa deve conter o interesse do pesquisador pelo seu tema. Aqui ele deve apresentar quais as contribuições teóricas e práticas produzidas pelo seu estudo, demonstrando a relevância da sua investigação e como esta análise contribui para a ampliação do campo de estudos deste tema. Ex.: essa pesquisa busca compreender o campo em que se formulam as políticas educacionais voltadas para o ensino profissionalizante especialmente o processo de preparação do trabalhador voltado para a indústria, onde o mercado de trabalho exige novas qualificações do ponto de vista técnico profissional, interferindo diretamente na construção da identidade social desses trabalhadores, que passam a atender às exigências desta nova ordem econômica. Portanto, a partir desta investigação, objetivamos contribuir para a ampliação do campo teórico em que se formulam estas concepções, assim Identidade Social: con- junto de características construídas pelo indiví- duo, a partir da sua re- lação com o meio soci- al onde se insere. Categorias: palavras que expressam signifi- cados relativos ao con- texto histórico em que estão inseridas. Atores Sociais: conjun- to de indivíduos que compõe a população analisada na pesquisa. Mundo Adulto: esta ex- pressão tem neste caso o significado de espaço social onde os indivídu- os se tornam responsá- veis por seus atos pe- rante o Estado e a so- ciedade. 42 UNIDADE 5 - A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA como para a compreensão da prática de formação profissional destes jovens trabalhadores que estão diante deste novo quadro social imposto pelo fenômeno da globalização (FARIAS, 1997). Objetivos Essa etapa define quais as intenções da pesquisa e como elas devem ser realizadas na prática, ou seja, o que pretendemos com o nosso estudo, através do exercício de investigação da realidade social. Ex.: o objetivo desta pesquisa é analisar o processo de formação da identidade social de jovens trabalhadores através da prática do aprendizado de uma atividade profissional, buscando compreender como este processo se articula com o lugar ocupado por este jovem no mundo do trabalho (FARIAS, 1997). Metodologia Nosso objetivo aqui é apresentar o modo como a pesquisa será realizada, ou seja, quais as fontes utilizadas e qual a forma de tratamento dos dados levantados. A metodologia não só contempla a fase de exploração de campo (escolha do espaço da pesquisa, escolha do grupo de pesquisa, estabelecimento dos critérios de amostragem e construção de estratégias para entrada em campo) como a definição de instrumentos e procedimentos para análise dos dados (DESLANDES apud MINAYO, 1996, p.43) Ex.: nessa pesquisa, buscamos estabelecer uma relação direta entre a perspectiva histórica, que permite entender o processo de construção social da infância trabalhadora, e uma perspectiva atual, na qual realizamos um estudo de caso de um grupo de jovens trabalhadores aprendizes de cursos profissionalizantes. Nossas fontes bibliográficas contemplam a literatura referente ao processo de formação histórica do objeto de estudo, como também a literatura que trata dos aspectos contemporâneos desse tema. O mapeamento da instituição de ensino definida será feito através da análise da documentação de criação e funcionamento da mesma, especialmente, no que se refere aos cursos de aprendizagem industrial. Constituiremos um grupo representativo da população total de alunos de uma das escolas profissionalizantes, com o qual realizaremos entrevistas de base qualitativa para o aprofundamento dos dados, relacionados às suas experiênciascomo aprendizes dos cursos profissionalizantes dessa escola (FARIAS, 1997). Aspectos Éticos De acordo com a Resolução 196 do (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 1996), todas as pesquisas envolvendo seres humanos devem seguir parâmetros éticos e serem avaliadas por um Comitê de Ética em Pesquisa. É importante ressaltar que esse documento não restringe pesquisas envolvendo seres humanos apenas como aquelas realizadas na área da saúde, mas todas as modalidades de pesquisa que, direta ou indiretamente, incluam seres humanos, como aplicação de questionários ou entrevistas. Infância Trabalhadora: parcela da sociedade que indica o segmento da população infantil (segundo o Estatuto da Criança e do Adoles- cente a infância locali- za-se na faixa etária que vai de 0 a 12 anos) que está vinculada a algum tipo de atividade profis- sional. Estudo de Caso: técnica de pesquisa que através da seleção de um con- junto específico de fon- tes realiza um estudo aprofundado das carac- terísticas destas fontes. 43 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Assim, ao planejar sua pesquisa, o autor deve incluir informações sobre os aspectos éticos da metodologia empregada. Para mais informações, consulte as páginas 23 e 24 do Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Orçamento Nessa fase devemos indicar os gastos necessários para a realização da pesquisa. Essa é uma etapa que se aplica aos projetos que buscam financiamento junto aos órgãos ou entidades de pesquisa (CNPq, CAPES, FAPERJ, instituições de ensino superior, empresas, etc.). Cronograma de Atividades O processo de execução da pesquisa necessita ser dimensionado em termos de tempo. Aqui, apresentamos o conjunto de atividades desenvolvidas pelo pesquisador de acordo com a delimitação do período de tempo necessário para a realização dessas atividades. Referências Na apresentação das etapas do projeto, observa-se a citação rápida dos autores que compõem as referências teóricas. Tais citações são breves, porém, ao final do projeto, elas devem seguir os procedimentos de relação desses autores de forma abrangente, seguindo as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), contemplando não só os autores citados como também aqueles que fazem parte do nosso quadro de análise. Linguagem, Redação e organização do texto Recomenda-se que um texto científico apresente sua redação de forma impessoal, evitando-se a primeira pessoa. A sua redação exige respeito às normas técnicas de documentação, requisitos de comunicação, de lógica e de estilo. É importante dar ao texto que se escreve elegância, precisão, objetividade e clareza. No trabalho redigido provisoriamente são feitas emendas ou correções necessárias para depois se passar para sua redação definitiva. A estrutura definitiva do trabalho vai exigir do pesquisador atenção em relação aos requisitos de coerência e consistência na organização das idéias. É a busca de explicações claras e robustas para conclusões ou fatos inseridos na pesquisa. Após o trabalho pronto (e mesmo durante cada passo), se a idéia que o pesquisador quis transmitir não ficou clara, o conteúdo deverá ser reformulado. O domínio de ortografia e gramática, focalizando aspectos como: uso correto de acentuação, vírgulas, ponto-e-vírgula, sujeito concordando com predicado e assim por diante, é de suma importância. Lembre-se: um trabalho, por melhor que esteja quanto aos aspectos técnicos, se cheio de erros ortográficos (por exemplo), não passa credibilidade. A linguagem é a embalagem de suas idéias. Capriche! 44 UNIDADE 5 - A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA Vamos verificar o que aprendemos nessa unidade? PROJETO DE PESQUISA: Instrumento de organização do trabalho de investigação científica. Etapas do Projeto: • delimitação do tema e do problema da pesquisa; • referencial teórico; • construção das hipóteses; • justificativa; • objetivos; • metodologia; • orçamento; • cronograma de atividades; • referências bibliográficas. PESQUISA ORGANIZAÇÃO DOS DADOS PROJETO DE PESQUISA É HORA DE SE AVALIAR! Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá- lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Na próxima unidade, vamos estudar e conhecer o trabalho de execução da pesquisa. Até lá! ÎÎÎÎÎ ÐÐÐÐÐ 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 45 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 6 O TRABALHO DE EXECUÇÃO DA PESQUISA Na unidade anterior, você aprendeu como se elabora o projeto de pesquisa. A partir de agora, vamos entrar diretamente no chamado trabalho de campo. O que isto significa? O conceito de campo já é do seu conhecimento, portanto, esse é um trabalho de levantamento das fontes nas quais os dados da pesquisa se localizam, demarcando o campo em que o nosso objeto de estudo está situado. Vamos ao trabalho? OBJETIVO: • Apresentar o processo operacionalização da pesquisa, na qual é realizado o levantamento e a análise dos dados relacionados ao objeto de estudo. PLANO DA UNIDADE: • O trabalho de campo • A entrevista. Bons estudos! 46 UNIDADE 6 - O TRABALHO DE EXECUÇÃO DA PESQUISA O TRABALHO DE CAMPO O modelo de pesquisa com o qual vamos trabalhar é o que se refere à pesquisa de base qualitativa. Nada impede que as técnicas da pesquisa quantitativa sejam relacionadas à pesquisa qualitativa. Tudo depende da natureza do objeto de estudo em questão e do tipo de resposta que se deseja encontrar. Entretanto, optamos pelo modelo de pesquisa qualitativa por considerá- lo mais adequado aos nossos propósitos nessa disciplina. O primeiro passo para a execução do trabalho de campo já foi dado. Procedemos a um levantamento bibliográfico inicial que nos forneceu a base teórica e conceitual com a qual vamos delinear a pesquisa. A partir de agora, faremos contato direto com aquilo que os antropólogos chamam de “campo”. Daremos continuidade ao exemplo apresentado na unidade anterior. O nosso campo, neste caso, é a escola profissionalizante, na qual investigaremos o processo de formação da identidade social de alunos dos cursos de aprendizagem industrial nos anos de 1995 e 1996 (FARIAS, 1997). O grupo de alunos definido para a pesquisa foi escolhido a partir de um número representativo da população total de alunos dessa escola. Todos os alunos do curso eram do sexo masculino. Como entramos no Campo? As primeiras tentativas de entrada no campo foram muito difíceis. A escola profissionalizante passava, neste momento, por um processo de reformulação interna imposto pela nova ordem econômica mundial e pelas novas exigências do mercado de trabalho, porém tentamos seguir alguns procedimentos recomendados pelo professor orientador: - Apresentamos de forma clara e precisa os objetivos da nossa pesquisa aos responsáveis pela escola. - Tomamos o cuidado de manter uma postura ética e respeitosa em relação aos diferentes níveis hierárquicos da escola. - Colocamos nosso trabalho à disposição para qualquer conferência de nossos propósitos. - O saldo desse percurso foi extremamente positivo. Conquistamos o apoio dos professores e supervisores que se tornaram grandes aliados no processo de pesquisa. (FARIAS, 1997). A realização do levantamento dos dados requer o uso de algumas técnicas que vamos apresentar-lhes agora: A Entrevista - define-se como um diálogo organizado entre o pesquisador e os atores sociaisque fazem parte da população pesquisada. A entrevista pode ser: Î ABERTA: organizada em forma de roteiro, ela abriga os prin- cipais temas discutidos na pesquisa. O entrevistado fala li- Campo: a parte da reali- dade social delimitada pelo pesquisador, objetivando a realização da pesquisa. Antropólogos: cientis- tas sociais que estu- dam o comportamento do homem. Identidade Social: con- junto de características construídas pelo indiví- duo a partir da sua rela- 47 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA vremente e o pesquisador executa o papel de mediador das informa- ções oferecidas. Î PREVIAMENTE FORMULADA: organizada em forma de questionário, este tipo de entrevista trabalha com perguntas e respostas previa- mente formuladas de modo que o entrevistado tenha que se adequar às opções oferecidas por este instrumento. Além disso, podemos usar a técnica conhecida como Observação Participante - caracteriza-se pela inserção do pesquisador no campo. Através desta técnica, o pesquisador anota todas as informações que podem ser percebidas no contato direto com o objeto de estudo. Voltando ao nosso exemplo, a metodologia utilizada em nossa pesquisa obedeceu a uma série de etapas que marcaram todo o trabalho de campo nessa escola profissionalizante: - A primeira etapa constou de um mapeamento da instituição realizado através da documentação da mesma, na qual os objetivos e as formas de atuação nos cursos de aprendizagem industrial, a qualificação dos técnicos e professores e a sua relação com o mercado de trabalho configuraram-se como importantes elementos para a compreensão do nosso campo de pesquisa. - Selecionamos, com o auxílio dos professores, 20 jovens aprendizes com os quais mantivemos um contato prévio para informá-los de nossos objetivos. - Aplicamos entrevistas abertas em que um roteiro de perguntas era dirigido aos alunos. As entrevistas constavam de três partes: 1ª Um perfil socioeconômico dos alunos (sexo, idade, grau de instrução, naturalidade, local de moradia, etc.) e dos pais dos alunos (naturalidade, grau de instrução, profissão, etc.). 2ª Trajetória social dos alunos (tipo de escola em que cursam o ensino fundamental, forma de entrada na escola profissionalizante, etc.). 3ª A relação do ambiente familiar com o ambiente de trabalho (valores, crenças, visões de mundo, etc.). Essas entrevistas foram realizadas individualmente, de forma que os alunos pudessem falar livremente sobre os temas em questão. Em seguida, os dados foram classificados de acordo com a temática pertinente e inseridos no contexto histórico-social do qual esta população faz parte. (FARIAS, 1997) Você aprendeu, nesta unidade, uma série de procedimentos necessários à realização do trabalho de campo. Vamos relembrá-los? - O trabalho de campo permite ao pesquisador o contato direto com o seu objeto de estudo, contribuindo para o delineamento da pesquisa. - A entrada no campo exige do pesquisador uma postura confiável e comprometida com os objetivos da pesquisa. Trajetória Social: per- curso desenvolvido pelo jovem no meio social em que está inserido. 48 UNIDADE 6 - O TRABALHO DE EXECUÇÃO DA PESQUISA - As técnicas de pesquisa aprendidas aqui são: o levantamento bibliográfico e documental, a entrevista, o questionário e a observação participante. Essas técnicas devem ser utilizadas de acordo com a natureza do objeto de estudo e com os propósitos da pesquisa. LEITURA COMPLEMENTAR MINAYO, M. C. de Souza (Org.). Pesquisa Social. Teoria, Método e Criatividade. Rio de Janeiro: Vozes. 1996. p. 51-66. É HORA DE SE AVALIAR! Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá- lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Encerramos mais uma unidade! Estudamos, aqui, o trabalho de levantamento e classificação das fontes relativas à pesquisa, assim como o conjunto de técnicas pertinentes e a metodologia com a qual a pesquisa será operacionalizada. Na próxima unidade, estudaremos como processar, interpretar e analisar os dados coletados. 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 49 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 7 O PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS A partir de agora, começamos o trabalho de classificação e análise dos dados da pesquisa. A correlação entre as diferentes fontes somadas aos conceitos produzidos permite compreender o material levantado pelo pesquisador na sua totalidade. Não tema ao desafio da análise. Ela é perfeitamente possível quando estabelecemos uma relação sistemática com todos os dados levantados, organizando este material de forma adequada ao uso da pesquisa. Vamos ao trabalho? Sistemática: forma de agrupamento e esquematização dos dados da pesquisa. OBJETIVO: • Identificar o conjunto de instrumentos necessários para a construção de uma visão interpretativa sobre os dados que a pesquisa produz. Interpretativa: forma explicativa, a partir dos dados revelados, de demonstrar os resultados da pesquisa. PLANO DA UNIDADE: • A organização e a classificação dos dados da pesquisa Bons estudos! 50 UNIDADE 7 - O PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS A ORGANIZAÇÃO E A CLASSIFICAÇÃO DOS DADOS Após essas considerações iniciais, faz-se necessário que reflitamos um pouco sobre as finalidades da fase de análise. Podemos apontar três finalidades para essa etapa: estabelecer uma compreensão dos dados coletados, confirmar ou não os pressupostos da pesquisa e/ou responder às questões formuladas, e ampliar o conhecimento sobre o assunto pesquisado, articulando-o ao contexto cultural do qual faz parte. Essas finalidades são complementares em termos de pesquisa social. (GOMES apud MINAYO, 1996, p.69). Como bem observam os autores acima referidos, a fase de análise e interpretação dos dados é o momento em que o pesquisador articula as diversas fontes e seus respectivos dados consultados para construção do seu objeto de estudo. Vamos retomar o pensamento dos autores? - “Estabelecer uma compreensão dos dados coletados”: a leitura ampla que articula a base teórica com o universo empírico da pesquisa permite um entendimento aprofundado do objeto de estudo, relacionando-o ao conjunto de fontes que compõe a pesquisa. - “Confirmar ou não os pressupostos da pesquisa e/ou responder às questões formuladas”: a análise dos dados permite o diálogo entre o pesquisador e as fontes por ele consultadas, verificando as hipóteses propostas e respondendo às questões colocadas pelo processo de investigação científica. - “Ampliar o conhecimento sobre o assunto pesquisado”: a pesquisa científica tem como uma de suas funções contribuir para a ampliação dos campos teórico e empírico em que se realiza o estudo. O processo de investigação da realidade social permite, através dos dados revelados, a compreensão dos diferentes planos em que se organizam as relações sociais. Vamos esquematizar estes procedimentos? FONTES BIBLIOGRÁFICAS: organização, seleção e classificação dos dados dessas fontes. Î Classificação dos autores. Î Classificação dos conceitos. Î Definição das principais categorias de análise. FONTES DOCUMENTAIS: organização, seleção e classificação dos dados destas fontes. Universo Empírico: da- dos apreendidos a par- tir da realidade social onde se localizam as fontes materiais da pesquisa. 51 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA FONTES ORAIS: organização, seleção e classificação dos dados destas fontes. Estaé uma sugestão de agrupamento dos dados revelados pela entrevistas, porém, você pode criar o seu próprio método de visualização dos dados. A partir desta classificação, você pode estabelecer a análise individual das respostas, assim como a análise do cruzamento dos dados. De posse desse quadro, é possível visualizar de forma global as respostas dadas pelos entrevistados, formando uma imagem das categorias sociais que revelam o perfil do grupo estudado. Esses dados devem ser contextualizados historicamente de acordo com o processo de construção social no qual o objeto de estudo está inserido, ou seja, a interpretação dos dados exige a compreensão do quadro social, em que tais atores realizam suas ações sociais, estabelecendo uma série de significados reveladores de seus vínculos institucionais (família, trabalho, escola, religião, amigos, etc.), constituindo a teia de relações sociais nas quais atuam. Lembre-se: - A fase de análise e interpretação dos dados requer a organização, seleção e classificação dos dados e de suas respectivas fontes. - A etapa da pesquisa deve responder às questões formuladas ao longo do trabalho de investigação da realidade social, verificando os pressupostos iniciais com os quais o pesquisador operou ao longo da pesquisa. - A contextualização histórico-social dos dados é fundamental para uma compreensão ampla e aprofundada dos significados revelados pelas informações que estes dados mostram. LEITURA COMPLEMENTAR: MINAYO, M. C. de Souza (Org.). Pesquisa Social. Teoria, Método e Criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 1996. É HORA DE SE AVALIAR! Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Processo de Construção Social: trajetória social em que são formulados os diferentes significa- dos que correspondem às ações sociais execu- tadas pelos indivíduos. 52 UNIDADE 7 - O PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Nessa unidade, nós trabalhamos com algumas possibilidades de análise e interpretação dos dados. Entretanto, devemos considerar a amplitude desta tarefa, assim como a diversidade dos procedimentos adotados nessa fase da pesquisa, pois a natureza dos dados, os objetivos da pesquisa e o campo de investigação são elementos definidores de como os dados devem ser trabalhados. Estudaremos, na próxima unidade, a apresentação e divulgação da pesquisa. 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 53 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 8 APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA PESQUISA Finalizada a etapa de análise e interpretação dos dados, é chegado o momento de decidirmos a forma de apresentação do nosso material. OBJETIVO: • Apresentar os diferentes modelos de trabalhos que se destinam à divulgação dos resultados das pesquisas realizadas nos cursos de graduação e pós-graduação. PLANO DA UNIDADE: • Os trabalhos de conclusão de curso. Bons estudos! 54 UNIDADE 8 - APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA PESQUISA OS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO As normas de apresentação dos trabalhos acadêmicos são gerais, abarcando a multiplicidade de abordagens definidas no processo de execução da pesquisa. A entidade responsável por essas normas é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Essa entidade tem a função de regulamentar as formas de apresentação de todos os trabalhos acadêmicos das diferentes áreas. Entretanto, cada instituição de ensino e pesquisa pode adotar um modelo de trabalho fundamentado na normatização da referida entidade. Alguns professores da UNIVERSO produziram no ano de 2004 uma publicação que contempla um conjunto bastante abrangente de informações relativas ao processo de elaboração e apresentação dos trabalhos acadêmicos. Tal publicação já foi referenciada na unidade V e será de grande valia em seus estudos referentes às unidades VIII e IX, pois, além de abordar tão ampla gama de indicações normativas, apresenta-se como referência dos modelos de trabalho exigidos por nossa disciplina. Portanto, mais do que nunca, a leitura complementar desta unidade é obrigatória para a organização dos seus estudos. VAMOS AO TRABALHO? Não esqueça: Os trabalhos acadêmicos são regulamentados por uma normatização geral, mas eles possuem características particulares que devem expressar seus objetivos, a natureza do objeto de estudo e as particularidades das diferentes áreas do conhecimento (SEVERINO, 2000). A atividade de pesquisa exigida por esta disciplina deve obedecer aos parâmetros apresentados pela publicação indicada na bibliografia complementar obrigatória. LEITURA COMPLEMENTAR OBRIGATÓRIA: SIMÃO, M. & BARCELOS, R. (Org). Projetos de Pesquisa. In:__ Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Niterói: UNIVERSO, 2006. O META (Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos) é encontrado também na ferramenta material de apoio desta disciplina no ambiente virtual de aprendizagem. É HORA DE SE AVALIAR! Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Na próxima unidade, vamos estudar a comunicação científica e o processo de organização lógica do texto. 1 TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA U N ID A D E 9 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA Na unidade anterior, você já teve acesso ao material bibliográfico que será utilizado como referência para a elaboração e apresentação das nossas atividades. Nesta unidade, continuaremos com esse material, respondendo às indagações referentes ao processo de organização lógica do texto, assim como todos os procedimentos normativos para a sua formatação gráfica. OBJETIVOS: • Operacionalizar as exigências básicas para a apresentação dos trabalhos de conclusão de curso, demonstrando a correta estruturação do texto e das idéias desenvolvidas pelo autor. PLANO DA UNIDADE: • A preparação do trabalho acadêmico. Bons estudos! UNIDADE 9 - A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA www.universo.edu.br A PREPARAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO A apresentação da pesquisa exige uma série de procedimentos para a sua divulgação. É essencial comunicar corretamente os resultados do trabalho, respeitando os procedimentos formais de elaboração do texto. O processo de elaboração da pesquisa é composto por uma série de etapas com as quais nos familiarizamos anteriormente e que consistem na aplicação e na habilidade para o levantamento dos dados e o seu posterior tratamento. Cumpridas essas etapas, chega-se ao momento de apresentá-las à comunidade acadêmica. Essa é uma nova fase no desenrolar da pesquisa, pois a má utilização do conhecimento obtido através dela pode comprometer severamente todo o trabalho realizado. A preparação da comunicação científica é o momento em que ordenamos as partes do nosso trabalho, ou seja, definimos a estruturação lógica de tratamento dos dados e sua forma de apresentação. O respeito às indicações normativas e ao modelo definido pela instituição de ensino fazem parte dos procedimentos adotados pelo pesquisador para que todo o seu trabalho de investigação científica seja apreciado e julgado nas instâncias acadêmicas competentes. Lembre-se:
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